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Aplicação do Método Científico

(Histórico e Críticas)

Metodologia Científica em
Geociências
• História
• 1700 a.c. – início da civilização grega
• sec VIII a.c. (753 a.c.) – Fundação de Roma
• 72-80 d.c. – Construção do Coliseu romano
• 486 d.c. – queda do Império Romano do Ocidente
• 1453 d.c. – queda do Império Romano do Oriente
• sec XVII – Revolução Científica
Antiguidade Greco-Romana
(600 a.c. – 300 d.c.)
• Socráticos
• Pré-Socráticos
– razão depura enganos
– racionalização; procurar dos sentidos (Platão)
o princípio de todas as
coisas – observação + lógica
(Aristóteles)
– desvincular do
pensamento mítico – matemática não explica
todos os fenômenos
– transformação do naturais
conhecimento empírico
por demonstrações – o fim justifica os meios
racionais (Tales de (o pé do pato tem
Mileto e Pitágoras) membranas porque ele
foi feito para nadar)

Racionalismo
Idade média (300 – 1350)

• Roger Bacon (1214-


1294, Inglaterra)
– reafirmação da lógica de
Aristóteles
– importância da
observação aliada à
experimentação

primeiro a defender a experimentação como


fonte de conhecimento
Empirismo
Renascença (1350 – 1650)
• Galileu Galilei (1564-1642)
– une racionalismo com
empirismo
– não se pode conhecer a • geocentrismo p/
essência das coisas heliocentrismo
– a ciência deve se ocupar
apenas com os fatos • antropocentrismo
observáveis
– matematização, • início Kismo
observação e
experimentação • Revolução científica do
Séc. XVII
separa ciência da filosofia
René Descartes (1596-1650) propôs uma instrumentalização da natureza, através
da explicação matemática e racional dos fenômenos e a sua mecanização: para se
compreender um todo, bastaria se compreender as suas partes.
A Revolução Científica: Galileu

• observação dos fenômenos (sem perturbação por ideias não


científicas)
• verificação por experimentação de toda a afirmação
• toda a conclusão só pode advir da matematização
“ O livro da natureza está escrito em caracteres matemáticos (...)
e, sem o conhecimento dos mesmos, os homens não poderão
compreendê-lo.” (Galileu, 1623)
O método Científico de Galileu

Para Galileu só o raciocínio pode estabelecer as relações


matemáticas entre os fatos da experiência e construir uma teoria
científica dos próprios fatos.
Somente a experiência pode oferecer, segundo Galileu, o
suporte para a formulação de uma hipótese e as deduções que
derivam matematicamente destas hipóteses devem, por seu
turno, ser confrontadas com a experiência e confirmadas com
experimentos repetidos antes de poderem ser declaradas
válidas” (Abbagnano,1982:16).
GÊNESE DAS HIPÓTESES

• Analogia → semelhança entre algo que está sendo


estudado com outro. Ex.: teoria de Darwin (seleção
natural).
• Indução → observação de vários casos pode levar à
generalização (das partes para o todo)
• Dedução → dedução a partir de proposições (do
geral para o particular)
• Construção → surge a partir de conhecimentos já
existentes (plausível, mas não contrastada).
• Intuição → resulta de um ato de invenção; a lógica
está excluída.
Indução
• O Fe conduz
eletricidade • base empírica
• A Ag conduz • observações
eletricidade particulares
• o Cu conduz
eletricidade
• conclusão generalizante
• conclusão: todos os
metais conduzem
eletricidade
Dedução
• Todos os metais
conduzem • Observações gerais
eletricidade
• A Ag conduz
eletricidade
• conclusão particular

• conclusão: a Ag é
um metal
Modernidade
(c. 1800 – 1945)
• Auguste Comte (1798-1857)
– conhecimento positivo: real, útil, certo (em
oposição: especulativo, ocioso, confuso)
– busca da ordem (influenciou estabelecimento da
República)
– os processos da natureza deveriam ser descritos e
não explicados
– usar fatos e raciocínio com procedimentos como:
experimentação, comparação e classificação

positivismo
Modernidade (c. 1800 – 1945)
• Círculo de Viena
– 1922
– positivismo lógico (matemática e lógica)
– a verdade só pode ser comprovada empiricamente
– ressalta o papel da lógica e da indução (observação
de particulares para a generalização)
– Publicaram: Uma Visão Científica do Mundo

positivismo lógico
filósofos Gregos

Racionalismo Rev. Cient. sec. XVII 1920 – Círculo Viena

Método Positivismo
Empirismo Científico
Positivismo
Idade Média - Bacon
lógico
veracidade empírica

As bases da Revolução Científica de Galileu foram o racionalismo e o empirismo.


Esta junção cria as bases do método cientifico: observação e experimentação e depois a
matematização.
O Positivismo traz ao método científico a questão da comparação e classificação.
Já o positivismo lógico agrega a verificabilidade e a generalização.
Mitos do positivismo
• reduz o objeto próprio das ciências à natureza
observável, ao fato positivo;
• reduz a filosofia aos resultados das ciências;
• reduz as ciências humanas às ciências da
natureza.
Karl Popper:
A lógica da pesquisa científica (1934)
• princípio da falseabilidade
• questiona o uso da indução
• positivismo lógico (indução + empiria =
verificacionismo) não serviria para as
“pseudociências” (psicanálise, marxismo...)
• teorias científicas: modelos que por acúmulo de
evidências empíricas seguiam até serem falseados
• Lakatos (seguidor de Popper): as teorias falseadas
nunca eram completamente abandonadas (programa
de pesquisas, mudança gradual)
Thomas Khun:
A estrutura das revoluções científicas
(1960)
Conceito de paradigma (explicações provisórias)
• um modelo falseado não precisava ser abandonado

Ciência normal e revolução científica


paradigma 1 (ciência normal) ⇒ acúmulo de observações e experimentos com
anomalias inexplicáveis ⇒ suspeita crescente de que o paradigma não explicaria o
fenômeno ⇒ CRISE (revolução científica) ⇒ novo paradigma 2

– exatidão (resultados quantitativos = previsões);

– consistência (teoria isenta de contradições);

– fecundidade (teoria deve levar a novas descobertas e sugerir novas questões)


• Exemplos de revoluções científicas:
– Terra como centro do Universo x Heliocentrismo
– Criacionismo x Teoria da Evolução
– Fixismo x Tectônica de placas
Paul Feyerabend
Contra o Método (1975)
– anarquismo metodológico

– fatores subjetivos influenciam resultados

– princípio da tenacidade: uma ideia deveria ser lançada e testada


mesmo quando todas as evidências empíricas disponíveis a
desacreditam

– questionamento do fato solidamente estabelecido ⇒ avanço da


ciência
Paul Feyerabend
Contra o Método (1975)
A Ciência obedece regras fixas e universais?

Isso torna a ciência menos plástica e mais dogmática:


cada qual das regras metodológicas se vê associada a
pressupostos cosmológicos, de modo que, recorrendo à
regra, damos por admitido que os pressupostos sejam
corretos. O empirismo aceita que a experiência sensória
seja melhor espelho do mundo que o pensamento.
Ciência Moderna
• caráter aplicado
• penetração anônima em nossas sociedades
• é pelo objeto técnico que a ciência toca nosso
cotidiano
• Ciência X Técnica
– toda proeza técnica reflete um avanço científico
(hoje)
– Avanço técnico depende também de
circunstâncias econômicas e sociais (rádio/TV)
Método Científico
• 1) Observação de fatos
– casual e espontânea no início (ver)
– sistemática, planejada e organizada;
circunstâncias variadas (olhar)
• 2) Formulação de Hipótese
– qual é a causa
– provisória
– uso da razão
Método Científico
• 3) Verificação experimental
– teste da hipótese
• 4) Lei Científica
– confirmada a hipótese
– vários fatos se explicam com um único princípio
• 5) Teoria
– várias leis unificadas numa lei mais abrangente
Valores Científicos
• Cognitivos
– imparcialidade: rigorosos padrões de avaliação
– neutralidade: não atende nenhum interesse específico
– autonomia: as instituições científicas devem estar
isentas de pressões externas
• Éticos e Políticos
– questionar os fins que orientam os meios
– quais os valores que guiam a ciência (inquisição,
nazismo)
Tipos de Ciências
estudam relações
Formais abstratas e simbólicas.
Ex: lógica e matemática

Estudam fenômenos
Ciências Naturais naturais. Ex: física,
química, biologia,
geologia

Estudam fenômenos
Sociais humanos e sociais. Ex:
psicologia, sociologia,
economia

Appolinario, 2009
Textos
• SEVERINO, A.J. Metodologia do trabalho
científico. 23ªed. Cortez, 2007. 304p.
• ALVES, R. 2003. Filosofia da ciência:
introdução ao jogo e suas regras. 7ª Ed.
Edições Loyola. São Paulo
• APPOLINÁRIO, F. 2009. Metodologia da
Ciência: filosofia e Prática da Pesquisa.
Cengage-Learning. São Paulo.

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