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Gestão de Pequenas E Médias Empresas: Unicesumar - Empreendedorismo
Gestão de Pequenas E Médias Empresas: Unicesumar - Empreendedorismo
PEQUENAS
E MÉDIAS
EMPRESAS
GRADUAÇÃO
Unicesumar | Empreendedorismo
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=
apresentar&id=K4317739Y8>.
APRESENTAÇÃO
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, aluno(a)! Este livro de Gestão de Micro e Pequenas Empresas foi produzido para que
você, empreendedor(a), saiba muito mais do que criar o seu empreendimento, saiba
gerenciá-lo para garantir um ciclo de vida prolongado e colher os frutos de todos os
esforços que você direcionou para alavancar o seu sonho de negócio.
Sou o professor mestre Adriano Aparecido de Oliveira, ministro disciplinas voltadas para
o empreendedorismo há pelo cinco anos no Unicesumar. Durante o meu mestrado em
Administração, uma das linhas de pesquisa era voltada para o empreendedorismo, mo-
mento em que tive a oportunidade de me aprofundar nesta área tão importante para a
economia de um país e para a comunidade em geral, por meio de pesquisa e desenvol-
vimento de artigos voltados para essa área. É importante enfatizar que carrego comigo
uma experiência de mercado no varejo de pelo menos oito anos trabalhando e geren-
ciando micro e pequenas empresas; assim, entendo a importância que este livro terá
para você, aluno(a), gerenciar o seu negócio em todas as frentes.
Se você deseja então iniciar o seu próprio negócio, começar a sua própria empresa, ter
autonomia, independência financeira e ser o ator principal da novela da sua vida real,
então, meu caro aluno(a), chegou este momento importante para a sua vida. É necessá-
rio que você obtenha informações importantes, seguras e confiáveis, pois, à medida em
que você realiza o planejamento, também aprende muito sobre o seu negócio e área de
atuação. Muitas empresas não sobrevivem não por falta de boas oportunidades, mas
por desinformação ou incapacidade de geri-las.
Desse modo, tem-se neste ramo de atuação muita gente competente e com boas ideias,
mas somente isto não é garantia de sucesso nenhum para essas empresas iniciantes,
pois insuficiência em termos de planejamento e informação leva esses empreendedo-
res a fracassarem de forma muito rápida, levando-os da expectativa para a desilusão.
Este, caro(a) aluno(a), não será o seu caso, pois a sua iniciativa já demonstra o prepa-
ro inicial necessário para poder se destacar e tornar-se um empreendedor(a) muito
bem-sucedido(a). Assim, esse material foi criado com muito carinho e cuidado para que
você chegue lá.
Na Unidade I, iremos compreender a importância que as micro e pequenas empresa
têm no cenário econômico nacional, pois essas empresas representam boa parte do PIB
brasileiro, além de serem as grandes responsáveis pela geração de empregos e distribui-
ção de renda. Além disso, trataremos da gestão de pequenas empresas, apresentando
alguns caminhos para que você, enquanto gestor(a), possa gerenciar a sua organização.
E para que essa organização não seja uma estrutura bagunçada e desorganizada, você
irá compreender o processo de estruturação organizacional. Por fim, nesta unidade,
você poderá observar algumas áreas em que existem oportunidades para empreender.
Na Unidade II, vamos tratar das principais áreas funcionais de uma organização. A área
de recursos humanos é essencial para lidar com o principal ativo das empresas: as
pessoas. No que tange à administração financeira, é importante entender que sem
dinheiro nenhuma empresa sobrevive; assim, é necessário compreender como geren-
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
AS PRIMEIRAS DECISÕES
20 Identificando Oportunidades
24 Estrutura Organizacional
43 Referências
44 Gabarito
UNIDADE II
PLANEJANDO O VOO
83 Referências
84 Gabarito
10
SUMÁRIO
UNIDADE III
87 Planejamento Estratégico
116 Referências
117 Gabarito
UNIDADE IV
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
155 Referências
156 Gabarito
157 Conclusão
Professor Me. Adriano Aparecido de Oliveira
I
UNIDADE
AS PRIMEIRAS DECISÕES
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender o papel econômico das micro e pequenas empresas.
■■ Entender como identificar as oportunidades.
■■ Compreender a estrutura organizacional.
■■ Entender como é a gestão de pequenas empresas.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Papel econômico e social das micro e pequenas empresas
■■ Identificando oportunidades
■■ Estrutura organizacional
■■ Gestão de pequenas e médias empresas
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O que é o Sebrae?
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma
entidade privada sem fins lucrativos. É um agente de capacitação e de pro-
moção do desenvolvimento, criado para dar apoio aos pequenos negócios de
todo o país. Desde 1972, trabalha para estimular o empreendedorismo e pos-
sibilitar a competitividade e a sustentabilidade dos empreendimentos de mi-
cro e pequeno porte. Para garantir o atendimento aos pequenos negócios, o
Sebrae atua em todo o território nacional. Onde tem Brasil, tem Sebrae. Além
da sede nacional, em Brasília, a instituição conta com pontos de atendimento
nas 27 unidades da Federação. O Sebrae Nacional é responsável pelo dire-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cionamento estratégico do sistema, definindo diretrizes e prioridades de atu-
ação. As unidades estaduais desenvolvem ações de acordo com a realidade
regional e as diretrizes nacionais. Em todo o país, mais de 5 mil colaboradores
diretos e cerca de 8 mil consultores e instrutores credenciados trabalham para
transmitir conhecimento para quem tem ou deseja abrir um negócio.
Fonte: Sebrae ([2017], on-line)1.
AS PRIMEIRAS DECISÕES
15
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O reflexo disto é que eles já não buscam mais empreender por necessidade, ou
seja, aqueles empreendedores que não têm outra alternativa de vida para obter
rendimentos a não ser criar um negócio sem que haja um planejamento ade-
quado; os brasileiros estão empreendendo por oportunidade em um mercado
que existe demanda com muito planejamento e isto aumenta consideravelmente
as chances desse negócio crescer, gerando um impacto positivo na economia
brasileira, tanto em âmbito nacional quanto no aspecto local.
Neste sentido, boa parte das empresas inicia suas atividades ainda pequena,
visto que grandes negócios requerem grandes investimentos e que, muitas vezes,
não estão acessíveis para grande parte da população brasileira, que detém pou-
cos recursos financeiros ou não está disposta a investir tudo o que tem em um
negócio. Entretanto, você já ouviu dizer que todo mundo nasceu pequeno. Pois
bem: isto também se aplica ao mundo dos negócios, uma vez que as empresas,
na medida em que ganham mercado, vão se tornando grandes, e isso faz com
que saiam da faixa de pequena empresa para média empresa.
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, as grandes empresas
não nascem grandes e muito menos com grandes ideias, mas a partir de pes-
soas que de fato querem fazer a diferença e sabem o que é preciso fazer para
transformar uma ideia em um negócio de alta rentabilidade e com poten-
cial de crescimento. Assim, elas se dedicam muito para transformar um
sonho em realidade. Acredito, meu (minha) caro(a) aluno(a) que este tam-
bém será o seu caso.
AS PRIMEIRAS DECISÕES
17
Agora no próximo tópico, vamos falar de algo também muito importante para os
empreendedores, já que não basta somente a vontade de empreender, é preciso
conhecer e ter a capacidade de observar as oportunidades existentes. Estamos
alinhados e vamos em frente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IDENTIFICANDO OPORTUNIDADES
AS PRIMEIRAS DECISÕES
19
,
ados
p e r merc
s, su • Restaurantes.
cado
• Mer ercados. • Lojas de roupas.
m
hiper . . • Lojas de autopeças.
• Bares ados
alç as. • Lojas de produtos eletrônicos.
s de c máci
• Loja arias e far na. • Lojas de produtos esportivos.
g li
• Dro s de gaso l de • Floriculturas.
o s t o t er ia • Livraria e papelarias.
•P d e ma
as
• Loj ução. • Mercearias.
tr is.
cons de móve as.
s t
•L o j a ic e
i c l oras.
Lo j a s de b panificad es e
• e r
arias utado
• Pad de comp
s
• Loja entos.
p rim
su
Identificando Oportunidades
20 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
setor atacadista, que faz a intermediação entre a indústria e os varejistas. Existem
muitas formas de ser um atacadista, como escritório de vendas de produtos, agen-
tes financeiros etc. Os atacadistas normalmente compram grandes quantidades
de produtos para gerar um estoque grande e, posteriormente, atender aquele
varejista que deseja comprar em menor quantidade. Para ser uma atacadista, é
necessário ter um armazém, realizar investimentos em estoques e manter uma
equipe de vendas ativa (CHIAVENATO, 2007).
• Autopeças. • Tintas.
• Produtos químicos e anexos. • Jóias e bijuterias.
• Confecções. • Suprimentos de papelaria.
• Componentes elétricos. • Produtos esportivos.
• Flores. • Brinquedos em geral.
• Frutas. • Papel e papelão.
• Móveis. • Produtos de informática.
• Mantimentos em geral. • Mercadorias em geral.
Figura 3 - Alguns exemplos de atacadistas
Fonte: Chiavenato (2007, p. 57).
Existe também a opção pela área de serviços – boa parte das grandes cidades brasilei-
ras se especializaram em oferecer serviços. Essa é área que mais obtém crescimento.
Os negócios que estão diretamente ligados a serviços requerem, normalmente,
grandes investimentos em equipamentos, estoques. O serviço também pode ser
prestado em home office; aliás, essa modalidade tem crescido nos últimos anos, e
agora, com a atualização das leis trabalhistas, existe todo o amparo legal. Há mui-
tas oportunidades de negócios que podem ser desenvolvidas também com pouco
investimento e com competência, habilidades e atitudes (CHIAVENATO, 2007).
AS PRIMEIRAS DECISÕES
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Identificando Oportunidades
22 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
AS PRIMEIRAS DECISÕES
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Estrutura Organizacional
24 UNIDADE I
Na hora de escolher o modelo mais adequado para a sua empresa, você deve
conhecer os mais comuns: projetista e funcional. Em uma estrutura funcio-
nal, a empresa irá obter uma divisão clássica de áreas: financeiro, recursos
humanos, marketing etc. As empresas que adotam este estilo funcional
normalmente são aquelas que desempenham tarefas repetitivas e com a
necessidade de especialização de mão-de-obra. Contudo, se a opção for pela
projetista, as áreas serão mais independentes e resolverão um problema do
começo ao fim. Vou exemplificar: um escritório de contabilidade, arquite-
tura, advocacia, entre outros. Este tipo de empresa trabalha com desafios e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
são muito mais flexíveis. O ideal neste caso, aluno(a), é você aplicar os pon-
tos de cada modelo de acordo com a necessidade do seu negócio, e como
você é um um empreendedor(a), ter uma mente aberta irá ajudá-lo(a) nesta
longa jornada (ENDEAVOR, 2015, on-line)2.
Ainda de acordo com Endeavor (2015, on-line)2, no que tange a comunica-
ção, recomenda-se que você, empreendedor(a), não crie mais do que três níveis
hierárquicos entre o dono da empresa e a linha da empresa, pois isso dificul-
taria a comunicação interna e impactaria no funcionamento da organização,
uma vez que, quanto maior a cadeia de comunicação, mais difícil será manter
uma comunicação eficiente entre as áreas da empresa. Independentemente do
tipo de organograma adotado por sua empresa, é importante que a comunica-
ção seja uma preocupação dos empreendedores, afinal, não pode haver ruídos
na comunicação para que este processo seja eficiente.
Assim, é importante que o organograma da empresa seja pensado desde
o primeiro momento – isto vai ajudá-lo(a) a construir uma visão mais clara e
objetiva em relação ao seu negócio e o que se pretende com ele. Desta forma,
haverá contribuição com os resultados esperados da empresa e também isto
irá acompanhar e identificar o perfil dos colaboradores que você pretende ter
em sua organização (ENDEAVOR, 2015, on-line)2.
Lembre-se, aluno(a), o organograma é como se fosse a arrumação das pes-
soas em uma casa, cada um deve conhecer o seu papel de acordo com o nível
hierárquico. Isto ajudará a motivar os colaboradores e a vislumbrar um plano
de carreira dentro da empresa.
AS PRIMEIRAS DECISÕES
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Estrutura Organizacional
26 UNIDADE I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
GESTÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS
AS PRIMEIRAS DECISÕES
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Estratégico
Tático
Operacional
Chiavenato (2007) explica que as empresas devem definir hierarquias com obje-
tivos de acordo com o seu tipo e modelo de negócio e a importância das suas
atividades. São eles:
objetivos estratégicos: contempla a área mais importante da organização,
é o local em que são pensadas as estratégias em longo prazo, geralmente pelos
proprietários da empresa, e que envolvem, normalmente, toda a organização,
pois os outros níveis farão cumprir as estratégias definidas pela alta administra-
ção. Exemplo: em até dois meses, obter cerca de 100 novos clientes ou produzir
50 mil novas garrafas por mês, ou ainda aumentar o faturamento em 15%.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Objetivo tático ou departamentais: envolve as tarefas a serem executadas
por cada área funcional da empresa (exemplo: marketing, finanças etc.), para
fazer cumprir os objetivos estabelecidos pela alta administração. Neste nível, nor-
malmente, estão os gerentes e supervisores funcionais. São objetivos de médio
prazo, pensados, geralmente, para até um ano.
Objetivos operacionais: pode-se dizer que se trata do operacional ou o “chão
de fábrica”, em que as tarefas são executadas em curto prazo. Refere-se às tare-
fas cotidianas da empresa, como produção diária, venda diária, estoque diário,
atendimento ao cliente, percentual de pedidos emitidos. Exemplo: aumentar o
percentual de clientes em 5% no próximo mês.
Os objetivos e também os recursos, algo que iremos tratar daqui em diante
neste tópico da nossa aula, são palavras-chave na administração, além de con-
templarem também os processos de transformação e a divisão de trabalho (ver
Figura 2), isto de acordo com Maximiano (2011).
RECURSOS OBJETIVOS
• HUMANOS
• MATERIAIS • PROCESSO DE
• FINANCEIROS TRANSFORMAÇÃO • PRODUTOS
• INFORMAÇÃO • DIVISÃO DO • SERVIÇOS
• ESPAÇO TRABALHO
• TEMPO
Figura 6 - Principais componentes das organizações
Fonte: Maximiano (2011, p. 4).
AS PRIMEIRAS DECISÕES
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A empresa que você, aluno(a), decidir abrir e investir o seu tempo e dinheiro
deverá, propositalmente, cumprir um objetivo de forma geral, fornecendo produ-
tos ou serviços. Parece óbvio, mas não é – toda empresa possui uma finalidade,
entretanto, existem muitos tipos de empresa de várias naturezas e, assim, preci-
samos estudar cada detalhe que envolve recursos, processo de transformação e
seus objetivos, algo que já iniciamos a discussão anteriormente, para gerenciar
o negócio de forma adequada.
É fato que, por mais que tenhamos tecnologia avançada, era algo que colo-
cava muito medo nas pessoas no início da década de 90, como se a tecnologia
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fosse roubar os empregos das pessoas, realidade que nunca se consolidou, pois
as pessoas ainda são o principal motivo pelo qual uma empresa alcança o tão
almejado sucesso e cumpre com seus objetivos. Em essência, as empresas são
feitas de pessoas que utilizam uma série de artefatos e recursos para consolidar
os objetivos da empresa: recursos materiais como espaço, instalações, máqui-
nas, móveis, equipamentos e recursos que não são possíveis de visualizar, sentir
ou pegar, como o conhecimento que você, aluno(a), está adquirindo neste exato
momento da leitura do material didático (MAXIMIANO, 2011).
No que tange ao aspecto que contempla o processo de transformação, é por
meio dos processos que uma empresa utiliza seus recursos para entregar os resul-
tados. Assim, um processo contempla uma sequência lógica de atividades com
início, meio e fim, utilizando recursos humanos, equipamentos para produzir
produtos ou entregar serviços e, dessa forma, de acordo com Maximiano (2011,
p. 6), pode-se exemplificar esse processo da seguinte maneira:
■■ produção: transformação de matéria-prima em produto acabado ou final.
■■ Administração de encomendas: transformação de um pedido realizado
por um cliente em entrega do produto ou prestação de serviços.
■■ Administração de recursos humanos: transformar a necessidade de pessoas
especialistas em mão-de-obra qualificada para exercer determinada função.
ADMINISTRAÇÃO
GERAL
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
OPERAÇÕES PESQUISA E
(PRODUÇÃO) DESENVOLVIMENTO
RECURSOS
MARKETING
HUMANOS
FINANÇAS
Mais adiante, nos demais capítulos deste livro, iremos nos aprofundar e aumen-
tar a discussão sobre cada uma dessas áreas funcionais, mas, de acordo com
Maximiano (2011), podemos destacar alguns objetivos básicos para nos dar um
caminho que iremos percorrer daqui em diante.
Marketing: o objetivo básico é manter uma ligação entre a empresa que você
está criando e o seu cliente, ou seja, uma empresa existe para satisfazer as neces-
sidades dos consumidores ou do seu público-alvo, e o marketing – por meio do
produto, preço, praça e promoção – vai assegurar que isto ocorra de forma satisfa-
tória. Chiavenato (2007) ainda pontua que, no início do negócio, será necessário
pensar como você vai vender o seu produto ou serviço. Assim, você terá que ter
um local físico com instalações para expor os seus produtos ou prestar os servi-
ços. É importante destacar que será necessário sempre debater com toda a sua
AS PRIMEIRAS DECISÕES
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Esses fatores mencionados são diretamente influenciados por três fatores: efici-
ência, eficácia e a efetividade.
De acordo com Oliveira (2012), a eficiência é quando se utiliza os recursos
humanos, financeiros, tecnológicos, materiais, equipamentos para conseguir
alcançar os objetivos almejados. Assim, a eficiência é contemplada no ambiente
das organizações da seguinte forma:
■■ exercer as tarefas de forma adequada;
■■ solucionar os problemas que surgirem;
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■■ salvaguardar os recursos que são utilizados pela empresa;
■■ cumprir com as tarefas necessárias;
■■ reduzir os custos da empresa.
No que tange à efetividade, Oliveira (2012) sustenta que se trata de uma visão
equilibrada entre os resultados esperados e objetivos almejados ao longo do perí-
odo nas organizações, contemplando, assim, os seguintes aspectos:
■■ conseguir se manter no mercado;
■■ alcançar resultados positivos de forma permanente.
AS PRIMEIRAS DECISÕES
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ao empreender, em muitas oportunidades, você terá que tomar uma série de deci-
sões administrativas, algumas vezes simples, outras vezes difíceis.
Nas empresas, os(as) empreendedores(as) são pessoas responsáveis por outras
pessoas, formando uma equipe de trabalho e tendo autoridade de comando sobre
esta mesma equipe. A autoridade é um tipo de recurso utilizado para assegu-
rar uma linha de comando ou uma hierarquia, dando poder aos gestores para
que possam tomar decisões sem que haja a necessidade de realizar consultas.
Resumindo: o(a) empreendedor(a), administrará o negócio em diversas esca-
las para alcançar diversos objetivos e, assim, é necessário que você, enquanto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
oportunidades de negócios, como manufatura, atacado, varejo ou serviços,
elencando as suas especificidades e alguns exemplos que permeiam cada
um dos modelos supracitados.
Falamos também da estrutura organizacional, um dos primeiros e mais
importantes passos após a identificação da oportunidade de empreender,
para conhecer as necessidades da empresa e definir a estrutura organizacio-
nal no organograma da empresa.
E encerramos este capítulo elencando algumas ferramentas de gestão para
administrar e gerenciar o negócio de forma eficiente e eficaz.
Fonte: o autor.
AS PRIMEIRAS DECISÕES
35
II. Objetivo tático ou departamentais: envolve as tarefas a serem executadas por cada
área funcional da empresa (exemplo: marketing, finanças etc.), para fazer cumprir os
objetivos estabelecidos pela alta administração; neste nível, normalmente, estão os
gerentes e supervisores funcionais. São objetivos em médio prazo, pensados normal-
mente para até um ano.
Sete exemplos de inspiração, superação e muito brilho no olho. Confira a história de grandes
empreendedores brasileiros.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em:<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/canais_adicionais/o_que_
fazemos>. Acesso em: 12 nov. 2017.
2
Em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/microempresa/default.
shtm>. Acesso em: 12 nov. 2017.
Em: <https://endeavor.org.br/estrutura-organizacional/>. Acesso em: 12 nov. 2017.
3
4
Em: <https://endeavor.org.br/7-cases-inspiradores-de-sucesso/>. Acesso em 12
nov. 2017.
GABARITO
1. Alternativa A.
2. Alternativa B.
3. Alternativa A.
4. Alternativa A.
5. Alternativa E.
Professor Me. Adriano Aparecido de Oliveira
II
UNIDADE
PLANEJANDO O VOO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar os recursos humanos para pequenas empresas.
■■ Descrever como é a administração financeira.
■■ Situar o marketing para pequenas empresas.
■■ Indicar as atividades essenciais de operações.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Recursos humanos em pequenas empresas
■■ Administração financeira em pequenas empresas
■■ Marketing em pequenas empresas
■■ Administração de operações em pequenas empresas
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Quando você vai a uma loja, por mais que o preço seja acessível e o produto
de qualidade, se for mal atendido(a), qual a sua predisposição para retornar
ou indicar a loja acessada?
ANTES AGORA
A crítica é construtiva e procura a melho-
Crítica, punição e coação domi-
ria dos desempenhos dos, resultados e
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nantes como formas de controle.
da motivação.
Recompensas limitadas a aspec-
O trabalho é concebido em e para a
tos financeiros, negligenciando o
equipe.
ser social e emocional.
Os colaboradores participam na tomada
Controle apertado e punição
de decisões e assumem sua responsabi-
pelos erros.
lidade.
Tarefas limitadas a trabalhos As empresas reconhecem os méritos das
rotineiros, repetitivos e os mais relações pessoais e informais como meca-
simples possíveis. nismos facilitadores e de aprendizagem.
As tarefas os trabalhos são mais flexíveis
Ausência de participação nas e procuram evitar a rotina, promoven-
decisões. do o enriquecimento das tarefas e a
inovação.
Liderança autoritária e imposi- O estilo de liderança é democrático, parti-
tiva. cipativo e com competência delegadas.
A motivação dos colaboradores é essen-
Elevada formalização e burocra-
cial, e as empresas desenvolvem veículos
cia, estabelecendo procedimen-
de comunicação, instituem recompensas
tos e rotinas.
e eventos para as promoverem.
Comunicação apenas vertical,
—
informando e ordenando.
Fonte: Ferreira; Santos; Serra (2010, p. 143).
PLANEJANDO O VOO
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
as pessoas evoluindo, a empresa cresce junto. Assim, deve-se proporcionar trei-
namento constante para a equipe. Talvez seja necessário buscar meios externos
para isso: cursos, seminários, palestras, conferências etc.
Liderança: é necessário saber conduzir uma equipe de trabalho de forma
eficiente. Para isso, você terá que orientar, definir rumos e metas, a fim de que,
por meio das pessoas, ultrapasse suas dificuldades e assegure a motivação da
equipe. Autonomia e liberdade dão às pessoas o senso de responsabilidade, isto
é, apontando as metas e resultados que devem ser alcançados em determinado
período de tempo.
Motivação: este é o combustível da eficiência de uma organização. Logo, é
necessário sempre garantir a motivação da equipe. Utilize meios financeiros, como
recompensas, participação nos lucros, prêmios etc. E também meios não finan-
ceiros, como reconhecimento em público pelo excelente trabalho desenvolvido.
Remuneração: o dinheiro é o grande responsável pela motivação, afinal, o
dinheiro compra a satisfação de muitas necessidades das pessoas. Desta forma,
é necessário definir salários adequados e um sistema de recompensas de acordo
com o desempenho do indivíduo.
Avaliação do desempenho: tão importante quanto os demais itens supra-
citados é avaliar como está o desempenho da sua equipe, pois é por ela que os
objetivos da empresa são alcançados. Pode-se criar indicadores diários para medir
o desempenho de forma contínua, para que, caso seja necessário, haja correções
para o desenvolvimento da equipe.
PLANEJANDO O VOO
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
atente-se para a complementaridade das competências, habilidades e atitudes,
pois somente afinidade não garante o sucesso na formação da equipe.
Como preparar a equipe: é fundamental proporcionar treinamento contí-
nuo e desenvolvimento dessas pessoas. Diariamente, as pessoas podem buscar
melhorias nas suas competências e conhecimentos para agregar valor aos pro-
cessos e produtos. Isto garante que a empresa saia da zona de conforto de forma
planejada e pense em longo prazo.
Como desenvolver clima e cultura: é fato que ninguém é produtivo em um
ambiente que não seja acolhedor, motivador, inspirador e, muitas vezes, até desa-
fiador. Para isso, é necessário construir um espírito de equipe vencedora por meio
do comprometimento das pessoas, mas que a tentativa e o erro seja algo natu-
ral e permitido, afinal, a mudança deve ser vista como algo natural na empresa,
e isto reflete diretamente nas ações das pessoas.
O empreendedor não deve jamais descuidar os olhos da sua equipe. Uma
equipe é essencial para os objetivos do empreendimento e, portanto, não basta
estar cercado de boas pessoas, mas deve-se garantir que as pessoas sintam-se
motivadas a desempenharem o seu papel na organização, aumentando a produ-
tividade e diminuindo ao máximo os conflitos que possam existir, promovendo
uma cultura intraempreendedora por meio do desenvolvimento de competên-
cias, habilidades e atitudes na equipe (FERREIRA; SANTOS; SERRA, 2010).
Atualmente, um empreendedor deve ser orientado para seus colaborado-
res, sendo sensível aos problemas das pessoas, assim como às suas aspirações.
O resultado final desta preocupação irá proporcionar uma equipe muito mais
produtiva, previsível e harmoniosa.
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NECESSIDADE DE PESSOAL
CARGOS/FUNÇÃO QUALIFICAÇÃO NECESSÁRIA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA EM PEQUENAS
EMPRESAS
PLANEJANDO O VOO
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Os planos financeiros são muito importantes para as empresas, para que haja
a possibilidade de realizar uma avaliação dos resultados de seu empreendimento
e criar um plano de ação para reavaliar quando necessário; afinal, as empresas,
para que possam funcionar, precisam de dinheiro para obter imóvel, máquinas,
equipamentos e pessoas para trabalhar, ou seja, nenhuma empresa pode ini-
ciar as suas atividades empresariais se não houver um capital inicial para poder
funcionar, e também, capital de giro, pois as empresas são organizações que con-
templam objetivos, que podem ser o lucro ou não. O lucro constitui a diferença
entre a receita obtida durante a venda ou a prestação de um serviço e a despesa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
afetada e, em função disto, o atendimento do cliente fica comprometido. Para
resolver esse problema, é possível se antecipar e realizando promoções para
acelerar as vendas e, por meio dos recursos recebidos, pagar os dividendos.
Existe outra forma muito comum também, a qual as empresas antecipam os
recebimentos futuros das vendas de cartão de crédito, pagando uma taxa de
juros para o banco emissor.
Existem algumas alternativas para proteger o fluxo de caixa da empresa, visto
que você já percebeu a importância que isso tem no a dia a dia da sua organi-
zação. São elas:
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Caixa
Recebimento Compras de
dos clientes matérias-primas
Contas Estoques de
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a receber matérias-primas
Vendas
Produção
(a prazo)
Caixa
acabados
Entradas.
Vendas à vista
Vendas a prazo
Cobrança bancária
Financiamentos
Receitas financeiras
Total de entradas:
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Saídas.
Fornecedores
Impostos
Despesas com pessoal
Despesas comerciais
Despesas de produção
Despesas financeiras
Despesas tributárias
Imobilizações
Despesas gerais
Total de saídas:
Saldo final:
Quadro 1 - Registros de entradas e saídas
Fonte: Chiavenato (2007, p. 239).
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CONTAS A RECEBER
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Condições de créditos: contemplam as condições de pagamento aos
clientes que adquirem os produtos da empresa a prazo, em relação aos
seguintes aspectos:
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Ativo Passivo
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Empréstimos a sócios e diretores. Créditos de sócios e diretores.
Empréstimos à firmas interligadas. Créditos de firmas interligadas.
Diferido
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MARKETING EM PEQUENAS EMPRESAS
O marketing talvez seja uma das áreas em pequenas empresas que é muito pouco
explorada, principalmente pelo desconhecimento por parte dos empreendedores
acerca das principais ferramentas de marketing, que são utilizadas para encan-
tar, satisfazer e fidelizar os clientes por meio do composto mercadológico: preço,
praça, promoção e produto.
De acordo com Churchill e Peter (2012), o marketing contempla o processo
de planejar, executar o estabelecimento de preços, promoção, criação de produ-
tos e a sua distribuição.
Kotler (2012) explica que o marketing inicia a partir da necessidade e desejo
das pessoas. Afinal, as elas precisam de alimentos, roupas, educação, entre-
tenimento e outros serviços. É importante entender que a necessidade é algo
fundamental para as pessoas, enquanto desejo é simplesmente a vontade de se
ter determinado produto.
Desta forma, há quatro perspectivas de marketing que são fundamentais,
incluindo produto, preço, praça e promoção. Após realizar o estudo de mercado, o
(a)empreendedor(a) saberá qual é o seu público-alvo para ajustar as suas estraté-
gias de marketing, conforme pode ser visto no Quadro 5 (FERREIRA et al., 2010):
PLANEJANDO O VOO
63
É fato que a principal razão pela qual uma empresa deve existir são os clientes. São
os consumidores quem definem o sucesso ou insucesso de qualquer negócio. Todo
negócio existe para atender à demanda de mercado, pois de nada adianta produ-
zir um produto excelente se este não atende às expectativas dos consumidores.
Assim, definir o perfil do cliente é essencial para poder traçar as estratégias
de forma adequada em um negócio, já que um cliente pode empurrá-lo negócio
lá em cima ou derrubar ladeira abaixo. Por este motivo, o cliente deve ser enca-
rado como um patrimônio da empresa (CHIAVENATO, 2007).
Como, porém, encontrar os clientes? Onde estão localizados? Definir de forma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
adequada o perfil do público-alvo será importante para que aconteça o processo de
vendas de maneira eficiente, atendendo às necessidades de mercado e alcançando os
objetivos da empresa. Durante o processo de vendas, a empresa deve seguir alguns
passos importantes, compostos de sete fases, de acordo com Chiavenato (2007).
1. Pesquisa de mercado de consumidores: é a primeira fase, na qual se
buscará informações sobre a relação entre clientes e os produtos e ser-
viços que a empresa tem a oferecer, traçando o perfil do público-alvo
para ajustar os produtos e serviços de acordo com as suas necessidades.
2. Propaganda: será necessário fazer com que o público-alvo reconheça
a imagem da empresa para conseguir fidelizar os clientes e tornar uma
empresa referência, afinal, a propaganda é a alma do negócio e, assim, a
empresa deverá direcionar esforços para que a sua imagem da atinja o
público-alvo.
3. Venda: contempla o processo de troca entre a empresa e o cliente. Esse
processo acontece de três formas:
■■ venda pessoal: na qual é realizada uma abordagem direta;
■■ venda impessoal: quando a venda ocorre sem que haja o contato entre
vendedor e cliente
■■ virtual: é a forma mais inovadora nos dias de hoje, em que o consu-
midor compra os produtos por meio da Internet.
PLANEJANDO O VOO
65
Produtor
Produtor Representante
Cliente
Produtor Representante Atacadista Varejista ou
consumidor
Figura 2 - Canais de distribuição
Fonte: Chiavenato (2007, p. 211).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
este feedback é importante para que ela se aproxime dos consumidores e
busque entender o seu comportamento e o que afasta possíveis clientes.
É um processo tão eficiente quanto a pesquisa de mercado consumidor.
PLANEJANDO O VOO
67
Você já sabe qual será o seu negócio? Neste momento, você precisa saber
quais são os insumos necessários para que você possa transformá - los em
produtos ou serviços.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Proximidade de transporte. • Facilidade de transporte.
• Infraestrutura energética. • Facilidade de estacionamento.
• Incentivos fiscais. • Infra-estrutura para recreação.
• Custo do terreno. • Adequação do local.
• Facilidade de localização. • Visibilidade.
• Adequadção do local. • Baixos custos imobiliários.
• Infraestrutura. • Baixos custos condominais.
• Aparência do local.
Fonte: Chiavenato (2007, p. 178).
PLANEJANDO O VOO
69
Após a escolha do local, será importante definir o layout da sua empresa. Assim
como na construção de uma residência tudo é planejado para aproveitar melhor
os espaços, atendendo às necessidades dos futuros residentes, em uma empresa
isto deve ser planejado ainda no início das atividades, para que o espaço físico
seja ocupado pelas operações do negócio em questão.
Você, empreendedor(a), deverá fazer um planejamento considerando a
melhor disposição de máquinas, equipamentos, estoques, mesas, móveis e todos
os recursos necessários para sua empresa funcionar. A disposição de todos
esses itens irá determinar o fluxo de trabalho de sua empresa, contemplando,
principalmente, a disposição das pessoas. É importante, antes de começar a
alocar as máquinas, equipamentos e demais recursos de trabalho, elaborar um
layout que pode ser feito em um simples papel, para simular as áreas de pas-
sagem de pessoas e o fluxo de trabalho para a melhor alocação dos espaços
(CHIAVENATO, 2007).
Mostruário de produtos
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Mesa Mesa Mesa Mesa Mesa Mesa Mesa
No Brasil, umas das áreas mais acessíveis para empreendedores que estão iniciando
a sua jornada é no varejo, montando uma loja de roupas, produtos estéticos, entre
outros. Ao montar uma loja, é necessário que o empreendedor busque informa-
ções ou conte com a ajuda de um profissional, o qual deve observar os seguintes
aspectos, segundo Chiavenato (2007).
Disposição interna da loja, contemplando as vitrines, os corredores de movi-
mentação, iluminação, sistema de pagamento, financeiro, estoques, cheiro etc.
■■ Apresentação dos produtos no ponto de vendas.
■■ Área de atendimento aos clientes ou de espera.
■■ Visual de identificação externa.
■■ Conforto para os clientes.
■■ Segurança.
PLANEJANDO O VOO
71
PROGRAMAÇÃO DE PRODUÇÃO
Capacidade produtiva:
o que podemos produzir
Capacidade produtiva:
o que podemos produzir
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■■ garantir o abastecimento da linha de produção;
■■ garantir descontos em compras de grandes quantidades;
■■ proteger-se de eventualidades em termos de tempo de entrega;
■■ proteger a empresa em relação ao súbito aumento de preços;
■■ proteger a empresa contra imprevistos ambientais, como: greves, incên-
dios ou qualquer outra variável que comprometa o abastecimento.
As razões citadas são os principais motivos pelos quais uma empresa precisa
ter estoques, entretanto, essa avaliação em relação aos estoques precisa ser
observada com muito cuidado, pois estoques representam dinheiro parado
que poderia ser investido em outra área da empresa para assegurar o cres-
cimento e a expansão das atividades. Logo, você, empreendedor(a), terá que
fazer uma avaliação, observando os riscos inerentes à sua estocagem, uma vez
que estoques representam investimentos altos para as empresas e, desta forma,
precisam de controle e muito planejamento ou, caso contrário, podem se tor-
nar os grandes vilões das suas finanças empresarias.
PLANEJANDO O VOO
73
LOGÍSTICA E DISTRIBUIÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
clientes finais, o que contribui para novas ideias de produtos. Além disso, o
tempo de permanência dos produtos na fábrica foi reduzido de 45 dias para
25 dias, reduzindo consideravelmente os estoques.
Fonte: Sobral e Peci (2013, p. 433).
PLANEJANDO O VOO
75
Por mais que tenhamos tecnologia de ponta disponível nos dias de hoje,
ainda assim, são as pessoas as responsáveis pelo sucesso de qualquer orga-
nização. Portanto, é necessário montar uma equipe de trabalho, desenhar
as atividades, dar treinamento contínuo, exercer liderança, garantir a moti-
vação, assegurar uma remuneração adequada e avaliar todo esse processo.
No que tange ao aspecto financeiro, assegurar um fluxo de caixa para fazer
as previsões financeiras é algo fundamental para toda empresa. Assim, é ne-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O intraempreendedorismo é algo que vem sendo cada vez mais praticado pelas empresas,
mas será que seu negócio tem o melhor ambiente para essa tática?
2. Procure em seu time as pessoas com viduais? Você é inspirador? Você é admirado
perfil chave para disseminar a cultura intra- pelo seu time? Você realmente faz parte
empreendedora, elas serão os “Capitães” dele? Elimine os seus luxos e coloque-se
do empreendedorismo. Reúna essas pes- no mesmo patamar do seu time. Por que
soas para uma roda de debates, mas tenha só você tem uma sala separada do time?
cuidado, não desmereça aqueles que não Se você não está com o seu time, você não
forem convidados para o grupo. Afinal, faz parte dele.
dentro de uma empresa, o que faz o seu
sucesso é a união do seu time e não a 7. Convide pessoas inspiradoras de outros
sua segregação. lugares para palestrarem na empresa. Isso
é importante para que todos tenham uma
3. Crie um canal aberto de ideias com visão além das paredes da organização.
todo o time. Utilize uma ferramenta visí-
vel, como cartazes e post-its disponíveis 8. Implante um Programa de Participação
nas paredes. Mais que isso, incentive os nos Lucros e Resultados. Você prefere ter
colaboradores a utilizar essas ferramen- 100% de uma fatia pequena do bolo ou
tas, faça com que eles entendam a razão 70% do bolo inteiro? O PPLR reconhece
de estarem ali. financeiramente os resultados de todo o
time, mas também existem outras formas
4. Crie um funil de ideias. Ressalte as ideias de recompensa, escolha a que melhor se
do time que tiveram uma continuidade. encaixa com o perfil da sua empresa!
Mostre quais estão em andamento e quais
foram implementadas, isso ajudará a colo- 9. Seja audacioso. Estipule, junto ao time,
car todo o time na mesma página. metas de crescimento relevantes. A maio-
ria das empresas é apenas “levada pela
5. Leia muito sobre melhoria contínua! maré”. Passam-se anos e a empresa con-
Aplique o PDCA, ferramenta da qualidade tinua igual. Reinvente a empresa todos os
utilizada no controle do processo para a anos e utilize os objetivos para guiar essa
solução de problemas, na sua empresa. constante inovação.
Utilize uma ferramenta que incentive o
time a discutir objetivos de curto prazo, 10. Delegue, delegue, delegue, delegue e
como os OKRs (sigla para Objetives and delegue. Um líder centralizador simples-
Keys Results). Cada indivíduo precisa saber mente mata a cultura intraempreendedora.
em qual direção seguir, além da sua rotina Você deve ser um mentor para o time. É
de trabalho diária. claro que você vai pegar junto no cabo da
enxada, afinal, como empreendedor, você
6. Analise periodicamente o seu papel. Você é um grande trabalhador. Mas se você não
é um chefe ou um líder? Você sabe como olhar pelo time, ele vai procurar seu cami-
ser um bom líder? Você distribui broncas nho no vizinho (ou na concorrência).
ou mapeia planos de desenvolvimento indi-
Fonte: adaptado de Krummenauer (2016, on-line)1.
MATERIAL COMPLEMENTAR
REFERÊNCIA ON-LINE
1
Em:<https://endeavor.org.br/intraempreendedorismo-inovacao-empresa/>.
Acesso em: 13 set. 2017.
GABARITO
1. Alternativa A.
2. Alternativa B.
3. Alternativa A.
4. Alternativa A.
5. Alternativa E.
Professor Me. Adriano Aparecido de Oliveira
O PLANEJAMENTO DO VOO
III
UNIDADE
CONTINUA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Descrever as fases do planejamento estratégico.
■■ Analisar os aspectos legais.
■■ Indicar as atividades para abertura da nova empresa.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Planejamento estratégico
■■ Aspectos legais
■■ Financiamento para abertura da nova empresa
85
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Toda empresa precisa traçar um caminho a ser seguido, ou seja, para quem não
sabe para onde vai, qualquer caminho serve –, este não deve ser o caso dos empre-
endedores. Assim, pense que tão importante quanto iniciar o negócio é garantir
a sua sobrevivência em longo prazo. As ações estratégicas incluem diretamente o
crescimento almejado pela empresa para conseguir sobreviver em um ambiente
altamente dinâmico e competitivo. Assim, independentemente do tamanho da
empresa, é importante que seja realizado um planejamento, e mais importante
do que colocar tudo no papel é tirá-lo da gaveta e aplicar, pois o papel aceita
tudo, mas, na prática, isso vai exigir muito conhecimento, informações e dedi-
cação. O fruto desse esforço o empreendedor irá colher em um futuro próximo
e será recompensador (MAXIMIANO, 2011).
Desta forma, o empreendedor precisa conhecer muito bem o seu negócio
para iniciar o planejamento. Assim, o negócio deverá ter uma missão a cumprir
para que os stakeholders conheçam o motivo pelo qual a empresa existe. Definir
uma visão de futuro, para que seja o norte ou o caminho a ser seguido. Os valo-
res serão aplicados para conseguir praticar a missão e cumprir a visão. Quando
estes aspectos são contemplados no planejamento do empreendedor, o negócio
já começa a ganhar credibilidade, uma vez que demonstra conhecimento e pla-
nejamento pelo empreendedor, tornando o negócio mais racional.
Planejamento Estratégico
86 UNIDADE III
A missão nada mais é do que o motivo ou a razão pelo qual o negócio existe, ou
seja, prestar um serviço ou produto atendendo às necessidades dos consumidores.
Um empreendedor pode se decidir a iniciar um negócio por inúmeras razões
diferentes: prestar um novo serviço, atender às expectativas dos consumidores,
aproveitar novas tecnologias disponíveis. Outras razões são fugidias: livrar-se do
emprego atual, desemprego, pagar menos impostos, ficar mais tempo em casa
ou simplesmente sair da zona de conforto (CHIAVENATO, 2007).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para definir a missão, primeiramente, o empreendedor precisa definir qual é
o seu negócio, quais produtos vai oferecer para quais clientes. Identificar a mis-
são é saber qual problema a empresa está resolvendo no ambiente em que ela
está inserida. De acordo com Maximiano (2011), para elaborar uma missão, é
necessário responder as seguintes perguntas.
■■ Quem são nossos clientes?
■■ Em que negócio estamos?
■■ Qual a necessidade que estamos atendendo?
Planejamento Estratégico
88 UNIDADE III
A missão da empresa não precisa ser nada com muito esplendor, o importante
é que ela seja assimilada de forma fácil e uniforme por todos. Ou seja, indepen-
dentemente do tamanho da empresa e da quantidade de funcionários, a missão
deve ser detalhada e compreendida por todos e que não seja mais um item deco-
rativo nas paredes da empresa, mas que seja diariamente aplicada no cotidiano
da empresa desde a alta direção até os colaboradores operacionais.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Vamos praticar um pouco? Se hoje você estivesse abrindo a sua empresa,
qual seria a missão?
DEFININDO A VISÃO
Você, enquanto empreendedor(a), deve ter uma visão clara e objetiva de onde
você quer chegar com esse negócio, isto para poder definir um caminho de
forma planejada para alcançar algo almejado e ter um objetivo em curto, médio
e em longo prazo.
A visão, de acordo com Ferreira, Santos e Serra (2010), é como se fosse um
mapa do futuro da empresa em termos tecnológicos, com produtos, clientes,
mercados e o tipo de gestão que a empresa deve gerenciar, independentemente
do tamanho e porte.
A visão de futuro da empresa consiste em olhar para frente em um hori-
zonte de tempo e pintar a imagem que se tem da empresa quando você chegar
lá. Imagine que legal você olhar para trás e poder observar tudo o que con-
quistou. Isto vai permitir a você, empreendedor(a), traçar metas e objetivos e
avaliar como está o desempenho da empresa se comparado com uma situação
anterior. O que difere a missão da visão é que a visão está focada em seu des-
tino e não em sua razão de ser.
Fazemos propagandas
Fazer propaganda para Fazer propaganda para
para cerca de 20 empre-
cerca de 40 empresas do cerca de 90 empresas do
sas do ramo de moda
ramo da moda feminina. ramo da moda feminina.
feminina.
Nosso faturamento men- Alcançar um faturamento Atingir um faturamento
sal bruto é de R$ 500 mil. de R$ 700 mil. de R$ 900 mil.
Utilizamos tecnologia
Usar tecnologia gráfica Usar tecnologia gráfica
gráfica de terceira
de quarta geração. de quinta geração.
geração.
Nossa produtividade Chegar a uma produtivi- Manter uma produtivida-
atual é de 80%. dade de 90%. de de 95%.
Nossa rentabilidade atual
Chegar a uma rentabili- Manter uma rentabilida-
sobre o patrimônio é de
dade de 15%. de de 18%.
12%.
Fonte: Chiavenato (2007, p. 146).
A visão de negócio terá que transmitir o sonho almejado por você, empreende-
dor(a), quando idealizou o seu negócio, ou seja, é a imagem de futuro explicando
a todos o porquê, cotidianamente de, todos dedicarem a maior parte do seu tempo
na sua empresa. Entretanto, tenha muito cuidado ao elaborar a visão – elabore
um objetivo que de fato seja alcançável.
Vamos praticar? Onde você quer estar daqui a um período de tempo com
a sua empresa?
Planejamento Estratégico
90 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
podem ser mensurados da seguinte forma:
■■ o lucro é a força motivadora;
■■ o serviço ao cliente e a oferta de produtos ou serviços;
■■ a responsabilidade social e moral de acordo com os preceitos éticos.
• Rotatividade do pessoal.
• Falta de assiduidade do
pessoal.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Retroação informal.
• Estabilidade finan- • Imagem no mercado • Proporção entre preço e
ceira. financeiro. retorno.
• Lucratividade. • Participação dos custos no
• Força da equipe preço.
gerencial.
• Margem de lucro por cliente.
• Lucro operacional bruto.
• Tendências dos custos.
• Fluxo de caixa.
• Rotatividade do pessoal.
• Lucro por área de atividade.
• Proporção entre clientes/em-
pregados.
• Retroação informal.
• Satisfação dos proprie- • Fluxo de caixa ade- • Taxa de ocupação.
tários ou acionistas. quado. • Vendas.
• Lucro operacional bruto.
• Lucro por divisão ou depar-
tamento.
Fonte: Chiavenato (2007, p. 150).
Planejamento Estratégico
92 UNIDADE III
Você, empreendedor(a), deve saber que nenhuma empresa está sozinha no mer-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cado; aliás, existem muitos fatores que influenciam as atividades das empresas,
tanto no ambiente interno quanto no ambiente externo. Assim, você deve obser-
var essas variáveis ambientais para compreender todas as oportunidades e ameaças
que surgem e também os pontos fortes e pontos fracos da sua empresa. Conhecer
muito bem o ambiente no qual a sua empresa está inserida irá ajudar você a anteci-
par uma série de situações que refletem sobre o dia a dia da empresa. Um exemplo:
basta você pensar como a atual economia reflete sobre o nosso país.
Desta forma, é importante entender as principais mudanças que ocorrem no
ambiente ou setor em que a empresa está inserida para que o empreendedor(a)
possa tomar algumas decisões de forma estratégica. Analisar este cenário envolve
olhar para cada uma das dimensões externas (ver Quadro 1): encontrar sinais de
mudanças e tendências, compreender o significado para a situação atual e futura;
desenvolver projeções futuras com base nestas análises; encontrar o tempo correto
para implementar as mudanças nas estratégias da empresa (FERREIRA; SANTOS;
RIBEIRO; 2010).
Eu sei que você está pensando neste momento: “mas professor, minha empresa
ainda é muito pequena, fica localizada aqui no meu bairro e essas variáveis não
chegam até aqui”. Digo que, caso você tenha pensado desta forma, é normal, mas
você está errado(a). Imagine um salão de cabeleireiro aí em seu bairro: se antes
ninguém ligava muito para o melhor momento para cortar o cabelo em função
do baixo valor deste serviço, agora, em função da crise econômica que afetou o
• nível de escolaridade;
• composição étnica e religiosa.
Econômico • Renda real da população;
• taxa de distribuição de renda;
• taxa de crescimento da renda;
• configuração geográfica;
• padrão de consumo e poupança;
• nível de emprego;
• taxas de juros, inflação e câmbio;
• mercado de capitais;
• distribuição de renda;
• balança de pagamentos;
• nível de Produto Interno Bruto (PIB);
• reservas cambiais.
Político/Legal • Política monetária, tributária, fiscal e previdenciária;
• legislação tributária, comercial, trabalhista e criminalista;
• política de relações internacionais;
• legislação sobre proteção ambiental;
• políticas de regulamentação, desregulamentação e privatiza-
ção;
• legislação federal, estadual e municipal;
• estrutura de poder.
Planejamento Estratégico
94 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• veículos de comunicação de massa;
• preocupação com o meio ambiente;
• preocupação com a saúde e preparo físico.
Tecnológico • Passo tecnológico;
• processo de destruição criativa;
• aplicação em novos campos da ciência;
• programas em pesquisa e desenvolvimento;
• identificação dos padrões aceitos;
• manifestações reacionárias em relação aos avanços da tecnoló-
gicos;
• aquisição, desenvolvimento e transferência de tecnologia;
• velocidade das mudanças tecnológicas e atualização do país;
• proteção de marcas e patentes;
• nível de pesquisa e desenvolvimento do país;
• incentivos governamentais ao desenvolvimento tecnológico.
Recursos • Escassez das matérias-primas;
Naturais • custo da energia;
• aquecimento global;
• poluição ambiental;
• novas ameaças de doenças;
• catástrofes naturais;
• sustentabilidade.
Fonte Chiavenato e Sapiro (2016, p. 90).
simples de ser utilizada e muito útil nos dias de hoje em função das oportuni-
dades, ameaças, pontos fortes e pontos fracos.
Quadro 5 - Exemplo de análise de Swot
Planejamento Estratégico
96 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
• Aumento das oportunidades de • Aumento de impostos sobre as em-
exportação. presas.
• Facilidades governamentais para • Aumento de impostos sobre as pesso-
novos negócios. as físicas.
• Redução dos impostos. • Perda do poder aquisitivo dos clien-
• Oferta de créditos e financiamentos tes.
oficiais. • Substituição de produtos/serviços por
• Incentivo do governo à pequena e outros.
média empresa. • Saturação do mercado.
• Aumento do poder aquisitivo da • Economia nacional e global.
população.
• Necessidade de produtos/serviços.
Fonte: Chiavenato (2007, p. 154).
Uma estratégia tem como objetivo alcançar uma vantagem competitiva em fun-
ção das empresas concorrentes instaladas. Logo, você pode pensar em algumas
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É fato que as estratégias citadas são genéricas, ou seja, nem sempre será possível
implementá-las, pois depende muito do momento que a empresa está passando.
Portanto, será necessário criar a estratégia de acordo com a necessidade de cada
empresa e você, empreendedor(a), deve estar atento(a) às mudanças ambientais
para não perder espaço de mercado. Assim, além das questões de âmbito estraté-
gico, ou seja, que vêm da alta direção, é importante pensar em um planejamento
que envolva o aspecto funcional, contemplando as áreas de operações, marke-
ting, recursos humanos e financeiro, conforme Sobral e Peci (2013):
Planejamento Estratégico
98 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ou seja, depende de qual é o público-alvo da empresa.
Estratégia de recursos humanos: a estratégia desta área funcional diz res-
peito às políticas de gestão de pessoas, ou seja, refere-se ao comprometimento,
à motivação e à força de trabalho da empresa. As decisões que dizem respeito
ao processo de contratação de novos funcionários ou desenvolvimento organi-
zacional, sistemas de recompensas e avaliação de desempenho fazem parte das
estratégias para que a empresa tenha vantagem competitiva.
Estratégia financeira: essa área é a responsável direta pelos recursos financei-
ros da empresa. As decisões financeiras perpassam uma política de investimentos,
captação, dividendos e reinvestimento dos lucros da empresa. A área financeira
tem papel fundamental na estrutura do negócio, afinal, sem dinheiro em caixa,
a empresa pode passar por muitas dificuldades.
Sabendo qual é a estratégia mais adequada para o seu negócio, o próximo
passo é a implementação, ou seja, inicia-se o processo que envolve um plano de
ação desenvolvido por você, empreendedor(a). Implementar uma estratégia con-
templa o processo de explicar detalhadamente a todos os parceiros, funcionários e
agentes interessados diretamente no negócio de como tudo vai funcionar, comu-
nicando também missão, visão, valores e objetivos e quais caminhos a empresa
deverá percorrer para alcançá-los.
E o último passo – tão importante quanto elaborar e colocar as estraté-
gias em prática – é avaliar e acompanhar os resultados deste trabalho. Neste
momento, avaliam-se os resultados alcançados e, se necessário, implementam-
-se as mudanças necessárias para adequar as estratégias para o caminho correto
(CHIAVENATO, 2007).
fragilidades e ameaças
Quais são as nossas vantagens? da empresa do ambiente O que o ambiente nos oferece?
Temos desvantagens?
Nesta etapa, é importante praticar; portanto, utilize este modelo para elaborar seu
planejamento estratégico e potencializar seu aprendizado, estamos combinados?
Planejamento Estratégico
100 UNIDADE III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ASPECTOS LEGAIS
Para se registrar e não trabalhar de forma informal, será necessário definir qual
é a forma jurídica mais adequada considerando o seu modelo de negócio – antes
de iniciar o processo de formalização da empresa, é importante também definir o
regime tributário para a sua atividade. Conheça algumas dessas formas jurídicas.
Empresário: empresário é um negócio com natureza jurídica com um único
dono, que faz todo o aporte de capital na empresa, respondendo por todas as
obrigações e direitos, sendo de responsabilidade ilimitada. O dono da empresa
irá exercer uma atividade individual – normalmente de uma pequena empresa
(mecânica, sapataria, mercearia etc.) – e ele próprio é quem irá tomar todas as
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
decisões, muitas vezes sozinho (SEBRAE, 2016, on-line)1. É fato que existe uma
quantidade muito grande de empresas individuais no mercado, entretanto, pen-
sando em uma economia global, a sua participação é relativamente baixa em
relação ao faturamento de empresas no Brasil. Essa constituição jurídica possui
algumas vantagens, as quais, de acordo com Chiavenato (2007), são:
■■ ser o próprio patrão, tomando sozinho todas as decisões relacionadas
ao negócio;
■■ o dono da empresa assume todo o risco de sucesso ou insucesso do negócio;
■■ os custos desse tipo de empresa são relativamente baixos por ter uma
estrutura muitas vezes enxuta e ter que trabalhar em todas as frentes;
■■ existem muitas economias fiscais no que tange a imposto de renda.
Desvantagens:
Aspectos Legais
102 UNIDADE III
De acordo com Ferreira, Santos e Serra (2010), para formalizar este tipo de
empresa, é necessário comparecer à junta comercial com uma declaração de
firma individual.
Ainda existem outras formas de sociedade, que são (SEBRAE, 2015):
Sociedade simples: é um tipo de sociedade que contém duas classes de sócios,
os quais decidem abrir uma empresa com ou sem fins lucrativos, exercendo a
profissão de natureza intelectual, científica, literária ou artística.
Microempreendedor individual: empresário individual que exerce ativi-
dades permitidas para essa modalidade ou trabalhe sozinho com receita bruta
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que não ultrapasse R$ 60.000,00 por ano.
Sociedade limitada: empresas com no mínimo dois sócios. A sociedade é
dividida em cotas entre os donos da empresa. Nesta modalidade, a responsabi-
lidade é de acordo com a sua participação no contrato social da empresa.
EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada, é um tipo de socie-
dade que contempla características das modalidades anteriores, contemplada
com apenas um sócio, mas que sua responsabilidade é limitada de, no mínimo,
100 vezes salário mínimo do país.
Sociedade anônima: é um tipo de sociedade utilizada por grandes empre-
sas, que confere mais segurança aos acionistas por meio de regras específicas
para este tipo de empresa. O capital da empresa é dividido em ações preferen-
ciais e ordinárias (CHIAVENATO, 2007).
Para realizar os registros de acordo com o código civil, as empresas devem
procurar as juntas comerciais do respectivo Estado. As sociedades simples podem
ser registradas nos Cartórios de Registros de Pessoa Jurídicas. Por envolver aspec-
tos jurídicos, não abra mão de um advogado ou de um contador para assessorar
a melhor decisão para o seu negócio (CHIAVENATO, 2007).
Processo de formalização.
O tempo para a abertura da sua empresa irá variar de acordo com o estado
no qual ela se encontra. Consulte na administração estadual ou na junta co-
mercial do seu estado como é feito o processo.
Nos estados que já disponibilizam uma entrada única de documentos para
abertura de empresa, o processo dura, em média, de cinco a quinza dias
consecutivos.
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Naqueles que ainda não têm essa entrada, o tempo para a abertura pode
variar entre quinza a 30 dias.
Embora algumas questões variem de estado para estado, o processo de re-
gistro de uma empresa é composto por uma série de passos em comum,
obrigatórios para todos. Vão desde a consulta da viabilidade de abertura
até o estabelecimento do aparato fiscal necessário para o funcionamento.
Fonte: Sebrae (2016, on-line)2.
Aspectos Legais
104 UNIDADE III
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FINANCIAMENTO PARA ABERTURA DA NOVA
EMPRESA
há como garantir que o empreendimento venha obter sucesso logo nos primei-
ros meses de vida. Aliás, é bem provável que esse retorno não aconteça logo de
início, pois a empresa deverá arcar com uma série de despesas em torno de inves-
timentos para iniciar o negócio em questão.
Quando uma empresa está no estágio inicial de abertura, a melhor opção para
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INVESTIDOR ANJO
Esse tipo de investidor não é tão comum no Brasil, sendo praticado mais nos
Estados Unidos, onde muitos investidores financiam as atividades de empresas
startups. Em regra geral, esses investidores são pessoas bem-sucedidas financei-
ramente, buscando um retorno financeiro acima da média. Possivelmente esses
investidores não irão se envolver com a gestão do negócio, entretanto, cada caso
é uma situação diferente. Para encontrar esses investidores, o empreendedor(a)
deve utilizar a sua rede de contato e comunicar o seu interesse na abertura de
determinado negócio. No Brasil, temos alguns clubes de investidores anjos, os
mais comuns são o Gavea Angels (1) e o SP Anjos (2).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É importante, para atrair investidores, que o seu negócio transmita credibi-
lidade e tenha um bom plano de negócio.
BANCO COMERCIAL
O(a) empreendedor(a) pode até achar muito estranha essa opção, mas quando
se trata de pôr em prática uma boa ideia, todas as alternativas devem ser cuida-
dosamente analisadas, principalmente em uma pequena empresa.
Com fornecedores, o caminho é buscar negociação mediante parcelamento
da compra de matéria-prima ou até um prazo maior para efetivar os paga-
mentos das compras. O mesmo pode se aplicar aos parceiros estratégicos, que
poderão contribuir com as necessidades momentâneas da empresa e obter uma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
recompensa em um futuro próximo. O interessante dessas alternativas é que
são acessíveis e de curto prazo. Os clientes, ao antecipar o pagamento por pro-
dutos ou serviços futuros, podem ajudar a empresa. Funcionários com espírito
empreendedor poderão abrir mão de um ganho financeiro por um determinado
período de tempo e serem recompensados no futuro, assim, pode se motivar a
desenvolver o negócio (DORNELAS, 2014).
Toda empresa deve ter um planejamento para saber qual é o caminho. Este
caminho perpassa um planejamento que se inicia no processo de criação da
missão, visão, valores, objetivos, análise interna, análise externa, formulação
da estratégia, implementação da estratégia e avaliação da estratégia.
No que tange aos aspectos legais da empresa, uma das primeiras decisões
da constituição de uma empresa é a escolha da forma jurídica, o qual clas-
sifica a empresa de acordo com seus direitos e obrigações civis e legais. Tra-
balhamos nesta unidade sobre sociedade empresária, sociedade simples,
microempreendedor individual, EIRELI e a sociedade anônima.
Após lançar o novo negócio, o(a) empreendedor(a) deverá determinar a fon-
te de recursos para poder administrar o negócio. Assim, o(a) empreende-
dor(a) poderá escolher entre família, amigos ou recursos próprios, investidor
anjo, banco comercial ou fornecedores, parceiros, clientes e funcionários.
Fonte: o autor.
Material Complementar
114
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1
Em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/tire-suas-duvidas-praticas-
antes-de-abrir-sua-microempresa,fd881fe0c92e4510VgnVCM1000004c00210aRC
RD>. Acesso em: 12 set. 2017.
2
Em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/planejamento-estrategico-
aplicado-aos-pequenos-negocios,d2cb26ad18353410VgnVCM1000003b74010aRC
RD>. Acesso em: 13 set. 2017.
ÍNDICE ONOMÁSTICO
(1) <www.gaveaangels.org.br>.
(2) <www://spanjos.com.br/>.
1
Em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/tire-suas-duvidas-praticas-
antes-de-abrir-sua-microempresa,fd881fe0c92e4510VgnVCM1000004c00210aRC
RD>. Acesso em: 12 set. 2017.
2
Em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/planejamento-estrategico-
aplicado-aos-pequenos-negocios,d2cb26ad18353410VgnVCM1000003b74010aRC
RD >. Acesso em 13 set. 2017.
115
GABARITO
1. Alternativa A.
2. Alternativa D.
3. Alternativa A.
4. Alternativa B.
5. Alternativa A.
Professor Me. Adriano Aparecido de Oliveira
IV
UNIDADE
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
Objetivos de Aprendizagem
■■ Compreender as boas práticas organizacionais.
■■ Entender as ferramentas de gestão.
■■ Compreender a importância das assessorias.
■■ Entender a importância do plano de negócios.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Boas práticas organizacionais
■■ Ferramentas de gestão
■■ Buscando assessoria
■■ Plano de negócios
119
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Desta forma, para garantir esse diferencial competitivo de sua empresa, é neces-
sário que isso seja reflexo de seu comportamento enquanto empreendedor(a),
o que significa dizer que a zona de conforto não é uma opção – as mudanças,
muitas vezes, são a chave do sucesso. Já ouvi muito a famosa frase “em time
que está ganhando não se mexe”. Esta velha máxima não vale para o mundo
dos negócios, pois o ambiente muda muito rápido e você precisa estar prepa-
rado(a) para essas mudanças.
Neste sentido, Chiavenato (2007) cita alguns aspectos importantes que devem
ser contemplados no planejamento de um negócio.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Definir exatamente qual é o seu negócio, definindo missão, visão, valo-
res, objetivos e estratégias da empresa.
■■ Definir quem serão seus clientes e compreender quais são as suas
necessidades.
■■ O seu cliente será o seu patrão e, como tal, deve ser tratado como rei.
Garantir a fidelização do cliente é essencial, pois ganhar novos clientes
representa um custo de três a quatro vezes maior.
■■ Tenha em mente que a melhoria contínua deve ser uma das preocupa-
ções de todo(a) empreendedor(a).
■■ Busque melhorar os seus processos de trabalho todos os dias, assim como
o atendimento ao cliente.
■■ Elimine os problemas de forma preventiva e não de maneira reativa. É
importante que a sua equipe de trabalho tenha um comportamento orien-
tado para a resolução de problemas e para a inovação.
■■ É importante garantir o fortalecimento da equipe de trabalho. Garanta
um bom local de trabalho, pois isso melhora a qualidade de vida
dos funcionários. Saiba também reconhecer os esforços dos seus
colaboradores.
■■ O treinamento contínuo é importante para melhorar as competências,
habilidades e atitudes do seu pessoal; saiba reter os seus talentos reco-
nhecendo sua importância para a empresa.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
121
fundamental desse processo. Faça com que seus colaboradores sejam verdadeiros
líderes dentro da empresa. É necessário eles sintam-se como donos e parte do negó-
cio. Desta forma, você saberá reconhecer os talentos na sua empresa.
Ouça o cliente: como já foi dito, seu cliente é seu patrão e, como tal, ouça o
que ele tem a dizer, obtendo um feedback para que sejam implementadas melho-
rias que satisfaçam às necessidades do seu público-alvo. É importante você se
imaginar no lugar do seu cliente.
Busque benchmarking: é necessário olhar as empresas que estão concor-
rendo pelos mesmos clientes, copiando as boas ações e minimizar o que elas
fazem de ruim. Aprenda com elas.
ÉTICA EMPRESARIAL
Uma das teclas que eu tenho batido e comentado muito em sala de aula desde
que me tornei professor de empreendedorismo, é a ética. Digo isto porque o
empreendedor não pode ficar cego, no sentido de buscar o tão almejado sucesso
empresarial a qualquer custo, passando por cima dos seus valores morais e éti-
cos. É importante ter um comportamento tipo A, ser reconhecido pelos preceitos
morais e éticos, não se esquecendo jamais de onde veio e jamais deixar o sucesso
subir à cabeça. Você poderá, sim, desfrutar do resultado do seu esforço, mas sem
que isso represente passar as pessoas para trás com um comportamento inade-
quado, tanto no âmbito pessoal quanto no empresarial. Pense nisso!
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
almente, já existe uma preocupação muito grande no que tange a ética empresarial:
nenhuma empresa consegue se esconder por muito tempo atrás de suas más prá-
ticas, seja ela uma empresa pública ou privada (SAPIRO; CHIAVENATO, 2016).
Os consumidores estão atentos às práticas organizacionais das empresas,
uma vez que é desejável que elas realizem seus negócios de forma que alcance o
sucesso, mas de maneira correta, por meio de procedimentos corretos e trans-
parentes, respeitando os valores morais e éticos da sociedade em que elas estão
inseridas (SAPIRO; CHIAVENATO, 2016).
Maximiano (2011) explica que os valores são os que formam uma base do
código de ética de uma organização. Os valores e comportamentos irão nortear
a conduta moral das pessoas que a compõe; portanto, desde o primeiro dia de
vida da empresa, é importante implementar valores e preceitos éticos e morais
para que ela não se desvie do caminho dos bons costumes.
Você, aluno(a), enquanto empreendedor(a), será o(a) grande responsável por
uma mudança de comportamento no sentido de não se deixar jamais ser com-
prado(a) pelo dinheiro fácil. O país passou e está passando por um momento
crítico neste sentido, em que muitas empresas estão sendo investigadas por prá-
ticas que não condizem com a forma correta de agir e isso pode comprometer
o legado de sua empresa e o motivo pelo qual você decidiu empreender. Para
fazer a diferença, ser reconhecido(a) e conquistar uma posição financeira que
lhe garanta um padrão de vida muito bom, entretanto, não há qualquer custo.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
123
RESPONSABILIDADE SOCIAL
interesses dela.
De acordo com Sapiro e Chiavenato (2016), as empresas também sofrem
pressões do ambiente externo para adotar um comportamento e políticas que
saiam da sua fronteira e passem a atender aos interesses da sociedade. Na prática,
as empresas estão deixando apenas de cumprir com o seu papel legal, obede-
cendo às leis, regras e normas para uma proteção mais humana, contemplando
valores éticos. Portanto, de acordo com os autores supracitados, uma empresa
socialmente responsável é aquela responsável também por:
Desta forma, você, empreendedor(a), precisa ter princípios e valores que man-
tenham uma conduta ética, moral e social, além da maximização dos lucros e
fronteiras da empresa.
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FERRAMENTAS DE GESTÃO
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
125
Ferramentas de Gestão
126 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de trabalho.
É fato que essa ferramenta pode proporcionar resultados em que todos sai-
rão ganhando no final das contas: de um lado você garante a motivação dos
colaboradores e o alcance dos seus objetivos e do outro assegura a vida útil da
empresa em longo prazo.
MATRIZ DE SWOT
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
127
Após listar todos os itens, que podem variar de acordo com tipo e as especifici-
dades da empresa, o empreendedor deverá elaborar um plano de ação para saber
quais decisões deve tomar e assegurar uma decisão de forma coerente. Esse pro-
cesso não é fácil, visto que, se analisada de forma superficial ou equivocada, pode
ser uma situação fatal para a organização; desse modo, é necessário muito cui-
dado e atenção, pois, em princípio, a ferramenta parece muito simples, mas este
leve engano pode ocasionar erros graves e irreparáveis.
É importante enfatizar, de acordo com Ferreira, Santos e Serra (2010), que
as forças e fraquezas estão situadas no ambiente interno da organização, não
podendo confundir com as oportunidades e ameaças, que estão no ambiente
externo. Para que a estratégia da empresa seja realizada de forma adequada, é
necessário que as forças e fraquezas estejam ajustadas às oportunidades e ameaças.
As forças contemplam o que a empresa faz muito bem, assim como suas
especificidades, que podem ser contempladas nos seguintes itens (FERREIRA;
SANTOS; SERRA, 2010):
Ferramentas de Gestão
128 UNIDADE IV
As fraquezas, por sua vez, são situações em que a empresa não executa de forma
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
satisfatória, o que a deixa em uma situação desfavorável diante das empresas
concorrentes.
■■ Equipamento obsoleto;
■■ mão-de-obra desqualificada;
■■ falta de treinamento e desenvolvimento;
■■ falta de recursos, entre outros.
BENCHMARKING
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
129
muito conhecimento do setor ou área em que pretende atuar, talvez esse seja o melhor
caminho antes de entrar neste mercado, isso para acumular conhecimento e a expertise
de uma empresa que já está atuando no mercado e tem história para contar. Essa fer-
ramenta certamente irá proporcionar um excelente desempenho para a sua empresa.
Sapiro e Chiavenato (2016) pontuam ao menos quatro etapas para desen-
volver o processo de benchmarking.
1. Identificar a empresa a ser avaliada: se você pretende observar como
as empresas exercem as suas atividades, primeiramente, será necessário
fazer uma lista com as principais empresas que atuam neste mercado. É
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ferramentas de Gestão
130 UNIDADE IV
QUALIDADE TOTAL
Qualidade total é uma maneira que o produto ou serviço tem para atender às
necessidades e expectativas dos clientes da empresa. O conceito de qualidade é
associado aos fatores exigidos pelos clientes em relação aos produtos e serviços,
como um processo contínuo de melhorias. Assim sendo, Oliveira (2012) explica
que o processo de melhoria contínua deve contemplar, ao menos, duas susten-
tações e resultados.
Garantir que os processos administrativos, funcionais e operacionais pos-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
sam cada vez mais proporcionar produtos e serviços que, de fato, atendam ao
nível de expectativa crescente dos clientes das empresas, os quais estão cada vez
mais sedentos por novidades e qualidade.
Adequar, de forma contínua, os padrões de qualidade para que atendam às
necessidades do público-alvo.
A qualidade total deve ser um objetivo internalizado pelas empresas, procu-
rando sempre atender às exigências de mercado por meio da melhoria contínua
em todas as suas atividades e processos, garantindo a satisfação dos clientes e a
competitividade da empresa (OLIVEIRA, 2012).
Oliveira (2012) ainda pontua cinco fatores de sustentação da qualidade: exce-
lência nas organizações, equilíbrio entre valor proporcionado e preço cobrado,
uniformidade e regularidade nas realizações, projeto respeitando a ausência de
erros e conformidade aos requisitos e às especificações dos produtos e serviços.
Esses fatores devem estar em pleno equilíbrio com a qualidade, uma vez que, se
não forem adequados aos objetivos da empresa em termos de qualidade, podem
ser prejudiciais no que tange a qualidade total na empresa.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
131
MATRIZ BCG
A matriz BCG (Boston Consulting Group) é uma ferramenta utilizada para for-
mular estratégias de acordo com a filosofia que a empresa deve ter para gerenciar
toda a sua carteira de investimentos. Dependendo do tipo de produto que a
empresa trabalha ou pretende trabalhar, a empresa terá que intensificar, eliminar,
acelerar ou até frear as suas vendas. A matriz BCG trata-se de uma ferramenta
que classifica os produtos da empresa de acordo com sua parcela de importân-
cia referente ao mercado, conforme Figura 2:
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
(investir) (descontinuar)
Estrela Interrogação
(investir)
Baixo
(descontinuar)
Alto Baixo
Quota de Mercado/Market Share
Figura 2 - Matriz BCG
Fonte: adaptado de Sapiro e Chiavenato (2016, p. 236).
Ferramentas de Gestão
132 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
produto que gera muito caixa para a empresa.
3. Ponto de interrogação: é um produto com pouca participação de mer-
cado, mas com potencial de crescimento e requer grandes investimentos
com pouco retorno financeiro em função da sua baixa participação. Neste
caso, a empresa deve realizar uma análise e verificar se, de fato, o produto
tem potencial de crescimento em longo prazo, e se realmente vale a pena
insistir nele, caso contrário, a recomendação é que seja realizado desinves-
timento ou abandono para investir em produtos mais vantajosos.
4. Abacaxi: são produtos que são muito procurados no mercado, com baixa
taxa de crescimento, entretanto, ainda existem clientes fiéis a eles. É fato
que, para mantê-los, a empresa deverá buscar um equilíbrio frente aos
demais, por exemplo, a vaca leiteira.
Desta forma, você, enquanto empreendedor(a), deverá ter em mente que será
necessário manter um portfólio de produtos que equilibrem as contas da empresa.
Para manter uma empresa, a vaca leiteira é um produto indispensável. A estrela
e o ponto de interrogação também são produtos de mercado em crescimento
que necessitam de atenção e avaliação especial. Em relação ao produto abacaxi,
às vezes as empresas devem obrigatoriamente ter esse produto para poder aten-
der a um nicho de mercado (SAPIRO; CHIAVENATO, 2016).
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
133
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BUSCANDO ASSESSORIA
Buscando Assessoria
134 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
financeira e poderão ser bons conselheiros em relação a como você deve lidar
com as finanças da empresa, assim como buscar linhas de créditos quando
houver necessidade.
Organizações que apoiam empreendedores: em muitas cidades do país,
existem associações comerciais com áreas destinadas a dar suporte aos empre-
endedores. Prefeituras também contam com linhas de créditos específicos para
empreendedores e que auxiliam na escolha da localização, na liberação de alvará
e nos registros necessários.
Governo: quaisquer dúvidas sobre impostos, licenças e regulamentações
podem ser esclarecidas nos órgãos competentes do governo.
Universidade: muitas universidades possuem grupos de consultoria empre-
sarial Júnior, formados por alunos que promovem consultorias e assessoria para
pequenos negócios. Algumas universidades ainda possuem as incubadoras tec-
nológicas, que dão todo o apoio estrutural necessário, assim como suporte para
que o empreendedor tenha um ambiente propício para empreender.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
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INCUBADORAS TECNOLÓGICAS
Buscando Assessoria
136 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
dutos, processos e serviços inovadores.
Objetivo
Promover a integração entre universidade, centros de pesquisas, empresas
e a comunidade.
Vantagens em ser Incubado
• Ambiente empresarial voltado para inovação;
• relacionamento com especialistas;
• captação de recursos e acesso a editais de fomento;
• facilidade em transferência de tecnologia e know-how;
• disponibilidade de infraestrutura física;
• obtenção de mão-de-obra qualificada;
• divulgação dos produtos e serviços;
• acompanhamento contínuo e permanente;
• associação ao nome da Incubadora.
Forma de atuação
São avaliadas propostas de incubação de todas as áreas do conhecimento,
tanto de novos empreendedores quanto de projetos para atender às de-
mandas específicas de empresas já estruturadas.
Fonte: Incubadora Tecnológica de Maringá ([2017], on-line)1.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
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ACELERADORAS
SEBRAE
Buscando Assessoria
138 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
participantes.
Segundo pesquisa realizada com 3.482 clientes atendidos em 2015, a satis-
fação geral com o Empretec é muito positiva, com nota média de 9,1 pontos,
sendo que 74% estão muito satisfeitos (atribuíram notas 9 ou 10).
Para o público que, mesmo após o Empretec, ainda não empreendeu (em-
pregados, autônomos, desempregados, estudantes, aposentados, servido-
res públicos), a percepção de melhoria na empregabilidade é elevada, al-
cançando 85%. A renda atual/pós-Empretec desse público é maior para 42%
e igual para 51% dos entrevistados.
Fonte: Sebrae (2017, on-line)2.
ENDEAVOR
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
139
Buscando Assessoria
140 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O Unicesumar Empresarial inova também na forma de envolvimento dos
acadêmicos, proporcionando interação entre ambiente de ensino e o mer-
cado de trabalho, o que possibilita ao aluno exercitar os conhecimentos te-
óricos adquiridos no curso por meio de atividades práticas de prestação de
serviços.
Essa mesma abordagem é adotada com os professores, os quais se envol-
vem nos projetos para aplicar suas experiências profissionais, em um am-
biente multidisciplinar capaz de dar soluções inovadoras para os problemas
apresentados.
O Unicesumar Empresarial oferece aos seus parceiros serviços em pratica-
mente todos os ramos do conhecimento humano, especialmente nas áreas
de Gestão, Comércio Exterior, Meio Ambiente, Engenharias, Arquitetura, De-
sign de Interiores, Moda, Ciências Agrárias, Publicidade e Propaganda, Nu-
trição, Educação Física, Psicologia e Ciências Contábeis.
Por meio de metodologias consagradas, os problemas são mapeados e ana-
lisados sob várias perspectivas diferentes, com apresentação de soluções
diferenciadas, sempre com um foco sustentável na inovação e na visão em-
preendedora.
Fonte: Unicesumar ([2017], on-line)4.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
141
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
PLANO DE NEGÓCIOS
Plano de Negócios
142 UNIDADE IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
por exemplo. Mas o que se tem em comum em todos os planos de negócios são
as seções que proporcionam o entendimento completo do que é o negócio em
questão (DORNELAS, 2014).
Existem algumas possíveis estruturas para elaborar o plano de negócios, que
serão destacadas a seguir. É importante enfatizar que as seções devem ser obje-
tivas e, principalmente, não deixando de lado os aspectos mais importantes. De
acordo com o Dornelas (2014), são elas.
Estrutura 1 (sugerida para pequenas empresas).
1. Capa: deve contemplar as principais informações em relação ao negócio,
dando uma visão clara e objetiva das informações necessárias ao leitor.
2. Sumário: no sumário, deve conter o título da cada seção do plano de
negócio, isto para facilitar a busca por determinado tópico que interessa
para o leitor.
3. Sumário executivo: assim como a introdução de um livro demonstra de
forma resumida as informações dos capítulos do livro, o sumário execu-
tivo exerce a mesma função, isto para atrair a atenção do leitor em relação
à síntese do plano de negócios.
4. Análise estratégica: neste tópico, define-se missão, visão e valores da
empresa, além do planejamento estratégico da empresa em relação ao
ambiente interno (pontos fortes e fracos) e o ambiente externo (oportu-
nidades e ameaças).
5. Descrição da empresa: nesta etapa, deve-se descrever o histórico da
empresa, a sua estrutura organizacional, localização, parcerias etc.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
143
Plano de Negócios
144 UNIDADE IV
4.1. O negócio.
4.2. O produto.
5. Equipe de gestão.
6. Mercado e competidore
6.1. Análise setorial.
6.2. Mercado alvo.
6.3. Necessidade do cliente.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
6.4. Benefícios do produto.
6.5. Competidores.
6.6. Vantagem competitiva.
7. Marketing e Venda
7.1. Produto.
7.2. Preço.
7.3. Praça.
7.4. Promoção.
7.5. Estratégias de vendas.
7.6. Projeção de vendas.
7.7. Parceiras estratégicas.
8. Estrutura e operações
8.1. Organograma funcional.
8.2. Processos de negócio.
8.3. Política de recursos humanos.
8.4. Fornecedores de serviços.
8.5. Infraestrutura e localização.
8.6. Tecnologia.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
145
9. Análise estratégica
9.1. Análise de Swot.
9.2. Cronograma de implantação.
10. Previsões dos resultados econômicos e financeiros
10.1. Evolução dos resultados econômicos e financeiros.
10.2. Composição dos principais gastos.
10.3. Investimentos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Plano de Negócios
146 UNIDADE IV
5. Dados financeiros
5.1. Fontes de recursos financeiros.
5.2. Investimentos necessários.
5.3. Balanço patrimonial.
5.4. Análise do ponto de equilíbrio.
5.5. Demonstrativos dos resultados.
5.6. Projeção do fluxo de caixa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
5.7. Análise de rentabilidade.
6. Anexos
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
147
e dar credibilidade para a sua ideia de negócio. É certo que o plano de negócio
não assegura o sucesso de nenhum empreendimento, entretanto, demonstra
mais comprometimento e segurança e, se comparado com os negócios que
não possuem plano, a garantia de sucesso aumenta consideravelmente, pois
muitos negócios fracassam não por falta de boas oportunidades, mas por
falta de planejamento e competência para gerenciá-los. Com esses ingredien-
tes, tenho a certeza que você, aluno(a), irá desenvolver um empreendimento
de sucesso. Boa sorte nesta jornada, lembrando que a sorte privilegia uma
mente preparada e a sorte é quando a oportunidade encontra uma pessoa
bem preparada, já o azar é quando a oportunidade se depara com uma pes-
soa despreparada.
O plano de negócios pode ser uma ferramenta muito valiosa para o
planejamento, pois nenhuma empresa atua sozinha em um mercado tão
dinâmico e competitivo como o atual. Desta forma, você pode começar a
planejar o seu negócio.
Plano de Negócios
148 UNIDADE IV
Qual tal praticar? Acesse o site do Sebrae (por meio do QR Code) e faça o
download do plano de negócios 3.0. O site irá exigir um cadastro para fazer o
download do software para você elaborar o seu plano de negócio de maneira
intuitiva e com vídeos autoexplicativos, que irão ajudá-lo(a) nesta empreitada,
entretanto, o uso da ferramenta para fins estudantis é totalmente gratuito e dis-
ponibilizado pelo Sebrae. Então, vamos praticar?
Até mais e bons estudos!
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para fazer o download do plano de negócios
3.0, consulte nosso QR Code por meio da sua
plataforma.
AS ÚLTIMAS PROVIDÊNCIAS
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Plano de Negócios
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1. Se você pretende iniciar um novo negócio, o primeiro passo é fazer suas escolhas
iniciais. Assim, identificar a oportunidade é o primeiro passo para todo o empre-
endedor que deseja abrir o próprio negócio. Entretanto, não só de boas ideias
vivem as empresas, é necessário ter boas práticas de gestão. Sobre as boas prá-
ticas, assinale a alternativa correta.
a) A experiência é importante, porém, o ideal é contar com a assessoria.
b) Ouvir o cliente é essencial, porém, nem sempre é o ideal, pois os clientes ra-
ramente têm razão.
c) Aplicar o Benchmarking é uma opção valiosa.
d) É necessário pleitear investidores com muitos recursos financeiros, afinal, o
dinheiro compra as necessidades humanas.
e) É necessário contar somente com a sua intuição no início do negócio.
2. Nos últimos tempos, tem-se falado muito em ética empresarial, principalmente
em função do momento em que o país vem passando desde meados de 2014,
período em que muitas empresas passaram a ser investigadas por suposto en-
volvimento com ações antiéticas. Sobre a ética, assinale a alternativa correta.
a) É importante alcançar o sucesso, entretanto, não a qualquer custo.
b) A sociedade não liga muito para fatores éticos, o importante é o preço.
c) O governo não apoia ações éticas.
d) É importante angariar mercado e depois pensar nas questões éticas.
e) A ética não tem relação com a legalidade.
3. Os empreendedores costumam utilizar ferramentas de gestão para reunir forças
e realizar um planejamento adequado às necessidades da empresa para pleitear
um futuro diferente do que a empresa foi no passado. Sobre as ferramentas de
gestão, assinale a alternativa correta.
a) Análise de Swot analisa somente os fatores internos.
b) O BSC não pode ser aplicado em qualquer organização.
c) O Benchmarking só tem validade quando aplicado por uma consultoria fi-
nanceira.
d) A Qualidade Total é uma ferramenta que só pode ser aplicada em indústria.
e) A matriz BCG trata de uma ferramenta que classifica os produtos da empresa
de acordo com sua parcela de importância referente ao mercado.
151
REFERÊNCIAS ON-LINE
2
Em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/empretec-fortaleca-
suas-habilidades-como-empreendedor,db3c36627a963410VgnVCM1000003b740
10aRCRD>. Acesso em: 26 ago. 2017.
Em: <https://endeavor.org.br/quem-somos/>. Acesso em: 26 ago. 2017.
3
1. Alternativa C.
2. Alternativa A.
3. Alternativa E.
4. Alternativa B.
5. Alternativa A.
155
CONCLUSÃO
Olá, alunos(as)! Como diz aquela velha máxima “tudo que é bom dura pouco”, não é
mesmo? A verdade é que isto não acaba aqui; portanto, você terá ainda um longo e
empolgante caminho pela frente. Adoro lidar com empreendedores(as), pois, afinal,
são pessoas que sempre têm muito a compartilhar, são positivas e pensam sempre
para frente.
Assim, neste livro, tivemos a oportunidade de compreender a importância das micro
e pequenas empresas e entender a importância da gestão de empresas. Passamos
pelas principais áreas funcionais das organizações, perpassando suas principais atri-
buições e importância. Falamos do planejamento estratégico e a sua importância
no cenário competitivo. E fechamos o livro falando das boas práticas, ferramentas
de gestão, assessorias para novos negócios e todo o processo de desenvolvimento
e elaboração do plano de negócios.
As ideias apresentadas nesse livro não têm como objetivo, por razões óbvias, esgo-
tar o conteúdo sobre empreendedorismo – ainda tem-se uma longa jornada pela
frente para que você possa se aprofundar em todos os conceitos trabalhados nesse
livro, que foi preparado carinhosamente para você.
É importante destacar que todo o conteúdo que vimos até aqui tem um efeito po-
sitivo somente quando impulsionados ao seu espírito empreendedor, idealizando
sempre novos horizontes. Isso quer dizer, aluno(a), que você não pode ficar esperan-
do as coisas acontecerem, mas tudo vai depender exclusivamente de seus esforços,
o que significa que você não pode jamais ficar parado(a).
Eu conheci um empreendedor, certa vez, que me disse algo muito importante: no
dia em que o sol estiver lindo, corra muito. No dia em que o tempo estiver chuvoso,
vá devagar, mas jamais deixe de seguir em frente. Traduzindo isto para você, o con-
selho é: todos os dias, faça algo pela sua empresa, pode ser o envio de um e-mail
para contato, a leitura de uma matéria sobre algo que você ainda não conheça, uma
conversa na fila de um banco com um estranho, por que não? Você só tem a ganhar.
Desejo todo sucesso do mundo para você e, chegando lá, não deixe de nos avisar,
por gentileza. Queremos ser os primeiros a saudá-lo(a).
Abraços!