Este artigo analisa a proposta de educação corporativa em uma empresa varejista, discutindo as mudanças históricas no mundo do trabalho que levaram ao surgimento da educação corporativa e como ela é implementada na prática nesta empresa versus o discurso. O artigo contextualiza estas mudanças desde os anos 1970 e conclui que, embora a empresa entenda o conceito de educação corporativa, sua implementação na prática é pontual e esporádica, diferente do esperado.
Descrição original:
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO “EDUCAÇÃO CORPORATIVA: A PROPOSTA EMPRESARIAL NO DISCURSO E NA PRÁTICA”.
Título original
RESENHA CRÍTICA _UC19120526_Lunna Mara Sampaio Fonseca
Este artigo analisa a proposta de educação corporativa em uma empresa varejista, discutindo as mudanças históricas no mundo do trabalho que levaram ao surgimento da educação corporativa e como ela é implementada na prática nesta empresa versus o discurso. O artigo contextualiza estas mudanças desde os anos 1970 e conclui que, embora a empresa entenda o conceito de educação corporativa, sua implementação na prática é pontual e esporádica, diferente do esperado.
Este artigo analisa a proposta de educação corporativa em uma empresa varejista, discutindo as mudanças históricas no mundo do trabalho que levaram ao surgimento da educação corporativa e como ela é implementada na prática nesta empresa versus o discurso. O artigo contextualiza estas mudanças desde os anos 1970 e conclui que, embora a empresa entenda o conceito de educação corporativa, sua implementação na prática é pontual e esporádica, diferente do esperado.
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO “EDUCAÇÃO CORPORATIVA:
A PROPOSTA EMPRESARIAL NO DISCURSO E NA PRÁTICA”.
Lunna Mara Sampaio Fonseca
Escrito por Daniele Cruz, o artigo científico intitulado Educação
corporativa: A proposta empresarial no discurso e na prática, foi publicado na Educação em Revista, Belo Horizonte, vol.26, núm.02, páginas 337 a 358 em agosto de 2010. A autora é Mestre em Educação pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), membro do Grupo de Pesquisa em Trabalho e Educação da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e professora da Rede Estadual do Rio de Janeiro. O artigo citado refere-se à análise do projeto de educação corporativa no ambiente laboral de uma empresa varejista de médio porte, analisando os impactos gerados na capacitação dos colaboradores. Relata, também, um panorama histórico das mudanças que moldaram o atual cenário corporativo e suas influências sobre as ações e modelos adotados pelos empresários no que tange à educação corporativa. No primeiro momento, a autora contextualiza o leitor sobre a gênesis das diversas mudanças no mundo do trabalho, traçando uma linha do tempo que começa nos anos 70. Diferencia, então, dois padrões de organização laboral, o primeiro chamado de acumulação de capital e o seu substituto a acumulação flexível. Este, promove a flexibilização dos processos de trabalho e seus produtos, exigindo do trabalhador um maior grau de conhecimentos e habilidades. Aquele, se estrutura na divisão do trabalho por meio de uma produção seriada com consumo em massa, voltada, portanto, para uma qualificação operacionalizada. Ela também distingue duas teorias importantes que surgiram destes dois movimentos: o Capital Humano, valorização da escolaridade para o aumento de renda e o Capital Intelectual, enaltecimento das habilidades pessoais. Os profissionais, até então, eram provenientes de universidades e escolas técnicas, quadro que posteriormente veio a ser modificado com o surgimento dos Recursos Humanos em meados dos anos 80. Na década seguinte, a modalidade praticada era a de parcerias entre empresas e escolas. Nos tempos atuais, as empresas inauguram as universidades corporativas com o intuito de personalizar o aprendizado de forma continua e estruturada para atender suas demandas. Referente à análise realizada sobre a implementação da educação corporativa na empresa ELEVAR, a conclusão da autora é que, embora o estabelecimento conheça a definição do termo, a sua prática é pontual dentro da instituição, sendo visto pelos colaboradores como aprendizados esporádicos sem uma continuidade e estrutura que caracteriza a educação corporativa. A maioria declarou que as formações contribuem para o crescimento pessoal e profissional. Percebe-se que a autora se preocupou em contextualizar historicamente o leitor sobre a relação entre empresas e educação, fornecendo uma base sólida que sustenta a sua conclusão a respeito da implementação da educação corporativa na empresa citada com observações equilibradas e objetivas. O artigo possui uma linguagem clara com referências robustas e bem colocadas, possibilitando sanar dúvidas sobre diversos aspectos da educação corporativa, trajetória histórica, conceitos, dentre outros.