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Kamila Boecker2
Mayra Pimentel Gomes2
Natan Cozendey Antunes²
Edileuza Maria da Silva Domingos Ferreira3
RESUMO
O presente estudo busca investigar qual o papel do pedagogo social dentro das organizações
não governamentais (ONGs), quais são as suas atribuições profissionais e os desafios para sua
atuação. Mesmo antes da aprovação das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso
de Pedagogia, que aponta para a formação e atuação do pedagogo em diferentes espaços
educativos, alguns pedagogos já atuavam em outros locais além do espaço escolar, contudo,
pouco se fala desses diferentes ambientes de atuação. Nosso estudo parte da educação formal
e não formal, passando pela pedagogia social, pela formação do pedagogo no Brasil, para
adentrar no terceiro setor, com destaque para a atuação do pedagogo em algumas ONGs que
desenvolvem trabalhos com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.
Nesse percurso, utilizamos pesquisa de campo, de caráter qualitativo e exploratório,
considerando os procedimentos a serem adotados para a obtenção e análise de dados,
entrevistando as equipes de trabalho de três ONGs localizadas na Grande Vitória.
INTRODUÇÃO
1
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às Faculdades Integradas São Pedro – FAESA, como requisito
parcial para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.
2 Formandos em Pedagogia pelas Faculdades Integradas São Pedro – FAESA.
3 Professora orientadora. Mestre em Educação; Professora das Faculdades Integradas São Pedro – FAESA;
Pedagoga na Prefeitura Municipal de Vitória-ES.
2
A inserção do pedagogo nos espaços de educação não formal, embora não seja algo recente,
no Brasil ainda é tímida e limitada. Muitos profissionais ainda desconhecem as possibilidades
de atuação do pedagogo fora do espaço escolar. No mercado de trabalho, uma área que
apresenta diferentes oportunidades de atuação é a pedagogia social, principalmente por se
desenvolver em espaços não escolares.
Segundo Gonh (2000, p. 37), “o pedagogo não deve se restringir à docência escolar, sua
prática também pode ser social.” A autora define a educação não formal como sendo
aquela que aborda processos educativos fora da escola e dentro de movimentos sociais,
organizações não governamentais e entidades sem fins lucrativos.
Com as frequentes mudanças e transformações da sociedade, é importante refletirmos sobre
os caminhos da educação e da atuação do pedagogo, que necessita ter uma formação
abrangente, que permita várias possibilidades de atuação, mas não apenas no espaço escolar,
como se esta fosse a única forma de educação existente.
O objetivo geral deste trabalho é buscar compreender qual a função do pedagogo nas ONGs e a
importância do seu trabalho para o desenvolvimento das atividades educativas nesse espaço.
Esta pesquisa se justifica pelo interesse em aprofundar os estudos sobre a temática que surgiu
dos questionamentos realizados por um dos componentes do grupo que atuava na área. Este
trabalho tem a finalidade de mostrar que existe outro campo de atuação do pedagogo e que tem
grande importância para o desenvolvimento do sujeito atendido pelo seu trabalho como
pedagogo social, Por meio desta temática tem-se o interesse de buscar respostas aos
questionamentos, além de se observar o desconhecimento do trabalho desenvolvido pelo
pedagogo social e, consequentemente, sua desvalorização profissional. A partir das leituras
realizadas observamos que existem poucos estudos relacionados ao tema, sendo este de grande
importância para quem tem interesse na área.
Dessa forma, temos como prioridade, conhecer a pedagogia social, a formação e atuação do
pedagogo e sua inserção nas ONGs, mais especificamente, conhecendo suas atribuições nesse
espaço de trabalho educativo não escolar.
Acreditamos que a realização de estudos e pesquisas que revelem o cotidiano de um pedagogo
fora do espaço escolar contribui para a valorização de seu trabalho, definindo melhor suas
atribuições e, consequentemente, o reconhecimento desse campo de atuação profissional.
Esse trabalho tem a finalidade de mostrar que existem outras possibilidades de atuação do
pedagogo, tendo grande importância para o desenvolvimento da sociedade, sendo capaz de
integrar a comunidade e pessoas excluídas e/ou esquecidas pelo sistema, tornando-os cidadãos
participativos das atividades que se estabelece dentro do ambiente que está inserido.
3
CONTEXTUALIZANDO A PEDAGOGIA SOCIAL E A EDUCAÇÃO NÃO-FORMAL
De acordo com Pimenta (2002), a pedagogia social pode ser definida como a teoria geral da
educação social que é a área de conhecimento da ciência da educação, que constitui a base
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Nesta citação, Caliman posiciona a pedagogia social como uma ciência transformadora em
que se aplicam métodos de pesquisa empregados por outras ciências humanas, tais como
Sociologia, Psicologia, Antropologia entre outros. Tal ciência proporciona meios para
solucionar e enfrentar as necessidades da sociedade, transformando assim a vida dos sujeitos.
Pode-se constatar que a pedagogia social é uma ciência unida à prática e não apenas uma
teoria, perpassando assim todos os setores da sociedade, no sentido de melhoria do cotidiano
tornando a convivência social humanamente possível para todos, viabilizando principalmente
uma alternativa de educação nos espaços não escolares, tendo em vista a inclusão dos que
estão à margem da sociedade.
5
Existe uma diferença entre educação social e pedagogia social. Segundo Esteban (2004, p.
11):
A pedagogia social constitui disciplina científica, enquanto a educação social
constitui a ação, um espaço de intervenção pública. Até pouco tempo, a educação
social era considerada informal, sem regras; sendo a educação e a pedagogia
“autênticas” remetida somente ao sistema educativo.
Dessa forma, podemos dizer que a pedagogia social entrelaça a teoria e a prática, a teoria
enriquecendo a prática e vice-versa. Enquanto a educação social está mais relacionada as
ações práticas com a finalidade de promover mudança, já a educação formal seria considerada
aquela estruturada, organizada, planejada intencionalmente, sistemática. Portanto, observando
esse conceito temos como principal educação formal a educação escolar convencional. Mas
existem muitos outros lugares que fornecem a educação formal como: educação de adultos,
educação sindical, a educação profissional, entre outros, desde que nelas esteja presente a
intencionalidade e atributos que caracterizem um trabalho didático-pedagógico.
A educação social é constituída de atividades de carácter intencional, mas com baixo grau de
estruturação e sistematização. Nela obtemos as relações pedagógicas, mas não formalizadas.
Temos como exemplo de educação não formal os movimentos sociais organizados no campo,
uma associação de bairro, organizações não governamentais entre outros. Para Nassif (1980,
p. 277), a educação não formal é “o processo contínuo de aquisição de conhecimentos e
competências que não se localizam em nenhum quadro educacional”.
Hoje a pedagogia social é desenvolvida na ação humana voltada para pessoas que se
encontram em condições de vulnerabilidade social como: pobreza, drogas, do abandono e da
indiferença social. Caliman (2009, p. 54) afirma que o trabalho da pedagogia social se realiza
“dentro de intervenções educativas intencionais e não formais, e é organizada fora das
normais agências educativas, como a escolar e a familiar, embora não exclua essas duas
instituições de sua metodologia”.
Diante desse tão importante trabalho da pedagogia social nos perguntamos qual a importância
da presença do pedagogo nesse espaço? Buscamos em Libâneo algumas referências:
O trabalho docente é trabalho pedagógico, mas nem todo trabalho pedagógico é
trabalho docente. Um professor é um pedagogo, mas nem todo pedagogo precisa ser
professor. Isso de modo algum leva a secundarizar à docência, pois não estamos
falando de hegemonia ou relação de precedência entre campos científicos ou de
atividade profissional. Trata-se, sim, de uma epistemologia do conhecimento
pedagógico. [...]. Precisamente pela abrangência maior do campo conceitual e prático
da Pedagogia como reflexão sistemática sobre o campo educativo, pode-se reconhecer
na prática social uma imensa variedade de práticas educativas, portanto uma
diversidade de práticas pedagógicas. Em decorrência, é pedagoga toda pessoa que lida
com algum tipo de prática educativa relacionada com o mundo dos saberes e modos
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Libâneo afirma que nem todo pedagogo precisa ser professor, a docência é apenas uma forma
de atuação para este profissional. E ainda afirma que é pedagogo todo aquele que lida com
algum tipo de prática educativa, citamos como exemplo a educação social, que se faz presente
em todos os meios envolvidos na vida do ser humano, visto que a sociedade de hoje é
pedagógica, existindo processos educativos em todos os espaços possíveis. A educação social
(não formal) de maneira alguma exclui ou renega a educação formal, pelo contrário,
complementam-se, com o objetivo de transformar e construir uma sociedade mais justa e
igualitária, levando as pessoas a serem cidadãos críticos, sujeitos de opinião. É dentro dessa
vertente de atuação do pedagogo que precisamos entender mais um pouco sobre sua formação
profissional ao longo da história do curso de Pedagogia no Brasil.
instituições visa o caráter social, com o objetivo de trazer melhoria para o sujeito atendido e
para a comunidade.
Essas instituições têm atendido um grande público nas comunidades em que atuam, mas
pode-se observar que a maioria das organizações atende um número excessivo de pessoas,
sendo que muitas dessas ONGs não têm funcionários, mas sim pessoas que se dispõe a
trabalhar de forma voluntária para ajudar a sociedade. Além disso, muitas delas sobrevivem
9
apenas com as doações realizadas por algumas instituições públicas ou privadas, além dos
fundadores e alguns colaboradores das mesmas.
O crescimento do terceiro setor no Brasil fortalece o comprometimento das pessoas para com
a cidadania e provoca a conscientização sobre a responsabilidade social. Pesquisas realizadas
destacam que no Brasil existem aproximadamente 200 mil ONGs que, além das ajudas de
empresas privadas, também são mantidas e conveniadas a órgãos públicos. Muitas ONGs não
conseguem se manter por falta de recursos, passando assim por muitas dificuldades para
atender o público-alvo e acabam deixando de existir por falta dos recursos necessários.
Discorrendo sobre o significado das ONGs, Navarro (1999, p. 81), argumenta:
[...] ONG seria um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e
autonomamente, caracterizado por ações de solidariedade no campo das políticas
públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações
excluídas das condições da cidadania. (NAVARRO, 1999, p. 81).
METODOLOGIA
sociabilidade e proteção social. O trabalho oferecido deve incluir crianças e adolescentes com
deficiência, retiradas do trabalho infantil ou submetidos a outras violações de direitos. Aos
usuários, deve oferecer atividades que contribuam para ressignificar vivências de isolamento e
de violação dos direitos, propiciando experiências favorecedoras do desenvolvimento de
sociabilidades e atuando no sentido preventivo de situações de risco social.
Como instrumentos de pesquisa foram realizados registro das observações das atividades
realizadas pelo pedagogo dentro das ONGs visitadas. Além da aplicação de um questionário a
cada um dos funcionários da instituição sujeitos deste estudo, com o objetivo de obter
informações que venham ampliar nossa compreensão sobre a função do pedagogo social
dentro de uma ONG.
ANÁLISE DE DADOS
Ainda sobre a importância do pedagogo, dentro dessa frente de trabalho, destacamos o relato
de uma Assistente Social da ONG A, que reconhece o trabalho da categoria:
“O pedagogo tem o papel de interação com as crianças. É um trabalho de grande
importância, pois, tudo passa pela Pedagogia, principalmente por se trabalhar em
um ambiente que é voltado para crianças e adolescentes, além de colaborar na
organização, não apenas ficar fazendo recortes, mas também acompanhar o
desenvolvimento das crianças, assim como os educadores, fazer roda de conversa
com crianças para que o pedagogo as conheça melhor”.
Entendemos assim a grande relevância que esse profissional exerce em qualquer área de sua
atuação e, bem particularmente, sua presença significativa dentro das ONGs. Concordamos
assim com Caliman (2009, p. 53), quando diz: “o pedagogo é um homem imerso na realidade
social: percebe a realidade com a sensibilidade educativa e, premido por ela, responde às
demandas emergentes.”
Ainda sobre o trabalho do pedagogo dentro de uma ONG, perguntamos acerca do trabalho
lúdico nas oficinas ministradas e o seu objetivo. 85% dos profissionais em geral sabem o que
significa lúdico e 100% reconhecem a facilidade de trabalhar com materiais lúdicos para
assimilação e facilitação das crianças e adolescentes que possuem dificuldade na escrita e no
aprendizado em geral. Esse material preparado junto com o pedagogo ajuda esses educandos a
entrarem em contato com um mundo imaginário e ao mesmo tempo real, desenvolve suas
habilidades de criar e relacionar-se com novos conhecimentos, com os colegas, com a família
e consigo mesmo.
Observamos então que o lúdico pode contribuir para o desenvolvimento, em qualquer idade e
em qualquer forma de dificuldade apresentada pela criança e pelo adolescente. Essas
atividades parecem apenas brincadeiras para alguns, porém, os profissionais entrevistados
ressaltam que possuem um objetivo motivador. Gonçalves retrata bem essa ludicidade:
Toda brincadeira pode ser manifestação inconsciente do modo pelo qual a criança
viveu, vive ou recorda certas experiências que a perturbam. Certos jogos simbolizam
“vivências internas”. Mas se não conseguimos oferecer um ambiente em que a
criança possa de fato jogar e brincar, de nada vale a decifração do que está sendo
simbolizado (GONÇALVES, 1988, p. 11).
13
Toda profissão, principalmente as que têm como objeto de trabalho o ser humano, tem
desafios a serem superados. Não é diferente para o pedagogo que trabalha com ONGs. Esse
trabalho nos mostrou que muitas pessoas conhecem a prática do pedagogo apenas na
docência, o que dificulta a compreensão da expansão de seu campo de atuação profissional.
Segundo Libâneo,
Pedagogia é uma reflexão teórica a partir e sobre as práticas educativas. Ela
investiga os objetivos sociopolíticos e os meios organizativos e metodológicos de
viabilizar os processos formativos em contextos socioculturais específicos. Portanto,
reduzir a ação pedagógica à docência é produzir um reducionismo conceitual, um
estreitamento do conceito da pedagogia. (LIBÂNEO, 2002, p. 14).
Segundo os autores, o grande desafio é manter o bom trabalho, entendendo sempre o contexto
no qual está inserido cada criança e adolescente, englobando a cultura, a economia e a
religião. Luckesi ainda cita outros desafios:
[...] a sobrevivência, os baixos salários, a violência urbana e rural. [...]. Além desses
desafios diários, há outros de maior grandeza e complexidade, como o caso do [...]
fracasso escolar em larga escala, a sociedade dos meios de comunicação, a
globalização, os fenômenos das pós-modernidades [...] (LUCKESI, 2009, p. 41).
Questionamos sobre a diferença do profissional atuar dentro da escola formal e dentro de uma
ONG. O Assistente Social da ONG A relatou que todos precisam estar preparados e antenados
com a atualidade. O Assistente Social da ONG B relatou que a diferença é que um
profissional precisa limitar-se a conteúdos pré-estabelecidos pelas instituições de ensino e que
a ONG delimita o objetivo do conteúdo, define propostas de atuação, mas não fecha uma
única maneira certa de se chegar ao produto final. Já o Assistente Social da ONG C relata que
a atuação dentro das ONGs se faz ainda mais difícil pelas, quase sempre presentes, limitações
financeiras e pela vulnerabilidade em que estão inseridas as crianças e os adolescentes
atendidos.
Acerca desse assunto, Pinto afirma que:
Tanto a educação formal tem lugar nas escolas, colégios e instituições de ensino
superior, tem currículos e regras de certificação claramente definidos, a educação
não-formal é acima de tudo um processo de aprendizagem social, centrado no
formando/educando, através de atividades que têm lugar fora do sistema de ensino
formal e sendo complementar deste [...] A educação não formal tem, pois, formatos
altamente diferenciados em termos de tempo e localização, número e tipo de
participantes (formandos), equipes de formação, dimensões de aprendizagem e
aplicação dos seus resultados (PINTO, 2005, p. 4).
A pesquisa nos revelou através dos entrevistados que a formação recebida no ensino superior
no curso de Pedagogia é de fundamental importância para sua atuação profissional. Mas eles
ressaltam que o ensino sem a prática não é suficiente. Alguns conceitos são passados aos
alunos, mas a fixação dele e o verdadeiro aprendizado se praticando a educação formal ou a
não-formal. O pedagogo da ONG A diz: “Na faculdade é tudo muito mecânico, devido ter
que seguir um currículo, as coisas já são direcionadas para um fim (educação formal). A
atuação do pedagogo em um espaço não formal ainda não é algo forte a ser estudado no
curso de Pedagogia”.
15
O Assistente Social da ONG A afirma: “Não devemos acreditar que se aprende tudo em sala
de aula, isso é um mito”.
O Assistente da ONG B diz: “Durante a prática precisamos sempre relembrar o que
estudamos e, por vezes, nos remetermos novamente aos livros. Acredito que a faculdade tem
um papel primordial para a formação do profissional, mas esse aluno, desde cedo precisa
saber que tudo depende dele”.
O Assistente Social da ONG C ressalta: “Acredito no esforço do aluno desde o começo”. Por
isso que existem alunos que se destacam mais que outros. Se ele não usar os recursos da
faculdade, nada adianta estar na melhor instituição.
No que diz respeito a esse tema específico, ressaltamos a citação de Franco:
O pedagogo será aquele profissional capaz de mediar teoria pedagógica e práxis
educativa e deverá estar comprometido com a construção de um projeto político
voltado à emancipação dos sujeitos das práxis na busca de novas e significativas
relações sociais desejadas pelos sujeitos (FRANCO, 2003, p. 110).
Assim sendo, Franco afirma que o pedagogo é capaz de unir os grandes conceitos da teoria e
reconhecer que a prática desenvolve o conhecimento e constrói uma nova práxis profissional.
Entendemos então que o trabalho do pedagogo, dentro das ONGs capixabas, junto a equipe
multidisciplinar que ele constitui, forma um trabalho relevante para a sociedade atual. Uma
sociedade cheia de refrações sociais motivos que dificultam o trabalho, não somente do
pedagogo, mas de tantos outros inúmeros que atuam nesses espaços. O pedagogo social
fortalece o trabalho dos educadores, assistentes sociais, coordenadores e todos os profissionais
que ali estão. Ele está interligado a tudo e todos. Infelizmente também percebemos que o
trabalho e a profissão não são tão valorizados, pois são poucas as ONGs que tem esse
profissional atuando na organização, mesmo que todos reconheçam a necessidade do mesmo
na ONG.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo abordou a importância da participação do profissional de Pedagogia dentro das
instituições do terceiro setor, abordando a Pedagogia Social como educação não-formal.
Vimos a importância da pedagogia social para crianças e adolescentes em vulnerabilidade
social. Conhecemos que a pedagogia social engrandece a cidadania e forma o cidadão
pensante e com visão do mundo contemporâneo. Ainda estudamos que a pedagogia social
busca transformar o conceito que o cidadão tem para seu crescimento e possíveis mudanças.
16
REFERÊNCIAS
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de, SILVA Roberto da, MOURA Rogério (org). Ed. Expressão e Arte, São Paulo, 2009.
CAMORS, Jorge. A Pedagogia Social na América Latina. In: MOURA, R., NETO, J. C. S.
e SILVA, R. (orgs). Pedagogia Social. São Paulo: Expressão & Arte Editora, 2009.
CARNEIRO, Isabel Magda Said Pierre; MACIEL, Maria José Camelo. Pedagogia e
Pedagogos em diferentes espaços: interdisciplinaridade pedagógica. (s.a.). 2002.
FARIA, Caroline. Sobre ONG (organização não governamental). 1992. Disponível em:
http://www.infoescola.com/geografia/ongs-organizacoes-nao-governamentais/. Acesso:
13/11/2016.
GIL, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
GOHN, Maria da Glória. Os sem-terra, ONGs e cidadania. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2000.
GONÇALVES, Camila Salles (org). Psicodrama com crianças: uma psicoterapia possível.
São Paulo: Ágora, 1988.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2006.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1989.
SAVIANI, D. Sentido da pedagogia e papel do pedagogo. In: Revista ANDE, São Paulo, n.
9, p. 110, 1985.
ANEXO 1
Formação:
18
2) Além da escola, em quais outros espaços você acha que o pedagogo pode atuar?
9) A formação recebida na faculdade te deu uma base suficiente para a atuação dentro de
uma organização não formal? Por que?
10) Qual a diferença de um pedagogo atuar dentro da escola e dentro de uma ONG?
12) Além de trabalhar com a equipe é realizado algum trabalho do pedagogo com a
comunidade? Quais?
13) Como funciona a relação entre ONG e Escola? Como a escola vê o trabalho da ONG?
Vocês recebem algum apoio da mesma para o desenvolvimento do trabalho?
ANEXO 2
Formação:
6) Você acha necessário um pedagogo atuar dentro de uma ONG? Por quê?
ANEXO 3
Formação:
20