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Módulo: CLC_7

Formador: João Inácio


Formanda: Patrícia Tegeleiro, nº21, EST_06
Indíce
Língua Portuguesa – História e atualidade……………………………………………………………….……..pág 1-4

Dialetos de Portugal – Unidade e Diversidade…………………………………………………………….….pág 5-7

Línguas Crioulas de base Portuguesa………………………………………….………………………………...pág 9-15


 Base Portuguesa………………………………………………………….…………………………….…….……pág 9
 Crioulos afro-portugueses…………………………………………………………….………………..…..pág 10
 Crioulos indo-portugueses………………………………………….…………….…………….…………..pág 10
 Crioulos malaio-portugueses……………………………………….………….………..…………….….pág 11
 Crioulos sino-portugueses…………………………………………….…………………………………….pág 11

A importância da literatura na evolução da língua e cultura portuguesa……..…..…………pág 16-17

A importância da música na evolução da língua e cultura portuguesa………………..………pág 18-22


 Pré-revolução dos cravos……………………….……………………………………………..……….pág 19-20
 Pós-revolução dos cravos………………….…………………………………………………..……….pág 21-22
Língua Portuguesa – História e atualidade

O início da Língua Portuguesa está profunda e inseparavelmente ligado ao


processo de constituição da Nação Portuguesa. Na região central da actual
Itália, o Lácio, vivia um povo que falava latim. Nessa região, foi posteriormente
fundada a cidade de Roma, esse povo foi crescendo e anexando novas terras
ao seu domínio. Os romanos chegaram a possuir um grande império e, a cada
conquista, impunham aos vencidos os seus hábitos, as suas instituições, os
seus padrões de vida e a sua língua. Existiam duas formas de expressar o
latim:
1° - O latim vulgar
2° - O latim clássico
O latim vulgar era somente falado. Era a língua do quotidiano, usada pelo
povo analfabeto da região central da actual Itália e das províncias: soldados,
marinheiros, artífices, agricultores, barbeiros, escravos, etc. Era a língua viva,
sujeita a alterações frequentes e por isso apresentava diversas variações. O
latim clássico era a língua falada e escrita, apurada, artificial, rígida, era o
instrumento literário usado pelos grandes poetas, prosadores, filósofos,
retóricos. A expressão do latim que os romanos acabavam por impor aos povos
vencidos era a vulgar; estes povos eram muito diversificados e falavam línguas
muito diferentes, por isso em cada região o latim vulgar sofreu alterações
distintas, o que resultou no surgimento dos diferentes romanços (do latim
romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"), que deram
posteriormente origem às diferentes línguas neolatinas ou românicas.

O Português vem do Latim vulgar, sabe-se que o latim era uma língua
corrente de Roma. Roma, destinada pela sorte e valor de suas bases,
conquista, através de seus soldados, regiões imensas. Com as conquistas vai
o latim sendo levado a todos os rincões pelos soldados romanos, pelos
colonos, pelos homens de negócios. As viagens favoreciam a difusão do latim.
Primeiramente o latim se expande por toda a Itália, depois pela Córsega e
Sardenha, plenas províncias do oeste do domínio colonial, pela Gália, pela
Espanha, pelo norte e nordeste da Récia, pelo leste da Dácia, surgindo daí as
línguas românicas ou novilatinas. São línguas românicas porque tiveram a
mesma origem: ao latim vulgar. Essas línguas são, na verdade, continuação do
latim vulgar. Essas línguas românicas são: português, espanhol, catalão,
provençal francês, italiano, rético, sardo e romeno.
A formação e a própria evolução da língua portuguesa contam com um
elemento decisivo: o domínio romano, sem desprezar por completo a influência
das diversas línguas faladas na região antes do domínio romano sobre o latim
vulgar, o latim passou por diversificações, dando origem a dialectos que se
denominava romanço Com várias invasões barbaras no século V, e a queda do
Império Romano no Ocidente, surgiram vários destes dialectos, e numa
evolução constituíram-se as línguas modernas conhecidas como: neolatinas.
Na Península Ibérica, várias línguas se formaram, entre elas o catalão, o
castelhano, o galego-português, deste último resultou a língua portuguesa.

A língua portuguesa uniformizou-se a partir do século XVI e adquiriu as


características do português actual. A rica literatura renascentista portuguesa,
nomeadamente a produzida por Camões, desempenhou papel fundamental
nesse processo de uniformização. As primeiras gramáticas e os primeiros
dicionários da língua portuguesa também datam do século XVI. Existe um
período na evolução da língua a que também se denomina período pseudo-
etimológico e que se inicia no século XVI e se prolonga até 1911, ano em que é
decretada a reforma ortográfica, fundada nos preceitos da gramática de
Gonçalves Viana, publicada em 1904. A grande reforma seguinte, em 1945,
resultante de um acordo ortográfico entre Portugal-Brasil, sofrendo algumas
alterações em 1971, continua a ser norma oficial da ortografia por que nos
regemos ainda hoje. Hoje o português é conhecido como "A língua de Camões"
(em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os
Lusíadas) e "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua
Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac. Miguel de Cervantes, o célebre
autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".
A língua portuguesa tem uma das histórias mais fascinantes entre as
línguas de origem europeia. Em razão das navegações portuguesas nos
séculos XV e XVI, tornou-se um dos poucos idiomas presentes na África,
América, Ásia e Europa, sendo falado por mais de 200 milhões de pessoas.
Nos demais países africanos de língua oficial portuguesa, o português é
utilizado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações
internacionais e nas situações da vida quotidiana.
Conclui-se que, a língua Portuguesa vem do Latim vulgar, e uniformizou-se
a partir do século XVI e adquiriu as características do português actual. Em
razão das navegações portuguesas nos séculos XV e XVI, tornou-se um dos
poucos idiomas presentes na África, América, Ásia e Europa, sendo falado por
mais de 200 milhões de pessoas.
Webgrafia:
https://notapositiva.com/evolucao-da-lingua-portuguesa/?lang=pt-ao#
http://vidaculturayarte.blogspot.com/2014/05/a-historia-da-evolucao-da-
lingua.html

Dialetos de Portugal – Unidade e Diversidade

A língua portuguesa possui uma relevante variedade de dialetos, com uma


acentuada diferença lexical entre suas duas principais vertentes, europeia e
brasileira.
Tais diferenças, entretanto, geralmente não prejudicam a inteligibilidade
entre os locutores de diferentes dialetos.
O dialeto algarvio, por exemplo, é um dialeto do português europeu conforme
falado no Algarve.

As características do dialeto algarvio são:

 monotongação dos ditongos, como "manêra" (maneira), "lête" (leite),


"ôtro" (outro), "animás" (animais), "chapé" (chapéu), "fêjõs" (feijões), "sês"
(seis), "pã" (pão), "papés" (papéis).
 apócope do “o”no final das palavras, como "fôg" (fogo), "cumpriment"
(cumprimento), "fervid" (fervido), "amig" (amigo).
 paragoge do i a seguir ao r, quando este surge no final das palavras,
como "dizêri" (dizer), "fazêri" (fazer), "dormiri" (dormir).
 perda da sílaba intermédia em palavras esdrúxulas, como "fenomo"
(fenómeno), "triango" (triângulo), "capito" (capítulo), estômo" (estômago),
"arve" (árvore)
 não alteração do som tónico “ô” do masculino quando este é passado
para o plural ou para o feminino, como "ôvos" (óvos), "carinhôsa"
(carinhósa), "jôgos" (jógos), "manhôsas" (manhósas).

Mesmo dentro dos dialetos algarvios, existem diferenças entre a forma


como se fala nas várias regiões.

Existem muitas expressões que apesar de significarem o mesmo têm


nomes diferentes. Por exemplo:

Cruzeta- cabide; Rodilha- pano da loiça; Açoteia- Terraço; Estrafegar- Dar uma
tareia; Marafado- Furioso, Irrequiéto; Diéb- Diabo; etc…

Inclusivamente existe um dicionário com expressões algarvias onde


encontrei estas pérolas, por exemplo:

Acarditar – Acreditar. (ex: ‘Moce, até parace que n’acarditas em mim.’)

Alcagoita – Aperitivo para descascar e acompanhar uma cerveja bem


geladinha na taberna. O mesmo que minduim. (Ex: ‘Ti Tonho, traga umas
alcagoitas prá gente quemer de companha c’as sarvejas’)

Amantizade – Alguém que vive maritalmente com outra pessoa sem contudo
ter casado para o efeito. União de facto. (Ex: ‘A Maria e o Manel vivem
amantizades’)

Berculose – Tuberculose (Ex: ‘O pobre do Asdrubal tá com berculose’)

Caguifa – Medo. (Ex: ‘De nôte tenh’uma cacuifa, mas de dia na tenhe’)

Desmazia – O dinheiro remanescente que se recebe depois de se pagar uma


compra. (Ex: ‘Aqui tem a sua desmazia Ti Maria.’)

Destrocar – Trocar uma nota de dinheiro de alto valor para ficarmos com notas
mais pequenas. (Ex: ‘Ó ti-Tonho, destroque aqui esta nota, faz-afor.’)

Fezes – Canseiras, preocupações. (Ex: ‘Ah mon, tenhe andade c’umas fezes


pur cása do vizinhe…’)
Jête (ou apenas ‘jêt’) – Jeito (Ex: ‘Ah mon, moce, atã má que jête?’)

Matrafona – Mulher feia e gorda. Boneca de trapos. (Ex: ‘A filha do Alberte tá


fêta matrafona’)

Moss – Moço (Ex.: ‘Moss, deslarga-me da mão’)

Este são só alguns exemplos, fica o link para que possa consultar a obra na
integra:

https://vitormadeira.wordpress.com/2011/09/30/dicionario-algarvio-de-termos-e-
dizeres-do-algarve-ja-com-o-nove-acorde-ortugrafique/

Fica também um link para ouvir no Youtube, este lindo dialeto:

https://www.youtube.com/watch?v=CER_gX7NKek

webgrafia:
https://maisalgarve.pt/noticias/regionais/8280-expressoes-algarvias-te-dieb-
falas-algarvio

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetos_da_l%C3%ADngua_portuguesa

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dialeto_algarvio

Línguas Crioulas de base Portuguesa

Os crioulos são línguas naturais, de formação rápida, criadas pela


necessidade de expressão e comunicação plena entre indivíduos inseridos em
comunidades multilingues relativamente estáveis. Procurando superar a pouca
funcionalidade das suas línguas maternas, estes recorrem ao modelo imposto
(mas pouco acessível) da língua socialmente dominante e ao seu saber
linguístico para constituir uma forma de linguagem veicular simples, de uso
restrito mas eficaz, o pidgin, que posteriormente é gramaticalmente
complexificada e lexicalmente expandida, em particular pelas novas gerações
de crianças que a adquirem como língua materna, dando origem  ao crioulo.

Chamam-se de base portuguesa os crioulos cujo léxico é, na sua maioria,


de origem portuguesa. No entanto, do ponto de vista gramatical, os crioulos
são línguas diferenciadas e autónomas. Sendo a língua-base aquela que dá o
léxico, podemos encontrar crioulos de diferentes bases: de base inglesa ( como
o Krio da Serra Leoa), de base francesa (como o crioulo das Seychelles), de
base árabe (como o Kinubi do Uganda e do Quénia) ou outra.

Os crioulos de base portuguesa são habitualmente classificados de acordo


com um critério de ordem predominantemente geográfica embora, em muitos
casos, exista também uma correlação entre a localização geográfica e o tipo de
línguas de substrato em presença no momento da formação.

 Base Portuguesa

A origem lexical dos crioulos de base portuguesa é nalguns casos


facilmente reconhecível como se pode verificar na seguinte expressão em
Crioulo de Cabo Verde:

                      E          meste         pa      nho      ben    li
                      Ele (haver) mister (de)  para senhor vem  ali
                      Ele precisa (de) que o senhor/você   venha cá

Já em Forro, um dos crioulos de S. Tomé, o reconhecimento se torna mais


difícil, como evidencia o seguinte dito popular (a que corresponde o dito
português cada um serve-se das armas que tem)

                        Mina     pikina   ka     pidji  ku   bóka
            Menina  pequena ficar pedir com boca
            A criança pede com a boca
 
            Ngê      tamé        ka   pidji   ku   uê
            Alguém tamanho ficar pedir   com olho
            O adulto  pede com os olhos
 Crioulos afro-portugueses

 Crioulos da Alta-Guiné
o Cabo Verde (Crioulo de Cabo Verde ou Kauberdianu)
 Crioulos de Sotavento
 Crioulo da Brava
 Crioulo do Fogo
 Crioulo de Santiago
 Crioulo do Maio
 Crioulos de Barlavento
 Crioulo da Boa Vista
 Crioulo do Sal
 Crioulo de São Nicolau
 Crioulo de São Vicente
 Crioulo de Santo Antão
o Guiné-Bissau (Crioulo da Guiné Bissau ou Kriol)
o Casamança (Crioulo de Casamança)

Crioulos do Golfo da Guiné

o São Tomé
 São-tomense ou Forro
 Angolar
o Príncipe
 Principense ou Lunguyê
o Ano Bom
 Fá d'Ambô ou Anobonense

 Crioulos indo-portugueses

 Índia
o Diu (Língua dos velhos)
o Damão (Língua da casa)
o Bombaim (Crioulo indo-português de Bombaim)
o Korlai (Crioulo indo-português de Korlai)
o Quilom (Crioulo indo-português de Quilom)
o Tellicherry (Crioulo indo-português de Tellicherry)
o Cananor (Crioulo indo-português de Cananor)
o Mangalore (Crioulo indo-português de Mangalore)
o Cochim e Vaipim (Crioulo indo-português de Cochim)
o Costa de Coromandel (Crioulo indo-português da Costa de
Coromandel)
 Índia e Bangladesh
o Bengala (Crioulo indo-português de Bengala)
 Sri Lanca (Crioulo indo-português do Sri Lanca)
o Trincomalee e Batticaloa
o Mannar

 Crioulos malaio-portugueses

 Malásia (Kristang)
o Malaca
o Kuala Lumpur
o Singapura
 Indonésia
o Java (Crioulo português de Java)
o Flores (Crioulo português de Flores)
o Ternate (Portugis)
o Ambon (Portugis)
o Macassar (Portugis)
 Timor (Crioulo português de Bidau)
 Malaio Manado, crioulo de base malaia com forte influência portuguesa
(Indonésia)

 Crioulos sino-portugueses

 Patuá macaense (Macau, Hong Kong e outros sítios)


Crioulos luso-americanos

 Papiamento, de Curaçao, Aruba e Bonaire, nas Antilhas Neerlandesas


 Saramacano, crioulo de base inglesa com forte influência portuguesa
(Suriname)
 Paramacano, crioulo de base inglesa com forte influência portuguesa
(Suriname)
Nota: Na classificação de Ethnologue o nome «Upper Guinea»» é dado
ao Crioulo da Guiné Bissau, mas nas classificações portuguesas o nome
«Alta-Guiné» refere-se a todos os crioulos falados na parte Norte da
Guiné.
Nos dias de hoje, acredita-se que em Angola e Moçambique novos crioulos
foram criados[carece  de fontes]. Também há uma pequena população no norte
do Brasil que fala um crioulo Luso-Francês, o Lanc-patuá (do Langue Patois
francês).

Crioulo de Cabo Verde

https://www.youtube.com/watch?v=Hin8RdZ1IJU
https://www.youtube.com/watch?v=P8Z-ia184Tg
A designação mais correcta desta língua é «crioulo cabo-verdiano», mas no
uso diário, a língua é simplesmente chamada de «crioulo» pelos seus falantes.
O nome «cabo-verdiano» ou «língua cabo-verdiana» foi proposto para quando
a língua estiver padronizada.
O crioulo cabo-verdiano reveste-se de particular importância para o estudo
da crioulística pelo facto de se tratar de o crioulo (ainda falado) mais antigo, por
ser o crioulo de base portuguesa com o maior número de falantes nativos, por
ser o crioulo de base portuguesa mais estudado, e por ser um dos poucos
crioulos em vias de se tornar uma língua oficial.
O crioulo cabo-verdiano reveste-se também de importância para o estudo
diacrónico da língua portuguesa pelo facto de o crioulo ter conservado algum
léxico, alguma fonologia e alguma semântica do português dos Sécs. XV a
XVII.
Apesar da pequenez territorial, a situação de insularidade fez com que cada
uma das nove ilhas desenvolvesse uma forma própria de falar crioulo. Cada
uma dessas nove formas é justificadamente um dialecto diferente, mas os
académicos em Cabo Verde costumam chamá-las de «variantes», que é o
termo que passaremos a empregar neste artigo.
Essas variantes podem ser agrupadas em duas grandes variedades. A Sul
temos a dos crioulos de Sotavento que engloba as variantes
de Brava, Fogo, Crioulo de Santiago e Maio.
A Norte temos a dos crioulos de Barlavento que engloba as variantes
de Boa Vista, Sal, São Nicolau, São Vicente e Santo Antão. Para mais
pormenores, consultar os artigos referentes a cada uma das variantes.
As autoridades linguísticas em Cabo Verde consideram o crioulo como uma
língua única, e não como línguas diferentes. Seguindo a política da Wikipédia,
neste artigo não será favorecido, nem se incidirá sobre uma variante
específica.
Como algumas formas lexicais do crioulo cabo-verdiano podem ser
diferentes conforme as variantes, por convenção, as palavras e as frases serão
apresentadas num modelo lexical de compromisso, numa espécie de «crioulo
médio» de forma a poder ser apreendido por um falante de qualquer das
variedades e para não ferir suscetibilidades. Sempre que necessário será
apresentada, imediatamente depois da palavra, a transcrição fonémica (ou por
vezes, a transcrição fonética) segundo o AFI. Quando as formas lexicais forem
demasiadamente diferentes será apresentado depois da palavra (entre
parêntesis) de que variante é originária a respectiva palavra.
Em alguns casos, o modelo lexical intermédio que será apresentado pode
não existir, mas será usado por motivos de comparação linguística. Aqui vão
dois exemplos:
 O verbo *lumbú /lũˈbu/ que significa «pôr às costas», e deriva da palavra
portuguesa «lombo», já não existe. Sofreu uma dissimilação consonântica
em Sotavento (bumbú /bũˈbu/), sofreu uma dissimilação vocálica em São
Vicente e Santo Antão (lambú /lɐˈ̃ bu/) ou então os dois fenómenos em Boa
Vista, Sal e São Nicolau (bambú /bɐˈ̃ bu/). No entanto, aqui neste artigo será
utilizada a forma *lumbú.
 A palavra portuguesa «joelho» deveria ter evoluído regularmente
para *djuêdju /ʤuˈeʤu/ em crioulo. No entanto, essa forma já não existe.
Em Brava, Fogo e Santiago a forma é duêdju /duˈeʤu/, em Maio, Boa
Vista, Sal e São Nicolau a forma é zuêdj’ /zuˈeʤ/, em São Vicente e Santo
Antão a forma é juêi’ /ʒuˈej/. A antiga forma do crioulo cabo-verdiano pode
ser atestada pelo crioulo guineense onde a palavra é djúdju /ˈʤuʤu/. Aqui
neste artigo será utilizada a forma *djuêdju.
De um ponto de vista linguístico as variantes mais importantes são as de
Fogo, Santiago, São Nicolau e Santo Antão, e qualquer estudo profundo do
crioulo deve ter em conta pelo menos estas quatro variantes. São as únicas
ilhas que receberam escravos directamente do continente africano, e são as
ilhas que possuem características linguísticas mais conservadoras e mais
distintas entre si.
De um ponto de vista social as variantes mais importantes são as de
Santiago e São Vicente, e qualquer estudo ligeiro do crioulo deve ter em conta
pelo menos estas duas variantes. São as variantes dos dois principais núcleos
urbanos (Praia e Mindelo), são as variantes com maior número de falantes e
são as variantes que têm uma tendência glotofagista sobre as variantes
vizinhas.
Webgrafia:
http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/geografia/crioulosdebaseport.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crioulos_de_base_portuguesa

A importância da literatura na evolução da


língua e cultura portuguesa

A Literatura é uma das formas de expressão artística. Ao longo dos


tempos, os seres humanos foram desenvolvendo diversas modalidades de
manifestação artística com o objetivo de (re)construir
os mundos real, imaginário, psicológico e ficcional, de forma a resguardar as
nossas memórias, registar e representar a nossa cultura e a nossa história.
Toda obra artística pode ser considerada como exemplar da expressão da
sua época, da sua cultura. Isso porque a produção artística está localizada
num tempo, cultura, histórias e tradições.

A arte literária está relacionada com a leitura e análise de textos


verbais e, por isso, é considerada como sendo a arte construída pelas
palavras. A leitura de textos, ficcionais ou não, provoca diferentes efeitos de
sentido nos leitores/ouvintes e permite sair do mundo real e alcançar
o mundo da fantasia.

Assim como outras artes, a Literatura não tem o poder de modificar


a realidade imediata dos leitores, mas é capaz de fazê-los (re)avaliar a
própria vida e seus comportamentos. Isso porque a arte literária, provoca a
reflexão e responde a algumas das nossas inquietações por meio
de construções simbólicas.

A essência da arte literária está nas palavras, nos seus


potenciais sonoros, sintáticos e semânticos, estabelecendo interlocução
entre autores e leitores/ouvintes. O trabalho com as palavras pode ser
realizado no sentido denotativo ou conotativo, sendo essa a característica
essencial da linguagem literária, levando assim à evolução da língua e
cultura.
A leitura de textos literários permite-nos entrar em contato
com histórias de outras pessoas e/ou criadas por outras pessoas, o que nos
dá uma visão ampliada e simbólica da nossa própria história e, assim,
podemos compreender melhor o passado, o presente e o futuro.

Como leitores, estamos a interagir com os outros, sejam eles


personagens, narradores, autores, ou com a nossa própria consciência.

Essas diferentes experiências de leitura contribuem para que possamos


refletir sobre as nossas identidades, (re)construindo-as.

A Literatura é a arte da palavra. Podemos dizer que a literatura, assim como


a língua que ela utiliza, é um instrumento de comunicação e de interação
social, ela cumpre o papel de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma
comunidade.

A literatura está vinculada à sociedade em que se origina, assim como todo


o tipo de arte, pois o artista não consegue ser indiferente à realidade.
A obra literária é resultado das relações dinâmicas entre escritor, público e
sociedade, porque através de suas obras o artista transmite seus sentimentos
e ideias ao mundo, levando o seu leitor à reflexão e até mesmo à mudança de
posição perante a realidade, assim a literatura auxilia no processo de
transformação social.
A literatura também pode assumir formas de crítica à realidade circundante
e de denúncia social, transformando-se numa literatura engajada, servindo a
uma causa político-ideológica.
A literatura transformou-se, em várias partes do mundo, em disciplina
escolar dada a sua importância para a língua e a cultura de um país, assim
como para a formação de jovens leitores.
Webgrafia:
http://literaturaeepak.blogspot.com/p/blog-page_99.html
literatura/para-que-serve-a-literatura.htm

A importância da música na evolução da


língua e cultura portuguesa

Portugal é conhecido pela sua tradição musical, maioritariamente


pelo fado e seus derivados. Sendo este o género musical que, por
pura convenção mais caracteriza o espírito português, associado à sua história
e suas raízes culturais sobretudo por influência de Amália Rodrigues, tem-se
observado – junto com as particularidades de Carlos Paredes a par da música
de intervenção prefigurada por José Afonso, caracterizada também por
insinuações poéticas e subtis mas de forte contestação política –, uma
expansão em diversos estilos musicais, como o rock, o metal e o hip-hop, que
assimilam algumas dessas marcas.
A história da música portuguesa do século XX revela-se como inovadora
principalmente na segunda metade do século, no período que antecede
a Revolução dos Cravos e nos anos imediatos.
 Pré-revolução dos cravos
Durante o Estado Novo, a música portuguesa foi muito influenciada pelo
concurso televisivo da RTP, o Festival RTP da Canção, com o
chamado nacional-cançonetismo de temáticas típicas de ideais do Zé
Povinho e da pequena burguesia. Simone de Oliveira foi um dos nomes
paradigmáticos dessa época.
No lado político oposto desenvolveu-se a chamada música de intervenção,
com o intuito de atacar o Estado Novo e de despertar o povo no sentido da
liberdade de expressão: nomes como a Banda do Casaco, Luís Cília, os
irmãos Vitorino e Janita Salomé, Sérgio Godinho, José Mário
Branco, Tonicha, Zeca Afonso, António Macedo, que foram alguns dos
cantores e músicos que pontuaram o esse período marcado pela revolta. Entre
uns e outros, Linda de Suza tornar-se-ia na grande "embaixadora" da música
portuguesa junto dos emigrantes portugueses em França.
No entanto, já desde o final da década de 1950 que se fazia rock em
Portugal. Joaquim Costa, Os Babies (de José Cid), Os Conchas e Daniel
Bacelar seriam alguns dos pioneiros do género.
Na década seguinte, anos de surf e yé-yé, os Gatos Negros, os Titãs são
alguns dos grupos que, juntamente com o João Paulo, Os Ekos, o Quinteto
Académico, os Jets, os Sheiks e os Chinchilas marcaram essa década.
No iníco da década de 1970, à semelhança da música de intervenção,
o rock fica mais politizado, com o Quarteto 1111, os Steamer's, a Filarmónica
Fraude, a Banda do Casaco e etc.
 Pós-revolução dos cravos
Se Amália ainda é o nome mais conhecido na música portuguesa,
na década de 1980 surgem bandas seminais para o enriquecimento da cultura
musical portuguesa, como por exemplo os Heróis do Mar, os Sétima Legião,
os GNR, os Madredeus. O fado evolui com cantores como o Camané ou
a Mariza.
Surgem a partir de então variadíssimos grupos que cantam em inglês,
descaracterizando-se, tal como em muitos outros países. Existem no entanto
em Portugal artistas musicais contemporâneos que dão significativos
contributos em todos os estilos e formas de música, no rock-canção, como
os Ornatos Violeta e os Diabo Na Cruz, na canção pop com os Clã, no
Black/Folk/Heavy Metal com os Moonspell, os Hip-Hop, os Xutos & Pontapés,
cantando em português, como também o Sam the Kid ou o Valete. Da fusão
Rock–Hip-Hop são bom exemplo os Da Weasel. No Soul destaca-se Aurea. No
rock e blues, os Wraygunn são um exemplo perfeito e no rock
gotico os Noctivagus. Na música de dança, emergem os Buraka Som Sistema.
Na música Reggae e Ska destacam-se artistas como os Primitive
Reason, Three and a Quater, Chapa Dux, Souls of Fire. Mantém-se activa a
música tradicional popular modernizada, especialmente em Trás-os-Montes.
Na década de 1990 é cunhado o termo Música pimba, embora o género já
existisse, a partir de uma canção do Emanuel: música ligeira com expressões
de duplo sentido, sendo nisso Quim Barreiros uma das erguidas figuras de
ponta.
O fado foi modernizado na Década de 2000 por Ana Moura mas novas
caras além dessa surgiram como a também Fadista Raquel Tavares. A Década
de 2010 trouxe muitos novos talentos sendo a grande cara Aurea, a grande
cara do Soul em Portugal. Também surgiram os talent-shows como o The
Voice Portugal e os Ídolos que lançaram Diogo Piçarra, Carolina Deslandes,
Murta (na altura Francisco Murta) e Fernando Daniel. Além disso também
surgiu o filho do cantor Paulo de Carvalho, Agir e bandas como os Amor Eletro.
Webgrafia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_de_Portugal
https://www.google.com/search?q=festivais+can
%C3%A7%C3%A3o+anos+70&tbm
https://www.google.com/search?q=revolu
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