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A partir de uma quebra de paradigma provocada pelo cientificismo do século XIX por

meio de ideias embasadas nos estudos da Antropologia, da Sociologia e de outras teorias


como a determinista e a darwinista, o Colonialismo começou a ser exercido por parte dos
europeus para com os africanos e asiáticos. Pode-se afirmar, assim, que tanto a imprensa
quanto tais teorias acima citadas e as mudanças socioeconômicas provocadas pela Revolução
Industrial foram fundamentais para convencer as massas de que o povo europeu era superior
aos demais e, por tal motivo, a colonização era legitimada.
É pertinente pontuar que a atuação do rei Leopoldo II da Bélgica por meio da
convocação da Conferência Geográfica de Bruxelas, fundamental no estabelecimento da
Confederação de Repúblicas Livres no Congo. Desse modo, percebe-se uma atitude que
insere os belgas na dinâmica imperialista e ralenta o protagonismo francês e inglês. Como já
abordado anteriormente, com a legitimidade do colonialismo e a noção de superioridade
europeia, o rei Leopoldo II da Bélgica foi eleito para o cargo de presidente provisório da
confederação, de maneira a excluir toda e qualquer participação africana.
Além disso, também é necessário destacar que o Colonialismo europeu do século XIX
possui duas fases, sendo a Conferência de Berlim, em 1870, o divisor de águas do período em
questão. Em um primeiro momento, percebe-se um protagonismo por parte da Inglaterra e
após a conferência citada, é notória a presença de mais países na dinâmica colonialista
europeia. A Guerra Franco-Prussiana é, também, um outro marco da Unificação Alemã,
acontecimento que reflete nas relações entre os europeus e o resto do mundo, uma vez que a
França e a Grã-Bretanha deixam de ser as protagonistas do Sistema Internacional como visto
na primeira fase e, assim, também deixam de ser as únicas potências imperialistas envolvidas
na colonização de outros povos.
Portanto, pode-se concluir que a união das mudanças econômicas, sociais e
intelectuais presentes no século XIX abriram caminho para o imperialismo europeu. Dessa
maneira, pode-se destacar o interesse inglês em controlar as rotas comerciais para a Índia por
meio do controle do Canal do Suez e do Mar Vermelho. Além disso, também é notória a ação
dos missionários atrelada à noção de superioridade europeia como a sociedade modelo e mais
evoluída. Por meio de tais eventos, em 1905, o continente africano é plenamente dividido e tal
cenário é fundamental para a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.

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