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TEMA: TICS NAS SÉRIES INICIAIS

REFERENCIAL TEÓRICO

TICS: UM RECURSO PEDAGÓGICO DE APOIO À APRENDIZAGEM

As TICs têm se mostrado úteis na literatura educacional quando usadas em sala de


aula (FREIRE, 1996).
Segundo Freire (1996), a curiosidade e a inquietação estimulam a criatividade do
sujeito, o que significa que o sujeito renova a natureza da educação. As tecnologias estão em
constante evolução, o torna-se um grande aliado dos profissionais da educação como
ferramenta para facilitar o ensino e a aprendizagem. No entanto, professores precisam ser
consistentes com suas mudanças para que possam aprimorar suas práticas e métodos
pedagógicos.
Tecnologia educacional é o estudo ético e a prática de facilitar a aprendizagem
e melhorar o desempenho por meio da criação, uso e organização de processos e recursos de
tecnologia. É essencial estar em contato com essas tecnologias Smart para o setor educacional
e promover seu uso neste contexto para permitir a integração de novas perspetivas.
Gomes (2015) afirma que quando um novo instrumento é introduzido na escola,
é implementado por meio do programa didático, que vincula recursos a todos os conteúdos e a
todas as etapas de aprendizagem. O resultado é o “refinamento” do ensino autoritativo e
tradicional por meio das novas tecnologias, pois esse recurso para professores permite ao
professor avaliar várias habilidades dos alunos e até modelos de avaliação diferenciados que
levam em consideração as opções de avaliação.
Nesse sentido, vemos que conhecimento fragmentado é oferecido a alunos para
aceitar, assimilar e responder por meio dos critérios estabelecidos (GUIMARÃES, 1984).
Freire (1984) relata em artigo publicado pela revista BITS o seguinte comentário:
"Coloco muita ênfase em ser um homem do meu tempo e não um exilado dele." Assim, não
expressa as inovações tecnológicas como algo negativo (FREIRE, 1968, p. 98). Ou seja, a
tecnologia é uma renovação da antiga, ou melhorou algo inferior para obter um produto
superior, etc.

HISTÓRICO DA IN FORMÁTICA EDUCATIVA NO BRASIL

No Brasil, o uso da tecnologia na educação foi direcionado principalmente para a


educação a distância. O Instituto Rádio-Monitor em 1939 e o Instituto Universal Brasileiro
em 1941 fizeram suas primeiras experiências pedagógicas com o rádio. Dentre essas
experiências, destaca-se a fundação do Movimento de Educação Básica (MEB), que tem
como objetivo a alfabetização e o apoio à educação de jovens e adultos por meio das “escolas
de rádio”, especialmente no norte e nordeste do Brasil afirma que as condições em alguns
lugares eram precárias. Outro projeto de grande importância transmitido pelo MEC foi o
Projeto Minerva, desenvolvido experimentalmente de 1967 a 1974, o Sistema Avançado de
Comunicações Interdisciplinares ou Projeto Saci com a finalidade de ser um satélites
domésticos usando rádio e televisão como transmissão, mídia para fins educacionais. As
atividades foram divididas em dois projetos: um dirigido às três primeiras séries do ensino
fundamental em e outro à formação de professores. É importante destacar que o projeto foi
encerrado em 1976 (MORAES, 1993).
No mesmo período de 1971, a utilização de computadores para aulas de física foi
discutida pela primeira vez em seminário na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar),
com a participação de um especialista da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos Em
1973, e a partir desse evento, experimentos com o uso de computadores foram desenvolvidos
em outras universidades. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) os computadores
foram utilizados como recursos auxiliares de professores para o ensino e avaliação de
simulações em química, e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
computadores foram convertidos em ferramentas para o desenvolvimento de software
educacional (MORAES, 1993).
Moraes (1993) observa que foram realizados diferentes seminários no início da década
de 1980 para discutir ideias de implementação de projetos de uso de computadores para
ensino e aprendizagem em universidades, resultando no projeto Educom em 1984, uma
iniciativa conjunta do MEC , Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep) e Secretaria Especial de Tecnologias da Informação da Presidência
da República (SEI / PR), com foco na criação de centros interdisciplinares de pesquisa - e
formação de pessoas nas universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rio de
Janeiro (UFRJ), Pernambuco (UFPE), Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
Em 1989, o MEC criou o Programa Nacional de Informática na Educação
(Proninfe) com o objetivo de promover o desenvolvimento da tecnologia da informação
educacional e sua utilização nas redes públicas de ensino (1ª a 3ª e Instrução Especial). No
final da década de 1980, as iniciativas federais de investimentos em tecnologias de
informação educacional foram somadas a diversas ações municipais e estaduais realizadas em
todo o território nacional. Em 1997 o MEC criou o Programa Nacional Tecnologia
Educacional (ProInfo) para promover o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC) nas escolas públicas de ensino fundamental e médio (MORAES, 1993).

FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

O novo paradigma educacional "Um Computador para o Aluno" traz a necessidade de


aprofundar a discussão sobre a formação docente, condição necessária e primordial para a
construção de um modelo educacional tendo o professor como mediador do processo de
aprendizagem. transmissor de informações. Essa situação é uma oportunidade importante para

professores refletirem sobre a realidade histórica e tecnológica, para que possam repensar sua
prática e construir novas formas de ação que permitam não só enfrentar essa nova realidade,
mas também construí-la (UNESCO, 2008b; 2008c).
Valente (1997b; 1998) enfatiza que o computador é uma ferramenta que pode auxiliar
o professor a promover o aprendizado, a autonomia e a criatividade do aluno. Para isso,
porém, é necessário que o professor assuma o papel de facilitador da interação entre o aluno,
o conhecimento e o computador, o que sugere um treinamento para o exercício dessa função.
No entanto, nem sempre é o que se observa na prática escolar de Estudos da Unesco sobre o
tema indicam que cursos de formação de professores para o uso de informática na prática
educacional receberam menos prioridade do que a compra do estado-da-cidade computadores
de arte e programas educacionais por escolas (UNESCO, 2008b; 2008c).
Para Valente (1997b), o professor do deve ter uma formação que auxilie na construção
do conhecimento da informática para fins educacionais, para que entenda por que e como o
computador pode ser incorporado à sua prática educacional para poder superar a barreiras
administrativas e educacionais.
Rosalen e Mazzili (2005) realizaram um estudo qualitativo para examinar o processo
de formação continuada de professores de educação infantil e fundamental sobre o uso de
tecnologia da informação em escolas.

FERRAMENTAS E USOS AVANÇADOS DE COMPUTADORES NA EDUCAÇÃO


BÁSICA

São inúmeros os trabalhos na literatura internacional e nacional, tanto em congressos


como em revistas especializadas, que relatam estudos, experiências e avaliações sobre o uso
das tecnologias de informação e comunicação na educação, incluindo Educação Básica. Esses
estudos incluem uma infinidade de ferramentas e estratégias para o uso pedagógico de
diferentes ferramentas. No Brasil, merece destaque o Simpósio Brasileiro de Informática na
Educação (Sbie), evento anual do promovido pela Comissão Especial de Informática na
Educação (Ceie) da Sociedade Brasileira de Informática (SBC), cuja primeira edição teve
lugar em 1990 no Rio a partir de Janeiro.
A Sbie tem como objetivo divulgar a produção científica nacional neste setor e
proporciona um ambiente de troca de experiências e ideias com profissionais, professores,
alunos e pesquisadores nacionais e estrangeiros nas áreas da Informática na Educação,
Educação, Informática e Engenharia (SBIE, 2017).
Desta forma, apresentamos algumas ferramentas de utilização das tecnologias de
informação e comunicação na Educação Básica para exemplificar utilizações pedagógicas que
consideramos mais avançadas no sentido de criar novas possibilidades e/ou expandir
possibilidades enriquecedoras do ambiente de aprendizagem, tais como: GCompris; e o
sistema Microkids.
GCompris é um programa educacional de código aberto disponível sob a GNU
General Public License, publicada em 2000 pelo engenheiro de software francês Bruno
Coudoin. Inclui 107 atividades de lazer, das quais para crianças de 2 a 10 anos. Foi
incorporado em vários sistemas educacionais. Suas atividades principais são para auxiliar a
coordenação motora para o uso do computador, alfabetização, atividades de língua
estrangeira, operações matemáticas principais e atividades que estimulam o desenvolvimento
cognitivo do aluno. (GCOMPRIS, 2016).
É um software livre, desenvolvido por Richard Stallman, cuja principal característica é
o desenvolvimento colaborativo e dá aos seus usuários quatro liberdades: liberdade de uso
para qualquer finalidade; Liberdade para estudar este software; Liberdade para alterar e
melhorar este software; e liberdade para transmitir as alterações feitas no software
(AMADEU e CASINO, 2003).
A introdução do software GCompris destaca as funcionalidades mais importantes que
despertaram o interesse nesta pesquisa. O software educacional GCompris pode ser utilizado
para trabalhar o raciocínio lógico da criança, pois requer atenção, capacidade de resolução de
problemas e visão estratégica. Nos estudos sobre inclusão digital (CUNHA; ARAUJO;
GULO, 2010) É importante destacar a variedade de atividades voltadas para a formação da
memória, como quebra-cabeças, etc., da importância da coerência e do raciocínio.
Devido à diversidade de atividades pedagógicas disponibilizadas no software quando o
é utilizado em plataformas livres, procura-se respeitar os conteúdos previstos para planos de
ensino de escolas e outras instituições, para a sua aplicação nas diversas disciplinas do ensino
formal que podem ser contempladas dentre as seguintes atividades do GCompris: atividades
de leitura (atividades como identificação de letras, palavras e frases; maior prática e agilidade
no uso do teclado); atividades matemáticas (atividades como numeração, geometria, cálculo e
álgebra); atividades de descoberta (desenvolvimento da capacidade de descobrir cores, sons,
formas, e símbolos, bem como a localização das regiões geográficas, as quatro estações do
ano; identificação do tempo por meio do relógio, organização lógica dos eventos, criatividade
e memória); Experimentar atividades (dar à criança a capacidade de saber algo novo e
incomum, por exemplo, noções químicas de eletricidade; ciência: o ciclo da água, noções de
velocidade e tempo, força gravitacional, diz respeito ao meio ambiente e experimentos com
simulações em eletricidade.); atividades lúdicas (desenho livre, pintura, distinção de sons
através de simuladores de instrumentos musicais, comunicação síncrona com colegas que
desenvolvem o sentido de expressão e também coordenação motora via teclado e mouse);
atividades de descoberta de computadores (gerenciamento de periféricos utilizados no mouse
e teclado do computador, que costumam ser as primeiras atividades abordadas na aplicação do
processo de inclusão digital) (GCOMPRIS, 2018).
O sistema Microkids é baseado em projetos educacionais com questões relacionadas a
situações reais e desafiadoras, levando em consideração os referentes teóricos e instrumentais
das teorias e tecnologias de aprendizagem na educação. O sistema consiste em materiais
interdisciplinares, uma coleção de onze volumes em CD-ROMs, cada um dos quais contém
uma coleção de software educacional e aconselhamento educacional que treina professores e
diretores e fornece apoio educacional e acompanhamento. A tecnologia, que se adequa a
diferentes anos / turmas do nível elementar e avançado, oferece a oportunidade de ler, refletir
e realizar atividades individuais e em grupo, promove a troca de experiências e sublinha a
ligação entre os referidos conteúdos e realidade social encontrada.
Uma das principais propostas do sistema MicroKids baseia-se na criação de jogos
educativos cujo objetivo principal é proporcionar e estimular a pensar e agir sobre a
necessidade de acessar informações e resolver problemas, transformando o aluno em um
sujeito com um atividade ativa. posição na construção do conhecimento.
O sistema Microkids está totalmente focado no uso de tecnologias educacionais como
facilitadoras do cotidiano social, engajando-se na educação de forma ética, séria e eficiente,
favorecendo a inclusão, participação e desenvolvimento dos alunos. de educação de qualidade
(MICROKIDS, 2017).
PLANO DE AÇÃO

Tema: Tecnologia e Educação


 Descrição da situação-problema
A necessidade de ser incluído digitalmente na atualidade é de fundamental importência para
todos os cidadãos e a escola deve estar preparada para esta tarefa, de forma que todos que
nela atuam possuam conhecimentos básicos, o que ainda não ocorreu em grnde parte das
instituições escolares.
 Objetivos do plano de ação
Demonstrar como as tecnologias da informação e comunicação podem estar a serviço da
educação e da inclusão digital; Avaliar softwares livres disponiveis para laboratorios em linux e
metodologias que podem ser utilizadas na sala de aula para a aprendizagem de diversos conceitos.

 Percurso Metodologico
Etapa 1 – Inicialmente será feita uma conversa com os alunos em sala de aula, assim o
professor poderá passar os principais conhecimentos a respeito do assunto sobre as novas
tecnologias de comunicação.
Etapa 2 – Realização de atividades como navegação na internet, impressão de material para
as atividades, vídeos, histórias animadas.
Etapa 3 – Elaboração de um mural na escola sobre atitudes corretas na navegação na
internet, com alertas sobre a segurança na rede.
 Recursos
Celular, Tablet, Computador, CD, DVD, Material do aluno, Papel, Caneta, Cartolina, etc.
 Avaliação e conclusão
O processo de avaliação será conduzido inicialmente determinando o conhecimento do
aluno sobre navegação na Internet como ponto de partida. Ao longo do projeto, os alunos
serão avaliados quanto à sua participação e interesse nas atividades propostas, e se podem
desenvolver os seus conhecimentos através do cumprimento dos objetivos iniciais. Ao final
da Semana da Inclusão Digital, haverá um mural com ilustrações e um guia online seguro.

REFERENCIAS
BRITO, Glaucia da Silva. Educação e novas tecnologias: um (re)pensar. Curitiba: Editora
InterSaberes, 2015.

CARVALHO, Fábio Câmara Araújo de. Tecnologias que educam: ensinar e aprender com
tecnologias da informação e comunicação. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:


Paz e Terra, 1996.

GCOMPRIS. Software Livre Gcompris. 2000. Disponível em


https://pt.wikipedia.org/wiki/GCompris.

MAZZILLI, S. Formação de professores para o uso da informática nas escolas:


evidências práticas. In: 28ª Reunião Anual de Formação de Professores da Associação
Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação – Anped, Caxambu-MG, 2005.

MICROKIDS. Sistema Microkids Tecnologia Educacional. 2016. Disponível em


http://microkids.com.br/#sistema.

MORAES, M. C. Informática educativa no Brasil: um pouco de história. Em Aberto,


Brasília, ano 12, n. 57, jan.-mar. 1993.

ROSALEN, M. S. Educação infantil e informática. Piracicaba, SP (Tese). Unimep, 2001.

UNESCO BRASIL. Computador na escola: a dura realidade nas escolas. Revista TICs nas
Escolas, vol. 3, no 1, 2008b.

UNESCO BRASIL. Computador na escola: tecnologia e aprendizagem. Revista TICs nas


Escolas, vol. 3, no 3, 2008c.

VALENTE, J. A. Visão analítica da informática na educação no Brasil: a questão da


formação do professor. Revista Brasileira de Informática na Educação. RS: Sociedade
Brasileira de Computação, no 1, set. 1997b. VALENTE, J. A. Computadores e conhecimento:
repensando a educação. Campinas, SP: Unicamp/Nied, 2ª edição, 1998.

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