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0) NOÇÕES RELAÇÕES HUMANAS NO


TRABALHO

Falar em relações humanas é considerar todo tipo de relação


social ou interação entre os indivíduos.

Relações humanas no trabalho, por exemplo, são necessárias pelo fato de que todos os
setores da vida exigem trabalho em grupo, o homem já não pode trabalhar sozinho. A
divisão do trabalho cada vez maior torna o dia a dia da empresa mais dependente do
grupo, e dos indivíduos que o compõe. No trabalho, estas relações são necessárias, pois
toda empresa, seja ela de grande, médio ou pequeno porte, tem como principio de
funcionamento o trabalho em conjunto, a coletividade, pois a maioria das tarefas é
realizada por grandes grupos de pessoas, onde cada um tem sua função.
Pesquisas apontam que um dos problemas para a falta de produtividade no trabalho
muitas vezes está relacionado à insatisfação do trabalhador com o ambiente de trabalho
e às vezes também com as pessoas que ali estão, esta foi uma experiência feita por
Elton Mayo que segundo ele, para se chegar a solução dos problemas de relações
humanas foi preciso fazer experiências, que ligou a produtividade à satisfação dos
trabalhadores mudando o ambiente de trabalho e conhecendo cada individuo. Isso fez
com que ele chegasse à conclusão de que os indivíduos não podem ser tratados
isoladamente, mas sim como um grupo. O objetivo de cada indivíduo é o bem-estar, já o
da empresa é a eficiência, e isso acaba gerando conflitos, portanto, a função dela é
estabelecer um equilíbrio entre a produtividade e a satisfação dos trabalhadores.
É necessário conhecer o individuo para conhecer suas qualificações, suas necessidades
e limitações para que ele seja utilizado para ser útil dentro da empresa e que também
possa está realizado fazendo determinado trabalho, para a satisfação da empresa e do
trabalhador estar sempre produzindo qualitativamente.

As seis palavras mais importantes: "ADMITO QUE O ERRO FOI MEU"


As cinco palavras mais importantes: "VOCÊ FEZ UM BOM TRABALHO"
As quatro palavras mais importantes: "QUAL A SUA OPINIÃO"
As três palavras mais importantes: "FAÇA O FAVOR"
As duas palavras mais importantes: "MUITO OBRIGADO"
A palavra mais importante: "NÓS".

Relações humanas está interligada com diversos fatores da vida social e individual da
pessoa, conceitos que escutamos desde que somos educados pela família, dentre eles
estão: educação, ética, moral, cultura, política, economia, modo de vida, condições de
trabalho, respeito mútuo, conscientização, solidariedade, trabalho em grupo, coletividade
e também a individualidade de cada ser humano, entre outros conceitos que sempre
ouvimos falar, mas que nem sempre são colocados em prática. Em suma pode-se dizer
que relações humanas está diretamente ligada ao fator respeito, respeito pelo
trabalhador e pelo seu trabalho, assim também do trabalhador para com a empresa, e os
demais colegas de trabalho, respeito mútuo pelo indivíduo e pelo seu trabalho.
Dois pontos são essenciais para que aconteça as Relações Humanas: COMUNICAÇÃO
E PERCEPÇÃO:

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COMUNICAÇÃO:
É o instrumento essencial nas Relações Organizacionais, saber comunicar-se, é antes
de tudo, aperfeiçoar-se para um melhor desempenho profissional em qualquer área a
qual se venha a exercer. Comunicar-se, não é somente falar com o ser humano e sim
coordenar cada palavra pronunciada, de maneira coerente. Quando se expressa de
maneira coerente, toda comunicação acompanha uma mensagem a ser interpretada, e
é de fundamental importância que a mensagem alcance seu objetivo.
A principal ferramenta da comunicação é a linguagem. Os elementos que constituem a
linguagem são: gestos, sinais, sons, símbolos ou palavras, usados para representar
conceitos de comunicação, idéias, significados e pensamentos. A
linguagem é transmitida ou não através da palavra é o que
torna, por exemplo, o ser humano capaz de liderar e gerenciar,
esse é o seu instrumento mais poderoso.

Tipos de comunicação
Uma mensagem pode ser transmitida de modo:
Verbal: Refere-se às palavras expressas por meio da fala ou escrita.
Fisiológica: Decorrente do relacionamento entre as diferentes partes do nosso corpo e a
sua manifestação externa. Ex: Palidez e diminuição de pressão arterial ou sudorese e
alteração da temperatura corporal.
Não-verbal: Não está associada às palavras e ocorre por meio de gestos, silêncio,
expressões faciais, postura corporal, etc.
Feedback:
É o processo de fornecer dados a uma pessoa ou grupo ajudando-o a melhorar seu
desempenho no sentido de atingir seus objetivos.
Para que haja êxito na comunicação do feedback as barreiras devem ser rompidas e
estabelecida uma relação de confiança e segurança.

Importância do Feedback
É muito importante obter feedback, através dele podemos identificar necessidades e
responder aos seguintes questionamentos:

O que o seu cliente, parceiro e fornecedor querem?


O que eles precisam?
O que eles pensam?
O que eles sentem?
Que sugestões teriam para apresentar a você?
Se estão ou não satisfeitos?

PERCEPÇÃO:
É o processo pelo qual se toma conhecimento do mundo externo. Perceber é trazer à
consciência o que acontece à nossa volta. Muitas vezes deixamos de perceber devido
ao autoritarismo das nossas ações e aos preconceitos. Perceber é interpretar a realidade
a partir dos próprios referenciais internos. Cada um percebe o que é mais significante
para si, de acordo com suas experiências, valores, etc. O que é evidente para um,

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poderá não ser para o outro. O mesmo estímulo provoca percepções e reações
diferentes nas pessoas.
O processo de percepção inclui os sentidos (audição, visão, tato, olfato e paladar)
dirigidos ao mundo externo: fatos, pessoas e objetos.
A auto percepção é a maneira como acreditamos que seja nossa expressão verbal,
corporal,nossa fisionomia, nosso modo de anda, ela é muito importante ao se humano,
pois se nos conhecemos somos capazes direcionar melhor nossas atitudes, de modo
que estas não interfiram negativamente na nossa vida, sobretudo no nosso trabalho.

A MISSÃO GERAL DO CARGO DE SUPERVISOR DE SEGURANÇA PATRIMONIAL


Supervisionar as atividades de segurança patrimonial, envolvendo as instalações e
equipamentos, visando proteger a integridade da empresa.
Competências Comportamentais:
Ter paciência, ser organizado, ter boa comunicação interpessoal, saber ouvir, ser
dinâmico, ter controle emocional, saber trabalhar e liderar equipes.

PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
 Supervisionar e orientar a execução do serviço de vigilância, inspecionando os
postos de vigilância, visando detectar e corrigir anormalidades ou solucionar
problemas;
 Supervisionar a manutenção da ordem interna em todas as áreas da empresa,
tomando as providências necessárias em caso de qualquer anormalidade;
 Supervisionar o cumprimento das normas e resoluções dos órgãos públicos,
relativas ao serviço de segurança;
 Preparar as escalas de trabalho e manter planos para casos de emergência,
visando garantir a continuidade do serviço;
 Participar na elaboração do planejamento da segurança físico- patrimonial da
empresa;
 Colaborar na elaboração de normas, regulamentos e procedimentos internos
relacionados com a segurança;
 Preparar treinamentos para a equipe, conforme manual de vigilantes e de primeiros
socorros, visando aprimorar sua capacitação técnica.

LIDERANÇA E GERECIAMENTO
Primeiramente, ser líder significa desenvolver a si mesmo, encontra recursos em si que
não sabia que tinha, o líder inspira outros para juntar-se a ele na estrada, então liderança
envolve habilidades de comunicar e influenciar. Liderança é uma combinação de quem
você é, habilidades e talentos que você tem e a sua compreensão da situação ou do
contexto em que você está. Um líder precisa olhar para frente, bem como prestar
atenção onde ele esteve e onde ele está agora. O líder vê além da situação imediata. Ele
vê o contexto da jornada inteira. Isso significa que ele precisa compreender o sistema do
qual faz parte, ver além do óbvio, sentir como os eventos se conectam a padrões mais
profundos, enquanto outros apenas vêem acontecimentos isolados.

PONTOS FUNDAMENTAIS DA FUNÇÃO:


É o elo entre Diretoria e consumidor final;
Apresentação pessoal (vestimenta e aparência);
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Ser calmo, mas enérgico (tomada de decisões);
Ter iniciativa, usar um vocabulário decente e correto. Aquele que grita não tem
argumento;
Trabalhar com dedicação, honestidade, responsabilidade, assiduidade e pontualidade
como exemplo profissional;
Possuir idoneidade, moral e sua palavra deverão valer respeito e confiança;
Manter observância comportamental em seus subordinados e estar na vanguarda dos
acontecimentos;
Subordinados são seres humanos com defeitos, acertos e na maioria das vezes
problemas, que estes deverão ser absorvidos pelo supervisor e resolvidos da melhor
maneira para ambos, organização e associado (gerenciamento de crises);
Estar presente de forma humana e profissional torna-se requisito importante para o
Supervisor no contato com seu subordinado. Ou seja, o Supervisor torna-se fraterno,
mesmo quando se trata de uma convivência a nível profissional ,saber ouvir, ter
maneiras de falar e saber como direcionar sem perder o respeito exigido pela função,
então podemos concluir, fazendo a seguinte afirmação:

“Só se LIDERA e GERENCIA de maneira satisfatória quando se tem noções de


RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO”

(2.0) Noções de segurança privada


Leis, decretos e portarias que regulamentam a segurança privada em todo território nacional:

 Lei nº 7.102, de 20/06/1983, foi instituída para regulamentar as atividades de segurança


privada, em especial a segurança dos estabelecimentos financeiros e o funcionamento
das empresas prestadoras de serviços de segurança privada.
 Lei nº 8.863, de 20/03/1994, que buscou definir as atividades de segurança privada,
prevendo o serviço orgânico de segurança, pelo qual é facultado às empresas criar o seu
próprio sistema de segurança.
 Lei nº 9.017, de 30/03/1995, que, na parte em que alterou as disposições normativas
alusivas à área de segurança privada, atribuiu ao Departamento de Polícia Federal a
competência para fiscalizar os estabelecimentos financeiros e as empresas de
segurança privada, assim como previu a cobrança de taxas, atualizou os valores
referentes a multas e estabeleceu parâmetros para o capital social mínimo das empresas
e o transporte de numerário.
 Decreto n.° 89.056, de 24/11/1983, que, por sua vez, foi atualizado pelo Decreto n.°
1.592, de 10/08/1995.
 Portaria n° 992-DG/DPF, de 25/10/1995, responsável pelo disciplinamento de toda a
atividade de segurança privada existente no país (Revogada).
 Portarias n.° 1.129, de 15/12/1995 (que aprovou o Certificado de Segurança e de
Vistoria, emitidos pelas Superintendências Regionais do Departamento de Polícia
Federal), n.° 277, de 13/04/98 n.° 891, de 12/08/99 (que instituiu e aprovou o modelo da

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Carteira Nacional de Vigilante e respectivo formulário de requerimento), n.° 836, de
18/08/2000 (que alterou dispositivos da Portaria n.° 891/99) e n.° 076, de 08/03/2005.
 Paralelamente às inovações ocorridas na legislação de segurança privada, ocorreram
consideráveis mudanças na estrutura do Departamento de Polícia Federal relativamente
às unidades responsáveis pelo controle e fiscalização da atividade, estando, atualmente,
a cargo da Coordenação-Geral de Controle de Segurança Privada – CGCSP, em nível
central, e das Delegacias de Controle de Segurança Privada – DELESP e Comissões de
Vistoria – CV, em nível das Superintendências Regionais.
NECESSIDADE DE ATUALIZAÇÃO
 A considerável gama de normas no âmbito do Departamento de Polícia Federal
regulando a segurança privada, aliada aos pareceres e orientações das 03 (três)
divisões da CGCSP (Divisão de Estudos, Legislação e Pareceres – DELP), (Divisão de
Controle Operacional de Fiscalização – DICOF) e (Divisão de Análise de Processos e
Expedição de Documentos – DAPEX), tornava o controle e a fiscalização da atividade
carente de uma norma atualizada que absorvesse todas as anteriores e afastasse as
divergências até então existentes, Portaria em vigor 387/2006 retificada pela 515/2007.

Órgãos Reguladores

DAS EMPRESAS ESPECIALIZADAS – art.4º


O exercício da atividade de vigilância patrimonial, cuja propriedade e administração são
vedadas a estrangeiros, dependerá de autorização prévia do DPF, através de ato do
Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, mediante o preenchimento dos
seguintes requisitos:
Possuir capital social integralizado mínimo de 100.000 (cem mil) UFIR
Prova de que os sócios, administradores, diretores e gerentes da empresa de segurança
privada não tenham condenação criminal registrada;
Contratar, e manter sob contrato, o mínimo de 15 (quinze) vigilantes, devidamente
habilitados.
Comprovar a posse ou a propriedade de, no mínimo, 01 (um) veículo comum, todos com
sistema de comunicação.

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Possuir instalações físicas adequadas, comprovadas mediante certificado de segurança,
observando-se: uso e acesso exclusivos ao estabelecimento, dependências destinadas
ao setor administrativo, dependências destinadas ao setor operacional, dotado de
sistema de comunicação, local seguro e adequado para a guarda de armas e munições,
construído em alvenaria, sob laje, com um único acesso, com porta de ferro ou de
madeira, reforçada com grade de ferro, dotada de fechadura especial, além de sistema
de combate a incêndio nas proximidades da porta de acesso, vigilância patrimonial ou
equipamentos elétricos, eletrônicos ou de filmagem, funcionando ininterruptamente,
comprovação, por parte da empresa, da contratação do efetivo mínimo de vigilantes
poderá ser feita até 60 (sessenta) dias após a publicação do alvará de funcionamento e
objeto social da empresa deverá estar relacionado, somente, às atividades de segurança
privada que esteja autorizada a exercer.

FILIAIS NO MESMO ESTADO art. 5º


As empresas que desejarem constituir filial ou outras instalações na mesma unidade da
federação onde houver um estabelecimento da empresa já autorizado, não necessitarão
de nova autorização do Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, ficando,
no entanto, obrigadas a requerer autorização de funcionamento à DELESP ou CV em
um único procedimento.
Autorização para alteração de atos constitutivos visando a abertura de nova filial,
realização de vistoria.
Estas filiais precisam comprovar apenas os requisitos relativos às suas instalações
físicas, mediante expedição de certificado de segurança.
No caso das outras instalações, assim consideradas aquelas que não possuem CNPJ
próprio e onde estão guardadas, no máximo, 05 (cinco) armas, dispensa-se a obrigação
de expedição de certificado de segurança, devendo o local, no entanto, ser provido de
cofre para a guarda do armamento.
A revisão de autorização de funcionamento da empresa acarretará a revisão de todas
suas instalações na mesma unidade da federação, necessitando das filiais, apenas, a
renovação do certificado de segurança.
As filiais a serem abertas em unidade da federação onde a empresa ainda não tiver
autorização de funcionamento deverão preencher todos os requisitos exigidos por esta
Portaria para atividade pretendida.

Certificado de segurança – art.6º


As empresas que pretenderem obter autorização de funcionamento nas atividades de
segurança privada deverão possuir instalações físicas aprovadas pelo Superintendente
Regional do DPF, após realização de vistoria pela DELESP ou Comissão de Vistoria,
devendo apresentar requerimento com: comprovante de recolhimento da taxa de vistoria
das instalações, apresentação do livro destinado ao registro de armas e munições.
Após a verificação da adequação das instalações físicas do estabelecimento, a DELESP
ou CV emitirá relatório de vistoria, consignando a proposta de aprovação ou os motivos
que ensejaram a reprovação.

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Aprovadas as instalações físicas, o certificado de segurança será autorizado pelo
Superintendente Regional, tendo validade até a próxima revisão de autorização de
funcionamento do estabelecimento.
A renovação do certificado de segurança constitui requisito para a revisão da autorização
de 27funcionamento do estabelecimento, devendo ser requerido juntamente com o
processo de revisão mediante a comprovação do recolhimento das taxas de vistoria das
instalações e de renovação do certificado de segurança.
Validade 12 (Doze) meses deverá ser revista
Autorização de funcionamento – art. 8º
Para obter autorização de funcionamento, as empresas de vigilância
patrimonial deverão apresentar requerimento dirigido ao Coordenador-
Geral de Controle de Segurança Privada, anexando os seguintes
documentos: cópia ou certidão dos atos constitutivos e alterações
posteriores, registrados na Junta Comercial ou Cartório de Pessoa
Jurídica, comprovante de inscrição nos órgãos fazendários federal,
estadual e municipal, certidões negativas de débito do FGTS, da
Previdência Social, da Receita Federal e da Dívida Ativa da União,
comprovante do capital social integralizado mínimo de 100.000 (cem
mil) UFIR, cópia da Carteira de Identidade, inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas, Título de Eleitor e Certificado de Reservista dos
administradores, diretores, gerentes e sócios, certidões negativas de
registros criminais expedidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar dos
Estados e da União, onde houver, e Eleitoral, relativamente aos sócios,
administradores, diretores e gerentes, das unidades da federação onde
mantenham domicílio e pretendam constituir a empresa, memorial
descritivo do uniforme dos vigilantes, mencionando apito com cordão,
logotipo da empresa, plaqueta de identificação, acompanhado de
fotografias, coloridas, de corpo inteiro do vigilante devidamente
fardado, de frente, costas e lateral e outro documentos.
Validade 12 (Doze) meses deverá ser revista.

Procedimentos operacionais
O supervisor deverá manter controle nos vigilantes acerca de sua documentação, escala
de serviço, armamento e munição, veículos, uniforme e CNV.
Todo procedimento operacional periodicamente deve ser ajustado ao desempenho do
serviço orientar os vigilantes fazer ciência de seu comprometimento com o posto.
Manter observância na Portaria 387 e suas alterações lembre-se a legislação é a bíblia
do supervisor.

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Transporte de valores art.14
O exercício da atividade de transporte de valores, cuja propriedade e administração são
vedadas a estrangeiros, dependerá de autorização prévia do DPF, mediante o
preenchimento dos seguintes requisitos:
Possuir capital social integralizado mínimo de 100.000 (cem mil) UFIR, prova de que os
sócios, administradores, diretores e gerentes da empresa de segurança privada não
tenham condenação criminal registrada, contratar, e manter sob contrato, o mínimo de
16 (dezesseis) vigilantes com extensão em transporte de valores, comprovar a
propriedade de, no mínimo, 02 (dois) veículos especiais (Carro Forte), garagem
exclusiva para, no mínimo, 02 (dois) veículos especiais de transporte de valores, cofre
para guarda de valores e numerários, com os dispositivos de segurança necessários e
outros documentos.
Validade 12 (Doze) meses deverá ser revista.

Certificado de vistoria art.17


Os veículos especiais utilizados pelas empresas de transporte de valores deverão
possuir Certificado de Vistoria, cuja expedição ou renovação deverá ser requerida pelo
interessado à DELESP ou CV da circunscrição do estabelecimento ao qual o veículo
especial estiver vinculado, desde que esteja com a autorização de funcionamento em
vigor, devendo anexar cópia do documento que comprove a posse ou propriedade do
veículo especial, fotografias dos veículos especiais, coloridas, de frente, lateral, traseira
e do sistema de comunicação veicular, quando da primeira expedição; cópias autênticas
dos certificados de qualidade e de conformidade, documentação que comprove a
regularidade junto ao órgão de trânsito competente; comprovante do recolhimento da
taxa de vistoria de veículo especial de transporte de valores.
O veículo especial deverá atender às exigências contidas na Portaria nº 1.264/MJ, de 29
de setembro de 1995, e alterações posteriores, bem como em regulamentação do
Comando do Exército, incluindo sistema de comunicação, por veículo, que permita a
comunicação ininterrupta com a central da empresa e outros.
Validade 12(Doze) meses deverá ser revista.

Procedimentos operacionais
O supervisor deverá manter controle nos vigilantes acerca de sua documentação, escala
de serviço, armamento e munição, veículos (Carro forte), uniforme e CNV.
Os veículos especiais de transporte de valores somente poderão trafegar acompanhados
da via original ou cópia autenticada do respectivo certificado de vistoria, afixado na parte
de dentro do pára-brisa do veículo.
As empresas de transporte de valores autorizadas a funcionar na forma desta portaria
deverão comunicar o início de suas atividades à Secretaria de Segurança Pública da
respectiva Unidade da Federação.
As empresas de transporte de valores deverão utilizar uma guarnição mínima de 04
(quatro) vigilantes por veículo especial, no transporte de valores de instituições
financeiras, as empresas de transporte de valores deverão utilizar veículos especiais, de

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sua posse ou propriedade, nos casos em que o numerário a ser transportado seja igual
ou superior a 20.000 (vinte mil) UFIR.
Nos casos em que o numerário a ser transportado for maior que 7.000 (sete mil) e
inferior a 20.000 (vinte mil) UFIR, poderá ser utilizado veículo comum, de posse ou
propriedade das empresas de transporte de valores, sempre com a presença de, no
mínimo, 02 (dois) vigilantes especialmente habilitados.
Nas regiões onde for comprovada a impossibilidade do uso de veículo especial, as
empresas de transporte de valores poderão ser autorizadas a efetuar o transporte por via
aérea, fluvial ou por outros meios.
A execução de transporte de valores iniciar-se-á, obrigatoriamente, no âmbito da
Unidade da Federação em que a empresa possua autorização.
A mudança do local onde o veículo especial estiver operando deverá ser previamente
comunicada à DELESP ou CV.
A desativação do veículo especial, e a eventual reativação, deverá ser precedida de
expedição do Certificado de Vistoria respectivo, observando o procedimento previsto em
legislação.
No caso de desativação temporária, a empresa comunicará à DELESP ou CV o motivo
da desativação bem como o local onde o veículo especial poderá ser encontrado.
As empresas de transporte de valores, as que possuem serviço orgânico de transporte
de valores e os estabelecimentos financeiros poderão proceder à alienação entre si, a
qualquer título, de seus veículos especiais, desde que haja a devida comunicação à
DELESP ou CV em até 05 (cinco) dias úteis, devendo o adquirente requerer a renovação
dos certificados de vistoria correspondentes, observando-se o procedimento previsto em
legislação.

Escolta armada art.30


O exercício da atividade de escolta armada dependerá de autorização prévia do DPF,
mediante o preenchimento dos seguintes requisitos: possuir autorização há pelo menos
01 (um) ano na atividade de vigilância patrimonial ou transporte de valores, contratar, e
manter sob contrato, o mínimo de 08 (oito) vigilantes com extensão em escolta armada e
experiência mínima de um ano nas atividades de vigilância ou transporte de valores,
comprovar a posse ou propriedade de, no mínimo, 02 (dois) veículos em perfeitas
condições de uso, 04 (quatro) portas e sistema que permita a comunicação ininterrupta
com a central da empresa, ser identificados e padronizados, com inscrições externas
que contenham o nome, o logotipo e a atividade executada pela empresa.
Validade 12(Doze) meses deverá ser revista.

Procedimentos operacionais
O supervisor deverá manter controle nos vigilantes acerca de sua documentação, escala
de serviço, armamento e munição, veículos, uniforme e CNV.
As empresas autorizadas a exercer a atividade de escolta armada deverão comunicar o
início de suas atividades à Secretaria de Segurança Pública da respectiva Unidade da
Federação.

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Os vigilantes empenhados na atividade de escolta armada deverão compor uma
guarnição mínima de 04 (quatro) vigilantes, por veículo, já incluído o condutor, todos
especialmente habilitados.
Nos casos de transporte de cargas ou valores de baixo valor, a critério do contratante, a
guarnição referida no poderá ser reduzida até a metade.
A execução da escolta armada iniciar-se-á, obrigatoriamente, no âmbito da Unidade da
Federação em que a empresa possua autorização.
As empresas que exercerem a escolta armada cujos veículos necessitarem, no exercício
das atividades, transitar por outras unidades da federação, deverá comunicar a
operação, previamente, às unidades do DPF e do Departamento de Polícia Rodoviária
Federal - DPRF, e às Secretarias de Segurança Pública respectivas.

Segurança pessoal art. 36


O exercício da atividade de segurança pessoal dependerá de autorização prévia do DPF,
mediante o preenchimento dos seguintes requisitos:
possuir autorização há pelo menos 01 (um) ano na atividade de vigilância patrimonial ou
transporte de valores, contratar, e manter sob contrato, o mínimo de 08 (oito) vigilantes
com extensão em Segurança Pessoal e experiência mínima de um ano nas atividades
de vigilância ou transporte de valores.
Validade 12(Doze) meses deverá ser revista.

Procedimentos operacionais
O supervisor deverá manter controle nos vigilantes acerca de sua documentação, escala
de serviço, armamento e munição, veículos, uniforme e CNV.
O vigilante deverá utilizar em serviço traje adequado à missão, estabelecido pela
empresa, não assemelhado ao uniforme das forças de segurança pública, com logotipo,
visível ou não, portando todos os documentos aptos a comprovar a regularidade da
execução do serviço de segurança pessoal contratado.
As empresas autorizadas a exercer a atividade de segurança pessoal deverão
comunicar o início de suas atividades à Secretaria de Segurança Pública da respectiva
Unidade da Federação.
A execução da segurança pessoal iniciar-se-á, obrigatoriamente, no âmbito da Unidade
da Federação em que a empresa possua autorização.
As empresas que exercerem a atividade de segurança pessoal cujos vigilantes
necessitarem transitar por outras unidades da federação, deverão comunicar a
operação, previamente, às unidades do DPF e do DPRF, e às Secretarias de Segurança
Pública respectivas.

Plano de segurança estabelecimento financeiro art. 60


Os estabelecimentos financeiros que realizarem guarda de valores ou movimentação de
numerário deverão possuir serviço orgânico de segurança, autorizado a executar
vigilância patrimonial ou transporte de valores, ou contratar empresa especializada,
devendo, em qualquer caso, possuir plano de segurança devidamente aprovado pelo
Superintendente Regional, os estabelecimentos mencionados neste não poderão iniciar
suas atividades sem o respectivo plano de segurança aprovado, salvo se, protocolado o
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respectivo requerimento com pelo menos trinta dias de antecedência, não for analisado
neste período pelo DPF.
O plano de segurança deverá descrever todos os elementos do sistema de segurança,
que abrangerá toda a área do estabelecimento, constando: a quantidade e a disposição
dos vigilantes, adequadas às peculiaridades do estabelecimento, sua localização, área,
instalações e encaixe, equipamentos hábeis a captar e gravar, de forma imperceptível,
as imagens de toda movimentação de público no interior do estabelecimento, as quais
deverão permanecer armazenadas em meio eletrônico por um período mínimo de 30
(trinta) dias e outros.
Validade 12(Doze) meses deverá ser revista.

Procedimentos operacionais
O supervisor deverá manter controle nos vigilantes acerca de sua documentação, escala
de serviço, armamento e munição, veículos, uniforme, CNV e planos.
Os estabelecimentos financeiros que realizem guarda de valores ou movimentação de
numerário somente poderão utilizar vigilantes armados, ostensivos e com coletes à
prova de balas. (vigência a partir de 02.01.07, quanto à exigência de coletes à prova de
balas, conforme Despacho nº 6047/06-DG/DPF), e Portaria 191 do Ministério do
Trabalho (EPI).Os estabelecimentos financeiros que utilizarem portas de segurança
deverão possuir detector de metal portátil, a ser utilizado em casos excepcionais, quando
necessária a revista pessoal. (vigência a partir de 02.01.07, quanto à exigência de
detector de metal portátil, conforme Despacho nº 6047/06-DG/DPF).
Qualquer alteração nos planos de segurança deverá ser previamente autorizada pelo
DPF, seguindo o procedimento e legislação , configura também alteração do plano de
segurança qualquer mudança de endereço ou alteração física das instalações bancárias.

Produtos controlados e acessórios art. 70


As empresas de segurança especializadas e as que possuem serviço orgânico de
segurança somente poderão utilizar as armas, munições, coletes à prova de balas e
outros equipamentos descritos nesta Portaria, cabendo ao Coordenador-Geral de
Controle de Segurança Privada, autorizar, em caráter excepcional e individual, a
aquisição e uso pelas empresas de outras armas e equipamentos, considerando as
características estratégicas de sua atividade ou sua relevância para o Interesse
Nacional.
As empresas de vigilância patrimonial poderão dotar seus vigilantes, quando em efetivo
serviço, de revólver calibre 32 ou 38, cassetete de madeira ou de borracha, além de
algemas, vedando-se o uso de quaisquer outros instrumentos não autorizados pelo
Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada, as empresas de transporte de
valores e as que exercerem a atividade de escolta armada poderão dotar seus vigilantes
de carabina de repetição calibre 38, espingardas de uso permitido nos calibres 12, 16 ou
20, e pistolas semi-automáticas calibre .380 "Short“ e 7,65 mm.
As empresas que exercerem a atividade de segurança pessoal poderão dotar seus
vigilantes de pistolas semi-automáticas calibre .380 "Short" e 7,65 mm.

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As empresas de segurança privada poderão dotar seus vigilantes de armas e munições
não-letais e outros produtos controlados, classificados como de uso restrito, para uso em
efetivo exercício, segundo as atividades de segurança privada.
Nas atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal, as empresas poderão
dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais de curta distância (até
10 metros): borrifador (“spray”) de gás pimenta, arma de choque elétrico (“air taser”),
Nas atividades de transporte de valores e escolta armada, as empresas poderão dotar
seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais, de média distância (até 50
metros) e outros produtos controlados: borrifador (“spray”) de gás pimenta, arma de
choque elétrico (“air taser”), granadas lacrimogêneas (Capsaicina-OC ou
Ortoclorobenzalmalononitrilo-CS) e fumígenas, munições lacrimogêneas (OC ou CS) e
fumígenas, munições calibre 12 com balins de borracha ou plástico, cartucho calibre 12
para lançamento de munição não letal, lançador de munição não-letal no calibre 12 e
máscara contra gases lacrimogêneos (OC ou CS) e fumígenos.

Como adquirir e quantidades art.72


Os requerimentos de aquisição de armas, munições e coletes à prova de balas das
empresas especializadas, poderão ser feitos simultaneamente ao requerimento de
autorização para funcionamento, em procedimentos separados, podendo ser solicitadas,
neste caso, até 10 (dez) armas, com até 03 (três) cargas de munição para cada uma
delas, no caso de empresas de transporte de valores, poderão ser solicitadas, ainda, 04
(quatro) espingardas calibre 12, com 03 (três) cargas de munição correspondente, para
cada veículo especial adquirido, as empresas com serviço orgânico de segurança terão
seus requerimentos analisados observando-se a quantidade de vigilantes, por turno de
trabalho, e as características da área vigiada.
Os requerimentos poderão ser formulados com a finalidade de substituir armas e
munições obsoletas, inservíveis ou imprestáveis, situação em que deverão ser entregues
à DELESP ou CV, para serem encaminhados ao Comando do Exército para destruição,
logo após o recebimento da autorização respectiva.
As munições obsoletas de que trata o caput poderão ser doadas aos cursos de formação
para fins de realização dos cursos de formação, reciclagem ou extensão dos vigilantes
da empresa doadora, devendo ser feita prévia comunicação à DELESP ou CV, assim
como realizados os competentes registros de saída da munição da empresa doadora e
entrada da munição no curso de formação.

Controle de armas e munição art. 83


Livro de registro e controle de armas deverá conter informações mencionando número e
data de publicação do alvará de autorização de aquisição; dados do fornecedor,
incluindo razão social, CNPJ e endereço; número e data de emissão da nota fiscal; dado
da arma adquirida, incluindo espécie, marca, calibre, número de série, número no
SINARM; e histórico de ocorrências o livro de registro e controle de munições, deverá
conter informações mencionando número e data de publicação do alvará de autorização
de aquisição; dados do fornecedor, incluindo razão social, CNPJ e endereço; número e
data de emissão da nota fiscal; dados da munição adquirida, incluindo calibre, marca,

12
quantidade adquirida, estoque anterior, quantidade consumida e total; e histórico do
consumo e utilização.

Procedimentos operacionais
Qualquer ocorrência envolvendo armas ou munição deverá ser comunicado a
DELESP/CV de imediato, e o demais procedimento embasará no ART.119 da Portaria
387/2006, como também o envolvimento dos seus vigilantes em outras ocorrências.
Apôs previa comunicação o procedimento apura-tório terá 10 (Dez) dias para ser
entregue no órgão competente.

Carteira nacional de vigilante art.111


A Carteira Nacional de Vigilante - CNV - instituída pela Portaria 891/99
- DG/DPF, será de uso obrigatório pelo vigilante, quando em efetivo
serviço, constando seus dados de identificação e as atividades a que
está habilitado.
A CNV somente será expedida se o vigilante preencher os requisitos
profissionais e estiver vinculado à empresa especializada ou a que
possua serviço orgânico de segurança, e possuir curso de formação,
extensão ou reciclagem dentro do prazo de validade.

Procedimentos operacionais
O supervisor tem obrigação de manter observância na emissão e no controle do
vencimento, a CNV deverá ser requerida pela empresa contratante à DELESP ou CV, ou
através das entidades de classe, até 30 (trinta) dias após a contratação do vigilante,
devendo- se anexar os seguintes documentos: Carteira de Identidade e CPF, CTPS, na
parte que identifique o vigilante e comprove vínculo empregatício com empresa
especializada ou executante de serviços orgânicos de segurança autorizada a funcionar
pelo DPF, 02 (duas) fotografias recentes do vigilante, de frente, colorida, de fundo
branco, tamanho 2 x 2 cm e comprovante de recolhimento da taxa de expedição de
carteira de vigilante, às expensas do empregador.
O protocolo do requerimento, de porte obrigatório pelo vigilante enquanto não expedida a
CNV, terá validade de 60 (sessenta) dias a partir do recebimento do pedido pelo DPF,
comprovará a regularidade do vigilante durante esse período.
Não sendo expedida a Carteira Nacional de Vigilante no prazo fixado no parágrafo
anterior, o Chefe da DELESP ou Presidente da Comissão de Vistoria poderão prorrogá-
lo por mais 60 (sessenta) dias, revalidando por esse período o prazo constante do
protocolo de entrega do formulário.

Penas aplicáveis as empresas e as que possuem


seguranças orgânicas art. 120

13
As empresas especializadas e as que possuem serviço orgânico de segurança que
contrariarem as normas de segurança privada ficarão sujeitas às seguintes penalidades,
conforme a gravidade da infração e levando-se em conta a reincidência e a condição
econômica do infrator: advertência, multa, de 500 (quinhentas) a 5.000 (cinco mil) UFIR,
proibição temporária de funcionamento e cancelamento da autorização de
funcionamento.

Penas aplicáveis aos estabelecimentos financeiros art.


121
O estabelecimento financeiro que contrariar as normas de segurança privada ficará
sujeito às seguintes penalidades, conforme a gravidade da infração e levando-se em
conta a reincidência e a condição econômica do infrator: advertência, multa, de 1.000
(mil) a 20.000 (vinte mil) UFIR.
Penalidades mais comuns
Deixar de fornecer ao vigilante os componentes do uniforme ou cobrar pelo seu
fornecimento;
Permitir que o vigilante utilize o uniforme fora das especificações;
Reter certificado de conclusão de curso ou CNV pertencente ao vigilante;
Deixar de providenciar, em tempo hábil, a renovação do certificado de segurança;
Deixar de providenciar, em tempo hábil, a renovação do Certificado de Vistoria;
Permitir o tráfego de veículo especial de transporte de valores desacompanhado de
cópia do Certificado de Vistoria respectivo;
Deixar de reconhecer a validade de certificado de conclusão de curso devidamente
registrado pela DELESP ou CV;
Possuir, em seu quadro, até 5 % (cinco por cento) de vigilantes sem CNV ou com a CNV
vencida.
Pena aplicável advertência se não for reincidente.
Deixar de apresentar qualquer informação ou documento, na forma da legislação
vigente, quando solicitado pela CCASP, CGCSP, DELESP ou CV, para fins de controle
ou fiscalização
Permitir que o vigilante exerça suas atividades sem os equipamentos de proteção
individual necessários ao desempenho do trabalho em ambientes que possam causar
riscos à sua incolumidade, tais como capacetes, botas, óculos, cintos especiais e outros
necessários.
Permitir que o vigilante exerça suas atividades sem o uniforme.
Permitir que o vigilante utilize o uniforme fora do serviço.
Alterar seus atos constitutivos ou o modelo do uniforme dos vigilantes, sem prévia
autorização do DPF.
Permitir a utilização de cães que não atendam às exigências específicas previstas na
portaria.
Não possuir, manter desatualizado ou utilizar irregularmente os livros de registro e
controle de armas e de munições, ou equivalente.
Permitir o tráfego de veículo especial de transporte de valores com o Certificado de
Vistoria vencido.
14
Alterar o local onde o veículo especial estiver operando, sem prévia comunicação à
DELESP ou CV.
Proceder à desativação ou reativação do veículo especial, em desacordo com o
procedimento previsto no art. 28 desta portaria.
Deixar de comunicar à DELESP ou CV a desativação temporária de veículo especial.
Possuir, em seu quadro, mais de 5% (cinco por cento) e menos de 20 % (vinte por cento)
de vigilantes sem CNV ou com a CNV vencida.
Pena aplicável R$ 500 a R$ 1250 (UIR) se não for reincidente.
Utilizar em serviço armamento, munição ou outros produtos controlados que não sejam
de sua propriedade.
Adquirir, a qualquer título, armas, munições ou outros produtos controlados, de pessoas
físicas ou jurídicas não autorizadas à sua comercialização.
Alienar, a qualquer título, armas, munições ou outros produtos controlados, sem prévia
autorização do DPF.
Guardar armas, munições ou outros produtos controlados que não sejam de sua
propriedade.
Guardar armas, munições ou outros produtos controlados em local inadequado.
Negligenciar na guarda ou conservação de armas, munições ou outros produtos
controlados.
Permitir que o vigilante utilize armamento ou munição fora do serviço.
Realizar o transporte de armas ou munições sem a competente guia de autorização;
Permitir que o vigilante desempenhe suas funções fora dos limites do local do serviço,
respeitadas as peculiaridades das atividades de transporte de valores, escolta armada e
segurança pessoal.
Utilizar vigilante desarmado ou sem coletes à prova de balas em estabelecimentos
Financeiros que realizam guarda de valores ou movimentação de numerário, ou em
serviço de transporte de valores.
Deixar de comunicar à DELESP ou CV, no prazo de 05 (cinco) dias, a transferência da
posse ou da propriedade de veículo especial de transporte de valores.
Transferir a posse ou propriedade de veículo especial à empresa que não possua
autorização para atuar na atividade de transporte de valores.
Utilizar veículos comuns, destinados à atividade de escolta armada, em desacordo com
desta portaria.
Dar outra destinação às armas e munições adquirida para fins de.
Formação, reciclagem ou extensão dos vigilantes ou para o exercício da atividade de
segurança privada autorizada.
Executar atividade de segurança privada em desacordo com a autorização expedida
pelo DPF.
Executar ou contribuir, de qualquer forma, para o exercício da atividade de segurança
privada não autorizada.
Impedir ou dificultar o acesso dos policiais da DELESP ou CV às suas dependências e
instalações, quando em fiscalização.
Declarar fato inverídico ou omitir fato verdadeiro ao DPF.
Continuar funcionando durante o período de proibição temporária de funcionamento.
Pene aplicável 1.251 a 2.500 se não for residente.

15
Proibição Temporária de Funcionamento
É punível com a pena de proibição temporária de funcionamento, que variará entre 03
(três) e 30 (trinta) dias, a empresa especializada e a que possui serviço orgânico de
segurança que realizar qualquer das seguintes condutas.
Incluir estrangeiro na constituição societária ou na administração da empresa, sem
amparo legal.
Ter na constituição societária, como sócio ou administrador, pessoas que tenham
condenação criminal registrada.
Não possuir pelo menos 02 (dois) veículos especiais em condições de tráfego, para as
empresas que exerçam a atividade de transporte de valores.
No caso de aplicação da pena de proibição temporária de funcionamento, as
Armas, munições, coletes à prova de balas e os veículos especiais deverão ser lacrados
pela DELESP ou CV, permanecendo, pelo período que durar a proibição, em poder da
empresa, mediante lavratura de termo de fiel depositário.
Na hipótese de regularização após a lavratura do auto de infração, e antes do trânsito
em julgado da decisão, a pena de proibição temporária de funcionamento poderá ser
convertida na pena de multa,
Se a empresa temporariamente proibida de funcionar não sanar, dentro do prazo de
cumprimento da pena, as irregularidades apontadas no processo administrativo que deu
origem à punição, será instaurado o competente processo de cancelamento da
autorização de funcionamento.

Cancelamento de funcionamento
É punível com a pena de cancelamento da autorização de funcionamento a empresa
especializada e a que possui serviço orgânico de segurança que realizar qualquer das
seguintes condutas.
Seus objetivos ou circunstâncias relevantes indicarem a prática de atividades ilícitas,
contrárias, nocivas ou perigosas ao bem público e à segurança do Estado e da
coletividade.
Possuir capital social integralizado inferior a 100.000 (cem mil) UFIR.
Deixar de comprovar, nos prazos previstos nos arts. 4º, § 1º e 14, § 2º, a contratação do
efetivo mínimo de vigilantes, necessário à atividade autorizada.
Deixar de possuir instalações físicas adequadas à atividade autorizada, conforme
aprovado pelo certificado de segurança.
Ter sido penalizado pela prática da infração prevista no art. 125, XXIII, e não regularizar
a situação após 30 (trinta) dias, contados do trânsito em julgado da decisão.
Deixar de sanar, dentro do prazo de cumprimento da pena, as irregularidades que
ensejaram a proibição temporária de funcionamento. A contumácia e outros.

Auto de Infração
A DELESP ou CV realizará fiscalizações nas empresas especializadas, nas que
possuem serviço orgânico de segurança e nos estabelecimentos financeiros, iniciando-
se:

16
De ofício, a qualquer tempo ou por ocasião dos requerimentos apresentados pelas
empresas especializadas, pelas que possuem serviço orgânico de segurança ou pelos
estabelecimentos financeiros.
Mediante solicitação da CGCSP, das entidades de classe ou dos órgãos de segurança
pública.
Mediante representação, havendo suspeita da prática de infrações administrativas.
Para os fins deste capítulo, observar-se-ão os prazos prescricionais previstos na Lei nº
9.873, de 23/11/1999. Constatada a prática de infração administrativa, a DELESP ou CV
lavrará. O respectivo Auto de Constatação de Infração e Notificação contendo data, hora,
local e descrição do fato, qualificação dos vigilantes e outras circunstâncias relevantes,
indicando o dispositivo normativo infringido, ressaltando-se que em caso de concurso
material de infrações será lavrado um ACI para cada infração constatada Para fins de
prova da infração, a DELESP ou CV poderá arrecadar os materiais utilizados, inclusive
armas, munições e coletes à prova de balas, realizarem fotografias, tomar depoimentos
de testemunhas ou vigilantes, assim como realizar outras diligências que se fizerem
necessárias, e outros.

Execução não Autorizada de Atividade de Segurança


Privada:
A execução não autorizada das atividades de segurança privada por pessoa física ou
jurídica, através de qualquer forma, implicará a lavratura do auto de encerramento
respectivo.
No caso de constatação de serviços não autorizados, a DELESP ou CV.
Deverá, para fins de prova, arrecadar as armas e munições utilizadas, podendo realizar
fotografias, tomar depoimentos de testemunhas ou vigilantes, bem como realizar outras
diligências que se fizerem necessárias
Notificará o responsável pela atividade, entregando cópia do auto de encerramento e dos
Autos de arrecadação lavrados, consignando o prazo de 10 (dez) dias para a
apresentação de defesa escrita.
Notificará, ainda, o tomador dos serviços, caso haja, entregando cópia do auto
respectivo, de que poderá ser igualmente responsabilizado caso contribua, de qualquer
modo, para a prática de infrações penais possivelmente praticadas pelo contratado.
Findo o prazo previsto para a apresentação da defesa, a DELESP ou CV decidirá
fundamentadamente sobre o encerramento das atividades notificando o autuado, e
outros.

Disposição Final
As atividades de vigilância patrimonial, de transporte de valores, de escolta armada e de
segurança pessoal poderão ser executadas por uma mesma empresa, desde que
devidamente autorizada em cada uma destas atividades.
Verificar a legislação acerca do pleito é função do supervisor de segurança patrimonial.

17
(3.0) Noções de Direito Trabalhista

 SURGIMENTO DO DIREITO DO TRABALHO


Com o surgimento da sociedade industrial e o trabalho assalariado, o Direito do Trabalho se
origina na Inglaterra, em meados do século XVIII, com passagem da manufatura para a
indústria mecânica.
A introdução de máquinas e mecanismos causa uma revolução produtiva, há um progresso
tecnológico, o novo sistema industrial transforma as relações sociais criando duas novas
classes para seu funcionamento: empresários, que são os proprietários dos capitais, prédios,
máquinas matérias primas, e os operários, que possuíam a força do trabalho, em troca do
salário.
Os trabalhadores nas indústrias emergentes, muitos deles imigrantes, insatisfeitos com as
péssimas condições de trabalho, com tradição sindicalista européia, passaram a exigir
medidas de proteção legal; até cerca de 1920, a ação dos anarquistas repercutiu fortemente
no movimento trabalhista.
Com os sindicatos, iniciaram-se os movimentos dos trabalhadores prevalecendo à vontade da
coletividade, nascendo então às greves, aparecendo então os contratos coletivos de trabalho.
No Brasil, a escravidão é a primeira forma de trabalho conhecida, e nesta fase não havia
direitos, pois os escravos não eram considerados pessoas capazes de adquiri-los.
Mas, com a imigração e a abolição da escravatura, no final do século XIX, provocou-se a
formação de um mercado de trabalho assalariado nas cidades, mercado heterogêneo,
formado por crianças, mulheres e homens.
A política de trabalho surgiu da Era Vargas (1930-1945), pela carência de leis existentes na
época, Getulio Vargas, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e a Justiça do
Trabalho, para arbitrar conflitos entre patrões e empregados.
A legislação instituída era extensa para o proletariado, e estas foram incorporadas à
Constituição da época, a de 1934, e posteriormente organizadas no regime da CLT ─
Consolidação das Leis do Trabalho ─, que em 10 de novembro de 1943, passou a ter
vigência.

 NATUREZA JURÍDICA: As normas do Direito do Trabalho pertencem ao ramo do direito


privado, pois a relação entre empregado e empregador é de natureza contratual, de
origem nas relações civis e comerciais; mas algumas normas são de ordem pública.
 CONCEITO DE DIREITO DO TRABALHO: É o conjunto de princípios, normas e
instituições aplicáveis às relações individuais e coletivas de trabalho subordinado e
situações equiparáveis, tendo em vista a melhoria das condições sociais do trabalhador.

Divisão
 Direito individual do trabalho: o ramo que tem por objeto as relações individuais, ou
seja, entre empregado e empregador, observando os direitos cabíveis.
 Direito coletivo do trabalho: é o ramo que se ocupa do estudo das relações coletivas
de trabalho, envolvendo as categorias de empregado e empregador, organização
sindical.

18
FONTES
Art. 8º CLT, São fontes do direito do trabalho: a Constituição Federal, as Leis Ordinárias,
as Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), os Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs),
as sentenças normativas, os regulamentos de empresas, a jurisprudência, a doutrina e
os costumes.

PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO


 Os princípios são vertentes, fundamentos que firmam este ramo do direito servindo de
critério para sua exata compreensão e são estes:
 Da proteção do trabalhador: sempre deve se aplicar a norma mais favorável ao
trabalhador, bem como a manutenção da condição mais benéfica, ou seja, in dúbio pro
operário.
 Irrenunciabilidade de direitos: os direitos trabalhistas são irrenunciáveis, pois
representam as condições mínimas do empregador, e as normas trabalhistas têm caráter
público. (Art. 9º, 444, 468 CLT).
 Continuidade da relação de emprego: salvo prova em contrário, o contrato de trabalho
é tido como ajustado por tempo indeterminado.
 Primazia da realidade: neste ramo jurídico se privilegia o fato real do que aquilo que
consta de documentos formais.

CONTRATO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE


TRABALHO

 CONCEITO DE CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO: É o negócio jurídico em que


uma pessoa física se obrigar a realizar atos, executar obras ou prestar serviços para
outra e sob dependência desta, durante um período determinado ou indeterminado de
tempo, mediante o pagamento de uma remuneração, em forma voluntária.

NATUREZA JURÍDICA
A teoria que fundamenta esta relação é de contratualismo, que considera a relação entre
empregado e empregador um contrato; o seu fundamento reside numa tese: a vontade
das partes é a causa insubstituível e única que pode constituir o vínculo jurídico. A lei
brasileira define a relação entre empregado e empregador como um contrato, mas afirma
que o contrato corresponde a uma relação de emprego.
 Quanto à forma: pode ser verbal ou escrito, a relação jurídica pode ser formada pelo
ajuste expresso escrito, pelo ajuste expresso verbal ou pelo ajuste tácito.
 Quanto à duração: há contratos por prazo indeterminado e contratos por prazo
determinado; a diferença entre ambos depende simplesmente de ver se na sua formação
as partes ajustaram ou não o seu termo final; se houve o ajuste o quanto ao termo final,
o contrato será por prazo determinado; a forma comum é o contrato por prazo
indeterminado. No tocante aos direitos dos empregados contratados por prazo

19
determinado, o empregado não recebe aviso prévio e a multa de 40% do FGTS (que
seria uma forma de indenização).
 Por outro lado possui o direito às férias, ao 13º salário e a levantar o FGTS. Além
disso, o empregado, ao ser dispensado, receberá eventual indenização correspondente
à metade dos salários do período restante do contrato de trabalho. Do contrário, se o
empregado pede demissão antes do prazo, a indenização corresponde aos prejuízos
causados ao empregador, sendo a indenização limitada, possuindo como teto a metade
do salário do período que faltava para o término do contrato. Por último, é possível, por
determinação legal, a rescisão recíproca, assegurando as partes os direitos de rescindir
o contrato unilateralmente e antecipadamente ao término do contrato, não havendo,
nesse caso que se falar em indenização.
 Contrato de trabalho individual: é o acordo, tácito ou expresso, formado entre
empregador e empregado, para a prestação de serviço pessoal, contendo os elementos
que caracterizam uma relação de emprego.
 Contrato de trabalho coletivo: é o acordo de caráter normativo, formado por uma ou
mais empresas com entidades sindicais, representativas dos empregados de
determinadas categorias, visando a autocomposição de seus conflitos coletivos.

SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO


 Empregado: é a pessoa física que presta pessoalmente a outrem serviços não
eventuais, subordinados e assalariados, devendo preencher os seguintes requisitos para
sua caracterização:
 Pessoa física: empregado é pessoa física e natural;
 Pessoalidade: o trabalho deve ser realizado pessoalmente pelo empregado;
 Salário: em trabalho beneficente não há relação de emprego;
 Continuidade: empregado é um trabalhador não eventual;
 Subordinação: empregado é um trabalhador cuja atividade é exercida sob dependência
sendo esta a característica mais importante.

Tipos de Trabalhadores e Distinções


Existem outras pessoas que exercem atividades, mas que não são regidas pela CLT, e
diferente do empregado possuem outros regimes legais:
 Aprendiz: não é empregado, é o menor entre 14 e 18 anos, que recebe formação
profissional no trabalho ou é matriculado em curso do Serviço Nacional de
Aprendizagem. A remuneração é o salário mínimo hora, e a jornada não excede a seis
horas;
 Doméstico: é aquele que presta serviço de natureza contínua e de finalidade não
lucrativa à pessoa ou família, no âmbito residencial destas (motorista, jardineiro, babá,
cozinheira). Os direitos trabalhistas deste são: salário mínimo, irredutibilidade salarial,
13º salário, repouso semanal remunerado, férias anuais com adicional de 1/3, licença
maternidade ou paternidade, aviso prévio, aposentadoria. Mas não possuem os
seguintes direitos: FGTS (optativo ao empregador), horas-extras, jornada de trabalho
8h/dia, proteção na relação de trabalho contra despedida arbitrária, seguro-desemprego,
adicionais noturnos, de insalubridade, periculosidade, sobreaviso ou de transferência,

20
salário família, assistência aos dependentes, seguro contra acidente de trabalho e
licença maternidade por adoção.
 Autônomo: o elemento de distinção é a subordinação, pois o autônomo trabalha sem
subordinação, assumindo o risco de sua atividade econômica, é pessoa física também,
atuando sem fiscalização de horário; e a cada atividade este emite um documento
denominado RPA (recibo de pagamento autônomo), devendo ser inscrito no órgão de
classe respectivo, como OAB, CRO, CRM, e recolher contribuição obrigatória ao INSS.
São autônomos, por exemplo: advogado, médico, engenheiro, vendedor, representante
comercial, eletricista, encanador, chaveiro, pintor, marceneiro.
 Avulso: é o trabalhador portuário, cujos serviços eram prestados com intermediação dos
sindicatos. Hoje existe a OGMO (Órgão de Gestão de Mão de obra) do trabalho
portuário, estabelecendo as regras para atividades como capatazia, estiva, conferência
de cargas, conserto, bloco e vigilância de embarcações, nos portos organizados. Apesar
de não serem empregados a Constituição Federal, no art. 7º, assegura direitos
semelhantes.
 Temporário: é aquele contratado por uma empresa especializada em locações de mão
de obra, para suprir necessidades transitórias dos clientes e para acréscimo
extraordinário de tarefas, por exemplo: contratação pelas lojas no período de festas.
Algumas regras devem ser observadas: o contrato de trabalho é sempre escrito, o prazo
máximo é de três meses, (prorrogáveis somente com autorização do Ministério do
Trabalho), a remuneração deve ser equivalente à recebida pelos empregados da mesma
categoria da empresa tomadora, jornada de oito horas com no máximo duas horas
extras, repouso semanal remunerado, adicional por trabalho noturno, FGTS e proteção
previdenciária. Mas este trabalhador não tem direito a: 13º salário, aviso prévio, multa de
40% do FGTS.
 Empregado rural: é o trabalhador que presta serviços em propriedade rural,
continuadamente e mediante subordinação ao empregador, assim entendida, toda
pessoa que exerce atividade agroeconômica; o contrato de trabalho rural pode ter
duração determinada e indeterminada; são admitidos contratos de safra; seus direitos
que já eram praticamente igualados aos do urbano, foram pela CF/88 totalmente
equiparados; o trabalhador de indústria situada em propriedade rural é considerado
industriário e regido pela CLT e não pela lei do trabalho rural (TST, Enunciado nº. 57);
são estes: o tratorista, o colono, o motorista, o médico veterinário que desempenham
funções para empregador rural.
 Cooperado: é a espécie de trabalhador que agrupado a outros, forma uma sociedade
civil sem fins lucrativos, não havendo vinculo empregatício entre a sociedade cooperativa
e os associados, nem entre os associados e os tomadores de serviços, por viverem num
regime de colaboração; mas as sociedades cooperadas devem observar dois princípios:
da dupla qualidade, em que o cooperado é ao mesmo tempo cliente e cooperado, e
retribuição pessoal diferenciada, pois a existência das cooperativas se dá pelo aumento
no trabalho e atividades humanas.
 Terceirizado: é a transferência legal do desempenho de atividades de determinada
empresa, para outra empresa, que executa as tarefas contratadas, de forma que não se
estabeleça vínculo empregatício entre os empregados da contratada e a contratante; é
permitida a terceirização de atividade-meio (aquelas que não coincidem com os fins da
empresa contratante) e é vedada a de atividades-fim (são as que coincidem).

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 Diretor de sociedade: não é empregado; é mandatário, pois a relação jurídica que o
vincula à sociedade é de mandato e não de emprego, mas para caracterização é
fundamental a subordinação.
 Empregador: é a pessoa física ou jurídica que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços, equiparando-se a
este o profissional liberal, a instituição de beneficência, as associações recreativas e
outras instituições sem fins lucrativos.

O Empregador Possui Alguns Instrumentos Jurídicos


 Poder de direção: atribuída ao empregador de determinar o modo como a atividade do
empregado, em decorrência do contrato de trabalho, deve ser exercida.
 Poder de organização: consiste na ordenação das atividades do empregado, inserindo-
as no conjunto das atividades da produção, visando a obtenção dos objetivos
econômicos e sociais da empresa; a empresa poderá ter um regulamento interno para
tal; decorre dele a faculdade de o empregado definir os fins econômicos visados pelo
empreendimento.
 Poder de controle: é o direito de o empregador fiscalizar as atividades profissionais dos
seus empregados; justifica-se, uma vez que, sem controle, o empregador não pode ter
ciência de que, em contrapartida ao salário que paga, vem recebendo os serviços dos
empregados.
 Poder de disciplina: consiste no direito de o empregador impor sanções disciplinares
ao empregado, de forma convencional (previstas em convenção coletiva) ou estatutária
(previstas no regulamento da empresa), subordinadas à forma legal como a suspensão
disciplinar e a advertência; o atleta profissional é ainda passível de multa.

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS)


Sua natureza é a prova do contrato de trabalho, pois tanto nas relações de emprego
verbalmente ajustadas como naquelas em que há contrato escrito, haverá, além do
contrato com as cláusulas combinadas, a carteira; quanto a sua obrigatoriedade,
nenhum empregado pode ser admitido sem apresentar a carteira, e o empregador tem o
prazo legal de 48 horas para as anotações, devolvendo-a em seguida ao empregado, as
anotações efetuadas na carteira geram presunção relativa quanto à existência da
relação de emprego; serão efetuadas pelo empregador, salvo as referentes a
dependentes do portador para fins previdenciários, que serão feitas pelo INSS, bem
como as de acidentes de trabalho. No que concerne ao registro, a lei obriga o
empregador a efetuar o registro de todo empregado em fichas, livros ou sistema
eletrônico, porque tem a natureza de prova do contrato, é documento do empregador,
prestando-se para esclarecimentos solicitados pela fiscalização trabalhista da DRT.

Capacidade Do Empregado E Nulidade Do Contrato


Qualquer pessoa pode ser contratada, contudo menores de 18 anos dependem de
autorização do pai ou responsável legal (CLT, Art. 402), visto que depende dele para

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obter a carteira profissional. A CLT proíbe o trabalho do menor de 12 anos, a CF/88,
elevou essa idade para 14, salvo em se tratando de aprendiz; mesmo quando o contrato
é nulo, por ser o agente incapaz, os direitos trabalhistas são assegurados ao
trabalhador.

ALTERAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE TRABALHO E


REMUNERAÇÃO
 A CLT faz restrições referentes às alterações nos contratos individuais de trabalho
apregoando que só podem ser realizadas por mútuo consentimento e mesmo assim, se
não resultarem em prejuízos diretos ou indiretos aos empregados. Além disso, existem
dois princípios regentes e basilares para alteração do contrato, que devem ser
respeitados.
 Princípio legal da imodificabilidade: determina que nenhuma condição de trabalho
deve ser alterada unilateralmente, sem que tenha a anuência da parte contrária; e tais
modificações serão lícitas se não trouxerem qualquer tipo de prejuízo ao empregado.
 Princípio doutrinário do Jus variandi: é o direito do empregador, em casos
excepcionais, de alterar, por imposição e unilateralmente, as condições de trabalho dos
seus empregados; fundamenta alterações relativas à função, ao salário e ao local da
prestação de serviços.

SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO


 Suspensão do contrato de trabalho: é a paralisação temporária do contrato de
trabalho, em que o empregador não está obrigado ao pagamento do salário ou a contar
o tempo de serviço.
 São exemplos de suspensão do contrato de trabalho: falta injustificada, auxílio
doença após 15º dia, cessando obrigações de o empregador efetuar o pagamento do
salário, que passará a ser feito pelo INSS, afastamento do empregado, sem
remuneração, e a seu pedido, período de greve, salvo acordo ou convenção coletiva,
laudo arbitral ou sentença normativa dispondo contrário.

Interrupção Do Contrato De Trabalho
Também é uma paralisação temporária, mas aqui o empregador tem o dever legal de
remunerar os dias de afastamento e de contar o seu tempo de serviço. São os casos,
por exemplo, de: auxilio doença até o 15º dia, período de férias, descanso semanal
remunerado (DSR), licença à gestante ou paternidade, faltas justificadas, serviço militar.

TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADO
Conceito legal de transferência: é o ato pelo qual o empregado passa a trabalhar em
outra localidade, diferente da que resultar do contrato, desde que importar em mudança
do seu domicílio.
 A transferência será lícita: se houver a concordância do empregado pois, sem sua
anuência é lícita a transferência em caso de necessidade de serviço, mediante o
pagamento de adicional de transferência de 25%, e ocorrendo a extinção do
estabelecimento em que trabalhar o empregado. Além do requisito do consentimento do
23
empregado, faz-se necessária a demonstração da necessidade de prestação de serviços
em outra localidade para que haja a transferência.

REMUNERAÇÃO
 Salário: é a soma de todas as atribuições econômicas pagas diretamente pelo
empregador ao empregado como contraprestação pelo trabalho realizado, devendo
estas ser em parcelas fixas e variáveis. É a soma de tudo aquilo que é pago com
habitualidade, exemplo, horas extras, prêmio, adicional noturno desde que habituais. As
parcelas variáveis são de dois tipos: ajuda de custo, paga pelo empregador com a
finalidade de cobrir despesas do empregado, devendo este prestar contas, e esta tem
natureza indenizatória; diária é o segundo tipo de parcela, sendo o valor fixo pago ao
empregado, sendo desnecessária a prestação de contas do valor recebido, por parte do
empregado.
 Remuneração: é a soma do salário e dos valores que o empregado recebe
habitualmente de terceiros, é o caso por exemplo, da gorjeta. A distinção importa para
alguns títulos contratuais que usam como base aquela primeira, por exemplo: aviso
prévio, hora extra, adicional noturno e de insalubridade, são pagos somente sobre o
salário. Já 13º salário, férias e FGTS são calculados sobre a remuneração.
 Proventos: é o beneficio pago pela previdência ao inativo.

Meios De Pagamento
Via de regra o salário deve ser pago em moeda corrente do país, mas na zona urbana
poderá ocorrer o pagamento em cheque ou depósito em conta bancária. Também é meio
de pagamento o salário em utilidades, ou seja, são fornecidas pelo empregador ao
empregado com contraprestação ao serviço realizado: alimentação, vestuário, contudo,
pelo menos 30% do salário deverão ser pagos em dinheiro. E vale mencionar que
instrumentos de trabalho, como uniforme, educação, transporte ida e volta do trabalho,
assistência médica hospitalar, seguro de vida, previdência privada, não integram o
salário.

Normas Gerais e Protetivas Ao Salário


O salário poderá ser reduzido somente por convenção ou acordo coletivo, sendo
intangível, mas se houver dano causado pelo empregado, os descontos são lícitos. Os
salários são impenhoráveis, salvo para pagamento de pensão alimentícia, que são
vertentes do salário: a irredutibilidade salarial, inalterabilidade, intangibilidade e
impenhorabilidade. O princípio da isonomia salarial deve ser observado, pois
empregados que cumprem as mesmas funções, na mesma localidade, e com o mesmo
empregador, devem receber salários iguais.

FGTS
Visa a proporcionar recursos que, administrados pela Caixa Econômica Federal, são
investidos em habitação, saneamento básico, infra-estrutura urbana e na construção de
habitações populares. É o depósito bancário de 8% da remuneração do empregado, em
conta bancária vinculada, como se fosse uma “poupança” ao empregado, para levantá-la
24
nas hipóteses legais, por exemplo, dispensa sem justa causa. Tal valor deve ser
recolhido até o dia 7º de cada mês. Os beneficiários deste são os empregados
contratados pelo regime da CLT, os avulsos, os empregados rurais e os trabalhadores
temporários; contudo servidores públicos civis ou militares, trabalhadores eventuais ou
autônomos, não fazem jus a este benefício. Os casos de saques destes
valores estão disponíveis em lei, são alguns destes: falecimento do trabalhador, doença
grave, despedida imotivada, aposentadoria e outros.

Décimo Terceiro Salário


É uma gratificação compulsória por força de lei e tem natureza salarial, foi criado pela Lei
4090/62, como um pagamento a ser efetuado no mês de dezembro e no valor de uma
remuneração mensal. Para o empregado que não trabalha todo o ano, seu valor é
proporcional aos meses de serviço, na ordem de 1/12 por mês, considerando-se a fração
igual ou superior a 15 dias como mês inteiro, desprezando-se a fração menor; a Lei
4749/65 desdobrou em dois seu pagamento; a 1ª metade é paga entre os meses 02 e
11, a 2ª até 20/12.

Formas Especiais de Salário


São representados pelos adicionais, que são acréscimos salariais decorrentes da
prestação de serviços em condição mais gravosa para quem o presta, podendo ser
pagos concomitantemente, salvo o adicional de periculosidade e insalubridade.

JORNADA DE TRABALHO
Este é o tempo em que o empregado está à disposição do empregador em razão do
contrato de trabalho, executando ordens. A CF, no art. 7º prevê a duração de trabalho
não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultadas a
compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva. Algumas profissões possuem jornadas especiais e diferenciadas, por exemplo:
cabineiro de elevador, operador cinematográfico, bancários, empregados no serviço de
telefonia, ferroviários, jornalistas. É admitida legalmente a prorrogação da jornada de
trabalho em qualquer situação, mas a lei fixa o adicional de 50%. E se tal prorrogação
estiver prevista no contrato, o empregado deverá cumpri-la, mas existem duas hipóteses
em que a prorrogação é obrigatória: serviço inadiável, o que não pode ser interrompido,
exemplo, serviço de concretagem e, por motivo de forca maior, é o imprevisto, por
exemplo: explosão.

SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO


Quem previne, poupa. O Brasil gasta anualmente R$ 20 bilhões com acidentes e
doenças de trabalho, portanto, oferecer condições de segurança tornou-se requisito
obrigatório às empresas que desejam ser competitivas. Com a segurança, saúde e
qualidade de vida no trabalho, diretamente ligadas à responsabilidade social da
empresa, é preciso aliar os investimentos em prevenção, com a formação e treinamento
de trabalhadores e profissionais da área. Porém, os reflexos não param aí. O simples
pagamento do adicional de insalubridade ou periculosidade, não exime a empresa da
responsabilidade por acidente do trabalho ou doença ocupacional (que, atualmente, está
25
equiparada ao acidente do trabalho), isto é, mesmo pagando o adicional insalubridade
por ruído excessivo, a empresa não se furta de indenizar o trabalhador acometido de
doença ocupacional e que ficar inapto ao trabalho.
As vultosas quantias exigidas a título de indenização por acidente do trabalho têm feito
as empresas tornarem-se mais atentas ao cumprimento da legislação trabalhista,
particularmente das Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.
A inobservância da legislação, por si só, sujeita a empresa a uma série de sanções,
desde a lavratura de autos de imposição de multas, até o embargo ou interdição nos
casos de risco iminente à vida do trabalhador. Finalmente, constituindo-se em mais uma
pena econômica à empresa, a Previdência Social resolve elevar o valor do seguro de
acidente do trabalho, em 6,9 ou 12%, para aquele trabalhador que se utilize da
aposentadoria especial em, respectivamente, 25, 20 ou 15 anos de trabalho. Assim, ou a
empresa torna o local de trabalho saudável, eliminado a aposentadoria especial de seus
empregados ou arca com parcela deste custo, que até bem pouco tempo era imposto à
Previdência Social.

Segurança Do Trabalho
É o conjunto de medidas que versam sobre condições específicas de instalação do
estabelecimento e de suas máquinas, visando à garantia do trabalhador contra natural
exposição aos riscos inerentes à prática da atividade profissional.
 Higiene do trabalho: É uma parte da medicina do trabalho, restrita às medidas
preventivas, enquanto a medicina abrange as providências curativas; é a aplicação dos
sistemas e princípios que a medicina estabelece para proteger o trabalhador, prevendo
ativamente os perigos que, para a saúde física ou psíquica, se originam no trabalho; a
eliminação dos agentes nocivos ao trabalhador constitui o objeto principal da higiene
laboral.

Obrigações Da Empresa
 Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho, instruir os
empregados, por meio de ordens de serviço, relativamente às precauções a tomarem, no
sentido de evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; adotar as medidas
determinadas pelo órgão regional competente; facilitar o exercício da fiscalização pela
autoridade competente.

Obrigações Do Empregado
Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais
e colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos legais envolvendo segurança e
medicina do trabalho.

Insalubridade
São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condição ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente
e do tempo de exposição aos seus efeitos, o exercício do trabalho em condições
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insalubres assegura ao trabalhador o direito ao adicional de insalubridade, que será de
40, 20 ou 10%, do salário mínimo regional. Esta poderá ser neutralizada ou eliminada
por intermédio da adoção de medidas especiais ou pela utilização de equipamento de
proteção individual. A classificação do grau de insalubridade em mínimo, médio ou
máximo deve ser realizada através de perícia a cargo de médico do trabalho ou
engenheiro do trabalho, devidamente registrado no Ministério do Trabalho.
 Vale mencionar que o adicional de periculosidade não se cumula com o de
insalubridade, logo o empregado deverá optar, pelo adicional que lhe for mais favorável.

Periculosidade
 São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, por sua natureza ou
métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos,
em condições de risco acentuado e o trabalho nessas condições, dá ao empregado o
direito ao adicional de periculosidade, cujo valor é de 30% sobre seu salário contratual.
Também são inclusas nesta categoria atividades com energia elétrica, operações
perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas. O adicional devido à
categoria independe se a exposição é intermitente ou permanente. Também deve ser
apurada através de perícia a cargo do médico do trabalho ou engenheiro do trabalho
devidamente inscrito nos órgãos.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO
 Aspectos constitucionais: na CF/88, há nítida valorização do Direito Previdenciário, ao se
trazer para o seu bojo um capítulo versando sobre a Seguridade Social. A partir desse
momento a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde passaram a fazer parte
do gênero Seguridade Social, o que não era previsto antes, constituindo, dessa forma,
um ramo específico do Direito Constitucional, a Seguridade Social se fortaleceu com
princípios próprios, aplicáveis aos benefícios previdenciários e assistenciais. A
seguridade social visa ao bem estar social, para que se preserve a dignidade da pessoa
humana, e aquela que é vista como um sistema composto de vários subsistemas, que
são:
 Saúde: é um direito de todos e dever do Estado garanti-la ao seres humanos e preservá-
la na medida do possível, por isso a previsão constitucional da criação do SUS (Sistema
Único de Saúde), em que se busca uma ação conjunta entre os entes da federação.
 Assistência social: este também é direito de todos, representada por um conjunto de
atividades estatais voltadas para o atendimento dos hipossuficientes beneficiando-os
com dinheiro, assistência à saúde, fornecimento de alimentos, com os seguintes
objetivos: proteger a família, maternidade, infância, adolescência e velhice entre outras.
O INSS atua nesta área, quando cede um salário beneficio à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso, que não consiga se sustentar.
 Previdência social: é um sistema organizado de forma geral, de caráter contributivo e
filiação obrigatória, visando a cobertura dos riscos de doenças, invalidez, morte e idade
avançada, entre outros. Esta é administrada pelo INSS.
 Sistemas de financiamento dos benefícios: são dois, os sistemas de capitalização e o
de repartição. Capitalização é a formação de capital financiador das prestações futuras;
tem origem nos critérios que são observados nos seguros privados; repartição é a

27
distribuição imediata dos recursos captados, o que é feito em curto prazo, sem
capitalização, evitando-se a depreciação do capital que se forma.
 Plano de Custeio: é o programa orçamentário das arrecadações dos recursos que vão
financiar os sistemas e que tem um aspecto macro, que envolve problemas sobre renda
nacional e redistribuição; no aspecto micro, o plano consiste na definição das pessoas
que estarão obrigadas a efetuar o recolhimento de contribuições.
 Sistemas de custeio: compreendem o estudo das bases de contribuições, dos
recolhimentos, dos obrigados ao custeio e dos tipos de custeio a cargo de cada pessoa;
a seguridade deve ser financiada por toda a sociedade.
 Contingências: são as situações que devem ser protegidas, as mais comuns são a
alteração da saúde de uma pessoa, a incapacidade para o trabalho, a velhice, o
desemprego, as necessidades familiares e, dentre estas, a morte, protegendo-se os
dependentes; os tipos de benefícios guardam correspondência com as contingências
protegidas.
 Seguridade complementar: é a permissão do Estado para que, além do sistema oficial,
coexistam sistemas confiados à iniciativa privada; funda-se na constatação de que o
Estado não tem condições de prover às necessidades de toda a população ou provê-las
de modo adequado.
 Custeio do Sistema: é o estudo e a definição legal do financiamento do sistema de
previdência e assistência social, das pessoas que devem pagá-lo, dos critérios que
devem ser adotados para a captação dos recursos e dos respectivos valores
correspondentes aos diversos pagamentos; a CF/88 deixa bem claro os três princípios
informadores de sua estrutura:
 Universalidade de cobertura, significando que todos devem contribuir;
A equanimidade na forma de participação no custeio, regra de justiça social cuja
finalidade é distribuir os ônus adequadamente, de modo que a maior participação deve
ser exigida daqueles que estão em condições de pagar mais; A diversidade da base de
financiamento, forma de ampliar os critérios adotados para a obtenção dos recursos, não
os limitando a uma única forma de obtenção. O financiamento da seguridade social
resulta das receitas provenientes da União, das contribuições sociais e de outras fontes
(Leis, 8.221/91, 8.444/92 e 9.032/95).
 Beneficiários da previdência social: são segurados obrigatórios da Previdência Social,
as pessoas físicas que estão enumeradas no art. 11 da Lei 8.213/91 e no Decreto
611/92); os dependentes do segurado, que são as pessoas que, segundo a lei, vinculam-
se economicamente a ele, estão enumerados no art. 16.

BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


São as prestações asseguradas pelo órgão previdenciário aos beneficiários, quer em
dinheiro (auxílios, aposentadoria e pensão) ou em utilidades (serviços e remédios).
 Auxilio-doença: será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de 15 dias consecutivos (art. 59); consistirá numa renda mensal
correspondente a 91% do salário de benefício, respeitado o salário mínimo.
 Aposentadoria por invalidez: será devida ao segurado que, estando ou não em gozo
de auxílio doença for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, ser-lhe-á paga enquanto

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permanecer nessa condição; corresponde a uma renda mensal de 100% do salário de
benefício, inclusive a decorrente de acidente de trabalho.
 Aposentadoria por tempo de serviço: é devida após 35 anos de trabalho ao homem e,
após 30, à mulher; será proporcional aos 30 anos de trabalho para o homem e 25 para a
mulher.
 Aposentadoria por idade: alcançada certa idade o segurado tem direito ao descanso,
como contrapartida dos serviços que prestou durante a vida; é a concedida ao segurado
que completar 65 anos, se homem, e 60, se mulher, reduzidos esses limites para 60 e 55
anos, para os exercestes de atividades rurais.
 Aposentadoria especial: será devida, uma vez cumprida a carência exigida nesta lei,
ao segurado que tiver trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme a atividade
profissional, sujeito as condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física; consistirá numa renda mensal equivalente a
100% do salário de benefício.
 Salário-família: será devido, mensalmente, ao segurado empregado, exceto o
doméstico e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de
filhos ou equiparados (art. 65).
 Pensão por morte: será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer,
aposentado ou não, a contar da data do óbito ou da decisão judicial, no caso de morte
presumida (art.74); a renda mensal é de 100% do salário de benefício.
 Auxílio-reclusão: será devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, sendo
obrigatório, para a manutenção do benefício, a apresentação de declaração de
permanência na condição de presidiário.
 Salário maternidade: é devido a segurada empregada, a trabalhadora avulsa e a
empregada doméstica, durante 28 dias antes e 92 dias depois do parto, observadas as
situações e condições previstas na legislação (art. 71).
 Seguro desemprego: tem a finalidade de prover assistência financeira temporária ao
trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta,
e auxiliar na busca de novo emprego; sua duração é de 3 a 5 meses.
 Acidente de trabalho: é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII, do art. 11 da lei,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (Lei. 8.213/91, art.
19).
 Auxílio acidente: é concedido como indenização, ao segurado, após a consolidação
das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza que impliquem a redução da
capacidade funcional; o seu valor mensal e vitalício é de 50% do salário de benefício; é
devido aos segurados empregados, avulsos e segurados especiais (Lei 9.032/95); o
recebimento de salário ou concessão de outro benefício não prejudicará a continuidade
do recebimento do auxílio acidente.

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(5.0)NOÇÕES SEGURANÇA FÍSICA DE INSTALAÇÕES
O que é Segurança Física de Instalações?

É tudo que direta e indiretamente forma o conjunto de segurança de uma


instalação, “sem exceções”.
O porteiro, o controle de acesso, o vigilante, o sistema de alarmes, o CFTV, as barreiras
físicas perimetrais, naturais e artificiais...

Classificações a serem adotadas:

Recursos Humanos = Vigilância – (orgânica ou terceirizada), porteiro, recepção,


brigada de incêndio – CIPA e etc.
Recurso Animal = Cão de Guarda adestrado, levando em conta se é viável ou não no
local.
Recursos Técnicos = Barreiras Físicas – (muros, cercas, grades, portões, janelas,
iluminação, ofendículos naturais, eletroeletrônicos e mecânicos, sistema de
comunicação, controle de rondas e etc.

Princípios Gerais:

1º. Um Sistema de Segurança deve reduzir ao máximo a demora de intervenção da


defesa e retardar ao máximo as possibilidades de agressão, invasão ou qualquer outro
ato ilícito que venha ocorrer no posto de serviço.
2º. Segurança de Informações ou acessos sigilosos.
3º. Todo Sistema de Segurança, deve comportar, no mínimo, um elemento surpresa
desconhecido e inesperado, para o agressor, como por exemplo: o vigilante fazendo
rondas, sensores de intrusão ou de sirenes, causando nervosismo e desencorajando
possíveis investidas criminosas.
4º. A Segurança exige um entendimento harmonioso no interior da empresa.
5º Vigilância Natural, entendendo-se que de acordo com o desenho da planta do local,
permitindo que estranhos, sejam facilmente observados, maximizando a visibilidade dos
estacionamentos, pedestres, estradas, passeios, principalmente à noite.
6º Reforço territorial / Controle de acesso natural.

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Triângulo do ato ilícito:

Segundo vários autores de obras literárias, a teoria que fundamenta


um ato ilícito somente ocorre se três fatores estiverem presentes:

 DESEJO = está ligado a características culturais ou a


efeitos da propaganda.

 MOTIVAÇÃO = está ligada ao raciocínio, à capacidade


de planejar a ação.

 OPORTUNIDADE = está ligada ao ambiente, à maneira


como as coisas estão dispostas

Grau de Segurança

É determinado pelos seguintes parâmetros:

BDV = Barreiras de Detenção de Veículos, como por exemplo: (portões automáticos,


cones, cancelas, velocidade permitida, organização do estacionamento, faixas refletivas,
lombadas, placas de sinalização e etc.)
CONTROLE DE VEÍCULOS = Cor, tipo, placa, marca, adesivo de identificação da
empresa, principalmente, quando for terceiros e para os funcionários, adesivo no pára-
brisa e se for da frota, anotar, nome do motorista, Km, horário de saída e retorno...
VEÍCULOS DE CARGA = Passiva ou Ativa, toneladas permitida, pesagem, vistorias da
carga e do caminhão, se for o caso e muitos outros padrões, que vai de acordo com a
política de trabalho da empresa...
CONTROLE DE ACESSO = Planilhas dos registros das entradas e saídas, Sistema de
comunicação, Crachá para os funcionários, RG, CPF ou crachá para identificação de
visitantes ou terceiros, que venha adentrar na empresa, detector de metais, guarda
volumes e vistorias visuais...
SISTEMA DE EMERGÊNCIA = Dispositivos acionadores de avisos, que podem
identificar anormalidades no local. O Mesmo existe no Plano de Evacuação de
Emergência.

Treinamento:
Integração da Empresa = Procedimentos e Normas...
Procedimentos = São as ordens a serem cumpridas, mencionadas e publicadas por
circulares internas, naquela empresa.

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Normas = São o que pode e o que não pode ser feito, realizado no ato de trabalho do
P.S.

Planejamento de Segurança Física (Plano):

Em visão mais ampla visa atingir o propósito de: proteger, coibir ou neutralizar ações de
agentes agressores, para isso, tem que fazer uma “análise de risco” do local, levando-se
em consideração os pontos positivos e negativos.
O que vamos proteger (O que protegeremos)?
A que riscos estão sujeitos (Quantos protegerão)?

Iniciando o Plano:

Devemos dimensionar os Meios Humanos, Animais e Técnicos.


Classificação:

Humanos = (Do Presidente da empresa, até chegar ao Vigilante)


Animal = (Cão de Guarda se é viável ou não no local)
Técnicos = (Muros, alarmes, CFTV...)
Anéis de Contenção = Barreira Física, Barreiras Naturais e Artificiais ou Estruturais
(Permanente ou Temporária)
Considerando primeiramente Perímetros = (Limites da Propriedade), que será a
primeira linha contra invasões. A mesma é composta de cercaduras, paredes, CFTV,
iluminação, rondas e patrulhas realizadas pelos vigilantes...
O perímetro de segurança tem efeito psicológico sobre invasores, dificultando suas
ações, as visibilidades das laterais das cercaduras deveram estar limpas (Zona Limpa),
inspecionadas periodicamente em curtos períodos.

Fatores Importantes na Elaboração do Plano


Saber a Atividade Principal da Empresa / Conhecer a Planta da Empresa / Saber do
Plano Estratégico e do Plano Tático de Segurança / Identificar os Pontos Vulneráveis
(Diagnósticos) e Levantar os Riscos.
Após isso: estabelecer ordens de coordenação e organização dos trabalhos a serem
realizados, como por exemplo: Estabelecer os postos de segurança, Controle de Acesso,
Levantar o efetivo necessário, Levantar materiais e equipamentos e Calcular Custos.

Controle de Material e EPI’S

Arquivar tudo o que for registrado e realizado no posto de serviço, por um prazo mínimo
de 02 (Dois) anos. Controlar e organizar a troca de uniformes dos funcionários
(Vigilante), respeitando o dissídio coletivo da categoria, verificar armamento, munições,
cinto, coldre, colete balístico e todo material de apoio.

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Implementação da Segurança:

Indica de que forma os itens de segurança, serão implementados dentro da área da


companhia.
Exemplos: Barreiras de Proteção, Sistema de Iluminação de Proteção, Sistema de
detecção de intrusão, Comunicações e Forças da Segurança.

Plano de Emergência:

São “ações táticas” utilizadas para casos rápidos de ocorrências, na qual são criados, e
colocados dentro do plano de segurança, treinados pelos próprios funcionários
colaboradores da empresa, juntamente com a segurança patrimonial e a segurança do
trabalho, os quais já são capacitados para esse tipo de situação.
Exemplos: Em caso de Incêndio, Alagamentos, Vazamento de produtos químicos,
Desabamento de Estruturas de Alvenarias, Socorro ou Resgate de Funcionários,
Evacuação do local para os pontos de encontro e muitos outros...

Plano de Contingência

É uma segunda opção de resolver os problemas anormais, caso aja falha geral do S.I.S
(Sistema Integrado de Segurança).
Podemos também classificar, como uma sobre saída de fatos emergenciais inesperados,
do qual não poderia acontecer, de forma que o primeiro plano resolveria caso não
falhasse.

Implantação do Plano de Segurança Física de Instalações

Esta é uma das partes mais sensível de passar aos demais da empresa, na qual
teremos que mobilizar tanto o pessoal da área de segurança patrimonial, quanto a todos
os departamentos e setores da empresa, para poder executarem tudo o que foi
elaborado e previsto...

5 w 2H
Técnicas de como descrever e elaborar um relatório, ganhando tempo, até que você
chegue à base e passe a limpo, tudo o que foi rascunhado...

Exemplos:
O QUE? QUEM? QUANDO? ONDE? COMO? POR QUÊ?

(6.0) NOÇÕES SEGURANÇA ELETRÔNICA


PLANO DE SEGURANÇA
Iniciamos nosso aprendizado com um planejamento de segurança, tendo como base
alguns fatores de segurança:

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Sistema de proteção
São dispositivos e atividades implantadas nas empresas para compor medidas de
segurança física. Como exemplo de sistema de proteção, tem- barreiras físicas, alarmes,
CFTV, controle de acesso, sistema de comunicação entre outros.

Perímetro Externo ou Zona de Notificação


Corresponde ao perímetro da propriedade, como muros e cercas.

Perímetro Interior ou Zona de Alarme


Corresponde ao interior da propriedade, onde normalmente se encontram as pessoas e
objetos que queremos preservar ou proteger.

Perímetro Interno ou Zona de Cuidado


Corresponde ao perímetro imediato da propriedade como as paredes, varandas e
estacionamentos.

SISTEMA DE SEGURANÇA ELETRÔNICA


O objetivo do sistema de segurança eletrônica se limita em Inibir as ações delituosas e
detectar situações de emergência.

Composição de um sistema de Alarme:

SENSOR CENTRAL DELATOR

CONCEITO DE SENSORES

São dispositivos responsáveis por detectar uma situação de alarme de característica


química ou física. Os sensores vão fazer a proteção de ambientes, fechado, entre
aberto, aberto. (é importante saber a função de cada sensor).

Especificações
Alcance Maximo (15) quinze metros.
Abertura de 90 a 100 graus.

CONCEITO DE CENTRAL DE ALARME


São dispositivos responsáveis por controlar todas as funções do sistema.
Especificações
Alimentação: 220v ou 110v, e alimenta seus componentes com 12v.
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CONCEITO DE DELATOR
São dispositivos responsáveis por de anunciar uma situação de alarme.

CIRCUITO FECHADO DE TELEVISÃO (CFTV)


CFTV, Circuito fechado de televisão vem do termo Inglês (Closed Circuit Television ou
simplesmente CCTV) é um sistema de televisionamento que distribui sinais provenientes
de câmeras localizadas em locais específicos, para pontos de supervisão pré-
determinados. O CFTV tem um papel ativo, trabalhando só ou em conjunto com alarmes.

CERCA ELÉTRICA
A cerca elétrica é o único equipamento do sistema de alarme que possui legislação,
sendo assim um equipamento seguro e confiável.
Lei de Nº 7613 sancionada em 30 de junho de 2004 que estabeleci normas de instalação
e manutenção.
Altura mínima é de 2 metros e 10 centímetro, as placas de advertência são de 10 em 10
ou de 4 em 4 metros. O choque é do tipo pulsativo, sendo aplicado a cada 1,2 segundos
com duração de um milésimo de segundo e voltagem de 8.000 a 12.000v de corrente
alternada.
O órgão responsável por fiscalizar é o CREA-PB.
Obs.: para o projeto da cerca elétrica ser aprovado é necessário que seja assinado um
documento Junto ao CREA-PB.
RONDA DO SUPERVISOR

O homem de segurança com a função de supervisor deve circular pelos postos de serviço,
inspecionando a regularidade das atividades realizadas por seus subordinados, checar as
condições de segurança nos postos e o desempenho dos vigilantes, fazer contato com o cliente,
ocorrência nos postos, podendo ser encarregado por entrega de documentos, fechamento de
posto de vigilante, substituição de vigilante entre outros. O Supervisor deve definir os seus
trajetos (postos que ele deve visitar dentro de seu período de trabalho). Em áreas muito extensas
poderá existir também a atividade de supervisor interno, cuja função é a verificação e
acompanhamento do trabalho dos demais vigilantes

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ANOTAÇÕES:

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