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SUMÁRIO 1 - APRESENTAÇÃO

1- Apresentação e metodologia ....................................................................................... 2 O município de Petrópolis é conhecido nacionalmente e


2- Características gerais .................................................................................................... 3 internacionalmente como a Cidade Imperial, cidade rica em história e cultura.
A cidade já foi a capital do país em diversas ocasiões, local de residência de
3- O 1º Distrito e a habitação ............................................................................................ 4
verão do Imperador, importante via de escoamento de produtos agrícolas
4- Tipologias e padrões construtivos ........................................................................... 6 entre outras funções.
4.1 Tipo I .............................................................................................................................. 6 Entretanto, a cidade possui uma série de desafios urbanísticos, que tornam a
4.2 e 4.3 Tipo II e III ......................................................................................................... 7 vida da população local complicada, como um elevado déficit habitacional,
uma hidrologia que transborda constantemente, e trânsito lento, dentre
4.4 e 4.5 Tipo IV e V ......................................................................................................... 8 outros.
4.6 e 4.7 VI e VII ................................................................................................................ 9 Nesse sentido, o objetivo deste caderno é diagnosticar esses problemas
5- Habitação de interesse social e déficit habitacional ...................................... 11 estruturais em consonância com uma visão crítica, de forma a propiciar uma
6- Relevo ................................................................................................................................. 14 melhor compreensão dos desafios para a cidade, e melhor informar um futuro
projeto de intervenção.
7- Permeabilidade do solo .............................................................................................. 15 Para tanto, foram colhidos dados das mais diversas fontes, bem como
8- Vegetação e APA Petrópolis ...................................................................................... 16 produzido dados e mapas para melhor compreensão do diagnóstico. Além
9- Vegetação .......................................................................................................................... 17 disso, os temas foram separados em 3 eixos: Meio Ambiente, Mobilidade e
Habitação.
10- Clima ................................................................................................................................ 18
Nesse sentido, esperamos colaborar com o debate sobre a cidade, de forma à
11- Acidentes ......................................................................................................................... 19 promover uma melhoria na vida dos habitantes.
11.1 Reportagens ........................................................................................................... 20
12- Incêndio .......................................................................................................................... 22 METODOLOGIA
13- Drenagem e manejo de águas ................................................................................ 23
13.1 Rio Piabanha .......................................................................................................... 24 Este trabalho tem por objetivo a realização de um diagnóstico em
13.2 Rio Quitandinha ................................................................................................... 25 macroescala do 1° distrito de Petrópolis, levando em consideração suas
13.3 Rio Palatino ............................................................................................................ 26 características geofísicas, socioculturais, de infraestrutura, entre outros, de
modo à permitir um entendimento dos problemas que o permeiam.
14- Sistema de esgoto ........................................................................................................ 27 Nesse sentido, foram determinados 3 eixos para diagnóstico: Habitação; Meio
15 - Sistema de abastecimento de água .................................................................... 28 Ambiente e Saneamento básico; Mobilidade. À partir desses eixos, foi
16 - Coleta de lixo ............................................................................................................... 29 realizada uma pesquisa através de materiais e ferramentas de disponibilidade
17 - Mobilidade urbana .................................................................................................... 30 pública, como artigos, documentos governamentais, dados cadastrais, Google
Earth, por exemplo.
18 - Dilema do número de automóveis .................................................................... 32 À partir dos dados, foi possível compreender o contexto, e explicitá-los de
19 - Vias ................................................................................................................................... 32 um ponto de vista crítico, bem como elaborar definições e mapas,
20 - Transporte público ................................................................................................... 34 relacionando-os com as percepções locais de forma a permitir uma
compreensão ampla e fiel da realidade, mas sem deixar de considerar os
21 - Mobilidade ativa ......................................................................................................... 35
fatores subjetivos, como relação de poder, interações sociais entre outros.
22 - Considerações finais ................................................................................................ 36 Assim, obteve-se um diagnóstico que abrange, de uma visão ampla, crítica e
23 - Referencias bibliográficas ..................................................................................... 37 fiel do 1° distritos e suas dinâmicas urbanas.

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2 - Características Gerais: O município é organizado em 5 distritos, conforme
apresentado a seguir:

Posse

Pedro do Rio

Itaipava

Cascatinha

Petrópolis
Figura 3: Planta de planejamento Koeler - Fonte: Plano
Diretor de Petrópolis, 2014.

Figura 2: Mapa da Divisão dos Distritos de Petrópolis


Figura 1: Mapa de Localização de Petrópolis - Fonte:
- Fonte: PMRR, 2017. (modificado pelo autor)
Plano Municipal de Redução de Riscos No final do século XIX, um dos mais importantes
(PMRR,2017).
O 1º Distrito foi o primeiro a ser urbanizado, sendo polos têxtil do país instalou-se na cidade, com a
fundado junto com a cidade em 16 de março de 1843, Imperial Fábrica de São Pedro de Alcântara, a
O município de Petrópolis se encontra na Serra do Companhia Petropolitana, as Fábrica Aurora,
a decreto do Imperador Dom Pedro II (Prefeitura
Mar, no Estado do Rio de Janeiro, ocupa uma área de Werner, Santa Helena, Dona Isabel e Cometa
Municipal de Petrópolis, 2016). Se localizou nas
811 km², e possui uma população de 307.144 tornando a cidade atrativa e trazendo uma maior
propriedades da Fazenda do Córrego Seco, que foi
habitantes (IBGE, 2010). Está Situada À 854m de população fixa. Nessa época, Petrópolis chegou a
comprada pelo pai e antecessor de Pedro II, Pedro I.
altura em relação ao nível do mar e distante 68 km possuir cerca de vinte e nove mil habitantes fixos, e
O distrito, naquela época, cidade, foi projetado pelo
por estrada da capital do estado, Rio de Janeiro atingindo cerca de trinta e cinco mil no verão (Santos
major Júlio Frederico Koeler, à pedido do imperador,
(Santos e Matos, 2017) . Em 2018, a cidade foi e Matos, 2017).
e obedecia o relevo, com as Residências localizadas
integrada à região metropolitana do Rio de Janeiro Desde a sua fundação até os dias de hoje, manteve
nos fundos dos vales e os rios sendo canalizados e se
(Diário de Petrópolis, 2018), e é conhecida por sua essa características de possuir casas de segunda
tornando parte da paisagem urbana, ao serem
gastronomia e seus pontos turísticos históricos. residência das classes média e alta cariocas,
colocados entre as ruas.
Em sua fase inicial, a cidade teve o propósito de ser tornando-a também em um polo turístico, que gerou
um local de residência de veraneio das elites uma forte ligação com o Rio de Janeiro (Prefeitura
imperiais, entre eles, o próprio imperador e sua Municipal de Petrópolis, 2016).
família (Ambrozio, 2008).

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3 - O 1º Distrito e a Habitação
A População do município de Petrópolis, é, de acordo com dados do PMRR
(2018) de 295.827, e grande maioria, isto é, cerca de 63% da População do
município reside no 1º (primeiro) Distrito (Plano Diretor de Petrópolis, ).
A densidade média no distrito é de 1080,5 habitantes por km², quase 3 vezes
22% maior que a densidade média da cidade, que é de 371,8 habitantes por km².
Devido à essa grande densidade, de acordo com o IBGE, o distrito é
caracterizado como área urbana.

63% 07% Áreas Urbana e Rural pelo Critério do IBGE

Petrópolis distrito
Petrópolis rural
05% Petrópolis urbano
03%

Petrópolis
Cascatinha Distribuição populacional IBGE
Itaipava
Pedro do Rio Figura 4: Gráfico de Distribuição Populacional em Petrópolis RJ -
Posse Fonte: Plano Diretor de Petrópolis, 2014

Figura 5: Tabela de Distribuição de áreas e População em Petrópolis RJ -


Tabela 1: Tabela de Distribuição de áreas e População em Petrópolis RJ - Fonte: : PMRR, 2017. (modificado pelo autor)
Fonte: : PMRR, 2017. (modificado pelo autor)

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O distrito se divide em bairros de acordo com o mapa à seguir:

Relação do Primeiro distrito ao


município de Petrópolis

Figura 6: Mapa de delimitação dos Bairros do 1º Distrito - Fonte: PMRR, 2017.


(modificado pelo autor)

Os bairros que apresentam maior concentração populacional são o Centro, o


Quitandinha e a Mosela (tABELA 2).
De acordo com os dados fornecidos publicamente pela Prefeitura de Petrópolis,
o distrito conta com cerca de 188.000 habitantes.
Tabela 2: Tabela de Distribuição Populacional nos bairros no 1º
Distrito - Fonte: PMRR, 2017.

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4 - Tipologias e Padrões construtivos:

“Na arquitetura das edificações predominam os


"puxadinhos" ou os "edifícios-carimbo", reproduzidos ad
infinitum, independentemente do lugar e do clima onde
estão inseridos. São, de um lado, casas e comércios
construídos pelos próprios moradores, de outro, no setor
privado e nos programas governamentais de habitação, são
projetos elaborados não sob a lógica da qualidade
arquitetônica, mas da garantia da rentabilidade do negócio
frente aos valores subsidiados pelos programas e os limites
de renda dos compradores.” (Rolnik 2015)

Figura 7: Propriedade no Quitandinha - Fonte: Zap Imóveis (2021).


Para a determinação das Tipologias, foram extrapoladas, à partir dos dados
fornecidos pelo PMRR à respeito de qualidade das construções, bem como a
pesquisa pelo autor, as definições. As Tipologias serão separados em 7, de
acordo com características explicitadas e observáveis.

4.1 -Tipo I:
Construções bem estruturadas, normalmente seguidas de algum
acompanhamento técnico;
Com acabamento de nível médio a alto;
Ocupando lotes com formação ordenada e baixa taxa de ocupação;

São Propriedades normalmente voltadas para as elites, tanto da própria cidade


como também da elite carioca em geral. Muitas vezes essas propriedades se
localizam em condomínios fechados.
Em Geral, tem parte da responsabilidade pela especulação imobiliária que vêm
acontecendo na cidade, com algumas dessas propriedades sendo avaliadas em Figura 8: Entorno da Propriedade no Bairro Quitandinha - Fonte:
dezenas de milhões de reais (Viva Real). Google Earth (2021).

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4.2 -Tipo II 4.3 - Tipo III
Construções providas de estruturas executadas normalmente sem controle Construções bem estruturadas, seguidas de acompanhamento técnico;
tecnológico; Com acabamento de nível médio a alto;
Com acabamento de nível baixo, ou muito baixo; Ocupando lotes da área central com formação ordenada e taxa de ocupação elevada;
Ocupando grandes propriedades urbanas ou rurais com baixa taxa de Adensamento vertical;
ocupação localizadas em áreas com grau de adensamento baixo;
Uso normalmente residencial e/ou rural; Esse tipo de propriedade possui um grande impacto na especulação imobiliária.
Geralmente, empreiteiras procuram construir esse tipo de moradia na busca pelo lucro,
Essas Propriedades Costumam Ser utilizadas Também pelos Veranistas. São em regiões centrais, gerando gentrificação e expulsando as famílias com renda mais
Propriedades que utilizam de vastas áreas e com um uso inadequado, com essas baixa das regiões centrais. (Inda, 2003)
terras podendo ser muito melhor utilizadas para agricultura.

Figura 9: Propriedade Rural Na Fazenda Inglesa - Fonte: Figura 11: Apartamento no Centro de Petrópolis - Fonte:
ZapImóveis, 2021. Google StreetView, 2021.

Figura 10: Entorno da propriedade na Fazenda Inglesa - Fonte: Figura 12: Entorno do Apartamento no Cenro - Fonte:
Google Earth 2021. Google Earth, 2021.

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4.4 - Tipo IV 4.5 - Tipo V
Construções providas de estrutura, executadas normalmente sem controle
tecnológico;
Construções bem estruturadas, normalmente seguidas de algum
Com acabamento de nível muito baixo;
acompanhamento técnico;
Ocupando lotes com formação ordenada e taxa de ocupação elevada em áreas
Com acabamento de nível médio;
de adensamento urbano;
Ocupando lotes com formação ordenada e taxa de ocupação elevada em
áreas de adensamento urbano
São Imóveis geralmente construídas em um regime de semi-precariedade, por uma
classe média baixa que vê cada vez mais sua renda sendo precarizada. Clara, 2010)
São, em Geral, destinadas as classes médias altas das cidades. (Inda, 2003)

Figura 15: Imóvel no Alto da Serra - Petrópolis - Fonte: VivaReal,


2021.

Figura13: Imóvel no Valparaíso - Fonte: Figura 14: Entorno do Imóvel no


VivaReal, 2021. Valparaíso - Fonte: Google Earth, 2021.

Figura 16: Entorno do Imóvel no Alto da Serra - Fonte: Google


Earth, 2021.

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4.6 - Tipo VI 4.7 - Tipo VII
Construções providas de estrutura, executadas normalmente sem controle Construção desprovida de estrutura ou provida de estrutura precária;
tecnológico; Em sua maioria sem acabamento, formação desordenada de lotes;
Com acabamento de nível muito baixo ou sem acabamento; Localização de áreas isoladas, formando aglomeração de construções;
Ocupando lotes com formação desordenada e taxa de ocupação elevada em •Normalmente desprovidas, ou providas indevidamente, de serviços
áreas de adensamento urbano; urbanos.

Figura 19: Imóveis aglomerados no Bairro Independência. Fonte:


Figura 17: Casa no Alto da Serra - Fonte: Google Street View, 2021.
Google StreetView, 2021.

Figura 18: Entorno do imóvel no Alto da Serra - Fonte: Google


Figura 20: Entorno dos imóveis no Bairro Independência - Fonte:
Earth, 2021.
Google Earth, 2021.

Geralmente Pertencentes à uma Classe C precarizada, em áreas já consolidadas, São as chamadas Favelas, em que estão as parcelas mais vulneráveis da
e próximas das áreas com uma ocupação já existente por uma classe mais alta. população.

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Assim, foi possível notar a distribuição de tipologias mais estruturadas e de melhor acabamento mais próximos ao centro do distrito, bem como uma aglomeração e alta
densidade, mostrando uma desigualdade espacial.

Assim, foi possível notar a distribuição de


tipologias mais estruturadas e de melhor
acabamento mais próximos ao centro do
distrito, bem como uma aglomeração e alta
densidade, mostrando uma desigualdade
espacial.

Figura 21: Mapa de localização das tipologias - Fonte: PMRR,


2017. (modificado pelo autor)

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5 - Habitação de Interesse Social e Déficit Habitacional:
O Município de Petrópolis possuía, em 2012, 29.023, domicílios em áreas de interesse social, dos quais
19.697 apenas no primeiro distrito (PLHIS, 2012).
No mesmo ano, o Município apresentava um déficit quantitativo habitacional de 11.828 moradias, dentre as
quais, 5.213 em assentamentos precários (Santos e Matos, 2017). De acordo com o Plano Local de Habitação de
Interesse Social de Petrópolis (PLHIS, 2012), cerca de 21.395 domicílios possuem algum tipo de carência de
infraestrutura ou regularização fundiária, e 11.568 residências classificadas como unidades de Risco Alto ou
Muito Alto, em relação ao escorregamento de encostas
O Primeiro distrito dezenas de áreas classificadas como não consolidáveis ou de alto risco, em razão da
possibilidade de desabamento das encostas (Figura 22). No total, são 2.786 habitações em risco muito alto e
4.290 em risco alto, apresentando os piores níveis de risco do município as moradias em situação de risco
situadas naquela área, segundo os dados do PHILS de Petrópolis, 2012, somam 7.076 residências, restando,
portanto, um saldo de 4.082 moradias em risco sem respaldo no planejamento municipal. A maioria dos
imóveis em situação de risco não está diagnosticada no planejamento de habitação do Município
A situação de risco decorre do fato de a cidade ter sido construída entre montanhas que apresentam um
alto índice de risco geológico por condicionantes naturais, e ainda pela densa ocupação de suas encostas após
a década de 1950 devido ao aumento da escassez de terras nos fundos dos vales (Figura 23).

Figura 22: Mapa da Localização


das áreas de risco - Fonte:
PMRR, 2017. (modificado pelo
autor)
Figura 23: Mapa do Histórico de Ocupação em Petrópolis
- Fonte: Prefeitura de Petrópolis, 2014.

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Esta soma de fatores transforma parte do território urbano em uma grande área de situação de
risco, principalmente o Primeiro Distrito, que concentra a maior parte da população, e tem relevo
mais acidentado.

Figura 24: Foto aérea mostrando a localização


entre-vales dos imóveis em Petrópolis - Fonte:
Plano Diretor de Petrópolis, 2014.

De acordo com dados do PMRR, as seguintes áreas são de maior risco de


desastres naturais:

Figura 25: Mapa das áreas


de risco no 1º distrito -
Fonte: PMRR, 2017.
N

Tabela 3: Tabela com as áreas de Risco no 1º Distrito - Fonte: PMRR, 2017


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O poder público municipal mostra desconhecimento aprofundado no Já o Plano diretor de Petrópolis, 2013, demarca as existentes Áreas Especiais de
potencial fundiário da cidade. Isso pode ser observado pela falta de um Interesse Social, ou seja, terrenos e imóveis ociosos ou de baixo padrão em áreas
mapeamento mais abrangente das áreas ociosas urbanas. O PLHIS de Petrópolis centrais do Primeiro Distrito, contando com infraestrutura e serviços públicos já
(2012) não abarca um diagnóstico preciso sobre as áreas ociosas, nem a sua existentes.
identificação, para compor a política habitacional. Com isso, retira a As Áreas Especiais de Interesse Social no distrito se dispõem da seguinte forma:
possibilidade de incluir um importante potencial da cidade para a promoção de
moradia social.
Entretanto, de acordo com Santos e Matos (2017), o mapeamento que foi
realizado pelo poder público chegou às seguintes conclusões:
N

Tabela 4: Tabela comparativa entre demanda e oferta de Terras aptas no


Primeiro distrito - Santos e Matos, 2017 Figura 26: Mapa da distribuição da Aeis no 1º Distrito - Fonte: Prefeitura de
Petrópolis, 2014. (modificado)

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N
6 - RELEVO

O relevo de Petrópolis (e consequentemente do 1° Distrito) é bastante acidentado, com poucas áreas


planas, por possuir muitos afloramentos rochosos com pouca cobertura vegetal, conforme pode-se ver no
mapa à direita, os afloramentos rochosos ocupam basicamente todo o distrito em questão. Além da pouca
cobertura vegetal, ele é o que tem a maior densidade de ocupação humana da cidade, o que diminui a
permeabilidade do solo. Esses fatores potencializam movimentos de massa.
Ao longo da cidade é bem notável a presença do relevo, a maioria das ruas são subidas/descidas e os
terrenos raramente são planos, o que resultou na adaptação da arquitetura. Um problema quanto a isso é o
aumento de risco de acidentes por deslizamentos que acontecem há décadas na cidade, principalmente em
áreas com construções irregulares em áreas de risco.
No mapa à esquerda tem em 3d a topografia de Petrópolis, o 1° tem a altitude de 800 a 1300 m o que
interfere na vegetação local e em diversos outros fatores como os fatores climáticos.

Figura 27 :Relevo 3D do 1º Distrito Área onde não há ocupação humana ou a ocupação é baixa
Fonte: Google Maps - 2021 Área onde a ocupação humana é predominante

Figura 28: Topografia em 3D do município de Petrópolis com


destaque para o 1º Distrito (adaptado)
Fonte: FUNDAÇÃO COPPETEC - 2007

Modelo 3D:
Elevação (metros)

0 - 300
300 - 600 1300 - 1600
600 - 800 1600 - 1800
800 - 100 1800 - 2200
1000 - 1300 2200 - 2500 14
N
7 - PERMEABILIDADE DO SOLO

O primeiro distrito é o mais populoso e o com os maiores centros comerciais e


industriais, por conta desse maior número de pessoas e atividades o índice de
ocupação e permeabilidade do solo são diretamente afetados. O mapa a
esquerda é o primeiro distrito centralizado, como visto em marrom escuro a
ocupação é bastante ampla em certos pontos como o Centro, Valparaíso e
bairros prioritariamente residenciais próximo do Centro como Quarteirão
Brasileiro e Alto da Serra por exemplo.

Figura 30: com partes dos distritos de Cascatinha e Itaipava


Fonte: Google Maps - 2021

Figura 29: com o !º Distrito centralizado N


Fonte: Google Maps - 2021

Área em que sua maior parte não esta ocupada


Área em que sua maior parte está ocupada
Principais vias

No mapa a direita os distritos de Cascatinha e Itaipava estão centralizados com a


intenção de comparação com o distrito de estudo, neles como visto os índices de
ocupação e permeabilidade são bem menores por conta de suas atividades.

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8 - Vegetação e APA Petrópolis (Área de Proteção Ambiental)

APA Petrópolis - Área de Proteção Ambiental de Petrópolis


A APA está inserida no corredor de biodiversidade da Serra do Mar uma das áreas mais ricas de
biodiversidade da Mata Atlântica, em toda a sua extensão há 50% de Mata Atlântica.
Foi a primeira área de proteção ambiental criada no país, abrange parte dos municípios de
Petrópolis, Magé, Duque de Caxias e Guapimirim, num total de 59.049 hectares.
Tem como função proteger a natureza, fazer a manutenção e preservação da diversidade biológica,
dos ecossistemas naturais, recuperar ecossistemas degradados dentre outros.
O 1° Distrito esta praticamente todo dentro da APA (figura 32) portanto há uma maior preservação
ambiental assim como o 2° Distrito.

Figura 31: Epífitas


Fonte: site meio ambiente cultura mix - 2021

Figura 32: Áreas de Proteção e de Parques Estaduais e Federais em Petrópolis


Fonte: Área de Proteção Ambiental da Região Serrana de Petrópolis - 2010

O tipo de vegetação presente no 1° Distrito é a floresta Ombrófila Densa,


que é dividida em:
• Floresta Ombrófila Densa Submontana - que localiza-se no limite sul-su-
deste da APA Petrópolis.
• Floresta Ombrófila Densa Montana - é o tipo de vegetação mais comum
da APA e também o mais alterado pela paisagem urbana e rural.
• Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana - se distribui pelas proximidades
do Parna Serra dos Órgãos e em ilhas de vegetação a noroeste da APA.
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9 - VEGETAÇÃO

O primeiro distrito está dentro da APA (Área de proteção ambiental) e uma parte da vegetação da APA é de vegetação secundária (tanto áreas com diferentes padrões de
regeneração, quanto áreas naturais ou em regeneração submetidas a diferentes níveis de degradação, devido a fatores como fogo e exploração de madeira).
Por conta do grande percentual do ocupação prioritariamente residencial e comercial no centro do distrito há uma diminuição da vegetação, representado no mapa como
"área urbana" com a cor vermelha. Entre os pontos vermelhos há umas pequenas áreas de mata urbana em estágios de sucessão variados. Outro ponto a ser destacado são os
afloramentos rochosos entre os espaços urbanos que são espaços onde não é possível ter construções e por isso acabam incentivando os espaços com vegetação. Próximo dos
limites do distrito há nas cores rosa/ roxo espaços agrícolas e conforme observado a vegetação nativa em áreas tidas como agrícolas são mais predominantes.
No município de Petrópolis a área antropomorfizada é de 12%, já no Primeiro Distrito é de 26% no qual é a maior de todos os distritos. Já a região de mata, o município tem
42% e o 1° Distrito tem 57% sendo juntamente com Cascatinha os mais altos do município por conta da presença da APA na região, portanto a preservação ambiental é
consequentemente maior. A área de "campo" no município é de 41% e o 1° Distrito possui 14% dessa área que é bem menor quando comparadas aos demais distritos, fato
explicado pela antiga conversão de terras agrícolas em áreas urbanas na 2º metade do século XX, quando o município viveu seu pico de crescimento pela atividade industrial e
urbana. A classe "campo" embora não ocupadas com maior densidade de edificações, é considerada também um espaço antropomorfizado, principalmente por se constituir
em grande parte por áreas com desmatamento antigo, resultado de um passado agrícola, ou por serem ainda áreas com cultivos instalados.

Figura 33:Uso e ocupação do solo


Fonte: Plano Diretor - 2013

Em porcentagem Figura 34: Mapa de vegetação


Fonte: Terra Nova - 2005

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10 - CLIMA

A cidade de Petrópolis fica durante a maior parte do ano sob a Massa Tropical Atlântica na possui como características temperaturas médias e umidade elevada. Conforme o
gráfico pode-se ver a distribuição das precipitações ao longo do ano (que são cerca de 2.200 mm anuais), as chuvas se concentram de novembro a abril "período caracterizado
por um excedente hídrico devido a alta pluviosidade do verão. A intensidade das chuvas combinados com os usos do solo contribui para que seja o período em que se
concentram os registros de transbordamento de rios e movimentos de massa" (ZEE,2007).
A temperatura no Município é amena, com média anual em torno dos 19°C. No mês mais quente, a temperatura média pode atingir os 23°C e a média do mês mais frio é de
15°C, conforme o gráfico de temperatura e zona de conforto, Petrópolis em nenhum momento do ano está dentro da zona de conforto.
Muitas residências e até mesmo hotéis na região (com fonte em pesquisas realizada pelo grupo) não estão preparadas para o frio, o isolamento térmico comum em construções
na região não é o suficiente para épocas do ano mais frias, resultando em certos danos físicos às pessoas no local.
Em épocas de chuvas, as calçadas (que estão sem manutenção) formam poças de água (na Av Koeller, no Centro por exemplo) fazendo com que os pedestres muitas vezes
tenham que andar na rua. Em ruas que não são planas, há um fluxo de água de chuva que desce de forma abrupta quando está chovendo, indicando uma falta de lugares para
escoamento de águas da chuva.

Gráfico de chuva Gráfico de temperatura e zona de conforto

Figura 35: Fonte: Projeteee - 2021 Figura 36: Fonte: Projeteee - 2021

18
11 - ACIDENTES

Com base nos dados dos desastres de 2013 a maioria (75, 25%) dos casos de delineamento foram no primeiro distrito totalizando 1128 casos. Os bairros afetados em ordem
decrescente foram: Quitandinha, Alto da Serra, Independência, São Sebastião, Castelânea, Bingen, Centro, Siméria e Valparaíso.
Ao longo do primeiro distrito são 18 abrigos e pontos de apoio à população e 36 profissionais de assistência social e psicólogos. Defesa Civil (atende a população e tem ações
preventivas) e o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) implantou no município um Sistema de Alerta de Cheias, com o objetivo de informar as autoridades e a população
quanto à possibilidade de chuvas intensas e de inundações graduais (cheias) que possam causar perdas materiais e humanas.
Como visto nas reportagens é histórico da cidade ter acidentes por cheias e deslizamentos, todos os anos acontecem os mesmos acidentes e nunca nenhuma providência que
de fato resolva foi tomada.

Mapa com os acidentes


N

Locais em ordem decrescente destacados no mapa: Quitandinha, Alto da


Serra, Independência, São Sebastião, Castelânea, Bingen, Centro, Siméria e
Valparaíso.
Os acidentes se concentram em uma área entre o centro e sul do distrito de
estudo, são áreas relativamente próximas.

Legenda
Locais com maior índice de acidentes
Círculo onde há os maiores índices de acidentes
afim de destacar a proximidade dos acidentes

Relação do Primeiro distrito ao


município de Petrópolis
Figura 37: mapa de acidentes
Fonte: desenvolvido pelo grupo - 2021

19
Figura 38: Manchete de jornal destacando
o fator histórico de acidentes
em Petrópolis.
Fonte: Diário de Petrópolis -2021
Figura 39: reportagem
Fonte: G1 - acesso em 2021

20
Figura 40: reportagem Figura 41: reportagem
Fonte: G1 - acesso em 2021 Fonte: G1 - acesso em 2021

21
12 - INCÊNDIOS

São um problema bastante comum no município de Petrópolis, a maioria acontecem no


distrito de Itaipava, porém também é comum no distrito Petrópolis porém com menor
intensidade.
Nem sempre a causa dos incêndios são de forma natural, muitas vezes eles tem origem de
forma criminosa ou por acidente devido a falta de conhecimento da população.
A época mais crítica é entre os meses de julho e setembro, com seu auge no mês de agosto,
quando os índices de pluviosidade estão baixos.
O ruído e a poluição do ar são notados há muitos quilômetros de distancia por reside em
áreas próximas. Muitas vezes o fogo se alastra rapidamente por conta da influencia do
vento.
Não informações nos documentos da prefeitura a respeito do índice de poluição do ar e
do nível de ruído causado pelo fogo em decibéis.
Além dos sérios danos à população por conta dos incêndios, a flora e fauna são os que mais
sofrem com isso, muitos animais e a vegetação nativa acabam morrendo demorando anos
para se recuperar.

Figura 42: reportagem


Fonte: G1 - acesso em 2021 Figura 43: reportagem
Fonte: Diário de Petrópolis - acesso em 2021 22
13 - DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS
Sistema de alerta de cheias Ocupação urbana
Média densidade
N
“A falta de instrumentos legais de planejamento urbano e de controle são fatos decisivos para Baixa densidade
as situações urbanas hoje encontradas tais como: a ocupação de encostas e de várzeas, de Estações
loteamentos irregulares, comprometimento sanitário e ambiental, e consequentemente da Pluviométrica
qualidade de vida das populações envolvidas” (PDD, 2006) Pluviométrica e fluviométrica
Conforme o Plano Koeller, Petrópolis historicamente começou ocupando os vales ao longo do
Hidrografia
rio Piabanha, inspirando-se na geografia e no planejamento urbano de algumas cidades
Região hidrográfica
alemães.
Conforme o plano houve uma determinação que os rios deveriam correr na frente e não nos Piabanha
fundos das residências, previa as dimensões dos lotes, o gabarito das construções, canalização
dos rios com arborização em suas margens a fim de evitar problemas de inundações. Outra
preocupação era estabelecer uma reserva no alto das montanhas e colinas, com cobertura
Figura 45: mapa de alertas e cheias
florestal para conservação das águas e para evitar o deslizamento de encostas.
Fonte: Plano diretor - 2014
De acordo com o Diagnóstico do Plano Diretor Participativo de Petrópolis, “com o passar do
tempo, em função da pressão da demanda imobiliária e de uma certa perda da consciência
Área urbana na bacia do Rio Quitandinha, em 1966 e 2008 e a indicação
ambiental presente no Decreto Imperial 155 e refletido no Plano Koeller, esses princípios, tão
dos 15 locais mais críticos pelas inundações
atuais em função dos condicionantes geomorfológicos da região, foram abandonados pouco a
Figura 46: mapa Fonte: Artigo Daniel Taboada Placido - UFF - acesso em 2021
pouco”.
A partir da década de 1970, a especulação imobiliária do município teve um grande aumento,
contribuindo com o desrespeito
ao planejamento urbano ainda vi-
gente. A ocupação desordenada por
conta do grande interesse imobiliá-
rio da região e a falta de critérios pa-
ra a autorização de construções em
localidades ambientalmente frágeis
(como encostas de morros, margens
de rios e etc).

Figura 44: Planta de planejamento


Koeler - Fonte: Plano
Diretor de Petrópolis. - 2021
23
13.1 - RIO PIABANHA

O Rio Piabanha é o principal canal de macrodrenagem do município, ele se estende por 80


km e banha além de Petrópolis, Areal e Três Rios. Ele é canalizado no 1 distrito (com muro de
concreto, gabião e alvenaria de pedra nas margens) há também obras que foram realizadas de
drenagem e limpeza do rio. Nos demais distritos, ele segue com seu curso natural em sua maior
parte e também poucas obras de intervenção.
Ao passar pela área urbanizada o Rio e seus afluentes recebem dejetos químicos e efluentes de
esgoto o que os faz apresentar uma alta poluição de suas águas.

Figura 47: Foto do Rio Piabanha - trecho Av. Tiradentes


Fonte: site olhares
Figura 48: Foto do Rio Piabanha - trecho Rua Barão do Rio Branco
Fonte: site olhares

Ao longo de suas margens (conforme visto nas imagens há varias árvores que são podadas indevidamente por conta
da fiação elétrica, com essa forma de podar muitas vezes compromete o equilíbrio das árvores e em situações de
ventos fortes, as árvores costumam cair. Com a queda dessas árvores podem ocorrer acidentes (como cair em um a
pessoa, encima de carros e casas).
Como visto abaixo, o rio passa por vários bairros, e em alguns há construções irregulares em suas margens.

Figura 49: Rio Piabanha e seus afluentes


Fonte: Prefeitura Municipal de Petrópolis - 2014

24
13.2 - RIO QUITANDINHA

O Rio Quitandinha possui praticamente todo o seu leito canalizado, recebe grande contribuição de
águas inci-
dentes na área central da cidade, com ocupação residencial e comercial.
Por conta do estreitamento do seu leito original e a presença de pontes e passagens que diminui a altura
do rio, na área da Rua Coronel Veiga, há graves problemas de alagamentos e inundações. Em épocas de
chuvas intensas, acaba transbordando água para a via principal, o que causa sérios danos à população.

Figura 50: Rio Quitandinha - trecho Rua do Imperador


Figura 51 : Rio Quitandinha - trecho Av. Dom Pedro I Fonte: site fotonatural - 2021
Fonte: site fotonatural - 2021

A concessionária "Águas do Imperador" implantou um sistema de interceptores no leito do Rio para coletar
esgoto sanitário e
encaminhar para as ETE. Porém ainda há despejo de esgoto sanitário no Rio sem tratamento.

Figura 52: Rio Quitandinha e seus afluentes


Fonte: Perefeitura de Petrópolis - 2014

25
13.3 - RIO PALATINO

É um dos principais rios urbanos da cidade e deságua no centro histórico.


No bairro Quissamã, há um túnel extravasor que liga o Rio Palatino ao Rio Piabanha.
Esse
túnel serve como um desvio (by-pass) para que as águas sejam levadas diretamente ao
segundo
distrito, diminuindo os riscos de inundações na região central da cidade.

Figura 53: Rio Palatino


Fonte: Street View - 2021

Figura 54: Túnel extravassor - trecho Rua Souza Franco


Fonte: PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
DE PETRÓPOLIS/RJ

26
14 - SISTEMA DE ESGOTO

Em Petrópolis há 5 estações de tratamento de esgoto e as 3 maiores ficam no 1º distrito.


1- ETE Quitandinha Em 2014 segundo o Plano Municipal de Saneamento
Localizado no Centro, tem a capacidade de tratamento de 243l/s e atende 70 mil pessoas. Básico o sistema de tratamento de esgoto atendia 60,26% da
2- ETE Palatinato população (área verde).
Localizado na Morin, tem a capacidade de tratamento de 160l/s e atende 65 mil pessoas Segundo os dados do Atlas da Região Hidrográfica IV
3- ETE Piabanha Piabanha, em 2019 os 9 municípios que além de Petrópolis
Localizado na Centro, tem a capacidade de tratamento de 125l/s e atende 30 mil pessoas estão na Bacia citada possuem uma média de 86,07% de
esgoto não tratado enquanto o esgoto não tratado de
Petrópolis é de 18,6%.

Há uma dificuldade na condição de soluções para o sistema
N de coleta devido a topografia característica da cidade com
encostas íngremes e vales estreitos.

Legenda:

Tratado
Tratamento futuro
Demais áreas do distrito
ETE Quitandinha
ETE Palatinato
ETE Piabanha

Relação do Primeiro distrito ao


município de Petrópolis

Figura 55: mapa


Fonte: Secretaria de planejamento e urbanismo -
adaptado pelo grupo em 2021 27
15 - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

O sistema de abastecimento de água é operado pela concessionaria Águas do Imperador e é Em 2012 o índice de atendimento de água na área urbana era de
composto por 8 subsistemas produtores de água. Desses 8 subsistemas, os dois maiores se 62,44%, o que é considerado baixo (a infraestrutura da
encontram no 1º Distrito por conta da maior quantidade de pessoas na região. distribuição é para 92% da população), isso acontece por conta de
1- Subsistema Mosela ETA muitas residências possuírem um sistema próprio de alternativo
Localizado na Mosela, tem capacidade de tratamento de 350l/s e atende 114 mil pessoas. de abastecimento. Porém o ministério público exige que os
2- Subsistema Montevideo ETA operadores dos sistemas públicos assumam esses serviços com
Localizado no Caxambu, tem capacidade de tratamento de 300l/s e atende 117 mil pessoas. caráter de exclusividade.
Isso acontece pela presença de pequenos mananciais com boa

qualidade de água bruta. Alguns motivos para a rejeição da água
da concessionária são a qualidade da água, o valor da tarifa,
ausência de esclarecimentos sobre a importância da água tratada,
N omissão dos órgãos de fiscalização e controle sanitário e falta de
regularidade da água distribuída pela concessionária.

Legenda

Área de abrangência do sistema Mosela


Área de abrangência do sistema Montevideo
Programado para 2016
Demais áreas do distrito
ETA Mosela
ETA Montevideo

Figura 56: mapa


Fonte: Secretaria de planejamento e urbanismo -
adaptado pelo grupo em 2021 28
16 - COLETA DE LIXO
A gestão de lixo em Petrópolis é feito pela COMDEP (Companhia Municipal de Desenvolvimento
de Petrópolis)
No 1° Distrito por conta do relevo da cidade há uma dificuldade no acesso para os caminhões de Essas lixeiras em alguns lugares ficam cheias ate transbordar ou estão
lixo, em mal estado, atraindo
portanto a coleta dessas áreas é feita por lixeiras (conteiners) verdes espalhados pela cidade e animais como roedores que muitas vezes podem trazer doenças.
nas áreas de Quanto aos sacos de lixo, a noite no Centro principalmente, as ruas ficam
fácil acesso, são feitas com sacos pretos de plástico dispostos na frente das residências. lotadas de sacos com uma
quantidade excessiva de lixo.

Figura 57: reportagem Resíduos especiais


Fonte: Diário de
Petrópolis - 2021
O município de Petrópolis, não possui um programa especifico para a
acondicionamento, coleta, transporte e destinação final de pilhas e
baterias e óleo lubrificante.
As lâmpadas são vão para um galpão no Carangola e o Ecoponto da
Mosela recebe óleo de cozinha
e resíduos de eletroeletrônicos. No Ecoponto, a população pode entregar
seu material reciclável e
trocar por créditos em conta de consumo de energia.

A estação de transbordo fica na Duarte Silveira na BR 040, todo o lixo é


depositado lá e levado para Três Rios onde fica o aterro.
Por muitos anos o lixo era depositado diretamente no chão o que é
prejudicial para o meio ambiente, principalmente por estar dentro da
APA.
Atualmente foi regulamentado e esta dentro das normas de proteção
ao meio ambiente e o lixo não é mais depositado no chão, ele é posto
diretamente no caminhão e é levado para o aterro localizado em Três
Rios.

29
17 - MOBILIDADE URBANA

A Mobilidade Urbana é um direito garantido pelo Plano Diretor, e também pela Política Nacional de Mobilidade Urbana, no qual possuem diretrizes a serem cumpridas,
algumas delas sendo, promover o acesso aos serviços básicos, proporcionar melhoria nas condições urbanas referentes à mobilidade, promover o desenvolvimento
sustentável e consolidar a gestão democrática para contínuo aprimoramento da mobilidade urbana, tais diretrizes irão ditar os passos das cidades no que se refere a
desenvolvimento urbano.
Embora as leis do Plano Diretor estejam restritas aos limites geográficos do município, deve-se considerar também as áreas em processo de conurbação dos municípios
vizinhos, bem como a articulação dos sistemas viários e de transporte com as cidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Nesse contexto de possível movimentação constante


entre a cidade de Petrópolis e as cidades
metropolitanas, que se faz principalmente pela BR-
040, cria-se uma relação direta com o 1º distrito, pois é
nele que todas as rodovias vindas da região
metropolitana se conectam com o Município, que por
sua vez necessitaria de elevada infraestrutura para
suportar o fluxo que pode vir a ser criado por essa
movimentação, aumentando essa lista de
necessidades, pois o distrito já apresenta anseio de
suporte infra estrutural para suportar o seu próprio
fluxo intermunicipal, pois de acordo com o Plano
Diretor de Petrópolis o setor de transporte ocupa o
segundo lugar na posição das demandas mais
importantes para o distrito, como mostra o gráfico
(nº).

Figura 58: gráfico de prioridades


Fonte: PlanMob Petrópolis- 2019

30
O desafio de garantir que tais diretrizes
sejam cumpridas, está voltado
principalmente para a expansão da malha N
viária, pois os aspectos morfológicos do
Município são caracterizados por
consideráveis diferenças topográficas. Tal
condição possibilitou a concentração da
maior parte das habitações em torno do
seu eixo viário, nos fundos dos vales e
junto aos rios. O município está
precisamente localizado no topo da Serra
da Estrela, pertencente ao conjunto
montanhoso da Serra dos Órgãos, e
possui três estradas principais, expostas
no mapa adiante, que o conecta com as
demais cidades vizinhas, as principais
sendo, Teresópolis, Areal, Duque de
Caxias e Rio de Janeiro, essas mesmas
estradas o articulam com o sistema viário
regional, de transporte público coletivo,
particular, individual e não motorizado. Figura 59: mapa de hierarquia viária
Fonte: Plano Diretor de Petrópolis- 2021

E referente ao 1º Distrito de Petrópolis, tal como designado no Plano Köeler, o crescimento urbano e expansão da mobilidade se concentrou principalmente no centro
histórico, seguindo os cursos de águas dos rios, para traçar as suas margens, avenidas e ruas da futura cidade. Assim, historicamente os espaços urbanos, comércio e
habitação foram consolidados separadamente e consecutivamente as diferentes regiões da cidade hoje possuem diferenças exorbitantes, visíveis através de
infraestrutura viária, mobiliário urbano, centralização de comércios e serviços municipais.

31
18 - DILEMA DO NÚMERO DE AUTOMOVEIS 19 - VIAS
Segundo SERPA (2018) mediante esse contexto histórico, gerou-se um dos aspectos
mais nocivos a mobilidade urbana em Petrópolis: “o movimento pendular diário, De acordo com o Plano de Mobilidade de Petrópolis (2019), o Município possui
fazendo com que milhares de petropolitanos dependam da massiva oferta de empregos aproximadamente 1000 km de vias públicas, e por volta de 75% dessas vias são vias
na região central e engrossem as filas dos ônibus pela manhã em direção ao centro e, à locais, onde sua finalidade principal é conduzir as pessoas a vias de maior volume de
tarde, no retorno.” Pela soma de fatores já citados, e com um transporte público com seu tráfego, porém os 25% que restam das vias, são divididos entre as outras
desempenho considerado precário e pouco eficiente, o transporte individual ganha classificações da hierarquia viária estabelecidas pelo Plano Diretor de Petrópolis,
mercado sucessivamente, sendo esses fatores alguns dos motivos do aumento da indicando uma restrição no que se diz respeito à oferta de vias mais qualificadas
quantidade de automóveis e motocicletas. para atender o fluxo de veículos recorrente, principalmente nas vias principais do 1º
O número excessivo de veículos na cidade tem apenas crescido, de acordo com o Distrito, que por sua maioria destinam-se em atender grandes volumes veiculares,
jornal Diário de Petrópolis (2021), através de uma pesquisa realizada em dezembro de parte deles operando com altas velocidades.
2020, aponta que o número de automóveis em Petrópolis aumentou 46,8% nos últimos Um exemplo dado pelo próprio PlanMob cita duas vias que fazem parte do
dez anos, se comparados com o mesmo mês em 2010, o número atual de carros e motos conjunto de vias principais do distrito em questão, são elas a Rua do Imperador e
na cidade é de 119.136 e 27.658, respectivamente. Quando comparada a frota total, que Rua da Imperatriz, que como já mencionado, recebem elevado fluxo de veículos
envolve qualquer tipo de veículo, o aumento é ainda maior, chegando a 45,2%. Como transeuntes, em seus mais variados destinos, sobrecarregando tais vias que não
mostra o gráfico abaixo. possuem estrutura viária suficiente para suportar o fluxo que vêm recebendo. Tais
ruas deveriam incentivar outros tipos de fluxos, como por exemplo, o deslocamento a
pé, promovendo interação comercial, gastronômica e turística, pois a região que
Taxa de
essas ruas preenchem são voltadas a esses usos. Também vale mencionar não
crescimento do
somente as ruas do centro, mas também vias locais do mais variados bairros do
número de
distrito, que apesar de serem maioria, ainda anseiam de expansão da malha para
automóveis
suportar o fluxo principalmente do transporte público, muito presente na região,
em %
presença essa resultante muito provavelmente do efeito pendular já mencionado,
que é constante na cidade, assim como também as vias que funcionariam como
alternativa do tráfego de passagem, como coletoras e arteriais, que nesse caso estão
Figura 60: gráfico do crescimento de veículos em falta, justamente pela característica topográfica da cidade não proporcionar alta
Fonte: Diário de Petrópolis - 2021 (modificado pelo autor).
possibilidade de expansão, aliado a concentração das habitações ao redor das vias,
As consequências de desse crescimento são uma requisição de infraestrutura viária evidenciando características de um município cuja superfície útil é restrita.
excessiva para ampliação das faixas, onde as mesmas são majoritariamente usadas
pelos automóveis, em detrimento aos demais meios de transporte, causando lentidão
do tráfego urbano e engarrafamento, redução do espaço para a circulação a pé ou de
bicicleta, e ainda a necessidade de criação de espaços para estacionamento numa
cidade que necessita desses mesmos espaços para outros usos.

32
DILEMA DO NUMERO DE AUTOMOVEIS
O principal dilema disposto diante dessa situação está voltado não apenas ao uso dessas
vias, mas também, o contexto histórico de implantação das mesmas, tal qual sua localização e
Como resultado do crescimento do número de veículos individuais na
papel social que elas representam. Vias principais do centro histórico, que foram tombadas
cidade, além das características precárias das vias do Distrito de
pelo IPHAN, avenidas de importância social e comercial, ruas menores e algumas mais
Petrópolis, o congestionamento de transito nas principais vias do
isoladas nos limites do distrito, todas elas tem em comum uma limitação em relação a
distrito tem cada vez mais tomado presença nas discussões públicas
mudança e expansão, seja por tombamento, escassez de espaço ou simplesmente falta de
entre as instituições de trânsito da cidade, e além de todo transtorno
projetos por parte do Poder Público.
que o congestionamento pode trazer, vale destacar a taxa de acidentes
Ainda de acordo com um diagnóstico feito por COPPETEC, em 2007, o sistema viário da
de transito, concedida pelo Plano de Mobilidade de Petrópolis, que
cidade de Petrópolis estava sobrecarregado no período em que foi feita a pesquisa. O
como mostra o mapa abaixo, se concentra principalmente no Distrito de
relatório fez uma análise da relação entre a frota de veículos e a malha viária disponível e
Petrópolis.
apontou que seriam necessários cerca de 250 km de vias para suportar toda a frota circulante
da cidade naquela ocasião. Hoje com o número de automóveis ainda maior, interpreta-se que
essa estimativa esteja extremamente elevada comparada com a ultima pesquisa. Uma das
maneiras de comprovar essa informação seria através dos dados de congestionamento e
transito da cidade, concedidos pelo DETRAN, que apresentam as vias do 1º distrito, que mais
recebem fluxo veicular, como mostra o mapa abaixo.

Figura 61: mapa de congestionamento Figura 62: mapa de calor dos acidentes
Fonte: Google Maps- 2021 Fonte: PlanMob de Petrópolis- 2019

33
20 - TRANSPORTE PÚBLICO

O serviço de transporte coletivo por ônibus perde mercado sucessivamente para o


transporte individual. A maior parte das rotas opera no sistema radial, com
sobreposição de itinerários, trajetos ineficientes e custo crescente, segundo um
diagnóstico feito por COPPETEC, em 2007. Atualmente, o serviço de transporte
coletivo possivelmente ainda esteja perdendo mercado para o transporte individual
ou particular, basta analisar o alto índice de crescimento de automóveis individuais, o
número motoristas que prestam serviço por aplicativo, aliado a taxa crescente de
Figura 63: gráfico da frota de ônibus
motorização na cidade. Porém mesmo assim, o número de cidadãos que usam o Fonte: PlanMob de Petrópolis- 2019
transporte público de forma exclusiva como seu meio de transporte, ainda é um
número considerável, 189.000 habitantes, o que equivale a 63% da população, de
acordo com a CPTRANS (2017), e 65% desses usuários estão insatisfeitos com serviço. Alguns dos fatos relevantes ainda a se mencionar também são, taxa de
Os motivos dessa insatisfação pode se dar por uma série de fatos recorrentes da acidentes que ocorrem com o transporte público, mencionada no gráfico
cidade, como um deles sendo a diminuição da frota, exemplificada no gráfico em adiante, que apesar de não apresentar taxas exorbitantes, ainda assim
seguida e em uma manchete de jornal, que consequentemente interfere na eficácia do produzem insegurança em relação ao uso do meio de transporte, sucateamento
serviço, reduzindo o número de usuários atendidos, gerando lotação e aumento da da frota, que muitas vezes não atendem as necessidades dos usuários,
espera nos pontos e terminais. principalmente se tratando de acessibilidade e a tarifa elevada que é cobrada,
que apesar de ter recentemente recebido um reajuste diminuindo 0,20
centavos de seu valor total, ainda não faz jus ao preço cobrado por um serviço
considerado precário, moroso e inseguro.

Figura 65: tabela e gráfico sobre transporte público


Fonte: PlanMob de Petrópolis- 2019

Figura 64: reportagem


Fonte: Tribuna de Petrópolis - 2021
34
21 - MOBILIDADE ATIVA

Um dos objetivos da Politica Nacional de Mobilidade Urbana é


humanizar os deslocamentos urbanos e colaborar com o processo de
inclusão com priorização dos meios de transporte não motorizados,
que incluem os ciclistas e pedestres.
Para o cumprimento desse objetivo, infraestrutura precisará estar
diretamente envolvida, pois não existe mobilidade ativa sem
ciclofaixas, calçadas e passeios à disposição dos usuários. Promover a
acessibilidade das calçadas está ligada na implantação da mesma,
dimensão que ocupa, conservação de seu estado e localização dos
mobiliários urbanos, que podem competir espaço com os pedestres,
isso sem mencionar as questões psicossociais, que são influenciadas
pela falta de policiamento, iluminação, sinalização, regiões ocupadas
por moradores de ruas ou até mesmo próximas a periferias. Esses são
uns dos desafios a serem enfrentados para promover uma Figura 66: calçada da Rua do Imperador, centro. Figura 67: calçada da Av. Gen. Márciano Magalhães, Morin.
caminhabilidade assegurada de segurança e acessibilidade. Fonte: Google StreetView, 2021. Fonte: Google StreetView, 2021.

Referente a números equivalentes a quantidade de calçadas, em 2012


um levantamento demonstrativo do sistema viário municipal foi
realizado pela CPTRANS, e um dos tópicos abrangentes dessa pesquisa,
foi a existência de calçadas pela cidade. Apesar do número de vias
expostas na pesquisa ser inferior ao número total de vias da cidade,
constou-se que Petrópolis possui cerca de 960 km de calçadas, que se
comparado com o número de vias que trouxe a pesquisa, que foi de
aproximadamente 1000 km, o número de calçadas se apresenta inferior
ao esperado, pois estima-se que haja ao menos o dobro da extensão das
vias em extensão de calçadas, pois cada via deve ter calçadas em seus
dois lados.
Uma comparação a ser realizada das calçadas dos bairros com maior Figura 68: Calçada da Rua Fonseca Ramos - centro Figura 69: calçada da Rua Dr. Hélio Bittencourt - centro
- Fonte: Google StreetView, 2021. - Fonte: Google StreetView, 2021.
infraestrutura urbana em detrimento dos bairros menos assistidos pelo
Poder Público, mostra grandes diferenças entre os mesmo.

35
22 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
À partir dos dados, da abordagem crítica, do entendimentos via observação no local e de material de suporte teórico, foi possível compreender o 1° Distrito da cidade
de Petrópolis de uma maneira aprofundada, fugindo do senso comum e apresentando novos horizontes de compreensão.
Foi possível perceber o profundo impacto que a história da formação de Petrópolis como uma residência de verão para as elites cariocas causam até hoje, com parte das
residências de melhor qualidade servindo, ainda nos dias de hoje, como residência das citadas elites, bem como a persistência do modo de planejamento de Koeler.
Foi possível, também, entender como o sítio em que Petrópolis está situada impacta na sua ocupação, e como os tipos residenciais interagem com o terreno.
Além disso, em relação ao meio ambiente, foi possível compreender a diversidade natural, bem como os desafios à sua preservação de flora e rios, como a má
distribuição de lixo e esgoto.
Na mobilidade, foi possível perceber a enorme quantidade de desafios que a cidade possui, como um péssimo trânsito, uma caminhabilidade, inclusive nas regiões
centrais, que deixa a desejar, bem como a falta de atendimento de transporte público nos bairros mais distantes do centro.
Nesse sentido, esse trabalho contribuiu para a compreensão dos problemas do distrito, e pode servir como um instrumento para informar possíveis
intervenções futuras.

36
23 - REFERÊNCIAS
O (NÃO) DIREITO À MORADIA NA “URBANIZAÇÃO DE RISCO”: ANÁLISE SOBRE OS DESPEJOS FORÇADOS. Disponível em:
<https://revistaesmam.tjma.jus.br/index.php/esmam/article/view/25>. Acesso em: 11/09/2021.

PLANO LOCAL DE PLANO LOCAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL- HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIALPLHIS. Disponível em:
<https://www.petropolis.rj.gov.br/seh/index.php/plano-municipal-de-habitacao-de-interesse-social.html>. Acesso em: 11/09/2021.

Plano Municipal de Redução de Risco PMRR. Disponível em: <https://sig.petropolis.rj.gov.br/cpge/Reflexoes.pdf> Acesso em: 11/09/2021.

Planejamento Urbano e Tipologias construtivas. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4116/000397118.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em:


11/09/2021.

O MITO DA ESCASSEZ FUNDIÁRIA E O ACESSO À MORADIA SOCIAL:O CASO DO MUNICÍPIO DE PETRÓPOLIS. Disponível em: <https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/geouerj/article/view/25379>. Acesso em: 11/09/2021.

Casa 6 quartos no quitandinha. Disponível em: <https://www.zapimoveis.com.br/imovel/venda-casa-4-quartos-mobiliado-quitandinha-petropolis-rj-3100m2-id-


2442831692/>. Acesso em: 14/09/2021.

PETRÓPOLIS, Prefeitura Municipal. Plano diretor Petrópolis 2013. Disponível em:


<https://www.petropolis.rj.gov.br/pmp/phocadownload/Planejamento/comcidade/diagnostico/diagnostico_05_04.pdf>. Acesso em: 11/09/2021.

Casa a venda no Rocio. Disponível em: <https://www.zapimoveis.com.br/imovel/venda-casa-5-quartos-com-piscina-fazenda-inglesa-petropolis-rj-330m2-id-2523110095/>.


Acesso em: 17/09/2021.

Google maps. Disponível em: <encurtador.com.br/lqBIL>. Acesso em: 17/09/2021.

Casa 3 quartos Valparaíso. Disponível em: <https://www.vivareal.com.br/imovel/casa-3-quartos-valparaiso-bairros-petropolis-com-garagem-250m2-venda-RS1400000-id-


2515187136/#gallery>. Acesso em: 17/09/2021.

Casa 3 quartos alto da Serra. Disponível em: <https://www.vivareal.com.br/imovel/casa-3-quartos-alto-da-serra-bairros-petropolis-com-garagem-147m2-venda-RS420000-id-


2511975547/#gallery>. Acesso em: 17/09/2021.

Classe média sofre para comprar imóvel. Disponível em: <https://exame.com/brasil/classe-media-sofre-comprar-imovel-597714/>. Acesso em: 17/09/2021.

Google maps. Disponível em: <encurtador.com.br/uAQR5>. Acesso em: 17/09/2021.

Google maps. Disponível em: <encurtador.com.br/pyJM0>. Acesso em: 17/09/2021. 37


23 - REFERÊNCIAS

LEMOS, Diana. 2011. Analise das relações existentes entre a acessibilidade e o desenvolvimento no município de Petrópolis.

SERPA, Alline. 2019. Caminhabilidade - um ensaio geral segundo o índice do ITDP na área central de Petrópolis, RJ.

SERPA, Alline. 2018. Uma análise inicial dos desafios de mobilidade urbana em Petrópolis, RJ, na perspectiva da forma urbana e centralidade.

A Tribuna de Petrópolis. Disponível em: <https://tribunadepetropolis.com.br/noticias/com-menos-onibus-nas-ruas-passageiros-enfrentam-aglomeracoes-nos-coletivos/>.


Acesso em: 15/09/2021.

Plano de Mobilidade Urbana de Petrópolis (PlanMob). 2019. Disponível em: <https://web2.petropolis.rj.gov.br/cptrans/index.php/plano-de-mobilidade>. Acesso em: 13/09/2021.

Diário de Petrópolis. Disponível em: <https://www.diariodepetropolis.com.br/integra/mais-da-metade-da-populacao-de-petropolis-tem-carro-186260>. Acesso em: 18/09/2021.

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