Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Questão central:
O autor apresenta suas bases para análise sobre a produção e comercialização de casas
inidividuais na França, na década de 80, incluindo como referência empírica as pesquisas
desenvolvidas sobre a lógica da economia da honra e da “boa fé” – Argélia; ou sobre a banca e
sua clientela.
Propõe uma investigação sociológica que se distingue da “economia mais comum” por dois
aspectos essenciais:
Habitus
Capital Cultural
Capital Social
Capital Simbólico
E a noção de CAMPO
1
Convicção – princípio:
A análise e reflexão proposta busca romper com a naturalização das categorias da ciência
econômica que pretende laçar conceitos universais que tendem a ser des-historizada e des-
historizante. Crítica a ciência pura, considerando as práticas econômicas com fruto de uma
longa história coletiva.
Assim define a ciência econômica como “produto paradoxal” que reproduz histórias
individuais que só podem ser compreendidas a partir de uma análise histórica.
O campo econômico como cosmos em oposição a visão de um universo separado (do espaço
social) ou automização radical que opera na ciência pura - visão de mundo que atribui lugar
central a razão – universalização- automização.
2
mas endógenas e dependentes de uma história, que é
precisamente a dos cosmos econômico onde elas são
exigidas e recomensadas. Quer dizer, contra a distinção
canônica entre os fins e os meios, que o campo
econômico impõe a todos, mas com graduações
diferentes segundo sua posição e as suas capacidades
econômicas, não só os meios “razoáveis” mas os fins, ou
seja, o enriquecimento individual da ação econômica.”
(p-23)
Modelo – um mundo universal que fundamenta a teoria econômica neoclássica que ampara
dois postulados:
Efeitos “práticos” destes postulados, sobretudo no caso particular dos Estados Unidos da
América):
3
Desenvolvimento extremo do “espírito do capitalismo”.
O MERCADO DA CASA
Estes dois termos considerados pela economia neoclásica como incondicionais também
dependem de todo um conjunto de condições econômicas e sociais poduzidas pela “política de
habitação/alojamento”. Gostos, ajudas aos construtures ou particulares – emprestimos, as
insenções, os créditos bonificados etc.. Nesses termos:
4
Orientando investimentos financeiros ou através de leis como a promulgada na França em
1977 que corou um conjunto de ações que orientou para a propriedade – fazendo também da
habitação/moradia/alojamento uma forma principal de aplicação.
O mercado de casas individuais é uma dupla construção social – com forte particpação do
Estado:
O forte componete simbólico inerente ao produto “casa” – exprime ou trai o ser social
do seu proprietário. Seus meios, gostos, situando-o no espaço social.
A aquisição da “casa” é também ocasião de investimentos econômicos e afetivos.
A mitológia da “casa”
O siginificado da “casa” é mais abrangente que um simples bem de capital. Está associada a
um conjunto de valores e siginificados que são construídos históricamente; a construção da
família, para além do indivíduo, “abrigo” e sentimento de “pertença”. Seu significado e seu
valor é, portanto, indissociável do seu contexto histórico e social.
5
Toda a herança de mitologias associada a casa é bastante explorada, como mostra o autor,
pela retórica publicitária. Associada a história do sedentarismo em oposição ao nomadismo,
favorecendo “o enraizamento no solo e imutabiliade no tempo” (p-40). O autor percorre um
longo caminho para demonstrar o quanto a “casa” é carregada de significado e valor simbólico
na organização social.
oferta procura
Onde:
A oferta então contribui para impor uma forma de satisfazer o gosto do consumidor. Como as
empresas que se organizam para produzir casa industriais que criam a ilusão da casa durável,
individual, transmissível e “feita a mão”. Preferências dominada pelo culto da autenticidade da
manufatura com certificado de que a obra foi executada pela mão do mestre – “de mão de
mestre”.
6
A publicidade então atua de maneira eficaz porque parte de <disposições> pré-exitentes.
Casa e herança
No perído analisado, 1984, observa-se que a ligação entre casa e herança encontra-se em
declínio. Diminue o número de habitação adquirida por herança, enquanto a aquisição da casa
por meio do crédito aumenta. Ao contrário da gerações mais antigas.
Compra ou aluguel
Observa-se que a propenção para atribuir maior importância ao aspecto técnico e menos ao
aspecto simbólico cresce nas posições mais baixas da hierarquia social.
2 – aqueles com rendimentos mais baixos: consideram que pode existir boas razões para a
escolha de uma casa préfabricada – tem gosto pelas coisas modernas; pensam que este tipo
de casa é mais sólia, mais fácil de personalizar.
7
O efeito da dimensão da aglomeração
A separação entre as classes sociais cresce quando se passa da comuna rural para os grandes
centros urbanos. Os operários praticamente só ascedem a propriedade da casa individual nas
comunas rurais. Ao contrário os conramestres podem ser possuídores de suas casas mesmo na
aglomeração parisiense. O acesso a aquisição da casa individual parece ser mais tardio na
medida nas posições mais baixa da hierarquia social.
O autor indica que é possível supor, pelas entrevistas realizads, que o acesso à propriedade (a
maior parte das vezes graças ao crédito) foi sobretudo o resultado dos “novos ricos” que eram
também “recém-chegados” à sociedade urbana. Provincianos que chegaram a Paris ou nas
grandes cidades que adquiriam casas nos bairros novos. Enquanto os mais antigos tinham
maiores possibilidades de morar como arrendatários.
Ou seja: a origem social contribui para estruturar as estratégias residenciais das famílias, mas
através de um conjunto de mediações tais como tipo de algomeração, o momento do ciclo de
vida, a profissão e a origem do cônjuge, etc.
Frações assalariadas das classes médias são as principais utilizadoras dos créditos bancários e
as frações superiores da classe operaria representam uma parte importante dos “candidatos”
recentes à propriedade. A partir de 1975 o recurso ao crédito bancário se generalizou e é
nessas classes que é mais frequentes. As classes médias também são mais numerosas a
desejarem a casa própria.
8
reproduzirem a sua posição deviam apoiar-se sobre o
sistema escolar para operar as reconversões impostas
pelos rigores da concorrência.” (p-60)
O autor defende a noção de campo como sendo, a partir destes dois princípios, mais adequada
que as noções de “setor” ou “ramo” que designam agregados de empresas produzindo os
mesmo produto, sem distinguir as diferenças entre estas empresas. Além das relações
objetivas de complementariedade na rivalidade que, ao mesmo tempo, unem e os opõem na
lógica da concorrência que define o próprio campo de produção.
9
Carga simbólica
Relação com o espaço
- Empresas classificadas pelo volume de negócio; Pela idade – antiguidade – data de criação;
organização da empresa – números de empregados; Atividade principal e diversificação dos
negócios; capital; número de casas em construção.
Tipos observados:
10
2 – pequenas e médias de atuação regional e local: capital familiar, pouco ligada ao mercado
financeiro: construindo casas industriais – estrutura de metal e madeira, reunindo vários
profissionais.
As estratégias publicitárias
A importância e o peso relativo da função comercial nestas empresas são um dos indicadores
mais siginificativos de suas posições no campo da produção da casa individual. Na proporção
que cresce a empresa, cresce a burocratização e a sua parte coemrcial. O pessoal trabalhando
em construção torna-se minoritário.
11
Muitas empresas são levadas a abandonar politica de produção integrada e industrializadas
são forçadas a adotar estratégias próprias das pequenas empresas, apoiando-se na
subcontratação. A crise alterou a correlação de forças em favor das pequenas empresas. A
retração no mercado traduziu-se numa retração e dispesão da clientela.
As relações de forças que também operam no interior das grandes empresas também podem
ser analisadas como um campo.
Uma mudança de escala que permite analisar a sua estrutura interna e buscar ocmpreeder pr
exemplo deteminadas posições e escolhas que passam a oeirntar também as escolhas dos
tomadores de decisão no seio de uma empresa, oragnizada hierarquimente.
As estratégias dos drigentes de uma empresa tomada como um campo também depedem do
volume e da estrura dos capitais mobilizados nas lutas de poder encerradas no interior da
empresa.
Os efeitos da crise de sucessão por exemplo são tão graves quanto surge num momento em os
concorrentes estão a desenvolver-se. Apostam em importantes investimentos publicitários e
ocupam cada vez mais terreno.
12