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90 HORAS
2013
INTRODUÇÃO
A formação, avança cada vez mais, em qualquer tipo de território, seja ele individual
ou empresarial.
Nenhum manual deve funcionar como uma receita a seguir, visto que cada formador é
um formador, e porque cada um selecciona a informação da forma que achar mais
correcta e adequada.
Neste sentido, não existem manuais perfeitos ou completos, pois há sempre temas
que podem ser incluídos ou alterados.
AS ORIGENS DA FORMAÇÃO
A formação enquanto actividade organizada e planeada, teve a sua emergência
no decorrer da 2ª Guerra Mundial, de forma a realizar-se uma reconversão nas
indústrias de armamento. Assim, nos EUA apareceram um conjunto de técnicas
de instrução profissional, que levaram ao aparecimento de Método TWI (Training
Within Industry).
O TWI deu origem ao aparecimento de várias componentes pedagógicas, tais
como:
Melhoramento das Relações de Trabalho
Segurança e Higiene no trabalho
Formação Pessoal
Entre outros.
Segundo Duarte (1996), “Na formação tudo se encaixa, como se de uma boneca
russa se tratasse: uma actividade de aprendizagem, uma sessão, um módulo, um
curso, uma área de formação, um centro de formação, um instituto nacional de
formação, a oferta de formação dirigida a um sector de actividade económica,
uma região, um país, a Europa, o mundo…”.
Neste sentido, um sistema de formação não surge por si próprio, necessita de ser
concebido e implementado (Concepção e Implementação do Sistema de
Formação).
Mas, é necessário que alguém faça a sua gestão (Gestão do Sistema), de modo a
que possibilite a sua operacionalização através de acções e cursos de formação
(Organização e Coordenação das Acções de Formação e Animação da
Formação).
SISTEMA DE FORMação
5. Animação da Formação
Formador; Monitor; Tutor; Instrutor; Professor
Consiste na entrada mais lógica para a família dos profissionais de formação.
Anima a formação.
O sistema formação, pressupõe assim, uma série de agentes interligados e
encadeados numa determinada sequência.
- FORMação PROFISSIONAL
Conjunto de actividades que visam a aquisição de conhecimentos teóricos e
práticos, assim como de atitudes e comportamentos, necessários para o exercício
de determinada profissão ou grupo de profissões.
Competência Pedagógica
Personalidade
1- COMPETÊNCIA TÉCNICO-PROFISSIONAL
� Bom domínio da área de actuação;
� Abertura à mudança/ Aperfeiçoamento;
� Permanecer actualizado;
� Questionar e reestruturar conhecimentos;
� Fornecer aos formandos os instrumentos necessários para a adaptação à
mudança;
� Gestão, manutenção e correcta manipulação dos materiais e equipamentos;
� Utilização de Metodologias que promovam a participação e envolvimento do
grupo e que sejam adequadas aos objetivos propostos;
� Transmissão de conhecimentos;
� Fomentação de atitudes;
� Desenvolvimento de competências;
Facilitação da Aprendizagem
� Conhecimento dos formandos
� Conhecimento das fontes de motivação
� Criação de condições favoráveis à aprendizagem
� Comunicação dos objetivos
� Fomento da auto-avaliação
� Zelo
� Sigilo
� Lealdade
� Assiduidade
� Pontualidade
DIREITOS DO FORMADOR
� Ser remunerado de acordo com a função desempenhada
� Ter acesso a materiais e informações disponíveis no IEFP
� Ter formação profissional necessária ao exercício das suas funções
Certas atitudes por parte do formador poderão não ser a melhor forma de
desempenhar a sua função.
Apropriados E No Calor Da
É Um Verdadeiro Formador!
A aprendizagem é nada mais do que um processo, tal como tantos outros. Possui
um conjunto de variáveis que dão sentido a esse processo.
� GLOBAL
� DINÂMICO
� CONTÍNUO
� INDIVIDUAL
� GRADATIVO
� CUMULATIVO
GLOBAL- Porque a sua eficácia implica uma interação entre os diferentes tipos
de saberes. Para que haja aprendizagem, é necessário que o formando seja
capaz de relacionar os seus conhecimentos, capacidades e valores com o
contexto formação.
� A PERCEPÇÃO
A ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO
Quer a atenção, quer a concentração são processos pessoais e selectivos que
variam temporalmente e contextualmente.
Neste sentido, é importante considerarmos que são factores que por instáveis que
sejam influenciam de uma forma muito forte a aquisição de conhecimentos.
� A ACTIVIDADE MNÉSICA
Para que possa ocorrer memorização de qualquer tipo de informação é
necessário obviamente que a atenção e a concentração estejam em pleno
funcionamento e direccionadas para o objecto em causa.
� A MOTIVAÇÃO
Entende-se motivação como um processo que nos leva a realizar um determinado
comportamento tendo em vista a satisfação das nossas necessidades. Assim,
palavras como estimulo, necessidade, objectivo, comportamento, satisfação e
insatisfação integram a noção de motivação.
Lidar com esta frustração é uma tarefa do ser humano, que para tal adopta
variadíssimas formas, entre as quais:
TIPOS DE MOTIVOS
1. Impulsos básicos
O que caracteriza estes impulsos prende-se com o facto da sua satisfação ser
necessária para a sobrevivência do indivíduo.
Exs: oxigénio (respirar); água (beber); alimento (comer); sono (dormir), sexo,
evitação da dor, entre outros.
Várias investigações têm revelado, que grande parte dos indivíduos que possuem
uma vida pautada pela rotina, tem tendência para a depressão e irritabilidade.
Assim, a fuga à rotina e a procura de novas experiências, desenvolve a habilidade
e o conhecimento, permitindo uma adaptação mais eficaz a novas situações.
4. Motivos de crescimento
1- A TEORIA DE MASLOW
2- A TEORIA DE HERZBERG
Os factores higiénicos
- a remuneração
- os benefícios sociais
- o tipo de chefia
Para o autor, uma vez que estes factores sejam melhorados, apenas se evita a
insatisfação, mas não se cria satisfação. São factores essencialmente
preventivos.
Os factores motivacionais
E pressupõem:
- reconhecimento profissional
Em suma:
McClelland, defende ainda que, as crianças que vivem em famílias, cujos pais
ressalvam os seus sucessos, recompensando-os pelas suas boas realizações,
manifestam mais motivos de realização, em detrimento daqueles que ressalvam
mais o aspecto educacional, as boas maneiras e, a obediência.
4- A TEORIA X e Y de McGregor
Esta teoria suporta a ideia de que o tipo de motivação que predomina numa
determinada empresa ou instituição, depende dos princípios que se tenham
acerca da natureza humana.
A teoria X, pressupõe a crença de que a maior parte dos indivíduos prefere ser
dirigida, e que mais do que assumir responsabilidades, deseja segurança. Assim,
o dinheiro é considerado como a grande motivação das pessoas.
As chefias que se orientam por este tipo de crença apostam em exercer funções
de modo a desencadear o potencial criativo e o desempenho de indivíduo.
1. A EXPECTATIVA
2. A INSTRUMENTALIDADE
Por outro lado, cada indivíduo revela preferências por determinados resultados.
Ora, se os resultados obtidos, são os preferidos, então, tornam-se mais
motivados.
- Expectativas elevadas
Auto-desvalorização
AS FONTES DE MOTIVAÇÃO
� A influência do momento
� A relação pedagógica
� Condições físicas
� Relação interpessoal
� formador- formandos
� valorização da aprendizagem
� AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
JOVENS ADULTOS
Disponibilidade para aprender apenas
Disponibilidade para aprender
o que é útil
Querem saber os Porquês Querem saber os Como
Aprendem por referência a interesses Aprendem por referência a
actuai experiências anteriores
Motivados pela própria matéria Motivados pela utilidade da matéria
Estudam tendo em vista a utilidade Estudam tendo em vista a aplicação
futura imediata
Boa capacidade de adaptação e Capacidade de adaptação e
flexibilidade flexibilidade mais restritas
Influenciáveis Pouco influenciáveis
Criatividade livre Criatividade controlada
Pouca resistência à mudança Resistência à mudança
Aceitação do poder Pouca aceitação do poder
Rapidez mental Menor rapidez mental
LOCAL DE APRENDIZAGEM
O local onde ocorre a aprendizagem, seja ele no posto de trabalho ou numa sala
de formação também pode condicionar a motivação. O ambiente físico (calor,
frio...), a dimensão e características do espaço (um espaço cómodo, afável, limpo,
que permita a execução das tarefas no contexto formação...), e claro, o ambiente
afectivo, são factores altamente motivantes ou desmotivantes para o próprio
formando, mesmo que seja ao nível inconsciente. Torna-se assim, importante,
que o formador se preocupe com alguns aspectos, de forma a tentar sedimentar o
mais possível a ponte entre a motivação e a formação.
FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES
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São eles:
Neste sentido, é possível afirmar que para além dos aspectos já mencionados,
existem outros, que se podem tornar facilitadores da aprendizagem.
É o caso:
A EXPERIÊNCIA DE PAVLOV
1ª fase:
2ª fase:
3ª fase
O CONTRIBUTO DE SKINNER
O autor ressalvou a importância de utilizar reforços, de forma a que se
concretizem processos de Aprendizagem.
Neste sentido, a chave do condicionamento surge no estimulo posterior à
resposta, e que permite aumentar ou diminuir a probabilidade de determinado
comportamento ou resposta se voltar a repetir.
Entende-se então por reforço, algo que prossegue uma determinada resposta.
É possível destacar:
� Reforço Positivo- evento benéfico para o sujeito, que ocorre, e que aumenta a
probabilidade de repetição da resposta
� Reforço Negativo- evento negativo para o sujeito, suprimido, e que aumenta a
probabilidade de repetição da resposta
� Punição- evento negativo para o sujeito, que ocorre, e que tem como objectivo
extinguir ou enfraquecer uma determinada resposta
TEORIAS COGNITIVISTAS
TEORIA DA GESTALT
Consiste na Teoria da Forma (Wertheimer).
Em que o todo não pode ser reduzido a uma mera soma das suas partes.
Esta Teoria ressalva, que o que se aprende é quantitativamente mais do que a
soma dos vários estímulos. Sendo a aprendizagem determinada pela estrutura ou
configuração dos estímulos.
Uma situação de formação, seja ela qual for, em que tipo de contexto ocorra,
deve sempre ser encarada como uma realidade dinâmica, e por isso, os métodos
pedagógicos a adoptar devem estar de acordo com a dinâmica das relações que
se estabelecem entre os diferentes intervenientes, e necessariamente com os
objetivos e a finalidade da própria formação.
Consiste num conjunto de meios ou formas que o formador utiliza, e que permite
pôr em prática o método ou métodos desejados.
- interesses e necessidades
- motivação do momento
1. O método Expositivo
2. O método Interrogativo
3. O método Demonstrativo
4. Os métodos Activos
O MÉTODO EXPOSITIVO
� Método tradicional
� Sessões: colectivas
� Formador: autoridade
� Formandos: passivos
Para além destes aspectos é importante realçar, que a utilização deste método
pressupõe:
o Controle de atenção
o Mudança de interação
- Formador- Grupo
- Formador- Formando
- Formando- Formando
o Pausa
- Cria expectativas
O MÉTODO INTERROGATIVO
� Formulação de questões
� Formador: activo
� Formando: activo
� Existência de feed-back
1. Tempo de espera
Tipos de reforços
Reforço verbal
- Utilização de uma frase curta ou palavra (Certo, Óptimo, Bom trabalho...)
- Não banalização do mesmo tipo de reforço que acaba por se tornar ineficaz
- Não utilizar o mesmo tipo de reforço para todos os formandos, sem atender às
suas características
- Saber utilizar a resposta do formando para o desenvolvimento da sessão
Reforço não-verbal
- Utilização da linguagem corporal como forma de incentivar a participação do
formando (olhar, contacto ocular...)
- Não entrar em contradição com o reforço verbal
- Nunca dar a sensação de passividade ou de ausência de interesse perante a
resposta do formando
3. Questões de comprovação
Consiste numa técnica de interrogação destinada a aumentar a quantidade e a
qualidade das respostas.
VANTAGENS
Evitar que a resposta do formando seja superficial
Conduzir o formando a uma resposta mais adequada
Levar o formando a documentar a resposta com novos dados
Promover uma maior originalidade da resposta
Conduzir as respostas a um nível superior de aprendizagem
4. Equidade na interação
O MÉTODO DEMONSTRATIVO
É caracterizado por:
PREPARAÇÃO
APRESENTAÇÃO e APLICAÇÃO
AVALIAÇÃO
PREPARAÇÃO
� Definir os objetivos
APRESENTAÇÃO e APLICAÇÂO
� Esclarecimento de dúvidas
* Execute uma terceira vez, mas deixe que os formandos lhe digam os passos a realizar
AVALIAÇÃO
MÉTODOS ACTIVOS
Consistem em:
- Avaliação: formativa
O Jogo Pedagógico
1- - Preparar o jogo
2- - Apresentar os objetivos
3- - Definir as regras
4- - Executar o jogo analisar
5- -Sintetizar os resultados.
Autoscopia
Gravação em vídeo de uma dada situação, em que cujo objectivo pedagógico,
consiste na possibilidade de se proceder a uma auto-análise.
Estudo de Casos
Permite:
- A análise de situações
- O diagnóstico de problemas
- A tomada de decisões
Vantagens: Desvantagens
É realista Não é possível obter informação
Permite a reflexão e a tomada de complementar
solução O formando não tem responsabilidade
na sua solução
Traduz situações precisas
Pode causar frustração quando o
Permite que cada formando dê a sua
formando se apercebe que não há
opinião e capte a dos outros receitas absolutas (uma única
Permite comparar as soluções resposta)
encontradas
Melhora o comportamento e a relação
Interpessoal
Em suma,
São elas:
Os Conteúdos
Os objetivos da Formação
A Duração
Os Custos
O Formador
As Instalações e Equipamentos
MENTOS
RECURSOS DIDÁCTICOS
Ler da projecção
A sequência de uma a presentação também deverá ser pensada com algum rigor.
Neste sentido, uma das possíveis abordagens passa pelo seguinte:
• 1º SLIDE- Tema da Apresentação
• SLIDE OPCIONAL- (Percurso Programático)
• 2º SLIDE- objetivos da Apresentação
• SLIDES INTERMÉDIOS Conteúdos
• ÚLTIMO SLIDE Conclusão/ Síntese/ Encerramento da apresentação
•Organização do Espaço
– Adequação à movimentação do apresentador
– Recursos ao fundo, fios no chão
• Mesa do Instrutor
– Materiais para a apresentação
– Água
• Mesa de Apoio
– Materiais a serem distribuídos - Preferencialmente oculto aos participantes
A COMUNICAÇÃO
5. Ser empático
O ESQUEMA DA COMUNICação
� Gestos
� Postura
� Expressões Faciais
� Roupa e Adornos
� Silêncio
� Para retardar
Detalhar
Obter participação do público
Debater tópicos
Exercícios
� Paralinguistica
Corresponde ao modo de falar (voz)
- Tom (médio)
- Timbre (grave)
- Articulação das palavras
- Pronúncia
- Velocidade (média)
- Modulação versus Monocórdio
BENGALAS
Palavras ou expressões sem sentido que contaminam o nosso discurso, mas que
nos ajudam a processar o nosso pensamento. Algumas das bengalas mais
comuns:
Estão a perceber… OK
Humm Bem
Ahh Ou seja
• Desmotivação
• Complexidade da mensagem
• Desconhecimento do contexto
O COMPORTAMENTO
• Seleccionado/ escolhido
• Vantagens/ desvantagens
� Agressivo
� Passivo
� Manipulador
� Assertivo
AGRESSIVO
Tem como objectivo dominar os outros, valorizar-se à custa dos outros, abusando
dos seus próprios direitos. Tem tendência a minimizar o interlocutor,
desvalorizando-o.
PASSIVO
MANIPULADOR
ASSERTIVO
Descreve D
“O João não quis fazer novamente o exercício proposto”
Describe
Expressa E “Devo dizer-lhe que é suposto que todos façam este
Express exercício, pois faz parte do programa”
Específica S “Gostaria que para os próximos exercícios, o João
Specify colaborasse mais”
Consequência C “Assim, não terá uma avaliação negativa, e participará na
Consequences dinâmica do grupo com a sua opinião”
A formação é constituída por duas realidades que interagem entre si: o formador e
o grupo (formandos).
Entende-se por grupo, duas ou mais pessoas interagindo e partilhando um
propósito comum.
Esta relação é entendida pelos próprios elementos do grupo como singular e
diferente das relações que estabelecem com os outros.
Esta fase tem como objectivo, definir o estilo de relacionamento com os outros
elementos do grupo, definir o estilo de relacionamento com o formador, e,
procurar a estrutura e objectivo do grupo: Porque estamos aqui?; Qual o meu
lugar?
Para existir um conflito, é necessário existirem duas forças opostas. Para tal, é
possível identificar dois grandes tipos de conflitos.
1. Conflitos Intrapessoais
2. Conflitos Interpessoais
CONFLITOS INTRAPESSOAIS
Traduzem o conflito entre o Eu e o Eu. Podem ser surgir sob três formas:
� Conflito Atração – Atração (quando pressupõem algo atractivo nas duas
vertentes)
� Conflito Repulsão – Repulsão (quando pressupõem algo repulsivo nas duas
vertentes, mas que
exige uma escolha)
� Conflito Atração – Repulsão (quando pressupõem algo atractivo e algo
repulsivo)
CONFLITOS INTERPESSOAIS
Traduzem o conflito entre o Eu e os Outros. Surgem por exemplo quando existem
diferenças Individuais e/ ou diferenças de papéis, entre outras.
Qualquer que seja o conflito, e é de sublinhar que a noção de conflito não tem
necessariamente que ser unicamente associada a uma perspectiva negativa.
Existem diversas técnicas que poderão ser utilizadas na gestão de conflitos.
EFICIÊNCIA E EFICÁCIA
É habitual associarmos a noção de liderança e de grupo, aos termos eficiência e
eficácia.
AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA
“Foi o homem que deu às coisas o seu valor, a fim de se pôr em segurança; foi ele que
lhes deu um sentido- o sentido humano. Por isso, ele é chamado o medidor das coisas.
...avaliar é criar valores, sem tal avaliação, a existência seria uma noz oca.”
Tendo em vista, obter informações que se vão utilizar em seguida para tomar
decisões ou para modificar uma decisão já tomada.
objetivos DA AVALIação
A ESTRELA DA AVALIAÇÃO
2. PARA QUEM?
� Para os formandos
� Para os formadores
� Para a instituição fornecedora da formação
� Para a instituição solicitadora da formação
� Para a envolvente social
3. ONDE?
� Em sala
� No posto de trabalho
� Na empresa
� Na envolvente social
4. COMO?
Operacionalizando o procedimento avaliativo, através de técnicas e instrumentos
de avaliação.
5. QUANDO?
A resposta ao quando permite caracterizar a avaliação quanto ao momento.
Existem três grandes momentos em que a avaliação pode ocorrer: no inicio,
durante e no final da formação.
2º-AVALIAÇÃO FORMATIVA
Realiza-se durante o processo de aprendizagem. Pressupõe a relação ensino-
aprendizagem Pretende verificar a adequação do programa, metodologia e meios
utilizados.
2.Avaliação da aprendizagem
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
É o caso da:
� Participação / capacidade de comunicação
� Assiduidade/ pontualidade
� Motivação
� Capacidade de trabalhar em equipa
ESCALAS DE CLASSIFICAÇÃO
Existem três tipos de escalas de classificação:
1. Escala numérica
2. Escala literal
3. Escala descritiva
Para o formador, avaliar nem sempre é tarefa fácil, até porque, uma das
dificuldades da avaliação é a sua objectividade. Assim, é importante que o
formador tome consciência das causas inerentes à subjectividade na avaliação,
de modo a poder definir os seus próprios limites.
2.Efeito de Halo
3.Efeito da Esteriotipia
Quanto maior for o intervalo de tempo entre as correcções maior poderá ser o
grau de discordância das classificações.
Ex: Corrigir uma prova após uma discussão com o patrão ou após um jogo de
futebol em que a nossa equipa venceu
OBSERVAÇÃO
Permite obter dados em todos os domínios do saber:
1. afectivos: interesse, participação, aptidões...
2. cognitivos: conhecimento, compreensão, capacidade de análise...
3. psicomotores: capacidade motora, habilidade manual...
Vantagens:
Permite recolher dados no momento em estão a acorrer, sendo portanto reais e
fidedignos
Desvantagens:
Para que a observação seja eficaz, é necessário que o formador dispenda muito
tempo na sua execução.
1. Fichas de observação
São fichas onde se registam os factos que vão ocorrendo, com interesse para a
avaliação.
2. Listas de ocorrências
3. Escalas de classificação
FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS
AVALIAÇÃO ORAL
Vantagens:
AVALIAÇÃO ESCRITA
Consiste em apresentar ao formando questões escritas, e cuja resposta também
deverá ser por escrito.
Vantagens:
• Economia de tempo
• Possibilidade de aplicação simultânea a grandes grupos
• Possibilidade de aplicação das mesmas perguntas a todo o grupo
• O formador em posse da resposta, pode estudá-la, compará-la, reflectir sobre
ela…
Desvantagens:
• Exige uma concepção cuidada e morosa
• Dá vantagens aos formandos que têm facilidade de interpretação e expressão
escrita
Inquéritos
Permitem recolher essencialmente dados no domínio afectivo.
Os seus instrumentos são entre outros:
- Questionários- Têm um fim especifico, e só servem para esse mesmo fim.
- Inventários- Pressupõem uma lista de afirmações, em que se assinala aquelas
em que se concorda.
- Escalas de Atitudes- Permitem graduar a posição do formando face a uma
determinada atitude.
TESTES
Permitem recolher dados no domínio cognitivo. E, são constituídos por itens,
questões ou perguntas.
Testes de Produção
Consistem em apresentar questões aos formandos, permitindo-lhes que eles
respondam espontaneamente, dando largas à sua imaginação e criatividade.
O grande inconveniente deste tipo de testes é o de conduzirem a uma avaliação
subjectiva.
Testes de Selecção
Consistem em fornecer aos formandos, a pergunta e em alguns casos, várias
respostas entre as quais ele terá de seleccionar a resposta adequada. São testes,
em que é pedido aos formandos que forneçam respostas sucintas e adequadas.
Limitando mais a sua criatividade, mas favorecendo uma maior objectividade.
Vantagens:
Para o formando, a resposta é mais rápida e as perguntas mais objectivas. Para o
formador, a correcção é mais fácil e mais rápida, assim como a objectividade das
Desvantagens:
Para o formando limitam a criatividade.
Para o formador a sua concepção é mais morosa, exigindo o domínio pleno da
matéria tratada.
1- VERDADEIRO-FALSO
São constituídos por afirmações, que terão de ser assinaladas como verdadeiras
ou falsas.
Regras:
- O texto deve ser:
� Claro e o mais curto possível
� Afirmativo
� Conter apenas uma ideia, sendo totalmente falsa ou verdadeira
- As instruções devem indicar claramente a forma de proceder
2- QUESTÕES DE COMPLETAR
Apresentam frases incompletas, de forma a serem completadas com sentido.
Regras:
- O texto deve ser claro e curto
- A frase deve ter sentido lógico
- Os elementos omitidos e os espaços a completar devem ser mais ou menos de
extensão semelhante
- Só se devem omitir elementos importantes
- Não devem ser fornecidas pistas gramaticais
- Os elementos omitidos devem situar-se preferencialmente no final da frase
- Só deve ser possível uma resposta
Regras:
- As instruções devem ser claras, em relação è situação descrita anteriormente
- O texto deve ser curto e claro
- Para evitar respostas ao acaso, uma das listas de um grupo dever conter mais
um ou dois elementos do que a outra, os quais não deverão ser correctos (a lista
mais longa não deverá ultrapassar os sete elementos, para evitar o cansaço e a
dispersão)
Constituídos por questões, que possuem várias respostas, das quais será
necessário optar por uma ou mais respostas correctas.
Regras:
� Todas as respostas
MEDIÇÃO
- Tempo de execução
4.Criar a corrigenda
• A auto-análise
Mais uma vez, é importante frisar que este tipo de técnica visa:
PREPARAÇÃO
Na autoscopia inicial, o tema pode ser livre, mas, nas intervenções seguintes, os
participantes deverão escolher conteúdos da sua área profissional
(preferencialmente).
DESENVOLVIMENTO
Antes do inicio da sessão, cada formador deverá clarificar a população alvo,
estabelecendo um contrato com os colegas que desempenharão o papel de
formandos.
Por todas as razões até agora apresentadas, há toda a conveniência em filmar a
sessão. O registo servirá para posteriormente proceder-se a uma auto e
heteroanálise da sessão. Tendo obviamente todas as finalidades pedagógicas.
VISIONAMENTO
Nesta fase, procede-se ao visionamento das sessões gravadas por todos os
formandos. É este o momento, em que cada formando (formador) se confronta
com a sua imagem, enquanto monitor de uma sessão de formação; é a
oportunidade de rever os seus comportamentos e de registar os aspectos mais e
menos positivos. Os restantes colegas e o formador, confirmarão as impressões
recolhidas acerca do visionamento.
ANÁLISE
A análise das autoscopias pode ser feita segundo vários modelos, sendo um dos
mais utilizados, o que consiste em que para cada formando é seleccionado um
colega que terá como papel analisar e criticar a performance do respectivo colega
(com base em critérios pré-definidos, depois os restantes colegas poderão
completar com algumas observações), sendo seguidamente a vez do próprio
autor da sessão fazer uma análise e autocrítica, e finalmente a avaliação por
parte do formador.
O PLANEAMENTO DA FORMAÇÃO
1. Política de Formação
Nesta etapa são definidas as orientações que determinam a política de formação
a seguir. Este tipo de informação é normalmente fornecida pelos responsáveis da
política geral da empresa/ instituição, e englobam os seguintes aspectos:
- Porquê formar? (as razões que justificam a formação)
- Condições de admissão
- Recursos disponíveis
- Condicionalismos
Em função dos resultados que se esperam obter com a formação, e que estão
relacionados com os objetivos e com as necessidades da empresa/ instituição,
torna-se pertinente analisar a profissão ou o posto de trabalho cujo desempenho
satisfaz o perfil que se pretende obter.
- A Análise Qualitativa
- A Análise Quantitativa
É neste sentido que surge, o plano da ação de formação, muitas vezes conhecido
por programa da ação de formação.
Permite:
2. Local de Realização
3. Data de Realização
4. Nome do Formador
7. Destinatários
8. Pré-Requisitos
9. objetivos Gerais
- Actividade
- Metodologia
- Avaliação
- Recursos Didácticos
- Tempo
A SESSÃO DE FORMAÇÃO
- Introdução
- Desenvolvimento
- Conclusão.
Introdução
Nesta fase inicial, o formador deve comunicar aos formandos, não só sobre que
assunto se desenrolará a sessão, mas também os seus objetivos principais
(expressos em termos de comportamentos observáveis).
Sempre que possível, estes objetivos devem ser relacionados com os conteúdos
transmitidos anteriormente (sessões ou módulos anteriores). Para tal, o formador
deve controlar os conhecimentos anteriores dos formandos. Este controlo pode
efectuar-se através de um teste ou, como se faz habitualmente, através de uma
sondagem, dialogando com os formandos. Neste último caso, trata-se de uma
breve revisão, pois, na maior parte das situações, não é muito viável realizar um
teste escrito ou oral de pré-requisitos.
Desenvolvimento
Conclusão
O final da sessão, deverá comportar uma síntese dos conteúdos transmitidos,
assim como, de um momento para a verificação dos conhecimentos/
competências adquiridas (avaliação).
Fim a atingir
Orientação
E um objectivo pedagógico?
É que “ só sabendo para onde se vai, é que se tomará o caminho certo para lá
chegar”.
Exemplo 1:
- Comportamento Esperado-
Exemplo 1:
O formando deverá ser capaz de apreciar os aspectos positivos de um dado
método pedagógico (operacionalizando, através de um indicador de
comportamento) O formando deverá ser capaz de apreciar, citando, os
aspectos positivos de um dado método pedagógico
- Condições de Realização-
Expressa as condições que se deverão verificar aquando a realização de uma
determinada actividade ou comportamento esperado.
� Locais
Consiste na especificação dos locais onde se realizará a actividade
Exemplo: O formando deverá ser capaz de soldar uma peça num poste, a altas
temperaturas
- Critérios de Êxito -
A componente em causa, pretende definir quais as exigências, ao nível da
qualidade de realização de um determinado comportamento, ou seja, quais as
situações que serão impostas ao formando de modo a garantir a aquisição da
competência prevista.
� Critérios de Quantidade
Indicam padrões de realização facilmente mensuráveis.
- Critério de Tempo
Exemplo: O formando deverá ser capaz de realizar 10 operações de multiplicar
com 2 algarismos, no tempo máximo de 5 minutos
- Critério de Precisão
Exemplo: O formando deverá ser capaz de dactilografar uma folha de texto,
atingido a velocidade máxima de 20 palavras por minuto
- Critério de Percentagem
Exemplo: O formando deverá ser capaz de responder a pelo menos 60% das
questões colocadas
S- Específicos
M- Mensuráveis
A- Alcançáveis
R- Relevantes
T- Com Limite De Tempo
1. Sujeito (formando)
2. Verbo de ação
exigências básicas.
- Domínio Cognitivo
Envolve conhecimentos e aptidões intelectuais. Consiste no domínio do
conhecimento e do pensamento.
Exemplo 1: Conhecer os sinais de trânsito
Exemplo 2: Descrever o conceito de motivação
- Domínio Afectivo
Envolve interesses, atitudes, valores, comportamentos que apresentam uma
conotação de agrado ou desagrado, adesão ou rejeição. Consiste no domínio dos
sentimentos e emoções.
Exemplo 1: Obedecer às regras de trânsito
Exemplo 2: Concordar com a teoria X
- Domínio Psicomotor
Pressupõe o domínio das actividades motoras ou manipulativas. Consiste no
domínio por excelência da ação.
Exemplo 1: Mudar o pneu de um carro
Exemplo 2: Agarrar no volante adequadamente
DE OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
Dividir Reconhecer
Escolher Recuperar
Especificar Remover
Expor Reparar
Explicar Reunir
Extrair Seleccionar
Identificar Testar
Ilustrar Trazer
Indicar Usar
Isolar Voltar