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RESUMO

O PENSAMENTO DE PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO NO CAMPO NA


CONTEMPORANEIDADE

Acsa Macedo¹,Aline dos Santos², Ana Medeiros³, Mileni de Freitas4, Teresa Felix5
Maria Aparecida Melo, Docente do Curso de Educação no Campo, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte - m_aparecida_v_melo@hotmail.com

A obra do educador brasileiro Paulo Freire, historicamente, encontra-se situada em


um período no qual a identificação de opressores e oprimidos era facilmente
percebida. A democratização do acesso a Indústria Cultural, entendida como
desdobramento da modernização econômica, legitimou uma determinada cultura,
um determinado modo de ver e compreender o mundo, em detrimento de culturas
específicas. Isso acarretou uma perda de identidade do homem das classes
oprimidas, uma vez que ele não reconhece-se como sujeito, não vê sua identidade
representada na grande mídia, porém, admira os modos de viver ali impostos. O
homem do campo se encontra refém dessas situações: da economia e da Indústria
Cultural. No campo econômico, a Revolução Verde transformou as áreas rurais em
espaços do agronegócio, com maciços investimentos públicos a fim de tornar
pequenas propriedades em empreendimentos financeiramente rentáveis. Desta
forma, houve a legitimação de um grupo de Opressores e de Oprimidos, sendo
esses não mais composto apenas pelo agricultor que não possui terra, mas
incluídos àqueles que não possuem condições financeiras suficientes para entrar no
sistema e com isso são obrigados a prosseguir com suas atividades econômicas que
se tornando inviáveis, abandonam suas atividades, transformando-se em
mão-de-obra para o agronegócio. A perspectiva de um currículo educacional
transformador pensado por Paulo Freire afirma que somente uma escola centrada
democraticamente no seu educando e na sua comunidade local, vivendo as suas
circunstâncias, integrada com seus problemas, levará os seus estudantes a uma
nova postura diante dos desafios de sua realidade. A perspectiva de um currículo
educacional transformador pensado por Paulo Freire afirma que somente uma
escola centrada democraticamente no seu educando e na sua comunidade local,
vivendo as suas circunstâncias, integrada com seus problemas, levará os seus
estudantes a uma nova postura diante dos desafios de sua realidade. Assim, as
escolas do campo se deparam com novas lutas, no que se refere a Emancipação
dos Sujeitos e as possibilidades de permitir o desenvolvimento de uma Consciência
Crítica. A Educação do campo ao incluir as temáticas da situação do campo na
contemporaneidade: globalização, mecanização agrícola, migração rural,
biogenética, agricultura orgânica, degradação do meio ambiente, finitude dos bens
naturais, sustentabilidade do planeta, percebe-se que muitas vezes eles são
inacessíveis ao homem do campo, seja pela linguagem especializada empregada
pelos meios de comunicação ou pela imagem estereotipada e os discursos
repassados como verdades absolutas. Esse modo de compreender o espaço rural
rompeu com um paradigma histórico, no qual a ligação homem-terra não era
compreendida apenas como uma relação de sujeito-objeto, mas era uma ligação da
qual emergia um modo de vida, jeitos de ser e viver específicos. As Teorias Críticas
já evidenciaram que a mídia, não apenas informa os sujeitos, mas também os
transforma impondo determinados modos de ser e de agir, assim é necessário
reconhecer que o homem do campo tem acesso às mesmas informações que o
homem da cidade, porém a cultura que o homem do campesinato recebe é muitas
vezes uma cultura urbanocêntrica. A Educação do campo objetiva numa perspectiva
ética e humanista, dialógica permitir que esses sujeitos compreendam as limitações
do seu modo de pensar e garantir que o homem se perceba como sujeito capaz,
ativo, transforme o mundo no qual está inserido. Assim, o pensamento pedagógico
de Freire é fundado no objetivo de educar jovens e adultos, entretanto, muitos
conceitos por ele empregados servem para repensarmos as práticas de educação
na contemporaneidade.

1.Discente do Curso de Geografia, da UFPA - marilhamacedo@gmail.com


2.Discente do Curso de Pedagogia, da UFRN -alinedantas986@gmail.com
3.Discente do Curso de Pedagogia, da UFRN - ana.tayra.701@ufrn.edu.br
4.Discente do Curso de Pedagogia, da UFRN - mileni.freitas.705@ufrn.edu.br
5.Discente do Curso de Pedagogia, da UFRN - tecelagemsantaclara@hotmail.com
O PENSAMENTO DE PAULO FREIRE E A
EDUCAÇÃO DO CAMPO NA
CONTEMPORANEIDADE
Componentes: Acsa Marilha, Aline Dantas,
Ana Táyra, Mileni Santos e Teresa Raquel.
Paulo Freire

Quem foi?

Identificação de Opressores
e Oprimidos

Na Contemporaneidade
O Campo e Campesiano na
contemporaneidade
A Revolução Verde

Novos desafios e problemas

O Neoliberalismo
Educação Emancipadora:
Pressupostos Freirianos
Sujeitos oprimidos como autores da história

Consciência descolonizada ou crítica

Emancipação do sujeito
Considerações Finais

Perda da identidade cultural

Pedagogia Crítica
Cordel

Referências
Instituto Paulo Freire. Um cordel com Paulo Freire: Homenagem ao Dia Nacional da Educação.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=3B_acGicVIQ>. Acesso em 17 de Novembro de 2021

LORENZON, Mateus; SCHUCK, Rogério José. O pensamento de Paulo Freire e a Educação no Campo na
Contemporaneidade. UNIVATES, 2015.

SILVA, Michele Maria da; PRADO, Rosimeire Camargo . Paulo Freire e Educação do Campo: Práticas
Pedagógicas para uma Educação Emancipadora. CIBEPoC, 2017.

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