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TEMPO DO ADVENTO
I DOMINGO DO ADVENTO
OFÍCIO DAS LEITURAS (MATINAS)
[Início]

Invitatório
Ant. *Vinde, adoremos / o Rei que vai chegar.

Hino
O Verbo eterno do Pai, Palavra celestial, procedente
da luz do Pai emanado, Do seio do Pai Eterno,
nascendo eleva a história, Vós que nascestes para o mundo,
caída pelo pecado. Com o passar do tempo:

Nos corações, vosso amor Ilumina o peito agora,

queime, qual fogo candente. Queime com seu amor;
Ao escutar vosso anúncio, Enquanto o coração caído deserta
fuja a mentira da mente. Que o prazer dos céus o encha.

As profundezas dos seres, Tal como o tribunal do Juízes

Juiz, vireis penetrar Condenará o culpado com fogo
e, castigando o culpado, E deve, a voz amiga
o Reino ao justo entregar. Chamar ao céu, os piedosos;

Enfim, liberto das culpas, Não seremos alimento do fogo negro

fruto de nossas malícias, Jogados no meio dos furações,
no céu possamos gozar Mas na face de Deus
vossas eternas delícias. Vamos dos céus, as alegrias desfrutar.

Ó Cristo, Rei piedoso, Ao Pai, junto com o Filho

a vós e ao Pai toda a glória, E a Vós também, Espírito Santo,
com o Espírito Santo, Assim como era, sempre foi
eterna honra e vitória Toda a glória pelos séculos.
Palavra celestial Amém.

Antífonas dos salmos

Ant. 1 [1]: Eis que o Rei glorioso virá, * com poder vem salvar as nações. Aleluia.
Ant. 2: Fortalecei-vos, mãos cansadas, tomai ânimo e dizei: * Eis que vem o nosso
Deus! * Ele vem para salvar. Aleluia.
Ant. 3: Alegrem-se todos e regozijem-se: eis que o Senhor da vingança virá, trará uma
recompensa: virá e nos salvará.
Ant. 4 [2]: Exulta de alegria, ó Sião, * Jerusalém, tem confiança e não receies, * está
perto o teu Rei e Salvador
Ant. 5: Virá ao nosso meio Jesus Cristo, nosso Rei, * o Cordeiro que João nos havia
anunciado.
Ant. 6: Eis que venho sem demora e trarei a recompensa: * pagarei cada um o que
merecem suas obras
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Ant. 7: Disse o anjo à Virgem: Maria, * alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo;
* és bendita entre todas as mulheres da terra.
Ant. 8: E Maria disse ao anjo: * O que vem significar essa tua saudação? * A minh’alma
perturbou-se! * Serei mãe do grande Rei, conservando a virgindade!
Ant. 9 [3]: Purificado seja o nosso coração, * para irmos ao encontro do Senhor, * o
grande Rei, porque Ele vem sem mais tardar

Versículo
Lc 21,28bc [ordinário]: Sl 49,2-3a [extraordinário]:
V. Levantai vossa cabeça e olhai. V. De Sião, beleza plena, Deus refulge.
R. Pois a vossa redenção se aproxima. R. Vem a nós o nosso Deus.

[Pai-Nosso e Absolvição]

Versículo e Benção [1]

V. Mandai-me, Senhor, bem-dizer.
Benção. Que Deus nos abençoe; Ele que vive e reina sem fim. Amém.
Leitura 1: Is 1,1-3
V. Vós, porém, ó Senhor, tende misericórdia de nós.
R. Graças a Deus.
[Sl 48,3; 79,2; 23,7.9]
A ser rezado na última Leitura.

Versículo e Benção [2]

V. Mandai-me, Senhor, bem-dizer.
Benção. Que o divino auxílio permaneça sempre conosco. Amém.
Leitura 2: Is 1,4-6; Is 1,7-9
V. Vós, porém, ó Senhor, tende misericórdia de nós.
R. Graças a Deus.
[Lc 1,26-33]
R. O anjo Gabriel foi enviado à esposa de José, Virgem Maria, anunciando-lhe a palavra
do Senhor, e a Virgem se assustou com a luz divina: Não temas, ó Maria, por Deus
agraciada: * Tu hás de conceber o Filho do Altíssimo.
V. O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o Rei Davi, e reinará eternamente sobre a
casa de Jacó.
R. Tu hás de conceber o Filho do Altíssimo.

Versículo e Benção [3]

V. Mandai-me, Senhor, bem-dizer.
Benção. Que Deus nos abençoe; Ele que vive e reina sem fim. Amém.
Leitura ordinária 1: Is 1,1-18  Is 1,10-18
V. Vós, porém, ó Senhor, tende misericórdia de nós.
R. Graças a Deus.
[Is 1,16.18.17]
R. Lavai-vos, ficai limpos, tirai do meu olhar as vossas más ações. * Se forem vossas
culpas vermelhas como a púrpura, elas hão de se tornar tão brancas como a lã.
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V. Cessai de agir mal, aprendei a fazer o bem, procurai o que é justo. * Se forem vossas
culpas vermelhas como a púrpura, elas hão de se tornar tão brancas como a lã.

Versículo e Benção [4]

V. Mandai-me, Senhor, bem-dizer.
Benção. Pelo evangelho dito, apague nossos delitos. Amém.
Leitura 3: Lc 21:25-33
Homilia de São Gregório, Papa
Homilia 1 no Evangelho
Nosso Senhor e Redentor, ansiando por nos encontrar prontos, denuncia o mundo
envelhecido que segue os males, para nos refrear de seu amor. Aproximando-se de seu
fim, sabe quão grandes perseguições virão, de modo que, se não queremos temer a Deus
em tranquilidade, pelo menos possamos temer o julgamento do vizinho ou as
perseguições desferidas.
V. Vós, porém, ó Senhor, tende misericórdia de nós.
R. Graças a Deus.
[Is 1,16.18.17]
R. Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi;
reinará como rei e será sábio, fará valer a justiça e a retidão na terra:
* Este é o nome com que o chamarão:
* Senhor, nossa Justiça.
V. Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá tranquilo.
R. Este é o nome com que o chamarão:
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Senhor, nossa Justiça.

Versículo e Benção [5]

V. Mandai-me, Senhor, bem-dizer.
Benção. Que o divino auxílio permaneça sempre conosco. Amém.
Leitura ordinária 2:
Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo
As duas vindas de Cristo
Anunciamos a vinda de Cristo: não apenas a primeira, mas também a segunda,
muito mais gloriosa. Pois a primeira revestiu um aspecto de sofrimento, mas a segunda
manifestará a coroa da realeza divina.
Aliás, tudo o que concerne a nosso Senhor Jesus Cristo tem quase sempre uma
dupla dimensão. Houve um duplo nascimento: primeiro, ele nasceu de Deus, antes dos
séculos; depois, nasceu da Virgem, na plenitude dos tempos. Dupla descida: uma,
discreta como a chuva sobre a relva; outra, no esplendor, que se realizará no futuro.
Na primeira vinda, ele foi envolto em faixas e reclinado num presépio; na
segunda, será revestido num manto de luz. Na primeira, ele suportou a cruz, sem recusar
a sua ignomínia; na segunda, virá cheio de glória, cercado de uma multidão de anjos.
Não nos detemos, portanto, somente na primeira vinda, mas esperamos ainda,
ansiosamente, a segunda. E assim como dissemos na primeira: Bendito o que vem em
nome do Senhor (Mt 21,9), aclamaremos de novo, no momento de sua segunda vinda,
quando formos com os anjos ao seu encontro para adorá-lo: Bendito o que vem em
nome do Senhor.
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Virá o Salvador, não para ser novamente julgado, mas para chamar a juízo aqueles
que se constituíram seus juízes. Ele, que ao ser julgado, guardara silêncio, lembrará as
atrocidades dos malfeitores que o levaram ao suplício da cruz, e lhes dirá: Eis o que
fizestes e calei-me (Sl 49,21).
Naquele tempo ele veio para realizar um desígnio de amor, ensinando aos homens
com persuasão e doçura; mas, no fim dos tempos, queiram ou não, todos se verão
obrigados a submeter-se à sua realeza.
O profeta Malaquias fala dessas duas vindas: Logo chegará ao seu templo o
Senhor que tentais encontrar (Ml 3,1). Eis uma vinda.
E prossegue, a respeito da outra: E o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem,
diz o Senhor dos exércitos; e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E
quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer? Ele é como o fogo da forja e como a
barrela dos lavadeiros; e estará a postos, como para fazer derreter e purificar (Ml 3,1-3).
Paulo também se refere a essas duas vindas quando escreve a Tito: A graça de
Deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens. Ela nos ensina a
abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo com equilíbrio,
justiça e piedade, aguardando a feliz esperança e a manifestação da glória do nosso
grande Deus e Salvador, Jesus Cristo (Tt 2,11-13). Vês como ele fala da primeira vinda,
pela qual dá graças, e da segunda que esperamos?
Por isso, o símbolo da fé que professamos nos é agora transmitido, convidando-
nos a crer naquele que subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há
de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Nosso Senhor Jesus Cristo virá portanto dos céus, virá glorioso no fim do mundo, no
último dia. Dar-se-á a consumação do mundo, e este mundo que foi criado será
inteiramente renovado.
V. Vós, porém, ó Senhor, tende misericórdia de nós.
R. Graças a Deus.
[Sl 48,3; 79,2; 23,7.9]
R. Olhando ao longe, eu vejo chegar o poder do Senhor, como nuvem que cobre a terra
inteira. * Saí-lhe ao encontro, dizei, suplicando: * Sois Aquele, contai-nos, * Que há de
reinar sobre o povo de Deus?
V. Habitantes da terra, ó filhos dos homens, vós, ricos e pobres, vós todos unidos. Saí-
lhe ao encontro, dizei, suplicando:
V. Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos, vós que a José apascentais qual um rebanho. Sois
Aquele, contai-nos.
V. Ó portas, levantai vossos frontões; elevai-vos bem mais alto, antigas portas; a fim de
que o Rei da glória possa entrar. Que há de reinar sobre o povo de Deus?
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Olhando ao longe, eu vejo chegar o poder do Senhor, como nuvem que cobre a terra
inteira. * Saí-lhe ao encontro, dizei, suplicando: * Sois Aquele, contai-nos, * Que há de
reinar sobre o povo de Deus?

Cânticos e Evangelho da Vigília

Ant. Alegra-te e louva, ó Filha de Sião Eis que venho a ti, para morar em tua casa, É o
que diz o Senhor!
Cântico 1: Is 40,10-17
Cântico 2: Is 42,10-16
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Cântico 3: Is 49,7-13
Evangelho: Lc 24,1-12

[A Vós, ó Deus]

Oração
V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. E chegue até Vós o meu clamor.

Oremos [ordinário].
Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino
celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem,
sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Oremos [extraordinário – I Sexta no ordinário].

Despertai, Senhor, vosso poder e vinde, para que vossa proteção afaste os perigos a que
nossos pecados nos expõem, e a vossa salvação nos liberte.
Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
R. Amém.

[Conclusão]