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Ao mesmo tempo que se consolidou o enfoque técnico nascido com Taylor e Ford, o enfoque
comportamental dos humanistas ganhou espaço na teoria e prática da administração. Surgindo
também os antecedentes deste enfoque, os quais citam-se: O movimento pelo bem estar dos
trabalhadores; o estudo do fator humano no papel dos gerentes; a psicologia industrial; a
dinâmica de grupo e liderança.
Enfoques comportamentais:
O movimento pelo bem estar dos trabalhadores: Motivo: durante a revolução industrial
as condições de trabalho eram tão difíceis, que motivaram algumas pessoas e instituições para
melhorar tanto no campo das idéias quanto na prática.(Maximiano, 2008).
O que alavancou este movimento e começou a criar mudanças para o bem estar dos
trabalhadores através de algumas tendências, são elas:
a) Ação prática dos sindicatos: Foram criados para defender os trabalhadores e
melhorar as condições de trabalho.
b) Doutrina social da igreja: Iniciado a partir de um documento escrito pelo Papa Leão XIII
(1891), assumindo posição a favor da justiça social.
c) O pensamento humanista na escola clássica: Haviam preocupações com a condição das
pessoas no ambiente de trabalho. Henry Gantt (1908), escreveu que os trabalhadores não são
máquinas e sim humanos, tendo desejos e necessidades dentro do trabalho devendo ser
treinados e liderados ao invés de conduzidos. Em 1923 o inglês Oliver Sheldon escreveu em
seu livro 6 regras de como tratar os empregados:
1. Trabalhadores deveriam ajudar a organizar o ambiente de trabalho.
2. Dispor de um padrão de vida respeitável.
3. Ter tempo apropriado para lazer e para auto-desenvolvimento.
4. Serem protegidos do desemprego involuntário.
5. Participação dos lucros de acordo com a sua contribuição.
6. Nas relações entre mão-de-obra e empregados,predominar a igualdade. (Maximiano,
2008).
O estudo do fator humano no papel dos gerentes: As organizações tem como objetivo
exercer as atividades determinadas pela empresa. Porém, o fator humano se adapta e evolui
proporcionando uma grande contribuição para a empresa. As pessoas cooperam pelo objetivo
da organização. A cooperação é alcançada quando há equilíbrio entre os benefícios que a
organização oferece ao trabalhador e o esforço que esse trabalhador dá para a organização.
(esforço – recompensa). Otrabalhador em muitos casos não realiza o seu melhor apenas como
resultado moral da empresa que deve ser alcançado, mas sim com a recompensa por seu
trabalho.A natureza da organização e o papel do executivo são conceitos que estão
relacionados. (Maximiano, 2008).
A psicologia Industrial: A psicologia industrial começou a ser desenvolvida utilizando
como método a aplicação de testes para conhecimento do trabalhador de acordo com o perfil
das vagas. É uma forma de selecionar os trabalhadores adequados para as vagas com o
intuito de aumentar a eficiência do trabalho. Observando suas particularidades.Posteriormente
este campo da psicologia industrial expandiu-se “passando a tratar estes assuntos como
relações humanas, processos de supervisão, liderança, comunicação e satisfação no trabalho”.
(Maximiano, 2008, p. 212). Passando a ser conhecida também como psicologia organizacional.
A Dinâmica de grupo e liderança: Kurt Lewin realizou estudos no final da década de 30
com seus estudantes (10 anos de idade), cada grupo foi submetido a 3 formas diferentes de
liderança: autoritário, democrático e liberal. Autoritário: não dando chance para as crianças
participarem das decisões. Democrático: tendo uma colaboração das crianças com debates
para encontrar o melhor objetivo na crítica e no elogio. Liberal: autonomia para todas as
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decisões das crianças, tendo um estilo como se não existisse líder. Diante deste estudo
algumas conclusões foram inquestionáveis outras polêmicas. Por exemplo: meninos tinham
preferência pelo líder autoritário. Porém, estes estudos inicialmente foram inconclusivos, por
não serem estudados com profundidade. (Maximiano, 2008).
administração. Já se percebe então que o olhar da administração passa a ser mais para as pessoas e não somente
para a tarefa que ela executa (surgindo as ciências humanas, a psicologia no trabalho, outros). Outras
considerações importantes:
Nível de produção está muito relacionado com a capacidade de interação social com os colegas e a
empresa;
As condições do ambiente de trabalho é importantes, mas não determinante;
O grupo fortalece o desenvolvimento do trabalho e um se apóia no outro;
Grupos informais fazem partes das organizações e contribuem para o comportamento e também outros
aspectos importantes à produção;
As relações humanas promovem um ambiente sadio e amistoso entre os funcionários e a empresa.
Deve-se sempre ficar atendo as questões humanas relacionadas a toda equipe e a empresa. Os
funcionários na maioria dos casos gostam de trabalhar em postos de atividade diferentes para o trabalho não
ficar monótono, sempre que for possível.
Somente as questões relacionadas às atividades (funções/tarefas) dos funcionários do ponto de vista da
operação não resulta em eficiência produtiva.
Fonte: Adaptado de Maximiano, 2008.
Na primeira fase do experimento de Hawthorne foi visto que as alterações no ambiente não
tinha relação direta com a produção, mas descobriram que havia uma variável diferente, o fator
psicológico dos funcionários, onde quando havia alguma alteração no ambiente os funcionários
achavam que deviam produzir mais. Verificando assim que a eficiência do funcionário tem
relação com seu psicológico. Na segunda fase observou-se que novamente o fator psicológico
estava diretamente ligado à produção. Concluiu-se nesta fase que os funcionários do grupo
experimental que trabalhavam na sala de teste, gostavam mais de trabalhar lá devido a
supervisão ser mais leve dando aos funcionário mais liberdade e por ter menos pressão sobre
eles. Com isso foi criado um ambiente de trabalho mais tranquilo, dando aos funcionários mais
liberdade para trabalhar e conversar, assim aumentando a satisfação dos funcionários. Assim
com essa liberdade de comunicação foi criando equipes de trabalho com interesses em
comum, aumentando a produção. Com as entrevista realizadas na terceira fase, foi visto que
entre os funcionários havia um rede informal onde eles se auto-protegem das ameaças da
administração, obtidas pela confiança entre os funcionários. Esses grupos de funcionários
tinham suas próprias regras. Nesta quarta e última foi visto que havia uma rede informal entre
os funcionários do grupo, onde por exemplo, quando o grupo achava que à produção estava
suficiente todo o grupo diminuía a produção, e quando um funcionário produzia menos que os
demais era punido pelo próprio grupo. Com isso foi visto que não devia tratar os funcionários
individualmente e sim como um grupo.
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REFERÊNCIAS
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à
revolução digital. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521 p.