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Práticas de gestão do território e formas de uso do solo tem grande impacto sobre os ecossistemas e os

recursos naturais incluindo a água e o solo. A informação sobre o uso da terra pode ser usada para
desenvolver soluções para a gestão de problemas relacionados a recursos naturais como por exemplo
qualidade da água. O levantamento do uso da terra é de grande importância, na medida em que a
ocupação desordenada do solo causa a deterioração do meio ambiente. Os processos de erosão
intensos, as inundações, os assoreamentos de reservatórios e cursos d'água são conseqüências do mau
uso do solo.

As mudanças de uso do solo estão diretamente relacionadas a questões de mudança do clima também.
Por exemplo, as queimadas afetam o clima. Por outro lado, as práticas de reflorestamento podem
contribuir para o aumento de estoque de carbono.

Geralmente onde não há adequado planejamento do uso do solo ou sua execução não segue o
planejado, ocorre degradação exacerbada do solo e dos demais recursos naturais. Como consequência
muitas vezes há miséria em regiões onde houve esgotamento dos recursos naturais.

O Levantamento

O levantamento do uso do solo é importante para a compreensão dos padrões de organização do


espaço. As medidas para o planejamento deste uso tem sido, até recentemente, baseadas em
informações fragmentadas sobre os efeitos da ocupação do solo no meio ambiente.

Os primeiros trabalhos de levantamento do uso do solo foram feitos em trabalhos de campo. A partir da
década de 1950, iniciou-se o uso de mapeamento detalhado utilizando fotografias aéreas.
Recentemente, técnicas de sensoriamento remoto tem sido usadas no levantamento deste uso.

O que é planejamento urbano

Planejamento Urbano é o estudo do crescimento e funcionamento das cidades já existentes ou


planejadas. O objetivo é melhorar a qualidade de vida coletiva por meio de ações políticas, ambientais,
sociais, entre outras.

Para evitar que as vilas crescessem de forma espontânea, com divisões de ruas e bairros confusas e sem
padronização, buscou-se cada vez mais o planejamento urbano.
Esse é um processo urbano que, de fato, melhora vários aspectos das cidades, como a qualidade de vida
das pessoas. E isso fica ainda melhor assegurado pela existência do chamado Plano Diretor.

O Plano Diretor é criado por planejadores, autorizados pelo Estado, e guarda regras orientadoras para a
ação daqueles que constroem e utilizam os espaços urbanos.

Seria um plano que, a partir de um diagnóstico científico da realidade física, social, econômica, política e
administrativa da cidade, (…) apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento
socioeconômico e futura organização espacial dos usos do solo urbano, das redes de infraestrutura e de
elementos fundamentais da estrutura urbana, (...)

Exemplos de Planejamento urbano:

Porto Maravilha
Jardim Perdizes
Parque da Cidade

Exemplos de planejamento urbano no mundo:

Songdo
Eixample
Camberra
Astana

Espaço ambiental

Espaços ambientais (conforme depreende-se a partir da legislação que regulamenta a Política Nacional
do Meio Ambiente) são as porções do território estabelecidas com a finalidade de proteção e
preservação, total ou parcial, do meio ambiente; dividem-se em espaços especialmente protegidos e
zoneamento ambiental.[4] Assim, zoneamento ambiental é uma espécie de espaço ambiental.

Zoneamento

Para José Afonso da Silva, o zoneamento é um “[...] instrumento jurídico de ordenação do uso e
ocupação do solo”, de forma que, num primeiro sentido, “[...] o zoneamento consiste na repartição do
território municipal à vista da destinação da terra e do uso do solo”.[5]
No mesmo sentido, afirma Paulo de Bessa Antunes que “[...] o zoneamento é uma atividade que ordena
o território e molda-o para um determinado padrão de desenvolvimento e ocupação”, tendo “[...]
origem tipicamente urbana, muito embora, nos dias atuais, tenha se expandido para a área agrícola,
econômica, ecológica, marítima e até mesmo aérea”.[6]

O zoneamento, em qualquer de suas qualificações, tem o propósito de encontrar lugar para todos os
usos essenciais do solo e dos edifícios na comunidade, colocando cada coisa em seu lugar adequado,
inclusive as atividades incômodas.[7][8]

O zoneamento, portanto, pode ser definido como uma medida não jurisdicional, oriunda do poder de
polícia outorgado à administração pública, com dois fundamentos: a repartição do solo urbano
municipal e a designação de seu uso. Pode ser de diferentes tipos, como zoneamento urbano,
zoneamento industrial ou zoneamento ambiental, sempre visando a efetivação do interesse da
coletividade.[9]

Zoneamento ambiental

Segundo José Afonso da Silva, o zoneamento ambiental, muito embora amplie o conceito de
zoneamento urbano, não muda a sua essência nem a sua natureza. De acordo com o autor, o
zoneamento ambiental apenas e tão somente enfatiza de maneira mais efetiva a proteção de “[...] áreas
de significativo interesse ambiental, mas ainda assim continua a ser zoneamento de uso e ocupação do
solo, sempre no interesse do bem-estar e da realização da qualidade de vida da população”.

O zoneamento ambiental pode, assim, ser compreendido como a regulamentação sobre ordenação do
uso do território, que resulta de estudos e planejamentos que visam compatibilizar a proteção do meio
ambiente (aspectos naturais) e o desenvolvimento da atividade humana (aspectos socioeconômicos).

Tanto o zoneamento ambiental como o industrial ou urbano constituem limitações de uso do solo
particular, incidindo diretamente na limitação da propriedade, sendo verdadeiros meios de intervenção
estatal na propriedade.

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