Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EQUIPE EXECUTORA:
Universidade Estadual do Maranhão
Centro de Ciências Tecnológicas
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Núcleo de Estudos Urbanos em Conservação Integrada - NEUCI
__________________________________
Prof.ª Dr.ª Margareth Gomes de Figueiredo.
Orientadora
__________________________________
Nathália Christine Garcez Rocha.
Bolsista
2
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4
2- OBJETIVOS .......................................................................................................................... 6
3- METODOLOGIA .................................................................................................................. 7
4- PANORAMA HISTÓRICO DE SÃO LUÍS ......................................................................... 8
4.1 – Legado arquitetônico do período áureo da economia maranhense dos séculos XVIII -
XIX ........................................................................................................................................... 10
4.2 – Abandono do Centro Histórico e a necessidade de proteção patrimonial ....................... 16
4.3 – Levantamento da tipologia, estilo, estados de conservação e uso do solo urbano das
áreas da Sé e Praia Grande do Centro Histórico de São Luís ................................................... 21
5- CONCLUSÃO FINAL......................................................................................................... 31
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 32
ANEXO I- Questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO
DE SÃO LUÍS. ......................................................................................................................... 33
ANEXO II - LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO E ÍNDICES DE IMÓVEIS POR
QUADRAS: Área da Sé. .......................................................................................................... 40
ANEXO III - LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO E ÍNDICES DE IMÓVEIS POR
QUADRAS: Área da Praia Grande. ....................................................................................... 128
APÊNDICE I – GRÁFICO DO NÚMERO DE IMÓVEIS POR QUADRA – SÉ E PRAIA
GRANDE. .............................................................................................................................. 185
APÊNDICE II - GRÁFICOS DE TIPOLOGIA, ESTILO, ESTADO DE CONSERVAÇÃO E
USOS DOS IMÓVEIS DAS ÁREAS DA SÉ E PRAIA GRANDE. ..................................... 186
3
1-INTRODUÇÃO
Esta pesquisa irá estudar o uso do solo, a tipologia, o estilo e o estado de conservação
dos imóveis do centro histórico de São Luís, buscando contribuir com as políticas de
salvaguarda do patrimônio cultural edificado. A importância desta pesquisa reforça a ideia da
compreensão do passado para entendermos o presente, por isso vamos analisar os principais
acontecimentos ao longo dos séculos que influenciaram as transformações na infraestrutura
urbana do Centro Histórico de São Luís até o instante em que o mesmo entra para a Lista de
Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1997.
No século XVII, a economia maranhense era sem muita expressão, entretanto, no
século XVIII e meados do século XIX, com a criação da Companhia Geral do Grão-Pará e
Maranhão a economia maranhense alcançou o seu apogeu devido à agroexportação do algodão
e do arroz proporcionando a melhoria das condições sociais e urbanas; no século XX, o conjunto
arquitetônico e urbanístico permaneceu praticamente intacto, não significando ausência de
alterações em aspectos de solo, uso, tipologia e estado de conservação. Na área de estudo,
composta por aproximadamente 1400 imóveis reconhecidos mundialmente, 392 serão o objeto
desta pesquisa, consistindo na análise e detalhamento por meio de mapas, gráficos e índices.
O levantamento fotográfico dos imóveis pertencentes as áreas da Sé e Praia Grande,
por questões práticas e de segurança, tiveram o levantamento das primeiras imagens utilizando-
se um software gratuito Google Maps. Vencida esta etapa, até os limites em que o Google Maps
atua, tiramos novas fotos e completamos levantamento fotográfico e o processo de
preenchimento dos questionários como um todo, levando em consideração a ESTRUTURA
4
FUNDIÁRIA E PERFIL SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO
CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS (VER ANEXOS).
5
2- OBJETIVOS
Os objetivos específicos:
1) Identificar o uso do solo, a tipologia, o estilo e estado de conservação dos imóveis do
centro histórico de São Luís;
2) Mapear os imóveis do centro histórico de São Luís de acordo com uso do solo, a
tipologia, o estilo e estado de conservação;
3) Elaborar registro fotográfico dos imóveis em estudo;
4) Sistematizar por meio de gráficos e percentuais os dados dos imóveis.
6
3- METODOLOGIA
7
4- PANORAMA HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
De acordo com alguns historiadores a cidade de São Luís foi fundada em 8 de setembro
de 1612, por Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardiére, na área do antigo “Forte de Saint
Louis” hoje, denominada praça D. Pedro II.
Em 1615, os portugueses reconquistaram o Maranhão, sob o comando de Jerônimo de
Albuquerque:
“[...] a coroa portuguesa encarrega o traçado e a construção da
cidade ao Engenheiro-mor do Brasil, Francisco Frias de
Mesquita, que optou por um traçado quadriculado ortogonal, à
espanhola, talvez o primeiro do Brasil” (VIANA LOPES, 2007)
FIGURA 02: Mapa da província do Maranhão. Desenho de 1615, de João Teixeira Albernaz incluído no
manuscrito do “Livro de Razão do Estado do Brasil”, de Diogo de Campos Moreno.
FONTE: ANDRES, 2014, P.42
Após reestrutura urbanística (arruamentos, criação dos espaços públicos, construção dos
principais prédios administrativos da cidade) o Maranhão passou a fazer parte da Coroa
portuguesa devido a criação, em 1617, “do Estado do Maranhão (compreendendo as Capitanias
do Grão-Pará, Ceará e Maranhão) e instalação da Câmara Municipal de São Luís, elevada à
categoria de Vila, em 1619” (ESPÍRITO SANTO, 2006)
A partir de 1619, quando o Maranhão já era considerado Vila de Portugal devido ao seu
melhoramento urbanístico necessário para tal, implantaram-se as culturas de cana-de açúcar e
de algodão. O Estado Colonial do Maranhão1 foi criado em 1621 pela Coroa, tendo a cidade de
São Luís como capital, devido a sua posição geográfica na Costa Norte, considerada estratégica
no processo de comunicação com a Europa.
1
O Estado Colonial do Maranhão era a forma do governo português retomar a direção da colônia após a
distribuição de Capitanias Hereditárias.
8
FIGURA03: Planta da cidade de São Luís em 1641, em registro do cartógrafo holandês Johanes Vingboons.
FONTE: ESPÍRITO SANTO apud TRIBUZZI, 2006
FIGURA04: Vista de São Luís quando da invasão holandesa (1641), obra do pintor Franz Post.
FONTE: ESPÍRITO SANTO apud TRIBUZZI, 2006
Com base nas figuras 03 e 04, podemos perceber que o traçado urbano de São Luís, de
autoria de Francisco Frias de Mesquita permanece o mesmo ao longo dos séculos, com os
mesmos quarteirões de 80x80 metros, refletindo simetria, ordenação visual e racional dos
espaços.
9
No século XVII, a economia do Maranhão, segundo SILVA FILHO, reduzia-se à
produtos de subsistência, portanto, um dos principais objetivos do Senado da Câmara era
incentivar à produção de gêneros agrícolas nas colônias, visando arrecadar riquezas para a sua
metrópole – haja vista a crise econômico social provocada pela peste bubônica na Europa –
além de incentivar o adensamento populacional utilizando-se das cartas de datas ou sesmarias
que concedia a posse das terras para quem tivesse disponibilidade em ocupá-las. No entanto,
não se tem registros das edificações oriundas deste século, no Maranhão, muito se deve pelos
tipos de materiais vulneráveis às intempéries (palha e taipa) ou mesmo pela ação de renovação
da cidade empregados posteriormente.
Foi também em 1755 que ocorreu um terremoto, em Lisboa, que destruiu boa parte de
seus imóveis e deixou cerca de 10.000 mortos. Este acontecimento motivou, com incentivos do
Marquês Pombal, construtores e engenheiros lisboetas a desenvolver novas técnicas
construtivas para a reconstrução e recuperação mais célere da área aonde os prédios foram
danificados.
Devido ao apogeu econômico, advindo da criação da Companhia de Comércio, as
edificações erguidas entre a segunda metade do século XVIII e início do XIX,
“[...] seguiram os mesmos princípios estilísticos hoje conhecido
como Barroco Pombalino, surgidos como resultado plástico das
medidas normatizadoras propostas pela equipe de engenheiros e
arquitetos à serviço de Pombal na reconstrução de Lisboa.
10
Aproximaram- se aqui os modelos portugueses utilizados na
reconstrução da chamada Baixa Pombalina, em Lisboa, dos
modelos adotados em São Luís do Maranhão. ” (ESPÍRITO
SANTO, 2006, p.63)
2
Materiais mais nobres como a pedra, a cal e mais tarde, os azulejos e a pedra lioz.
3
Praia Grande- a oeste-, bairro voltado para o comércio, transformada em porto no século XVIII, a alfândega, o
comércio e a tulha ou celeiro público (a atual Casa das Tulhas). (CARDOSO, 2012, p.22)
11
Para se ter um terreno em São Luís no século XIX, segundo MARTINS, 2012, tinha-se
que pedir à Câmara, administradora das terras do município, e se aprovado o pedido, “...o
morador passaria a ter o direito de posse e aforamento, tendo que pagar uma taxa anual à
Câmara”. O morador detinha um prazo de um ano para construir no terreno, caso contrário,
teria que devolver a posse para o Município. O tamanho do lote era diretamente proporcional à
renda do solicitante do terreno. De posse das suas terras os donos podiam edificá-las de acordo
com as suas necessidades. Entre o fim do século XVIII e meados do XIX, a arquitetura
tradicional portuguesa fez-se muito presente em São Luís e seguia modelos diversificados de
tipologias, dentre elas podemos citar:
-Porta e janela: a mais simples tipologia, ocupa uma pequena parcela do solo, é
facilmente identificada por possuir uma porta e uma janela em sua fachada principal. Muitas
vezes composto internamente por: sala, alcova4, varanda5, depósito, pátio ao fundo e cozinha.
(FIGURA 05.a e FIGURA 06.a)
- Meia-Morada: identificada por possuir duas janelas e uma porta em sua fachada.
Muitas vezes composto internamente por: sala, vestíbulo, quarto, alcova, varanda, pátio ao
fundo; cozinha e corredor lateral. (FIGURA 05.b e FIGURA 06.b)
-Morada-inteira: de médio porte, surgiu originalmente para servir de moradia, térrea e
identificada por possuir em sua fachada porta e quatro janelas. Composto internamente por:
sala, vestíbulo, alcova, varanda, quartos (entre um ou dois), cozinha; corredor lateral e pátio ao
fundo. (FIGURA 05.c e FIGURA 07.c)
-Sobrado: dentre as tipologias é a que mais possui variações, possui no mínimo dois ou
mais pavimentos, com uso comercial no térreo e residencial nos demais pavimentos. Possui
configuração interna nos pavimentos superiores semelhantes às demais moradias e térreo
destinado ao uso residencial. (FIGURA 05.f e FIGURA 07.d)
4
Alcova: quanto sem ligação direta com o exterior. (FIGUEIREDO, 2014.)
5
Ou sala de jantar
12
-Solar: habitação de família nobre. Sua configuração interna nos pavimentos superiores
é formada por salas voltadas para o exterior, alcovas (ambientes sem iluminação e ventilação
direta do exterior do imóvel), com acesso pela extensa varanda (da largura do imóvel), que se
estende também lateralmente com dependências menores, com acesso por um corredor estreito,
algumas apresentam mirante (único cômodo em nível mais elevado da edificação). No térreo
encontramos vestíbulo, varanda, área de serviço, corredor e cozinha. (FIGURA 05.g e FIGURA
08.
FIGURA 05: a) Porta e Janela, b) Meia Morada, c) Morada inteira, d) Morada e meia, e) Térreo de Comércio; f)
Sobrado e g) Solar.
FONTE: AUTORAL, 2016.
13
FIGURA 07: c) Morada inteira; d) Sobrado
FONTE: FIGUEIREDO, 2014.
14
Podemos perceber em cada tipologia que as disposições dos cômodos se completam e
não mostram grandes variações. Além destes, existiam, assim como hoje, alguns edifícios de
tipologia não identificada e outros edifícios com uma arquitetura bem singular como no caso
de prédios públicos, institucionais, administrativos, religiosos entre outros com função bem
específica. Por exemplo: o Teatro Arthur Azevedo, Casa das Tulhas, Palácio dos Leões etc.
O século XIX, segundo CARDOSO (2012), foi marcado por uma “[...] sofisticação dos
edifícios com o emprego de materiais de construção nobres, como o azulejo e a pedra lioz,
vindos de Portugal ” que se adequaram muito bem ao clima equatorial de São Luís. Esses
materiais foram inseridos demasiadamente nas moradias dos comerciantes enriquecidos pelo
comércio algodão e do arroz. Foi também no fim do século XIX a inserção da arquitetura
neoclássica na arquitetura civil do maranhão como na fachada da sede do governo do Estado,
Palácio Arquiepiscopal, Igreja da Sé, entre outros prédios.
Com o fim da Guerra de Independência dos Estados Unidos (1775- 1783) e a restauração
do comércio internacional do mesmo, iniciou-se uma diminuição do ciclo do algodão no
Maranhão, devido a produção em larga escala e aos preços mais baixos oferecidos pelos
produtores localizados ao sul dos Estados Unidos ao Mercado das indústrias têxteis Europeias.
Com a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808, dentre as decisões tomadas por D.
João VI destacamos abertura dos portos às nações estrangeiras e a permissão para a instalação
das primeiras indústrias têxteis no país, antes proibida por Portugal, um ano depois houve uma
alta nos preços do algodão e do arroz. Foi deste período alguns melhoramentos urbanos “[...]
as galerias de coleta de águas pluviais ainda hoje existentes, a iluminação pública a óleo, os
chafarizes, o calçamento e a arborização das ruas. (CARDOSO, 2012, p.23)
De acordo com ESPÍRITO SANTO (2006), o fim do século XIX foi marcado “[...] pela
gradativa diminuição das exportações de matéria prima (algodão), com a internacionalização
do comércio, [...] aparecimento das primeiras indústrias”. O algodão produzido, visando apenas
o mercado externo, serviu de matéria prima para as primeiras indústrias maranhenses. Estas
mudanças afetaram na ocupação do solo urbano, ocasionando, dentre outras coisas, a expansão
das moradias para os novos núcleos habitacionais para além do Caminho Grande.
“ Assim, em 1888, iniciou-se a montagem da fábrica de Fiação
e Tecidos Maranhense, e a seguir montaram-se outras em São
Luís como a Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil, em
1890; a Fábrica de Fiação de Tecidos Camboa, de 1891; a
Companhia Fabril Maranhense, de 1893; e ainda as Fábricas São
Luís e Santa Amélia, de 19000. Essas fábricas foram o resultado
15
de investimentos de recursos financeiros oriundos em 1895,
quando o Maranhão tinha 27 fábricas de tecidos e de outros
produtos”. (SENADO FEDERAL; IPHAN, 2007, p. 55)
Com o passar do tempo, boa parte dos moradores desta área central deslocaram-se para
as áreas mais novas da cidade, culminando com o abandono do Centro deixando marcas físicas
6
Uso de platibandas, uma vez que, foi proibido pelo Código de Postura da Câmara, de 1842, jogar água
da chuva no passeio público em seu 8ª artigo.
16
prejudiciais ao conjunto arquitetônico, dentre elas, a mudança do uso de residencial para
comercial.
Foi nos anos 40 que nasceram as preocupações de preservação do acervo arquitetônico
de São Luís, pondo em lados opostos: conservacionistas e defensores da renovação urbana; que
estavam de acordo com às ideias do governo estadual ao verem o Centro Histórico como um
núcleo atrasado, estagnado e que necessitava se modernizar com base nas novas medidas
políticas que se instauravam na cidade.
Dentre as alterações de cunho modernistas estão o alargamento das ruas do Egito,
Avenida Magalhães de Almeida (ver FIGURA 09) e das Cajazeiras (no extremo sul da atual
área preservada) para suportar o fluxo dos veículos que passaram a circular no local. Para que
estas adaptações a lá “haussmaniana” fossem efetivadas, a retirada de várias unidades de
prédios remanescentes dos séculos XVIII e XIX foi autorizada.
FIGURA 09: a) Rua do Egito por Gaudêncio Cunha, 1908, b) Rua do Egito por Albani Ramos, 2008; c) Avenida
Magalhães de Almeida por Gaudêncio Cunha, 1908 e d) Avenida Magalhães de Almeida por Albani Ramos,
2008
FONTE: RAMOS, 2008.
Após o Plano de Expansão da Cidade de São Luís em 1958 (pelo engenheiro Mesquita),
que estabeleceu projetos da expansão do sistema viário de toda a cidade; os anos 60 do século
XX foram marcados pela ampliação do sistema viário para os bairros já consolidados. Neste
mesmo período, após a queda da Oligarquia de Vitoriano Freire, nasceu no Maranhão uma
euforia econômica que propunha uma renovação na região do Centro Antigo.
17
Neste contexto, alguns prédios de arquitetura modernista foram edificados [ (a sede do
Banco do Estado do Maranhão (Edifício BEM), a sede do Instituto Nacional de Seguridade
Social (Edifício João Goulart), um edifício de escritórios (Edifício Colonial) e um edifício
residencial (Edifício Caiçara) ]; mesmo com estas obras pontuais o acervo arquitetônico e
urbanístico permaneceu o mesmo e com as mesmas modelações dos fins do século XIX.
“A partir do Governo Vargas, ocorreu uma mudança de
pensamento em relação à cidade. As novas ideias de progresso e
desenvolvimento urbano interferiram no conjunto antigo da
cidade com a abertura de avenidas, reformas e demolições de
edifícios e construção de novos. A arquitetura representativa dos
séculos anteriores passou a ser vista como um sinal de atraso e
um empecilho para a evolução. Na década de 1950 iniciou-se o
processo de expansão da cidade, quando foi traçado o Plano
Rodoviário da Ilha de São Luís. A ocupação da cidade para além
do centro antigo veio a se fortalecer com a construção da Ponte
José Sarney na década de 1970”. (CARDOSO, 2012, p.23)
7
No Brasil, a UNESCO tem atuado em cooperação com as autoridades e instituições nacionais em diversas
iniciativas para a preservação do patrimônio cultural, seja no apoio à preservação do Patrimônio Mundial e no
fortalecimento dos museus, bem como na salvaguarda do rico patrimônio material e imaterial brasileiro. Também
colabora para a proteção e a promoção da diversidade cultural do país, em atividades de formação e elaboração de
políticas culturais nas áreas do artesanato, das indústrias culturais e do turismo cultural, entre outras. UNESCO,
2016.
18
Após o relatório de Michel Parent, São Luís teve novo contato com a UNESCO, em
1973, através do arquiteto português Alfredo Viana de Lima. Quando em viagem pelo Brasil
acabou por escrever oficialmente um relatório de preservação de São Luís e Alcântara. Foi a
partir do Relatório (Rapport et propositions pour la conservation, recuperation et expansion de
São Luís/Maranhão) de Viana de Lima que as ações preservacionistas começaram a serem
efetivadas de na cidade. A primeira delas foi a criação do Departamento do Patrimônio
Histórico, Artístico e Paisagístico do Maranhão – DPHAP-MA em 1973.
Outra consequência registra-se no Plano Diretor de 1974, criado pelo poder municipal,
que reservou um capítulo para tratar de medidas de preservação (estabelecimentos de áreas para
determinados usos, divisão do Centro Histórico para criar medidas de proteção para cada
parcela, definição de normas de uso e gabarito que deveriam ser analisados pelo DPHAP-MA,
além da análise de todo e qualquer projeto de obras na área de preservação, agora tombada pelo
órgão federal). Além da atuação do IPHAN Maranhão que recebera sede no estado em 1976.
Dada as medidas legais de tombamento federal, os anos 70 do século XX, foi marcado
pela construção do Anel Viário (1972-1985), criado para proteger o Centro Histórico do tráfego
de veículos pesados, além do Projeto Praia Grande (PPG) o Programa de Revitalização do
Centro Histórico de São Luís (PPRCHSL de 1978), que visavam restaurar a área de
tombamento de 1974 do Governo Federal. Posteriormente Projeto REVIVER (1987/88), entre
outros estudos e projetos que foram responsáveis pela recuperação de boa parte da Praia Grande
da forma como a conhecemos hoje, entretanto muitos imóveis ainda se encontram em estado
precário de preservação e conservação.
Devido a estes e outros projetos, o Governo do Estado até conseguiu dinamizar, a Praia
Grande, nos horários do dia, porém, ainda não se tem uma atração de novos moradores e da
iniciativa privada para essa área como o melhor local para se fixarem ou investir
financeiramente. Todas as medidas já implantadas ainda não foram suficientes para fazer a Praia
Grande e o Desterro como um núcleo autônomo.
Buscando um maior reconhecimento, o governo estadual preparou um Dossiê sobre a
relevância do acervo arquitetônico do Centro Histórico para que entrasse para Lista de
Patrimônio Mundial. Este feito foi realizado em 1997, que definiu uma área de 6,6 ha com
aproximadamente 1.400 imóveis que fazem parte do tombamento federal de 1974 e alguns
imóveis do tombamento estadual de 1986. (ver MAPA 01)
19
MAPA 01: Limites de tombamentos: federal, UNESCO e estadual.
FONTE: AUTORAL, 2016.
8
Entre os instrumentos de preservação então o inventário, o registro, as leis de planejamento urbano e o
tombamento.
20
4.3 – Levantamento da tipologia, estilo, estados de conservação e uso do solo urbano das
áreas da Sé e Praia Grande do Centro Histórico de São Luís
Devido a sua riqueza histórico-cultural, enquanto núcleos mais antigos da cidade de São
Luís, e por concentrarem respectivamente maior número de prédios da função administrativa
do estado, comercial e turística as áreas da Sé e Praia Grande foram escolhidas para servirem
de objeto de estudo desta pesquisa.
As informações de campo foram anexadas ao questionário desta pesquisa (ver FIGURA
10) e, deste modo, cada imóvel, com seu respectivo questionário trará informações sobre a
edificação (tipologia, estilo arquitetônico, estado de conservação, uso atual, número de
pavimento, planta de cobertura e a sua imagem), além das informações dos moradores:
proprietário ou inquilino.
21
FIGURA 10: Página 01 do questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
FONTE: AUTORAL,2015
22
Nos dados analisados confere-se índices que registram:
Dentre os imóveis pesquisados, 56% pertencem a área da Sé e 44% representa a área da
Praia Grande. Entretanto, o número de quadras existentes no primeiro e menor em relação ao
último.
23
TIPOLOGIA
24
TIPOLOGIA
SÉ PRAIA GRANDE
Porta e janela 50 23% 0 0%
Sobrado 40 18% 67 54%
Bangalô 10 5% 0 0%
¾ de morada 3 1% 1 1%
Meia morada 38 17% 7 6%
Morada e meia 1 0% 4 3%
Morada inteira 11 5% 4 3%
Tipologia não identificada 57 26% 33 27%
Solar 5 2% 7 6%
NÃO PESQUISADO 4 2% 0 0%
Total 219 100% 123 100%
TABELA 01: Tabela de Tipologia dos imóveis do Centro Histórico de São Luís – Sé e Praia Grande
FONTE: AUTORAL, 2016
O mapa a seguir consegue expressar com mais clareza os dados mencionados acima. Na
representação do mapa (ver MAPA 03) foi adotada a cor lilaz para porta e janela, sobrado com
a cor vermelha, outros: bangalô com a cor verde claro, ¾ de morada com a cor marrom, meia
morada com a cor azul, morada e meia com a cor cinza, morada inteira com a cor majenta, os
imovéis com tipologia não identificadas estão em amarelo; solar com a cor laranja e os não
pesquisados identificados com a cor ciano. Vemos que a maior parte dos sobrados estão
localizados na área da Praia Grande o que corresponde a 67 imóveis e que as tipologia
denominada como tipologia não identificadas, de cor amarela, representam as principais
edificações da área em estudo muitas delas encontradas ao longo da Avenida Dom Pedro II
como: Capitania dos Portos, Banco do Brasil, Edifício João Goulart, Palácio dos Leões, Igreja
da Sé, Palácio Episcopal, Basa, Grand São Luís Hotel, Associação Comercial além antigo
prédio do Viva Cidadão e Odylo Costa Filho, que encontram-se nas proximidades da Avenida
Senador Vitorino Freire.
25
MAPA 03: Mapa de Tipologia dos imóveis do Centro Histórico de São Luís – Sé e Praia Grande
FONTE: AUTORAL, 2016
ESTILO
Sem dúvidas o estilo predominante é o tradicional português que representa 55% do
número de imóveis pesquisados. Em seguida, encontramos os estilos ditos popular e ecléticos
que representam respectivamente 15% e 13% dos imóveis analisados.
O mapa a seguir (ver MAPA 04) só reafirma a predominância, da cor vermelha adotada
para simbolizar a existência, do estilo tradicional português no centro histórico de São Luís.
MAPA 04: Mapa de Estilo dos imóveis do Centro Histórico de São Luís – Sé e Praia Grande
FONTE: AUTORAL, 2016
27
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Pelo gráfico acima notamos que as áreas da Sé e Praia Grande apresentam bons índices
em relação ao seu estado de conservação infelizmente isso não representa a totalidade dos
imóveis do Centro Histórico haja vista que nas áreas perimetrais não existem os mesmos
investimentos que as áreas da Sé e Praia Grande.
ESTADO DE CONSERVAÇÃO
SÉ PRAIA GRANDE
Bom 113 52% 47 27%
Regular 67 31% 84 49%
Ruim 26 12% 32 18%
Ruínas 9 4% 10 6%
Demolido 2 1% 0 0%
NÃO PESQUISADO 2 1% 0 0%
Total 219 100% 173 100%
TABELA 03: Tabela do Estado de Conservação dos imóveis do Centro Histórico de São Luís – Sé e Praia
Grande
FONTE: AUTORAL, 2016
Muitos dos prédios apontados como em bom estado são do tipo institucional como
veremos a seguir nos índices de usos. (ver MAPA 06)
28
MAPA 05: Mapa do Estado de Conservação dos imóveis do Centro Histórico de São Luís – Sé e Praia Grande
FONTE: AUTORAL, 2016
USOS
Os dados apontam que 24% dos imóveis das áreas da Sé e Praia Grande são
institucionais (ver MAPA 06). Em seguida temos valores de 22% para usos do tipo residencial,
19% do tipo comercial e 18% desocupados. O último índice só comprova a falta de atratividade
do Centro Histórico, embora a região em questão possuir maior infraestrutura se comparada
29
com o bairro do Desterro, por exemplo. Os índices de uso misto representam, em sua maioria,
habitações sociais implantadas pelo governo estadual.
Na tabela a seguir, os índices foram separados entre a área da Sé e da Praia Grande, a
Sé apresenta 34% de imóveis residenciais se destacando da Praia Grande com apenas 6%.
Entretanto, a Praia Grande mostrou-se essencialmente comercial representando 38% dos
imóveis.
USOS
SÉ PRAIA GRANDE
Residencial 74 34% 11 6%
Comercial 10 5% 65 38%
Misto (Comercial e residencial) 10 5% 16 9%
Institucional 47 21% 46 27%
Religioso 1 0% 0 0%
Desocupado 36 16% 35 20%
NÃO PESQUISADO 41 19% 0 0%
Total 219 100% 173 100%
TABELA 04: Tabela de Uso dos imóveis do Centro Histórico de São Luís – Sé e Praia Grande
FONTE: AUTORAL, 2016
MAPA 06: Mapa de Uso dos imóveis do Centro Histórico de São Luís – Sé e Praia Grande
FONTE: AUTORAL, 2016
30
5- CONCLUSÃO FINAL
Após analisar a fundação de São Luís em 1612, seu apogeu econômico nos fins século
XVIII e início do XIX, que resultou no acervo edificado de hoje, constatamos que os projetos
de revitalização implementados no Centro Histórico ainda não conseguem atrair novos
moradores e investidores que, provavelmente darão um dinamismo natural este núcleo
necessita.
Quanto ao uso do solo, identificamos que o Centro Histórico desenvolveu-se por meio
das atividades econômicas, de acordo com a renda da população. As áreas da Praia Grande
mantêm a vocação comercial do início da fundação da cidade de São Luís, além disso serve de
área de turística ao abrigar uma série de imóveis institucionais que auxiliam a administração
pública de São Luís. A área da Sé abriga uma série de edifícios públicos, entretanto, o que se
destaca é o uso residencial, com tipologia porta e janela.
Sobre a tipologia, predominam sobrados remanescentes do século XIX. O estilo herdado
desse período foi o luso-brasileiro identificado como barroco pombalino, que sofreu pouca
interferência desde a sua origem à construção local. Entretanto, o que nos chamou atenção
foram os altos índices de tipologias não identificada nas áreas da Sé e Praia Grande, pois
mostram que o acervo herdado está sofrendo alterações significativas ao longo dos anos, logo
a maior periodicidade de levantamentos permitiria diagnósticos mais precisos.
O estado de conservação, verificamos que apesar dos dados positivos, estes não
representam a totalidade do Centro Histórico, somente as áreas da Sé e da Praia Grande que
possuem uma melhor infraestrutura urbana, e acervo arquitetônico com vocação turística.
A área em questão está contida nos limites de tombamento federal e UNESCO,
efetivadas respectivamente em 1974 e 1997, composta por aproximadamente 1400 imóveis,
reconhecidos mundialmente, 392 foram os objetos desta pesquisa analisados e detalhados por
mapas, gráficos e índices; além, do levantamento fotográfico.
Este trabalho não esgota o tema pois, numa região tão heterogênea como o Centro
Histórico de São Luís, o universo pesquisado configura-se como uma pequena parcela de
contribuição para futuros estudos de proteção patrimonial.
31
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
32
ANEXO I- Questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO
HISTÓRICO DE SÃO LUÍS.
33
FIGURA 11: Página 01 do questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
FONTE: AUTORAL,2015
34
FIGURA 12: Página 02 do questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
FONTE: AUTORAL,2015
35
FIGURA 13: Página 03 do questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
FONTE: AUTORAL,2015
36
FIGURA 14: Página 04 do questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
FONTE: AUTORAL,2015
37
FIGURA 15: Página 05 do questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
FONTE: AUTORAL,2015
38
FIGURA 16: Página 06 do questionário da Pesquisa ESTRUTURA FUNDIÁRIA E PERFIL
SOCIOECONÔMICO DE PROPRIETÁRIOS E INQUILINOS DO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS
FONTE: AUTORAL,2015
39
ANEXO II - LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO E ÍNDICES DE IMÓVEIS POR
QUADRAS: Área da Sé.
Quadra 01
Tipologia Estilo
Quadra 01 Quadra 1
1
1 2 5
1
4
1
2
2
Quadra 1 popular
Quadra 1 eclético
11
Quadra 1 art déco
Quadra 1 tradicional português
Quadra 1 neoclássico
meia morada outros outros:solar sobrado Quadra 1 neocolonial
Estado de Conservação
Quadra 1 Usos
Quadra1
6 8 8
1
1
institucional desocupado
bom regular ruínas comercial em branco
40
ENDEREÇO QUADRA
41
1
42
1
Montanha Russa, 12
Montanha Russa, 22
43
1
Montanha Russa, 32
Montanha Russa, 42
Montanha Russa, 52
44
1
Montanha Russa, 66
Montanha Russa, 80
Montanha Russa, SN
Fonte: Google – Street View 2015
45
Quadra 04
Tipologia
Quadra 4 Estilo
Quadra 4
2 1
4 2 3
4
5
8
1
1
1 7
popular eclético
moderno neoclássico
outros sobrado morada inteira tradicional português em branco
meia morada em branco neocolonial
Estado de Conservação
Quadra 4 Usos
Quadra 4
2
3
6
1
3
1
9
3
5 residencial
desocupado
institucional
misto (Comercial e residencial)
comercial
bom regular ruim demolido em branco
46
ENDEREÇO QUADRA
47
4
48
4
49
4
50
4
51
4
52
4
53
Quadra 05
Tipologia Estilo
Quadra 5 Quadra 5
1
4 4
5 3
1
2
1
3
4
popular art déco
tradicional português neocolonial
outros sobrado meia morada porta e janela eclético moderno
Estado de Usos
Conservação Quadra 5
Quadra 5
1
2
2
6
11
54
ENDEREÇO QUADRA
55
5
56
5
57
Rua Travessa Trindade, 30
58
Rua Travessa Trindade, 44
59
Quadra 06
Tipologia Estilo
Quadra 6 Quadra 6
7
3
1 13
1
4 12
9
2
1 1
14 tradicional português neocolonial
moderno neoclássico
Usos
Estado de Conservação
Quadra 6
Quadra 6
3 1 2
6
11 6
20
19
60
ENDEREÇO QUADRA
Pa Pedro II,261
61
6
62
6
Rua do Egito,196
63
6
64
6
65
6
66
6
67
6
68
6
69
6
70
6
71
6
72
Quadra 07
Tipologia Estilo
Quadra 7 Quadra 7
111 1
2
3
11
11
20
6
9 14
17
1 5
26
residencial
institucional
misto (Comercial e residencial)
bom regular em branco ruim em branco
73
ENDEREÇO QUADRAS
Parque 15 de novembro,210
74
7
75
7
Beco do Couto,50
77
7
Beco do Couto,56
Beco do Couto,60
Beco do Couto,64
78
7
Beco do Couto, 70 H
Beco do Couto, 76
79
8
Beco do Couto, 39
80
7
Beco do Couto,42
Beco do Couto,45
Beco do Couto,46
81
8
Beco do Couto,49
Beco do Couto,53
Beco do Couto,57
82
8
Beco do Couto,63
Beco do Couto,67
83
7
R.do Egito,106
R. do Egito, 144
84
7
R. do Egito, 144b
R. do Egito, 152
R. do Egito, 166
85
7
R. do Egito, 76A
R. do Egito, 90
Fonte: Google – Street View 2015
86
Quadra 17
Tipologia Estilo
Quadra 17
Quadra 17
1 1
1 1 1
2
1
5
3
9
1 7
1
7 5
5
8
institucional
residencial
desocupado
bom regular ruim ruínas misto (Comercial e residencial)
87
ENDEREÇO QUADRA
17
17
17
88
17
17
17
89
17
17
17
90
17
17
17
91
17
17
17
92
17
17
93
Quadra 32
Tipologia
Quadra 32
Estilo
Quadra 32
5 4
1
6
6 7
3
6 6 1 21
1 3
18 7
13
9
comercial
institucional
residencial
desocupado
misto (Comercial e residencial)
bom regular ruim ruínas em branco
94
ENDEREÇO QUADRA
32
32
32
95
32
32
32
96
32
32
32
97
32
32
32
98
32
32
32
Rua do Egito,233
99
32
Rua do Egito,221
32
Rua do Egito,207
32
32
Rua do Ribeirão, 42
32
Rua do Ribeirão, 34
101
32
32
32
102
32
32
32
103
32
32
32
104
32
32
32
105
32
32
32
106
Quadra 34
Tipologia Estilo
Quadra 34
Quadra 34
1
2 1
2
1
3 5
1 1
1
3
2
2 3
residencial
3 desocupado
institucional
bom regular ruim em branco misto (Comercial e residencial)
107
ENDEREÇO QUADRA
34
34
34
108
34
34
34
109
34
34
34
Tipologia Estilo
Quadra 55
Quadra 55
1 2
2 2
4
1
5
2
4 7
Usos
Estado de Conservação Quadra 55
Quadra 55
2 1
1 3
2
1
4 7
9
comercial
residencial
institucional
desocupado
misto (Comercial e residencial)
bom regular ruim em branco
111
ENDEREÇO QUADRA
55
55
55
112
55
55
55
113
55
55
Rua de Nazaré, 29
55
Rua de Nazaré, 31
114
55
Rua de Nazaré, 39
55
Rua de Nazaré, 49
55
115
55
55
55
116
Quadra 57
Tipologia Estilo
Quadra 57
Quadra 57
2 1 1
1
1 1
9 8
2 2
4
2
3
8
1
2
117
ENDEREÇO QUADRA
57
57
57
118
57
Rua da Estrela, 52
57
Rua da Estrela, 64
57
Rua da Estrela, 82
119
57
57
Rua de Nazaré, 89
57
120
57
57
57
121
Quadra 60
Estilo
Tipologia
Quadra 60
Quadra 60
3 3 1
2 2
4
misto (Comercial e residencial)
institucional
comercial
bom ruim desocupado
122
ENDEREÇO QUADRA
60
60
60
123
60
60
Rua de Nazaré, SN
Fotos: Nathália Rocha, 2016
124
Quadro 221
Tipologia Estilo
Quadra 221 Quadra 221
1
1 1
1
1
tradicional português
2
3
125
ENDEREÇO QUADRA
221
221
221
126
221
221
221
221
Quadra 53
Tipologia Estilo
Quadra 53
Quadra 53
2
3 7 4
2
4
5 1 18
4
12
14
7
institucional
11
comercial
residencial
desocupado
bom regular ruim ruínas misto (Comercial e residencial)
128
ENDEREÇO QUADRA
53
53
53
129
53
53
Rua de Nazaré,08
53
Rua de Nazaré,04
130
53
Rua de Nazaré,16
53
Rua de Nazaré,58
53
Rua de Nazaré,68
131
53
Rua Portugal,17
53
Rua Portugal,25
53
Rua Portugal,31
132
53
Rua Portugal,39
53
Rua Portugal,49
53
Rua Portugal,59(51)
133
53
Rua Portugal,141
53
Portugal,155
53
Rua Portugal,165
134
53
Rua Portugal,185(189)
53
Rua Portugal,199
53
Rua Portugal,221
135
53
Rua Portugal,229
53
Rua Portugal,223(211)
53
Rua Portugal, SN
136
53
53
53
53
53
138
Quadra 54
NÚMEROS
ESTILO ESTADO DE USO DE
TIPOLOGIA ARQUITETÔNICO CONSERVAÇÃO ATUAL PAVIMENTOS
Sobrado Neocolonial Bom Institucional Dois
ENDEREÇO QUADRA
54
139
Quadra 58
Tipologia
Quadra 58 Estilo
Quadra 58
1
1
1
1
4
3
10
10
1
institucional
11
desocupado
misto (Comercial e residencial)
comercial
bom regular ruim residencial
140
ENDEREÇO QUADRA
58
58
58
141
58
58
58
Rua de Nazaré, 96
142
58
58
58
143
58
58
144
58
58
145
Quadra 59
NÚMEROS
ESTILO ESTADO DE USO DE
TIPOLOGIA ARQUITETÔNICO CONSERVAÇÃO ATUAL PAVIMENTOS
Outros: Térreo de
Comércio Tradicional português Regular Comercial Térreo
ENDEREÇO QUADRA
Rua da Alfândega
59
146
Quadro 61
Tipologia
Estilo
Quadra 61
Quadra 61
1
1 2
1
3
6
2 9
1
5
2
3
8 7
2
147
ENDEREÇO QUADRA
61
61
148
61
61
61
149
61
Rua da Estrela,115
61
61
Rua da Estrela,143
150
61
Rua de Nazaré,184
61
151
61
61
61
Tipologia
Estilo
Quadra 62
Quadra 62
4 4
1
1
2
3
residencial
institucional
bom ruim misto (Comercial e residencial)
153
ENDEREÇO QUADRA
62
62
154
62
62
155
Quadra 63
Tipologia
Estilo
Quadra 63
Quadra 63
1 1
3 3
1
2 2
institucional
misto (Comercial e residencial)
comercial
156
ENDEREÇO QUADRA
63
63
63
157
63
63
63
158
Quadra 64
Tipologia Estilo
Quadra 64 Quadra 64
1 2 1
1
10 11
1 2 2
2 2
5 4
3
residencial
desocupado
5
comercial
institucional
regular bom ruim ruínas
misto (Comercial e residencial)
159
ENDEREÇO QUADRA
64
64
Rua 28 de Julho, 53
64
Rua da Palma, 44
160
64
Rua da Palma, 58
64
Rua da Palma, 66
161
64
64
Rua do Giz, 39
162
64
Rua do Giz, 59
64
64
Rua Nazaré, 20
163
64
64
164
Quadra 65
Tipologia Estilo
Quadra 65 Quadra 65
1 2
2
2
5
5 7
7
3
5
desocupado
institucional
comercial
regular bom ruim ruínas misto (Comercial e residencial)
165
ENDEREÇO QUADRA
65
Rua da Palma, 92
65
Rua da Palma, 86
65
Rua da Palma, 98
166
65
65
65
65
167
65
65
65
168
Quadra 103
ENDEREÇO QUADRA
103
Vista Oeste
Rua da Estrela, 257-Câmara Municipal
103
169
Quadra 104
Tipologia Estilo
Quadra 104 Quadra 104
1
1 3
5 5 1
4
popular neoclássico
tradicional português moderno
sobrado outros neocolonial
2 2
4
3 desocupado
comercial
residencial
institucional
regular bom ruim ruínas misto (Comercial e residencial)
170
ENDEREÇO QUADRA
104
104
104
171
104
104
104
172
104
104
104
104
173
Quadra 106
Tipologia Estilo
Quadra 106 Quadra 106
2 1 2
1
6 3
1
3
7
sobrado outros
morada e meia meia morada popular tradicional português
outros: térreo de comércio art déco eclético
Usos
Estado de Conservação
Quadra 106
Quadra 106
1
2 4
3
5
comercial
institucional
desocupado
ruim regular bom misto (Comercial e residencial)
174
ENDEREÇO QUADRA
106
106
Rua Vital, 36
106
175
106
106
106
176
106
106
106
106
177
106
106
106
178
Quadra 108
Tipologia
Estilo
Quadra 108
Quadra 108
2
1
1
1 5
sobrado outros
morada e meia outros: solar
outros: térreo de comércio tradicional português eclético popular
1 1
3
4
4
5
comercial
3
institucional
desocupado
regular bom ruim ruínas misto (Comercial e residencial)
179
ENDEREÇO QUADRA
108
Rua 14 de Julho, 99
108
108
180
108
108
181
108
Rua da Palma, SN
108
Rua 28 de Julho, SN
108
182
108
108
108
183
Quadra 224
NÚMEROS
ESTILO ESTADO DE USO DE
TIPOLOGIA ARQUITETÔNICO CONSERVAÇÃO ATUAL PAVIMENTOS
Outros Neoclássico Regular Institucional Dois
ENDEREÇO QUADRA
224
184
APÊNDICE I – GRÁFICO DO NÚMERO DE IMÓVEIS POR QUADRA – SÉ E
PRAIA GRANDE.
185
APÊNDICE II - GRÁFICOS DE TIPOLOGIA, ESTILO, ESTADO DE
CONSERVAÇÃO E USOS DOS IMÓVEIS DAS ÁREAS DA SÉ E PRAIA GRANDE.
186
GRÁFICO 10: Gráfico de Estilo – Sé
FONTE: AUTORAL, 2016
187
GRÁFICO 12: Gráfico de Estado de Conservação – Sé
FONTE: AUTORAL, 2016
188
GRÁFICO 14: Gráfico de Usos – Sé
FONTE: AUTORAL, 2016
189