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Ano Escolar:_____________________ Turma:_____________________


Professor (a):_____________________Data:______________________
CAPÍTULO V
Componente Curricular: Ensino Religioso 7º Ano – SEMANA 28

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
No ano de 1999, em Paris, a Assembleia Geral das Nações Unidas elaborou o

Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não Violência, visando à coleta de 100

milhões de assinaturas no mundo inteiro até a virada do milênio. O Manifesto,

elaborado por uma comissão de ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, não se

destinava às autoridades públicas, mas aos cidadãos comuns, partindo do

pressuposto de que o senso de responsabilidade se dá na dimensão pessoal.

Dessa forma, o tema da resolução de conflitos ganhou proporções planetárias,

enfatizando o uso de formas alternativas (extrajudiciais) para viabilizar o

entendimento entre as pessoas. A mediação é um dos instrumentos mais eficazes

para a resolução de conflitos.

Características de um bom mediador. Ser bom ouvinte “[…] É importante que o

mediador escute e entenda o que o outro diz. Não é buscar a verdade, mas tentar

compreender, no discurso dos envolvidos, a leitura que cada um faz do que

aconteceu", explica Catarina Lavelberg, assessora psicoeducacional e colunista de

Gestão Escolar. Para isso, ele deve saber devolver para o outro o que

compreendeu e confirmar se isso está certo. Ser capaz de estabelecer um diálogo

[…] ser capaz de conseguir criar um contexto de comunicação que facilite a

expressão das pessoas envolvidas no conflito. Ele deve deixar as pessoas


confortáveis para falar, sem que se sintam julgadas ou previamente apontadas

como culpados. Ser sociável Em geral, um mediador de conflitos em uma escola

tem facilidade de se aproximar dos membros da comunidade escolar, conquistando

sua confiança. Ser imparcial Ainda que conhecer os envolvidos seja um bom

aspecto, isso não pode interferir na imparcialidade do mediador. Por exemplo,

quando ele é chamado para interceder num caso de um estudante que

constantemente tem uma atitude inadequada, ele deve avaliar se está tomando

partido de um dos lados previamente. "Se o mediador não souber separar, ele já vai

pressupor que esse estudante é o culpado", diz Celia Bernardes. Ter cuidado com

as palavras As palavras que o profissional usa para mediar um conflito também

são importantes. Segundo a pedagoga Adriana Ramos, coordenadora do Grupo de

Pesquisa em Educação Moral da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita

Filho (Unesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a linguagem

descritiva, expondo todos os fatos sem juízo de valor, favorece que os envolvidos

percebam o que está acontecendo e não julguem a personalidade do outro. Ter

uma postura educativa Um mediador não deve adotar a postura de que resolverá o

conflito. O papel dele é ajudar os estudantes a compreenderem como eles podem

resolver a situação por conta própria. “A escola tem de investir em um projeto

educacional que preveja que os estudantes, ao longo da escolaridade, sejam

capazes de socializar e mediar os próprios conflitos", explica Catarina Lavelberg.

Atividades:

Eu afino e desafino:
1. Ódio, rancor, tristeza, frustração, mágoas... Todos nós estamos sujeitos a esses

e outros inúmeros sentimentos. Mas agir em função deles na hora de resolver

eventuais divergências, geralmente, é algo desastroso. Ao invés de focar o

problema, damos mais importância aos nossos sentimentos e aos “defeitos” dos

outros, o que só piora a situação. O melhor a fazer quando sentirmos que não

estamos em condições de lidar com os conflitos sozinhos, é convidar uma terceira

pessoa que nos ajude a entrar em acordo com a parte conflitante.

Acompanhe atentamente a leitura desse fragmento de Fernando Pessoa e, em

seguida, reflita sobre o texto a partir das questões sugeridas.

“Encontrei hoje em ruas, separadamente, dois amigos meus que se haviam


zangado um com o outro. Cada um me contou a narrativa de porque se
haviam zangado. Cada um me disse a verdade. Cada um me contou as suas
razões. Ambos tinham razão. Ambos tinham toda a razão. Não era que um via
uma coisa e o outro outra, ou que um via um lado das coisas e outro um lado
diferente. Não: cada um via as coisas exatamente como se haviam passado,
cada um as via com um critério idêntico ao do outro, mas cada um via uma
coisa diferente, e cada um, portanto, tinha razão. Fiquei confuso desta dupla
existência da verdade.”

a) Se, segundo o narrador, ambos os amigos diziam a verdade e,


consequentemente, tanto um como o outro tinha razão, por que os dois
continuavam divergindo?
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b) Qual a diferença entre as posições dos dois amigos em conflito e a posição


do narrador?
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c) Em sua opinião, o narrador é uma pessoa adequada para mediar o conflito


que ele nos conta? Por quê? Como ele poderia agir em relação a isso?
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2. Agora que você já sabe um pouco mais sobre mediação de conflitos, reflita um
pouco sobre você mesmo nessa situação e responda às perguntas a seguir:
a) Você sente em si mesmo qualidades que podem contribuir para a mediação
de divergências entre pessoas da sua convivência? Quais seriam essas
qualidades?
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b) E quando uma das partes em conflito é você, como procura resolvê-lo em um


primeiro momento? Caso falhe essa primeira tentativa, o que você faz?
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d) Na ocorrência de um conflito entre você e um colega na escola, a quem


você recorreria, se fosse o caso, para fazer a mediação entre vocês? Por
quê?
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