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Sociologia

da Educação
Pós-graduação Elerj
Profa Mônica Rodrigues
Tópico 1
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA SOCIOLOGIA

(Material de apoio a partir de trechos imprtantes da


bibliografia)
▪ 1.1. Antecedentes históricos da
Sociologia.
▪ 1.2. Componentes básicos da vida
social: grupos sociais; status e
posição social; organização social
▪ 1.3. Os processos sociais básicos
Sumário ▪ 1.4. O fato social e suas
características.
▪ 1.5. O processo de integração social.
▪ 1.6. Estratificação social, classe
social, ideologia e alienação
▪ Textos-base desta aula livros:
▪ Sociologia Geral ( Bibliografia )
▪ Sociologia Educacional ( Moema
Toscano)
▪ Educação e Sociologia (Émile
Durkheim)
Tópicos principais
▪ Parte 2 ( Aula 3 )
▪ Economia e Sociedade (Max
Weber)
▪ Bourdieu & a Educação
Base para a aulas 2 e 3

Sociologia Geral ( capítulos 2; 3; itens 44, 4.5 e 4.6; 19, 20)

Introdução à sociologia educacional / Moema Toscano:


capítulo 1

Educação e Sociologia - Durkheim – Introdução, páginas


61 e 96

Weber cap. 1 da 3 – 17; 199-202 ( aula 2 )

Bourdieu – Capítulo 2 (aula 3)


▪ A sociologia surge para
compreender, em um
registro científico, as duas
revoluções: a industrial e a
francesa, e assim a origem, o
caráter e os
1.1 Antecedentes desdobramentos dessa nova
sociedade, contraponto em
históricos da relação às demais
sociologia disciplinas das “ciências
humanas”. Desde o início, a
sociologia procurou
diferenciar-se da economia,
da história, da geografia, da
filosofia, da psicologia etc.
▪ A sociologia nasce como
uma reflexão acerca dos
contornos da nova
configuração histórica e
Reflexões e num ambiente marcado
disputas teóricas pela competição , entre as
ainda atuais visões de mundo do
conservadorismo, do
liberalismo e do
socialismo.
▪ Atualmente, uma das classificações
de ciência mais utilizadas é a
classificação elaborada por Mario
Bunge (1960). Tem como base o objeto
de estudo de cada ciência e as divide
em ciências formais e factuais,
segundo tratem de relações lógicas
(inexistentes na realidade) ou fatos da
realidade. Marconi e Lakatos (2003)
apresentam uma adaptação da
classificação de Bunge. Pág.6
▪ Classificação de Bunge

▪ Ciências
▪ Formais ( lógica, matemática)
▪ Factuais ( naturais e sociais)
▪ antropologia, direito, economia,
politica, psicologia social e sociologia
▪ A Sociologia é o estudo da
estrutura e funcionamento da
sociedade humana, dos
fenômenos coletivos
produzidos pela atividade
social das pessoas no seu
contexto histórico-cultural.
Importante Exemplos: formação e
desintegração de grupos;
divisão das sociedades em
camadas; mobilidade de
indivíduos e grupos nas
camadas sociais; processo de
competição e cooperação.
▪ A sociologia clássica
apareceu no início do
século XIX. Para Erik
Hobsbawm (2015), a
“dupla revolução”
(Revoluções Francesa e
SURGIMENTO DA Industrial) abalou as
SOCIOLOGIA estruturas do mundo
europeu, iniciando uma
nova era, a partir dos anos
1780, com o fim do
feudalismo e o surgimento
da sociedade capitalista.
Vale a pena ler,
estudar esse livro,
mas a leitura agora,
sairia da nossa
matéria, sigamos...
▪ Ambas as revoluções criaram um
sistema de poder sem
precedentes. De um lado, a
Inglaterra, potência naval,
expandindo seus territórios
coloniais e seu mercado. De
outro, a França, potência
terrestre, com ideais
revolucionários exportados para
Duas revoluções o resto do mundo. Combinado
com essas revoluções o
desenvolvimento da ciência, as
mudanças religiosas, a ilustração
foram fatores fundamentais para
o nascimento e o
desenvolvimento da sociologia
▪ Foi no início do século XIX que
a sociologia começou a ser
observada como uma
disciplina científica, sendo
uma resposta acadêmica para
os novos desafios da era
moderna. Nesse período, o
Ciência
mundo se tornava cada vez
menos e mais integrado, o que
começava a gerar uma
consciência nas pessoas sobre
o mundo e que ele estava se
espalhando e alargando.
Augusto Comte e
Durkheim
pais da sociologia
Págs 15 e 16
Os sociólogos buscavam
entender o que mantinha os
grupos sociais em união e
tentavam desenvolver soluções
para a desintegração social. O
termo “sociologia” foi criado por
Augusto Comte: Auguste Comte, sendo a união da
positivismo e palavra em latim socius
sociologia (associação) e da palavra grega
logos (estudo). Ambicionando
assim unir todos os estudos
sobre a humanidade somando
psicologia, economia e história
(NEEJACP, 2017 aput Lakatos).
▪ Em 1839, Comte publicou pela
primeira vez o nome sociologia
em seu Curso de Filosofia Positiva.
Pretendia descrever uma forma de
ver a sociedade e queria se
distanciar dos autores que tinham
Surge o termo
começado a usar o termo física
sociologia social. Neste processo deveria
haver uma prioridade do todo
sobre as partes. Ou seja, substituir
em toda parte o absoluto pelo
relativo.
▪ No início da carreira usava ciências
sociais e foi substituindo por
sociologia
▪ “A sociologia tem um objeto
claramente definido é um método
para estudá-lo. O objeto são os
Durkheim fatos sociais, o método é a
observação e a experimentação
indireta, em outros termos, ou
método comparativo.”
▪ (Durkheim, p. 19, Grandes
Cientistas Sociais, editora ática)
▪ No livro Educação e Sociedade,
Durkheim demonstra a importância da
sociologia para a pedagogia.
▪ “Um ramo específico da Psicologia tem
Durkheim uma importância capital para o
pedagogo: a psicologia coletiva. De
fato, uma turma é uma pequena
sociedade.”
▪ O positivismo ofereceu um plano básico
para a formação da sociologia, ou seja,
a nova ciência da sociedade tinha que
compartilhar a mesma forma lógica
totalizantes das outras ciências (...)
▪ Quando Durkheim rejeitou o
positivismo em favor do naturalismo
buscava dissociar sua posição geral da
de Comte enquanto reafirmava o
Fase pré- caráter da sociologia como ciência
natural da sociedade. (Giddens, 1998,
científica 179).
▪ Ver também em Durkheim: “As formas
elementares da vida religiosa”, um
clássico de Durkheim sobre o assunto.
Todo pensamento se originava na
religião seria possível demonstrar que
até as categorias kantianas eram, antes
de tudo, conceitos religiosos.


De onde vem a sociologia
educacional
▪ Para Durkheim, a educação é
eminentemente social. Sempre
lecionou pedagogia e sociologia. A
educação é social e o Estado, por isso,
não pode se dissociar dela. P.10
▪ Quanto ao que ele entende por
Pedagogia, não é nem a atividadc
educativa propriamente dita, nem a
ciência especulativa da educação
Durkheim
▪ Trata-se de uma reação sistemática
dessa última sobre a primeira, efeito de
uma reflexão que busca, nos
resultados da psicologia e da
sociologia, princípios para a conduta
ou reforma da educacão. Assim
concebida, a Pedagogia pode ser
idealista sem cair na utopia. P.19
▪ Para definir a educação, é preciso,
portanto, levar em consideração os
sistemas educativos que existem ou que
já existiram, compará-los e identificar os
aspectos em comum. (p 49)
▪ Ao longo do nosso caminho já
determinamos dois elementos. Para que
haja educação é preciso que uma geração
de adultos e uma de jovens se encontrem
face a face e que uma ação seja exercida
pelos primeiros sobre o segundos. (p 50)
▪ Uma vez que a educação é uma função
essencialmente social, o Estado não pode
se desinteressar dela. Pelo contrário, tudo
o que é educação deve ser, em certa
medida, submetido á sua ação Pag 63
Os fundadores da sociologia

Durkheim
Marx
Weber
• Max Weber (1864-1920),Émile Durkheim (1858-1917) e
Karl Marx (1818-1883) são considerados também como
os fundadores da sociologia, e, por isso, nomeados
carinhosamente de "os três porquinhos" pelos
estudantes e professores da área, fato pitoresco.
• São mais do que isso, representam referências de mais
de um século de estudos, pesquisas e criação de uma
ciência que existe até hoje e mobiliza a academia.
Merecem o nosso respeito pela contribuição que
prestaram à história do pensamento.
▪ É Fernando de Azevedo, em sua obra
Sociologia educacional, quem
demonstra ser a educação um
processo social geral no qual torna-se
necessário distinguir os fatos
pedagógicos dos sistemas
propriamente ditos, vistos como fatos
Sociologia Geral institucionalizados.
Maria Lúcia ▪ Para ele, educação é, portanto, um
Lakatos processo social de que não é possível
ter uma compreensão bastante nítida
se não procuramos observá-lo na
multiplicidade e diversidade dessas
forças e instituições que concorrem
ao desenvolvimento da sociedade.
▪ Em 1882, Rui Barbosa, no Brasil,
propõe num projeto de reforma
do ensino secundário e superior,
a introdução da sociologia no
quadro das matérias dos cursos
de direito.
▪ Em meados da década de 1920
Sociologia criam-se as primeiras cátedras de
sociologia em Escolas Normais
educacional no (1924-25), “enquanto disciplina
Brasil auxiliar da pedagogia, dentro do
esforço democratizante do
movimento reformista pedagógico
que tem sua expressão maior no
movimento da Escola Nova”
(LIEDKE FILHO, 2005, p. 376).
Sociologia educacional no Brasil

▪ De acordo com o mesmo autor, “a


institucionalização acadêmica da
sociologia no Brasil ocorreu em meados
da década de 1930, com a criação da
Escola Livre de Sociologia e Política de
São Paulo (1933) e com a criação da
Seção de Sociologia e Ciência Política da
Faculdade de Filosofia da Universidade
de São Paulo (1934)” (op cit., p. 382).
Na década de 1950,
Florestan Fernandes
discute a introdução de
sociologia na escola
secundária como uma
medida para a absorção
dos novos docentes
licenciados em Ciências
Sociais (TAKAGI e
MORAES, 2007).
▪ Cabe destacar, a
contribuição de Florestan
Fernandes (1920-1955)
embora seu trabalho exceda
os limites do período.
Fernandes pode ser
considerado o fundador da
Importante sociologia crítica
brasileira, integrando essa
geração com Luís Costa
Pinto, Alberto Guerreiro
Ramos e Hélio Jaguaribe,
entre outros.
Nas décadas seguintes, a sociologia no Brasil passou a
voltar-se para os estudos que abordassem
prioritariamente temas relacionados com as classes
trabalhadoras, tratando assim de assuntos como salário,
jornadas de trabalho, ambientes de trabalho urbano e
rurais, organizações e condições dos ambientes de
trabalho, relações entre empregados e empregadores etc.
(PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2012).
▪ Atenção especial merece o trabalho de Euclides da Cunha Os sertões (1902),
considerado o primeiro ensaio de descrição sociológica e de interpretação
histórica-geográfica do meio físico, os modelos humanos e as condições de
existência (RODRÍGUEZ, CAÑARTE & NETO, 2013). Nas décadas de 1920 e 1930, os
estudiosos da área passaram a se dedicar a pesquisas que visavam construir um
entendimento acerca da formação da sociedade brasileira analisando temáticas
cruciais para essa compreensão. Assim, eles voltaram-se para estudos
referentes a escravatura e a abolição, estudos sobre índios e negros e o êxodo
dessas populações, e mesmo análises sobre o processo de colonização.
Os Sertões, samba
de 1976 da GRES
Encima da hora
revisitado em
2014
▪ https://www.youtu
be.com/watch?v=
NpfexuVE9NM

▪ Foto: bancadadosamba.wordpress
▪ Entre os autores mais significativos,
temos: Sérgio Buarque de Holanda
(Raízes do Brasil, 1936), Gilberto Freyre
(Casa grande & senzala, 1933) e Caio
Prado Júnior (Formação do Brasil
contemporâneo, 1942). Não menos
importante foi a realização do Simpósio
sobre o ensino da sociologia e
etnologia, cujos textos são publicados
em Sociologia (1942, vol. XI),
destacando autores como Antonio
Candido (Sociologia, ensino e
estudo), L. A. Costa Pinto (Sociologia
docente nas escolas secundárias).
Dessa época data o trabalho de
Fernando Azevedo “A cultura
brasileira”.
1.2 ▪Grupos sociais
Componentes ▪Status e posição social
básicos da vida
social ▪Organização social
▪ De acordo com Fichter (1973, p.
85), “uma categoria social é
uma pluralidade de pessoas
que são consideradas como
uma unidade social pelo fato de
serem efetivamente
semelhantes em um ou mais
Grupos sociais aspectos”. Não há necessidade
de proximidade ou contato
mútuo para que as pessoas
pertençam a uma categoria
social. Por exemplo, estudantes,
empregadas domésticas,
pequenos empresários etc
▪ Os grupos apresentam
diversidade entre si, não só na
forma de recrutamento, como
também na organização,
finalidade e objetivos. Porém,
todos eles possuem
determinadas características, que
levaram Fichter a definir grupo
social como “uma coletividade
GRUPOS identificável, estruturada,
contínua, de pessoas sociais que
desempenham papéis
recíprocos, segundo
determinadas normas, interesses
e valores sociais, para a
consecução de objetivos
comuns” (1973, p. 140).
▪ Por sua variedade e complexidade os grupos
admitem diversas classificações, entretanto,
acreditamos que para a sociologia, uma
classificação importante é aquela que se baseia
nas suas funções principais. Sem eles a sociedade
não existiria:
▪ Grupo familiar: integrado por pessoas unidas por
laços de sangue.
▪ Grupos educacionais: são responsáveis pela
transmissão da cultura. Escolas e outras instituições
CLASSIFICAÇÃO encarregadas da educação em geral.

DOS GRUPOS ▪ Grupos econômicos: produzir e distribuir bens e


serviços materiais.
▪ Grupos políticos: eles têm a função de governar e
administrar o país.
▪ Grupos religiosos: eles são compostos de pessoas
com crenças comuns e o mesmo comportamento
religioso.
▪ Grupos recreativos: sua função é a recreação ou o
descanso dos povos. Por exemplo, clubes sociais,
esportes.
▪ A posição social
invariavelmente é perpassada pelo
mundo do trabalho. Assim, a
hierarquização é definida a partir do
mercado de trabalho. O status social aqui,
entre outros fatores, entrelaça-se à
instrução formal, a habilidades de
trabalho que são valorizadas
e à capacidade de influir em decisões
Status importantes.
▪ Nós, por exemplo, chamamos de
doutores, em sinal de deferência, aqueles
que estudam anos a fio nas instituições de
ensino superior; chamamos de doutores
os médicos, que têm por missão salvar
vidas, e chamamos de doutores os juízes
que desfrutam de uma posição de
influência no Estado.
▪Status: lugar ou posição que a
1.2Componentesbásicosdavidasocial

pessoa ocupa na estrutura social de


acordo com o julgamento coletivo ou
de consenso do grupo. Status é a
posição em função dos valores
sociais correntes na sociedade, é
algo definido socialmente.
▪ Como já vimos, o status social
determina nossa posição dentro de uma
sociedade. O papel social define
nossos direitos e deveres, os quais
demarcam a posição que ocupamos em
relação às outras pessoas, em outras
palavras, o que se espera de nós, que
DIFERENÇA tipo de ações devemos tomar para
corresponder àquele status, qual o
ENTRE STATUS E comportamento adequado para a
PAPEL SOCIAL função que desempenhamos no grupo
social do qual fazemos parte. Por
exemplo: quais são os meus direitos e
deveres como mulher? E como mãe? E
como filha? E como socióloga? Cada
uma dessas perguntas corresponde a
um papel social. E o status social é
composto pela soma dessas funções
▪ ATRIBUIÍDO – Independe da
capacidade do indivíduo
▪ ADQUIRIDO – Por meio de suas
qualidades, capacidade habilidades
▪ específicas
▪ STATUS PRINCIPAL – É O QUE ASSUME
MAIOR IMPORTÂNCIA PARA
▪ A IDENTIDADE SOCIAL E
Tipos de status FREQUENTEMENTE INCLUI NA VIDA
TODA DA PESSOA.
▪ PARA MUITOS O TRABALHO É O
STATUS PRINCIPAL.
▪ PARA OUTRAS, O SOBRENOME.

▪ QUAL O SEU STATUS PRINCIPAL? O


QUE TE DEFINE?
▪ Status social atribuído: independe
da vontade de seu possuidor, é
conferido a ele por circunstâncias
alheias à sua vontade, como a
família em que nasce, se é homem
ou mulher, irmão mais velho ou
mais novo. O status social atribuído
AINDA SOBRE
é também anterior ao seu
STATUS possuidor, ou seja, antes que ele
nasça, essa valoração já está
delegada à sua família, à região
onde nasceu, à sua faixa
econômica, por uma construção
social e histórica pregressa a ele.
▪ Status social adquirido: por
sua vez, depende da ação
individual, dos esforços
pessoais, para ser alcançado.
Prosseguindo no paralelo feito
acima, ser um filho obediente,
ser uma mulher com formação
AINDA SOBRE superior, ser um político. Para
esse status, é crucial a maneira
STATUS como se desempenha o papel
social para galgar e manter
determinada posição. Portanto,
o status social adquirido está
diretamente relacionado com o
desempenho dos papéis sociais
de cada indivíduo.
▪É comum confundir
status com papel social,
vamos pensar no mundo
prático. Que exemplo
você conhece dentro do
seu círculo social?
▪O papel social de
maneira geral
determina a função dos
indivíduos na
sociedade. Ele é
produzido pelas
Papel Social interações sociais (
processos de
socialização) que geram
determinados
comportamentos dos
sujeitos de um grupo
social
▪ Ao considerarmos determinado
status vamos verificar que pode
aplicar o termo papel a três níveis, o
status define um padrão de relações
▪ O status faz referência a uma
posição social e o papel a um
comportamento

Relação entre ▪ Deve-se considerar o ajustamento


do indivíduo aos papéis que deve
status e papel desempenhar, o que se dá de dois
modos o atribuído e o assumido
▪ Atribuído - Quando são conferidos
externamente ao indivíduo de acordo
com o tipo de papel social
▪ Assumido- Quando se assume um
papel voluntariamente por decisão
pessoal
▪ As principais categorias
estudadas pela Sociologia
são as que implicam valores
sociais. Embora eles variem
nas sociedades, alguns
PRINCIPAIS valores constituem
CATEGORIAS determinantes quase
universais de status e,
portanto, servem de base
para a classificação das
categorias sociais
significativas.
▪ PARENTESCO
▪ RIQUEZA
▪ OCUPAÇÃO
Categorias ▪ EDUCAÇÃO
▪ RELIGIÃO
▪ FATORES BIOLÓGICOS
▪ As principais diferenciações
neste item dizem respeito a
sexo, idade e cor da pele. As
categorias de sexo e idade
têm importância sociológica,
em virtude de, nas
sociedades em geral, os
Fatores biológicos homens e as mulheres, as
crianças, os adolescentes, os
adultos e os idosos
ocuparem status diferentes
e, em consequência,
desempenharem papéis
diversos.
▪ Ao lado das categorias, construções
mentais baseadas nos fatos,
encontramos os estereótipos,
construções mentais falsas, imagens
e ideias de conteúdo alógico que
estabelecem critérios socialmente
falsificados. Os estereótipos se baseiam
em características não comprovadas
ESTEREÓTIPOS e não demonstradas, atribuídas a
pessoas, coisas e situações sociais,
mas que, na realidade, não existem.
Os principais estereótipos referem-
se à classe, etnia e religião. Pelo fato
de um estereótipo salientar qualidades
em vez de defeitos, não significa que
deixe de ser estereótipo.
Ver também na antropologia
os conceitos de relativização
e etnocentrismo.
▪ Meu artigo publicado no jornal O Globo sobre o
estereótipo da favela. O problema do
estereótipo cria uma série de bullyngs tão
presentes nas escolas.

▪ https://oglobo.globo.com/opiniao/dos-safaris-
humanos-turismofobia-22003352
▪ Mais do que criações do indivíduo, os
estereótipos são criações do grupo e, à
medida que se isola, diminuindo a
oportunidade de experiências novas, os
estereótipos tendem a se fortalecer, o
mesmo acontecendo com o estereótipo
que se propaga e passa a ser aceito por
maior número de pessoas. Os meios de
comunicação de massa colaboram na
criação e difusão de estereótipos. O
estereótipo se desenvolve por
generalização e por especificação.
Entendemos por generalização o
processo mental através do qual
tendemos a associar, a toda uma
categoria de pessoas, certas
características que uma ou poucas
pessoas conhecidas possuem.
▪ .
▪ Agregado é uma reunião de
pessoas frouxamente
aglomeradas que, apesar da
proximidade física, têm um
mínimo de comunicação e de
relações sociais. As
características dos agregados
podem aparecer em maior ou
Agregados menor grau, dependendo do
seu tipo. Da mesma forma
existe uma variação no que se
refere ao aspecto quantitativo
de indivíduos. A relação do
indivíduo com o agregado
apresenta os seguintes
aspectos:
▪ Na atualidade, os
principais tipos de
agregados sociais são a
Tipos de
agregados multidão, o público, a
massa e,sem interação
física, a comunidade
virtual.
▪ Diferenciação entre
categoria, agregado e grupo
social: o diretório do partido
X em determinada cidade é
um grupo social; os
indivíduos que comparecem
Diferenças entre a um comício promovido por
os conceitos esse diretório formam um
agregado social, e os
partidários do partido X , em
todo o país, constituem uma
categoria social.

▪ Anonimato: no agregado social há a


tendência para o indivíduo tornar-
se anônimo, não necessariamente
por uma atitude voluntária, mas
como consequência da natureza
dos agregados sociais. Diminuição
da responsabilidade pessoal: em
decorrência de os agregados
sociais serem temporários e
Anonimato compostos de elementos
anônimos, a responsabilidade
pessoal diminui, pois, o indivíduo
não age isoladamente, mas
participa da manifestação coletiva.
▪ Redes sociais
▪ Multidão Um exemplo de multidão é um
grupo de pessoas se juntando para
observar um fenômeno. Uma multidão é
um agregado pacífico ou tumultuoso de
pessoas ocupando determinado espaço
físico. As principais características da
multidão são: Proximidade física: há
contato direto, porém temporário, entre os
componentes de uma multidão. A
interação é geralmente desordenada e
descontrolada, espontânea e imprevisível.
Multidão ▪ Objetivos comuns: a multidão
compartilha algum interesse, ato ou
emoção. Porém, a interação não leva
em consideração as personalidades
sociais distintas. A multidão pode ser
fanática e buscar seus objetivos sem
restrições
▪ Manifestações políticas, carnaval,
futebol
▪ O público é um agrupamento de
pessoas que seguem os mesmos
estímulos. É baseado não em contato
físico, mas na comunicação recebida
por diversos meios de comunicação. O
público é um conjunto de indivíduos em
que o número de pessoas que se
expressam e recebem opiniões é
praticamente igual. A opinião do
Público público pode se transformar em ação
efetiva, mesmo contra o sistema de
autoridade vigente. O público também
é relativamente autônomo em suas
ações. Há diferença entre multidão e
público, pois a integração dos
indivíduos que formam o público é
geralmente intencional. Já na
multidão, a integração é ocasional.
▪ Os modos de pensar, sentir e agir do
público constituem o que é conhecido
como opinião pública. Três
características básicas sobressaem na
opinião pública. A primeira delas é o
acesso à informação. Só há opinião
pública quando os indivíduos de uma
sociedade têm acesso livre às
informações da atualidade. A segunda
PÚBLICO característica é a livre discussão. Diante
das informações recebidas, cada
indivíduo pode tomar uma posição. A
terceira característica é a tentativa de se
fazer com que a opinião se transforme em
ação, ou seja, que as opiniões sobre
assuntos de interesse da nação
influenciem e determinem as ações do
governo (EDUCABRAS, 2018).
▪ Segundo Blau e Scott (1970):
Associações de benefícios
mútuos: o beneficiário é o
quadro social (clubes sociais e
entidades). Organizações de
interesse comercial:
proprietários, investidores,
Tipos de acionistas. Organizações de
serviços: o beneficiário é o
organizações grupo de clientes (hospitais,
universidades, agências
sociais). Organizações de
Estado: criadas pelo Estado
para oferecer algum tipo de
serviço (tribunais, correios,
polícia).
▪ Uma organização é tida como um ente
com uma determinada estrutura, dada
por relações entre papéis objetivos, e
cuja totalidade cumpre uma função
social; ou seja, produz um resultado
observável que pode ser utilizado por
outro sistema. “Aquilo que, do ponto de
vista da organização, é sua meta
específica constitui, do ponto de vista
do sistema maior do qual representa
Organização parte diferençada [sic], ou mesmo um
subsistema, uma função especializada
ou diferençada. Essa relação constitui o
vínculo básico entre uma organização e
o sistema maior de que é parte, e
proporciona uma base para a
classificação dos tipos de organização”
(PARSONS, 1973, p. 45 apud BAUER,
2016, p. 2).
Organização formal e informal
▪ A organização formal é construída em torno de quatro
pilares fundamentais. São eles: divisão do trabalho, processos
escalares e funcional e dimensão do controle. Assim, uma
organização formal resulta do planejamento, onde o padrão
estrutural já foi determinado pela gerência. Já a organização
informal faz referência à relação entre as pessoas na
organização com base nas atitudes pessoais, emoções,
preconceitos, gostos, desgostos etc.
▪ Uma organização informal é uma organização que não foi
estabelecida por nenhuma autoridade formal, mas surge das
relações pessoais e sociais. Essas relações não são
desenvolvidas de acordo com procedimentos e regulamentos
estabelecidos na estrutura formal da organização.
Geralmente, os grandes grupos formais dão origem a
pequenos grupos sociais informais. Podem se basear no
mesmo gosto, língua, cultura ou algum outro fator
(WISDOMJOBS, 2018).
Tipos de organização formal

▪ Organizações econômicas ou produtivas: dedicam-se à produção de


bens e prestação de serviços (primárias, secundárias e terciárias).
Organizações de manutenção: dedicam-se à socialização e capacitação
das pessoas para desempenhar seus papéis em outras organizações
(escolas e igrejas). Organizações adaptativas: dedicam-se à produção,
desenvolvimento e difusão do conhecimento necessário para fornecer
respostas às questões propostas no âmbito da sociedade
(universidades). Organizações político-administrativas: coordenação e
controle de pessoas e recursos e com a adjudicação entre grupos em
competição (estado, agências governamentais, sindicatos).
Grupos de referência

▪ Se os grupos primários têm como


qualidade específica a influência exercida
em seus membros pela relação direta, face a
face, os grupos de referência exercem
ascendência pela natureza e modo de
identificação que despertam nos indivíduos.
Por esse motivo, um grupo de referência não
necessita ser primário: na maior parte das
vezes, a pessoa não pertence diretamente a
ele, seu contato é reduzido com os
componentes e o grupo é secundário. Já se
comprovou que a influência da identificação
com o grupo sobre a opinião, as crenças e as
atitudes das pessoas é tão sólida no grupo
secundário quanto no primário, se aquele é
adotado como grupo de referência, pois o
aspecto fundamental de tal grupo é a
identificação psicológica que desperta no
indivíduo.
Para pensar, debater

Os grupos de referência funcionam como quadro de apoio


para aspirações, tomada de consciência e opiniões. Lane e
Sears (1966, p. 71-72) chegam a afirmar que se uma
pessoa “não tem opinião”, isso ocorre por uma de três
razões principais: o indivíduo não dispõe de um grupo de
referência em que possa adotar uma posição relevante
para a proposição; ele não pode mudar, psicologicamente,
para o grupo de referência apropriado, talvez por causa de
referências conflitantes; ou não tem consciência da posição
que o seu grupo apropriado adotou ou adotaria, se
consultado. Como característica da influência dos grupos
de referência na pessoa, podemos citar: ajudam a formar
uma perspectiva da vida; conferem uma imagem da
realidade; fornecem um meio de “conhecer” a realidade;
formam opiniões; determinam atitudes.
▪ A sociologia atual não pode
continuar a conceber a estrutura
social no âmbito da ideia sobre
sociedade da tradição sociológica
(Durkheim, Marx, Parsons e outros),
na qual a vida social era reduzida a
uma ação individual ajustada a uma
estrutura social preestabelecida. O
indivíduo era um reflexo dessa
estrutura. A modernidade e a pós-
Debate modernidade têm produzido
diversos processos de mudança
social e, como consequência, as
ideias de posições estruturais, de
classes sociais etc. têm perdido a
capacidade analítica para explicar as
práticas e as representações dos
indivíduos (MARTUCELLI e
SANTIAGO, 2017).
▪ Organizações burocráticas (Weber): a
burocracia constitui um requisito
necessário para conferir racionalidade às
organizações. Modelo organizacional
radicalmente elaborado, com vistas a
garantir a máxima eficiência possível no
alcance dos objetivos pretendidos Weber
identifica seis elementos que caracterizam
a organização burocrática ideal. A modo
de exemplo, apresentam-se dois deles:
Organizações Especialização do trabalho: tendência
para acentuada divisão do trabalho. Os
burocráticas trabalhadores especializam-se numa única
tarefa, que tende a se tornar cada vez mais
específica. Hierarquia da autoridade:
hierarquia fixa de posições, cada uma
delas sob a supervisão de um superior. Os
cargos são definidos mediante regras
delimitadas específicas. A autoridade
decorre da natureza do cargo e não das
características de seus ocupantes.
▪ A massa é diferente do público, pois
consiste num agrupamento relativamente
grande de pessoas separadas, que não se
conhecem. É formada por indivíduos que
recebem opiniões formadas, que são
veiculadas pelos meios de comunicação
de massa. A massa é um conjunto de
elementos em que a organização da
comunicação pública torna difícil ou até
impossível uma resposta efetiva às
MASSA opiniões externadas publicamente. A
massa não tem autonomia; praticamente
inexiste a formação de opinião
independente gerada por meio da
discussão. O grupo de indivíduos que se
comporta como massa tende a ser
manipulado, pois reage de forma
impensada, não tendo consciência de
grupo (EDUCABRAS, 2018)
COMUNIDADE VIRTUAL

▪ Muitos autores têm ressaltado a


importância dos meios de
comunicação que, por meio de sua
ação modificam o espaço e o tempo,
modificam também as relações entre
as várias partes da sociedade,
transformando também a ideia de
comunidade (MCLUHAN, 1964).
Desse modo, também a Comunicação
Mediada por Computador está
afetando a sociedade e influenciando
a vida das pessoas e a noção de
comunidade. Por isso, muitos autores
optaram por definir as novas
comunidades, surgidas no seio da
CMC por “comunidades virtuais”
▪ Esses elementos poderiam
integrar redes sociais,
constituindo-se comunidades.
Rheingold deixa de considerar
comunidade um agrupamento
humano com base territorial, o
qual gerou severas críticas de
diversos autores entre os quais
“VIRTUAL cabe destacar Weinrech, (1997,
SETTLEMENT” apud JONES, 1997) que não
consegue conceber a ideia de
uma comunidade sem um locus
específico. Para resolver esse
problema Jones (op. cit.) cria o
conceito de virtual settlement (o
lugar que a comunidade virtual
ocupa no ciberespaço).
São as formas pelas quais as
pessoas atuam e se
relacionam umas com as
outras no convívio em
sociedade. Esses processos,
desde os mais simples até os
1.3 Os processos mais complexos, estão
presentes no cotidiano de
sociais básicos. cada pessoa, sendo resultado
de diversas interações.
Normalmente, os processos
sociais se dividem em dois
tipos: associativos e
dissociativos.
Processos associativos
são aqueles em que os
indivíduos estabelecem
relações positivas, que
agregam valores,
PROCESSOS aproximam e geram
ASSOCIATIVOS consenso. Os processos
associativos são
geralmente divididos
entre cooperação,
acomodação e
assimilação.
Processos associativos

▪ São os processos nos quais os indivíduos ou grupos atuam


de forma conjunta na busca de um propósito ou objetivo
em comum. A cooperação pode ser direta, indireta,
continua ou temporária.
▪ Como exemplo, podemos citar algum tipo de tragédia, na
qual algumas pessoas vão se engajar na busca por
sobreviventes, atuando diretamente na resolução do
problema. Por outro lado, as pessoas que contribuem de
alguma outra forma, por exemplo, doando alimentos para as
vítimas, estão cooperando de forma indireta.

▪ A assimilação é o processo de
mudança ou transformação interna
de um indivíduo ou grupo, que o leva
a defender determinada ideia que, a
princípio, não concordava.
▪ É provocada por diversos fatores, tais
como contatos primários, linguagem,
cultura, etc. Por exemplo, quando
Assimiliação alguém critica uma determinada
religião e, ao conhece-la melhor, passa
a acreditar e a seguir aquela crença.
▪ Outro exemplo é uma pessoa que passa
a morar em outro país, assimilando a
cultura local para melhor se inserir
naquela sociedade e viver de forma
tranquila e harmônica.
▪ Processos dissociativos são aqueles nos quais os indivíduos estabelecem
relações negativas, que geram oposição, falta de consenso e afastamento.
Geralmente, são divididos em competição e conflito.
▪ Competição
▪ Quando indivíduos (ou grupos) disputam entre si, direta ou indiretamente, na
busca de determinado objetivo. Essa disputa se dá, na maioria dos casos, por certas
normas que cada situação específica determina. Por exemplo, a disputa entre
candidatos por uma vaga de emprego, ou entre estudantes que almejam passar no
vestibular.

▪ A competição temporária acontece
quando um grupo se une para
realizar algo por tempo
determinado. Quando um grupo se
une para realizar determinada tarefa
na qual um depende do outro de
maneira constante, estamos falando
de cooperação contínua.
▪ Acomodação é o ajustamento de
grupos ou indivíduos a determinada
situação, visando resolver uma
possível situação de conflito. Ou seja,
a acomodação acontece sem que
haja uma mudança interna no
indivíduo.
▪ Conflito
▪ Caracteriza-se por ser um processo
carregado de tensão social, no qual o
objetivo é, muitas vezes, derrotar o
outro. Neste tipo de processo, há, na
maioria das vezes, a figura de um
adversário que se opõe ao objetivo
que se quer alcançar.
▪ Os conflitos se apresentam em
diferentes níveis, tais como litígios,
rivalidades, discussões, contendas e até
os casos mais extremos, como as
guerras.
▪ Características do Fato Social
▪ Segundo Durkheim, o fato
social está na percepção do
indivíduo. O fato social deve atender
a três características: a
generalidade, a exterioridade e a
coercitividade.
▪ Durkheim e Marcel Mauss (
1.4 fato social e antropólogo) se debruçam sobre o
suas tema.

características ▪ Os processos sociais são fatores


essenciais para o entendimento do
homem como sujeito social, na
percepção de seu lugar na sociedade
e das dinâmicas que moldam nossa
compreensão do mundo à nossa
volta.
▪ Durkheim formulou o método
comparativo de análise social
baseado no que ele chamou
de fatos sociais. Segundo o
sociólogo francês, existem traços
comuns que se repetem em todas
as sociedades, os fatos sociais, e o
papel do sociólogo seria identificar
esses fatos e comparar os dados
obtidos das diferentes sociedades.

´PRÓXIMA AULA,:

PARTE 2, TÓPICO 1

Além dos textos e deste resumo


CINE-AULA da aula, teremos a série da
Netflix
▪ A partir da criação da Sociologia por.
Durkheim, o viver em sociedade
tornou-se algo bastante complicado.
Durkheim foi o primeiro a
sistematizar a teoria de que a vida
em sociedade depende de um
1.5 - O processo aprendizado, que ele definiu
conceitualmente como processo de
de integração socialização. Através desse processo, as
social sociedades humanas conseguem se
reproduzir, integrando novos membros
à medida que estes aprendam a se
conduzir respeitando as regras que
sustentam cada coletividade, em cada
contexto histórico.
▪ Na chamada modernidade ocidental,
cuidou-se ensinar que ser cidadão era
ser obediente e passivo diante da
iniciativa do Estado na solução dos
problemas individuais. Esta conduta já
não é mais desejável na pós-
modernidade, época em que se
valoriza o sujeito ativo, onde o respeito
e a obediência derivam da capacidade
individual de participação da
elaboração das regras. Esse é o novo
modelo de cidadania, onde o respeito
às regras não depende do medo, nem
da vigilância. Aí surgem as pautas
identitárias em nova roupagem,
antes chamados apenas de
movimentos ( negro, feminista etc)
▪ Pautas identitárias e pós-modernidade
um debate acadêmico e político,
falaremos sobre isso no item sobre os
movimentos sociais. Guardem isso! É
polêmica digna de “sociologia de
botequim”. Discutiremos em outro
Parêntese tópico, onde trataremos dos
movimentos sociais. Já existe uma
apostila no nosso drive, fruto de um
curso no Museu Nacional, UFRJ, que
trata desse tema.
▪ Os grupos sociais se caracterizam por
ter: pluralidade de indivíduos – grupo
dá ideia de algo coletivo: há sempre
mais de uma pessoa no grupo;
interação social – para que haja grupo,
é preciso que os indivíduos interajam
uns com os outros em seu interior;
organização – todo grupo, para
funcionar bem, precisa de uma certa
ordem interna; objetividade e
exterioridade – os grupos sociais são
superiores e exteriores ao indivíduo,
isto é, quando uma pessoa entra no
grupo, ele já existe; quando sai, ele
continua a existir; conteúdo intencional
ou objetivo comum – os membros de
um grupo unem-se em torno de certos
princípios ou valores para atingir um
objetivo comum;
▪ Em outras palavras, pessoas que
atuam em situações específicas
podem ser influenciadas não apenas
por sua posição (status), pelos
membros dos grupos a que
pertencem, por suas expectativas de
comportamento e por suas
concepções, mas pelo conceito que
possuem sobre grupos de que não
fazem parte. É por esse motivo que
ideal x real muitos sociólogos afirmam que a
identificação dos indivíduos com
certos grupos de referência é mais
ideal do que real: decorre do modo
como pensam que seus componentes
se posicionariam diante da situação,
e quando procuram copiar suas
atitudes o fazem sob o prisma de sua
interpretação das concepções reais
▪ “Entendemos por grupos primários
aqueles caracterizados por uma íntima
cooperação e associação face a face. São
primários sob vários aspectos,
principalmente porque são fundamentais
na formação da natureza social e nos
ideais do indivíduo. O resultado dessa
associação íntima é, psicologicamente,
certa fusão das individualidades num todo
Conceituação de grupo comum, de modo que o próprio ego
primário de Cooley: individual se identifica, pelo menos para
vários fins, com a vida e o propósito
comuns ao grupo. Possivelmente, a
maneira mais simples de descrever essa
totalidade consiste em apresentá-la como
‘nós’, porque envolve a espécie de
simpatia e identificação mútua para as
quais o ‘nós’ é a expressão natural” (Apud
DAVIS, 1961, v. II, p. 11).
Classes sociais distintas se
estruturam e separam meios de
produção com quem não tem
Parecemos iguais mas temos
diferenças entre os que têm e
não divisão da sociedade em
Classes sociais classes gera o desigualdade.
Alienaçao e mais valia
Mercadoria
Trabalho produtivo e
improdutivo produz diretamente
uma nova quantidade de valor
▪ No capitalismo, o que resta é
vender a sua força de
trabalho, que é alienado.
Alienação é separação, o
trabalho está separado do
Ideologia e trabalhador, ele não é dono
do que produz; ele não se
Alienação identifica com o trabalho, o
trabalho é apenas obtenção
da sobrevivência. Só gosta
do que não está vinculado ao
trabalho.
▪ Classe é todo grupo de pessoas
que se encontra em igual situação
de classe
Max Weber ▪ Classe proprietária
(pp 199 a 203) ▪ Classe aquisitiva
▪ Classe Social
▪ O trabalhador alienado é
quase hegemônico no
sistema capitalista.
Continuamos por causa da
Fragmentação do ideologia, uma máscara
trabalho no da realidade. Uma
capitalismo inversão de como as
coisas estão postas. A
ideologia está na escola,
na igreja...
▪ Os indivíduos e grupos de uma sociedade
diferenciam-se entre si em decorrência de
vários fatores, formando uma hierarquia de
posições, estratos ou camadas mais ou menos
duradouros. Esse fato, observado em todas as
sociedades, significa que nelas indivíduos e
grupos não possuem a mesma posição e os
mesmos privilégios, mas, sob esse aspecto,
diferem entre si. Portanto, inexistem
sociedades igualitárias puras. A essa
1.6 - diferenciação de indivíduos e grupos em
camadas hierarquicamente sobrepostas é
Estratificação que denominamos estratificação. A
estratificação social indica a existência de
social diferenças, de desigualdades entre pessoas
de uma determinada sociedade. Ela indica a
existência de grupos de pessoas que ocupam
posições diferentes. Assim, a estratificação
social é a separação da sociedade em grupos
de indivíduos que apresentam características
parecidas, por exemplo: negros, brancos,
católicos, protestantes, homem, mulher,
pobres, ricos etc.
Max Weber foi um grande
estudioso da estratificação social.
A palavra estratificação deriva
Max Weber e o de estrato, que, por sua vez, quer
status social dizer camada, como se
configura a hierarquia social e
como as desigualdades são
estruturadas e reproduzidas.

▪ A estratificação social é a
divisão da sociedade em
estratos ou camadas sociais.
Dependendo do tipo de
sociedade, esses estratos ou
Estratificação
camadas podem ser: castas
social (Índia), estamentos (Europa
Ocidental durante o
feudalismo) e classes sociais
(sociedades capitalistas)
▪ A essa diferenciação de indivíduos e grupos
em camadas hierarquicamente sobrepostas é
que denominamos estratificação. A
estratificação social indica a existência de
diferenças, de desigualdades entre pessoas
de uma determinada sociedade. Ela indica a
existência de grupos de pessoas que ocupam
Estratificação posições diferentes. Assim, a estratificação
social social é a separação da sociedade em grupos
de indivíduos que apresentam características
parecidas, por exemplo: negros, brancos,
católicos, protestantes, homem, mulher,
pobres, ricos etc.
▪ Em sociedades de castas, como a
indiana, os grupos de status são
fechados com conjuntos de deveres e
direitos definidos pelo hinduísmo. A
posição social de cada casta está ligada a
uma configuração histórica, que envolve
elementos como linhagem,
hereditariedade, função religiosa. A
conduta dos integrantes de cada casta é
prescrita pelos deuses, sendo assim, a
Sociedade de vontade divina é determinante no
castas processo de socialização. Os costumes são
transmitidos de geração em geração e têm
pouca variação ao longo do tempo. Não há
mobilidade social, pois as posições da
casta são determinadas pelo nascimento e
não podem ser modificadas via
casamento, estudo formal, ocupação ou
qualquer outro recurso.
Série The Big Day
Casamentoindiano
N
▪ https://www.politize.com.br/casamento-infantil/

▪ http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1545391-
5602,00-
O+DOTE+UM+FARDO+PESADO+PARA+MILHARES+
DE+MULHERES+NA+INDIA.html
Links atuais para
problematizar ▪ https://www.tajhotel.com.br/tudo-o-que-voce-
precisa-saber-sobre-o-casamento-na-india/
sociologicamente o
tema da série e ▪ https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/tradica
o-matrimonial-proibida-ha-decadas-na-india-tem-
escrever a resenha causado-mortes-de-mulheres/?amp

▪ https://noticias.r7.com/hora-7/noiva-morre-durante-
a-cerimonia-e-noivo-casa-com-a-irma-dela-
05062021?amp
Casamento em sociedade de castas

▪ Os casamentos só se realizam
entre pessoas da mesma origem,
isto é, pertencentes à mesma casta. A
conduta dos integrantes de cada
casta é prescrita pelos deuses, sendo
assim, a vontade divina é
determinante no processo de
socialização. Os costumes são
transmitidos de geração em
geração e têm pouca variação ao
longo do tempo. Não há mobilidade
social, pois as posições da casta são
determinadas pelo nascimento e não
podem ser modificadas via
casamento, estudo formal, ocupação
ou qualquer outro recurso.
A Estratificação constitui-se a partir de
uma escala de valores socialmente
hierarquizados em que se atribui um
conjunto complexo de caracteres, um
peso maior ou menor. Assim, dois
Livro “Introdução indivíduios portadores de idênticas
à sociologia características biológicas, filhos de um
mesmo casal, podem ser “catalogados
educacional” em grupos de status distintos (...) e
Moema Toscano podem ter tratamento desigual. O fato de
a sociedade conceder “notas” maiores ou
menores aos indivíduos portadores deste
ou daquele atributo é que explica a
estratificação. (Pág 55)
▪ O estudo da estratificação social é,
aliás, um dos campos mais
interessantes da sociologia. É através
dele que vamos entender, em grande
parte, as consequências sociais da
desigualdade entre homens e mulhere,
Moema Toscano as lutas que têm sido empreendidas há
milhares de anos, seja para aprofundar
estas diferenças seja para atenuá-las,
seja para dar um caráter menos injusto
(pág 56).
▪ Conservadorismo, Roger Scrutton, Ed.
Record
▪ A ética protestante e o espírito do
capitalismo, Max Weber, Cia das Letras
▪ O poder simbólico, Pierre Bourdieu, Ed.
Betrand
Leitura extra,
▪ A sociedade dos indivíduos, Norbert
opcional, que Elias, Ed. Zahar
auxilia e aprofunda ▪ Hobsbawn, A Era dos Extremos, 1994,
os temas do tópico Cia das Letras, RJ
1 ▪ Coleção Grandes Cientistas Sociais
volumes: Durkheim e Weber
▪ A era da informação, volume 1 – Manuel
Castels
Email exclusivo da disciplina
para encaminhar dúvidas e
envio dos trabalhos:
professoramonicarodrigues2021@gmail.com
PROFESSORA MÔNICA RODRIGUES

Doutora em Politicas Públicas Formação Humana do PPFH/

Centro de Educação e Humanidades (Uerj)

Mestre em Sociologia e Antropologia IFCS UFRJ

Especialista em Politicas Pùblicas (Instituto de Economia /UFRJ)

Graduada em Comunicação Social ECO / UFRJ

Ex aluna do Colégio Pedro II

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