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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO: AS ESCOLAS DE ADMINISTRAÇÃO


(Adaptado, MAXIMIANO, 2004 e 2008).

ESCOLA DO PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO: FAYOL (1916)

Henri Fayol (1841-1925), engenheiro francês, iniciou sua carreira numa companhia de
mineração. Em 1888 foi promovido ao cargo de diretor geral em uma época onde a empresa
estava à beira da falência, mas com sua gestão conseguiu reerguer-se e continuar atuante no
mercado, lançando novos produtos e comprando novas minas de carvão. Henri Fayol passou a
vida nesta corporação, saindo dela apenas em sua aposentadoria.
Após seu sucesso administrativo veio a criar sua própria escola de administração,
divulgando seus princípios baseados na sua experiência, escola frequentada por várias figuras
importantes incluindo políticos, escritores, filósofos e militares. Mais tarde o modelo de Fayol,
devido a sua imensa popularização, foi implantado na administração militar.

Segundo o livro publicado por Fayol, a administração é função distinta das demais
funções da empresa, como finanças, produção e distribuição. A administração
compreende 5 funções: planejamento, organização, comando, coordenação e controle:

Devido ao conhecimento sobre Administração ser bastante precário na época, Henry


Fayol criou e divulgou sua própria teoria, que dividia a empresa em cinco atividades, levando a
análise dos processos para toda a organização. Segundo Fayol, a função administrativa era a
mais importante de todas, devido a coordenar as demais.(Maximiano, 2004).
Conforme Maximiano (2004) são seus componentes:
1. Planejamento: Processo no qual são definidos os planos e objetivos para o futuro da
empresa (curto, médio e longo prazo), estabelecendo assim a organização e
especificando o modo como eles seriam alcançados.
2. Organização: Organizar é poder transformar, de maneira facilitada, para que o
planejamento seja executado, sendo assim alcançando os objetivos concretos. "O
resultado desse processo chama-se Estrutura Organizacional”.
3. Liderança: Procedimento no qual necessita-se da gestão de pessoas, tendo como
objetivo envolvê-las no trabalho, para que assim alcançar os objetivos da empresa.
4. Coordenação: Reunir, unificar e harmonizar todas as atividades e esforços visando o
alcance dos objetivos previamente traçados durante o planejamento da organização.
5. Controle: Processo que garante a realização dos objetivos. Nesse procedimento todas
as atividades anteriormente listadas são necessariamente utilizadas, analisando as
necessidades da organização e os pontos a serem melhorados.

Sobre o Papel dos gerentes, Fayol considerava a empresa como um sistema racional e
de autoridade. Uma vez organizada uma empresa, seus colaboradores necessitam de
ordens para saber o que fazer, suas ações precisam de coordenação e suas tarefas
precisam de controle gerencial e para isso Fayol enumerou 16 deveres dos gerentes:

Segundo Fayol para que o gerente, atualmente conhecido como administrador assegure o
desempenho satisfatório de seu papel, o mesmo deve seguir 16 deveres para que a
administração seja eficaz, podendo assim aumentar as probabilidades de sucesso
administrativo e empresarial. 
I.Assegurar a cuidadosa preparação dos planos e sua rigorosa execução.
II.Cuidar para que a organização humana e material seja coerente com o objetivo, os
recursos e os requisitos da empresa.
III.Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enérgica e única.
IV.Harmonizar atividades e coordenar esforços.
V.Formular as decisões de forma simples, nítida e precisa. 
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VI.Organizar a seleção eficiente do pessoal.


VII.Definir claramente as obrigações.
VIII.Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidade.
IX.Recompensar justa e adequadamente os serviços prestados.
X.Usar sanções contra faltas e erros.
XI.Manter a disciplina.
XII.Subordinar os interesses individuais ao interesse geral.
XIII.Manter a unidade de comando.
XIV.Supervisionar a ordem material e humana.
XV.Ter tudo sob controle. 
XVI.Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada. (Maximiano, 2008, p. 73).

Fayol completa sua teoria com 14 princípios para uma administração eficaz:
Conforme Maximiano (2008), além dos 16 (dezesseis) deveres impostos por Fayol para os
gerentes, ele criou 14 (quatorze) regras a serem cumpridas para que possa executar com êxito
seu serviço, visando à contribuição para com a empresa.
I. Divisão do trabalho – as pessoas mais especializadas e eficientes executam seu
trabalho. Cada membro da equipe, dentro de seus conhecimentos, executa sua parte
para tornar o trabalho mais ágil.

II. Autoridade e responsabilidade – ter autoridade é comandar sua equipe, tendo


responsabilidade para fazer os membros da equipe trabalharem de uma forma eficaz
para concluir seus serviços da melhor forma.

III. Disciplina – depende muito da autoridade do comandante da equipe, para fazer os


membros seguirem ordens e obedecer os cronogramas pré-estabelecidos.

IV. Unidade de gestão – as operações que tem o mesmo objetivo deve ser abordada por
um único gestor. Cada membro da equipe deve receber ordens de apenas um
comandante.

V. Unidade de controle – cada funcionário deve ser instruído sobre uma determinada
operação por apenas um pessoal.

VI. Subordinação de interesses individuais aos interesses gerais – os interesses gerais


devem ser priorizados em relação aos interesses particulares. Todos devem pensar de
uma forma coletiva, visando os interesses do projeto.

VII. Remuneração – cada membro deve receber uma remuneração justa, buscando
incentivá-los para uma maior eficiência no trabalho.

VIII. Centralização – o projeto deve seguir uma hierarquia, por exemplo, o gerente mantém a
responsabilidade final, porém, também precisa dar autoridade a seus subordinados para
que eles possam realizar seu trabalho adequadamente.

IX. Hierarquia – princípio de comando, linha de autoridade que vai do alto ao baixo escalão
da equipe.

X. Ordem – as ferramentas de trabalho e os membros da equipe devem estar no lugar e na


hora certa, para não gerar transtornos e trabalhar de uma forma organizada.

XI. Equidade – todos devem ser justos uns com os outros e manterem o respeito.
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XII. Estabilidade – todos devem trabalhar de uma forma estável, nem em uma alta e nem em
uma baixa rotatividade, para diminuir as possibilidades de erro.

XIII. Iniciativa – todos devem ter a capacidade de visualizar os planos e assegurarem seu
sucesso.

XIV. Espírito de equipe – a equipe deve estar unida em busca de um único ideal, o sucesso
do projeto, representando assim uma grande força para a organização e sucesso
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REFERÊNCIAS
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à
revolução digital. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 521 p.

_______________________________. Teoria geral da administração: da revolução urbana


à revolução digital. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2008. 491 p.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à


revolução digital. 8. Ed. Rio de Janeiro: Atlas 2017. recurso online ISBN 9788597012460.
Biblioteca Unesc - (E-book ).

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