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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

TÍTULO: “Memória da Educação Escolar no Brasil


Contemporâneo”

Subtítulo: E.M.E.F. Profª. Sebastiana Cobra.

Período: Professora: Simone Custódio

Cidade: São José dos Campos – SP


A História da Fundação da Escola Municipal de Ensino Fundamental
“Profª. Sebastiana Cobra”

Nos anos 70, por iniciativa do então prefeito Sérgio Sobral de Oliveira, foram
criadas as escolas municipais de São José dos Campos. Foi então, que em 1975 surgiu a
Escola Municipal do Jardim das Indústrias para satisfazer as necessidades da população local
que crescia e não tinha uma escola de ensino fundamental.
Muitas vezes, crianças e adolescentes da região, tinham que atravessar a Rodovia
Presidente Dutra para estudar na escola mais próxima, no bairro Parque Industrial. A antiga
Escola Municipal do Jardim das Indústrias funcionou em salas de madeira no terreno onde
hoje se localiza a Paróquia São João Bosco. A primeira diretora da escola foi a Profª. Maria
América de Almeida Teixeira (1975-76). Como a população aumentava rapidamente, surgiu a
necessidade de um prédio maior e duradouro para a escola. No final dos anos 70 inicia-se,
então, a construção do atual prédio da escola. Nesse ínterim, em 1977, faleceu a Professora
Sebastiana Cobra, uma das primeiras professoras formadas na antiga Escola Normal de São
José dos Campos. Por decreto do prefeito Joaquim Bevilacqua (1978-1982) foi criado a
Escola Municipal Profª. Sebastiana Cobra. No início dos anos 80 (1980/81) a escola começou
a funcionar no atual prédio, na Rua dos Amores Perfeitos, 95, Jd. das Indústrias, com salas
mais amplas e em número maior. Em 1980 é criada a Biblioteca Vinicius de Moraes, hoje
com grande acervo para atender crianças, adolescentes e professores.
Nos anos 90 a escola passa a contar com dois períodos: manhã (ciclo II – antigas
5ª a 8ª séries) e tarde (ciclo I – antigas 1ª a 4ª séries). A escola vai recebendo outras
denominações: Escola de 1º Grau “Profª. Sebastiana Cobra” e, atualmente, Escola Municipal
de Ensino Fundamental “Profª. Sebastiana Cobra” Nesses 35 anos de funcionamento da
escola vários funcionários – desde a Equipe de Direção até a equipe de limpeza passaram pela
escola. Alguns foram se aposentando, outros removidos para outras unidades. Muitos dos
primeiros alunos de 35 anos atrás hoje são cidadãos responsáveis e pais dos atuais alunos que
hoje frequentam a escola. Todos nós professores, alunos e familiares somos um pouco
responsável por essa amizade duradoura entre a escola e a comunidade.
Projetos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª. Sebastiana Cobra:

 Feira do jovem empreendedor: tem o objetivo de incentivar a cultura


empreendedora junto ao publico jovem, por meio da apresentação e divulgação dos trabalhos
desenvolvidos pelos estudantes, com foco no empreendedorismo. Publico alvo são os alunos
de 9º ano do ensino fundamental e acontece no mês de outubro.
 Criança segura: tem o objetivo de levar informação sobre a prevenção de
acidentes com crianças e adolescentes, de promover a cultura de prevenção de acidentes
dentro e fora da escola com o intuito de reduzir o numero de mortes e hospitalização de
crianças e adolescentes até 14 anos, através da adoção de comportamento seguro. Publico alvo
são crianças, adolescente e toda a sociedade e acontece durante o ano todo.

Noticia jornalística

A pedido dos pais de alunos, a escola municipal Sebastiana Cobra, em São José
dos Campos (SP), instalou dezesseis câmeras de segurança pelo prédio, inclusive nos
banheiros utilizados pelos estudantes. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, os
equipamentos são fixos e voltados para os lavatórios, o que garante a privacidade. Ainda de
acordo com o órgão, apenas uma mãe reclamou da ação e teria solicitado a retirada dos
equipamentos.
O pedido específico das câmeras no banheiro teria sido feito para evitar
depredações no espaço, como lixos espalhados pelo chão e entupimento de vasos e pias, e
também para coibir intimidações e situações de bullying entre alunos de diferentes idades.
“Os alunos se sentem mais seguros com o monitoramento. Antes havia pichações e
intimidação dos alunos maiores com os menores”, afirmou a chefe de divisão de ensino
fundamental da Secretaria da Educação, Glícia Maria Figueira.
Para Miriam Abramovay, Coordenadora da Área de Juventude e Políticas
Públicas da FLACSO (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), o uso de câmeras e
sistemas de monitoramento nas escolas é uma forma de se tirar o foco da discussão sobre a
violência e colocá-lo nas medidas repressivas.
A chefe de divisão da secretaria de educação afirmou que os pais que desaprovam
a medida são convidados a dialogar com a comunidade escolar, mas também disse que não
está em discussão a retirada dos equipamentos, já que foi uma decisão aprovada pela maioria

Fotos
professora Sebastiana cobra
Sala de Educação de Jovens e Adultos

Principais momentos vividos na escola

Maria Aparecida Furtado, que exerceu o cargo de auxiliar de serviços gerais de 1983 a
2009 na escola “Profª. Sebastiana Cobra”, conta que viveu muitos momentos marcante na
escola, um deles foi o passeio para o parque Play Center com os alunos de 8ª serie no ano de
2007. A saída da escola foi pela as 08:00 horas da manha e quando chegaram já era 23:00
horas da noite, nenhum adolescente se perdeu e, Maria Aparecida andou em vários
brinquedos.
Outro também que foi maravilhoso, foi a ida o planetário, em São Paulo, um
passeio marcante, pois, pode ver muitas coisas que só se vê em filmes. Em 2008 teve o
passeio a Bienal do livro, em São Paulo, onde conheceu varias pessoas famosas como: Zibia
Gasparetto, Mauricio de Souza, Gabriel Chalita, Walcyr Carrasco entre outros. Quando estava
indo embora, viu o humorista Chico Anisyo e, sentiu não poder ter pego um autografo, pois,
já estavam todos entrando no ônibus para irem embora.

Tabela de estrutura da escola


nº das salas área (m²) capacidade finalidade à tarde
01 64,0 37 artes 3º A
02 64,0 37 matemática 3º B
03 64,0 37 matemática 3º C
04 64,0 37 matemática 5º A
05 64,0 37 português 5º B
06 64,0 37 português /inglês 5º C
07 64,0 37 português /inglês 5º D
08 64,0 37 história 1º A
09 46,0 37 inglês 4º A
10 46,0 37 história/geografia 4º B
11 46,0 37 ciências 2º A
12 46,0 37 ciências 2º B
13 46,0 37 geografia 2º C
14 70,0 70 sala multimídia
15 28,0 20 informática
16 15,7 06 lab. aprendizagem
17 136, 19 oficina
18 51,1 37 educação física
19 76,6 37 sala de leitura
20 22,1 06 banheiro feminino
21 4,20 02 almoxarifado
22 22,1 06 banheiro masculino
23 31,9 06 cozinha
24 31,2 08 atendimento
25 30,1 08 equipe liderança
26 30,0 10 sala professores
27 33,0 03 dentista
28 13,0 04 sala de recursos
29 21,6 06 secretaria
30 15,7 05 vestiário da quadra (masc.)
31 15,7 05 vestiário da quadra (fem.)
Escola em números

2
Numero de computadores para alunos
2
9
Numero de computadores para funcionários
9
1
Numero de sala de aula existente
9
1
Numero de sala de aula utilizada
9
6
Numero de funcionários
4

Biblioteca

Itens Resposta
existe uma pessoa responsável pela biblioteca (bibliotecário,
sim
professor, outra pessoa)?
existe uma pessoa responsável pela biblioteca (bibliotecário,
sim
professor, outra pessoa)?
os professores realizam trabalhos na biblioteca, fazendo uso dos sempre ou quase
materiais disponíveis? sempre
os alunos levam livros para casa? sim
os professores levam livros para casa? sim
não, porque não
membros da comunidade levam livros para casa?
querem
conservação - livros de estudo bom
livros de literatura bom
revistas de informação geral bom
jornais bom
revistas em quadrinhos bom
Método de ensino na aula de língua portuguesa

A professora de português, utiliza um método de ensina que esta funcionando


com os alunos de 7ª serie, pois, são vistos por todos professores da escola como a sala mais
difícil de se dar aula. O método já começa na organização da entrada dos alunos na sala de
aula, primeiro entra as meninas e depois os meninos, todos obedecendo ao mapa de sala, só
então a professora começa a realizar a chamada de presença, logo depois ela inicia o conteúdo
a ser ensinado em sala de aula através de explicações e leituras do texto do livro didático
( distribuído pela prefeitura municipal). Ao terminar esta etapa, a professora passa exercícios
a serem feitos na sala de aula e, enquanto todos fazem as atividades, ela chama aluno por
aluno na sua mês e começa a corrigir a tarefa da aula anterior e as tarefas de casa. A
professora faz anotações no livro de registro da sala, de quem realizou ou não todas as
atividade, tanto as atividades de sala de aula como as de casa e, os alunos que não tem bom
desempenho no estudo, leva um bilhete no caderno para a mãe ou pai ler e assinar. Pude
observar que este método esta funcionando como os alunos do 7º ano, pois nesta aula, em
especifico, e a que ela mais se comporta e prestam atenção ao professor.

A História da Educação escolar no Brasil Contemporâneo

A educação contemporânea pode ser analisada sob o prisma libertário em seus


mais diversos matizes. Um aspecto macropolítico, dizendo respeito às mediações entre o
Estado, a sociedade e a educação.
Trata-se de debater aquilo que a maioria dos educadores progressistas considera
óbvio: a educação pública e universal deve ser uma função do Estado. Mas será de fato
necessária esta mediação do Estado entre a sociedade e a educação? Uma educação gerida
pelo Estado não estará à mercê de seus interesses políticos e sociais? A comunidade não pode
gerar e gerir sua própria escola, organizando-a segundo seus interesses e necessidades? Em
outras palavras: entre o sistema público-estatal e o sistema privado de ensino, não podemos
viabilizar um sistema público-comunitário de ensino, com base nos princípios libertários?
O mundo contemporâneo, permeado pela velocidade das mudanças que impactam
os diversos aspectos da vida humana, apresenta-se como verdadeiro enigma para o processo
de formação dos indivíduos para a educação. Portanto, retoma-se, por exemplo, a velha e
inacabada discussão sobre se a educação tem um papel eminentemente transformador na
sociedade ou se os veículos fundamentais das mudanças nos processos de formação são de
condições materiais que cada sociedade apresenta. Nestes termos, a discussão pouco avança,
conseguindo apenas animar voluntarismos e experimentalismos educacionais que, muitas
vezes, perdem a capacidade de dialogar com as próprias mudanças e com os seres humanos
concretos que são por elas atingidos.
No Brasil, desde seu descobrimento a tarefa de implantação e de universalização
da educação escolar foi problemática, contudo, cabe ressaltar que embora ainda hoje não
chegue a ser universal, houve uma multiplicidade de modelos de escolarização ao longo de
nossa história. Num movimento que ganhou mais ênfase durante as discussões que nortearam
a redação da Constituição Federal promulgada em 1988 e que se agitou novamente em torno
das discussões sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, aprovada em
dezembro de 1996, alguns grupos bastante heterogêneos em sua composição defenderam e
têm defendido através de seus poderosos lobbies que a educação pública não pode ser
resumida à educação estatal, mas englobaria ainda outras modalidades de ensino. Um
exemplo típico seria a parcela das escolas confessionais que defendem para si próprias o
epíteto de escolas comunitárias, por pautarem-se em reais interesses sociais. Modelados na
chamada opção preferencial pelo pobre da Igreja latina americana e não em meros interesses
financeiros e empresariais, como as escolas privadas.
À parte dos verdadeiros e honestos interesses sociais das escolas, que em
alguns dos casos realmente existem, não podemos deixar de explicar que por trás
desta simpatia passa, sorrateiramente, o interesse de conseguir acesso às verbas que
o poder público destina à educação que, se não são no montante que seria
minimamente desejável para suprir nossas necessidades, também estão muito longe
de serem desprezíveis. Assim, a dita escola comunitária também receberiam verbas
estatais que, a principio, deveriam ser encaminhada apenas àquelas escolas cuja
manutenção e gerencia é função direta do Estado.
Hoje vemos a educação, antes de tudo, como uma função do Estado, assim como a
saúde; a iniciativa particular, no caso da educação, deve funcionar apenas no nível
complementar ou de escolha ideológica dos pais, portanto é, de nosso interesse deixando de
lado o juízo ético-político sobre essas escolas comunitárias, essa sua ação ou seu discurso,
pelo menos, é importante e profícua, pois coloca em xeque a exclusividade do Estado em
oferecer uma educação que seja pública, isto é, voltada para todos e para os interesses comuns
Esta escolha é, porém, bastante limitada, pois os currículos, atividades etc. são todos
definidos, regulamentados e fiscalizados pelo Estado.
Se estudarmos a questão conceitual do Estado moderno e a gênese da instrução
pública, fica claro que a educação como função do Estado é um fenômeno histórico, bem
definido e bem caracterizado; podemos precisar como, quando e por que surgiu, como se
desenvolveu, como se dá o funcionamento dos vínculos com o Estado, a que interesses ela
esteve e está vinculada, quais foram seus sucessos e seus fracassos e por que eles se deram.
Uma das funções determinantes na gênese histórica da instrução pública, talvez
mesmo a mais importante, foi a da promoção da nacionalidade. Em um contexto bem
específico da Europa da época, tratava-se de incutir na população um sentimento cívico de
nacionalidade que fortalecesse os laços eminentemente políticos que possibilitavam a
constituição dos Estados nacionais. Uma população largamente ignorante que pouco ou nada
conseguia enxergar além de sua estreitíssima esfera social precisava ver crescer em si mesma
um senso de abrangência quase que impensável: camponeses que nada conheciam além das
terras em que trabalhavam e das poucas pessoas com quem tinham contato, aldeões que muito
raramente conseguiam ultrapassar os limites da vila precisavam, de repente, conseguir intuir
limites geográfico-territoriais e populacionais muito além de suas capacidades, para poder
abarcar em si o conceito de nação e o de nacionalidade. A conceituação, porém, não era o
bastante: era preciso criar laços afetivos; o indivíduo precisaria sentir-se parte integrante da
nação para defendê-la, se preciso até com a própria vida. Sem dúvida alguma, a criação de
laços sociais, profundamente entranhados nos indivíduos, criaria uma "amarração" muito mais
forte. Podemos aqui traçar uma analogia com a teoria do poder de La Boétie: quanto mais
disseminado entre os indivíduos o sentido da nacionalidade, mais forte torna-se a Nação
mesma.
Neste contexto, urgia que aqueles indivíduos, em sua maioria iletrada e ignorante
desenvolvessem uma maior capacidade de abstração e conceituação, o que só seria possível
através da instrução, à qual eles só poderiam ter acesso caso as condições fossem
enormemente facilitadas. A educação pública tinha, pois, no momento de sua origem, uma
função política específica e importante a cumprir significava a manutenção e o crescimento do
próprio Estado - além de, é claro, acalmar os ânimos das massas que reivindicavam melhores
condições sociais de vida.
O processo que acontece tardiamente no Brasil é análogo a este, embora mudem
bastante as especificidades; a importação das ideias, porém, tanto do lado dos trabalhadores,
cada vez mais influenciados pelo crescente fluxo de imigração europeia que trazia para cá as
"visões da modernidade", quanto do lado dos republicanos que, profundamente embebidos
pelo positivismo europeu, vislumbravam um destino de "ordem e progresso" onde a educação
é peça-chave, garante a implantação de nosso sistema de instrução pública, muito embora os
interesses do Estado sejam outros.
Desse o período do Brasil colônia até hoje, várias lutas foram travadas por
educadores que resistiram e resistem à educação elitista e buscam travar discussões e ações
que correspondam aos anseios da população brasileira que há muito almeja ensino
democrático, gratuito e de qualidade.
Percebe-se, até aqui, que o Ensino, a Escola e a Educação Pública no país até
então tem servido à uma minoria da população e não contribui para o favorecimento de uma
sociedade que corresponda aos ideais da cidadania. Pelo contrário, o ensino brasileiro prima
pela divisão do trabalho manual e trabalho intelectual, estatele assim, a divisão de classe e é
definitivamente excludente. Pode-se, portanto, afirmar que o caráter da formação do homem
enquanto um transformador da sociedade, em prol da busca da igualdade de direitos e do
respeito mútuo, foi relegado a segundo plano. A educação brasileira ao contrário, difundiu os
ideais economicistas da ordem capitalistas.

Bibliografia

INTERNET,www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/3817/educacao-contemporanea-
ato-politico-ou-economico
INTERNET, www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos
INTERNET,sites.google.com/site/historia1958/35o-anos-da-emef-sebastianacobra/sebastiana-
cobra-biografia

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