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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO

“Definições e Problemas das Concepções da Sociologia da


Educação”

Valéria F. Turma: 3 ª pedagogia

Período: noturno Professora: ELIANE

Cidade: São José dos Campos - SP Data: 19/11/2012


INTRODUÇÃO

Refletir sobre o campo de estudos “educação e sociedade” seguramente remete


nosso olhar para as transformações ocorridas na Europa a partir da segunda metade do século
XVIII. Sem pretender uma periodização histórica rigorosa, tal período histórico é marcado
pela passagem de um mundo cuja constituição tem como referência principal o renascimento
das cidades para um mundo em processo de reorganização social, política, econômica e
geográfica que delineou um novo quadro social. Ainda que de maneira rápida, creio ser
necessário retomar alguns aspectos dessa revolução transcorrida nos séculos XVIII e XIX
quando a consolidação de um novo modo de produção definiu as bases do mundo moderno.
A denominação Mundo Moderno ou Idade Moderna refere-se a um período
histórico em que o mundo ocidental passa por significativas mudanças num processo de
reorganização para enfrentar as dificuldades engendradas pelo fim do sistema feudal. O palco
mais importante de todo esse processo é a cidade onde os homens estabelecem novos laços, e
essas cidades podem ser percebidas como o espaço de concentração de poder. Ao contrário do
período feudal, no qual o poder estava diluído entre os senhores feudal, a cidade concentra o
poder e controla os fluxos econômicos, sociais, culturais e políticos tornando-se centro de
acumulação de riqueza e conhecimento.
A sociologia pode ser considerada como uma ciência jovem que se constitui tendo
como princípio elementar o estudo da sociedade entendida como um conjunto de indivíduos
reunidos em grupos de diversas dimensões e de significados distintos, onde as relações se dão
de forma interdependente. As primeiras abordagens sociológicas são fortemente marcadas por
uma “sociologia da ordem”, onde o que conta é mais uma ideologia conservadora em busca
da ordem nos novos ambientes urbanos.
Ao nos propormos analisar as perspectivas de análise da relação entre educação e
sociedade na sociologia não tínhamos a pretensão de esgotar a temática, pois além de ser um
campo de estudo com dificuldades de ser delimitada, a intenção inicial era refletir sobre o
processo evolutivo das investigações nesse campo de estudo.
SIGNIFICADO DE SOCIOLOGIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A
EDUCAÇÃO.

Os estudos sociológicos da educação se situam, originalmente, na primeira metade


do século XX. Neste período, predominava o chamado enfoque moralista de
orientação geral positivista. Apesar de contribuir grandemente para a legitimação da
sociologia da educação, como campo específico de estudos, o enfoque moralista mesclava
filosofia e ciência, confiante em que o entendimento sociológico da educação influenciasse o
progresso social.
Toda sociedade possui seus mecanismos próprios, ou seja, possui um sistema
familiar, um sistema cultural com suas normas, hábitos e costumes. Neste sentido, a
sociologia preocupa-se com a dinâmica das sociedades. Assim, a sociologia é uma ciência que
não reduz a estudar os fenômenos sociais, mas também procura entender os processos e
estruturas que contribuem para o funcionamento ou não dos sistemas sociais.
A sociologia é um tipo de interpretação e de conhecimento de tudo o que se
relaciona com o homem e com a vida humana, um método de investigação que busca
identificar, descrever, interpretar, relacionar, e explicar regularidades da vida social. Dentro
das ciências sociais, existe a sociologia geral e as sociologias especiais. A primeira trata de
assuntos sociais de modo geral enquanto que a segunda especializa-se em um tema específico.
Por exemplo, existe a sociologia do conhecimento, sociologia da educação, sociologia das
organizações, sociologia da religião, enfim, muitas sociologias que se dedicam a entender a
dinâmica de milhares de seres humanos que vivem em relações nesse mundo que habitamos.
Portanto, pelo grau de complexidade que reside no ser humano, a ciência social foi obrigada a
se especializar e subdividir-se um pouco.
Nos estudos sociológicos da educação deve-se destacar a importante
contribuição de Durkheim, na tentativa de consolidar esta área de estudo. Apesar da existência
de inúmeros estudos sobre educação, com abordagens sociológicas vinculadas à contribuição
de Durkheim, formulados no início do século, podemos afirmar que foi a partir dos anos
1940, e principalmente nos anos 1950 e 1960 do século passado, que a sociologia da educação
se constituiu como campo de pesquisa específico, afirmando-se como um dos principais
ramos da sociologia nos países industrialmente desenvolvidos e também no Brasil.
A influência de Durkheim no pensamento brasileiro, lembremos dois momentos
expressivos em que o sociólogo francês despertou, por suas ideias, controvérsias nos meios
intelectuais do país.
O primeiro foi na passagem deste século. Um respeitado jurista de São Paulo,
Paulo Egídio de Oliveira Carvalho, havia tomado conhecimento das regras do método
sociológico; impressionou-se com que trata dos conceitos e das inter-relações do normal e do
patológico. Aplicando-os à norma jurídica, Paulo Egídio levanta uma série de dúvidas à luz
das concepções tradicionais do Direito. Termina por fazer uma competente leitura crítica dos
textos durkheimianos. A divulgação desse trabalho interpretativo provoca, da parte de juristas
e outros intelectuais, questionamentos e observações irônicas a Paulo Egídio. Segundo
Antônio Cândido, esse pioneiro oferece contribuições de relevo, em época pouco receptiva a
inovações. Seu esforço, todavia, não produziu consequências práticas quanto à aceitação da
Sociologia como forma de interpretação da realidade.
O segundo choque causado por Durkheim deve-se à publicação, em 1935, dos
princípios de sociologia, de Fernando de Azevedo, compêndio substancialmente
fundamentado nas contribuições da Escola Francesa, e, em particular, nas de seu fundador.
Era um tempo de polarizações ideológicas, pouco propício à aceitação de propostas de
análises objetivas do real. O livro é criticado por pessoas de diferentes e até opostos credos
políticos e religiosos. Mas, como bem acentua Antônio Cândido, o ambiente intelectual havia
sofrido transformações positivas, até mesmo por força dos desafios e dos conflitos sociais
emergentes na sociedade brasileira. As Ciências Sociais tornam-se valorizadas.
A escola aqui é apenas um das instituições que no processo de divisão do trabalho
social, assume para si uma tarefa especifica de intermediar a coerção que a sociedade exerce
sobre o individuo, buscando completar mais rapidamente o seu processo de socialização.
Socializar é, para Durkheim, o mesmo que educar, ou seja, internalizar os traços constitutivos
dos meios morais que cercam o individuo.
Sendo a sociedade complexas com uma divisão do trabalho muito mais
desenvolvida do que as sociedades simples, Durkheim entende que as diferentes instituições
da sociedade exercem suas funções de forma a integrar os indivíduos. Enquanto havia, na
sociedade simples, estruturas pertencente a um tipo de consciência coletiva, permitindo que
ocorresse uma coesão maior que os indivíduos, nas sociedades complexas, com a divisão do
trabalho, não há tanta coesão por meio da consciência coletiva, e sim pela interligação
necessária entre as partes. Dessa forma, a escola apresenta-se como uma instituição
importantíssima para a socialização da moral primordial para o equilíbrio da sociedade.
Essa socialização, segundo Durkheim, compõe o processo de aprendizagem social
que permite a absorção das formas de viver da sociedade, seja pensamento, atitudes, símbolos
ou regras. No interior dessa socialização, esta a moral da sociedade, a qual é constituída por
alguns tipos de regras, direitos e deveres, sistema de recompensa e castigo, etc. essa mesma
moral também faz parte da linha mestre de ensino da escola, ou seja, as praticas pedagógicas
adotadas na educação não são desvinculadas da estrutura social a que pertence. Segundo
Durkheim, o que ocorre, na verdade, é a ineficácia dos mecanismos tradicionais, apresentando
certo desequilíbrio social.
Já a sociologia de Bourdieu como um todo está marcada pela busca de superação
de um dilema clássico do pensamento sociológico, aquele que se define pela oposição entre
subjetivismo e objetivismo. Por um lado, Bourdieu aponta as insuficiências e os riscos das
abordagens que se restringem à experiência imediata do ator individual, ou seja, que se atêm
de modo exclusivo ou preponderante ao universo das representações, preferências, escolhas e
ações individuais. Essas abordagens, rotuladas por ele como subjetivistas, são criticadas não
apenas por seu escopo limitado, isto é, pelo fato de não considerarem as condições objetivas
que explicariam o curso da experiência prática subjetiva, mas, sobretudo, por contribuírem
para uma concepção ilusória do mundo social que atribuiria aos sujeitos excessiva autonomia
e consciência na condução de suas ações e interações.
Em contraposição ao subjetivismo, Bourdieu afirma, de modo radical, o caráter
socialmente condicionado das atitudes e comportamentos individuais. O indivíduo, em
Bourdieu, é um ator socialmente configurado em seus mínimos detalhes. Os gostos mais
íntimos, as preferências, as aptidões, as posturas corporais, a entonação de voz, as aspirações
relativas ao futuro profissional, tudo seria socialmente constituído. Se, por um lado, Bourdieu
se afasta, então, do subjetivismo, por outro, ele critica, igualmente, as abordagens
estruturalistas, definidas por ele como objetivistas, que descreveriam a experiência subjetiva
como diretamente subordinada às relações objetivas (normalmente, de natureza linguística ou
socioeconômica). Reconhecer as propriedades estruturantes da estrutura sem, no entanto,
analisar os processos de estruturação, de operação da estrutura no interior das práticas sociais.
Como forma de distanciamento em relação ao objetivismo, Bourdieu afirma,
então, em primeiro lugar, que a ação das estruturas sociais sobre o comportamento individual
se dá preponderantemente de dentro para fora e não o inverso. A partir de sua formação inicial
em um ambiente social e familiar que corresponde a uma posição específica na estrutura
social, os indivíduos incorporariam um conjunto de disposições para a ação típica dessa
posição e que passaria a conduzi-los ao longo do tempo e nos mais variados ambientes de
ação. As normas e constrangimentos que caracterizam uma determinada posição na estrutura
social não operariam, assim, como entidades reificadas que agem diretamente, a cada
momento, de fora para dentro, sobre o comportamento individual.
Ao contrário, a estrutura social se perpetuaria porque os próprios indivíduos
tenderiam a atualizá-la ao agir de acordo com o conjunto de disposições típico da posição
estrutural na qual eles foram socializados. Bourdieu observa, ainda, e este é um segundo
ponto importante em que ele pretende se afastar do objetivismo, que esse sistema de
disposições incorporado pelo sujeito não o conduz em suas ações de modo mecânico. Essas
disposições não seriam normas rígidas e detalhadas de ação, mas princípios de orientação que
precisariam ser adaptados pelo sujeito às variadas circunstâncias de ação. Assim, terá uma
relação dinâmica, não previamente determinada, entre as condições estruturais originais nas
quais foi constituído o sistema de disposições do indivíduo e que tendem a se perpetuar
através deste e as condições normalmente, em parte modificadas nas quais essas disposições
seriam aplicadas. Em poucas palavras, a estrutura social conduziria as ações individuais e
tenderia a se reproduzir através delas, mas esse processo não seria rígido, direto ou mecânico.
Apesar dos seus méritos inegáveis, as reflexões de Bourdieu sobre a escola
recebem também algumas críticas importantes. Mais uma vez, o problema central parece ser o
modo como Bourdieu utiliza o conceito de classe social. A escola, sobretudo nos seus
trabalhos produzidos até os anos 70, é apresentada como uma instituição totalmente
subordinada aos interesses de reprodução e legitimação das classes dominantes. Os conteúdos
transmitidos, os métodos pedagógicos, as formas de avaliação, tudo seria organizado em
benefício da eterna dominação social. Contrapondo-se a essa perspectiva, uma série de
autores tem acentuado, em primeiro lugar, que o conteúdo escolar não pode ser globalmente,
definido como sendo um arbitrário cultural dominante.
QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLOGIA DA
EDUCAÇÃO NO COTIDIANO DA SOCIEDADE ATUAL?

Filme: Entre os muros da escola. Direção de Laurent Cantet, França, 2008.

A pior idade do desenvolvimento de um ser humano é a 7ª série. Nesse fatídico


ano, normalmente começa a puberdade e o jovem sente-se no dever de desafiar todas as
autoridades. Também é comum nessa faixa etária acessos de completa idiotice, como as
gozações a plenos pulmões em salas de cinema. O filme “Entre os Muros da Escola“
consegue retratar bem o temperamento intragável desses rebeldes sem causa. A identificação
com situações reais será imediata. O tema central do filme é a difícil relação entre professor e
aluno, e vice-versa. O filme trata da diferença cultural e social que gera incompreensão e
atrito entre ambas as partes, em um retrato do que seria a França contemporânea.
De um lado desse muro está François Marin, um professor de francês vivido por
François Bégaudeau, que da aula em uma escola secundária, localizada na periferia de Paris.
Ele e seus colegas se esforçam para que os alunos aprendam o conteúdo. François busca
estimular a turma, mas tem de enfrentar a falta de educação e o descaso dos jovens. O
professor ainda tem de lidar com os conflitos étnicos e culturais: as classes têm alunos
franceses e imigrantes das ex-colônias da França na África. De outro lado, está um grupo de
alunos entre 13 e 15 anos composto por negros africanos, asiáticos latino-americanos e
franceses. François é ser visto como um educador, mas passa a ser visto ao decorrer do filme
como uma espécie de colonizador. Seu esforço em fazer com que seus alunos incorporem o
idioma francês pode ser interpretado como uma espécie de processo civilizador imposto a
esses alunos de diferentes etnias.
A linguagem é o grande campo de batalha onde é travado esse conflito cultural. O
filme se sustenta basicamente apenas com longos diálogos. A invasão da realidade no filme
também se dá através do nome dos personagens, que é a mesma dos jovens na vida real.
Porém, duas exceções merecem menção. Khoumba, vivida por Rachel Régulier, é uma aluna
chamada de insolente por se recusar a atender uma ordem do professor. Souleymane,
interpretado por Franck Keïta, é o garoto problemático que se indispõe com o professor e seus
colegas. São os dois personagens rebeldes e principais questionadores da autoridade de
François, é como se a visão deste filme francês fosse apenas capaz de ver o verdadeiro, aquele
personagem de outra etnia que se esforça a assimilar a cultura francesa.
Talvez por isso, os professores lamentem a possibilidade de deportação do chinês
Wei, um aluno dedicado no estudo do francês e bom moço, mas se reúnam para discutir a
expulsão de Souleymane, um personagem que vemos falar outro idioma. O filme reforça uma
visão colonizadora a partir do ponto de vista de alguém que se toma, mesmo que
inconscientemente, como a civilização, assim, o outro se torna o retrato da rebeldia que deve
ser conquistado através da assimilação da cultura da civilização.
Para o público brasileiro, a imagem de alunos que questionam a autoridade do
professor e até mesmo, são agressivos possibilita outra discussão. Trata-se de um retrato que
talvez não seja diferente do que vemos em escolas brasileiras, em que é comum o relato de
desrespeito ao mestre. Mas a escola em si não parece ser o principal foco do filme. Tanto que
o título original se refere apenas aos muros. A menção à escola no título é uma inclusão da
distribuidora do filme no Brasil.
Minha opinião é um filme que aborda um tema dos mais importantes para os dias
de hoje. Como e para que educar? Discutindo de maneira complexa o modelo de ensino
tradicional baseado numa hierarquia fixa, sem diálogo, em que o conhecimento é visto como
linear e de mão única. Colocando em destaque a crise deste modelo educacional, dá a chance
de o espectador refletir profundamente sobre o processo de ensino-aprendizagem na sociedade
contemporânea. Para tanto, discute predominantemente questões relacionadas à diferença
(raça e religião), fala a educadora. Percebi que os obstáculos a serem vencidos por François
não são tão distantes do que acontece nas escolas públicas e, a opção por não fechar a
conversa é muito acertada, dada a globalidade da questão. Com isso, Entre os Muros da
Escola vai contra seu próprio título, já que as discussões por ele provocadas infiltrarão outros
lugares.
INTERPRETAÇÃO DOS QUADRINHOS.

Quadrinho – 1 Quadrinho – 2

A pobreza é entendida como fruto da ação dos homens, sendo resultado das
formas como estes pensam, interpreta e direciona a construção da história, da forma como
aceitam os padrões mínimos de sobrevivência de cada indivíduo presente na sociedade. A
pobreza é vista como decorrente da desigualdade social, acompanhando o processo de
agravamento desta. As ações dos homens são determinadas pelas relações de interesse
presentes na sociedade, são estes que escolhem a forma de organização da vida social.
As relações sociais nos mostram que a ideia vigente é realizar ações que garantam
o sucesso do capital. É necessário mostrar através da realidade, que se apresenta diariamente
nas ruas, que a pobreza deve ser enfrentada por ações concretas que busquem as causas
estruturais deste problema, mudando as formas de pensar a pobreza, os conceitos que foram
adotados historicamente com o objetivo de manter a ordem estabelecida. Torna-se necessário
que o indivíduo alcance sua autonomia e liberdade através da minimização da desigualdade
social e da garantia do acesso aos bens necessários para seu desenvolvimento.

QUAIS SÃO AS POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLOGIA DA


EDUCAÇÃO NO COTIDIANO DA SOCIEDADE ATUAL?

A Sociologia da Educação é hoje um campo tão fluido e tão indeterminado que


qualquer tentativa de apreender-lhe as principais perspectivas de análise e temas de pesquisa
torna-se bastante difícil. Embora boa parte dos estudos e pesquisas em educação exige a
utilização de alguma perspectiva sociológica, poucos pesquisadores, sobretudo no Brasil,
realmente se identificam como fazendo sociologia da educação.
Aquilo que hoje consideramos como sendo Sociologia da Educação está tão
identificado com um referencial crítico dos arranjos sociais e educacionais existentes,
principalmente no Brasil, que se torna difícil pensar que este nem sempre foi o paradigma
dominante. É muito difícil traçar a origem e a consolidação, mas seja lá onde as situarmos,
vamos encontrar uma disciplina acadêmica altamente envolvida numa aceitação e numa
justificação da ordem existente. E mesmo hoje ainda convive, lado a lado, uma sociologia da
educação extremamente cética com relação à ordem existente, baseada em geral em algum
modelo marxista, e outra, ainda fortemente inspirada pelo paradigma funcionalista e baseada
em metodologias de pesquisa declaradamente empiricistas, isto para não falarmos de
perspectivas que rejeitam ao mesmo tempo uma e outra abordagem. Como as sociologias da
educação de inspiração interacionista, fenomenológica ou etnometodológica.
Com o triunfo do capitalismo na Europa, anuncia-se o fim da modernidade e a
entrada no período da pós-modernidade. Declaram-se em crise as ciências sociais e os
métodos tradicionalmente aceitos de análise da realidade. A Sociologia da Educação não
poderia ter ficado de fora desta suposta crise. A sociologia da educação tem-se constituído
numa disciplina com vocação eminentemente crítica, sendo esta vocação, inclusive, um de
seus traços centrais, mas, repentinamente parece que essa crítica tinha estado centrada sobre
um alvo errado: o das relações entre os pérfidos aspectos da educação capitalista e a perversa
organização da economia capitalista.
Afinal não há nada de perverso no capitalismo, coincidindo este tipo de
organização econômica com a própria modernidade, com o próprio fim da história, com o
desenvolvimento máximo das possibilidades humanas. Por outro lado, somos advertidos de
que tudo aquilo que havia de mais sólido em nossos referenciais de análise e em nosso
mapeamento da realidade e da vida social desmanchou-se no ar. No reino do pós-moderno
não há nenhuma dinâmica central, nenhuma estrutura fundamental a explicar o funcionamento
global da vida social. O eixo da dinâmica social está em toda parte e em parte nenhuma.
Nossos referenciais habituais, aí incluídos aqueles que nos acostumamos a desenvolver e
anunciam-nos sem aviso prévio, deixaram de ser válidos. Esses dois processos aparentam ser
independentes, mas é impossível deixar de ver uma ligação entre o anúncio do triunfo do
neoliberalismo e a proclamação do advento do pós-moderno.
A sociologia da educação deve sua vitalidade e fecundidade à denúncia dos
aspectos de injustiça e desigualdade constitutivos da sociedade em que vivemos. Apesar do
proclamado triunfo do capitalismo e do neoliberalismo, esses aspectos estão longe de terem
desaparecido. Na verdade, não estamos presenciando o triunfo do neoliberalismo e do
capitalismo, mas de sua ideologia.
"Se agimos, somos responsáveis pelo que se realiza através de
nossa ação; se nos afastamos da ação, somos responsáveis pelo que não
fizemos."

Coletânea de imagens da frase citada acima, referente a felicidade, liberdade


e democracia:

Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03

Imagem 04 Imagem 05 Imagem 06


PROBLEMATIZAÇÃO E REFLEXÃO DAS IMAGENS
SELECIONADAS.

A cidadania é um conceito passível de muitas definições, nem sempre compatíveis


entre si. Não me proponho, neste artigo, a abordar a história desse conceito nem mesmo a
fazer uma comparação entre os diferentes significa dos que ele pode ter na atualidade.
Os homens desenvolvem uma relação individual com o sistema de valores da
sociedade à qual eles se referem e é isso que a ética significa. Então, isso quer dizer que
qualquer escolha ética é uma escolha individual. Indagar se uma escolha ética seria, então,
uma questão subjetiva. Para que isso seja compreendido pelos alunos é importante discutir a
diferença existente entre uma escolha individual e uma escolha subjetiva. A crítica das
modernas sociedades capitalistas passa necessariamente pela critica do individuo a separava.
O tema da cidadania guarda intersecções com o tema da moral. A própria
afirmação de que existam intersecções entre esses dois temas contém o pressuposto de que
eles não são idênticos, razão pela qual acredito serem desnecessários esclarecimentos
adicionais sobre o fato de que não pretendo, de forma alguma, identificar moral com
cidadania. Entretanto, embora moral e cidadania não se identifiquem, é bastante difícil alguém
defender um conceito de cidadania do qual esteja excluído qualquer parâmetro moral. E aí já
começa o problema com a cidadania, pois a sociedade capitalista é, por sua própria essência,
oposta ao desenvolvimento moral das pessoas.
O capitalismo é uma sociedade produtora de mercadorias. Marx mostrou que a
mercadoria é constituída por seu valor de uso e seu valor de troca. Se o valor de uso tem
características particulares em cada mercadoria, já o valor de troca independe dessas
características concretas, e se traduz simplesmente por uma relação quantitativa na troca entre
as várias mercadorias. O mesmo raciocínio aplica-se ao trabalho contido em cada mercadoria.
No valor de uso estão contidas as características específicas do tipo de trabalho necessário à
produção de uma determinada mercadoria. No valor de troca está contida uma quantidade de
trabalho humano abstrato.
A sociedade socialista deve satisfazer todos os carecimentos humanos, mas
deve decidir sobre a prioridade das satisfações através de um debate democrático sempre
renovado, seja a nível local como a nível nacional, como a participação de todos os que
esperam que seus carecimentos sejam satisfeitos. A irracionalidade de alguns modos da
satisfação reflete somente a coerção predominante numa sociedade e só pode desaparecer com
a gradual abolição daquela própria restrição.
CONCLUSÃO

Os fundamentos e dimensões do processo de ensino, aprendizagem e avaliação


abrangem questões amplas de seu contexto, circunstâncias, fatores e concepções. O que se fez
neste estudo foi rever e apontar alguns desses fundamentos e a perspectiva de
multidimensionalidade que orienta a compreensão das práticas didáticas que se realizam,
como práticas essencialmente educativas, em todas as áreas e cursos, sejam de estudos
básicos, gerais, seja de estudos específicos, profissionalizantes. Observou-se, também, que os
fundamentos que orientam as práticas educativas são reunidos, explicitados, definidos e
decididos coletivamente, pela comunidade acadêmica.
Ao finalizar este estudo, reafirmamos o princípio de que o ensino, a
aprendizagem, a avaliação constituem processos vinculados, cujo propósito e concepção
associam-se a fundamentos pedagógicos e princípios didáticos, que constituem suas
referências. É preciso, portanto, compreender os fundamentos para que se faça a melhor
opção, no sentido de processos e práticas didáticas construtivas, colaborativas,
emancipadoras. É nesse sentido que se realiza a formação humana para inserção na sociedade
e no mundo da ciência, da tecnologia e do trabalho.
BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, Alonso Bezerra de. SILVA, Wilton Carlos Lima da. Sociologia e Educação.
São Paulo - SP: Ed. Avercamp, 2006.

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INTERNET,http://nepo.com.br/2011/06/28/case-2-0-a-colaboracao-interna-da-alog/

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atravessando_a_rua.jpg

INTERNET, http://poesianocanto.blogspot.com.br/2011/12/analogismo.html

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