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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

Resenha Crítica de Caso

Trabalho da disciplina Didática de ensino superior

Fortaleza-CE
2020

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Educação Popular e Ensino superior em Paulo Freire

Referência:
(ex: BEISIEGEL, Celso de rui. Educação popular e ensino superior em Paulo Freire.
Educação e Pesquisa, março de 2018. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S151797022018000100130.
Acesso em: 03 de maio de 2020.

O artigo tratar-se sobre um estudo apresentando em um seminário


internacional por Celso de Rui Beisiegel intitulado “A educação Superior em Paulo
Freire: uma proposta de orientação para pesquisa”. E falar sobre o trabalho de Freire
requer bastante tempo e a exposição do seminário tinha apenas 30 minutos,
insuficiente para expor questões sobre o ensino superior.
O objetivo do trabalho é implicar discussões sobre o ensino superior e
apresentar os problemas existentes nessa temática. Inicialmente, emerge as
dificuldades sobre o tema, a primeira estava relacionada a precariedade de
publicações e posicionamento de Paulo Freire, de questões sobre o ensino superior
e sobre a atuação do educador junto as classes subalternas, principalmente na
conscientização e alfabetização de jovens e adultos analfabetos ou com pouca
escolaridade.
Para Celso, a imagem de Freire trazia práticas e reflexões sobre a formação
da população subalternas, pois Freire trouxe trabalhos junto aos desfavorecidos, nas
categorias em teoria e em prática, no que diz respeito ao ensino superior. Com isto,
apontava possibilidades de pesquisas futuras sobre este tema, e reflexões e
intervenções nas questões da educação superior, pois havia poucas manifestações
sobre esse nível de escolaridade. Outra possibilidade de pesquisa que vale ressaltar
sobre pesquisas, seria investigar contribuições do educador a propósito da
educação popular.
A antiga escola primária e os poucos cursos profissionalizantes
caracterizaram a educação popular, pois estudar dependia das condições de vida,

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perspectivas culturais e práticas institucionais que deram duas ordens de
escolaridade, uma dedicada a formação das minorias privilegiadas e a outra a
maiorias subalternas da população. Está condição se diferencia da educação das
elites em que o estudo se eleva para alta classe da sociedade.
Mudanças na educação se estabelecia no sentido da inclusão dos adultos
que não tiveram oportunidades de alcançar a escolaridade enquanto crianças. Pois
o atendimento escolar era somente destinado as crianças. Mas a inclusão de jovens
e adultos analfabetos ou com pouca escolaridade avançava lentamente.
O instituto nacional de estudo pedagógicos (INEP), criando em 1938, focava
na luta em defender que o acesso à educação é preciso ser direto de todos,
especialmente a jovens e adultos iletrados. Educação para todos os habitantes,
traziam mudanças significativas para erradicação do analfabetismo.
A educação popular envolvia intelectuais, políticos, administradores e
educadores em geral, pois educar a população de subalternos era de interesse dos
órgãos políticos, pois o acesso à educação a todos interferia o regime republicano
capitalista. Então o ensino reduzia-se a repetição, sem incentivo ao pensamento
reflexivo. Está forma de ensino também utilizado com as crianças pela manhã, e
repetido a noite com jovens e adultos.
Com processo de alfabetização das classes populares, a natureza social se
alterava com a formação da consciência em prol da educação. O analfabeto que não
tinha direito ao voto, e que se ao alfabetizar passou imediatamente a participar com
voto nas disputas eleitorais. Grande marco para população popular, que se
transformavam em agentes ativos da sociedade.
Com marcos como este sobre o direito ao voto, a oportunidade de acesso a
escolaridade pássara a se expandir, com isto há uma quebra dos limites que
separavam a educação das elites e a educação das massas populares. Com o
crescente número de formandos do ensino médio, consequentemente houve uma
ampla busca de ingresso ao ensino superior. Diante de possibilidades sobre a
escolaridade, houve também grandes desafios, como grande concorrência e não
aprovação no vestibular, a classe trabalhadora ingressavam nas faculdades
privadas, pois não conseguiam o ingresso nas universidades públicas, as escolas

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públicas eram taxadas como as escolas de pobres, com isto péssimos educadores e
qualidade de ensino inferior as das escolas privadas.
Paulo Freire é associado a educação popular, alfabetização de jovens e
adultos, e ao ensino superior considerando concepções sobre o homem, a educação
e a sociedade. Freire, foi um educador dedicado a educação dos desfavorecidos.
Portanto, Paulo Freire contribuiu ricamente no processo de educação para
todos, principalmente no Brasil, que juntamente com possibilidades também trouxe
dificuldades e problemas, gerando mais desafios na educação brasileira. Para o
autor, não se pode falar em educação sem amor. O ensino superior, foi uma largada
no processo de emancipação do oprimido, que as condições árduas da vida não
poderiam ser um empecilho na possibilidade de obter um diploma superior e em
melhoria de qualidade de vida como um todo.

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