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Enovelamento de proteínas

O enovelamento de proteínas é um processo químico no qual a estrutura da proteína assume


sua forma funcional (nativa). O pesquisador que ficou muito famoso por seus experimentos de
enovelamento de proteínas com a ribonuclease foi o Christhian Anfinsen. Seu experimento
consistia em pegar uma proteína, que no caso era a ribonuclease que estava no seu estado
nativo, e adicionar numa solução contendo ureia e mercaptoetanol (que são dois agentes
desnaturantes). Quando essa proteína entrou em contato com essa solução, foi observado que
ela não apresentava mais função catalítica, isso o levou a interpretar que a proteína não estava
mais em seu estado funcional e que havia passado pelo processo chamado de desnaturação.
Após essa observação, Christhian Anfinsen removeu a solução desnaturante e mediu a
atividade da proteína novamente, e ao remover esses agentes desnaturantes a proteína voltou
a apresentar atividade.

As forças intermoleculares são as formas que as moléculas dos compostos que são formados
por ligações covalentes interagem entre si. Existem 3 tipos de forças intermoleculares, porém
a que mais se assemelha com as estudas por Anfinsen são de hidrogênio, pois na ribonuclease
os aminoácidos estão interligados por quatro pontes de dissulfetos. Essas pontes de
hidrogênios que estão presentes na maioria das proteínas se quebram quando há altas
temperaturas, variações de ph, entre outras, assim como as pontes de dissulfeto acabam se
rompendo com soluções desnaturantes de ureia com mercaptoetanol.

As previsões de estruturas secundarias consideradas por um trecho de 6 ou menos radicais


mostram em torno de 60% de certeza. Algumas sequencias de aminoácidos não determinam
univocamente a estrutura secundaria.

As chaperonas moleculares são proteínas que acabam interagindo com os polipeptídios que
estão parcialmente dobrados ou que estão dobrados de forma incorreta. Elas acabam
facilitando o enovelamento correto e garantindo um microambiente bom para que esse
enovelamento ocorra. Existem dois tipos principais de chaperonas, as Hsp70 e as
chaperoninas. As Hsp70 são muito abundantes em células que ficam submetidas a altas
temperaturas, elas se ligam a regiões que ainda não foram dobradas do peptídeo rico em
resíduos hidrofóbicos, assim elas acabam prevenindo a desnaturação pela alta temperatura e
isso ocorre tanto nas moléculas de proteínas quanto nas novas moléculas de peptídeo. Elas
acabam bloqueando também o enovelamento de proteínas que devem se manter não
dobradas até que sejam transportadas através da membrana. Já as chaperoninas são
complexos elaborados de proteínas que são necessários para o enovelamento de certas
proteínas que não se dobram de forma espontânea. Elas se tornaram conhecidas quando
foram necessárias para o crescimento de alguns vírus bacterianos.

O paradoxo de C. Levinthal fala que se suponha que uma proteína tenha 100 aminoácidos e
possuísse apenas duas conformações, ele pergunta quantas conformações possíveis teria para
essa proteína e fala que seria 2 100 que dá uma ordem de 10.30 Para testar cada conformação
10
leva-se em torno de 1ps, por isso esse processo levaria em torno de 1,3 X 10 anos. Ele conclui
que a procura do estado nativo das proteínas não pode ser aleatório e a sequência de
aminoácidos de uma proteína é que vai determinar a sua função.

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