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Guia de Bolso de NEONATOLOGIA - 2 Edição - 20 REAIS
Guia de Bolso de NEONATOLOGIA - 2 Edição - 20 REAIS
NEONATOLOGIA
2ª Edição
Irmandade da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo
Marcelo Mercadante
Diretor Clinico da Irmandade da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Rogério Pecchini
Diretor Técnico do Hospital Central da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo (ISCMSP).
Valdir Golin
Diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa
de Misericórdia de São Paulo (FCMSCSP).
Mauricio Magalhães
Chefe do Serviço de Neonatologia do Departamento
de Pediatria da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia
de São Paulo (ISCMSP).
Guia de Bolso de
NEONATOLOGIA
2ª Edição
Editores
Mauricio Magalhaes
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Clery Bernardi Gallacci
Paulo Roberto Pachi
Maria Renata Tollio Chopard
Tabajara Barbosa Lima Neto
EDITORA ATHENEU
Bibliografia
ISBN 978-85-388-0727-8
16-06082 CDD-618.9201
MAGALHÃES, M.; RODRIGUES, F.P.M; GALLACCI, C.B; PACHI, P.R.; CHOPARD, M.R.T.; LIMA NETO, T.B.
Guia de Bolso de Neonatologia – 2ª Edição
©Direitos reservados à Editora Atheneu – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 2016.
Editores
Mauricio Magalhães
Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital
Israelita Albert Einstein. Chefe do Serviço Neonatologia do
Departamento de Pediatria da Santa Casa de Misericórdia
de São Paulo.
Alexandre Netto
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital e
Maternidade São Luiz.
Amanda Melhado
Médica Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo. Médica Neonatologista do Hospital
Israelita Albert Einstein.
Eliane Redondo
Especialista em Terapia Intensiva e Nefrologia pela UNIFESP.
Docente da Escola de Enfermagem da Santa Casa de São Paulo.
Renato G. Gasperini
Médico Assistente do Serviço de Neonatologia da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo. Médico Neonatologista do Hospital e
Israelita Albert Einstein.
É com muita alegria e satisfação que temos a honra de prefaciar a segunda edição
do Guia de Bolso de Neonatologia, realizado sob a coordenação do grupo responsável
pelo serviço de neonatologia da Santa Casa de São Paulo.
Com uma linguagem prática e concisa, este guia contempla em diversos capítulos
as principais patologias do recém-nascido, com protocolos objetivos e didáticos que
procuram orientar e atualizar os profissionais que trabalham em unidades neonatais.
Nestes capítulos, o leitor irá encontrar um resumo dos cuidados fundamentais no manejo
das situações clínicas mais frequentes do dia a dia do neonatologista.
Esperamos, com esta publicação, poder dividir com os leitores um pouco da nossa
experiência e, assim, promover uma melhor assistência aos recém-nascidos que exigem
cuidados intensivos.
São Paulo, agosto de 2016
Prof. Dr. Marco Aurélio P. Sáfadi
Apresentação à Segunda Edição
1
Nomenclaturas, Avaliação de Idade Gestacional
e Curvas de Crescimento Neonatal, 3
Pedro Augusto Pereira do Amaral
Tiago Luna Lacerda
2
Repercussões Fetais e Neonatais de Doenças Maternas, 13
Marianna Corsante Monte
Pedro Augusto Pereira do Amaral
3
Reanimação Neonatal, 17
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Pedro Augusto Pereira do Amaral
4
Tocotraumatismo, 23
Francisco Paulo Martins Rodrigues
7
Alimentação Enteral no RN, 43
Amanda Melhado
Ana Luiza Teixeira Balloti
Francisco Paulo Martins Rodrigues
8
Níveis de Recomendação de Fármacos para Tratamento
de Condições Comuns durante a Amamentação, 47
Beatriz Helena de Morais Miioni
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Marianna Corsante Monte
9
Asfixia Perinatal, 59
Erica Vince Marrara
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Mauricio Magalhães
10 Hipotermia Neuroprotetora, 63
Erica Vince Marrara
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Mauricio Magalhães
11
Eletroencefalograma de Amplitude Integrada
(aEEG) Indicações e Interpretação, 67
Gabriel F. T. Variane
Mauricio Magalhães
Renato G. Gasperini
12 Convulsão Neonatal, 73
Gabriel F. T. Variane
Mauricio Magalhães
Renato G. Gasperini
13 Hemorragia Peri-intraventricular, 77
Erica Vince Marrara
Mauricio Magalhães
16 Apneia de Prematuridade, 95
Ana Luiza Teixeira Balloti
Tabajara Barbosa Lima Neto
Parte 4 – Infecção
18 Prevenção e Tratamento da Doença Perinatal
pelo Estreptococo do Grupo B, 107
Nathalie Fonseca Thurler
Tabajara Barbosa Lima Neto
19 Sepse Neonatal, 111
Fernando Perroud da Silveira Foresti
Silvia Rodrigues da Silva
Tabajara Barbosa Lima Neto
23 HIV, 129
Fernando Perroud da Silveira Foresti
Francisco Paulo Martins Rodrigues
Ivan Cese Marchetti
Simone Dutra Rodrigues Santos
24 Hepatites B e C, 133
Rafaela Fabri Rodrigues
Simone Dutra Rodrigues Santos
25 Tuberculose, 135
Simone Dutra Rodrigues Santos
26 Prevenção da Infecção pelo Vírus Sincicial
Respiratório – Palivizumabe, 137
Élida Nicolau Silva Amorim
Marcelo Massanori Okuma
Paulo Woon Ki Hong
Parte 7 – Miscelânea
Idade Percentis
gestacional
(semanas)
5 10 50 90 95
10
-1 0 1 2 3 4 5
Postura
Angulação
do punho
recuo do
braço
Ângulo
poplíteo
sinal do
cachecol
calcanhar à
orelha
MATURIDADE FÍSICA
Sinais Pontos Pontos
-1 0 1 2 3 4 5
Pele Úmida, friável, gelatinosa, Homogêneo descamação super- Áreas pálidas, Apergami- Tipo
transparente vermelha, róseo, veias ficial e/ou erupções, rachaduras, -nhada “couro”
translúcida visíveis poucas veias raras veias com sulcos enrugada
Lanugem nenhuma esparsa Abundante diminuída Áreas desprovi- Quase total-
das de pelos mente
sem pelos
superfície calcanhar hálux > 50 mm sem discretas mar- somente sulcos sulcos nos 2/3 sulcos toda a
plantar 40-50 mm: 1 < sulcos cas vermelhas transversais an- anteriores planta do pé
40 mm: 2 teriores
nódulo imperceptível Pouco Aréola Aréola pontilhada, Aréola saliente, Aréola comple-
mamário, perceptível achatada, sem nódulo nódulo ta, nódulo
aréola nódulo 1-2 mm 3-4 mm 5-10 mm
olho e Fenda palpebral Pálpebras Borda levemen- Borda bem recur- Formada e cartilagem
orelha fechada frouxa- abertas, borda te curta, macia, vada, macia, com firme, com recuo espessa, orelha
mente -1 achatada, perma- com recuo recuo rápido instantâneo rígida
firme-mente -2 nece dobrada lento
genitália escroto plano escroto vazio Testículos no Testículos descen- Testículos na Testículos pen-
mascu- e liso sem rugas canal alto, raras do, poucas rugas bolsa, mais dentes, rugas
lino rugas rugas completas
genitália clitóris proemi- clitóris proemi- clitóris grandes e grandes lábios grandes
feminina nente e lábios nente pequenos proeminente pequenos lábios proeminentes, lábios recobrem
planos lábios reduzidos pequenos lábios igualmente proemi- pequenos lábios clitóris e lábios
aumentado nentes mais reduzidos menores
Total physical maturity score
Ballard JL, Khoury Jc, Wedig K, et al: new Ballard score, expanded to include extremely Premature infants. J Pediatrics 1991; 119:417-423.
11
12
13
• Hipoxia fetal: eleva eritropoetina, levando trimestre. Maior risco para hipervisco
a hiperviscosidade, policitemia e hiperbi sidade, hiperbilirrubinemia e trombose
lirrubinemia; vascular renal.
• Neutropenia; • Anomalias Congênitas: associado a hi
• Trombocitopenia; perglicemia nas primeiras semanas de
• Provas coagulação alteradas; gestação. As principais são as malfor
• Alterações imunológicas; mações do SNC como a síndrome de re
• Diminui a IgG; gressão caudal e as cardíacas como CIV,
• Timo 50% menor em seu tamanho; TGA e PCA. Mais frequentes em pacien
• Diminui o número linfócitos periféricos. tes portadoras de DM pré-gestacional.
• Repercussões neonatais:
Manifestações tardias •
Hipoglicemia: pelo hiperinsulismo e
• Atraso no desenvolvimento neuropsicomo hiperglicemia fetal. O controle da hiper
tor nos primeiros anos de vida; glicemia materna reduz chance de hipo
• Diabetes tipo II: associado a sensibilidade glicemia neonatal.
dos receptores de insulina na vida adulta • Hipocalcemia: segundo distúrbio mais
levando a resistência insulínica; frequente surge entre 24 e 72 horas de
• Doença cardíaca: baixo IMC ao nascimen vida.
to predispõe a doença coronariana na vida • Hipomagnesemia: comumente associa
adulta; do à hipocalcemia.
• Hipertensão arterial; • Policitemia: associado ao estímulo da
• Dislipidemias; eritropoiese pela hipoxia tecidual.
• Doenças psiquiátricas: principalmente alte • Hiperbilirrubinemia: a patogênese é
ração do afeto e depressão. multifatorial (hemólise aumentada, eri
tropoiese ineficaz e outros).
Diabetes mellitus • Alteração cardíaca: hipertrofia do septo
A diabetes gestacional complica quase 4% das ventricular e miocardiopatia hipertró
gestações. fica que pode evoluir com insuficiência
• Repercussões fetais: cardíaca congestiva e baixo débito.
• Risco de aborto espontâneo: principal • Síndrome do colón esquerdo curto: as
mente nas gestantes com DM pré-ges sociado à imaturidade intestinal.
tacional. • Doença de Membrana Hialina: mais fre
• RCIU: mãe com alteração vascular de quente. A hiperinsulinemia bloqueia a
vido diabetes pré-gestacional levando a maturação pulmonar.
uma insuficiência uteroplacentária. A diabetes gestacional diagnosticado no início
• Macrossomia: origem multifatorial com da gravidez e com necessidade de dieta e in
aumento da insulina fetal e fatores de sulina para controle, evolui de maneira seme
crescimento (IGF I e II). lhante ao diabetes pré-gestacional, com risco
• Polidrâmnio: etiologia desconhecida no de malformações fetais e natimortos.
DG, mas malformações fetais e mau con
trole glicêmico podem estar relacionados. Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
• Hipoxemia fetal em gestantes mal con Associado a altas taxas de perda fetal: abortos
troladas principalmente no último espontâneos, RCIU, TPP, natimorto e morte
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19
20
Nascimento
Não
Prover calor
Posiconar cabeça
Aspirar vias aéreas s/n
Secar
Não
Sim Sim
FC <100 bpm?
Sim
FC < 60 bpm?
Sim
Intubação traqueal
Massagem cardíaca coordenada
com ventilação adequada (3:1)
Considerar O2 a 100%
Monitorar FC com ECG
Considerar cateterismo venoso
FC < 60 bpm?
Sim
Adrenalina endovenosa
Considerar hipovolemia
Manter normotermia
Figura 3.1 – Reanimação neonatal em sala de parto. Diretrizes 2016 da Sociedade Brasileira de Pediatria.
21
Preparo 1 mL 5 mL 2 seringas de 20 mL
Peso ao nascer
Velocidade e precauções Infundir rápido na veia umbilical Infundir diretamente na cânula Infundir o expansor de volume
e, a seguir, infundir 0,5-1,0 mL traqueal e ventilar a seguir. na veia umbilical lentamente,
de SF 0,9% USO ÚNICO em 5 a 10 minutos
Sinal 0 1 2
22
Classificação
Gravidade Traumatismo
Tipo III - grave Hemorragia intracraniana, rotura de vísceras, fratura face, crânio, ossos longos,
paralisia: diafragma, facial, braquial
Hematomas Parto fórcipe, extração a Edema e hematoma Se grandes, observar ↑ Reavaliação de icterícia,
vácuo, posição pélvica bilirrubina após a alta
Adiponecrose Parto traumático Nódulos/placas firmes e Autolimitado; resolução Pode ocorrer hiper-
endurecidas, eritemato- em até seis a oito calcemia
sos ou azulados semanas
Lacerações Parto cesárea Escalpo e face são mais Curativo comum, Se ocorrer em face ou
comuns com aproximação; periocular
plástica s/n
23
Hemorragia subgaleal Parto traumático, parto Rotura venosa: sangra- Monitorar sinais vitais, ↑ Mortalidade se não
fórcipe, extração a vácuo mento entre o periósteo seriar Ht e PC; Afastar controlado. TC/ RNM s/n
do crânio e a aponeurose. coagulopatias
Progressivo, flutuante,
pode ser móvel
Lesões de face
Nasal Compressão contra a Narinas assimétricas e Redução por Otorrino ao Desconforto respiratório
sínfise púbica materna achatamento terceiro dia obstrutivo
Subdural Parto fórcipe, extração Entre a dura-máter e a m. TC. Cirurgia se sinais Hipertensão intracra-
(é a mais comum) a vácuo subaracnóidea. Sintomas nas de hipertensão intra- niana pode ocorrer,
24 – 48 h: depressão respi- craniana. principalmente, se
ratória, apneia e convulsões; Fenobarbital se fossa posterior (menor
irritabilidade, hipotonia, ↓ convulsão plasticidade local do
nível de consciência crânio)
Epidural (rara) Parto fórcipe, extração Entre a dura e a tábua óssea, TC; monitorar sinais Potencialmente
a vácuo lesão arterial (meníngea mé- vitais e de hipertensão letal, pelo sangramento
dia). Hipotonia e convulsões intracraniana. Em geral, arterial
tratamento conservador
Intraventricular Parto fórcipe, extração Em geral, assintomática, a Observação. Monitorar Hidrocefalia por obstru-
a vácuo não ser em prematuridade, PC ção (coágulos)
asfixia ou distúrbio de
coagulação
Parenquimatosa (rara) Parto fórcipe, extração Cerebral ou cerebelar, em Afastar distúrbios de Pode haver sequelas
a vácuo geral, assintomática coagulação neurológicas tardias
24
Clavícula Parto fórcipe, extração a Completa (desviada) ou Rx. Analgesia e imobilização Em geral resolução
(mais comum) vácuo, distócia de ombro, incompleta. Assimetria, (com malha tubular, ao espontânea
macrossomia ↓ movimento, dor à longo do tórax, com flexão de
palpação, crepitação cotovelo a 90 graus) s/n
Úmero Macrossomia, baixo peso Principalmente 1/3 proxi- Rx, diferencial com lesão de Imobilização inadequa-
ao nascer, distócia de mal, com ↓ movimentos, plexo, USG s/n. Imobilização da pode gerar deformi-
ombro, parto cesárea Moro incompleto, dor, (como na de clavícula) em dades de rotação
edema, crepitação todos os casos
Fêmur (rara) Gemelaridade, posição 1/3 Proximal, em espiral. Rx. Pode ser usado suspensó- Uso inadequado do
pélvica, prematuridade, Inicialmente assintomática, rio de Pavlik suspensório pode gerar
osteoporose evolui com dor progressiva necrose da cabeça do
fêmur
Crânio Parto fórcipe Em geral, assintomática Rx e TC para avaliar extensão Atenção para sinais de
se não estiver relacionada e sangramentos. Intervenção lesão vascular associada
a sangramentos intra- cirúrgica se necessário
cranianos
Intra-abdominal Parto fórcipe, extração Na hemorragia subcap- USG (triagem). TC Perda sanguínea, pode
Fígado a vácuo sular leve, taquipneia, ou RNM s/n. Afastar evoluir para o choque.
Baço dificuldade alimentar e coagulopatias Laparotomia se
Adrenal taquicardia instabilidade
Plexo braquial Obesidade, diabetes ↓ Movimentos, reflexo de Afastar fraturas. Reso- 15 – 20% persistem,
(mais comum) gestacional, macrosso- moro incompleto, síndrome de lução espontânea na mesmo com fisioterapia.
mia, posição pélvica, Horner pode estar presente maior parte dos casos Discutir cirurgia
distócia ombro
Facial Parto fórcipe, macrosso- ↓ Movimentos unilateral, Diferencial com síndro- Assegurar aos pais da
mia, prematuridade perda do sulco nasolabial, mes. Em geral, resolução benignidade
fechamento parcial do olho espontânea em duas
afetado, “boca caída”, desvio semanas.
de rima para o lado são
Laríngeo Parto fórcipe, extração Paralisia de cordas vocais – Nasofibrolaringoscopia Fisioterapia, fonoaudio-
a vácuo uni ou bilateral –, com choro ou laringoscopia direta logia, cirurgia s/n
fraco ou ausente, disfagia para diagnóstico
Frênico Parto fórcipe, extração Desconforto respiratório, Rx de tórax. Afastar Associação: lesão de
a vácuo respiração paradoxal cardio ou pneumopatia plexo braquial
Medula espinhal Parto fórcipe, apresenta- Em geral, mais proximal, pela USG (triagem), RNM
ção pélvica rotação
25
26
29
Tratamento
Hipoglicemia neonatal
Iniciar aleitamento materno o mais precoce
Definição possível, de preferência na primeira hora de
Não existe um valor pelo qual definimos hipo- vida. Objetivo é manter controle glicêmico
glicemia. O ideal é que a glicemia plasmática acima de 45 mg/dL.
nas primeiras 4 horas de vida esteja acima de
40 mg/dL (fase de adaptação do RN) e entre 4 RN sintomáticos
e 24 horas de vida acima de 45 mg/dL. Considerar hipoglicemia quando Dx < 40 mg/
dL e iniciar infusão contínua de glicose (VIG
Manifestações clínicas 6-8 mg/kg/min). Checar glicemia capilar após
30 min, se persistir sintomático aumentar VIG
· Apneia · Irritabilidade
· Taquipneia, taquicardia · Crises de cianose de 2 em 2 mg/kg/min. Após estabilização,
· Tremores · Choro débil manter controles de glicemia a cada 8 horas.
· Hipotonia, letargia, estupor · Convulsões Nos casos de crises convulsivas realizar push
· Sucção débil · Apatia
· Hipotermia · Sudorese de glicose a 10% 2 mL/kg em bolus.
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RN assintomático
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tação);
–– 0,01 a 0,1 UI/kg/hora EV contínua ou Tratamento
0,1 a 0,2 UI/kg SC a cada 6 a 8 h; Sintomática com Assintomática e/ou
–– Diluir a insulina em soro fisiológico. convulsões ou apneia manutenção
• Administração precoce de aminoácidos
· GluCa 10%: 1 a 2 mL/kg · Alimentação enteral precoce
(NPP) em RNMBP logo ao nascimento - ↑ (100 a 200 mg/kg = 0,5 · GluCa 10%:
liberação de insulina. a 1 mEq/kg) EV em 5 a 10 - 1 a 2 mL/kg/dia EV diluído
minutos no soro de manutenção ou
· Manutenção com 200 mg/ - VO dividido em 4 tomadas
Complicações kg/dia até normalização · Hipoparatireoidismo: cálcio
oral + vitamina D
• Alterações no balanço hidroeletrolítico
(glicosúria e diurese osmótica). *Evitar infusão de cálcio em veia periférica.
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Etiologia Tratamento
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Tratamento Hipermagnesemia
Definição
· Hipocalemia leve ou · Correção rápida: não
preventiva: KCl xarope 6% ultrapassar a velocidade de Mg sérico > 2,8 mg/dL (1,15 mMol/L).
(0,8 mEq/mL) via oral na infusão de 0,3 a 0,5 mEq/
dose de 3 mEq/kg/dia a kg/h de KCl 19,1% em 4 a 6
cada 6 horas horas Manifestações clínicas
· Manutenção no soro:
3 a 3,5 mEq/kg/dia em · Na maior parte das · Depressão neuromuscular com
concentração máxima de 80 vezes, é assintomática letargia, flacidez, déficit sucção,
a 100 mEq/L depressão respiratória e atraso na
eliminação de mecônio
Hipomagnesemia
Etiologia
Definição
Mg sérico < 1,5 mg/dL. · Prematuridade · Administração de sulfato de Mg à
· Asfixia neonatal mãe (eclâmpsia/pré-eclâmpsia)
· Terapia neonatal com Mg: NPP
Manifestações clínicas (quando prolongada, reposição no soro,
Mg sérico < 1,2 mg/dL) enemas, antiácidos
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· Peso de nascimento < 1.500 g · Infusão de: bicarbonato de Na, Manifestações clínicas
· IG < 28 semanas NaCl, plasma, heparina, corti-
· RN sob fototerapia, calor costeroides e indometacina
irradiante, febre, hipertermia · Diabetes insipidus central e · Hiperventilação com · Vasodilatação do território
· RNMBP, recebendo glicose nefrogênico hipocapnia (taquipneia arterial e vasoconstrição
a 10% com glicosúria e · Hiperaldosteronismo compensatória) venosa
diurese osmótica primário · Taquicardia
· Diarreia, causando desidra- · Mediações: anfotericina, · Distensão abdominal, íleo
tação hidantoína, aminoglicosídeo adinâmico e vômitos
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Etiologia Etiologia
Definição
Bicarbonato 8,4% HCO3: 1 mEq/mL
Distúrbio deflagrado pela eliminação exces-
siva de gás carbônico pelos pulmões. A causa Bicarbonato 10% HCO3: 1,2 mEq/mL
mais comum é secundária a hiperventilação
Xarope de fosfato 38,5 mg/mL
em RN sob VPM.
37
38
39
Tabela 6.1
Glicose a 50%
Aminoácido a 10%
Lipídio a 20%
e nos < 1.000 g iniciar com Smof Lipid a 20% Tabela 6.3 – Recomendações das doses de eletrólitos,
(ricas em ômega-3, mais bem toleradas). oligoelementos e multivitaminas
A oferta calórica, principalmente, em recém- Eletrólitos Dose mEq/mL
-nascidos prematuros deve ser de pelo menos
Sódio (NaCl 20%) 2-4 mEq/kg/dia 3,4 mEq Na
85 – 95 kcal/kg/dia.
Os eletrólitos devem ser iniciados na NPP Potássio (KCl 19.1%) 2-3 mEq/kg/dia 2,5 mEq K
quando a diurese já estiver estabelecida e após Cálcio (GluCa 10%) 50 mg/kg/dia 0,44 mEq Ca
os controles laboratoriais iniciais. Iniciar su- (1 a 2 mEq/kg/dia)
40
fósforo de 1.7/1.0 é a ideal para a mineraliza- • Níveis acima 150 mg/dL: intolerância
ção óssea adequada. iminente;
Os oligoelementos e multivitaminas devem • Níveis acima 200 mg/dL: reduzir ou inter-
ser iniciados desde o primeiro dia de vida, romper a dose de lipídio.
principalmente a suplementação de zinco e
selênio. Tabela 6.5 – Fatores de correção de alguns nutrientes
41
43
Cálcio mmol/kg 1,5 - 2,0 4,0 - 6,0 6,3 mmol/dL (l. humano)
9,4 mmol/dL (fórmula)
Fósforo mmol/kg 1,0 - 1,5 2,5 - 3,8 3,4 mmol/dL (l. humano)
8,8 mmol/dL (fórmula)
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Fórmula NAN I Pré-NAN Aptamil Aptamil Pré Enfamil Premium NAN supreme 1
Energia, cal 67 70 66 80 75 67
Cálcio, mg 41 70 56 100 58 47
Sódio, mg 15 26 18 40 20 26
Potássio, mg 66 75 61 90 81 74
Fósforo, mg 21 45 28 53 32 25
Cálcio, mg 54 50 49
Sódio, mg 35 18 18 25
Potássio, mg 88 65 63 93
Fósforo, mg 36 28 35
45
Carboidratos, g 2,1 0
Proteínas, g 0,4 0
Cálcio, mg 21 0
Ferro, mg 0,35 0
Sódio, mg 8,2 0
Potássio, mg 24 0
Fósforo, mg 12 0
Magnésio, mg 1,4 0
46
Beclometasona Loratadina
Fluticasona Anti-histamínicos
Rinite alérgica Cromolin Sedativos
Descongestionantes
47
Comprovadamente contraindicados
Ciclofosfamida Possível imunossupressão, neutropenia, efeito desconhecido sobre o crescimento ou associação com carcinogênese
Ciclosporina Possível imunossupressão, efeito desconhecido sobre o crescimento ou associação com carcinogênese
Doxorrubicina Possível Imunossupressão, Efeito desconhecido sobre o crescimento ou associação com carcinogênese
Metotrexato Possível imunossupressão, neutropenia, efeito desconhecido sobre o crescimento ou associação com carcinogênese
48
49
Anfetamina 24 a 26 horas
Barbitúricos 48 horas
LSD 48 horas
Maconha 24 horas
Fenciclidina 1 – 2 semanas
50
Tabela 8.2 – Prescrição com cautela (efeitos adversos importantes em casos isolados)
Salicilatos Pode aumentar o risco de síndrome de Reye nas infecções virais; doses
(AAS) maternas muito altas pode causar sangramento discreto na criança
Clemastina Sonolência, irritabilidade, recusa alimentar, choro agudo e rigidez de nuca (um relato descrito)
51
52
53
Diarreia Fezes aquosas < 4 vezes por dia Fezes aquosa 5 a 6 vezes por dia Diarreia associada a desequilíbrio
durante 3 dias; não há desiquilíbrio dos eletrólitos séricos
eletrolítico
Perda ponderal < 10% do peso ao nascer 10-15% do peso ao nascer > 15%
Taquipneia 80-100 incursões/min 80-100 incursões/min > 100 incursões por min.
associada a alcalose respiratória
54
55
Definição • Hemoglobinopatias;
Diminuição do aporte metabólico-nutricional • Isoimunização Rh.
da mãe para o feto causando má perfusão teci- • Fetais:
dos fetais, resultando em hipóxia, hipercapnia • Malformações congênitas;
e acidose metabólica. • Prematuridade;
• Retardo crescimento intrauterino;
Critérios diagnósticos (AAP) • Pós-maturidade;
• Infecção congênita;
• pH < 7,0 sangue arterial cordão (acidose • Gemelaridade;
metabólica profunda ou mista); • Polidrâmnio;
• APGAR 0-3 persistente por mais de 5 mi- • Fetos GIG.
nutos; • Durante parto:
• Alteração neurológica imediata (convulsão, • Depressão respiratória por drogas;
hipotonia, coma, hemorragia intracraniana); • Prolapso, ruptura, circular ou nó verda-
• Disfunção de múltiplos órgãos. deiro de cordão;
• Placenta prévia, descolamento prematu-
Causas ro de placenta;
• Maternas: • Apresentação anormal.
• Hipertensão arterial crônica; • Neonatais:
• Eclâmpsia/pré-eclâmpsia; • Imaturidade pulmonar;
• Cardiopatia; • Pneumotórax;
• Convulsões; • Pneumomediastino;
• Diabetes mellitus; • Anemia;
• Ruptura prematura de membranas; • Distúrbios metabólicos;
• Nefropatias; • Hemorragia.
59
60
61
63
5. Reflexos primitivos
Moro Fraco Ausente
Sucção Incompleto Ausente
6. Sistema autonômico
Pupilas Miose Midríase ou s/reação à luz
Frequência cardíaca Bradicardia Variável
Respiração Periódica Apneia
64
Tabela 10.2 – Orientações para monitorização dos recém-nascidos em hipotermia terapêutica por EHI
65
66
67
68
Surtossupressão (SS) grave (caso paciente não esteja sob efeito de se-
Traçado de característica descontínua que dação), com amplitude sempre abaixo de 5 µV.
apresenta amplitude com variabilidade míni-
ma entre 0-1/2 µV mas com surtos de ampli- Ciclo Sono e Vigília (CSV)
tude > 25 µV: A presença de ciclo de sono e vigília no aEEG
• SS + indica padrão de surtossupressão com é caracterizada por variações cíclicas suaves, e
densidade de surtos ≥ 100 surtos/hora; um padrão sinusoidal das bandas de amplitude
• SS - indica padrão de surto-supressão com
entre a margem inferior e superior do traçado.
densidade de surtos ≥ 100 surtos/hora.
Períodos onde a banda de amplitude apresen-
ta largura maior representa má atividade mais
Isoelétrico (Iso) descontínua durante o sono profundo e as par-
Traçado bastante suprimido indicando inativi- tes mais estreitas do traçado correspondem má
dade elétrica e provável injúria cerebral muito o momento de a vigília ou sono superficial.
69
70
71
monitorizados por ao menos 48 h durante o 6. Csekő AJ, Bangó M, Lakatos P, Kárdási J, Pusztai
período de instabilidade. L, Szabó M. Accuracy of amplitude-integrated
electroencephalography in the prediction of
neurodevelopmental outcome in asphyxiated
Meningite e infecção do SNC
infants receiving hypothermia treatment. Acta
RN com diagnóstico de meningite ou outras Paediatr. 2013;102(7):707-11.
infecções do SNC devido ao alto risco de in- 7. Toet MC, Hellström-Westas L, Groenendaal F,
júria cerebral e crises epilépticas deverá ser Eken P, de Vries LS. Amplitude integrated EEG
monitorizado por 48 h. 3 and 6 hours after birth in full term neonates
with hypoxic-ischaemic encephalopathy. Arch
Dis Child Fetal Neonatal Ed. 1999;81(1):F19-23.
RN com cardiopatia congênita 8. Wikström S, Pupp IH, Rosén I, Norman E, Fell-
Pacientes com cardiopatia congênita grave man V, Ley D, et al. Early single-channel aEEG/
(ex.: hipoplasia de VE, Coarctação de Aorta EEG predicts outcome in very preterm infants.
Acta Paediatr. 2012;101(7):719-26.
e estenose de valva pulmonar) deverão ser
9. Sarnat HB, Sarnat MS. Neonatal encephalo-
monitorizados, em especial no período pós- pathy following fetal distress. A clinical and
-operatório imediato por 48 h. electroencephalographic study. Arch Neurol.
Pacientes com persistência do canal arterial 1976;33(10):696-705.
e evidência de repercussão hemodinâmica 10. Hellström-Westas L, Rosén I. Continuous
deverão ser monitorizados pelo período de brain-function monitoring: state of the art in
24-48 h. clinical practice. Semin Fetal Neonatal Med.
2006;11(6):503-11.
11. Natalucci G, Rousson V, Bucher HU, Bernet V,
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2. Le Bihannic A, Beauvais K, Busnel A, de Bara- value of early amplitude-integrated electroence-
ce C, Furby A. Prognostic value of EEG in very phalography for later diagnosed cerebral white
premature newborns. Arch Dis Child Fetal Ne- matter damage in preterm infants. Neuropedia-
onatal Ed. 2012;97(2):F106-9. trics. 2014;45(5):314-20.
3. Bowen JR, Paradisis M, Shah D. Decreased 13. Benavente-Fernández I, Lubián-López SP, Jimé-
aEEG continuity and baseline variability in the nez-Gómez G, Lechuga-Sancho AM, Garcia-
first 48 hours of life associated with poor short- -Alloza M. Low-voltage pattern and absence
-term outcome in neonates born before 29 we- of sleep-wake cycles are associated with severe
eks gestation. Pediatr Res. 2010;67(5):538-44. hemorrhage and death in very preterm infants.
4. Chalak LF, Sikes NC, Mason MJ, Kaiser JR. Eur J Pediatr. 2015;174(1):85-90.
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Nakas CT, Drossou V. Early abnormal amplitu- Child Fetal Neonatal Ed. 2014;99(3):F219-24.
de-integrated electroencephalography (aEEG) 15. Thoresen M, Hellström-Westas L, Liu X, de
is associated with adverse short-term outcome Vries LS. Effect of hypothermia on amplitude-
in premature infants. Eur J Paediatr Neurol. -integrated electroencephalogram in infants
2012;16(6):625-30. with asphyxia. Pediatrics. 2010;126(1):e131-9.
72
Crises convulsivas em recém-nascidos (RNs) pode ser otimizada com uso do EEG ou aEEG
são frequentemente causadas ou associadas durante a monitorização de RN de alto risco,
com condições neonatais graves, como: prática cada vez mais comum e padronizada
• Encefalopatia hipóxico-isquêmica. nas UTIs neonatais para identificação de cri-
• Hemorragia Intracraniana: ses convulsivas.
• Hemorragia peri-intraventricular;
• Hemorragia subdural; aEEG em crises convulsivas
• Hemorragia subaracnoide. A crise epiléptica pode ser visualizada ao
• Distúrbios metabólicos: aEEG através de um súbito aumento da am-
• Hipoglicemia; plitude mínima e máxima (algumas vezes
• Hipocalcemia; somente da amplitude mínima) do traçado vi-
• Hipomagnesemia. sualizado ao aEEG. Manipulação do paciente
• Infecções. e artefatos externos podem mimetizar o mes-
• Malformações do SNC. mo traçado durante a leitura do aEEG.
• Síndromes genéticas. É de fundamental importância associar este
• Epilepsia (rara). padrão a visualização do EEG bruto como in-
RN com crises convulsivas constituem popu- tuito de comprovar a existência de atividade
lação de alto risco para maior mortalidade e epiléptica.
maior morbidade com déficits neurológicos e Se possível devemos associar o traçado com
epilepsia na vida futura. as imagens obtidas através de uma vídeo-
As manifestações clínicas das crises convulsi- -gravação. Em linhas gerais um padrão de crise
vas no período neonatal podem ser muito va- epilética no EEG bruto é caracterizado por on-
gas ou até completamente subclínicas. Ocorre das rítmica se estereotipa das sendo que a crise
até 80% de dissociação entre atividade epilép- apresenta um início, pico e fim. Não há critérios
tica e apresentação clínica. específicos quanto à duração mínima de uma
Logo, o diagnóstico clínico não é confiável e crise epiléptica, entretanto a duração mínima
a identificação correta das crises convulsivas de 10 s seja bem aceita em vários estudos.
73
Figura 12.1 – traçado de aEEG demonstrando aumento da amplitude mínima e máxima nos episódios de crises
convulsivas.
Entretanto, devemos lembrar que o aEEG • Todo RN em estado de mal epiléptico deve-
é um método de triagem e não apresenta a rá ser monitorizado por tempo indetermi-
mesma sensibilidade. Sempre que uma crise nado até o período de 24 h até a suspensão
epiléptica for visualizada o ideal é solicitar o de crises.
acompanhamento de um neurofisiologista e
realização de um EEG convencional. Tratamento
A escolha do tratamento da convulsão ne-
Detecção de crise epiléptica
onatal com drogas de primeira e segunda
• Existe súbito aumento das linhas de ampli- escolha é bastante controversa na literatura
tude mínima e máxima? devido a falta de estudos recentes contro-
• Artefato, manipulação? lados e randomizados com pacientes dessa
• Avaliar o padrão do EEG bruto: faixa etária.
• Presença de ondas rítmicas e estereoti- Habitualmente, a maioria dos intensivistas
padas com duração superior a 10 s? neonatais e neurologistas utilizam como pri-
meira escolha o fenobarbital, seguido da hi-
Indicação de monitorização dantalização e benzodiazepínicos contínuos
com aEEG para controle de mal convulsivo.
• Todo RN com suspeita de crise convulsiva Entretanto, foi elaborado um algoritmo base-
clínica deverá ser monitorizado pelo perío- ado no uso cada vez mais frequente de medi-
do mínimo de 48 h e pelo menos por 24 h camentos promissores por possuírem poucos
sem evidência de crise epiléptica. efeitos adversos, menor indução de apoptose
74
Não
Sim
Iniciar manutenção de Fenobarbital
Repetir Fenobarbital 10 a 20 mg/kg EV
12 h após dose de ataque
Máx.: 50 mg/kg/dia
4-6 mg/kg/dia EV ou VO dividido em 2 doses
Não Sim
O paciente recebeu fenitoína/ Midazolam 0,15
fosfenitoína previamente? mg/kg EV em bolus,
após iniciar 0,06
mg/kg/h (titular
conforme necessário
até dose máxima
de 0,4 mg/kg/h
Diminuir dose
Não gradualmente após
Lidocaína*1 Sim 24h da última Sim Não
EV 2 mg/kg em bolus, Levetiracetam crise convulsiva Levetiracetam Fosfenitoína*2
após iniciar 6 mg/ 40 mg/kg EV em Ou 40 mg/kg EV 20 mg/kg EV
kg/h e diminuir 2 bolus Levetiracetam 40 em bolus em bolus
mg/kg/h a cada 12 Manutenção: mg/kg EV em bolus Manutenção: Manutenção:
h tempo máx.: 48 h 40-60 mg/kg/dia Manutenção: 40-60 mg/kg/dia iniciar 5-8 mg/kg/
continue após com EV ou VO dividido 40-60 mg/kg/dia EV ou VO dividido dia EV dividido em
fenobarbital em dose em 2 a 3 doses EV ou VO dividido em 2 a 3 doses 2 a 3 doses*
de manutenção em 2 a 3 doses
Figura 12.2
*1RNs em hipotermia terapêutica podem apresentar acúmulo de lidocaína. Ajustar a dose nesse caso.
*2Se disponível utilize fosfenitoína ao invés de fenitoína baseado na menor ocorrência de efeitos adversos.
75
Não Sim
Teste com Piridoxal 5 fosfato 60 mg/kg/dia VO Dosar alfa-AASA na urina
dividido em 3 doses diárias por 2 a 3 dias e/ou ácido pipecólico sérico
Sim
Não
Possível deficiência
Considere teste com
de antiquitina
biotina 10 mg VO
(ALDH7A1)
Confirme com
análise de mutação
para ALDH7A1
76
1) Fluxo sanguíneo cerebral Oscilação Hipóxia, hipercapnia, acidose, assincronia, SDR grave, PCA, aspiração traqueal,
PA anormal manipulação, ventilação, hipo/hipertensão, sepse, desidratação, convulsões
77
Silenciosa (25-50% dos casos) Súbita e inexplicada do Ht ou não após transfusão Somente com imagem, sangramento pequeno
Intermitente Alteração do nível de consciência, motilidade, hipotonia, Imagem e clínica, com sintomas intermitentes
movimentos oculares anormais, distúrbio respiratório
Catastrófica Evolução rápida, estupor, coma, apneia, crises Imagem e clínica, com sangramento volumoso
convulsivas tônicas, descerebração, quadriplegia
flácida, pupilas fixas e não reagentes
Diagnóstico Manejo
• Ultrassonografia de crânio: é o método pre- Prevenção/diagnóstico precoce
ferencial, mais rápido e com menor mobili- • USG de crânio seriada no período neona-
zação do RN. Utilizar transdutores setoriais tal;
de 5 e/ou 7,5 MHz de frequência; • Prevenção de distúrbios na hemodinâmica
cerebral;
Tabela 13.4 – USG de crânio em idade gestacional < 32 • Evitar flutuações na pressão arterial e no
sem ou peso < 1.500 g fluxo sanguíneo cerebral.
Peso RN (g) Dias de vida
Sugestão
3-5 10 - 14 28 Alta
hospitalar
Complicação
< 1.000 X X X X
• Hidrocefalia pós-hemorrágica: comuni-
1.000 – 1.250 X X X cante é a mais comum, por aracnoidite
1.251 – 1.500 X X obliterante na fossa posterior. A não comu-
nicante ocorre por obstrução dos forames
Fonte: Academia Americana de Neurologia e Sociedade Americana de Neu-
ropediatria. de Moro ou de Silvius por coágulo. Inicia-
-se por volta de 1 a 3 semanas pós-hemor-
• Tomografia: valor na identificação de he- ragia. Para seguimento:
morragia subdural, lesões hemorrágicas de • Crescimento do perímetro cefálico;
fossa posterior e hemorragia localizada no • Sinais de hipertensão intracraniana,
parênquima cerebral mais periférico; Atenção: pela complacência craniana pode ha-
• Ressonância Magnética: eficaz, especialmen- ver dilatação ventricular importante sem esses
te após alguns dias do início da hemorragia. sinais, sendo essencial USG seriado mesmo nos
Nos primeiros dias, a hemorragia é isointen- assintomáticos.
sa em TI e hipointensa em T2. A intensidade • Tratamento: DVE/DVP.
do sinal aumenta com o passar dos dias, e • Leucomalácia periventricular: injúria da
após duas semanas, a hemorragia é hiperin- substância branca por necrose focal com
tensa tanto em TI quanto em T2; formação subsequente de cistos. Associada
• Líquor: hemácias, macrófagos com hemos- a paralisia cerebral, desenvolvimento inte-
siderina e hiperproteinorraquia são carac- lectual e distúrbios visuais. Detectada por
terísticos. USG, TC, RM.
78
79
Declive inspiratório Pouco visível Pouco visível Pouco visível Audível só c/esteto
2
83
Diagnóstico diferencial
Dificuldade respiratória
Possíveis causas
HPPN = hipertensão pulmonar persistente neonatal; TTRN = taquipneia transitória do RN; SDR = síndrome do desconforto respiratório; SAM = síndrome
de aspiração meconial.
Quadro clínico Aumento do trabalho respiratório logo após o nascimento com intensificação nas primeiras 24 horas e pico por volta
de 48 a 72 horas
84
Quadro clínico Desconforto respiratório nas primeiras horas após o nascimento, melhorando a partir de 24 a 48 horas
Radiologia Congestão peri-hilar simétrica, espessamento de cisuras interlobares, hiperinsufação pulmonar leve ou moderada,
derrame pleural
Quadro clínico Sintomas respiratórios de início precoce e progressivo, com cianose grave. Quando não há complicações (baro/
volutrauma e/ou hipertensão pulmonar), há resolução do quadro em 5 a 7 dias
Critérios • RN a termo ou pós-termo com história de asfixia perinatal e líquido amniótico meconial
diagnósticos • Presença de mecônio na traqueia do RN
• Alteração radiológica compatível
85
Quadro clínico Hipoxemia grave e refratária, desproporcional ao grau de desconforto respiratório, proveniente da diminuição do fluxo
sanguíneo pulmonar e shunt direito-esquerdo através do forame oval e/ou canal arterial, podendo ocorrer de forma
primária ou secundária
Hemorragia pulmonar
Quadro clínico Piora súbita, com descompensação cardiorrespiratória, presença de secreção sanguinolenta em vias aéreas, bradicar-
dia, vasoconstrição periférica, dispneia e necessidade de oxigenoterapia
86
Pneumonia congênita
Quadro clínico Desconforto respiratório, intolerância alimentar, letargia, hipotonia, hipo ou hipertermia, distensão abdominal,
comprometimento do estado geral
87
Síndrome de escape de ar
Enfisema Quadro RN sob ventilação mecânica com piora dos parâmetros respiratórios
intersticial clínico
pulmonar
Radiologia Coleções de ar linear
ou cística, de tamanhos
variados, localizadas ou
difusas, comprometendo um
ou ambos pulmões
Pneumotórax Quadro Exame físico: assimetria torácica com diminuição da expansibilidade do lado afetado, desvio contrala-
clínico teral do íctus, diminuição do murmúrio vesicular no lado acometido
Hipertensivo – desconforto respiratório, cianose, bradicardia, má perfusão periférica, hipotensão
arterial e choque.
Não hipertensivo – assintomático ou manifestações respiratórias leves (taquipneia, gemido expiratório
e retrações)
88
Pneumome- Quadro Assintomático taquipneia leve, aumento do diâmetro anteroposterior do tórax e hipofonese das
diastino clínico bulhas cardíacas, baixo débito cardíaco nos casos graves
Tratamento Conservador
Drenagem cirúrgica em casos graves
Tratamento Conservador
Punção de Marfan seguida de drenagem cirúrgica nos casos graves
89
Definição Dependência de oxigênio suplementar após 36 semanas de idade gestacional corrigida ou após o 28º dia de vida
Prevenção • Ventilação protetora: menor tempo inspiratório tolerado, recrutamento alveolar e menor FiO2 – hipercapnia modera-
da (50 a 55 mmHg) sem acidose e SatO2 entre 87-90%
• Posição prona
• Fisioterapia respiratória criteriosa
• Restrição hídrica para manter DU ~ 1010
• Reconhecimento e tratamento precoces do PCA
• Reposição de Surfactante
• Suporte nutricional adequado
• Vitamina A na dose de 2000 UI IM 3 ´ semana,
• Antibioticoterapia adequada à biota da Unidade
• Diuréticos na presença de congestão vascular: Furosemida (1 mg/kg/dia) em um ciclo de 3 a 5 dias
90
91
92
93
95
96
4. lorch, S.A.; Srinivasan, L.; Escobar, G.J. Epide- 6. Parikka, V.; et al. The effect of caffeine ci-
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97
99
Maior quantidade
Posicionamento
< Calibre das < Volume Inserção diagonal Maior quantidade de tecido
horizontalizado
vias aéreas pulmonar do diafragma de fibras elásticas cartilaginoso da
das costelas
caixa torácica
100
101
102
103
104
O estreptococo do grupo B (EGB) de Lance- RN pelo trato genital colonizado ou por via
field ou Streptococcus agalactiae foi identifi- ascendente.
cado nos anos 60, nos Estados Unidos, onde
permanece ainda hoje como a principal cau- Fatores de riscos
sa de sepse materna neste país. Diplococo • História prévia de irmão com doença inva-
Gram-positivo tem como reservatório, em siva por EGB;
humanos, o trato gastrointestinal e o trato • Bacteriúria por EGB durante a gestação;
geniturinário, sendo este o principal sítio de • Trabalho de parto com idade gestacional
colonização. inferior a 37 semanas;
O fator determinante para a infecção neonatal • Ruptura de membranas igual ou superior a
precoce pelo EGB parece ser a presença desse 18 horas;
microrganismo no trato genital materno ao • Temperatura intraparto igual ou maior que
nascimento sendo que o risco do RN adqui- 38 ºC.
rir a infecção através da transmissão vertical
está diretamente relacionado ao número de Estratégias para a prevenção
microrganismos ali presentes. da doença perinatal
A infecção neonatal apresenta-se sob duas A quimioprofilaxia é hoje a melhor estratégia
formas: precoce e tardia. A forma precoce é de combate ao EGB, sendo que a investigação
a mais frequente e ocorre nos primeiros sete materna está indicada para gestantes com IG
dias de vida, sendo os sintomas verificados 35 a 37 semanas, exceto naquelas com bacteri-
logo após o nascimento ou nas primeiras 24 úria ou antecedente de filho anterior com do-
a 48 horas. A transmissão ocorre durante o ença causada pelo EGB, pois já está indicado o
parto ou nascimento através da passagem do uso da profilaxia nesses casos.
107
Tabela 18.1 – Profilaxia adequada: realizar pelo menos 2 doses com intervalo de 4 h antes do parto
Regimes recomendados para a profilaxia antimicrobiana intraparto para a prevenção da doença perinatal causada por EGB
Gestante com baixo risco de anafilaxia: Cafazolina 2 g EV, seguida de 1 g a cada 8 horas até o parto
Com alto risco de anafilaxia, angioedema, Clindamicina, 900 mg EV, a cada 8 horas até o parto ou
urticária e desconforto respiratório Eritromicina, 500 mg EV a cada 6 horas até o parto
EGB resistente à Clindamicina ou Eritromicina Vancomicina, 1 g EV, a cada 12 horas até o parto
Culturas de swab vaginal e retal com 35 a 37 semanas gestacionais de TODAS as gestantes (a menos que tenha
tido bacteriúria por EGB durante a gestação atual ou um filho anterior com doença invasiva por EGB)
RN anterior com doença invasiva por EGB Gestação anterior com cultura positiva para EGB
Bacteriúria por EGB (a menos que a cultura seja também positiva nessa
Cultura positiva durante a gestação atual (ao gestação)
menos que o parto seja cesáreo eletivo, na ausência Parto cesáreo eletivo realizado na ausência de
de trabalho de parto ou ruptura de membranas ruptura de membranas amnióticas e antes do início
amnióticas) do trabalho de parto (independentemente do estado
Cultura desconhecida para o EGB (não realizada, materno de portadora do EGB)
incompleta ou desconhecida) e qualquer uma das Cultura retal e vaginal com 35 a 37 semanas (ou até
situações abaixo: 5 semanas antes do parto) negativa para EGB durante
• Parto < 37 semanas a gestação atual, independentemente da presença de
• Ruptura de membranas por tempo igual ou fatores de risco intra-parto
superior a 18h
• Temperatura intra-parto 38º C
108
Sim Não
Figura 18.2 – Algoritmo para AIP de gestantes em trabalho de parto (TP) prematuro ou pré-termo.
Sim Não
Figura 18.3 – Algoritmo para pesquisa da colonização pelo EGB e uso de profilaxia intraparto (AIP) para gestan-
tes com rotura prematura de membranas (antes de 37 semanas).
109
Não
Sim
Corioamnionite materna? Avaliação limitada** e antibioticoterapia empirica
Não
Não
Profilaxia indicada para a mãe?*** Cuidados clínicos de rotina
Sim
Não
Sim
IG ≥ 37 sem; RB < 18 h Observação por ≥ 48 h****
Não
Figura 18.4 – Algoritmo para prevenção da infecção neonatal precoce pelo EGB.
*Avaliação diagnóstica completa = hemograma + hemocultura + LCR + RX tórax.
**Avaliação limitada= hemograma completo + hemocultura.
***Profilaxia na gestante: cultura + para EGB até 5 sem do parto; presença de fatores de risco: IG < 37 sem; T > 38 ºC; RB ≥ 18 h; bacteriuria pelo EGB na
gestação e história de RN prévio com doença invasiva para EGB.
****Alguns especialistas recomendam hemograma completo e PCR quantitativo com 6 a 12 h e 36 h de vida.
110
A sepse neonatal é uma síndrome clínica ca- Tabela 19.1 – Exames laboratoriais
racterizada por resposta inflamatória sistêmi-
Fatores de risco maternos neonatais
ca acompanhada de bacteremia. fatores de risco neonatais
Dependendo do tempo de manifestação da in-
Febre materna nas últimas 48 h – prematuridade
fecção, a sepse pode ocorrer de forma precoce
(≤ 72 h) ou, então, de forma tardia (> 72 h). Infecção urinária materna sem tratamento ou em
tratamento a menos de 72 h – asfixia perinanatal
111
112
2. Neutropenia ou neutrofilia
7. Plaquetopenia (≤ 150.000/mm3)
A relação de neutrófilos imaturos e neutrófilos totais (I/T) é considerada elevado valor preditivo negativo para
sepse quando seu índice for maior que 0,2, tendo a melhor sensibilidade entre os índices neutrofílicos
Nascimento < 500 < 1.800 > 6.300 > 5.400 > 1.100 > 0,16
12 h < 1.800 < 7.800 > 12.400 >14.500 > 1.500 > 0,16
24 h < 2.200 < 7.000 > 14.000 > 12.600 > 1.280 > 0,15
36 h < 1.800 < 5.400 > 11.600 > 10.600 > 1.100 > 0,13
48 h < 1.100 < 3.600 > 9.000 > 8.500 > 850 > 0,13
60 h < 1.100 < 3.000 > 6.000 > 7.200 > 600 > 0,13
72 h < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 7.000 > 550 > 0,13
120 h < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 5.400 > 500 > 0,12
4º ao 28º dia < 1.100 < 1.800 > 6.000 > 5.400 > 500 > 0,12
Prevenção Tratamento
• Profilaxia materna adequada com Penici- Medidas gerais
lina, Ampicilina ou Cefazolina > 4 horas • Monitorização contínua ou periódica de:
antes do parto;
frequência cardíaca, saturação arterial de
• Higienização das mãos;
oxigênio, temperatura corpórea, glicemia,
• Restringir entradas de pais, familiares e
profissionais na unidade neonatal, em es- gasometria arterial, débito e densidade uri-
pecial aqueles com infecções agudas; nária e pressão arterial;
• Cuidados durante realização de procedimen- • Jejum oral: indicado na presença de altera-
tos invasivos e manipulação dos dispositivos; ções hemodinâmicas e/ou íleo infeccioso,
• Inicio breve de nutrição enteral com leite devendo ser suspenso 24 horas após estabi-
materno. lização dessas condições;
113
114
HMC- HMC+
Trocar ATB investigação
Suspender ATB para sepse tardia
Tratar 7 - 10 dias
e observar
Tratar
Tratar 7 -
10 - 14
10 dias
dias
Obs.: Não introduzir ATB em RN < 34 semanas, nascido de parto cesáreo por indicação materna, sem fatores de risco.
Suspeita clínica
115
116
117
118
5-Fluorocitosina Micafungina
• Seu uso tem sido recomendado em associa- • Mecanismo de ação: através de inibição
ção com anfotericina B em caso de menin- enzimática, altera a integridade da parede
gite, endocardite e fungemias persistentes celular do fungo;
que não respondem à monoterapia; • Eficaz contra Candida albicans, C. glabrata,
• Não deve ser utilizada isoladamente (in- C. cruzei, C. parapsilosis e C. tropicalis;
duz a resistência); • De acordo com a literatura atual, trata-se de
• Dose: 50-150 mg/kg/dia VO 6/6 h – se disfun- excelente alternativa para os casos de resis-
ção renal, aumentar intervalo entre as doses. tência ou toxicidade à Anfotericina B e ao
Fluconazol;
Fluconazol • Tem sido a droga de escolha em nosso
• Fungistático, utilizado em nosso serviço serviço por ser Comprovadamente eficaz
apenas para o tratamento de infecção de para o tratamento de infecções fúngicas
trato urinário, sem sinais de infecção sistê- invasivas neonatais e principalmente por
mica ou de quadro clínico invasivo; apresentar maior segurança e tolerabilidade
• Espectro antifúngico mais restrito quando quando comparada a Anfotericina;
comparado à Anfotericina B e a Micafungina, • Dose: 7 a 10 mg/kg/dia, 1 vez ao dia, com
com limitada ação contra fungos filamentosos; tempo de infusão mínimo de 1 hora. A di-
• Vantagens: luição deve ser feita em SG 5% ou SF 0,9%,
• Baixa toxicidade; em 1 concentração de 0,5-4 mg/mL. Con-
• Fácil administração; centrações acima de 1,5 mg/mL devem ser
• Menor custo; administradas em vias centrais.
• Possibilidade de uso enteral;
• Alternativa para pacientes com impossi- Referências bibliográficas
bilidade de utilizar anfotericina B. 1. Buck, M.L. Micafungin Use in the Treatment of
• Dose: 12 mg/kg (infusão EV em 30 min; Neonatal and Pediatric Fungal Infections. Pe-
após melhora do quadro pode ser usado via diatric Pharmacotherapy. 2014 Jan.
2. Caudle, K.E.; Inger, A.G.; Butler, D.R.; Rogers,
enteral):
P.D. Echinocandin use in the neonatal intensive
• < ou = 29 semanas e < 14 dias de vida – care unit. Ann Pharmacother. 2012 Jan; 46 (1):
intervalo entre as doses de 72 horas; após 108-16. Epub 2011 Dec 20. Review.
14 dias de vida - intervalo de 48 horas; 3. Mcguire, W.; Clerihew, L.; Austin, N. Pro-
• 30-36 semanas e < 14 dias de vida – in- philaticintravenosus antifungal agents to
tervalo de 48 horas; após 14 dias de vida prevent mortality and morbity in very low s
– intervalo de 24 horas; infants. (Cochrane Review). In The Cochra-
ne Library, issue 3, 2003. Oxford: Update
• 37-40 sem e < 7 dias de vida - intervalo Software.
de 48 horas; após 7 dias de vida – inter- 4. Rugolo, L.M.S.S. Infecção Fúngica Neonatal e
valo de 24 horas; Perinatal. Programa de Atualização em Neona-
• > 40 semanas – intervalo de 24 horas. tologia, ciclo, módulo 4, 2004- pag. 9-42.
119
121
Supeita I Inespecíficos: apneia, bradicardia, Intolerância à dieta, resíduo gástrico, Normal ou distensão de alças
letargia e labilidade térmica sangue oculto nas fezes
Leve IIA Semelhante ao estágio I Distensão abdominal significativa, Íleo, distensão de alças e áreas
ruídos abolidos e sangue nas fezes de pneumatose intestinal
Moderada IIB Estágio I + acidose metabólica leve e Aumento da distensão abdominal, Pneumatose extensa e ascite
plaquetopenia edema de parede abdominal, e dor à inicial. Pneumoportograma
palpação, com ou sem massa palpável intra-hepático
Avançada IIIA Acidose metabólica e respiratória, Aumento do edema, eritema ou Pouco gás abdominal e alça
apneia, diminuição da pressão arterial e descoloração e induração da parede sentinela
da diurese, neutropenia e coagulopatia abdominal
IIIB Edema generalizado, choque, CIVD Abdome tenso, pálido, presença Ausência de gás intestinal e
de ascite pneumoperitônio
• Manter hematócrito entre 35 e 40% e admi- tic decision based upon clinical staging. Ann
nistração de hemoderivados, se necessário; Surg. 1978; 187(1): 1-7.
• Analgesia. 2. Kliegman, R.M.; Fanaroff, A.A. Necrotizing en-
terocolitis. N Engl J Med 1984; 310: 1093-103.
Radiografia abdominal para seguimento a 3. Koletzko , B.; Poindexter B.; Uauy R. et al.
cada 6-12 h nas fases iniciais da doença. Nutritional Care of Preterm Infants. Scien-
tific Basis and Practical Guidelines. World
Tratamento cirúrgico Review of nutrition and Dietetics.Vol.110
Karger, 2014.
Indicação absoluta do procedimento é a pre-
4. Lau, C.S.M.; Chamberlain R.S. Probiotic ad-
sença de pneumoperitônio. Outras indicações: ministration can prevent necrotizing entero-
cultura positiva do líquido peritoneal e presença colitis in preterm infants: A meta-analysis.
de líquido fecaloide ou bilioso na cavidade. Em Journal of Pediatric Surgery. 2015;50 :1405-
pacientes instáveis que possuem evidência de 1412.
perfuração intestinal e em RN com peso inferior 5. Lin, P.W.; Stoll, B.J. Necrotizing enterocolitis.
Lancet, 2006; 368 (9543): 1271-83.
a 1.000 g, pode ser feita drenagem peritoneal.
6. Rodriguez N.A. et al. Oropharyngeal adm-
ninstration of mother´s colostrum, health
Referências bibliográficas outcomes of premature infants: study proto-
1. Bell, M.J.; Ternberg, J.L.; Feigin, R.D. et al. col for a randomized controlled trial. Trials,
Neonatal necrotizing enterocolitis. Therapeu- 2015: 16;453.
122
Apresentação Alterações
Sistema esquelético Osteocondrite ou osteíte, periostite nos ossos longos, pseudoparalisia dos membros
Alterações do SNC, oculares, esqueléticas e neurossensoriais Fronte olímpica, tíbia em sabre, ceratite intersticial, surdez neuros-
sensorial, retardo mental e hidrocefalia
123
Exames Exames
LCR alterado
normais LCR alterados
(Neurosífilis)
normal LCR normal
Figura 22.1 – Algoritmo para Abordagem do RN, frente à gestante com sífilis.
Fonte: Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita – MS/2006.
124
125
126
127
128
A transmissão de HIV sem qualquer preven- na (AZT) versus regimes de associação de AZT
ção situa-se ao redor de 25%. Cerca de 65% com outros ARV. Os resultados desse estudo,
dos casos de transmissão ocorrem no trabalho recentemente publicados, demonstraram supe-
de parto e 35% ocorrem durante a gestação. rioridade na redução da transmissão vertical do
O Brasil tem como meta a eliminação da HIV com uso de AZT solução oral durante seis
transmissão vertical do HIV (menos de 1% de semanas associado à nevirapina (NVP) sus-
transmissão) até 2015. Diversas intervenções já pensão oral, três doses na primeira semana da
consagradas e implementadas no país têm re- vida. O estudo PACTG 076 utilizou o AZT por
duzido significativamente os casos de transmis- 6 semanas, porém a simplificação para a poso-
são vertical, com queda de 49,1% no número logia para 12/12 h, por 4 semanas, mostrou-se
absoluto de casos de AIDS em crianças meno- efetiva, além de reduzir eventos hematológicos.
res de 5 anos de idade nos últimos 12 anos. En- O principal fator de risco de transmissão
vertical do HIV é a magnitude da carga viral
tretanto, uma parte das gestantes portadoras do
materna próxima ao parto, sendo recomenda-
HIV ainda não recebe antirretrovirais (ARV)
do à quimioprofilaxia combinada para todos
durante a gravidez, sendo a quimioprofilaxia
os recém-nascidos de mães que não tiverem
para o recém-nascido fundamental para redu-
comprovação de carga viral abaixo de 1.000
zir o risco de transmissão vertical do HIV. cópias/mL no último trimestre de gestação,
Todos os recém-nascidos de mulheres infectadas idealmente em torno de 36 semanas.
pelo HIV devem receber profilaxia com ARV. A
quimioprofilaxia com AZT deverá ser adminis-
trada, de preferência, imediatamente após o nas- Quimioprofilaxia com AZT + NPV para
cimento (nas primeiras 4 horas de vida). todos os recém-nascidos de mães com
O ensaio clínico HPTN 040/PACTG 1043 diagnóstico de infecção pelo HIV que NÃO
comparou esquemas de quimioprofilaxia para receberam ARV na gestação ou com carga
recém-nascidos de mães infectadas pelo HIV viral ≥ 1.000 cópias/mL no último trimestre
que NÃO receberam antirretrovirais (ARV) da gestação, mesmo que a mãe tenha rece-
bido AZT injetável no momento do parto.
durante a gestação utilizando apenas zidovudi-
129
Cenário 1 • Uso de ARV no pré-natal AZT(VO) • 35 sem ou mais: 4 mg/kg dose de 12/12 h 4 semanas
e peri-parto, com carga • Entre 30-35 sem: 2 mg/kg/dose de 12/12 h por 14
viral < 1.000 cp/mL no 3º dias e 3 mg/kg/dose de 12/12 h a partir do 15º dia
trimestre • Menor que 30 sem: 2 mg/kg/dose de 12/12 h
Cenário 2 • Não utilização de ARV AZT (VO) • 35 sem ou mais: 4 mg/kg dose de 12/12 h 4 semanas
durante a gestação, NVP (VO) • Entre 30-35 sem: 2 mg/kg/dose de 12/12 h por 14 1ª dose nas
independente do uso de dias e 3 mg/kg/dose de 12/12 h a partir do 15º dia. primeiras 48 h
AZT peri-parto • Menor que 30 sem: 2 mg/kg/dose de 12/12 h de vida
• Uso de ARV na gestação, • Peso de nascimento 1,5 kg a 2 kg: 8 mg /dose (0,8 mL) 2ª dose 48 h após a
mas carga viral desconhe- • Peso de nascimento > 2 kg: 12 mg/dose (1,2 mL) 1ª dose
cida ou ≥ a 1000 cópias/ • Peso de nascimento < 1,5 kg: não usar nevirapina 3ª dose 96 h após a
mL no 3º trimestre 2ª dose
130
131
Conduta Hepatite C
Em recém-nascidos, a primeira dose da vaci- As taxas de soroprevalência do vírus da hepa-
na deve ser aplicada logo após o nascimento, tite C em gestantes variam de 0,14 a 2,4% em
Tabela 24.1 – Diferentes estratégias de imunoprofilaxia para prevenção da transmissão perinatal pelo VHB
AgHBs e AgHBe Ativa + passiva Sim Sim, RN de mãe AgHBs+ e/ou AgHbe+
133
diferentes países, incluindo o Brasil. A trans- das cargas virais, evidências baseadas em estu-
missão vertical é rara quando comparada à dos prospectivos incluindo grande número de
hepatite B. Entretanto, já se demonstrou que mulheres portadoras do VHC e seus filhos ex-
gestantes com carga viral elevada ou coinfec- postos (ao todo 1.854 pares mãe-filho) refor-
tadas pelo HIV apresentam maior risco de çam que o aleitamento materno é seguro. Não
transmissão da doença para os recém-nasci- demonstrou-se maior risco de transmissão do
dos. A cronificação ocorre em 70% a 85% dos VHC em RN amamentados quando compara-
casos, sendo que, em média, um quarto a um dos com aqueles que receberam leite artificial.
terço destes pode evoluir para formas histoló- O aleitamento deve ser decidido junto à mãe,
gicas graves ou cirrose no período de 20 anos, não há dados que confirmem o risco de aqui-
caso não haja intervenção terapêutica. sição de hepatite C pelo aleitamento.
Dessa forma, a amamentação não está con-
Diagnóstico traindicada, desde que não existam fissuras
no seio que propiciem a passagem de sangue.
Em geral, o RN é assintomático ou oligossin-
tomático. A suspeita ocorre pela história e so-
Referências bibliográficas
rologias maternas. Solicita-se sorologia e PCR
1. Brasil. Ministério da Saúde. Atenção à Saúde
para vírus da hepatite C.
do Recém-Nascido. Guia para profissionais de
Saúde. Volume 2, 2011.
Conduta 2. World Health Organization. Report on the
Com relação ao aleitamento materno, apesar Expanded Program on Immunization (EPI) of
the World Health Organization (WHO) De-
da detecção do RNA do VHC no leite materno
partment of Vaccines and Biologicals. (Post-
em pequenas concentrações e de descrições -exposure immunization for hepatitis). Geneva:
isoladas de infecções perinatais atribuídas ao WHO, [s.d.]. Disponível em: <www.who.int/
aleitamento materno em mulheres com eleva- immunization>.
134
Exames específicos para isolar a micobactéria Após 3 meses de profilaxia, realizar teste tu-
em fluidos corporais e tecidos, ultrassonogra- berculínico:
fia de abdômen e raios X de tórax. O teste tu- • Se maior ou igual a 10 mm, prosseguir com
berculínico pode ser realizado, porém demora a quimioprofilaxia até 6-9 meses;
até 2 meses para se tornar reator. • Se inferior a 10 mm: interromper quimio-
profilaxia e administrar BCG.
Critérios No caso de RN sintomático: isoniazida 10 mg/
kg/dia; rifampicina 10 mg/kg/dia; pirazinami-
• Lesões na primeira semana de vida;
da 35 mg/kg/dia por 2 meses. Após, isoniazida
• Complexo primário hepático ou granulo-
e rifampicina por mais 4 meses.
ma hepático de caseificação;
• Infecção tuberculosa de placenta ou trato Referência bibliográfica
genital materno; 1. Ministério da Saúde. Manual de Recomenda-
• Exclusão da transmissão pós-natal após in- ções para controle da Tuberculose no Brasil,
vestigação de contatos. Brasília, 2011.
135
Os vírus respondem por cerca de 50% a 90% seis meses, está indicado até o segundo ano
de todas as infecções de vias aéreas na in- de vida;
fância, sendo os seguintes vírus os principais • Palivizumabe deve ser aplicado também
causadores dessas infecções: vírus sincicial nos bebes hospitalizados que estejam con-
respiratório (VSR), influenza A e B, rinovírus, templados nessas recomendações.
adenovírus, parainfluenza I, II e III e metap-
neumovírus (MPVH). Administração e dose
Todo RN pré-termo com menos de 32 sema- • 15 mg/kg por via muscular (face anterolate-
nas de idade gestacional e crianças com doença ral da coxa) mensalmente. A primeira dose
pulmonar crônica ou com cardiopatias graves deve ser administrada um mês antes do
tem indicação de imunoprofilaxia para preven- início do período de sazonalidade do VSR
ção da infecção pelo vírus sincicial respiratório
e as 4 doses subsequentes, devem ser admi-
durante o período de sazonalidade do vírus.
nistradas com intervalos de 30 dias durante
O Ministério da Saúde (MS) aprovou o protoco-
este período no total de até 5 doses;
lo de uso de palivizumabe para a prevenção da
• Não se aplicar após o período de sazonali-
infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
dade do VSR.
através da Portaria 522, de 13 de maio de 2013.
137
138
Recém-nascido vivo (R NV) RNV < 37 semanas de idade RNV de qualquer idade Caso registrado de RNV de
com microcefalia possivelmente gestacional, apresentando gestacional, classificado com o qualquer idade gestacional,
associada a infecção pelo vírus medida do perímetro cefálico caso suspeito de microcefalia classificado como caso suspeito
Zika durante a gestação abaixo do percentil 3, segundo possivelmente associado à de microcefalia possivelmente
a curva de Fenton, para o sexo. infecção pelo vírus Zika, em associada à infecção pelo vírus
RNV ≥ a 37 semanas de que tenha sido identificado Zika, com confirmação de causa
idade gestacional apresentando o vírus Zika em amostras do específica, infecciosa ou não,
medida do perímetro cefálico RNV ou da mãe (durante a que não seja a infecção pelo
£ a 32 semanas, segundo as gestação); OU vírus Zika no RNV e na mãe
referências da OMS para o sexo RNV de qualquer idade
gestacional, classificado com o
caso suspeito de microcefalia
possivelmente associado à
infecção pelo vírus Zika, com
microcefalia diagnosticada por
qualquer método de imagem,
excluídas outras possíveis
causas conhecidas
139
Sangue Coletar cerca de 10 mL de sangue, sem anti- Utilizar tubo plástico estéril com tampa Acondicionar em caixa de
(soro) coagulante, da mãe sendo a 1ª coleta 3 a 5 de rosca e anel de vedação. Rotular o transporte de amostra bioló-
dias após o início dos sintomas e a 2ª coleta tubo com o nome do paciente, data da gica (Categoria B UN/3373)
após 2 a 4 semanas. Separar no mínimo 2 a 3 coleta e tipo de amostra com gelo reciclável
mL do soro, para sorologia Conservar em freezer a 20 ºC
No caso do RN, coletar 2 a 5 mL de sangue
(preferencialmente do cordão umbilical), sem
anticoagulante, e separar 0,5 a 1,0 mL de
soro para sorologia
Sangue Coletar 2 a 5 mL de sangue, sem anticoagu- Utilizar tubo plástico estéril com tampa Acondicionar em caixa de
(soro) de lante, do RN no momento do nascimento de rosca e anel de vedação. Rotular o transporte de amostra bioló-
cordão tubo com o nome do paciente, data da gica (Categoria B UN/3373)
umbilical coleta e tipo de amostra com gelo reciclável
Conservar em freezer a 20 ºC
Líquor Coletar 1 mL do RN no momento do Utilizar tubo plástico estéril com tampa Acondicionar em caixa de
nascimento de rosca e anel de vedação. Rotular o transporte de amostra bioló-
tubo com o nome do paciente, data da gica (Categoria B UN/3373)
coleta e tipo de amostra com gelo reciclável
Conservar em freezer a 20 ºC
*Incluir na remessa a(s) ficha(s) com dados clínicos e epidemiológicos do(s) paciente(s).
Tabela 27.3 – Para diagnóstico por RT-PCR (reação da transcriptase reversa, seguida de reação em cadeia da polimerase)
Sangue/soro Coletar cerca de 10 mL de sangue, sem Utilizar tubo plástico estéril, resistente à Acondicionar em caixa de
anticoagulante, da mãe até 3 a 5 dias temperatura com tampa de rosca e anel de transporte de amostra bioló-
após o início dos sintomas. Separar no vedação. Rotular o tubo com o nome do gica (Categoria B UN/3373)
mínimo 2 a 3 mL do soro, para a RT-PCR. paciente, data da coleta e tipo de amostra. com gelo seco
No caso do RN, coletar 2 a 5 mL de Conservar em freezer a -20 ou -70ºC
sangue (preferencialmente do cordão (preferencialmente) até o envio para o
umbilical), sem anticoagulante, e separar laboratório
0,5 a 1,0 mL de soro para a RT-PCR
Sangue Coletar 2 a 5 mL de sangue, sem Utilizar tubo plástico estéril, com tampa Acondicionar em caixa de
(soro) de anticoagulante, do RN no momento do de rosca e anel de vedação. Rotular o tubo transporte de amostra bioló-
cordão nascimento com o nome do paciente, data da coleta e gica (Categoria B UN/3373)
umbilical tipo de amostra. com gelo seco
Conservar em freezer a -20 ou -70ºC (prefe-
rencialmente) até o envio para o laboratório
Continua...
140
Tabela 27.3 – Para diagnóstico por RT-PCR (reação da transcriptase reversa, seguida de reação em cadeia da poli-
merase) – continuação
Líquor Coletar 1 mL do Utilizar tubo plástico estéril, resistente a temperatura, com tampa Acondicionar em caixa de
RN no momento do de rosca e anel de vedação. Rotular o tubo com o nome do pacien- transporte de amostra bioló-
nascimento te, data da coleta e tipo de amostra. Conservar em freezer a -20 gica (Categoria B UN/3373)
ou -70 ºC (preferencialmente) até o envio para o laboratório com gelo seco
Urina Coletar 10 mL até Utilizar tubo plástico estéril, resistente à temperatura, com tampa Acondicionar em caixa de
(gestante 8 dias após o início de rosca e anel de vedação. Rotular o tubo com o nome do transporte de amostra bioló-
com rash) dos sintomas paciente, data da coleta e tipo de amostra. gica (Categoria B UN/3373)
Conservar em freezer a -20 ou -70 ºC (preferencialmente) até o com gelo seco
envio para o laboratório
Placenta Coletar 3 3 cm Obter 3 fragmentos de placenta (dimensões de 1 cm3 cada), de tecido Acondicionar em caixa de
da placenta no não fixado e transferir para frasco estéril, resistente a temperatura, transporte de amostra bioló-
momento do com tampa de rosca. Identificar o material (placenta) e rotular o frasco gica (Categoria B UN/3373)
nascimento com o nome do paciente e data da coleta. Conservar em freezer a -20 com gelo seco
ou -70 ºC (preferencialmente) até o envio para o laboratório
*Incluir na remessa a(s) ficha(s) com dados clínicos e epidemiológicos do(s) paciente(s).
Unidade de
atendimento – LACEN Laboratório sentinela* SVS/MS
Hospital/Maternidade
Figura 27.1 – Algoritmo laboratorial para amostras suspeitas de microcefalia relacionada ao vírus Zika.
*Laboratórios: IEC/PA, FIOCRUZ/PR, FIOCRUZ/RJ, FIOCRUZ/PE e IAL/SP.
1. As amostras de soro devem ser submetidas às análises para Dengue, Chikungunya e STORCH (Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes).
2. As amostras de urina serão coletadas apenas em gestantes para real ização de diagnóstico por RT-PCR.
3. Lacen que não rea lizar RT-PCR para vírus Zika, encaminhar ao Laboratório Sentinela de sua área.
Observação: em caso de aborto ou natimorto, coletar 1 cm3 de cérebro e fígado e coração e pulmão e rim e baço para realização de RT-PCR e imuno-histoquímico.
Referência bibliográfica
1. Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência
de Microcefalia Emergência de Saúde Pública
de Importância Nacional – ESPIN – 2015.
141
145
146
pré-natal, uma vez que apenas 10% dos RN Malformação extracardíaca fetal
com cardiopatia apresentam FR identificá- Crescimento intrauterino restrito
vel, o que pode não ser ainda uma realidade
Hidropsia fetal
no SUS.
Gestação gemelar monozigótica
• Neonatal: teste do “Coraçãozinho”.
147
Realizar ecodardiograma
Não dar alta até Seguimento neonatal de rotina
esclarecimento diagnóstico
148
temperatura, glicemia e correção de distúrbios nos casos refratários; cirurgia definitiva (Ja-
associados (anemia, DHE (*Ca), DAB). tene): switch arterial.
149
150
151
Tabela 30.1 – Efeitos circulatórios dos inotrópicos mais utilizados receptores adrenérgicos e dopaminérgicos
Dobutamina ++ ++++ 0 + ++ 0
Vasopressina 0 0 0 ++++ 0 0
Milione 0 0 0 0 0 0
152
PA = DC ´ RVS
Arritmia
Mecanismos regulatórios
Correção da causa-base FC ´ VS
neuroendócrinos e parácrinos
amiodarona/cardioversão
Doses Conclusão
• Adrenalina: 0,1 -2 mg/kg/min; A história obstétrica e perinatal, associada à
• Noroadrenalina: 0,1-2 mg/kg/min; avaliação clínica e laboratorial (+ Eco funcio-
• Dopamina: 2,5-20 mcg/kg/min; nal quando disponível) leva a uma compreen-
• Dobutamina: 5-20 mcg/kg/min; são fisiopatológica do choque direcionando o
• Vasopressina: 0,001-0,04 UI/kg/min; seu tratamento.
O choque é dinâmico e requer manejo constante.
• Milrinone: 0,1-1 mg/kg/min.
Referências bibliográficas
Outras drogas
1. Noori, S.; Friedlich, P.S.; Seri, I. Patophysiology
Hidrocortisona of Shock in The Fetus and Neonate; in Polin;
Fox an Abman – Fetal and Neonatal Physiology,
• Associar na vigência de dopamina e dobu- 4th Ed.; Saunders – 2011.
tamina (≥15 μg/kg/min), choque refratário 2. Overgaard, C.; Dzavik, V. Inotropes and Vaso-
com necessidade de adrenalina/noradrena- pressors; in Circulation 2008; 118: 1047-56.
lina e/ou sinais evidentes de insuficiência 3. Schmaltz, C. Hipotension and Shock in Preterm
Neonate; in Adv Neonatal Care 2009; 9 (4): 156-62.
adrenal;
4. Wynn, J.L.; Wong, H.R. Pathophysiology and
• Dose: 1 mg/kg⁄dose de 8/8 h 3 a 5 dias, sem Treatment of of Septic Shock in Neonates; in
necessidade de desmame lento Clin Perinatol 2010; 37: 439-79.
153
155
5 câmaras Fluxo da Ao
156
157
159
160
163
< 1.500 g 17,5 15,5 13,5 11,5 10,0 8,5 8,5 9,0
(28-32 sem)
1.500 – 2.000 g 19,0 16,5 14,5 13,0 12,0 9,5 9,5 9,5
(32-36 sem)
2.000 – 2.500 g 19,0 16,5 15,0 14,0 12,5 10,5 10,5 11,0
(36-40 sem)
> 2.500 g 19,0 17,0 15,5 14,0 12,5 11,0 11,5 12,0
(termo)
Reticulócitos Teste de
Coombs
Normais ou Coombs +
Diminuídos
aumentados
Organograma 33.1
Tipagem sanguínea
anticorpos
Coombs -
Hemograma
VCM
Diminuído
Anemia hipocrômica
e microcítica
Teste de Kleinhouer
Organograma 33.2
164
Terapêutica
Esfregaço de sangue perifério Transfusão sanguínea: o volume de sangue ad-
ministrado deve ser entre 10-20 mL/kg. Se RN
Anormal
com repercussão clínica, reconsiderar valores.
Está indicada em:
• Casos de perda sanguínea aguda (indepen-
dentemente da idade gestacional):
Esferocitose, estomatocitose • 20 % do volume sanguíneo;
Eliptocitose hereditária
CIVD • 10 % do volume sanguíneo com sin-
Anemias hemolíticas
microangiopáticas
tomas de diminuição da liberação do
oxigênio, como por exemplo, acidose
persistente, após uso de expansão de vo-
lume na reanimação;
“Normal” • Necessidade imediata de aumento da
Anemia normocítica e normocrômica
liberação de oxigênio que não pode
ser alcançada com aumento do suporte
Hemólise
ventilatório.
• Casos de anemia crônica:
• RNT com Ht < 35-40%:
Com icterícia e HEM
–– Com sinais de desconforto respira-
tório;
Defeitos enzimáticos
–– Com hipovolemia associada: palidez,
congênitos taquicardia, diminuição da perfusão e
Piruvatoquinase
G6PD hipotensão.
Desidrogenase • RNT com Ht < 30%:
–– Sem sinais de desconforto respiratório;
–– Na 1a semana de vida;
–– Com necessidade de procedimento
Hemoglobinopatias
(alfa e y)
cirúrgico;
hipotireoidismo –– Presença de taquicardia, cardiomega-
Deficiência de vitamina e
Galactosemia lia, apneia significante ou taquipneia;
–– Ganho de peso inadequado, sem ou-
tra causa.
• RNPT (vide anemia da prematuridade).
Sem icterícia e HEM
Anemia da prematuridade
Ocorre entre a 3 e 12 semanas de vida nos RN
Infecção
Fungos é raro < 32 semanas. Os RNPT apresentam uma que-
da progressiva da hemoglobina até a 6ª - 8ª se-
mana de vida, sendo que nos RNPT com peso
Perda de sangue
de nascimento entre 1,0 e 1,5 kg a Hb pode
chegar ao redor de 8 mg/dL e nos abaixo de 1,0
Organograma 33.3
kg a Hb pode ser próxima de 7 mg/dL.
165
166
• Caso Rn já esteja recebendo suporte ade- Tabela 33.5 – causas de policitemia neonatal
quado de ferro e não responda com au-
mento dos reticulócitos, podemos pensar Fatores Retardo na ligadura do cordão umbilical
placentários (> 2 minutos)
em aumentar a dose da r-HuEPO; Asfixia perinatal
• Suspender medicação se Ht > 40%. Transfusão gêmeo – gêmeo (10-15% dos
gêmeos monocoriônicos)
Transfusão materno – fetal (raro)
Policitemia neonatal
Hipóxia RCIU, tabagismo
Policitemia é definida como hematócrito veno- intrauterina Filho de mãe diabética e hipertensa (uso
so maior que 65% ou hemoglobina superior a de propranolol)
22 mg/dL. Essa condição afeta 1 a 5% dos RNs. Cardiopatia cianótica materna
A triagem diagnóstica pode ser realizada atra- Fatores fetais Trissomias do 13,18 e 21
vés do Ht capilar, e, quando elevado, deve-se Hipotireoidismo
colher amostra de sangue venoso para orien- Tireotoxicose congênita
Hiperplasia adrenal congênita
tação terapêutica. Em geral o Ht capilar é 10 Síndrome de Beckwith – Wiedemann
% maior que o central. Na Tabela 33.4, encon-
tram-se os pacientes que devem ser rastreados Alta altitude
Quadro clínico
A grande maioria é assintomática (74-90% dos
casos). Os sintomas, quando presentes, relacio- Tabela 33.6 – Principais sintomas na policitemia
Recém-nascido grande para idade gestacional Metabólico Hipoglicemia (sintoma mais comum
presente em 12 a 40% dos casos),
O maior gemelar monocoriônico discordante hipocalcemia, icterícia
167
Tratamento
168
QuadRO 33.1 – RelAção soBRe uso De MeDiCAMenTos PelA Mãe e sAngRAMenTo no neonATo
169
• História do RN: idade, sexo, anteceden- Tabela 33.9 – Valores de referência no 1o dia de vida
tes de parto traumático, asfixia, septice- de PT extremos
mia, uso ou não de vitamina K. Idade gestacional 23-26 semanas
• Diagnóstico laboratorial:
TP (s) 21,5 (14,4 – 36,7)
• Avaliar o tempo de protrombina (TP
- via extrínseca), tempo de trombo- TTPA (s) 75,2 (40,5 – 158,5)
plastina parcial ativada (TTPA - via Fibrinogênio (g/l) 1,86 (0,7 – 4,8)
intrínseca) e contagem plaquetária
Fonte: Neary E, et al. Neonatology 104:222-227, 2013.
(hemograma completo), comparando
os resultados com a tabela de valores
Na suspeita de deficiência de fatores de coa-
normais para a idade (Tabelas 33.7 a
gulação fazemos suas dosagens séricas, ana-
33.10).
lisando os resultados conforme a idade do
paciente (Tabela 33.10). Quando existe uma
Tabela 33.7 – Valores de referência para testes de hipótese de CIVD deve-se dosar o fibrinogê-
coagulação no feto e RNT
nio e o PDF.
Idade TT TPPA TP INR
gesta- (segun- (segun- (segun-
cional dos) dos) dos) Tabela 33.10 – Valores normais de hemostasia e coa-
gulação no período neonatal
19 a 23 34,2 168,8 32,5 6,4
sem (24-44) (83-250) (19-45) (1,7-11,1) Fatores RNPT RNPT RNT
(27 a 31 (32 a 36
24 a 29 26,2 154 32,2 6,2
sem) sem)
sem (24-28) (87-210) (19-44) (2,1-10,6)
I Fibrinogênio 270 ± 140 226 ± 70 246 ± 55
30 a 38 21,4 104,8 22,6 3,0
(mg/100 dL)
sem (17-23,3) (176-128) (16-30) (1,5-5)
II Protrombina 30 ± 10 35 ± 12 45 ± 15
Neonato 20,4 44,3 16,7 1,7
(%)
(15,2-25) (35-52) (12-23,5) (0,9-2,7)
Fonte: Adaptado de Reverdiau-Moliac P, et al. Blood. 88:900, 1996. V Proacelerina 72 ± 25 91 ± 23 98 ± 40
(%)
VII Proconvertina 32 ± 15 39 ± 14 56 ± 16
Tabela 33.8 – Valores de referência dos testes de (%) +
coagulação X Sturt - Power
Idade ges- < 28 28-34 30-36 VIII AHF 70 ± 30 98 ± 40 105 ± 35
tacional semanas semanas semanas (%)
TP (s) > 21 > 21 > 16 IX PTC 27 ± 10 — 28 ± 8
percentil (%)
95%
XI PTA — — 30
TTPA (s) > 64 > 57 > 55 (%)
percentil
95% XII Hageman — 30 51
(%)
Fibrinogênio 0,71 - 5,35 0,87 – 4,70 2,25 – 3,41
(g/dL) XIII Fibrinase 100 100 100
percentil (%)
5-95%
PDF (mcg/mL) 0 - 10 0-7 0-7
Valores de referências retirados de Christensen, et al (2014) e de Andrew,
et al. (1988). Fonte: Hathway, 1975.
170
171
em prematuros, RN doentes, sob uso de an- • Papa de hemácias ou sangue total: quan-
tibióticos, com colestase ou diarreia. do queda acentuada da hemoglobina;
• Deficiência congênita dos fatores de coagula- • Heparina: só na trombose de grandes
ção: ocorrência é rara e deve ser lembrada vasos (dose: 10 U/kg/hora EV contínua);
quando existe história familiar de sangra- • Exsanguineotransfusão: se hemorragia
mento e RN do sexo masculino. Representa- persistente, para remoção de toxinas, dos
do principalmente pela deficiência do fator fatores de coagulação ativos e dos produ-
VIII (hemofilia A) e mais raramente a defi- tos de degradação da fibrina. Trocam-se 2
ciência do fator IX (doença de Christmas). volemias (160 mL/kg) com sangue total.
• Achados laboratoriais: TTPA aumentado,
confirmação se faz através da dosagem des- Alterações plaquetárias/trombocitopenia
ses fatores. Consideramos plaquetopenia quando menor
• Tratamento: manter os fatores no mínimo que 100.000/mm³, porém a função plaquetária
em 30% e para isso utilizamos plasma fres- do neonato é deficiente em relação à do adul-
co (Doença de Chrstmas) e crioprecipitado to. A trombocitopenia pode ocorrer por uma
ou globulina antihemofílica na hemofilia. diminuição da sua produção ou aumento da
sua degradação.
CIVD Podemos classificar as trombocitopenias de
acordo com o tempo de aparecimento (Qua-
Síndrome causada pelo desencadeamento da dro 33.4).
cascata de coagulação de forma descontrolada.
• Quadro clínico: sangramento secundário a
depleção plaquetária e consumo dos fatores Quadro 33.4 – Classificação da trombocitopenia fe-
de coagulação, com formação de micro- tal e neonatal
172
173
Neutropenia Tratamento
174
175
176
A icterícia neonatal acomete cerca de 60% lher: BTF, TS e CD, Hb e Hto, reticulócitos,
- 80% dos recém-nascidos, porém, somente dosagem de glicose-6-fosfato desidrogena-
alguns atingirão níveis elevados de bilirrubina se (G6PD) para investigação.
indireta e necessitarão de fototerapia. • Icterícia fisiológica: aparecimento após 24
O tema será desenvolvido considerando-se a horas de vida com predomínio de bilirru-
icterícia decorrente do aumento de bilirrubina bina indireta. No RNT o pico ocorre entre
indireta. 3 e 5 dias de vida e geralmente o declínio
em torno de 7 dias. No RNPT, o pico ocorre
entre 5-7 dias e o declínio geralmente em
ClassiFiCaÇão
torno de 10 dias, podendo se prolongar até
• Icterícia precoce: aparecimento antes de 24 o 28º dia principalmente nos que recebem
horas de vida. Considerar patológica e co- aleitamento materno exclusivo.
FiGURa 34.1 – GRÁFICO BILIRRUBINA TRANSCUTÂNEA ´ DIAS DE VIDA DE RNs EM ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO
Fonte: maisels et al; pediatrics 2014.
179
180
Tabela 34.2 – Normograma preditivo de níveis de bilirrubina total em percentis de acordo com tempo de vida para
RN > 35 sem
Ida 40th 75th 95th Ida 40th 75th 95th Ida 40th 75th 95th
de (h) %tile %tile %tile de %tile %tile %tile de (h) %tile %tile %tile
(mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (h) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL)
18 4.5 5.6 6.9 69 10.8 13.2 15.7 120 13.2 15.8 17.6
19 4.6 5.7 7.2 70 10.9 13.3 15.8 121 13.2 15.8 17.6
20 4.7 5.8 7.4 71 11.1 13.3 15.9 122 13.2 15.8 17.6
21 4.8 6.0 7.5 72 11.2 13.4 15.9 123 13.2 15.7 17.6
22 4.9 6.1 7.6 73 11.2 13.5 16.0 124 13.2 15.7 17.5
23 4.9 6.3 7.7 74 11.3 13.6 16.1 125 13.2 15.7 17.5
24 5.0 6.4 7.8 75 11.3 13.7 16.1 126 13.2 15.7 17.5
25 5.2 6.6 8.1 76 11.3 13.8 16.2 127 13.2 15.7 17.5
26 5.3 6.7 8.4 77 11.4 13.9 16.3 128 13.2 15.6 17.5
27 5.5 6.9 8.6 78 11.4 14.0 16.3 129 13.2 15.6 17.5
28 5.6 7.0 8.9 79 11.4 14.1 16.4 130 13.2 15.6 17.5
29 5.8 7.2 9.2 80 11.5 14.2 16.5 131 13.2 15.6 17.4
30 6.0 7.5 9.4 81 11.5 14.3 16.5 132 13.2 15.6 17.4
31 6.1 7.7 9.7 82 11.5 14.4 16.6 133 13.2 15.5 17.4
32 6.3 8.0 10.0 83 11.6 14.5 16.6 134 13.2 15.5 17.4
33 6.5 8.2 10.3 84 11.6 14.6 16.7 135 13.2 15.5 17.4
34 6.7 8.5 10.5 85 11.7 14.7 16.8 136 13.2 15.5 17.4
35 6.9 8.7 10.8 86 11.7 14.7 16.8 137 13.2 15.5 17.4
36 7.0 8.9 11.1 87 11.8 14.8 16.9 138 13.2 15.4 17.4
37 7.2 9.2 11.4 88 11.9 14.8 16.9 139 13.2 15.4 17.3
38 7.4 9.4 11.6 89 11.9 14.9 17.0 140 13.2 15.4 17.3
39 7.6 9.7 11.9 90 12.0 14.9 17.1 141 13.2 15.4 17.3
40 7.8 9.9 12.2 91 12.1 15.0 17.1 142 13.2 15.3 17.3
41 7.9 10.0 12.3 92 12.1 15.0 17.2 143 13.2 15.3 17.3
42 7.9 10.1 12.3 93 12.2 15.1 17.2 144 13.2 15.3 17.3
43 8.0 10.1 12.4 94 12.3 15.1 17.3 145 13.2 15.3 17.3
44 8.1 10.2 12.5 95 12.3 15.2 17.3 146 13.2 15.3 17.3
45 8.2 10.4 12.7 96 12.4 15.2 17.4 147 13.2 15.3 17.4
Continua...
181
Tabela 34.2 – Normograma preditivo de níveis de bilirrubina total em percentis de acordo com tempo de vida para RN
> 35 sem – continuação
Ida 40th 75th 95th Ida 40th 75th 95th Ida 40th 75th 95th
de (h) %tile %tile %tile de %tile %tile %tile de (h) %tile %tile %tile
(mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (h) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL) (mg/dL)
46 8.4 10.5 12.8 97 12.4 15.2 17.4 148 13.2 15.3 17.4
47 8.5 10.7 13.0 98 12.5 15.3 17.4 149 13.3 15.3 17.5
48 8.6 10.8 13.2 99 12.5 15.3 17.4 150 13.3 15.3 17.5
49 8.7 11.0 13.3 100 12.5 15.3 17.4 151 13.3 15.3 17.5
50 8.8 11.1 13.5 101 12.6 15.3 17.4 152 13.3 15.3 17.6
51 8.9 11.3 13.7 102 12.6 15.4 17.5 153 13.3 15.3 17.6
52 8.9 11.4 13.8 103 12.7 15.4 17.5 154 13.3 15.3 17.6
53 9.0 11.6 14.0 104 12.7 15.4 17.5 155 13.3 15.4 17.7
54 9.1 11.7 14.2 105 12.7 15.4 17.5 156 13.3 15.4 17.7
55 9.2 11.9 14.3 106 12.8 15.5 17.5 157 13.3 15.4 17.7
56 9.3 12.0 14.5 107 12.8 15.5 17.5 158 13.3 15.4 17.8
57 9.4 12.2 14.7 108 12.8 15.5 17.5 159 13.4 15.4 17.8
58 9.4 12.3 14.8 109 12.9 15.5 17.5 160 13.4 15.4 17.9
59 9.5 12.5 15.0 110 12.9 15.6 17.5 161 13.4 15.4 17.9
60 9.6 12.6 15.2 111 12.9 15.6 17.5 162 13.4 15.4 17.9
61 9.7 12.7 15.2 112 13.0 15.6 17.5 163 13.4 15.4 18.0
62 9.9 12.7 15.3 113 13.0 15.6 17.5 164 13.4 15.4 18.0
63 10.0 12.8 15.4 114 13.0 15.7 17.6 165 13.4 15.4 18.0
64 10.1 12.9 15.4 115 13.1 15.7 17.6 166 13.4 15.4 18.1
65 10.3 12.9 15.5 116 13.1 15.7 17.6 167 13.4 15.4 18.1
66 10.4 13.0 15.5 117 13.1 15.7 17.6 168 13.4 15.4 18.2
182
183
FiGURa 34.2 – NÍVEIS DE INDICAÇÃO DE EXSANGUINEOTRANSFUSÃO PARA RN > 35 SEMANAS E PESO > 2.000 G, SEGUNDO A
IDADE PÓS-NATAL, DE ACORDO COM A ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA – PEDIATRICS 2004.
184
grave, sendo importante a realização de audio- 3. Bhutani, V.K.; Johnson, L.; Sivieri, E.M. Pre-
metria de tronco cerebral (BERA) nos casos dictive Ability of a predischarge hour-specific
serum bilirubin for subsequent significant
de hiperbilirrubinemia acentuada.
hyperbilirubinemia in healthy term and near-
-term newborns. Pediatrics. 1999; 103: 6-14.
Tabela 34.5 – Quadro clínico de acordo com as fases 4. Bhutani, V.K.; Johnson, L.; Jaundice Technolo-
de desenvolvimento de encefalopatia bilirrubínica gies: Predction of Hyperbilirubinemia in ter and
near- term New Borns. Journal of Perinatology
Fase inicial Progressão Sequelas
(após 3 a 4 dias)
2001; n21;76-82.
5. Bhutani, V.K.; Johnson, L.H.; Shaprio, S.M. Ker-
• Hipotonia • Hipertonia • Paralisia cerebral nicterus in sick and preterm infants (1999-2002):
• Debilidade de • Opistótono espástica a need for an effective preventive approach. Se-
sucção • Hipertermia • Movimentos
min Perinatol 2004; 28(5):3129-5 [Review].
• Recusa • Choro com atetoides
alimentar tonalidade aguda • Distúrbios de 6. Bhutani, V.K.; Johnson, L.H; Harmerman-John-
• Convulsões Nesta fase 70% deglutição e son, L. Universal bilirubin screening for severe
pode evoluir para fonação neonatal hyperbilirubinemia. Journal of Perina-
óbito devido à • Surdez tology,2010, n30, 6-15.
parada respiratória • Deficiência
7. Bhutani, V.K.; Wong, R.J. Treatment of unconju-
mental leve a
moderada gated hyperbilirubinemia in term and late pre-
term infants. Up to date february, 2016.
8. Louis D, et al. Intravenous immunoglobulin in
Referências bibliográficas isoimmune haemolytic disease of newborn: an
1. American Academy Of Pediatrics Practice Gui- updated systematic review and meta-analylis. Arch
delines. Subcommittee On Hyperbilirubinemia. Dis Child Fetal Neonatal Ed 2014; 99, 325-329.
Management of hyperbilirubinemia in the new- 9. Mailsels Mj. Watchko Jf, Butahni VK, et al: An
born infant 35 weeks or more of gestation. Pe- approach to the management of hyperbilirubi-
diatrics 2004; 114(1):297-316. nemia in the preterminfant less than 35 weeks
2. Sociedade Brasileira De Pediatria. Departa- of gestation, J Perinatol 2012.
mento de neonatologia. Documento científico 10. Maisels et al. The Natural History of Jaundice
(elaborado em 11/11/2012). Icterícia no recém- in Predominantly Breastfed Infants. Pediatrics
-nascido com idade gestacional > 35 semanas. 2014 v134, n2 340-345.
185
187
• RX simples: deve ser realizado aos 6 me- Gluconato de 9,6 mg/mL Ca 0,44 mEq/mL
ses de idade corrigida em recém-nascidos cálcio a 10% elementar
prematuros que tenham apresentado sus- Cloreto de cálcio 27 mg/mL Ca 1,36 mEq/mL
peita clínica com alteração de marcadores a 10% elementar
séricos. Alterações são visualizas quando Fosfato ácido de 96 mg/mL P 2 mEq/mL
há diminuição de no mínimo 20-40% da potássio elementar
mineralização óssea.
Fósforo orgânico 10,23 mg/mL P 0,33 mMol/mL
elementar
Alterações radiológicas (escore de Koo)
• Grau I: rarefação óssea; Nutrição enteral
• Grau II: rarefação óssea associada a al-
terações metafisárias, imagem em taça e Tabela 35.2 – Composição de Ca e P das fórmulas e
aditivos para leite materno
formações ósseas subperiostais;
• Grau III: grau II associado à presença de Nutrientes Cálcio Fósforo
(mg/100mL)
fraturas espontâneas.
LM 20 - 25 10 -15
• Ultrassom quantitativo: oferece medidas LM+ Enfamil
que estão relacionadas com a densidade e HFM® 110 60
estrutura óssea. É um método simples, não LM + FM85® 75 48
invasivo e relativamente de baixo custo.
Deve ser repetido aos 6 meses de idade cor- NAN I PRO®
Nan 1 Comfor 41 21
rigida no seguimento ambulatorial. Nan 1 Supreme 42 21
Aptamil 1 47 25
Premium 56 28
Profilaxia e tratamento Enfamil 1 Premium 45 29
Similac 1 53 28
A ingesta oral recomendada de cálcio e fósfo-
ro é de 100-160 mg/kg/dia e 95-108 mg/kg/dia Pré-Nan® 122 46
respectivamente. Nenhuma fórmula de segui-
AptamilPré® 100 53
mento, nem leite materno fornece quantidade
terapêutica; portanto, cálcio e fósforo devem Enfamil Pre 100 55
Premium
ser adicionados à dieta.
188
189
191
• Medida de pressão arterial invasiva; Tabela 36.1 – As mais comuns são MAC e sequestro
• Sondagem vesical; pulmonar
• Monitorização cardíaca e oximetria pré e MAC Sequestro BP
pós-ductal;
Classificação Tipos: 0-4; micro ou Intra ou extralobar
• Sonda nasogástrica; macrocística
• Ventilação mecânica invasiva: uso de nar-
Conexão com a Sim Não
cóticos e relaxantes musculares para otimi- árvore traqueo-
zar a ventilação se necessário; brônquica
• Outras opções: óxido nítrico, ventilação de Irrigação sistêmica Não Sim
alta frequência, oxigenação por membrana
Desconforto respi- Sim Não
extracorpórea, podem ser necessárias. ratório no período
Após compensação clínica com controle da neonatal
hipertensão pulmonar, reparo cirúrgico. Localização Ambos os lobos Lobo inferior
A gravidade está relacionada diretamente à inferiores esquerdo
presença de fígado intratorácico, HDC à di- Tratamento Punção intraútero Ressecção quando
reita, diagnóstico intrauterino muito precoce, de cistos grandes; sintomático ou
ausência de cúpula diafragmática, relação pul- corticoterapia e na presença de
cirurgia fetal para os complicações
mão/cabeça < 1 (que predizem maior grau de casos microcísticos. recorrentes
hipoplasia pulmonar) e às malformações asso- Ressecção pós-natal
terapêutica ou profilá-
ciadas. A mortalidade é maior do que 80%. Os tica (2/6 meses)
sobreviventes frequentemente apresentam alte-
Prognóstico No geral bom inti- Bom, com risco
rações torácicas, DRGE, falha de crescimento e mamente relaciona- de complicações
atraso do desenvolvimento neuropsicomotor. do ao tipo, presença como atelectasias,
de MFs associadas pneumonias
(frequentes), hipo- de repetição,
Malformações plasia pulmonar e hemoptise e
pulmonares císticas hidropsia fetal; malignização;
Risco de malignização; +/- MFs ciadas;
É um espectro raro, mas clinicamente significa- Regressão espontâ- regressão espon-
tivo de alterações do desenvolvimento pulmo- nea 15% tânea 75%
nar; inclui: malformação adenomatoide cística MFs = malformações.
(MAC – atualmente sendo melhor nomeada
como malformação das vias aéreas pulmonares madamente metade dos casos existe outra MF
congênitas pois apenas o tipo 3 é adenomato- grave associada (lembrar de VACTER(L)), sen-
so), sequestro broncopulmonar, cisto bron- do essa responsável por complicações e óbito.
cogênico e enfisema lobar congênito. Essas
patologias estão associadas a um risco elevado Diagnóstico
de hidropsia fetal e hipoplasia pulmonar sendo Pré-natal: Ultrassonografia revela polidrâm-
às vezes necessário manejo fetal. nio, ausência de bolha gástrica. Pode haver
outras malformações.
Atresia de esôfago Ao nascimento: não progressão da sonda
Defeito na separação entre o esôfago e a tra- gástrica. Salivação intensa, desconforto res-
queia. Existem 5 tipos, sendo o mais frequente piratório variável associada ou não distensão
o que cursa com atresia de esôfago proximal, gástrica. A radiografia contrastada apenas
com fístula traqueoesofágica distal. Em aproxi- com ar pode auxiliar no diagnóstico.
192
193
Tratamento
Direcionado às malformações presentes, prefe-
rencialmente com equipe multidisciplinar (in-
cluindo um geneticista para aconselhamento).
Tabela 36.2 – Diagnóstico pré-natal: aumento da alfa-fetoproteína + exame ultrassonográfico evidenciando o de-
feito abdominal
Gastrosquise Onfalocele
Localização Paramediana (geralmente à D do coto umbilical) Mediana/ no coto umbilical (por persistência
da hérnia fisiológica fetal)
Associação com Infrequente Frequente (50% dos casos); buscar outros defeitos de
outras MF linha média; pode estar associada a síndromes genéticas
Cuidados em sala Envolver vísceras em compressas úmidas e Idem à gastrosquise especialmente se membrana rota
de parto estéreis ou cobertura plástica estéril
Cuidados Correção cirúrgica de urgência (com ou sem silo a Idem à gastrosquise se membrana rota; correção
específicos depender da possibilidade de fechamento primário) cirúrgica precocemente se membrana íntegra
194
195
196
197
198
Tabela 38.2 – TFG (mL/min/1,73 m2) em RN Tabela 38.6 – Diferenças lesão pré-renal e renal
29 a 37 ClCr 9,7-20,9 14,9-42,5 33,0-70,0 Densidade > 1.020 > 1015 < 1010 < 1015
corrigido urinária
Falência Redução de 75% ou ClCr < 35 mL/min/1,73 m2 < 0,5 mL/kg/h por 24 horas ou anuria por 12 h
199
200
Tabela 38.8 – Ajuste de drogas não antimicrobianas na insuficiência renal aguda no período neonatal
Referências bibliográficas
1. Benfield, M.R.; Bunchman, T.E. Management of
acute renal failure. In: Avner ED, Harmon WE,
Niaudet P eds. Pediatric Nephrology. 5. Ed. Phi-
ladelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2004,
p. 1253-66.
2. Dionne, J.M.; Abtibol, C.L.; Flynn, J.T. Hyper-
tension in infancy: diagnosis, management and
outcome. Pediatr Nephrol. 2012; 27(1): 17-32.
3. Ringer, A.S. Acute renal failure in the neonate.
NeoReviews. 2010; 11:e243-51.
4. Taketomo, C.K.; Hodding, J.H.; Kraus, D.M. Pe-
diatric & Neonatal Dosage Handbook. 18. Ed.
Hudson, Ohio: Lexi-Comp; 2011.
201
Definição
Retinopatia da prematuridade (ROP) é uma
doença vaso proliferativa secundária à vascula- Zona 1 Delimitada por um círculo com
centro no nervo óptico cujo raio
rização inadequada da retina imatura de alguns é equivalente a duas vezes a
recém-nascidos prematuros. É uma das princi- distância entre o nervo óptico e a
pais causas de cegueira prevenível na infância. fóvea – mais grave
203
204
205
207
• Fazer rápida punção com lanceta, não mui- • Cateter 3,5; 4,0 ou 5,0 (eventualmente, 2,5
to profunda; para a artéria);
• Puncionar a face lateral ou medial do cal- • Lâmina de bisturi pequena (número 15);
canhar (nunca no centro, pelo risco de os- • Fios de sutura seda 4,0 ou algodão 3,0;
teomielite); • Seringas de 5 e 10 mL e soro fisiológico;
• Comprimir o local após coleta. • Avental estéril, gorro, máscara, luvas estéreis.
• Cateteres duplo-lúmen podem ser utiliza-
Complicações dos em situações críticas, mas estão asso-
• Osteomielite, celulite; ciados a maior incidência de infecção.
• Cicatrizes.
Técnica
Punção venosa periférica
em dorso da mão Tabela 40.1 – Verificar a inserção do cateter pela
distância ombro-umbigo
Material
Distância Cateter Cateter Cateter
• Agulha 25 ´ 7 ou 30 ´ 7; ombro- arterial arterial venoso
• Luvas de procedimento, álcool 70%. -umbigo alto baixo
208
209
210
e remover em 12 a 24 horas, caso não haja • Ureia sérica maior que 100 mg/dL;
piora clínica; • Hipervolemia;
• Controle radiográfico em 6 horas.
Material
Punção de Marfan • Cateter infantil para diálise com interme-
(pericardiocentese) diário;
Indicações • 1 equipo de transferência para diálise peri-
• Pneumopericárdio que evolui com tampo- toneal para neonatos;
namento cardíaco. • 1 lâmina de bisturi n° 11;
• 1 frasco de solução para diálise peritoneal
Material a 1,5%;
• Heparina 5.000 UI/mL, gluconato de cálcio
• Luvas estéreis, gazes estéreis, álcool 70% ou
10%, lidocaína 1% sem vasoconstritor;
clorexidine;
• 1 seringa de 1 mL, 1 agulha de insulina,
• Cateter intravenoso 20 ou 22 com agulha
gaze e fio de algodão.
interna e uma seringa de 20 mL;
Técnica
Técnica
• Assepsia de área subxifoide; • Preparo da solução de diálise:
• Conecte o cateter intravenoso à seringa e • Para cada litro de solução de diálise a
insira a agulha no espaço subxifoide, em 1,5% (isotônica), acrescentar 0,1 mL de
ângulo de 30º a 45º, em direção ao ombro heparina (500 UI/L);
esquerdo do RN; • Para soluções hipertônicas, a 2,5% ou 4%,
• Um assistente aspira a seringa, conforme a acrescentar Glicose a 50% na solução iso-
agulha é introduzida; tônica, juntamente com a heparina;
• Com a saída de ar, pare de introduzir a • Em casos de peritonite, acrescentar anti-
agulha; biótico conforme orientação da Nefrolo-
• Empurre o cateter sobre a agulha e para gia Pediátrica.
o interior do espaço pericárdico e retire a • Programação dos banhos:
agulha; • Iniciar com 10 a 20 mL/kg nas primei-
• Se persistir extravasamento de ar, avalie a ras 24 h, aumentando progressivamente
colocação de dreno pericárdico. a 30 a 50 mL /kg, conforme tolerância e
evolução clínica e laboratorial;
Complicações • Iniciar banhos de lavagem, isto é, introduzir
o volume programado e logo abrir para dre-
• Hemopericárdio;
nagem. Repetir até que o líquido saia claro;
• Laceração de VD;
• Após, iniciar banhos de demora, com
• Laceração de artéria coronária descendente
permanência do líquido na cavidade de
anterior esquerda.
10 a 15 min (em casos de hipervolemia)
ou 20 a 30 min, nos casos de uremia ou
Diálise peritoneal
hipercalemia;
Indicações • Após 12 h de diálise, colher eletrólitos e,
• Hipercalemia; se calemia normal, adicionar 2 a 5 mEq
• Acidose metabólica de difícil controle; de K a cada litro da solução;
211
• Se desejar maior perda líquida, interca- • Calçar as luvas estéreis, realizar assepsia da
lar solução ISO com hipertônica; região de hipogástrio;
• Ao final dos banhos programados, retirar • Palpar a sínfise púbica e puncionar 1 cm
o cateter e fazer o curativo compressivo; acima da sínfise com agulha acoplada a se-
• Pesar o RN antes e após o procedimento; ringa. Puncionar a parede abdominal per-
• Colher ao fim dos banhos: ureia, creati- pendicularmente, com inclinação de 10 a
nina, sódio, potássio e cálcio séricos; 20 graus no sentido da pelve;
• Verificar se as medicações do RN são • Realizar aspiração suave da seringa en-
dialisáveis e corrigi-las, se necessário. quanto se introduz a agulha até a obtenção
de urina.
Complicações
• Lesão vascular; Complicações
• Hiperglicemia, hipernatremia, acidose láti- • Hematúria
ca, hiponatremia; • Punção intestinal (risco de peritonite)
• Peritonite;
• Remoção de drogas;
Paracentese abdominal
• Desidratação.
Indicações
Punção vesical suprapúbica • Ascite em que a distensão abdominal causa
Indicações angústia respiratória ou interfere na produ-
• Obtenção de amostra confiável de urina ção de urina ou na perfusão de membros
para urocultura (no caso de monilíases e inferiores.
lesões perineais).
Material
Contraindicação • Scalp 18 a 22;
• Distúrbios de coagulação, plaquetopenia; • Seringa de 10 a 50 mL;
• Enterocolite necrosante, malformações de • luvas estéreis, gazes estéreis, álcool 70% ou
parede abdominal. clorexidine.
Material Técnica
• Luvas estéreis, gazes estéreis, álcool 70% ou • Assepsia de abdômen inferior;
clorexidine; • Colocação de campos estéreis;
• Agulha 25 ´ 7 ou 30 ´ 7, seringa de 5 ou • Aplicação de anestésico local subcutâneo;
10 mL. • Inserir o cateter na linha média, a 1/3 da
distância entre a cicatriz umbilical e a sín-
Técnica fise púbica;
• Certificar-se de que a bexiga do RN esteja • Aspirar a seringa conectada, conforme o
cheia (através de palpação suave ou aguar- cateter é avançado pelo subcutâneo;
dar pelo menos 1 hora da última diurese); • Remover de 5 a 10 mL de líquido para
• Posicionar o paciente em decúbito dorsal análise e de 10 a 20 mL/kg para fins tera-
com os MMIIs em semiflexão e adução e pêuticos;
imobilizados; • Retirar o cateter e enfaixar o local.
212
Técnica Complicações
• Monitorizar o RN (cardíaca e oximetria); • Insuficiência cardíaca congestiva;
• Aquecer o sangue reconstituído até a tem- • Infecção;
peratura corporal; • Anemia;
• Deixar pronto e acessível material de res- • Embolia;
suscitação, inclusive de reposição de cálcio • Hipocalcemia (citratos utilizados no sangue);
(alto risco para hipocalcemia); • Plaquetopenia, hipotermia, hipoglicemia.
213
214
215
Continua...
217
≥ 35 Todos 24 4
Meropenem Infecções graves por <32 ≤ 14 12 Sepse: 20 Anfotericina B; Observar sinais de
Gram-negativos resistentes ≥ 14 8 Metronidazol; anafilaxia durante
(Klebsiella ESBL) Meningite: Bicarbonato de só- a primeira dose.
Via: IV (infusão > 30 >32 ≤7 12 40 dio; Gluconato de
minutos) ≥7 8 cálcio; Zidovudina
Metroni- Boa atividade contra ≤ 29 0 a 28 48 Ataque: 15 Meropenem Proteger da luz
dazol anaeróbios, Gram-positivos >28 24
e Gram-negativos, anaeró- Manuten-
bios resistentes a penicilina, 30 a 36 0 a 14 24 ção: 7,5
Bacteroides fragiles e >14 12
Trichomonas vaginalis. 37 a 44 0a7 24
Usado no tratamento da >7 12
enterocolite necrosante
Via: VO, IV (infusão > 60 ≥ 45 Todos 8
minutos)
218
219
Milrinone Inotrópico e Ataque: de 75 mcg/kg/dose IV por 60 min Furosemida; Imipe- Contra indicado na
vasodilatador. Manutenção: 0,5 mcg/kg/ min. (variando de 0,25 nem; Procainamida estenose aórtica
a 0,75 mcg/ kg/min.) ou pulmonar grave
Prematuros < 30 sem – ataque de 0,75 mcg/kg e cardiomiopatia
por min por 3 horas, seguido de manutenção de hipertrófica
0,2 mcg/kg/min
220
Midazolam IV: 0,05 a 0,15 mg/kg/dose, infusão em 5 minutos Usado como sedativo, indução anestésica e anticonvulsivan-
Infusão contínua: 0,01 a 0,06 mg/kg/hora te. Incompatível com Albumina, Dexametasona; Furosemida,
Intranasal: 0,2 a 0,3 mg/kg/dose Hidrocortisona, bicarbonato de sódio.
Morfina IM, IV, SC: 0,05 a 0,2 mg/kg/dose, podendo ser Indicada em edema agudo de pulmão, analgesia, sedação
repetida a cada 4 horas pré-operatória, crise hipoxêmica. Pode ocorrer depressão
respiratória grave, miose, hipotensão, bradicardia, retenção
urinária quando administrada IV ou epidural. Pode ser
revertida com naloxone
221
Referência bibliográfica
1. Young TE, Mangum B. Neofax: A Manual of
Drugs Used in Neonatal Care, ed 24. Raleigh,
North Carolina: Acorn Publishing, USA, 2011.
222
Dor é definida pela Associação Internacional Como a dor é subjetiva, escalas de avaliação da
para o Estudo da Dor como “uma experiência dor no recém-nascido foram desenvolvidas de
sensorial e emocional desagradável, associada a acordo com as Tabelas 42.1, 42.2, 42.3 e 42.4.
uma lesão tecidual real, potencial ou descrita nos Essas escalas foram validadas para dor aguda e
termos dessa lesão. A dor é sempre subjetiva”. algumas para dor pós-operatória, mas nenhu-
Estudos confirmaram as consequências desfa- ma para dor persistente ou crônica.
voráveis para cérebro do recém-nascido que não Escore máximo: 8 pontos. Considera-se a pre-
tem tratamento adequado para dor. Prematuros sença de dor quando três ou mais movimentos
sofrem cerca de 10 eventos dolorosos por dia faciais aparecem de maneira consistente du-
sendo que 80% deles não recebem tratamento. rante a avaliação.
Tabela 42.1 – NFCS: Sistema de codificação da atividade facial neonatal, que consiste na observação da expressão
facial do recém-nascido (Neonatal Facial Coding System)
223
Tabela 42.2 – A escala NIPS (Neonatal Infant Pain Scale), composta por cinco indicadores comportamentais e um
fisiológico
NIPS 0 pontos 1 ponto 2 pontos
Expressão facial Relaxada Contraída -
Choro Ausente “Resmungos” Vigoroso
Respiração Relaxada Diferente do basal -
Braços Relaxados Fletidos/estendidos -
Pernas Relaxadas Fletidas/estendidas -
Estado de consciência Dormindo/calmo Desconfortável -
Pontuação de zero a sete, considerando-se dor quando valores maiores ou iguais a 4 pontos.
Tabela 42.3 – CRIES (Crying, Requires O2 for saturation above 90%, Increased vital signs, Expression, and Sleeplessness):
avaliação pós-operatória
Parâmetros 0 1 2
Choro Ausente Alta tonalidade Inconsolável
FiO2 para SatO2>95% 0,21 0,21-0,30 > 0,30
FC e/ou PA (comparar ao pré-operatório) Sem > FC e PA > até 20% FC ou PA ≥ de 20% FC ou PA
Expressão Facial Relaxada Careta/esporádica Contraída
Sono Normal Intervalos curtos Ausente
Realizar a cada 2 horas nas primeiras 24 horas após o procedimento doloroso e depois, a cada 4 horas por pelo menos mais 48 horas. Considerar intervenção
medicamentosa quando escore maior ou igual a 5.
Tabela 42.4 – PIPP (perfil de dor do prematuro): avalia a dor aguda de recém-nascidos prematuros
Indicadores 0 1 2 3
IG (sem.) > 36 32 – 356/7 28 – 316/7 < 28
Observar RN Estado de alerta Ativo Quieto Ativo Quieto
15 seg. Anotar Acordado Acordado Dormindo Dormindo
FC/Sat. O2 Olho aberto + movimentos Olho aberto + sem Olho fechado + movimen- Olho fechado +
basais faciais presentes mímica facial tos faciais presentes sem mímica facial
Observar RN FC máxima 0 - 4 bpm 5 - 14 bpm 15 - 24 bpm ≥ 25 bpm
30 seg.
SO2 mínima 0 - 2,4% 2,5 - 4,9% 5,0 - 7,4% ≥ 7,5%
Testa franzida Ausente Mínimo Moderado Máxima
Olhos espremidos Ausente Mínimo Moderado Máxima
Sulco nasolabial Ausente Mínimo Moderado Máxima
Dor ausente: 0 a 9% do tempo de observação com a alteração comportamental pesquisada. Dor mínima: 10 a 39% do tempo. Dor moderada: 40 a 69% do
tempo. Dor máxima: mais de 70% do tempo de observação com a alteração facial Escores menores ou iguais a 6 indicam ausência de dor ou dor mínima, escores
superiores a 12 indicam a presença de dor moderada a intensa.
224
225
• Uso entre 4 e 7 dias: retirar 20% da dose ini- de metemoglobina. Pode também causar va-
cial a cada dia; soconstrição, dificultando a punção venosa e
• Uso entre 8 e 14 dias: retirar 10% da dose a coleta de sangue.
inicial a cada dia; • Lidocaína: recomenda-se a infiltração local
• Uso por mais de 14 dias: retirar 10% da dose de lidocaína em neonatos submetidos a pun-
inicial a cada 2-3 dias. ção liquórica, inserção de cateteres e drena-
Altas doses e infusão rápida podem levar a ri- gem torácica.
gidez muscular, em especial na região da caixa Dose: lidocaína 0,5% sem adrenalina deve ser
torácica, podendo comprometer a ventilação. infiltrada na dose de 5 mg/kg via subcutânea. O
Antagonista: Naloxone: dose 0,01 mg/kg. É início de ação é quase imediato e tem duração
contra indicado em pacientes que estão rece- de 30 a 60 minutos após a infiltração.
bendo fentanil há mais de 5 dias pelo risco de
síndrome de abstinência. Sedação no recém-nascido
Hidrato de cloral
Tramadol Sedativo hipnótico utilizado para a realização
• Dose intermitente: 5 mg/kg /dia , dividida de procedimentos diagnósticos ou terapêuti-
em 3 a 4 tomadas, por via oral ou endove- cos de curta duração. Pode desencadear efeito
nosa; paradoxal, com hiperexcitabilidade e agitação.
• Dose para infusão contínua: 0,10 a 0,25 mg/ Em RN, o acúmulo de metabólitos ativos pode
kg/hora; provocar o aparecimento de acidose metabólica
• Recomenda-se retirada gradativa quando e hiperbilirrubinemia direta e indireta.
seu uso for superior a 5 dias. Dose: 25 a 100 mg/kg por via oral.
Midazolam
Metadona
Faz parte do grupo dos diazepínicos, que é o
É um opioide de uso oral e endovenoso. Tem
grupo mais utilizado como sedativo. Promo-
sido cada vez mais utilizado no tratamento e na
vem sedação e relaxamento muscular, porém
prevenção da abstinência e da dependência. A não tem ação analgésica. Indicados em pro-
metadona requer vigilância extra. Por ter efeito cedimentos não invasivos como exames de
acumulativo, pode levar à sedação mais prolon- imagem. Podem levar a depressão respiratória,
gada que a desejada. Nestes casos, a dose deve obstrução de vias aéreas, hipotensão e excita-
ser suspensa até o desaparecimento dos efeitos ção paradoxal. Esses efeitos são potencializados
e o intervalo entre as doses deve ser aumentado com o uso de opioides.
para 8 a 12 horas. Dose: 0,05 a 0,15 mg/kg/dose endovenosa len-
Dose: 0,1 a 0,2 mg/kg a cada 4 a 6 horas. tamente em 2 a 5 minutos, a cada 2 a 4 horas.
Dose contínua: 0,1 a 0,6 µg/kg/minuto endo-
Anestésicos locais venoso.
• EMLA (mistura de prilocaína e lidocaína): Dose intranasal: 0,2 a 0,3 mg/kg/dose.
anestesia a pele intacta em 60 a 90 minutos Há necessidade de retirada gradual após 48 ho-
após sua aplicação. Uso indicado para pun- ras de uso.
ção lombar, por exemplo, além de punções Droga de metabolismo hepático com meia-
arteriais. Tem como efeito colateral quando -vida entre 30 e 60 minutos (prolongada em
utilizado de maneira repetida a um aumento recém-nascidos sépticos ou prematuros).
226
227
228
Figura 42.1 – Algoritmo de tratamento (baseado no Provincial Council for Maternal and Child Health (2012) Guideline).
229
Sinais Classificação
Data: Hora:
Choro excessivo 2
Choro excessivo (inconsolável) 3
Dorme < 1 hora depois de se alimentar 3
Dorme 1-2 horas depois de se alimentar 2
Dorme 2-3 horas depois de se alimentar 1
Reflexo de Moro hiperativo 1
Reflexo de Moro visivelmente hiperativo 2
Tremores leves (paciente incomodado) 1
Tremores moderados/severos com incômodo 2
Tremores leves (paciente sem incômodo) 1
Tremores moderados/severos sem incômodo 2
Tônus muscular aumentado 1-2
Escoriação: pele vermelha, intacta 1
Escoriação: feridas na pele 2
Convulsão generalizada 8
Hipertermia (temperatura de axilar ≥ 37,3 °C) 1
Bocejos frequentes (≥ 4/intervalo) 1
Suor 1
Congestão nasal 1
Espirros (≥ 4/intervalo) 1
Taquipneia (taxa ≥ 60/minuto) 2
Má alimentação 2
Vômitos 2
Fezes moles 2
Perdas de peso/insuficiência de crescimento 2
Irritabilidade 1-3
Classificação total
Iniciais do responsável por classificação
230
Escoriação Irritabilidade
• Resulta de movimentos excessivos e sem controle, como tremores e • Criança está irritada ou inquieta, particularmente com toque
esfrego. Escoriação na área da fralda não está incluída leve mesmo com tentativas para consolar, mas pode não chorar
• Níveis apenas quando escoriação estiver presente excessivamente ou mesmo nem chorar
• Nível 1: pele está vermelha, mas intacta ou em recuperação • Observar se há caretas, sensibilidade ao toque, luz ou som, aversão
• Nível 2: pele está rompida a olhar, etc. com ou sem choro
• Nível 2: mostra 2-3 sinais de irritabilidade e é consolado apenas
Convulsão generalizada com intervenção
• Ocorrência de convulsão requer notificação do pediatra • Nível 3: nenhum nível de consolo reduz sintomas de irritabilidade
imediatamente
• Nível 8: a incidência de convulsões como um sintoma de SAN é
baixo, mas se presente
Hipertermia
• Se hipertermia está presente, descarte infecção
• Nível 1: temperatura na axila de 37,3 ºC ou acima
231
232
Recém-nascidos, tanto termos quanto pré- tos. Abaixo os principais exames utilizados em
-termos, podem apresentar diferenças em neonatologia e seus valores de referência para
relação a faixa de normalidade de exames la- recém-nascidos.
boratoriais comparados com crianças e adul-
Eritrócito
Idade Hemoglobina (g/dL) Hematócrito (%) Eritrócitos (´ 106) VCM CHCM (g/dL)
Nascimento 15,4 – 23,4 46,6 – 68,5 4,1 – 6,4 100,7 – 117,5 32,0 – 35,2
2 semanas 11,7 – 19,3 36,6 – 58,2 3,5 – 5,5 96,5 – 110,9 30,2 – 35,4
1 mês 9,0 – 15,5 28,5 – 48,1 3,2 – 4,4 91,6 – 106,6 29,4 – 35,0
Idade Hemoglobina (g/dL) Hematócrito (%) Eritrócitos (´ 106) VCM CHCM (g/dL)
Nascimento 13,9 – 23,1 43,0 – 65,0 3,9 – 5,9 99,4 – 123,4 33,6 – 35,8
2 semanas 10,7 – 18,7 34,2 – 55,0 3,2 – 5,2 97,6 – 113,6 28,7 – 37,5
1 mês 8,0 – 14,0 25,5 – 43,7 2,6 – 4,2 92,1 – 109,3 28,6 – 35,4
233
Leucócitos (nº/mm3)
Nascimento 9.000 – 30.000 6.000 – 26.000 20 – 850 0 – 640 2.000 – 11.000 400 – 3.100
7 dias 5.000 – 21.000 1.500 – 10.000 70 – 1.100 0 – 250 2.000 – 17.000 300 – 2.700
14 dias 5.000 – 20.000 1.000 – 9.000 70 -1.000 0 – 230 2.000 – 17.000 200 – 2.400
Plaquetas
Idade Plaquetas
Coagulograma
TP (segundos) 10 – 15 10 – 15 10 – 14
TTPA (segundos) 31 – 54 25 – 60 32 – 55
TP (segundos) 10 – 16 10 – 15 10 – 14
TTPA (segundos) 27 – 79 26 – 74 26 – 62
TT (segundos) 19 – 30 18 – 29 18 – 29
234
Bioquímica
Sódio (mEq/L) 126 – 166 124 – 156 132 – 159 139 – 162
Cálcio (mg/dL) 8,2 – 11,1 7,3 – 9,2 6,2 – 9,0 5,9 – 9,7
Cálcio 2+ (mg/dL) 2,26 – 2,6 2,14 – 2,62 2,16 – 2,68 2,16 – 2,72
Fósforo (mg/dL) 3,7 – 8,1 2,9 – 8,1 3,0 – 8,7 6,0 – 8,5
Ureia (mg/dL) 21 – 40 8 – 34 9 – 63 13 – 68
Potássio (mEq/L) 4,6 – 6,7 4,5 – 7,1 4,5 – 6,6 4,6 – 7,1
Sódio (mEq/L) 133 – 146 129 -142 133 – 148 133 -142
Cloro (mEq/L) 100 – 117 102 – 116 100 – 115 101 – 115
Cálcio (mg/dL) 6,1 – 11,6 8,1 – 11,0 8,6 – 10,5 8,6 – 10,8
Fósforo (mg/dL) 5,4 -10,9 6,2 – 8,7 5,6 – 7,9 4,2 – 8,2
Ureia (mg/dL) 3,1 – 25,5 2,1 – 31,4 2,0 – 26,5 2,5 – 30,5
Proteínas totais 4,78 – 8,04 4,67 – 7,0 4,40 – 7,60 3,64 – 7,38
235
Líquido CEFALORRAQUIDIANO
Termo Pré-termo
Leucócitos (mm3) 0 – 32 0 – 29
Amônia
Termo 36 – 54 17 – 31 17 – 31 17 – 31
Pré-termo 45 – 97 28 – 56 24 – 60 27 – 59
Hormônios tireoidianos
25 – 27 1,0 – 1,8
28 – 30 1,3 – 2,7
31 – 33 1,7 – 3,1
34 – 36 2,0 – 3,6
37 – 40 2,0 – 5,3
236
T4 livre (ng/dL)
Exames diversos
Pré-termo Termo
CPK (U/L) - 14 – 97
TGO/AST (U/L) – 24 – 81
TGP/ALT (U/L) – 10 – 33
Triglicérides – 10 – 140
237
Introdução Procedimentos
A audição é fundamental para aquisição e desen- O objetivo da TAN é identificar perdas auditi-
volvimento da fala e linguagem. De acordo com vas maiores ou iguais a 35 dBNA. Os procedi-
a OMS, em 2005, 278 milhões de pessoas têm mentos mais indicados para a TAN são:
perdas auditivas de grau moderado a profundo, • Emissões Otoacústicas (EOA) recomenda-
sendo que 80% destas vivem em países em de- das para todos os recém-nascidos;
senvolvimento. Há uma elevada prevalência de • Potencial Evocado Auditivo de Tronco En-
deficiência auditiva, 1 a 6 em cada 1.000 recém- cefálico (PEATE ou BERA) para aqueles
-nascidos normais e de 1 a 4 para 100 recém- que apresentam algum indicador de risco
-nascidos atendidos em UTI Neonatal (NCHAM, para surdez.
2003). A perda auditiva submetida a tratamento
antes dos seis meses de idade possibilita a criança Emissões otoacústicas
desenvolver a linguagem normalmente. A presença das EOA indica que as células
A realização da triagem auditiva neonatal ciliadas externas do ouvido interno têm a ca-
(TAN) de rotina é a única estratégia capaz de pacidade de reemitir a energia sonora em dire-
detectar precocemente alterações auditivas que ção ao ouvido externo quando estimulado por
poderão interferir na qualidade de vida do in- um som. Método rápido, não invasivo, objeti-
divíduo (desenvolvimento cognitivo, na aquisi- vo e sensível ao diagnóstico da perda auditiva
ção de linguagem e na integração social). uni ou bilateral, de grau leve a profundo.
Desde agosto de 2010 a Lei Federal 12.303
tornou obrigatória, em todos os hospitais e Potencial evocado auditivo
maternidades, a realização de Emissões Otoa- de tronco encefálico
cústicas nas crianças nascidas em suas depen- O PEATE avalia a condução eletrofisiológica
dências, do diagnóstico de perda auditiva até do estímulo auditivo da porção periférica até
3 meses e da intervenção e do monitoramento o tronco encefálico.
auditivo até 6 meses, respeitando os direitos A inclusão do PEATE na TAN possibilita além
da criança e da família. da identificação de perdas auditivas coclea-
239
Falha
Passa Perda
auditiva
Audição
normal
240
Anexo 44.1 – Indicadores de risco associados à perda auditiva na infância – indicações para a realização de PEATE
241
243
Mortes Mortes
Variáveis Pontuação
observadas esperadas
Pressão arterial média SNAPPE-II Total Nº % Nº %
20 - 29 mmHg 9 Para todos os pesos ao nascimento
244
Referências bibliográficas
Mortes Mortes
observadas esperadas 1. Courcy-Wheeler, R.H.B.; Wolfe, C.D.A; Fitzge-
rald A. et al. Use of the CRIB (Clinical Risk Index
SNAPPE-II Total Nº % Nº %
for Babies) score in prediction of neonatal morta-
Para ≥1.500 g lity and morbidity. Arch Dis Child 1995;73:F32-6.
2. Richardson, D.K.; Corcoran, J.D.; Escobar, G.J.
0-9 14.748 39 0,3% 45 0,3% et al. SNAP II and SNAP PE II: simplified new-
born illness severity and mortality risk scores. J
10-19 2.831 31 1,1% 37 1,3% Pediatr 2001;138:92-100.
20-29 1.180 34 2,9% 33 2,8%
3. Richardson, D.K.; Gray, J.E.; Mccormick, M.C.
et al. Score for Neonatal Acute Physiology: a
30-39 617 32 5,2% 40 6,5% physiologic severity index for neonatal intensive
care. Pediatrics 1993;91:617-23.
40-49 293 45 15,4% 38 13,0% 4. Richardson, D.K.; Phibbs, C.S; Gray, J.E. et al. Birth
weight and illness severity: independent predictors
50-59 158 33 20,9% 30 19,0%
of neonatal mortality. Pediatrics 1993;91:969-75.
60-69 50 16 32,0% 16 32,0% 5. The International Neonatal Network. The CRIB
(Clinical Risk Index for Babies) score: a tool for
70-79 21 9 42,9% 10 47,6% assessing initial neonatal risk and comparing
performance of neonatal intensive care units.
≥ 80 9 6 66,7% 5 55,6%
Lancet 1993;342:193-8.
245
Pneumocócica conjugada (4) Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses), respeitando a idade crono-
lógica. Três doses: aos 2, 4 e 6 meses e um reforço entre 12 e 15 meses
Poliomielite (6) Utilizar somente vacina inativada (VIP) em RNs internados em unidades neonatais
Haemophilus influenzae tipo b (9) A combinação da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa) com a Hib e outros antígenos são prefe-
renciais, pois permitem a aplicação simultânea e se mostraram eficazes e seguras para os RNPTs
As demais vacinas do calendário de vacinação criança devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica.
247
função da menor resposta à vacina em bebês • Poliomielite: a SBIm recomenda que todas
nascidos com menos de 2.000 g, recomenda- as doses sejam com a VIP. Não utilizar a va-
-se completar o esquema de quatro doses cina oral (VOP) em crianças hospitalizadas.
(0-1-2-6 meses). • Rotavírus: por se tratar de vacina de ví-
• Profilaxia do VSR: utiliza-se um anticor- rus vivos atenuados, a vacina rotavírus só
po monoclonal específico contra o VSR, deve ser realizada após a alta hospitalar,
o palivizumabe, que deve ser aplicado em respeitando-se a idade máxima limite para
prematuros nos meses de maior circulação administração da primeira dose (3 meses e
do vírus, que depende da região do Brasil: 15 dias).
• Região Norte, de janeiro a junho; • Tríplice bacteriana: a utilização de vacinas
• Região Sul, de março a agosto; acelulares reduz o risco de eventos adversos.
• Regiões Nordeste, Centro-Oeste e Su- Em prematuros extremos, considerar o uso de
deste, de fevereiro a julho. analgésicos/antitérmicos profiláticos com o
Estão recomendadas doses mensais consecuti- intuito de reduzir a ocorrência desses eventos,
vas de 15 mg/kg de peso, via intramuscular, até especialmente reações cardiovasculares.
no máximo cinco aplicações para os seguintes • Haemophilus influenzae tipo B: na rede
grupos: pública, para os RNPTs extremos, a DTPa
• RN prematuro com idade gestacional é disponibilizada pelos Centros de Referên-
inferior a 29 semanas, até 1 ano de vida. cia para Imunológicos Especiais (Cries) e,
• RN prematuro com idade gestacional nesses casos, a conduta do Ministério da
entre 29 e 31 6/7 semanas, até 6 meses Saúde é adiar a aplicação da vacina Hib
de vida. para 15 dias após a DTPa. O reforço da va-
O uso em portadores de doença pulmonar cina Hib deve ser aplicado nessas crianças
crônica da prematuridade e cardiopatias con- aos 15 meses de vida.
gênitas, independente da idade gestacional ao
nascer e desde que em tratamento dessas con-
Observações
dições nos últimos seis meses, está indicado
até o segundo ano de vida. Recém-nascido hospitalizado: deverá ser
O palivizumabe deve ser aplicado também nos vacinado com as vacinas habituais, de acordo
bebês hospitalizados que estejam contempla- com a idade cronológica, desde que clinica-
dos nessas recomendações. mente estável. Não usar vacinas de vírus vivos:
• Pneumocócica conjugada: recém-nas- pólio oral e rotavírus.
cidos pré-termo (RNPTs) e de baixo peso Profissionais da saúde e cuidadores: todos os
ao nascer apresentam maior risco para o funcionários da Unidade Neonatal, pais e cui-
desenvolvimento de doença pneumocóci- dadores devem ser vacinados para influenza,
ca invasiva, que aumenta quanto menor a varicela (se suscetíveis) e coqueluche, a fim de
idade gestacional e o peso ao nascimento. evitar a transmissão dessas infecções ao RN.
O esquema deve ser iniciado o mais preco- Vacinação em gestantes e puérperas: a imu-
cemente possível, de acordo com a idade nização da gestante para influenza (em qual-
cronológica. quer idade gestacional) e coqueluche, entre a
• Influenza: respeitar a idade cronológica 27ª e 36ª semana de idade gestacional – em
e a sazonalidade da circulação do vírus. todas as gestações – constitui excelente es-
Preferencialmente utilizar vacinas quadri- tratégia na prevenção dessas doenças em
valentes. recém-nascidos nos primeiros seis meses de
248
vida, época em que eles ainda não estão ade- desses contactantes, inclusive a mãe, deve se
quadamente imunizados e mais vulneráveis às dar o mais precocemente possível.
formas graves.
A prevenção do tétano neonatal não deve ser
Sempre que possível, preferir vacinas com-
esquecida, e o momento do puerpério é opor-
binadas • Sempre que possível considerar
tuno para receber as vacinas para doenças aplicações simultâneas na mesma visita •
para as quais a puérpera seja suscetível: hepa- Qualquer dose não administrada na idade
tite B, hepatite A, rubéola, sarampo, caxumba recomendada deve ser aplicada na visita
e varicela. subsequente • Eventos adversos significa-
Vacinação de contactantes: a prevenção de tivos devem ser notificados às autoridades
doenças infeciosas em lactentes jovens e pre- competentes • Algumas vacinas podem
maturos pode ser obtida com a vacinação estar especialmente recomendadas para pa-
de crianças, adolescentes e adultos que têm cientes portadores de comorbidades ou em
contato frequente com eles (mãe, pai, irmãos, outra situação especial.
avós, babás, e outros) – que podem ser fontes,
principalmente, das seguintes infecções imu- Referência bibliográfica
nopreveníveis: coqueluche, influenza, varice- 1. Recomendações da Sociedade Brasileira de
la, sarampo, caxumba e rubéola. A vacinação Imunizações (SBIm) – 2015/2016.
249
O cateter central de inserção periférica Existem algumas complicações que podem ocor-
(PICC), é indicado para pacientes em uso de rer durante a inserção, manutenção e remoção
terapia intravenosa prolongada por mais de do cateter como: obstrução, ruptura do cateter,
seis dias, uso de drogas vasoativas, nutrição perfuração de vaso, extravasamento, trombose,
parenteral, antibioticoterapia, infusões hiper- hidrotórax e problemas infecciosos, sobretudo, a
tônicas e entre outras. sepse sistêmica relacionada ao PICC, entre outros.
Este dispositivo cada vez mais tem sido utili- Todavia, com a utilização do PICC, o pacien-
zado no cuidado de pacientes em estado críti- te tem menos exposição a múltiplas punções
co nas unidades de terapia intensiva neonatal e menor risco de infecção e intercorrências,
(UTIN), particularmente, os recém-nascidos quando comparado com a inserção de outros
pré-termos de muito baixo peso. cateteres venosos centrais e venodissecções.
253
Indicação Terapia intravenosa > 6 dias, solução hiperosmolar, prematuridade, imunodepressão, aces-
so vascular pobre, jejum prolongado, nutrição parenteral, antibiótico terapia
Contraindicação Única opção venosa para punção, trombose venosa, infusão de hemoderivado (exceto nos catete-
res com tamanho maior que 3 Fr), infecção ou escoriações no local da passagem e da fixação
Vantagens Menos estresse e trauma, procedimento de menor risco que venodissecção, me-
nor risco infeccioso, evita múltiplas punções, melhor custo benefício
Desvantagem Requer treinamento especializado do enfermeiro, não é fixado com ponto, não permite punções para coleta
de exame no membro que estiver inserido o cateter, não é um procedimento de emergência/urgência
254
255
256
A humanização em Neonatologia deve ser natal, cabe atentar para as repercussões que o
iniciada no pré-natal até o seguimento am- ambiente hospitalar causa nessa população e
bulatorial do RN, deve ser considerando a criar medidas de atendimento humanizado,
individualidade e as necessidades biopsicos- que implicam na construção de vínculos entre
sociais da mãe, do bebê e do grupo familiar. todos e que irão aumentar o sucesso dos cui-
Em se tratando de humanização em UTI neo dados neonatais.
257
258
A chegada de um novo integrante a um núcleo Tabela 49.1 – Intervenções psicológicas em UTI neonatal
familiar é compreendida como um estágio de Interven- • Atendimento à díade mãe-bebê;
significativas alterações no ciclo de vida fami- ções com • Informar e orientar sobre regras e rotinas;
liar e individual, uma vez que demanda diver- pais e • Criar espaço de fala e de acolhimento das
bebê angústias;
sas reorganizações de todos os seus membros, • Auxiliar no estabelecimento do vínculo com
incluindo os níveis emocional, interpessoal, de o bebê;
• Atendimento conjunto aos pais: demandas
papéis e de funções. Acrescida a esta crise tem- do casal;
-se outra quando o bebê não possui condições • Incentivar a presença e a integração familiar;
• Participar do grupo de pais;
de seguir com a mãe para casa: a hospitaliza-
• Facilitar a interação pais e equipe;
ção do RN. Ademais, está-se diante de diver- • Preparar para a alta: resgate das competências
sos processos de lutos nos pais: pela separação maternas e paternas;
• Trabalhar as perdas ‘reais’ (óbito e sequelas no
precoce do bebê, pela discrepância entre bebê desenvolvimento) e ‘imaginárias’;
ideal e bebê real, pelas expectativas para esse • Oferecer suporte psicológico nas situações de óbito;
• Encaminhamento (interno ou externo) para
momento de vida que não se realizaram, pelos continuidade do acompanhamento psicológico,
cuidados parentais diferentes nesse contexto. se necessário.
Dessa forma, é possível observar alterações Interven- • Informar e orientar sobre regras e rotinas;
psicológicas (relativas à cognição, ao compor- ções com • Possibilitar e acolher a expressão de sentimentos;
familiares • Favorecer a integração familiar durante a internação;
tamento e à emoção) nos pais e nos familiares, • Incentivar a presença dos avós no dia da visita;
tais como: sinais de ansiedade e de depressão • Promover visitas monitoradas de irmãos dos
reativa; euforia; agitação ou lentificação psi- bebês internados;
• Oferecer suporte psicológico em situação de óbito;
comotora; apatia; agressividade; hostilidade; • Encaminhamento (interno ou externo) para
excesso de preocupação; sentimentos de cul- continuidade do acompanhamento psicológico,
se necessário.
pa, impotência, inadequação, incompetência,
Interven- • Resgate da dimensão subjetiva de todos os
tristeza; desesperança e estresse. Faz-se im- ções com envolvidos via discussão de casos;
portante diferenciar se tais reações configu- equipe • Propiciar um manejo mais adequado consideran-
ram-se como estratégia adaptativa ao período do as especificidades de cada núcleo familiar;
• Facilitar a comunicação pais/familiares e equipe.
de crise que vivenciam ou se os pais possuem
259
260
261
que diminui a pressão dos orifícios sinusais ventilação artificial. A manobra consiste na
(provocando o chamado efeito de Venturi), utilização de uma bolsa de hiperinsuflação
favorecendo a mobilização das secreções des- pulmonar (ambu), que pode ser associada
tas cavidades para o conduto rinofaríngeo com a técnica de vibrocompressão, denomi-
principal. nada Bag Squeezing. Promove a aceleração
• Vibração/vibrocompressão: é um movimen- do fluxo expiratório, gerando com isso, fluxo
to oscilatório suave das mãos sobre o tórax turbulento e estimulando o mecanismo de
do RN durante a expiração. Quando asso- tosse, o que facilitará o deslocamento das
ciada à compressão torácica, denomina-se secreções impactadas na periferia pulmonar,
vibrocompressão. trazendo-as mais próximo das vias aéreas
• Drenagem postural: compreende o posicio- superiores onde serão mais facilmente eli-
namento do RN em diversos decúbitos, para minadas. Na presença de secreções espessas,
facilitar o deslocamento das secreções brôn- recomenda-se a instilação prévia de soro
quicas em direção à traqueia através da ação fisiológico em quantidades adequadas antes
da gravidade, facilitando a sua expectoração. da insuflação do pulmão.
Deve – se ter atenção, principalmente a po- • Tosse: é uma manobra de expiração força-
sição de trendlemburg que deve ser evitada da, voluntária ou não, que visa à eliminação
em lactentes com pressão craniana elevada das secreções brônquicas.
e em RN pré-termo que estão com risco de • Aspiração traqueal: é um procedimento
hemorragia peri-intraventricular. RN e lac- utilizado para remoção das secreções brôn-
tentes com distensão abdominal, devido ao quicas de recém-nascidos, que estejam ne-
diafragma estar em desvantagem mecânica, cessitando de ventilação mecânica artificial
e em lactentes com história pregressa de re-
ou hipersecretivos, com alteração no meca-
fluxo gastroesofágico, pois algumas evidên-
nismo de tosse e com ineficiência na elimi-
cias sugerem que essa posição possa agravar
nação de secreções traqueobrônquicas, onde
o refluxo gastroesofágico.
o procedimento a ser realizado denomina-se
• Aumento de fluxo expiratório (AFE): é defi-
nesse caso, aspiração naso – traqueal.
nida como um movimento toracoabdomi-
A aspiração de cânula orotraqueal pode ser
nal sincrônico, provocado pelas mãos do
realizada por um sistema aberto ou fechado
fisioterapeuta na expiração. A manobra tem
de aspiração (Track Care). Acredita-se que
seu início após o platô inspiratório, não ul-
a não desconexão do paciente do ventilador,
trapassando os limites expiratórios do RN
preserve o recrutamento alveolar, proporcio-
e/ou lactente. Seu objetivo principal é ex-
nado pela pressão positiva e também favoreça
pulsar o ar dos pulmões a uma velocidade
semelhante a da tosse, sendo capaz de favo- o controle de infecção hospitalar. Deve-se op-
recer a expulsão das secreções brônquicas, tar pelo sistema fechado de aspiração, sempre
otimizar as trocas gasosas pelo aumento do que o recém-nascido esteja necessitando de
volume corrente e promover a mobilização parâmetros ventilatórios elevados, uso de óxi-
da mecânica torácica. do nítrico, ventilação de alta frequência e em
• Hiperinsuflação manual/bag squeezing: é um casos de cardiopatia.
recurso fisioterapêutico que pode ser utiliza-
do para RN que cursam com quadro de hi- Manobra de reexpansão pulmonar
persecreção pulmonar e tampões mucosos, • Bloqueio torácico: essa técnica pode ser uti-
e que estejam necessitando da utilização de lizada, quando se pretende, atingir regiões
262
263
264
265
267
tórias, é modificar a sonda orogástrica para -se por ofertar alimento e avaliar a SN (seio
nasogástrica, de forma que a cavidade oral materno ou mamadeira) ou manter a SNN e
encontre-se livre para o trabalho motor oral. verificar a evolução do padrão motor e a de-
glutição de saliva.
O que é avaliado no
recém-nascido? Quando iniciar a sucção
Inicialmente é feito um levantamento de da- não nutritiva?
dos no prontuário. Em seguida, um contato A SNN inicia-se após a avaliação fonoaudioló-
com a equipe para saber maiores detalhes so- gica, observando-se os mesmos critérios para
bre o RN, e com a família, sempre que possí- a mesma, quando constatar-se a possibilidade
vel, para apresentar-se. do RN receber o treino motor oral.
Após todos os dados levantados, realiza-se o A SNN é importante, pois possibilita uma
exame físico com o RN, que envolve: organização motora oral e uma organização
• Padrão corporal; global ao recém-nascido, além de privilegiar o
• Estado geral; desenvolvimento de funções fisiológicas, psi-
• Estado de consciência; cológicas e de crescimento, favorecendo seu
• Reflexos orais em: ganho ponderal, desde que iniciada observan-
• Sucção não nutritiva (SNN): inicialmente; do-se os critérios adequados.
• Sucção nutritiva (SN): posteriormente, Se a mãe estiver presente, o RN já pode ser
quando o RN estiver apto a iniciá-la. levado ao seio materno, esse esvaziado pre-
São avaliados reflexos orais de: *defesa: GAG, viamente, para realização de SNN. Nessa si-
mordida. tuação, aproveita-se o contato pele a pele com
• *Alimentação: procura; captação; vedamen- a mãe e todos os benefícios que essa relação
to labial; postura de língua (canolamento, proporciona.
protrusão, posteriorização, tremores); suc-
ção (ritmo, força); deglutição e coordenação O que avaliar para iniciar
sucção/respiração/deglutição. a dieta por via oral?
São avaliados também os sinais de fadiga Quando se trata de um prematuro o acompa-
como: soluços, engasgos, cianose, queda de nhamento segue o protocolo, no qual recebe
saturação, batimento de asa de nariz, palidez, inicialmente o treino de SNN e somente quan-
choro, retração de fúrcula, tiragem intercostal, do estiver apto passará para um treino de SN,
mudança do padrão respiratório. onde receberá dieta com pequenos volumes
Para avaliar o RN, pode ser utilizado chupeta para treino de deglutição. Este treino geral-
ou dedo enluvado embebido em leite. A che- mente é feito através do uso de uma técnica
cagem com dedo enluvado embebido em leite chamada finger-feeding onde uma sonda é aco-
ajuda a evitar recusa, permite verificar força, plada ao dedo do terapeuta e pequeno volume
padrão de sucção, além de postura e movi- de leite é infundido por via oral, para que o
mentação de língua. É possível também ve- RN seja treinado em sua coordenação sucção-
rificar a integridade das estruturas intraorais -respiração-deglutição.
como gengivas, freios labiais e lingual, palato Somente depois, quando já estiver aceitando
e úvula. um volume considerável, cerca de 5 a 10 mL,
A partir desse momento, de acordo com a é que o RN receberá treino de SN em utensí-
prontidão do RN e os dados observados, opta- lio (mamadeira) e terá este volume evoluído
268
269
É importante enfatizar que o modo como o lógica no ambiente hospitalar. Rio de Janeiro:
RN é cuidado dentro da Unidade, trará mar- Revinter;2001,p.1-37.
cas em seu desenvolvimento e em sua própria 2. Hernandez AM. Atuação fonoaudiológica com
o sistema estomatognático e a função de ali-
evolução.
mentação. In: Hernandez AM. Conhecimentos
essenciais para atender bem o neonato. São José
Referências bibliográficas dos Campos: Pulso editorial, 2003, p.47-78.
1. Hernandez AM. Atuação fonoaudiológica com 3. Madureira D., Barros C. Intervenção fonoaudioló-
recém-nascidos e lactentes disfágicos. In: Her- gica em unidade neonatal. In: Normas e Condutas
nandez AM, Marchezan, I. Atuação fonoaudio- em Neonatologia. São Paulo: Atheneu, 2009,p.
270
A alta deve ser planejada para que haja sucesso em caso de necessidade. Importante a cons-
na transição do paciente do hospital para casa. cientização da família sobre a necessidade de
Orientar para sinais de risco de morte, bem seguimento com a mesma equipe que prestou
como indicar serviço de pronto atendimento os cuidados na Unidade Neonatal.
Peso ≥ 1.800 g
Cuidador capaz de assegurar a continuidade dos cuidados necessários à segurança do paciente
Antes da alta
Triagem do RN
Adequar vacinação
Triagem auditiva/BERA
Ultrassonografia cerebral
Avaliação de anemia e reserva de ferro (dosagem de Ferritina) e da doença óssea metabólica da prematuridade
273
Cuidados gerais
Orientações
Amamentação e/ou fórmulas lácteas, sempre com ênfase na importância do aleitamento materno
Medicações prescritas: sempre vitamina D (600 UI), ácido fólico (0,05 mg/dia ou 0,1 mg 2 ´/semana) e por vezes ferro (de-
pendendo peso de nascimento, de 2 a 4 mg/kg/dia) e cálcio + fósforo (vide capítulo de seguimento ambulatorial de PT)
Ambiência
Estimulação, posição de dormir, evitar a divisão da cama com os pais (risco aumentado de síndrome da morte súbita)
274
275
Idade Peso estatura Alimentação Dúvidas Medicamentos Exame Visão Audição DNPM
PC vacinas físico
1 semana X X X X X
1 mês X X X X X FO BERA
2 meses X X X X X X
3-6 meses X X X X X X X
8-12 meses X X X X X FO X X
15 meses X X X X X X PC
276
os mais graves). É necessário o seguimento em relação ao peso, terão maior risco de de-
com avaliações sistematizadas por meio de senvolver hipertensão arterial, diabetes tipo
testes do desenvolvimento, como o teste de II e doença cardiovascular na adolescência
Denver II/Bayley. e idade adulta. Essas crianças devem ser vi-
• Desenvolvimento da fala. giadas, através das curvas de crescimento,
medida de pressão arterial e controles la-
2 anos boratoriais (glicemia, colesterol e triglicéri-
• Espera-se que a estatura atinja a normali- des), iniciando precocemente a intervenção
dade pelas curvas de referência. Em casos dietética nos casos de desvios nutricionais.
de falha de crescimento pode ser estudado • Q.I.: pode ser menor nas crianças prematu-
o uso de hormônio de crescimento, princi- ras e de muito baixo peso.
palmente nos nascidos PIG.
• Monitorizar pressão arterial. 6 anos
• Persistência de padrões primitivos de tônus, • Transtorno do déficit de atenção com hi-
reflexos e postura no segundo semestre são peratividade: maior risco nos prematuros
sinais de alerta, pois podem ser anormalida- com peso de nascimento menor de 1.500 g.
des transitórias ou manifestações de para- • A dificuldade escolar, especialmente para
lisia cerebral. A acurácia no diagnóstico de habilidades matemáticas na infância pre-
paralisia cerebral é maior no segundo ano de coce, é um sinal de alerta para problemas
vida, quando desaparecem as distonias tran- de desempenho no trabalho na vida adulta.
sitórios. Usar a escala de Bayley adaptada. • Nesta faixa de idade, manifestações compor-
• O peso atingirá a normalidade pelas curvas tamentais de risco para anormalidades obser-
de referência até essa idade na maioria dos vadas na idade adulta já podem ser detectadas
prematuros. pelas informações dadas pela família e pela
escola. Aproximadamente 1/3 dos prematuros,
3 anos aos 20 anos, terá ao menos um problema crô-
• Utilizar idade corrigida até 3 anos, após, nico, na esfera psiquiátrica ou clínica.
utilizar idade cronológica, para a avaliação • Após os 6 anos, as consultas deverão ser
do neurodesenvolvimento. É aceitável, para anuais até os 18 anos, sempre com especial
a estatura, que se corrija a idade até 5 anos. atenção aos aspectos comportamentais e
• Nos RN PIG, 50% apresentam peso menor cognitivos, onde, com maior frequência,
que a média aos 3 anos. as sequelas podem se expressar.
• Em contraste, os RN que apresentam maior • Avaliações de peso, estatura, pressão ar-
catch-up nos primeiros anos, especialmente terial, uso de medicamentos, inquérito
18 meses X X X X X X X
2 anos EST X X X PA X X
3 anos X X X X X Q.I. X
6 anos X X X X X TDAC X
277
278
281
282
Se Dx < 25 mg/dL
Glicose EV (VIG 4-6 Se Dx 25-40 mg/dL Se Dx < 35 mg/dL Se Dx 35-40 mg/dL
mg/kg/min) Manter aleitamento Glicose EV (VIG 4-6 Manter aleitamento
Aumento da VIG 2-2 mg/ e complemento mg/kg/min) e complemento
kg/min, se Dx < 40 mg/dL Controle de sintomas e Aumento da VIG 2-2 mg/ Controle de sintomas e
2-2 mg/kg/min, se Dx 6/6h pré-mamada kg/min, se Dx < 40 mg/dL Dx 6/6 h pré-mamada
Dx < 40 mg/dL
283
Algoritmo para prevenção de infecção neonatal precoce pelo EGB (Figura 54.4)
Não
Sim
Corioamnionite materna Avaliação limitada2 e Atb empírico
Não
Não
AIP indicada para a mãe?3 Cuidados clínicos de rotina
Sim
Mãe recebeu > 4 h de Penicilina, Sim
Observação por 48 h
Ampicilina ou Cefazolina EV
Não
Sim
IG > 37 sem e BR < 18 h Observação por 48 h
Não
Sim
IG < 37 sem ou BR > 18 h Coleta de HMG com 24 h de vida
Figura 54.4 – Algoritmo para prevenção de infecção neonatal precoce pelo EGB.
1. Avaliação diagnóstica completa: HMC, HMG, PCR, RX tórax e LCR.
2. Avaliação diagnóstica limitada: HMC, HMG e PCR.
3. AIP na gestante: cultura positiva para EGB até 5 sem antes do parto, presença de fatores de risco: IG < 37 sem, T > 38 ºC, BR > 18 h, bacteriúria por EGB
na gestação e história de RN prévio com doença invasiva por EGB.
Atb empírico = Penicilina cristalina + Gentamicina.
284
Solicitar avaliação
Solicitar avaliação
da ortopedia (PS) +
da ortopedia (PS)
“imobilização” do membro
+ analgesia s/n
por 7 a 14 dias + analgesia
285
Cefaloematoma
Alta com orientações de possíveis complicações Pedir USG crânio/avaliar sinais clínicos de
fratura e/ou sinais neurológicos
286
287
Triagem oftalmológica
Triagem neonatal de cardiopatia congênita crítica
Teste do reflexo vermelho – deve ser realizado Oximetria de pulso
em todos os recém-nascidos do alojamento Membro superior direito e um dos membros inferiores
Entre 24 e 48 horas de vida, antes da alta hospitalar
conjunto e em casos suspeitos ou duvidosos
solicitar avaliação do oftalmologista.
288
deve-se encaminhar o paciente para avalia- coce das limitações dos movimentos da
ção da cardiopediatria. língua causados pela língua presa que
• Caso as características do sopro sejam podem comprometer as funções exerci-
muito intensas ou um sopro rude, e/ou das pela língua: sugar, engolir, mastigar
alterações físicas compatíveis com cardio- e falar.
patia, e/ou oximetria de pulso, Rx tórax ou
ECG alterados, solicitar ecocardiograma e Avaliação do frênulo lingual
avaliação da cardiopediatria e considerar
• Parte da rotina do exame físico do RN;
transferência para unidade de terapia in-
• Realizado pelo pediatra antes da alta hos-
tensiva neonatal.
pitalar;
Bradicardia • Nesta avaliação anatomofuncional o pedia-
tra deverá observar:
• Os distúrbios de ritmo são eventos frequen-
• Recém-nascido sugando e chorando;
tes no período neonatal, são geralmente
• Avaliar a amamentação ao seio materno;
benignos apesar de poderem revelar gravi-
• Observar a presença de frênulo lingual
dade em alguns casos, sendo obrigatória a
que atrapalhe a amamentação.
identificação e terapêutica adequadas nes-
sas situações. • Qualquer alteração percebida nesta ava-
• Bradicardia intermitente sem sinais de bai- liação primária na maternidade deverá
xo débito: ser acompanhada ambulatorialmente pelo
• Avaliação clínica minuciosa; pediatra e fonoaudiólogo e, se necessário,
• ECG: ritmo sinusal - seguimento em posterior frenotomia.
alojamento conjunto.
• Bradicardia persistente, sem resposta à es-
timulação, com FC < 80 bpm: transferir à
UTI Neonatal para monitorização e inves-
tigação diagnóstica.
Teste da linguinha
Arredondada Ligeira fenda no ápice
Introdução
• Língua presa (anquiloglossia):
• Alteração comum, mas muitas vezes ig-
norada;
• Está presente desde o nascimento;
• Ocorre quando uma pequena porção
Formato de coração Delgado
de tecido, que deveria ter desaparecido
durante o desenvolvimento do RN na
gravidez, permanece na parte de baixo
da língua, limitando seus movimentos
em alguns casos.
• O teste da linguinha:
• Exame padronizado que possibilita Espesso
Figura 54.10 – Avaliação do frênulo lingual.
diagnosticar e indicar o tratamento pre-
289
290
291
Apneia C
central, 95
e prematuridade, 95-97 Cafeína, protocolo do uso da, 96
mista, 95 Calcanhar à orelha, 11
obstrutiva, 95 Cálcio, 188
Arritmia fetal, 15 Canal arterial, persistência do, 159-160
“Arterialização de ventrículo direito”, 149 Cândida, colonização de, 117
Asfixia neonatal Capacidade
causas, 59 inspiratória, 99
critérios diagnósticos, 59 pulmonar total, 99
definição, 59 vital, 99
indicadores de mau prognóstico, 61 Cardiopatia, 193
repercussões sistêmicas, avaliação, 60 congênita
tratamento, 60 críticas, diagnóstico, 288
Aspiração diagnóstico precoce, 147
de cânula orotraqueal, 262 triagem, 147
traqueal, 262 Cardiotocografia com padrão não tranquilizador, 13
Aspirado traqueal, 112 Cateter (es)
Atenolol, efeitos obsevados na criança e/ou central
lactação, 51 de inserção periférica, 209
Atividade facial neonatal, sistema de codificação, 223 locais de posicionamento de ponto de, 255
Atresia de esôfago, 192 manutenção, cuidados de enfermagem na, 254
Audição fundamental, 239 migração da ponta do, 254
Ausculta pulmonar, 261 sucesso na, 254
Avastin, 205 vantagens e desvantagens, 254
AZT, 129 nasal de alto fluxo, 263
vasculares, manejo dos, 114
B Cateterismo umbilical, 208
Cefaloematoma, 286
Bag squeezing, 262 Choque
Balanço causas de, 257
hídrico, 29 neonatal
hidroeletrolítico, 32 abordagem inicial, 152
Balão autoinflável, 18 classificação fisiopatologica, 151
Ballard, método de, 11 definição, 151
BAVT congênicto, 15 diagnóstico, 152
Bevacizumab, 205 doses, 153
Bicarbonato de sódio, 20 séptico, 152
complicações, 36 Cianose, 148
Bico Ciclagem dos ventiladores de pressão prositiva, 102
ortodônico, 269 Ciclo sono e vigília, 69
tipos, 269 Circulação feto-neonatal, 148
Bilirrubina Cirurgia vitreorretiniana, 205
total, normograma preditivo de, 181 Citrato de fentanil, 225
transcutânea versus dias de vida de rins, 179 Ciutomegalovirose congênita, 127
Bloqueio torácico, 262 Clampeamento do cordão umbilical, 17
Bócio fetal, 15 Clemastina, efeitos obsevados na criança e/ou lactação, 51
Boletim Coagulação, fases da, 169
de Apgar, 20 Coagulograma, 234
de Silverman Andersen, 83 Coartação de aorta, 150
Bosentana, 146 Codificação da atividade facial neonatal, sistema de, 223
Bossas serossanguinolentas, 285 Coeficiente de mortalidade infantil, 3
Braço, recuo do, 11 Coleções serossanguinolentas, 285
Bradicardia, 289 Colelitíase, 41
Bromocriptina, efeitos obsevados na criança e/ou Colostroterapia, 44
lactação, 51 Comunicação interventricular, 150
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298
S Surfactante
minimamente invasivo, protocolo do uso de, 91
Salicilatos, efeitos obsevados na criança e/ou lactação, 51 tipos disponíveis, 92
Sangramento no neonato, relação sobre uso de Surto supressão, traçado, 69
medicamentos pela mãe e, 169 Switch arterial, 149
Sangue total, 175
Sedação no recém-nascido, 226 T
Sedativo hipnótico, 226
Sepse Tabela de Alexander, 8
neonatal, 111-116 Taquipneia transitória do recém-nascido, 85
precoce, 111 Taxa de mortalidade fetal, 13
tardia, 111 Temperatura corporal, matutenção da, 17
fatores de risco, 112 Tempo
investigação e conduta, algoritmo, 115 constante de, 99
Septo atrioventricular, defeito do, 150 inspiratório, 100
Série vermelha em recém-nascidos a termo, valores, 233 Terapia com ferro, 166
Shunt, fechamento dos, 148 Teste
Sífilis congênita, 123 da linguinha, 289
seguimento, 124 de coagulação, valores de referência, 170
Sildenafil, 146 do coraçãozinho, 147, 288
Silheta cardíaca, 149 Tetralogia de Fallot, 149
Silverman Andersen, boletim, 83 Timo, 14
Sinal do cachecol, 11 Tireoide, distúrbios da, 15
Síndrome Tireotoicose fetal, 15
antifosfolipídio, 15 Tocotraumatismo
cardíaca pós-ligadura de canal, 160
características clínicas e manejo, 23
de abstinência
classificação quanto a gravidade, 23
de não narcóticos, tatamento farmacológico, 52
Tosse, 262
manejo da, 223
Toxoplasmose congênita, 125
neonatal, 227
Track care, 262
tratamento farmacológico, 52
Tramadol, 226
de aspiração meconial, 85
Transfusão
de Barth, 174
plaquetária, indicações, 175
de Charcot-Marie, 287
sanguínea, 165
de escape de ar, 88
de hiperimunoglobulina M, 174 Transposição de grandes artérias, 149
de hipoplasia do coração esquerdo, 149 Triagem
de Hunter, 287 auditiva neonatal, 286
de lúpus neonatal, 15 emissões otoacústicas, 239
de Shwachman-Diamond, 174 modelo de porotocolo, 240
do cólon esquerdo curto, 14 potencial evocado auditivo de tronco
do desconforto respiratório, 84 encefálico, 239
hemolítico-urêmica, 15 procedimentos, 239
hemorrágica do recém-nascido, 168 cardáica, 288
neonatal compartimental, 227 oftalmológica, 288
Sistema respiratório do neonato, características Trombocitopenia, 14, 15
anatômicas e funcionais, 100 aloimune, 172
Smof lipid, 40 autoimune, 173
Sonda fetal, classificação, 172
nasogástrica, 267 neonatal, 13
orogástrica, 267 classificação, 172
Sopros, 148 Trombose, 173
cardíacos, 288 fetal, 15
Streptococcus agalactiae, 107 neonatal, 15
Sucção não nutritiva, quando iniciar, 268 vascular renal, 14
Suporte ventilatório, 261 Tuberculose, diagnóstico, 135
299
300