O documento discute a diferença entre produtos e serviços, e estabelece que produtos são bens tangíveis enquanto serviços não implicam na posse de bens. Também determina que fornecedores devem fornecer informações sobre eventuais riscos à saúde relacionados a produtos e serviços, e que produtos nocivos ou perigosos não podem ser colocados no mercado caso o fornecedor saiba dos riscos.
Descrição original:
Título original
Atividade profissional de oferecimento de produtos e atividade
O documento discute a diferença entre produtos e serviços, e estabelece que produtos são bens tangíveis enquanto serviços não implicam na posse de bens. Também determina que fornecedores devem fornecer informações sobre eventuais riscos à saúde relacionados a produtos e serviços, e que produtos nocivos ou perigosos não podem ser colocados no mercado caso o fornecedor saiba dos riscos.
O documento discute a diferença entre produtos e serviços, e estabelece que produtos são bens tangíveis enquanto serviços não implicam na posse de bens. Também determina que fornecedores devem fornecer informações sobre eventuais riscos à saúde relacionados a produtos e serviços, e que produtos nocivos ou perigosos não podem ser colocados no mercado caso o fornecedor saiba dos riscos.
Atividade profissional de oferecimento de produtos e atividade
profissional de prestação de serviços
Um produto é um bem tangível, materializado durante
seu processo de produção, e cuja posse é transmitida para o comprador. Ele muda de propriedade e pode estragar ou perder a validade. Um serviço é produzido ao mesmo tempo em que é consumido, não implica na posse de algum bem por parte do cliente. Esse é pago pelo trabalho ou pelo uso,.
Exemplo: Um automóvel e um ônibus são produtos, enquanto
uma passagem de ônibus e uma corrida de táxi ou Uber são serviços.
Art. 8°, CDC - Os produtos e serviços colocados no mercado
de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.
O artigo não veda todos que podem causar prejuízo à saúde e à
segurança. Se isso acontecesse, o mercado não teria diversos produtos, como cigarros, fogos de artifício, álcool e facas.
É importante lembrar que ele afasta qualquer risco em potencial ao
consumidor, então as informações contidas devem ser realizadas de forma clara, precisa e ostensiva pelo fornecedor. Além disso, a exceção destacada faz referência do funcionamento normal e previsto dos produtos e serviços, levando em conta um conhecimento mínimo do padrão de uso.
Art. 8º, CDC - Parágrafo único. Em se tratando de produto
industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto.
Quando a utilização do produto já gera um risco, pode ser
comercializado, desde que todas as informações necessárias a seu respeito estejam expressas. Por exemplo o maço de cigarro, com as imagens que alertam câncer, etc. As informações devem ser feitas de forma clara, precisa, ostensiva e no idioma nacional. As informações sobre o risco, uso e funcionamento do produto ou serviço, se de conhecimento padrão do consumidor, não é dar a informação. Por exemplo, o uso indevido de uma faca.
Art. 9°, CDC - O fornecedor de produtos e serviços
potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto.
Nos produtos potencialmente nocivos, deve ser informado
sua periculosidade. Por exemplo, em uma propaganda de álcool, deve vir acompanhado “beba com moderação”. Sobre a nocividade de alguns produtos pode ser entendida como àquela que embora realizada de forma adequada, ainda assim pode expor o consumidor a eventual nocividade (remédios, cigarros, antibióticos etc.). Quanto aos produtos e serviços considerados perigosos, são considerados adequados à sua finalidade, mas merecem especial atenção no uso, guarda e manutenção justamente por carregar um aditivo de periculosidade superior à normal. São assim considerados, fogos de artificio, o gás de cozinha, combustível etc. A ostensividade da informação se traduz pela pratica permanente e até reiterada dos avisos, explicações, cuidados e até advertências destinadas ao consumidor sobre as peculiaridades e/ou nocividades desses produtos e serviços. Também é considerada ostensiva quando a informação restar bem compreensível, de tal modo destacada, que o consumidor dela se satisfaça de pronto mediante simples visualização do produto.
Art. 10, CDC - O fornecedor não poderá colocar no mercado de
consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. O legislador é expresso no sentido de coibir a colocação no mercado de produtos ou serviços com alto grau de periculosidade ou nocividade. No caso, se o fornecedor sabe que o produto ou serviço apresenta alto grau de nocividade ou periculosidade e mesmo assim o insere no mercado de consumo, existira evidente conduta dolosa, demonstrando o interesse de lucro em detrimento do cuidado e zelo em relação ao consumidor, além de expor negligência, imprudência ou imperícia.
Art. 10, § 1° O fornecedor de produtos e serviços que,
posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios publicitários.
Nesse inciso, foram apresentados mecanismos para
minimizar prejuízos aos consumidores e também aos fornecedores. Por um lado o consumidor é considerado a principal vítima de produtos ou serviços nocivos à sua saúde ou segurança e, por outro, o fornecedor também poderá ser prejudicado pela sua inserção no mercado de consumo seja financeiramente (aplicação de multa pelos órgãos competentes e fiscalizadores) ou sua imagem ferida perante o público em geral e consequente perda de confiança no mercado. Assim, entra em ação um instrumento importante, o recall ou aviso de risco, o qual trata-se do recolhimento de determinado produto, realizado pelo seu fabricante, em vista da descoberta tardia de problemas relativos à segurança do produto. Ele minimiza a responsabilidade do fornecedor, o qual arca com os custos do procedimento de chamamento de seus consumidores, demonstrará que tomou medidas preventiva para que danos de maiores proporções não ocorressem. Deve ser gratuito e abranger todos os consumidores expostos aos riscos.
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo
anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de
produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão informá-los a respeito. Além da responsabilidade dos fornecedores, quanto à colocação de produtos ou serviços considerados nocivos ou perigosos, às pessoas políticas devem comunicar sobre a existência destes produtos inseridos no mercado de consumo. O conhecimento destes produtos e serviços impróprios para consumo poderá ocorrer através da atividade fiscalizadora, exercidas pelas pessoas políticas.