Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. Teorias
Organizacionais
5ª Edição - 2017
Em primeiro lugar, meu agradecimento especial e Prezado aluno do Curso de Administração
minha consideração a dois professores
extraordinários – aqueles que me levaram a gostar O conhecimento, o entendimento e o perfeito
de ensinar com excelência – Dometildes Tinoco e domínio da Administração de Empresas, em suas
Euzébio Cidade. (Olá, Mamãe e Papai!) diversas e muitas vertentes, são ferramentas
essenciais para o sucesso em qualquer concurso –
Um agradecimento sincero aos meus queridos especialmente no âmbito da carreira militar, com
alunos e minha excelente e dedicada equipe de provas cada dia mais seletivas que abordam
professores da Cadeira de Administração de diversas particularidades e singularidades da
Empresas, liderada pelo Professor Edson Antonio S. matéria.
Gomes, profissional ímpar, e que reúne as
qualidades de um verdadeiro líder. Coordena com Tendo em vista, essencial e prioritariamente, o
esmero a cadeira de Administração do Curso sucesso de seus alunos, o Curso Cidade, por
Preparatório Cidade, com seu trabalho de intermédio de sua equipe da Cadeira de
incomensurável valor pedagógico reconhecido pela Administração, apresenta esta Coleção.
Direção do Curso, pela equipe que coordena e pelos Confeccionada a partir de um sólido embasamento
demais alunos que já se prepararam em nosso teórico, calcado na Bibliografia do concurso. A
presente apostila traz exercícios gabaritados, com o
Instituto.
intuito de fortalecer e solidificar a teoria aprendida
Um agradecimento muito especial ao professor em sala, trabalhada na apostila e praticada nos
Tomé de Souza, que com dedicação e competência simulados semanais, cujo objetivo é ajudar a pensar
escreveu todos os conteúdos desta Coleção que com fluidez a administração, sem recorrer a
será uma ferramenta poderosa e fundamental para estratégias mnemônicas ineficazes e idéias
um adestramento simples, rápido e eficaz para o generalizadas, desprovidas de lógica.
concurso da EsFCEx.
Aproveite! A coleção é sua: faça um ótimo uso dela!
Esperamos que você utilize esta obra, estudando
com atenção cada item apresentado e pesquisando Temos certeza de que aquele que se dedicar com
na bibliografia àqueles que apresentaram maior afinco ao estudo dos conteúdos aqui apresentados
grau de dificuldade. Traga para a aula dúvidas dos irá melhorar sobremaneira o seu desempenho nos
tópicos das questões cuja resposta não esteja de exames vindouros. Nosso principal objetivo, com
acordo com seu conhecimento ou poste sua dúvida este material, é contribuir para melhorar o
no fórum. desempenho de todo candidato que, de fato, queira
aprender e conseguir sua aprovação na ESFCEX..
A organização dos conteúdos seguiu rigorosamente
Estamos aqui torcendo e trabalhando pelo seu
o Edital.
sucesso!
Aceite nossa companhia nesta viagem de
treinamento Rumo à EsFCEx. Bom trabalho e bom estudo!
Luiz Cidade
Diretor
EQ U I P E Equipe de Professores
(*) - manutenção da sobrevivência dos grupos até que as metas básicas sejam alcançadas (essa
sobrevivência pode ser por tempo indeterminado, inclusive).
- O conhecimento dos princípios básicos e das técnicas de Adm, pode exercer impacto
substancial sobre a sua prática, esclarecendo-a e aprimorando-a.
- A ADMINISTRAÇÃO DEVE SER CONTINGENCIAL, pois não existe uma forma exata
para trabalhar cada uma das funções administrativas. URGE QUE HAJA ADAPTAÇÃO À
SITUAÇÃO (realidade). O funcionamento interno das organizações deve ser compatível com a
exigência da missão, tecnologia, ambiente externo, necessidade de seus membros.
Compatível Tecnologia
ORGANIZAÇÃO
(internamente) com
Ambiente Externo
Administração Eficiente
levam aos administradores a busca de novas e incontáveis soluções para o desafio diário
imposto pela luta pela sobrevivência.
CONCEITO FUNDAMENTAL
Dirigir pessoas a fim de que atinjam desempenho ÓTIMO em termos de melhores resultados
com menor custo (recursos materiais, tempo, desconforto), a fim de atingir objetivos organizacionais,
através do planejamento, organização, direção/coordenação e controle.
PESSOAS
F ÍSICOS
ORGANIZAÇÃO RECURSOS M ATERIAIS
NÃO F INANCEIROS
HUMANOS T ECNOLÓGICOS
M ERCADOLÓGICOS
(FM FTM)
HABILIDADES NECESSÁRIAS DO ADMINISTRADOR
Primórdios da Administração
Fase empírico-prática - embora quase todos tenham sido religiosos, agiam de forma empírico-
prática (experimentavam, repetiam o que dava certo e eliminavam insucessos)
Licurgo, Salóis, Alexandre Magno, César.
- Nabucodonosor - Controle da produção.
600 a.C.
Babilônia - Incentivos salariais.
- Reconhecimento da necessidade de sistemas e padrões.
- Mencius - Mais antigo tratado militar do mundo (modelos e processos
500 a C.
China de Administração).
- Seleção científica de trabalhadores.
- Sócrates
- Universalidade da Administração.
Grécia
- Reconhecimento da necessidade de Relações Humanas.
- Ciro - Uso do estudo dos MOVIMENTOS.
400 a.C.
Pérsia - Arranjo físico.
- Manuseio de materiais.
- Platão
- Enunciado do Princípio da Especialização.
Grécia
- Cato
175 a.C. - Uso da descrição de funções.
Roma
- Unidade de comando.
- Jesus
20 a.C. - Regulamentos.
Judéia
- Relações Humanas.
- Dioclécio
284 - Delegação de autoridade.
Roma
- Controle de Custos.
- Verificação e balanços para controle.
- Numeração de inventários.
- Arsenal de
1436 - Intercâmbio de partes.
Veneza
- Linha de montagem.
- Administração de pessoal.
- Controle de custos.
- Consenso de massa.
- Coesão e organização.
Maquiavel
1525 - Qualidade da liderança.
- Táticas políticas.
Cronologia de Eventos
- vapor
2ª Fase - oficinas → fábricas
- Transporte/Comunicações
Artesãos Fábricas
3ª Fase Oficinas
Familiares Operários
População População
Rural Urbana
TRANSPORTE/COMUNICAÇÕES
Telefone/Estrada de Ferro
Responsabilidades do Governo:
A preocupação dos economistas coma política econômica e com outros aspectos não-
administrativos dos negócios é apontado como um dos fatores do ATRASO da Ciência da
Administração.
Os primeiros economistas, em suas análises das empresas e na sua elaboração de preceitos
filosóficos relativos aos negócios, seguiram os passos de ADAM SMITH, cujo interesse era voltado
às medidas que aumentassem a riqueza de uma Nação.
- RICARDO → distribuição de riqueza aos fatores de produção.
- ALFREDO MARSHALL → aprimoramento das análises marginais de mercados
competitivos e monopolistas.
O tratamento moderno de economia, de uma firma isolada, é uma formulação das três
últimas décadas.
Mesmo o trabalho de CHAMBERLIN e ROBINSON que tanto mudou o curso da teoria
econômica desde 1933, pressupõe a existência de uma administração eficaz.
Funções da - PLANEJAMENTO
Administração - ARRANJO
- CONDUÇÃO DOS DIFERENTES PROCESSOS DE PRODUÇÃO
OS CLÁSSICOS
Administração Científica
Aplicação de métodos da
ciência aos problemas da
administração
Racionalização do Trabalho
do Operário
* Principais problemas enfrentados pelas empresas da época, que resultam numa maneira
de organização que tentassem resolver tais ineficiências:
TAYLOR - nasceu na FILADÉLFIA. Iniciou sua vida profissional em 1878 (Midvale Steel
Co) e em 1885 formou-se Engenheiro pelo Stevens Institute.
TAYLOR assegurava que as indústrias de sua época padeciam de males que poderiam
ser agrupados em três fatores:
Objetivo:
Princípio da Exceção
Tudo o que ocorre DENTRO DOS PADRÕES NORMAIS não deve ocupar
demasiadamente a atenção do administrador.
PRIORIDADE → o que se afasta dos padrões – exceção a fim de corrigi-las adequadamente.
Decisões mais frequentes → reduz-se à rotina e podem ser delegadas aos subordinados →
problemas mais sérios → superiores.
1. PLANEJAMENTO
Trabalho: Métodos baseados em
INDIVIDUAL Procedimentos
IMPROVISAÇÃO Científicos
ATUAÇÃO EMPÍRICO-PRÁTICA
Através do PLANEJAMENTO DO MÉTODO.
2. PREPARO
Seleção cientifica dos trabalhadores, de acordo com as suas aptidões;
Prepará-los e treiná-los para produzir mais e melhor → DE ACORDO COM
MÉTODO PLANEJADO.
Além do preparo de mão-de-obra → preparo de máquinas e equipamentos de
produção, além do ARRANJO FÍSICO, disposição racional das FERRAMENTAS e
MATERIAIS.
3. CONTROLE
- Verificação se trabalho está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas
→ plano previsto.
- A gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor
possível.
4. EXECUÇÃO
- Distintamente as ATRIBUIÇÕES e as RESPONSABILIDADES, para que a execução
do trabalho seja bem mais disciplinada.
Então:
Princípios da P Planejamento
Administração P Preparo
Científica de C Controle
TAYLOR E Execução
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS
1. SELEÇÃO CIENTÍFICA DO TRABALHO (Funcionário → tarefas compatíveis com
suas aptidões; é valorizado, aumenta produção e lucros).
2. TEMPO-PADRÃO (produção mínima determinada pela gerência; controle importante
pelo fato do ser humano ser preguiçoso).
3. PLANO DE INCENTIVO SALARIAL
4. TRABALHO EM CONJUNTO (empresas e funcionários aliados).
5. GERENTES PLANEJAM - FUNCIONÁRIOS EXECUTAM
6. DIVISÃO DO TRABALHO
7. SUPERVISÃO - Especializada por áreas - assegura valor mínimo de produção.
produção
Selecionar trabalhador ensinar melhor método condicionar remuneração
+ + máxima
(first class man) (the best way) à eficiência
capaz
TAYLOR descreve o homem como ser preguiçoso, limitado e mesquinho, culpado pela
vadiagem e desperdício nas empresas e deveria ser controlado continuamente, por meio do trabalho
previamente racionalizado e o tempo padrão.
7. CONDIÇÕES DE TRABALHO
Bem estar físico do trabalhador.
Diminuição da fadiga.
- Adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho;
- Arranjo físico das máquinas e equipamentos;
- Melhorias do ambiente físico do trabalho (ruído, ventilação, iluminação, conforto);
- Projeto de instrumentos especiais para cargos específicos;
O Conforto do operário e melhoria do ambiente era valorizado, não porque as pessoas
merecessem, mas porque eram essenciais para obter a eficiência do trabalhador.
8. PADRONIZAÇÃO
Redução da variabilidade e diversidade no processo produtivo → Eliminar desperdício e
aumentar eficiência.
9. SUPERVISÃO FUNCIONAL
Diversos superiores, cada qual especializado em determinada área e que tem
autoridade funcional, relativa somente à sua especialidade sobre os mesmos subordinados.
A autoridade funcional é relativa e parcial e corresponde exatamente à aplicação da
divisão do trabalho e da especialização no nível dos superiores e chefes. Tal concepção trouxe
muitos ataques a TAYLOR, pois, pelo Principio da Unidade de Comando, um trabalhador não
pode subordinar-se a dois ou mais superiores.
INTRODUÇÃO:
O ímpeto ao desenvolvimento de uma teoria da administração surgiu nas últimas décadas, como
resultado do reconhecimento que um dos elos perdidos para a consumação de um sistema empresarial
eficaz eram as RELAÇÕES HUMANAS. A DEPRESSÃO trouxe consigo (pós 1929) sintomas de
perturbação reinante entre os homens, e o New Deal e o sindicalismo nacional, e contribuiu para
alertar os homens de negócio que entre as deficiências do desenvolvimento industrial americano
talvez a maior fosse a CONCETRAÇÃO NA MERA MANIPULAÇÃO DOS RECURSOS.
A 2ª GM e os programas de defesa subsequente foram de importância ainda maior no
desenvolvimento de uma TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS → Produção com
menor custo (materiais e mão-de-obra) centrou atenção da Administração → Fator Estratégico para
consecução dos objetivos. Avanços técnicos acompanharam a Guerra que absorveu os melhores
jovens pelos programas militares → agravaram defasagem entre conhecimento administrativo e
conhecimento técnico.
- Mais recentemente → “Era da Superconcorrência”
Disseminação de conhecimentos Técnicos → Número maior de Nações competirem no
mercado mundial;
Liberação comércio;
Mudança de Mercado de venda para mercado compra;
Aumento do investimento e do volume de capital, e também dos níveis de PONTO DE
EQUILÍBRIO;
Ritmo acelerado de MUDANÇAS TECNOLÓGICAS (pode tornar obsoleto e baixar preço
produto da noite para o dia).
Além disso, homens de negócios encontram-se prensados pela dicotomia PREÇO/CUSTO.
Reivindicação por melhores salários e benefícios extra-salariais - elevou custo a tal ponto que a
SOBREVIVÊNCIA da empresa passou a depender à incorporação de modernas técnicas
administrativas. É preciso tentar, agressivamente, ser mais eficiente que seus concorrentes.
→ A eficiência grupal pode ser a chave de uma sobrevivência mais duradoura.
→ É possível que o “know-how” técnico vá se tornando menos importante pra a manutenção
de alto padrão de vida (americano e mundial) do que o APERFEIÇOAMENTO CONSTANTE DA
ADMINISTRAÇÃO.
ROBERT OWEN
“Pai da Moderna Administração de Pessoal”
- Fábricas de tecidos da Escócia.
Contribuições:
- melhorou condições de trabalho nas fábricas;
- elevou a idade mínima de trabalho das crianças;
- reduziu numero de horas-trabalho dos empregados;
- refeição aos empregados nas fábricas;
- abriu lojas para venda de artigos de primeira necessidade, a preço de custo, aos empregados;
Curso Preparatório Cidade Página 23
- melhorou a comunidade do empregados (construção casas, ruas - melhorando aparência visual
da Comunidade e da fábrica).
→ Boa Administração Pessoal → Benefícios ao empregador.
OS SEGUIDORES DE TAYLOR
HENRY L GANTT
EDWARD A. FILENE
- Contratou GILBRETH para auxiliá-lo a aplicar métodos de administração científica na loja
departamentos de sua família - TRATAMENTO E AVALIAÇÃO DE EMPREGADOS →
Consideração adequada pelo ELEMENTO HUMANO.
FRANK B. GILBRETH
- Engenheiro americano que acompanhou TAYLOR no seu interesse pelo esforço humano como
meio de aumentar a produtividade. FOI O RESPONSÁVEL PELA INTRODUÇÃO DE ESTUDO
DE TEMPOS E MOVIMENTOS dos operários, como técnica administrativa básica para a
racionalização do trabalho.
- Com esses MOVIMENTOS ELEMENTARES (THERBLIGS – Constitui o último elemento
da administração cientifica e a UNIDADE FUNDAMENTAL de trabalho com que pode ser
constituída uma organização) pode-se decompor e analisar qualquer tarefa.
ORT → (the best way) → PADRÕES DE DESEMPENHO EFICIÊNCIA DO OPERÁRIO =
RELAÇÃO DESEMPENHO REAL E O DESEMPENHO ESTABELECIDO PREVIAMENTE
COMO EFICIÊNCIA = 100% (TEMPO-PADRÃO).
EFICIÊNCIA ↔ PRODUTIVIDADE
- GILBRETH, como já foi visto, interessou-se pelos movimentos desperdiçados no trabalho.
Reduzindo os MOVIMENTOS de assentamento de tijolos (era dono de uma empresa de Construção
Civil), de 18 para 5, tornou possível a duplicação do produtividade de um assentados de tijolos sem
maior gasto de esforços. Conheceu TAYLOR em 1907 e combinou suas ideias a dele para pôr em
prática a administração científica.
LILIAN GILBRETH
- Especialista em PSICOLOGIA INDUSTRIAL.
HARRINGTON EMERSON
- POPULARIZOU A ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA.
- DESENVOLVEU OS PRIMEIROS TRABALHOS SOBRE SELEÇÃO E TREINAMENTO
DE EMPREGADOS.
Lançou “The Twelve Principles of Efficiency”:
1. PLANO OBJETIVO (de acordo com ideais);
2. Predomínio do BOM SENSO;
3. ORIENTAÇÃO E SUPERVISÃO COMPETENTES;
4. DISCIPLINA;
5. HONESTIDADE NOS ACORDOS - JUSTIÇA SOCIAL DO TRABALHO;
6. REGISTROS PRECISOS;
7. REMUNERAÇÃO PROPORCIONAL AO TRABALHO;
8. NORMAS PADRÕES PARA AS CONDIÇÕES DE TRABALHO;
9. NORMAS PADRÕES PARA O TRABALHO;
10. NORMAS PADRÕES PARA OPERAÇÕES;
11. INSTRUÇÕES PRECISAS; E
12. INCENTIVOS EFICIENTES AO MAIOR RENDIMENTO.
Antecipou-se a APO de DRUCKER (Década de 60)
HENRY FORD
Palavra-chave da PRODUÇÃO EM MASSA é SIMPLICIDADE.
LINHA DE MONTAGEM:
1. PROGRESSÃO DO PRODUTO PRODUZIDO através do processo produtivo é
PLANEJADA, ORDENADA e CONTÍNUA.
2. TRABALHO É ENTREGUE AO TRABALHADOR em vez dele ir buscá-lo.
3. OPERAÇÃO ANALISADAS e DIVIDIDAS em seus elementos constituintes.
C COMERCIAIS
T TÉCNICAS
F FINANCEIRAS Funções Administrativas
Presidente A
Diretor B C
Gerente D E
Chefe F G
Supervisor H I
A Teoria Clássica concebe a organização em termos de estrutura, forma a disposição das partes
que a constituem, além do inter-relacionamento entre as partes RESTRINGE-SE APENAS AOS
ASPECTOS DA ORGANIZAÇÃO FORMAL.
Para a Teoria Clássica, os aspectos organizacionais são analisados de cima para baixo (da
DIREÇÃO para a EXECUÇÃO) e do todo para as partes (da SÍNTESE para a ANÁLISE):
exatamente AO CONTRÁRIO da Abordagem da administração Científica.
LINDALL F. URWICK
- Coronel do Exército Inglês - foi um dos grandes sistematizadores e divulgadores da obra de
FAYOL, deu grande ênfase na necessidade do Staff, também chamado por ele de ASSISTENTE.
- Para URWICK, a administração possuía os seguintes elementos.
I INVESTIGAÇÃO P
P PREVISÃO O
P PLANEJAMENTO C de FAYOL
O ORGANIZAÇÃO C
C COORDENAÇÃO C
C COMANDO + I nvestigação
C CONTROLE P lanejamento
Uma pessoa - uma só função
E
ESPECIALIZAÇÃO
Definida e conhecida por todos
A
AUTORIDADE
Seus Princípios da Cada superior NÃO DEVE ter mais que certo
D Administração número de subordinados
AMPLITUDE ADMINISTRATIVA
Cargos - definir por escrito e a todos
A comunicado
DEFINIÇÃO
TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO
TEORIA CLÁSSICA
CIENTÍFICA
1. Mecanicismo da Teoria; 1. Abordagem simplificada da organização
2. Superespecialização do trabalhador; formal (desconsideração do aspecto sócio-
3. Visão atomística do homem; psicológico);
4. Falta de comprovação cientifica; 2. Ausência de trabalhos experimentais (apenas
5. Abordagem incompleta da organização; conceitos e senso comum). Falta comprovação
6. Limitação do campo de aplicação; científica;
7. Abordagem prescritiva e normativa; 3. Extremo racionalismo na Concepção da
8. Visão de Sistema Fechado. Administração;
Divisão do
Trabalho
Especialização
Princípios Organização Máxima
Gerais da Adm Unidade de Formal Eficiência
Comando
Amplitude de
Controle
TAYLOR FAYOL
Administração Teoria
Científica Clássica
Aumentar a eficiência
Aumentar a eficiência da da empresa através da forma e disposição
empresa através do aumento da dos órgãos componentes da organização
eficiência ao nível operacional e das suas interelações estruturais
Realizou trabalho na Fábrica da Western Eletric Company, de CHICAGO, cuja finalidade era
a de estudar alguns componentes que influenciavam a eficiência dos operários.
● Complexo
O HOMEM ● Motivado - tem necessidade
SOCIAL ● Manipulado - adequado estilo (supervisão e liderança)
● Normas do grupo - regula comportamento
EQUILIBRIO
ESTÍMULO OU
INCENTIVO
SATISFAÇÃO NECESSIDADE
TENSÃO
COMPORTAMENTO OU
AÇÃO
FRUSTAÇÃO E COMPENSAÇÃO
Nem sempre a satisfação das necessidades é obtida. Pode existir alguma BARREIRA ou
obstáculo ao alcance da satisfação de alguma necessidade. Toda a vez que numa satisfação é
bloqueada por alguma BARREIRA, ocorre uma FRUSTAÇÃO. Havendo frustração, a tensão
existente não é liberada por meio da descarga provocada pela satisfação. Essa tensão acumulada no
organismo mantém o estado de DESEQUILÍBRIO.
Por outro lado, o ciclo motivacional pode ter outra solução além da satisfação da necessidade
ou da frustração: a COMPENSAÇÃO ou TRANSFERÊNCIA. Essa ocorre quando o indivíduo
tenta satisfazer alguma necessidade impossível de ser satisfeita por meio da SATISFAÇÃO DE
OUTRA NECESSIDADE COMPLEMENTAR ou SUBSTITUTIVA. Assim, a satisfação de
outra necessidade aplaca a necessidade mais importante e REDUZ ou EVITA a FRUSTRAÇÃO.
Assim, as necessidades podem ser SATISFEITAS, FRUSTADAS ou COMPENSADAS.
As necessidades fisiológicas quase não aceitam compensações: fome só se satisfaz com
alimento; sede com líquidos...
As necessidades psicológicas e de auto-realização, por serem flexíveis os seus objetivos
possibilitam a compensação: a necessidade de prestígio pode ser substituída pela preeminência
social.
Toda a necessidade não satisfeita é motivadora de comportamento, porém, quando uma
necessidade não é satisfeita dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo frustrado.
EQUILIBRIO
ESTÍMULO OU
INCENTIVO
BARREIRA NECESSIDADE
TENSÃO
COMPORTAMENTO OU
AÇÃO
O MORAL E A ATITUDE
O moral é um conceito abstrato, intangível, porém, perfeitamente perceptível. É uma
decorrência do estado motivacional, uma atitude mental provocada pela satisfação ou não-satisfação
das necessidades dos indivíduos.
O moral está intimamente ligado ao estado motivacional na medida em que as necessidades dos
indivíduos são satisfeitos pela organização, ocorre uma ELEVAÇÃO DO MORAL, enquanto que,
na medida em que as necessidades dos indivíduos são frustradas pela organização, ocorre um
ABAIXAMENTO DO MORAL.
O moral elevado é acompanhado de uma ATITUDE de interesse, identificação, aceitação fácil,
entusiasmo e impulso positivo em relação ao trabalho e geralmente, em paralelo, há uma
DIMINUIÇÃO DOS PROBLEMAS DE SUPERVISÃO e de DISCIPLINA. O moral elevado
desenvolve a colaboração → predomina desejo de pertencer e a satisfação de trabalhar em grupo.
Organização formal → permite adequado entrosamento → organização informal →
comunicação de boa qualidade → supervisão satisfatória.
O moral baixo → ao contrário, desinteresse, negação, rejeição, pessimismo, apatia →
problemas de supervisão e disciplina.
A MOTIVAÇÃO
Para KURT LEWIN, “o comportamento humano é uma resultante da interação entre a pessoa e
o meio ambiente que a causa C = f (P, M)
O comportamento humano não depende somente do passado ou do futuro, mas do campo
dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é o espaço de vida que contém a pessoa e seu
ambiente psicológico.
A teoria de campo é “um método de análise das relações causais e de elaboração dos construtos
científicos. Está intimamente ligado à Teoria da GESTALT, sobretudo no que se refere à
interdependência das diferentes relações causais entre o parcial e o global na experiência do
comportamento.
Entre os conceitos de base da Teoria de campo figuram:
- espaço de vida: todos os fatos que existem para o indivíduo ou grupo num dado momento;
- a tensão, a energia, a necessidade, a valência, e o vetor que constituem conceitos dinâmicos
essenciais para avaliar o comportamento;
- processos para a percepção, a ação e a recordação, meios pelos quais as tensões de um sistema
se igualam;
- a aprendizagem que provoca mudanças várias, por exemplo: da motivação (adquirir novos
gastos ou aversões) ou a mudança do grau de pertença ao grupo, por exemplo: assimilar uma nova
cultura.
DINÂMICA DE GRUPO
Característica do ser humano: reunir-se em GRUPOS;
COMUNICAÇÃO
É o processo pelo qual a informação é trocada e entendida por duas ou mais pessoas,
normalmente com intuito de motivar ou influenciar o comportamento. Portanto, comunicação
não é só enviar informações.
Esta distinção entre compartilhar e anunciar é crucial para um gerenciamento bem
sucedido.
A COMUNICAÇÃO É UMA VIA DE MÃO DUPLA que inclui OUVIR e outras formas de
“FEEDBACK” (determina se o receptor o interpretou corretamente).
veículo
EMISSOR RECEPTOR
CANAL
Mensagem Mensagem
Codificada Decodificada
RUÍDO
Feedback CANAL Feedback
Decodificada Codificada
EMISSOR→ qualquer um que deseja ensinar uma ideia ou um conceito aos outros;
VEÍCULO → é o meio pelo qual a mensagem é enviada (carta, telefone, rádio, televisão); e
RECEPÇÃO → processo que as pessoas usam para as coisas terem sentido no ambiente.
AS REDES DE COMUNICAÇÃO
A partir das Relações Humanas, passou-se a identificar a necessidade de se elevar a competência
dos administradores através do trato interpessoal, no sentido de adquirirem condições de enfrentar
com eficiência os complexos problemas de comunicação, bem como de adquirirem confiança e
franqueza no seu relacionamento humano (Chiavenatto).
Pressão sensível sobre a Administração no sentido de modificar as habituais maneiras de dirigir
as organizações → COMUNICAÇÃO → FENÔMENO SOCIAL.
Informações descendentes
ESTRUTURA FORMAL ● Informações ascendentes
Canais exercem efeitos próprios sobre o trabalho do grupo e sobre o seu moral.
Toda ação do grupo exige comunicação e informações : a forma da rede define para cada
cargo o grau de acessibilidade às informações; na estrutura centralizada, os executores da base não
têm qualquer oportunidade de obter informações sobre o que fazem os outros, a não ser que o
centralizador, que detém as informações, lhes envie (trabalho).
REDES
Assim, a Teoria das Relações Humanas propõe a participação dos escalões inferiores na solução
de problemas da empresa, assim como maior franqueza e confiança entre os indivíduos e os grupos
na empresa.
SUBORDINADOS → RECEBER CONTINUAMENTE → FLUXO DE COMUNICAÇÕES
(de seus superiores) (capaz de suprir-lhes as
necessidades)
SUPERIORES → RECEBER CONTINUAMENTE → FLUXO DE COMUNICAÇÕES
(dos subordinados) (ideia adequada do que esteja
contecendo)
ESTILOS DE LIDERANÇA
AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL (Laissez-faire)
Apenas o líder FIXA AS As diretrizes são Há liberdade completa para
DIRETRIZES, sem debatidas e decididas pelo as decisões grupais ou
1 qualquer participação do grupo, estimulado e individuais, com participação
grupo assistindo pelo líder mínima do líder
NÃO EXISTE um estilo único e melhor de ser utilizado, o líder utiliza os três estilos
de liderança, de acordo com a situação, com as pessoas ou com a tarefa a ser realizada.
Ou seja:
1. Liderança autocrática: dá resultado e funciona quando falham os processos anárquicos e
liberais;
2. Liderança democrática: (...) processos autocráticos e liberais;
3. Liderança Liberal: (...) processos autocráticos e democráticos.
ORGANIZAÇÃO INFORMAL
É o conjunto de interações e de relacionamentos consequentes que se estabeleceu entre os
vários elementos humanos, lotados numa organização.
Organização informal é o conjunto de indivíduos chamados de grupos informais, dada a
sua relativa independência em relação à estrutura formal da organização ao não aparecerem
no organograma ou em outro qualquer documento formal.
Os grupos informais são aqueles que surgem mediante a necessidade dos seres humanos
de se relacionarem naturalmente uns com os outros e a partir da combinação de fatores formais,
como a localização física das pessoas, natureza do trabalho e horários.
Todas as relações sociais, todos os contatos entre pessoas e os valores de crenças
correspondentes, que não foram previamente definidos pela organização formal, são pertinentes ao
grupo informal. As relações são as mais variadas possíveis, como amizades, inimizades, simpatia,
antipatia, conflito, cooperação, agressão, vaidade...
CHESTER I. BARNARD
“As Funções do Executivo” (1938)
Interação entre organização Formal e Informal
- Propôs teoria de cooperação na organização formal, onde a cooperação se origina de uma
necessidade individual de cumprir propósitos de um sistema interrelacionado de elementos
biológicos, psicológicos e sociais.
Funções do Executivo:
1. tomar decisões que permitam coordenação da atividade organizada;
2. inculcar a existência real de um objetivo comum; e
3. COMUNICAÇÃO para ligar o propósito da organização a disposição individual para
cooperar.
Comentando:
Houve uma inadequada visualização dos problemas das relações industriais.
Em vez de atuar sobre a causa do conflito empregados versus empregadores (controles
formais, subutilização das aptidões dos empregados), procuraram tornar mais agradáveis para
os operários as atividades extra-operacionais.
Limitações do campo Experimental.
Amostras muito pequenas, dentro de uma situação específica (parcialidade das
conclusões).
Tendência de favorecer a administração em detrimento dos trabalhadores.
Exaltação do empirismo.
EVOLUÇÃO CONCEITUAL:
AUTO-REALIZAÇÃO
ESTIMA
SOCIAIS
SEGURANÇA MASLOW
FISIOLÓGICAS
NECESSIDADES PRIMÁRIAS
- Fisiológicas; e
- de Segurança.
NECESSIDADES SECUNDÁRIAS
- Sociais;
- de Estima; e
- de Auto-realização.
FATORES HIGIÊNICOS: são aqueles definidos pelo contexto que envolve o empregado e
que fogem ao seu controle. Exemplo: salários e benefícios, tipo de chefia, políticas e Diretrizes
Organizacionais. O pensamento anterior considerava o trabalho como algo desagradável,
desmandando estímulos materiais (positivos) para a sua realização ou, por outro lado, punições
(negativo) pela não-realização.
Contudo, quando os fatores higiênicos são ótimos, apenas evitam a insatisfação, não
elevando a satisfação ou, se elevam, não a mantém continuadamente. Por outro lado, quando são
péssimos, provocam a insatisfação. Devido a isso, são caracterizados como FATORES
INSATISFACIENTES.
AUTO-REALIZAÇÃO MOTIVACIONAIS
ESTIMA INTRÍNSECOS - SATISFACIENTES
SOCIAIS HIGIÊNICOS HERZBERG
SEGURANÇA EXTRÍNSECOS-INSATISFACIENTES em relação a
FISIOLÓGICAS MASLOW
JOB ENRICHMENT
Efeitos Desejáveis Efeitos Indesejáveis
Aumento da Motivação Aumento de ansiedade
Aumento da Produtividade Aumento de conflitos
Redução do Absenteísmo Sentimento de Exploração
Redução do “turnover” Redução das Relações interpessoais
O ”Job enrichment” consiste numa constante substituição de tarefas mais simples e
elementares do cargo por tarefas mais complexas, a fim de acompanhar o crescimento individual
de cada empregado, oferecendo-lhe condições de desafio e de satisfação profissional no cargo.
Segundo Herzberg, o enriquecimento de tarefas trás efeitos altamente desejáveis, como o aumento
da MOTIVAÇÃO, aumento de PRODUTIVIDADE, redução de ABSENTEÍSMO (falta e atrasos
ao serviço e redução da rotatividade de pessoal (“turnover” - demissões de empregados).
Teoria X Teoria Y
* Corresponde à falta de confiança nas * Corresponde à melhor distribuição de poder
pessoas e à sua dependência e controle pela na organização, com delegação de
administração. responsabilidades.
* Autoridade administrativa centralizada e * O homem é visto como contribuinte ativo.
autoritária.
Padrão A Padrão B
* Representa os comportamentos * Propõe maior confiança nos funcionários,
interpessoais, a dinâmica de grupo e as maior interesse em seus sentimentos.
normas organizacionais associadas à Teoria * Fornece possibilidade de comprometimento
X. interno e experimentação de novas ideias.
Essa Teoria sustenta que diferentes indivíduos têm diferentes níveis de cada motivo, mas
NUNCA a INEXISTÊNCIA de qualquer um deles, em especial o da REALIZAÇÃO (motivação
pelo êxito), aprendido inicialmente na infância.
Esses motivos têm relação intima à resolução de problemas, sendo assim, quando o indivíduo
obtém sucesso, utilizando-se de determinado meio (motivo), tenderá a repeti-lo para a solução de
outros problemas, o que caracterizará o estilo da pessoa.
A Teoria de Mc CLELLAND equivale aos níveis mais elevados da hierarquia de MASLOW e
se aproxima dos fatores motivacionais de HERZBERG e, a exemplo desses, também não teve seus
pressupostos comprovados cientificamente.
Mc CLELLAND obteve, no entanto, reconhecimento, à medida que suas ideias têm auxiliado
largamente para a definição de CLIMA ORGANIZACIONAL (Escala para a Avaliação do Clima
Organizacional), como sendo um fator que aumenta a eficácia da entidade, na proporção em que
contribui para o alinhamento dos interesses INDIVIDUAIS aos da ORGANIZAÇÃO.
Decisão Racional: ocorre quando, na alternativa escolhida, os meios são apropriados para
alcançar um determinado fim.
Comportamento Organizacional
É o estudo do funcionamento e da dinâmica das organizações e como os grupos e os
indivíduos se comportam dentro delas.
A organização é um sistema cooperativo racional (cooperativo = porque envolve a coordenação
dos esforços das pessoas, racional = divisão de tarefas e hierarquia).
A organização tem expectativas em relação às pessoas e vice-versa; a organização espera
alcançar seus objetivos através das ações das pessoas na realização de tarefas, as pessoas esperam
alcançar seus objetivos pessoais e satisfazer suas necessidades através da organização, estabelece-se,
assim, uma INTERAÇÃO entre a organização e as pessoas, a qual é chamada de PROCESSO DE
RECIPROCIDADE.
Tipos de Participantes
- Os participantes da organização são todos aqueles que dela recebem incentivos e que trazem
contribuições para sua existência. Existem 5 classes de participantes:
1. Empregados;
2. Investidores;
3. Fornecedores;
4. Distribuidores; e
5. Consumidores.
- Nem todos os participantes atuam dentro da organização, mas todos eles mantém uma
relação de reciprocidade com ela.
Homem Administrativo
A Teoria Comportamental, como já foi visto, nos traz um novo conceito de homem. Para esses
autores, o homem procura a maneira satisfatória e não a melhor maneira de fazer o trabalho. O
comportamento administrativo é SATISFACIENTE e não OTIMIZANTE, pois o homem
administrativo toma decisões sem poder procurar todas as alternativas possíveis: não procura o
máximo lucro, mas o lucro adequado, não o preço ótimo, mas o preço razoável.
SIMON
BARNARD
TEORIA COMPORTAMENTAL Mc GREGOR
LIKER
ARGYRIS
ABORDAGEM
COMPORTAMENTAL
MASLOW
MOTIVAÇÃO HUMANA HERZBERG
Mc CLELLAND
Comportamento Organizacional
Investimentos
Incentivos
ORGANIZAÇÃO Retornos PARTICIPANTE
Contribuições
Investimentos
Contribuições
PARTICIPANTE Retornos ORGANIZAÇÃO
Incentivos
TEORIA ESTRUTURALISTA
Estrutura “conjunto formal de dois ou mais elementos que permanece INALTERADO seja
na mudança, na diversidade de conteúdo, na alteração dos elementos ou alterações das relações”.
As Organizações
- “As organizações são concebidas como “unidades sociais” intencionalmente construídas e
reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos” (Chiavenato).
- As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna; constituem a forma dominante
de instituição em nossa sociedade;
- A Teoria Estruturalista concentra-se no estudo das organizações principalmente na sua
estrutura interna e na sua interação com outras organizações.
- “Um tipo específico de organização é a chamada organização formal, trata-se de um tipo de
organização estabelecida de uma maneira deliberada ou proposital para alcançar um objetivo
especifico - é caracterizada principalmente pelas regras, regulamentos e estrutura hierárquica que
As Organizações Complexas
- Um tipo de organização formal são as chamadas organizações complexas;
- Nas organizações complexas a estrutura e o processo apresentam elevado grau de
complexidade devido ao grande tamanho ou à natureza complicada das operações (Exemplo:
Universidades, Hospitais);
- Os estruturalistas dedicam enorme atenção ás organizações complexas por causa dos desafios
que essas impõem à análise organizacional;
- As organizações formais por excelência são as burocracias daí o fato da T. Estr. ter como
principais expoentes figuras que se iniciaram com a T. Burocracia.
Organização – Etapas ao Longo da História
Industrialização da Sociedade
1. Universalismo da Idade Média (espírito religioso)
2. Liberalismo Econômico e Social (Século XVIII e XIX) - desenvolvimento do Capitalismo
3. Socialismo: Capitalismo envereda para máximo desenvolvimento possível
4. Atualidade: caracterizada por uma sociedade de organizações.
O Homem Organizacional
- O homem que desempenha papéis em diferentes organizações.
Análise Organizacional
A análise organizacional, para os estruturalistas, envolve:
1. aspecto organização formal versus organização informal, busca da integração entre a
formalidade e informalidade nas organizações;
2. recompensas materiais e sociais: recompensas materiais e salariais, como recompensas
sociais e simbólicas destaca a importância destes aspectos fragmentários na Teoria Estruturalista;
3. enfoque da organização: modelo racional (objetivos bem explícitos) e modelo do sistema
natural (mais subjetividade - sobrevivência da organização como objetivo) - as incertezas
conjunturais e suas implicações;
4. níveis da organização (prevalência da hierarquia da autoridade) - nível institucional,
gerencial e técnico;
5. diversidade (Tipos de Organização) das organizações: não restrita apenas às fábricas, mas
expandida para uma grande diversidade de organizações (prestação de serviço, comércio, agrícola,
igreja, militar...);
6. aspecto interorganizacional: abordagem para sistema aberto, interação da organização com
o ambiente e com outras organizações;
7. análise intra-organizacional (Fenômenos internos da organização).
Objetivos Organizacionais
- Um objetivo é uma situação que se busca atingir, quando este é alcançado ele deixa de existir,
é um eterno atestado de desejo. A eficiência da organização é determinada à medida que esta alcance
seus objetivos. A competência aumenta à medida que seus custos em relação a seus recursos
decrescem.
Conflitos Organizacionais
São elementos muitas vezes não desejáveis, embora sejam GERADORES DE MUDANÇAS e
de DESENVOLVIMENTO. Os estruturalistas não concordam com a repressão artificial destes;
Conflitos existentes:
- Autoridade do Especialista versus Administrativo;
- Organizações: Formal versus Informal;
- Relações: Clientes versus Organização;
- Linha versus Assessoria.
VICTOR A. THOMPSON
Desenvolveu estudos comprovando o declínio da hierarquia tal como ela é (monocrática e
conservadora), em função do crescimento do aumento do poder dos especialistas, que detém maior
competência técnica.
Para se defender dessa ameaça, a hierarquia desenvolveu mecanismos defensivos a saber:
a IDEOLOGIA, a DRAMATURGIA e a BUROPATOLOGIA.
A conclusão de THOMPSON é que a cooperação entre a hierarquia e a especialização só virá
com a MÚTUA ACEITAÇÃO da interdependência dessas funções.
AMITAI ETZIONI
Tipologia de ETZIONI
ETZIONI elabora sua tipologia de organizações classificando-as com base no uso e significado
da obediência. Para ele, a estrutura de obediência numa organização é determinada pelos tipos de
controle aplicados aos participantes. Para ele, a organização possui as seguintes características:
DIVISÃO DE TRABALHO E ATRIBUIÇÕES DE PODERES, CENTROS DE PODER NA
ORGANIZAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO DE PESSOAS COM FRACO DESEMPENHO,
ORGANIZAÇÕES SÃO UNIDADES ARTIFICIAIS (criadas pelo homem com fins específicos).
Objetivos Organizacionais
O Ambiente Organizacional
- Ambiente é tudo que envolve externamente uma organização.
- Uma organização depende de outras organizações.
- Análise organizacional e análise interorganizacional (independência da organização com a
sociedade em geral e outras organizações).
Cada Organização precisa desenvolver estratégias para lidar com o seu ambiente.
São elas:
COMPETIÇÃO: rivalidade entre duas ou mais organizações, mediada por um terceiro
grupo, no caso de uma indústria esse terceiro grupo pode ser o comprador ou o fornecedor.
AJUSTE (OU NEGOCIAÇÃO): estratégia que busca negociações para um acordo quanto
à troca de bens ou serviços entre duas ou mais organizações; é uma decisão sobre o comportamento
futuro que seja satisfatório para os envolvidos.
Cada organização a classe de organizações tem intenções com uma cadeia de organizações em
seu ambiente, formando um CONJUNTO ORGANIZACIONAL. A organização que serve como
ponto de referência é chamada de ORGANIZAÇÃO FOCAL e seu conjunto organizacional são
medidos pelos conjuntos de PAPÉIS de seu pessoal, que está voltado externamente para o contato ou
ligação com outras organizações (chamado PESSOAL DE FRONTEIRA).
Assim, inicia-se um novo ciclo na Teoria Administrativa: o gradativo desprendimento
daquilo que ocorre dentro das organizações para aquilo que ocorre fora delas.
Conflitos Organizacionais
Estruturalistas discordam que haja harmonia de interesses entre patrões e empregados (como
afirma a Teoria Clássica) ou que essa harmonia deva ser preservada pela Administração, através de
uma atitude compreensiva e terapêutica, nivelando as condutas individuais (como afirma a T.R.H.).
Ambas as teorias punham fora de discussão o problema conflito, provavelmente um decorrência de
seu caráter prescritivo. Conflito → Gera Mudança → Desenvolvimento.
- Pensamento administrativo → Obter cooperação (que existem e são naturais do homem, -
devem ser administrativos para não provocarem destruição) ←Sanar Conflitos.
Biólogo alemão LUDWIG VON BERTALANFFY elaborou, por volta da década de 50, uma
teoria interdisciplinar capaz de transcender aos problemas exclusivos de cada ciência e
proporcionar princípios gerais e módulos gerais para todas as ciências envolvidas, de modo que
as descobertas efetuadas em cada ciência pudessem ser utilizadas pelos demais. Essa teoria
INTERDISCIPLINAR - denominada Teoria Geral dos Sistemas - demonstra o ISOMORFISMO
das várias ciências permitindo maior aproximação entre as suas fronteiras e o preenchimento dos
espaços vazios entre elas.
Essa teoria é essencialmente totalizante: os sistemas não podem ser plenamente
compreendidos apenas pela análise separada e exclusiva de cada uma de suas partes. Ela se baseia na
compreensão da dependência recíproca de todas as disciplinas e da necessidade de sua integração.
Assim, os diversos ramos do conhecimento, até então estranhos uns aos outros pela intensa
especialização e isolamento consequente, passaram a tratar seus objetivos de estudos como sistemas.
Dentre eles, está a Administração.
A Abordagem Sistêmica da Administração trata de 3 escolas principais:
1. CIBERNÉTICA E ADMINISTRAÇÃO
2. TEORIA MATEMÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO
3. TEORIA DE SISTEMAS
CIBERNÉTICA E ADMINISTRAÇÃO
- Cibernética → ciência jovem
- criada em 1943 e 1947 → NORBERT WIENER, justamente na época que surgiu o 1º
computador.
- É a ciência da comunicação e do controle, seja no animal (homem, seres vivos), seja ma
máquina.
- A comunicação é que torna os sistemas integrados e coerentes, e o controle é que regula o seu
comportamento.
- A Cibernética compreende os processos e sistemas de transformação da informação e sua
concretização em processos físicos, fisiológicos, psicológicos... de transformação de informação.
- É uma teoria dos sistemas de controle baseada na comunicação (transferência de informação)
entre o sistema e o meio e dentro do sistema, e do controle (retroação) da função dos sistemas com
respeito ao ambiente.
A hierarquia é inversa à numeração e cabe salientar que, à medida que se sobe os níveis, a teoria
torna-se precária e insuficiente.
A representação dos Sistemas é feita através dos Modelos, como forma de representação de
alguma coisa, podendo ser ISOMÓRFICOS (formas iguais) ou HOMOMÓRFICOS (proporções
iguais → plantas-baixas).
ADENDO INTRODUÇÃO
CONCEITO DO SISTEMA
-Feedback
-Retroalimentação
-Retroinformação
-Servomecanismo
Entrada “Input” - É aquilo que o sistema importa ou recebe do seu mundo exterior,
a entrada pode ser constituída de um ou mais dos seguintes elementos:
Informação; Energia; e Materiais
(reduz (faz sistema (recursos a serem utilizados pelo
incerteza) funcionar) sistema para produzir saídas)
Caixa Negra “Black Box” - “throughput” - Refere-se a um sistema cujo interior não pode
ser desvendado, cujos elementos internos são desconhecidos e que só pode ser conhecido “por fora”,
através de manipulações externas ou de observação externa, utiliza-se o conceito de caixa negra em
duas circunstâncias:
1. quando o sistema é impenetrável ou inaceitável,
2. quando o sistema é excessivamente complexo, de difícil explicação ou detalhamento.
Exemplo: Sistemas eletrônicos, estímulos e respostas na psicologia comportamental, exame
clinico na medicina.
HOMEOSTASIA
Conceito de Informação
- O CONCEITO DE INFORMAÇÃO ENVOLVE UM PROCESSO DE REDUÇÃO DE
INCERTEZA. Na sociedade moderna, a importância da disponibilidade da informação ampla e
variada cresce proporcionalmente ao aumento da complexidade da própria sociedade. Para se
compreender adequadamente o conceito de informação, deve-se envolvê-lo com dois outros
conceitos: o de DADOS e o de COMUNICAÇÃO.
DADO: é um registro ou anotação a respeito de determinado evento ou ocorrência.
INFORMAÇÃO: é um conjunto de dados com um significado, ou seja, que reduz a
incerteza ou que aumenta o conhecimento a respeito de algo.
COMUNICAÇÃO: é quando uma informação é transmitida a alguém, sendo, então,
compartilhada também por essa pessoa, comunicar significa tornar comum a uma ou mais
pessoas uma determinada informação.
Sistema de Comunicação
O sistema de comunicação testado pela Teoria da Informação consiste em seis componentes:
FONTE - TRANSMISSOR - CANAL - RECEPTOR - DESTINO e RUÍDO.
FONTE: é a pessoa, coisa ou processo que EMITE ou fornece as mensagens por intermédio do
sistema;
TRANSMISSOR: é o processo ou equipamento que opera a mensagem transmitindo-a da fonte
ao canal, o transmissor codifica a mensagem fornecida para poder transmiti-la;
CANAL: é o equipamento ou esforço intermediário entre o transmissor e o receptor;
RECEPTOR: é o processo ou equipamento que recebe a mensagem no canal, para tanto, o
receptor decodifica a mensagem para poder colocá-la à disposição do destino;
DESTINO: é a pessoa, coisa ou processo a quem é destinada a mensagem, no ponto final do
sistema de comunicação.
Conceito de Redundância
Redundância é a repetição da mensagem para que a sua recepção seja mais garantida. A
redundância introduz no sistema de comunicação uma certa capacidade de eliminar o ruído e prevenir
distorções e enganos na recepção da mensagem.
Entropia:
Significa que as partes do sistema perdem sua integração e
ADENDO: comunicação entre si, fazendo com que o sistema se
A Teoria da Informação, decomponha, perca energia e informação e degenere. Se a
como ramo da Matemática, entropia é um processo pela qual o sistema tende à exaustão,
surgiu em definitivo com as à desorganização, à desintegração e, por fim, à morte, para
pesquisas de CLAUDE E. sobreviver o sistema precisa ABRIR-SE e REABASTECER-
SHANNON e WARREN SE de ENERGIA e de INFORMAÇAO para manter a sua
WEAVER, em 1949 para a estrutura (NEGENTROPIA).
Bell Telephone Company A informação também sofre uma perda ao ser transmitida, isto
significa que todo o sistema de informação possui uma
tendência entrópica, daí decorre o conceito de ruído, quando
nenhum ruído é introduzido na transmissão, a informação
permanece constante.
Sinergia:
Existem quando duas ou mais causas produzem, atuando
conjuntamente, um efeito MAIOR do que a SOMA DOS
EFEITOS que produziriam quando atuando
individualmente. Assim, a sinergia consiste o EFEITO
MULTIPLICADOR DAS PARTES DE UM SISTEMA QUE
ALAVANCAM SEU RESULTADO GLOBAL.
Conceito de Informática
A informática é considerada a disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático da
informação por meios automáticos, embora não se deva confundir informática com computadores, na
verdade, ela existe porque os computadores existem. Como já foi visto, o surgimento da cibernética
foi paralelo ao surgimento do primeiro computador (Eniac - Exército americano, entre 1942 e 1945 -
Universidade da Pensilvânia).
Processo Decisorial
A Teoria Matemática desloca a ênfase na AÇÃO para ênfase na DECISÃO que a antecede.
O processo decisorial e a SEQUENCIA DE ETAPAS QUE FORMAM UMA DECISÃO.
A tomada de decisão, conforme apresentada pelos defensores dessa teoria, possui um aspecto
matemático, dicotômico, permitindo uma análise teoricamente precisa dos problemas (abordagem
quantitativa).
Segundo a “teoria da decisão”, todo o problema administrativo equivale a um processo de
decisão.
Existem DOIS tipos extremos de decisão: as decisões PROGRAMADAS e as NÃO-
PROGRAMADAS.
DECISÕES PROGRAMADAS DECISÕES NÃO-PROGRAMADAS
Dados Adequados; Dados Inadequados;
Dados Repetitivos; Dados únicos;
Condições Estáticas; Condições Dinâmicas;
Certeza; e Incerteza; e
Previsibilidade. Imprevisilbilidade.
Pesquisa Operacional
É a aplicação de métodos, técnicas e instrumentos científicos para fornecer subsídios racionais
para a tomada de decisões nas organizações.
3. Programação Linear
Visa encontrar soluções ou ALCANCE DE OBJETIVOS que OTIMIZEM OS
RESULTADOS alcançados e MINIMIZEM OS CUSTOS DE CORRENTES.
TEORIA DE SISTEMAS
Teoria de Sistemas (TS) é um ramo específico da Teoria Geral de Sistemas (TGS).
A abordagem sistêmica é muito comum na Administração, tendo em vista que a organização
apresenta-se como uma estrutura autônoma com capacidade de se reproduzir e pode ser visualizada
como um sistema de sistema. A abordagem sistêmica contrapõe-se à microabordagem do sistema
fechado, onde desconsidera-se a dependência organizacional em relação ao ambiente e aos processos
de “feedback”, que são essenciais à sobrevivência.
O HOMEM FUNCIONAL
A Teoria dos Sisitemas baseia-se no conceito do “Homem Funcional”, que comporta-se em um
papel dentro das organizações interrelacionando-se com os demais indivíduos como um sistema
aberto.
A perspectiva sistêmica trouxe uma nova maneira de ver as coisas, não somente em termos de
abrangência, mas principalmente quanto ao enfoque. O enfoque do TODO e das PARTES, do
DENTRO e do FORA, do TOTAL e da ESPECIALIZAÇÃO, da INTEGRAÇÃO INTERNA e da
ADAPTAÇÃO EXTERNA, da EFICIÊNCIA e da EFICÁCIA. A visão GESTÁLTICA e GLOBAL
das coisas privilegiando a totalidade e as suas partes componentes, sem desprezar o que chamamos
de emergente sistêmico: AS PROPRIEDADES DO TODO QUE NÃO APARECEM EM
NENHUMA DE SUAS PARTES.
Os Modelos Organizacionais:
O Homem Funcional:
Os Conflitos de Papéis:
As organizações são SISTEMAS DE PAPÉIS, onde as pessoas agem como transmissores de
papéis.
Revitalização do Sistema
PROCESSO DE
ENTRADAS TRANSFORMAÇÃO SAÍDAS
AMBIENTE
EXTERNO
Revitalização
SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO
Organização
Sistema Organização
Cooperativo Organização informal
Outros elementos
TEORIA DA BUROCRACIA
Origens da Burocracia
A Burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na RACIONALIDADE, isto
é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência
possível no alcance desses objetivos.
WEBER salienta que o sistema moderno de produção, racional e capitalista, não se originou
de mudanças tecnológicas nem das relações de produtividade, como afirmava MARX, mas de um
novo conjunto de normas sociais morais, as quais denominou “ÉTICA PROTESTANTE”: o
trabalho duro e árduo como dádiva de DEUS, a poupança e o ascetismo que proporcionaram a
reaplicação das rendas excedentes, em vez do dispêndio e consumo em símbolos materiais e
improdutivos de vaidade e prestígio.
Verificou que o CAPITALISMO, a BUROCRACIA (como forma de organização) e a
CIÊNCIA MODERNA constituem três formas de RACIONALIDADE que surgem a partir dessas
mudanças religiosas ocorridas nos países protestantes e não nos católicos.
Tipos de Autoridade
A autoridade proporciona o poder: ter autoridade é ter poder. A recíproca não é
verdadeira, pois ter poder NEM SEMPRE significa ter autoridade.
A autoridade (e o poder dela decorrente) depende da LEGITIMIDADE, que é capaz de
justificar o seu exercício. A autoridade é legítima quando é ACEITA.
Se a autoridade proporciona poder, este conduz à DOMINAÇÃO (significa que a vontade
manifesta - ordem - do dominador influencia a conduta dos outros dominados, de tal forma que
o conteúdo da ordem por si mesma, se transforma em norma de conduta - obediência - para os
subordinados).
WEBER estabelece uma tipologia de autoridade, baseados não dos tipos de poder utilizados,
mas nas fontes e tipos de legitimidade aplicados.
Características da Burocracia
Outras Características:
- caráter legal das normas e regulamentos;
- caráter formal das comunicações;
- caráter racional e divisão do trabalho;
- impessoalidade nas relações;
- hierarquia de autoridade;
- rotinas e procedimentos estandardizados;
- competência técnica e meritocracia;
- especialização da administração que é separada da propriedade;
- profissionalização dos participantes; e
- completa previsibilidade de funcionamento.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Características da Burocracia, Segundo WEBER
Consequências
A burocracia é baseada em Objetivo
Previstas
1. caráter legal das normas
2. caráter formal das
comunicações
3. divisão do trabalho
4. impessoalidade no
Previsibilidade do
relacionamento
comportamento
5. hierarquização da
humano.
autoridade Máxima eficiência da
6. rotinas e procedimentos organização
Padronização do
7. competência técnica e
desempenho dos
mérito
participantes
8. especialização da
administração
9. profissionalização
10. previsibilidade de
funcionamento
Vantagens da Burocracia
Disfunções da Burocracia
EXIGÊNCIA DE
CONTROLE
CONSEQUÊNCIAS CONSEQUÊNCIAS
PREVISTAS: IMPREVISTAS:
Previsibilidade do Disfunções da
comportamento Burocracia
Exigência de 1
controle por parte
da organização
2
Ênfase na previsibilidade
do comportamento
3 Rigidez de 4 Sentimento de 6
Justificativa da
comportamento e defesa defesa da ação
ação individual
mútua na organização individual
5
Grau de dificuldade com
os clientes
Consequências previstas (características)
Curso Preparatório Cidade Página 97
Consequências não-previstas (disfunções)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
PHILIP SELZNICK realizou uma pesquisa sobre a TVA (Tennesse Valley Authority) para
mostrar a flexibilidade e o ajustamento da burocracia às duas demandas acima referidas. Ele propõe
uma nova abordagem da Sociologia da Burocracia a um modelo burocrático diferente do Weberiano:
1. a organização burocrática é uma estrutura social adaptativa (sujeita às pressões do
ambiente, precisa ajustar e modificar seus objetivos continuamente);
2. dentro da organização formal, desenvolve-se uma estrutura informal;
3. essa estrutura informal torna-se indispensável e paralela ao próprio sistema formal;
4. a Burocracia deve ser estudada sob o ponto de vista estrutural e funcional e NÃO sob o
ponto de vista de um sistema fechado e estável;
5. essa análise deve refletir os aspectos do comportamento organizacional interno, bem
como o sistema de manutenção da organização formal; e
6. as tensões e dilemas da organização são esclarecidas através das restrições ambientais
e da limitação das alternativas de comportamento.
Para SELZNICK, a Burocracia não é rígida nem estática, como afirmava WEBER, mas
ADAPTATIVA e DINÂMICA, interagindo com o ambiente externo e adaptando-se a ele.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Modelo Burocrático de SELZNICK
Exigência 1
de
controle
Delegação 2
de
autoridade
Internalização de 4
subobjetivos pelos
participantes
Teor 5
das
decisões
2
Adoção de diretivas
gerais e impessoais
Conhecimento dos 5 3 4
Visibilidade das relações Nível de tensão
padrões mínimos
de poder interpessoal
aceitáveis
Direção entre os 6 7
Rigor
objetivos da
na
organização e sua
supervisão
realização
Resultados intencionais
Resultados não-intencionais
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As Dimensões da Burocracia
Os Graus de Burocratização
Escassez de Burocratização Excesso de
Burocratização
Falta de especialização, bagunça, Divisão do trabalho Superespecialização
confusão responsabilidade
3. Conservantismo da Burocracia
Para BENNIS, o modelo:
- não considera o crescimento pessoal e o desenvolvimento da personalidade das pessoas;
- leva ao conformismo e conformidade das pessoas, além de não considerar organização
informal;
- sistema rígido de controle e de autoridade está ultrapassado e não possui meio de resolver
conflitos internos;
Assim:
- FAYOL - estudava as funções de direção. Seu legado foi para com a Direção.
TEORIA DA CONTINGÊNCIA
Na sua conclusão, o autor afirma que as grandes organizações passaram por um processo
histórico, envolvendo quatro fases distintas:
O AMBIENTE
É tudo aquilo que envolve externamente uma organização (ou sistema). É o contexto dentro do
qual uma organização está inserida. HALL analisa assim:
AMBIENTE GERAL
É o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as organizações. Tudo
o que acontece no ambiente geral afeta direta ou indiretamente todas as organizações. O ambiente
geral é constituído de um conjunto de condições semelhantes para todas as organizações. São as
seguintes:
- Condições tecnológicas: o desenvolvimento tecnológico que ocorre nas outras
organizações provoca profundas influências nas organizações, principalmente quando se trata de
tecnologia sujeita a inovações – organizações precisam se adaptar e incorporar tecnologia que provém
do ambiente geral para não perderem sua competitividade.
- Condições legais: legislação vigente e que afeta diretamente ou indiretamente as
organizações (Leis de caráter comercial, trabalhista, fiscal, civil...).
- Condições políticas: decisões e definições políticas tomadas em nível federal, estadual e
municipal.
- Condições econômicas: constituem a conjuntura que determina o desenvolvimento
econômico, de um lado, ou a retração econômica de outro (inflação, balança de pagamentos do país,
distribuição de renda interna...).
- Condições demográficas: taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição
geográfica, distribuição por sexo e idade.
- Condições ecológicas: o ecossistema se refere ao sistema de intercâmbio entre os seres
vivos e sem meio ambiente, no caso das organizações, existe a chamada ecologia social, as
organizações influenciam e são influenciadas por aspecto como poluição, clima, transporte,
comunicação.
- Condições culturais: a própria cultura de um povo penetra nas organizações através das
expectativas de seus participantes e de seus consumidores.
Quando uma organização escolhe seu produto ou serviço e o mercado onde pretende
colocá-lo, ela está definindo seu AMBIENTE DE TAREFA. É nele que a organização estabelece
seu domínio ou procura estabelecê-lo.
- A interação da organização com esse ambiente pode produzir incerteza, reconhecer os
elementos ambientais diminui a incerteza.
- A incerteza não está no ambiente, está na percepção e na interpretação das organizações
e não na realidade ambiental percebida.
TIPOLOGIA DE AMBIENTES
Muito embora o ambiente seja um só, cada organização está exposta a apenas uma parte dele e
essa parte pode apresentar certas características que a diferem das demais, classificados em:
AMBIENTES HOMOGÊNEOS: quando compostos de fornecedores ou clientes
semelhantes e que impõem problemas semelhantes à organização, ou seja, quando há pouca
segmentação nos mercados.
AMBIENTES HETEROGÊNEOS: quando ocorre muita diferenciação de fornecedores e
de clientes, provocando uma diversidade de problemas diferentes à organização, ou seja, quando
há muita segmentação nos mercados.
AMBIENTES ESTÁVEIS: quando ocorrem poucas mudanças ou quando as mudanças se
caracterizam por um desenvolvimento lento e previsível.
AMBIENTES INSTÁVEIS OU DINÂMICOS: quando ocorrem muitas mudanças ou
quando as mudanças se caracterizam por imprevisibilidade ou turbulência.
DIFERENCIAÇÃO
INTEGRAÇÃO
Refere-se ao conceito oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas do ambiente
global da organização no sentido de alcançar unidade de esforços e coordenação entre s vários
departamentos (ou subsistemas).
Teoria da Contingência, não existe uma única maneira melhor de organizar, ao invés disso as
organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais.
Aspectos Básicos
- a organização é de natureza sistemática (sistema aberto);
Curso Preparatório Cidade Página 107
- as variáveis organizacionais apresentam um complexo inter-relacionados entre si e com
o ambiente; isto explica a íntima relação entre as variáveis externas e os estados internos da
organização, bem como o tipo de solução utilizado nos conflitos interdepartamentais e
interpessoais.
Conforme a tecnologia utilizada por uma empresa, pode se distinguir TRÊS formas de
produção:
1. Operação de Tecnologia ou CAPITAL Intensivo:
É o estágio mais desenvolvido da industrialização.
Exemplo: indústria petroquímica, refinarias de petróleo, serviços de processamento de
dados.
2. Operação de MÃO-DE-OBRA intensiva:
Ênfase nas atividades manuais e físicas.
Exemplo: artesanato, manufaturas tradicionais, construção civil...
JAMES D. THOMPSON
O modelo - Tipologia de THOMPSON
THOMPSON assinala que “a tecnologia é uma importante variável para a compreensão das
ações da empresa”. A ação das empresas se fundamenta nos resultados desejados e nas convicções
sobre as relações da causa-e-efeito. À frente de um resultado desejado, o conhecimento humano dita
quais as ações necessárias e a maneira de conduzi-las para alcançar aqueles resultados. Essas ações
são ditadas pelas convicções do homem para conduzir aos resultados desejados e constituem a
tecnologia ou racionalidade técnica. A racionalidade técnica pode ser avaliada por critérios
vários, dentre as quais, os critérios instrumental e econômico. Assim, a tecnologia
instrumentalmente perfeita produziria inevitavelmente o resultado desejado, enquanto uma tecnologia
menos perfeita prometerá um resultado altamente provável ou mesmo possível.
O autor propõe uma TIPOLOGIA de TECNOLOGIAS na qual identifica TRÊS tipos de
tecnologia, de acordo com o seu arranjo dentro da organização:
1. TECNOLOGIA DE ELOS EM SEQUÊNCIA;
2. TECNOLOGIA MEDIADORA; e
3. TECNOLOGIA INTENSIVA.
PRODUTO
CONCRETO ABSTRATO
IMPACTO DA TECNOLOGIA
Conclusões da Autora
- O desenho organizacional é profundamente afetado pela tecnologia utilizada na
organização: as firmas de produção em massa bem sucedidas tendiam a ser organizadas em linhas
clássicas com deveres e responsabilidades claramente definidas unidades de comando, clara
distinção entre linha de staff e estreita amplitude de controle (5 a 6 subordinados para cada chefe
executivo). Na tecnologia de produção em massa a forma burocrática de organização mostrava-
se associada com sucesso. Porém, nos outros tipos de tecnologia, a forma organizacional mais viável
não é aquela desenhada pelos princípios clássicos.
- Há uma forte correlação entre estrutura organizacional e a previsibilidade das técnicas
de produção: a previsão de resultados é alta para a tecnologia de produção por processamento
continuo e baixa para a tecnologia de produção unitária. A previsibilidade dos resultados afeta o
numero de níveis hierárquicos da organização, fazendo com que haja uma forte correlação entre
ambos as variáveis: quanto menor a previsibilidade dos resultados, menor a necessidade de
aumentar os níveis hierárquicos, quanto maior a previsibilidade, tanto maior o número de
níveis hierárquicos da organização.
- As empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes daquelas
organizações com tecnologia mutável: organizações altamente estruturadas e burocráticas com
um sistema mecanístico de administração são mais apropriados para operações estáveis,
4. Os Níveis Organizacionais
Sistema Incerteza
ou
O T E
NÍVEIS ORGANIZACIONAIS
1. INSTITUCIONAL OU ESTRATÉGICO
É o mais elevado que corresponde à empresa, composto por Diretores, Acionistas e Altos
Executivos.
É o nível onde as decisões são tomadas e onde são estabelecidos os objetivos
organizacionais, bem como as estratégias para alcançá-los. O nível Institucional é predominantemente
extrovertido: É O NÍVEL QUE MANTÉM INTERFACE COM O AMBIENTE. Lida com a
INCERTEZA, exatamente pelo fato de não ter poder ou controle algum sobre os eventos ambientais
COMPORTAMENTO
PERROW (Adendo)
- Organizações burocratizadas e não-burocratizadas;
- transformação de matéria-prima em bens/serviços pelo uso da tecnologia e técnicas.
- sob essa abordagem, máquinas e equipamentos não são a tecnologia e, sim, apenas
instrumentos.
Segundo CHIAVENATO, os fundamentos básicos da abordagem de PERROW são:
1. as organizações devem ser estudadas como um todo;
2. a tecnologia é uma característica que define as organizações;
3. a tecnologia é uma variável independente;
4. a tecnologia é a menor base para comparar organizações.
A ABORDAGEM NEOCLÁSSICA
OBJETIVOS
1. Os objetivos da empresa e de seus departamentos devem ser claramente definidos e
estabelecidos por escrito, a organização deve ser simples e flexível.
AUTORIDADE
4. Deve haver linhas claras de autoridade descendo do topo até a base da organização, e
responsabilidade da base ao topo.
5. A responsabilidade e a autoridade de cada posição devem ser claramente definidas por
escrito.
6. A responsabilidade deve ser sempre acompanhada de correspondente autoridade.
7. A autoridade para tomar ou iniciar ação deve ser delegada o mais próximo possível da cena
de ação.
8. O número de níveis de autoridade deve ser o mínimo possível.
RELAÇÕES
9. Há um limite quanto ao número de posições que pode ser eficientemente supervisionado por
um único individuo.
10. Cada indivíduo na organização deve reportar-se a apenas um único supervisor.
11. A responsabilidade da autoridade mais elevada para com os atos de seus subordinados é
absoluta.
2. QUANTO À ADMINISTRAÇÃO
Todas as organizações são diferentes em seus objetivos, em seus propósitos, mas são
essencialmente semelhantes na área administrativa, todas elas exigem uma reunião de muitas
pessoas que devem atuar em conjunto e se integrar a um empreendimento comum. Todas elas
exigem uma estrutura determinada, de um lado, pela tarefa e por suas demandas e, de outro, por
“princípios de administração” genéricos e adequados a “lógica da situação”. É no campo da
Administração que mais tem se trabalhado neste meio século: organizar e dirigir grandes
organizações.
3. QUANTO AO DESEMPENHO INDIVIDUAL
É o campo onde há menor diferença entre as organizações, o desempenho individual é a
EFICÁCIA DO PESSOAL que trabalha dentro das organizações. São os indivíduos que fazem,
decidem e planejam, enquanto as organizações são ficções legais, pois, por si, nada fazem, nada
decidem, nada planejam. As organizações só atuam à medida que os seus administradores agem, e é
cada vez maior o número de pessoas que têm de ser eficientes para que a organização funcione, de
um lado, e para que se auto-realizem e satisfaçam suas próprias necessidades, de outro A EFICÁCIA
é necessária à Organização (para poder funcionar) e ao próprio indivíduo (para poder alcançar
satisfação). A organização é o seu instrumento, enquanto, concomitantemente, produz resultados
necessários à sociedade.
Na verdade, o administrador profissional exerce três funções fundamentais. A primeira é
tornar economicamente produtivos os recursos organizacionais, minimizando riscos e maximizando
oportunidades. A segunda consiste em tornar produtivos os recursos humanos, em fazer as pessoas
trabalharem juntas, reunindo em uma tarefa comum as suas habilidades e conhecimentos individuais
e tornar produtivas as suas forças e irrelevantes sua fraquezas. A terceira função consiste em
desempenhar uma função pública; o administrador é visível e representa alguma coisa na
comunidade, na verdade o administrador constitui o único elemento de liderança em nossa sociedade
altamente organizada e institucionalizada.
Recursos Organizacionais
ADM Recursos Humanos
Curso Preparatório Cidade Página 119
Função Pública
EFICIÊNCIA versus EFICÁCIA
Cada empresa deve ser considerada sob o ponto de vista de EFICÁCIA e de EFICIÊNCIA,
simultaneamente.
EFICÁCIA é uma medida normativa de alcance de resultados.
EFICIÊNCIA é uma medida normativa da utilização de recursos nesse processo.
Em termos econômicos, a eficácia de uma empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer uma
necessidade da sociedade por meio do suprimento dos seus produtos (bens ou serviços).
Eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas, nesses termos, é uma relação entre
CUSTOS e BENEFÍCIOS. A eficiência representa a relação entre recursos aplicados e o produto final
obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o beneficio
resultante. Ela se preocupa em fazer corretamente as coisas e da melhor maneira possível, daí a ênfase
nos métodos e procedimentos internos.
Eficácia é fazer as coisas corretas para atender as necessidades da empresa e do ambiente que a
circunda.
EFICÁCIA - FAZER AS COISAS CORRETAS (FIM - cumprir objetivos organizacionais)
EFICIÊNCIA - FAZER CORRETAMENTE AS COISAS (MEIOS - cumprir objetivos
organizacionais analisando custos versus benefícios)
EFICÁCIA EFICIÊNCIA
Ênfase nos resultados Ênfase nos meios
Fazer as coisas corretas Fazer corretamente as coisas
Atingir os objetivos Resolver problemas
Otimizar utilização recursos Salvaguardar os recursos
Obter resultados Cumprir tarefas e obrigações
Proporcionar eficácia aos subordinados Treinar os subordinados
Manter as máquinas
1. DIVISÃO DO TRABALHO
É a maneira pela qual um processo complexo pode ser decomposto em uma série de
pequenas tarefas que o constituem.
Quanto maior a organização, maior tende ser os níveis hierárquicos de sua estrutura. A
nivelação hierárquica representa a especialização da direção, ou seja, a distribuição da autoridade e
responsabilidade em cada um dos níveis da organização. A estrutura formal representa uma cadeia de
níveis hierárquicos, a Cadeia Escalar descrita por FAYOL, sobreposto, formando uma pirâmide,
tendo a direção (nível institucional) no topo, os executores na base (administrados pelo nível
operacional) e, no nível intermediário, as demais camadas hierárquicas do meio campo.
4. AMPLITUDE ADMINISTRATIVA
Amplitude Administrativa (ou Amplitude de Comando ou ainda Amplitude de Controle)
significa o Número de Subordinados que um administrador pode supervisionar. Quando um
administrador tem muitos subordinados, ele tem uma amplitude de comando grande e ampla. Na
prática, a amplitude média adotada por uma organização determina a configuração geral de sua
estrutura organizacional. Uma amplitude média estreita com um maior número de níveis
hierárquicos produz uma estrutura organizacional alta e alongada. Ao contrário, uma
amplitude média larga com poucos níveis hierárquicos produz uma estrutura organizacional
achatada e dispersa horizontalmente. A tendência atual nas organizações é de achatar e comprimir
a estrutura organizacional no sentido de aproximar a base da cúpula e melhorar as comunicações
(Downsizing).
CETRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
O problema da centralização versus a descentralização é um assunto muito discutido pela teoria
neoclássica. Os autores dessa escola preocupam-se em discutir as vantagens e desvantagens de ambas
e as possibilidades, sem se preocupar em afirmar que essa ou aquela seria a melhor opção para as
empresas.
Centralização: significa que a autoridade para tomar decisões está alocada próximo ao
topo da organização.
Descentralização: a autoridade de tomar decisões é deslocada para os níveis mais baixos
da organização.
Características da CENTRALIZAÇÃO
A centralização enfatiza as relações escalares, isto é, a cadeia de comando. A organização é
desenhada dentro da premissa de que o individuo no topo possui a mais alta autoridade e que a
autoridade dos demais indivíduos é escalada para baixo, de acordo com a sua posição relativa no
organograma. A cadeia escalar ou cadeia de comando está intimamente ligada com a UNIDADE
DE COMANDO.
Vantagens da CENTRALIZAÇÃO
As decisões são tomadas por administradores que possuem uma visão global da empresa.
Tomadores de decisões situadas no topo são geralmente melhor treinados do que aqueles que
estão nos níveis mais baixos.
As decisões são mais consistentes com objetivos empresariais globais.
Eliminar esforços duplicados e reduz custos operacionais com a descentralização.
Desvantagens da CENTRALIZAÇÃO
As decisões são tomadas na cúpula que está distanciada dos fatos e das circunstancias.
Os tomadores de decisão no topo têm pouco contato com as pessoas e situações envolvidas.
As linhas de comunicação da cadeia escalar provocam demoras e maior custo operacional.
As decisões passam pela cadeia escalar envolvendo pessoas intermediarias e possibilitando
distorções e erros pessoais no processo de comunicação das decisões.
Características da DESCENTRALIZAÇÃO
A descentralização faz com que as decisões sejam pulverizadas nos níveis mais baixos da
organização. A tendência moderna é no intuito de descentralizar para proporcionar melhor utilização
dos recursos humanos. O princípio que rege a descentralização é assim definido: a autoridade para
tomar ou iniciar a ação deve ser delegada tão próximo da cena quanto possível.
Vantagens da DESCENTRALIZAÇÃO
As decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores da ação;
Tomadores de decisões são os que têm mais informação sobre a situação;
Maior participação no processo decisorial promovem motivação e moral elevado entre os
administradores médios;
Proporciona excelente treinamento aos administradores médios.
Desvantagens da DESCENTRALIZAÇÃO
Pode ocorrer falta de informação e coordenação entre os departamentos envolvidos;
Maior custo pela exigência de melhor seleção e treinamento dos administradores médios;
Risco da SUBOBJETIVAÇÃO (os administradores podem defender mais os objetivos
departamentais do que os empresariais);
As políticas e procedimentos podem variar enormemente nos diversos departamentos.
FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR
Para a Teoria Neoclássica, as funções do administrador correspondem aos elementos da
administração, que FAYOL definira no seu tempo (Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e
Controlar), com uma roupagem atualizada. Basicamente, as funções do Administrador são:
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO e CONTROLE.
Curso Preparatório Cidade Página 123
O desempenho dessas quatro funções básicas forma o chamado PROCESSO
ADMINISTRATIVO. Este é CÍCLICO, DINÂMICO e INTERATIVO.
As Funções Administrativas, quando consideradas como um todo, formam o processo
administrativo, quando consideradas isoladamente. O PLANEJAMENTO, DIREÇÃO,
ORGANIZAÇÃO e o CONTROLE constituem FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS. Quando
considerados em sua abordagem global para alcançar objetivos, formam o PROCESSO
ADMINISTRATIVO.
PLANEJAMENTO
As empresas não trabalham na base da improvisação. Quase tudo neles é planejado
antecipadamente.
O planejamento figura como a primeira função administrativa, por ser exatamente aquela
que serve de base para as demais funções. O planejamento é a função administrativa que determina
antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para alcançá-
los. Começa com a determinação dos objetivos e detalha os planos necessários para atingi-los da
melhor maneira possível, planejar é definir os objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso
de ação para alcançá-los. O planejamento define onde se pretende chegar, o que deve ser feito,
quando, como e em que sequência.
1. Estabelecimento de Objetivos
Objetivos são resultados futuros que se deseja atingir, há uma hierarquia de objetivos, pois
alguns deles são mais importantes e predominam sobre os demais.
O planejamento é um processo que começa com os objetivos e define os planos para
alcançá-los. Esta definição faz do estabelecimento dos objetivos a serem alcançados o ponto de
partida do planejamento. A fixação dos objetivos é a primeira coisa a ser feita: SABER ONDE SE
PRETENDE CHEGAR PARA SE SABER EXATAMENTE COMO CHEGAR LÁ.
As empresas buscam alcançar vários objetivos ao mesmo tempo. Assim, há uma hierarquia
de objetivos, pois alguns deles são mais importantes e predominam sobre os demais. Na realidade,
existem objetivos da empresa como um todo de cada uma de suas divisões ou departamentos e de
cada especialização. Os objetivos da empresa predominam sobre todos os demais objetivos, enquanto
os objetivos de cada divisão predominam sobre os objetivos de cada especialista. Objetivos
MAIORES impõem-se aos objetivos específicos.
2. Desdobramento dos Objetivos
Os objetivos das organizações podem ser visualizados dentro de uma hierarquia que
vai desde os objetivos globais da organização (no topo da hierarquia) até os objetivos
operacionais que envolvem simples instruções para a rotina cotidiana (na base da hierarquia).
Desta maneira, o planejamento compõe-se tanto de estratégias e políticas de longo prazo por meio
das quais se pretende alcançar os objetivos globais da organização, como também de um conjunto de
planos detalhando as atividades cotidianas para o alcance dos objetivos imediatos relacionados com
uma divisão ou órgão de organização.
A partir dos objetivos organizacionais, a empresa pode fixar suas políticas, diretrizes, metas,
programas, procedimentos, métodos e normas. Enquanto os objetivos organizacionais são amplos e
genéricos, à medida que se desce nos seus desdobramentos, a focalização torna-se cada vez mais
restrita de detalhada.
Metas
São alvos a atingir a curto prazo, podem ser confundidos com objetivos imediatos ou com
objetivos operacionais. As metas mais comuns são: produção mensal, faturamento mensal, cobrança
diária. As metas são temporais e definidos numericamente (Exemplo: crescer 12% até Dez 05).
Programas
São atividades sequenciais necessárias para atingir uma meta. O alcance das metas é
planejado por meio de programas, os programas são planos específicos, são muito variáveis e podem
incluir em conjunto integrado de planos menores.
Procedimentos
São modos pelos quais os programas deverão ser executados ou realizados. Os
procedimentos são planos que prescrevem a sequência cronológica de tarefas especificas, requeridas
para realizar determinados trabalhos ou tarefas (Administração de pessoal, impressão de cheques).
Métodos
O método detalha como o trabalho deve ser realizado. Sua amplitude é mais restrita e
limitada do que o procedimento. Exemplo: Montar peças.
Normas
São regras ou regulamentos que cercam e asseguram os procedimentos. São comandos
diretos e objetivos de cursos de ação a seguir. As normas surgem quando um determinada situação
reclama por uma situação específica e única.
3. Abrangência do Planejamento
Além da hierarquia de objetivos, existe também uma hierarquia do planejamento. Nesse
sentido, existem três níveis distintos de planejamento: o planejamento estratégico, o tático e o
operacional.
4. Tipos de Planos
O planejamento produz um resultado imediato:
O PLANO: Um plano é o produto do planejamento e constitui o evento intermediário entre
o processo de planejamento e o processo de implementação do planejamento. Todos os planos têm
um propósito comum: a PREVISÃO, a PROGRAMAÇÃO e a COORDENAÇÃO de uma
sequência lógica de eventos, os quais, se aplicados com sucesso, deverão conduzir ao alcance dos
objetivos que os comandam. Existem quatro tipos distintos de planos, a saber:
- Planos relacionados com os MÉTODOS, denominados PROCEDIMENTOS;
FLUXOGRAMA;
- Planos relacionados com DINHEIRO, denominados ORÇAMENTOS; FLUXO
CAIXA;
ORGANIZAÇÃO
DIREÇÃO
A Direção constitui a terceira função administrativa e vem logo depois do planejamento e da
organização. Definindo o planejamento e a organização, resta fazer as coisas andarem e acontecerem.
Este é o papel da Direção: acionar e dinamizar a empresa. A direção está relacionada com a ação,
com o colocar-se em marcha, e tem muito a ver com as pessoas. Ela está diretamente relacionada
com a atenção sobre os Recursos Humano da Empresa.
Assim, a Direção é a função administrativa que se refere às relações interpessoais dos
administradores em todos os níveis da organização e os seus respectivos subordinados. Como não
existem empresas sem pessoas, a Direção constitui uma das mais complexas funções administrativas
pelo fato de envolver orientação, assistência à execução, comunicação, motivação, enfim, todos os
Autoridade e Poder
A autoridade e o poder constituem meios de influência. Influência refere-se a qualquer
comportamento da parte de uma pessoa que altera o comportamento, atitudes e sentimentos de outra
pessoa. A influência pode ser feita por vários meios: pela persuasão, pela coação, por sanções, por
recompensas.
O poder significa o potencial para exercer influência. Uma pessoa pode ter potencial para
influenciar outras pessoas e nunca tê-lo feito.
O termo autoridade refere-se ao poder que é inerente ao papel de uma posição dentro de uma
organização. Ela é delegada por meio de descrição de cargos, títulos organizacionais, políticas e
procedimentos da empresa. A autoridade é a chave do processo administrativo e representa o poder
legal ou direito de comandar ou agir. A autoridade proporciona o poder de comandar, enquanto o
poder nem sempre proporciona a autoridade.
CONTROLE
ESTABELECIMENTO
DE
COMPARAÇÃO
Fases do Controle
1. Estabelecimento de padrões ou Critérios
Os padrões representam o DESEMPENHO DESEJADO. Os CRITÉRIOS representam
as normas que guiam as decisões. Constituem os objetivos que o controle deverá assegurar ou manter.
A Administração Científica preocupou-se em desenvolver técnicas capazes de proporcionar bons
padrões, como o tempo-padrão no estudo dos tempos e movimentos. O custo padrão, os padrões de
qualidade, os padrões de volume de produção são exemplos de padrões ou critérios.
2. Observação do Desempenho
O processo de controle atua no sentido de ajustar as operações e determinados padrões
previamente estabelecidos e funciona de acordo com a informação que recebe.
3. Comparação do Desempenho com o Padrão Estabelecido
É importante determinar os limites dentro dos quais a variação ou erro ocorrido entre o
desempenho esperado e o obtido poderá ser aceita como normal ou desejável. O desempenho deverá
ser comparado com o padrão para se verificar eventuais desvios ou variações.
A comparação da atuação com o que foi planejado não busca apenas localizar as variações,
erros ou desvios, mas também permitir a predição de outros resultados futuros e localizar as
dificuldades para criar condições para que as operações futuras possam alcançar melhores resultados.
4. Ação Corretiva
O objetivo do controle é manter as operações dentro dos padrões estabelecidos para que os
objetivos sejam alcançados da melhor maneira possível. Assim, as variações, erros ou desvios devem
ser corrigidos para que as operações sejam normalizadas. A ação corretiva visa fazer com que aquilo
que é feito, seja feito extremamente de acordo com o que se pretendia fazer.
ABRANGÊNCIA DO CONTROLE
Enquanto o planejamento abre o processo administrativo, o controle serve de fechamento. Da
mesma forma como ocorre com o planejamento, a abrangência do controle também pode ser feita
aos níveis global, departamental e operacional, respectivamente dentro dos planos estratégicos,
tático e operacional.
Características da APO
A APO é uma técnica de direção de esforços por meio do planejamento e controle
administrativo fundamentado no princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes
definir em que negócio está atuando e aonde pretender chegar. Inicialmente se estabelecem os
objetivos anuais da empresa, formulados na base de um plano de objetivos a longo prazo (que podem
ser quinquenais ou decimais) os objetivos de cada gerente ou departamento são feito na base dos
objetivos anuais da empresa. A APO é um processo pelo qual os gerentes, superior e subordinados,
de uma organização identificam objetivos comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada um
em termos de resultados esperados e usam esses objetivos como guias para a operação dos negócios.
Obtêm-se objetivos comuns e firmes que eliminam qualquer hesitação do gerente, ao lado de uma
coesão de esforços em direção aos objetivos principais da organização.
QUANTIFICADO
CARACTERÍSTICAS DO OBJETIVO DIFÍCIL
RELEVANTE
COMPATÍVEL
Realidade
Situação Situação
HIATO DE DESEMPENHO
Atual Desejável
A APO, sem dúvida alguma, representa uma evolução na TGA, apresentando uma nova
metodologia de trabalho, reconhecendo o potencial dos funcionários da empresa, ampliando o seu
Elaboração do
planejamento
estratégico
Avaliação Elaboração
dos resultados do plano tático
alcançados em do
comparação com departamento
os objetivos
departamentais
Revisão Desdobramento
nos planos ou do plano tático
alteração nos em planos
objetivos operacionais
departamentais
Avaliação dos
resultados
alcançados em
comparação com
os objetivos
departamentais
O plano anual de investimento é um plano tático dentro de uma estratégia global a longo
prazo (plurianual). Cada estratégia requer uma proliferação de ações ou medidas táticas. O
planejamento para 5 anos na empresa requer uma estratégia, à qual se ligam os planos táticos de cada
ano compreendido nesse período.
Planejamento Estratégico
Refere-se à maneira pela qual a empresa pretende aplicar determinada estratégia para alcançar
os objetivos propostos. É GLOBAL e a LONGO PRAZO.
Fases de Elaboração:
1. FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS;
2. ANÁLISE INTERNA DA EMPRESA;
3. ANÁLISE EXTERNA DO AMBIENTE; e
4. FORMULAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ESTRATÉGICAS.
Formulação dos
Objetivos
Organizacionais
O que fazer?
Análise Externa
MATRIZ DE Ameaças oportunidades
ANÁLISE Melhoria: área de
Desativação: área de
INTERNA Pontos Fracos aproveitamento
risco acentuado
VERSUS Análise potencial
ANÁLISE Interna
Enfrentamento: área de Aproveitamento: área
EXTERNA Pontos Fortes
risco enfrentável de domínio de empresa
Por sua vez, os Planos táticos (Médio Prazo) precisam ser desdobrados em planos
OPERACIONAIS (Curto Prazo) específicos.
EXEMPLOS:
Planos Planos
Táticos Operacionais
Planejamento de
Novos Processos
Planejamento e
Desenvolvimento
Planejamento Objetivos
Produto/Mercado
Estratégico Planos Departamentais de
Detalhados cada Gerente
Planejamento e
Desenvolvimento
de Recursos
Planejamento de
Operações
O CICLO DE APO
A APO envolve um processo cíclico de tal forma que o resultado de um ciclo permite correções
e ajustamento no ciclo seguinte, por meio da RETROAÇÃO proporcionada pela avaliação dos
resultados.
O ciclo da APO corresponde ao Exercício Fiscal da Empresa (geralmente UM ANO) para
facilidade de execução e de controle.
Existem vários modelos de APO, a saber:
Para ele, é “um sistema dinâmico que integra as necessidades da companhia de definir
e atingir seus alvos de lucro e crescimento, com a necessidade do gerente de contribuir e de
desenvolver-se. É um estímulo de gerência exigente e recompensador”.
Planos
Estratégicos da
Empresa
Avaliação e
CICLO DA APO Planos Táticos
Controle dos
SEGUNDO da Empresa
Resultados
HUMBLE
Planos de Cada
Resultados de Cada
Departamento da
Departamento
Empresa
3 Subordinado propõe
objetivos e medidas
para o seu trabalho
Curso Preparatório Cidade Página 135
2 Revisão na
Estrutura da
organização
Avaliação do Abandono
desempenho da dos objetivos
7 organização 5 inadequados
Críticas de LEVINSON
Salienta que a APO coloca o gerente em uma posição parecida com a de uma cobaia em
laboratório, à frente de apenas 2 alternativas: ou acerte o caminho pelo labirinto e come, ou então
passa fome. O processo “ideal” da APO deve ser acompanhado de contatos mais frequentes, até
mesmo diários e esteja separado da análise salarial. “A administração por Objetivos e os processos
de avaliação do desempenho são inerentemente autodestrutivos a longo prazo, por serem baseados
em uma psicologia de recompensa e punições que intensificam a pressão exercida sobre cada
indivíduo, proporcionando-lhe uma escolha de objetivos muito limitada. Tais processos podem ser
Curso Preparatório Cidade Página 136
melhorados de forma a incluir avaliação coletiva e dando-se prioridade às metas pessoais dos
funcionários. Essas práticas exigem que haja na organização elevados padrões éticos e
responsabilidade pessoal em alto grau”.
Crítica de LODI
LODI refere-se à vantagem ou ameaça dos objetivos. Embora a APO seja um método provado
capaz de obter resultados acima daqueles que em geral são alcançados por empresas que não
formulem suas metas, nem procuram motivar seus gerentes e diretores. Lembre que a APO exige
muito de cada um e que as pessoas devem ser preparadas para receber o método e para poder aplicá-
lo criteriosamente (essa exigência pode gerar hostilidade, irritações, perdas de clientes,
individualismo e falta de cooperação).
A formulação da estratégia organizacional esbarra num conflito entre os objetivos de longo
prazo e de curto prazo. Os gerentes tendem a desprezar os objetivos estratégicos em benefício de
resultados espetaculares a curto prazo, porque percebem que o sistema de compensação premia e
desempenho espetacular imediato, em detrimento de uma contribuição para os resultados futuros do
negócio.
Autocracia e Imposição
Chefes autocratas - imposição de objetivos organizacionais exagerados aos subordinados.
TIPOS DE ORGANIZAÇÃO
FORMAL:
Divisão do trabalho, especialização, hierarquia, autoridade, responsabilidade, coordenação;
Camadas hierárquicas, níveis funcionais;
Autoridade e responsabilidade;
Racionalismo da Organização Formal (norma lógica de comportamento);
Cada organização tem uma estrutura organizacional em função dos seus objetivos, do seu
tamanho, da conjuntura que atravessa e da natureza dos produtos que fabrica ou dos serviços que
Organização Linear
Empresa
Industrial
Organização Funcional
Mestre
Geral Mestria funcional
Mestre de
Mestre Mestre Mestre Mestre de Mestre de
Controle de
Produção A Produção B Produção C Manutenção Abastecimento
Qualidade
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
- Autoridade funcional ou dividida (do conhecimento). Cada subordinado reporta-se a
muitos superiores, porém somente nos assuntos da especialidade de cada um.
- Nenhum superior tem autoridade total sobre os subordinados (é parcial e relativa) → negação
do princípio da unidade de comando (tão importante para FAYOL).
- Linhas diretas de comunicação (sem intermediação). Busca-se maior rapidez possível nas
com entre diferentes níveis.
- Descentralização das Decisões - Decisões são delegadas aos órgãos ou cargos especializados,
baseados no conhecimento.
- Ênfase na especialização
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Organização Linha-Staff
- Combinação dos tipos de organização linear e funcional, buscando incrementar suas vantagens
e reduzir suas desvantagens. Também denominado hierárquico-consultivo.
- É o tipo de organização mais utilizado e complicado.
- Nessa organização coexistem órgãos de linha (execução) e de assessoria (apoio e consultoria),
mantendo relações entre si.
- Os órgãos de linha caracterizam-se pela autoridade linear e pelo princípio escalar,
enquanto os órgãos de staff prestam assessoria e serviços especializados.
- Um órgão de linha ou de staff pode ter subordinados de linha ou de staff dependendo do
fato de estarem ou não vinculados diretamente aos objetivos do órgão superior. Nesse sentido
Linha
Combinação de
Predomínio da Predomínio da Autoridade Linear e
Autoridade Linear Autoridade Funcional Autoridade Funcional
As Comissões
Também chamada comitês, juntas, conselhos, grupos de trabalho. Não há uniformidade de
critérios a respeito de sua natureza e conteúdo.
A comissão não constitui um órgão da estrutura organizacional. Tem objetivos abrangentes
(vários órgãos), interdepartamentais. Serve para analisar problemas que ultrapassam os limites ou
competência de um ou mais órgãos da empresa.
Participam pertencentes a vários e diferentes órgãos de vários e diferentes níveis hierárquicos e
que são cedidos provisoriamente.
Funciona esporádica ou ininterruptamente durante certos dias ou determinadas horas.
É provisória e instável, dura enquanto não atingir seus objetivos ou não realizar a tarefa para o
qual foi criada.
A DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Especialização Horizontal → mesmo nível necessidade de aumentar a pericia, a eficiência e
melhor qualidade de trabalho.
Especialização Vertical → necessidade de aumentar a qualidade da supervisão ou chefia →
mais níveis.
Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3
Patrão
Patrão
Produz Patrão
Distribui
Distribui Supervisiona
Financia
Financia
TIPOS DE DEPARTAMENTALIZAÇÃO
1. POR FUNÇÃO;
2. POR PRODUTOS OU SERVIÇOS;
3. POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA;
4. POR CLIENTES;
5. POR PROCESSO (FASES DO PROCESSO OU PROCESSMENTO); e
6. POR PROJETOS.
Diretoria
Diretor
A A A A B B B B C C C C D D D D
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Diretor
Desvantagens
1. Reduz cooperação interdepartamental
2. Inadequada quando tecnologia e circunstancias externas mutáveis imprevisíveis
3. dificulta adaptação e flexibilidade a mudanças externas
4. Focalização esforços próprios especialidades → objetivo detrimento Global Enf.
Diretoria
Seção
Seção Seção Seção Seção
Contas
Cobrança Câmbio Cadastro Financiamentos
Correntes
Vantagens
1. Fixa a Responsabilidade dos Departamentos para um produto ou linha de produto ou
serviço.
2. Facilita coordenação interdepartamental.
3. Facilita a inovação.
4. Indicado para circunstâncias externas e mutáveis.
Desvantagens
1. Dispersão de especialistas em subgrupos orientados para os diferentes produtos;
2. Contra-indicados para circunstancias externas estáveis, empresas com poucos produtos ou
linha reduzida de produtos;
3. Temores ou ansiedade instabilidade externa. Empregados tendem a ser mais inseguros
(possibilita desemprego/retarda carreira);
4. Enfatiza coordenação em detrimento da especialização.
Departamentalização Geográfica
Territorial, ou regional ou por localização geográfica.
Requer diferenciação e agrupamento das atividades de acordo com a localização onde o trabalho
será desempenhado ou uma área de mercado a ser servida pela empresa.
DIVISÃO
DE
OPERAÇÕES
Agência Agência
Agência Agência Agência Agência
Belo Porto
Brasília Recife Belém São Paulo
Horizonte Alegre
Geralmente utilizada por empresas que cabem grandes áreas geográficas e cujos mercados são
extensos.
Vantagens
1. Quando circunstâncias externas exigem ajustamento às necessidades locais ou regionais.
2. Fixa responsabilidade de lucro e desempenho (comportamento regional).
3. Encoraja executivo a pensar em sucesso do território.
4. Indicado para formas de varejo, desde que certas funções como compras ou finanças sejam
centralizados.
5. Pode acompanhar variações regionais ou locais sem grandes problemas.
Desvantagens
1. Deixa em segundo plano a coordenação tanto dos aspectos de planejamento, execução ou
controle da organização como um todo (liberdade e autonomia das filiais).
2. Ocorre principalmente em Áreas de Marketing e Produção.
Vantagens
1. Satisfação do cliente valorizada; cliente é mais importante do que o produto ou serviço →
adaptados a ele.
2. Predispõe executivos e todos os participantes para satisfazê-lo.
3. Permite a organização concentrar seus conhecimentos sobre as distintas necessidades e
exigências dos canais mercadológicos.
Desvantagens
1. Demais atividades da organização (produção, finanças) podem tornar-se secundárias ou
acessórias (preocupação com cliente).
2. Assim como lucratividade, produtividade, eficiência.
DEPARTAMENTO
FIAÇÃO
Seção Seção
Preparação Lavagem Seção Seção
Matéria- Matéria- Cordagem Espulas
prima prima
Entradas
Saídas
Vantagens
RESUMO
Presidência
Setor de Setor de
Planejamento Controle
Departamentalização Funcional
AS MUDANÇAS E A ORGANIZAÇÃO
O conceito de DO está relacionado com os conceitos de MUDANÇAS e de capacidade
adaptativa da organização à mudanças. Isso levou a um novo conceito de organização e de cultura
organizacional.
UM NOVO CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
CLIMA ORGANIZACIONAL
Constitui o meio interno ou a atmosfera psicológica característica de cada organização. O
clima organizacional esta ligado ao moral e à satisfação das necessidades dos participantes e
pode ser saudável ou doentio, pode ser quente ou frio, negativo ou positivo, satisfatório ou
insatisfatório, dependendo de como os participantes se sentem em relação à organização.
O conceito de clima organizacional envolve fatores estruturais, como o tipo de organização,
tecnologia utilizada, políticas da companhia, metas operacionais, regulamentos internos, além de
atitudes e comportamento social que são encorajados ou sancionados através dos fatores sociais.
Mudanças da Cultura e do Clima Organizacional
A organização é um sistema humano e complexo, com características próprias típicas da sua
cultura e clima organizacional. Esse conjunto de variáveis deve ser continuamente observado,
analisado e aperfeiçoado para que resultem motivações e produtividade. Para mudar a cultura e o
clima organizacionais, a organização precisa ter capacidade inovadora, ou seja:
- ADAPTABILIDADE (flexibilidade para mudar de acordo exigências do meio).
- SENSO DE IDENTIDADE (conhecimento e compreensão do passado e presente da
organização, compreensão e compartilhamento dos seus objetivos por todos os participantes, no DO
não há lugar para alienação do empregado, mas para comprometimento do participante).
- PERSPECTIVA EXATA DO MEIO AMBIENTE.
- INTEGRAÇÃO ENTRE OS PARTICIPANTES.
A TAREFA BÁSICA DO DO É MUDAR A CULTURA E O CLIMA DA
ORGANIZAÇÃO.
Forças Positivas
(apoio e suporte)
Novos equipamentos.
Mudanças na
Novos processos. Redesenho do Desempenho
Tecnologia
fluxo de trabalho
Organizacional
Novos produtos. Novos serviços.
Mudanças nos Redesenho do fluxo de trabalho. Melhorado
Produtos/Serviços Novos clientes
FORÇAS
AMBIENTAIS
Competição Globalizada,
clientes, concorrentes,
fornecedores
FORÇAS
INTERNAS
Desejo de mudar
Vontade de + - Desejo de ficar
melhorar Vontade de manter status quo
Novas ideias + Passagem - Velhas ideias
Criatividade de um Conservantismo
Inovação + estado para - Rotina
Inconformismo outro Conformismo com o presente
com o presente + - Presente ou passado
Futuro
Conceito de Desenvolvimento
A tendência natural da organização é crescer e desenvolver-se em função de FATOS
ENDÓGENOS e EXÓGENOS. O desenvolvimento é um processo LENTO e GRADATIVO que
conduz à realização das potencialidades da organização.
O desenvolvimento da organização permite:
1. conhecimento profundo e realístico de si próprio e de suas possibilidades;
2. conhecimento profundo e realístico do meio ambiente em que ele opera;
3. planejamento das relações com o meio ambiente e com seus participantes;
4. estrutura interna flexível para se adaptar às mudanças que ocorrem no meio ambiente
e entre seus participantes;
5. meios de informações a respeito das mudanças e da adequação de sua resposta
adaptativa.
Estratégia de Mudanças
1. MUDANÇA EVOLUCIONÁRIA
Mudança de uma ação para outra que a substitui é pequena e dentro dos limites das
expectativas e do status quo. É LENTA, SUAVE e NÃO TRANSGUIDE as EXPECTATIVAS
daqueles que nelas estão envolvidos ou não por ela afetados.
2. MUDANÇA REVOLUCIONÁRIA
Mudança CONTRADIZ, ROMPE ou DESTROI os arranjos do status quo. É RÁPIDA,
INTENSA, BRUTAL, TRANSGUIDE e REJEITA expectativas e introduz expectativas novas.
3. DESENVOLVIMENTO SISTEMÁTICO
Fases da Organização
1. Fase Pioneira (fase inicial, reina espírito empreendedor).
2. Fase de Expansão (cresce, expande, mais participantes).
3. Fase de Regulamentação (normas de coordenação, diversos departamentos).
4. Fase da Burocratização.
5. Fase da Reflexibilização → DO.
Valores Organizacionais
Tópico da Administração Tópico do Desenvolvimento
Tradicional Organizacional
Concepção do homem como essencialmente mau. Concepção do homem como essencialmente
Avaliação negativa dos indivíduos ou bom.
simplesmente abstenção de avaliação. Consideração dos indivíduos sobretudo como
Visão do homem como um ser rígido ou seres humanos.
definitivo. Visão do homem como um ser em processo e
Resistência e temor à aceitação das diferenças em crescimento.
individuais. Aceitação plena e utilização das diferenças
Utilização dos indivíduos basicamente em relação individuais.
à descrição de seu cargo. Visão do individuo como uma personalidade
Supressão da possibilidade de expressão dos integral.
sentimentos. Possibilidade de expressão e uso eficaz dos
Utilização de máscara e representação no sentimentos.
comportamento. Adoção de comportamento autêntico e
Uso do status para a manutenção e o poder e espontâneo.
prestígio social. Uso do status para o alcance dos objetivos da
Desconfiança das pessoas. organização.
Fuga à aceitação de riscos. Confiança nas pessoas.
Ênfase na competição entre as pessoas. Desejo e aceitação de riscos.
Ênfase na colaboração entre as pessoas.
O DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
Características da DO
1. Focalização na ORGANIZAÇÃO COMO UM TODO;
2. ORIENTAÇÃO SISTÊMICA (partes se relacionam entre si);
3. Agente de Mudanças - pessoas que desempenham o papel de estimular, orientar e coordenar
a mudança dentro de um grupo ou organização;
4. Solução de Problemas - enfatiza-se isso no DO;
5. Aprendizagem experencial;
6. Processo de grupo e desenvolvimento (cooperação) de equipe;
7. Retroação - a DO proporciona informação de retorno e retroação às pessoas → dados
concretos → fundamentação decisões;
8. Orientação Contingencial - situação atual → realidade;
9. Desenvolvimento de Equipes;
10. Enfoque interativo - comunicações/interações- SINERGIA
Etapas do processo de DO
COLHEITA DE DADOS
1 2 3 4 (*)
Retroação de Grupos usam
Decisão da dados para
empresa de Diagnóstico das Obtenção dos dados e
fazer
utilizar o D.O. necessidades pela dados confrontação. recomendações
Seleção do direção e pelo apropriados. sobre
Grupos de Trabalho mudanças
consultor. consultor. avaliar/ver dados
Pesquisa necessárias
5 (*) 6 7 8
Planejamento
da ação e Desenvolvimento de Avaliação e
Desenvolvimento
solução do equipes. acompanhamento.
intergrupal
problema.
Colheita de dados
3 2
Técnicas de DO
Estados do EU
1. Pai: posição do ego que se manifesta através da exortação e que moraliza, castiga e impõe,
é o ego protetor ou dominante.
2. Criança: posição do ego que se manifesta através de reações típicas da infância, como o
choro e a necessidade de proteção frente ao mundo exterior, é o ego inseguro, frágil e dependente.
3. Adulto: posição do ego que se manifesta através do raciocínio lógico e de relações
construtivas. É o ego maduro e independente, racional e lógico.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quatro Programas Típicos de Transações Paralelas
A B A B A B A B
Gerente A (pai): estes Supervisor A (pai): vocês Chefe A (adulto): creio que Empregado A (criança):
supervisores acham que já devem fazer horas-extras hoje é o dia da não virei trabalhar amanhã,
conhecem tudo! amanhã! apresentação do seu porque tenho vontade de
------ ------ relatório. passear.
Gerente B (pai): sim, mas Subordinado B (criança): ------ ------
logo descobrirão que ainda não é justo! Por que devo Empregado B (adulto): Empregado B (criança):
têm muito a aprender! fazer horas-extras aos sim, deverá estar pronto então, eu vou com você.
domingos? hoje à tarde, quando o
apresentarei.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Três Ecogramas Típicos de Transações Cruzadas ou Bloqueadas
A B A B A B
Tipos de Atividades do DO
DE
ATIVIDADES Consultoria de Processos
Intergrupal
Desenvolvimento de Equipes
DE
MODELOS DE DO
Existem vários modelos de DO que adotam uma variedade de abordagens, conceitos e
estratégias.
Os principais modelos que abordaremos são:
O “EXCELLENCE GAP”
Como a organização é um sistema complexo, deve-se analisá-la globalmente e verificar qual é
o seu “excellence gap”, isto é, a DISCREPÂNCIA EM RELAÇÃO AO SEU PADRÃO DE
EXCELÊNCIA, os dirigentes podem definir modelos do que a organização seria se eles a dirigissem
mediante os critérios de excelência, definidos tais modelos de excelência, a maneira pela qual a
empresa está sendo administrada pode ser comparada à maneira pela qual ela deveria ser
administrada. Com isso, os administradores podem identificar os “gaps” (discrepâncias e
contradições).
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
O Managerial Grid (Grade Gerencial)
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1.9 9.9
5.5
1.1 9.1
Estilos de Participação
Teorias ou Estilos Tipos de Participação
Não há muita oportunidade para participar.
9.1 As pessoas sentem que, embora tenham contribuições a fazer, estas não são
procuradas e provavelmente serão rejeitadas se apresentadas voluntariamente.
As pessoas procuram não criticar para não serem mal-interpretadas ou com
1.9 receio de não receberem apoio imediato. As soluções são do “mínimo
denominador comum” e o comportamento é superficial e efêmero.
Contribuintes Organização
Ambiente
individuais (diferenciação-e-integraçao)
FASES DO PROCESSO DE DO
DIAGNÓSTICO → PLANEJAMENTO DA AÇÃO
IMPLEMENTAÇÃO DA AÇÃO → AVALIAÇÃO
Diagnóstico
Planejamento de ação
Implementação da ação
Avaliação
A Direção do DO
Mudança
PLANEJAMENTO - Natureza Educacional - expectativas.
- Natureza Estrutural - estrutura organizacional;
- divisão do trabalho;
- rede de comunicações.
- Natureza Transacional - contato psicológico
2. Estilos Gerenciais
Para a Teoria 3-D, o comportamento gerencial é composta de dois elementos básicos: A
TAREFA DE REALIZAR e as RELAÇÕES COM AS PESSOAS.
Há o gerente “Orientado para a Tarefa” (OT) e o gerente “Orientado para as Relações”
(OR).
OT
Orientado para a Tarefa
Promotor Executivo
Eficácia
Desertor Autocrata
- Eficácia
Estilos Superior
Organizações
Colaboradores Gerente
Tecnologia
Expectativas Subordinados
Estilos Expectativas
Em toda situação, estes são os aspectos que um gerente deve reconhecer, reagir a, ou mudar. A
EFICÁCIA é o grau em que o executivo alcançar os resultados desejados da sua função.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DO DO
O DO proporciona à TGA uma literatura ampla e rica de abordagens variadas. No fundo, porém,
existe uma convicção de que o DO é um rótulo utilizado para a embalagem de princípios da
TEORIA COMPORTAMENTAL dentro de novas formulações. Com a crise de RH e do
Behaviorismo o DO passou a ser a saída para o aumento da eficácia organizacional.
Principais Críticas:
1. ASPECTOS MÁGICO DO DO:
Criadas a partir de quatro mitos:
O MITO DA DISCIPLINA DE DO
Há uma visão do DO como disciplina delimitada, independente e baseada no método
científico, alguns autores chegam a considerar o uso do treinamento da sensitividade e as relações
entre clientes - e - consultor como área pertencentes ao DO. Na verdade, são áreas de conhecimento
que o DO absorveu de outras disciplinas.
O MITO DAS VARIÁVEIS NÃO-PESQUISÁVEIS
2. IMPRESSÃO NO CAMPO DO DO
O Desenvolvimento de Grupos-T, de treinamento de laboratório e de outras formas para
aumentar a interação ou TEORIA DE GRUPO provocou o surgimento do DO, que passou a ser um
código para designar programas e atividades originadas de várias tendências, dentro de uma nova
abordagem de educação e treinamento. Essa imprecisão no campo do DO dificulta a sua definição.
As várias conceituações concordam em que o DO integra a necessidade dos indivíduos e as
da organização através de TÉCNICAS DE LABORATÓRIO. Para o DO às necessidades da
organização são a adaptabilidade de suas unidades e indivíduos frente às mudanças ambientais para
aumentar a produtividade, identificação e lealdade dos participantes. De outro lado, o indivíduo sofre
dentro da organização, de sentimento de inautenticidade, alienação, solidão e de falta de poder. O DO
pretende satisfazer a essas necessidades pessoais incentivando nos indivíduos certas habilidades
sociais, maior abertura e relacionamento interpessoal e maior segurança, em qualquer nível e tipo de
organização. Dentro desse extenso panorama, dificilmente o campo de DO poderá ser adequadamente
delimitada.
4. APLICAÇÃO DISTORCIDA DO DO
Muitas organizações se aproximam do modelo monocrático sustentado no direito da
propriedade privada. Os dirigentes da organização possuem um poder e elevado “Status” social e
econômico. Na medida em que a legitimidade baseada no direito de propriedade privada perde
substância, os dirigentes recorrem a procedimentos para manter ou melhorar seu status quo e
promoção pessoal. Em muitos cursos o DO tem sido usado como um instrumento para assegurar tais
objetivos e sem utilização decorre do efeito demonstração, visando muito mais a legitimação externa
e seus efeitos sobre a imagem pública da organização do que propriamente à legitimação interna. Por
AMBIENTE TECNOLOGIA
HABILIDADES
Níveis
Administração
CONCEITUAIS
visão global
ALTA
(Administração
DIREÇÃO
+
Ambiente)
HUMANAS
NÍVEL
INTERMEDIÁRIO
(liderança - conduzir pessoas)
NÍVEL DE
TÉCNICAS
SUPERVISÃO
(atividades
técnicas)
LEI MAIORES
DA LUCROS E
FADIGA SALÁRIOS
NOVAS ABORDAGENS DA ADMINISTRAÇÃO
Com o início da ERA DA INFORMAÇÃO, uma nova ordem de mudanças passa a sobrepor-
se às características da ERA INDUSTRIAL.
Mudanças e transformações mais rápidas e intensas. Sobretudo, descontinuas. A
descontinuidade significa que as mudanças não são mais lineares ou sequenciais e nem segue uma
nítida relação causal (causa-e-efeito).
A simples projeção do passado ou do presente não funciona mais, pois as mudanças não
guardam nenhuma similaridade com o que se foi. Como dizia Joseph SCHUMPETER: a economia
saudável é aquela que rompe o equilíbrio por meio da inovação tecnológica. Em vez de tentar
otimizar o que já existe, a atitude produtiva é a de inovar através daquilo que ele chamou da
DESTRUIÇÃO CRIATIVA.
O elemento central da Quinta onda é a internet. A world wibe web - www - a rede mundial que
interliga centenas de milhões de computadores de pessoas, equipes e organizações.
O centro da sociedade moderna não é a tecnologia e nem a informação. Estamos vivendo em
uma sociedade de organizações que se torna cada vez mais complexa. O núcleo da sociedade moderna
é a organização administrada.
A administração é a ferramenta específica para tornar as organizações capazes de gerar
resultados e satisfazer as necessidades. Como diz DRUCKER, a organização não existe
simplesmente dentro da sociedade. Ela existe para produzir resultados dentro da sociedade e
principalmente para modificá-la. Daí, avulta o papel do administrador. Não só fazer as
organizações funcionarem bem, mas, sobretudo, fazê-las produzir resultados e agregarem valor.
Mais ainda: mudar contínua e constantemente as organizações para ajustá-las proativamente ao
ambiente cada vez mais mutável e imprevisível.
Redes digitais
Software
Petroquímica Novas mídias
Eletricidade Aeronáutica
As Soluções Emergentes
Como a mudança chegou para valer, as organizações tatearam várias tentativas para
acompanhá-la:
- LENTAS E INCREMENTAIS - japonesa (melhoria contínua e qualidade total);
- PEDAGÓGICAS, baseadas no mercado (benchmarking); e
- RÁPIDAS E REVOLUCIONÁRIAS - americana (reengenharia).
Melhoria Contínua
Técnicas de mudança organizacional suave e contínua centrada nas atividades em grupo de
pessoas. Visa à qualidade de produtos e serviços dentro de um programa de longo prazo, que
privilegia a melhoria gradual e passo-a-passo por meio da intensiva colaboração e participação das
pessoas.
Círculos de Qualidade: grupo de 6 a 12 empregados voluntários que se reúnem semanalmente
para decidir e resolver problemas que afetam suas atividades comuns de trabalho (pessoas que
realizam o trabalho o conhecem melhor que ninguém).
Esses círculos empurram a tomada de decisões para os níveis mais baixos da organização. Seus
membros são livres para coletar dados e fazer pesquisas.
A filosofia da melhoria contínua deriva do KAIZEN (japonês: KAI - mudança; ZEN - bom).
Aprimoramento contínuo e gradual (de todos na organização) - FAZER SEMPRE MELHOR
(jornada sem fim). O KAIZEN baseia-se também em eliminar desperdícios, elevação da qualidade,
redução dos custos do projeto, fabricação, estoques, distribuição e tornar os clientes mais
satisfeitos.
Para o KAIZEN, nada é estático e não há “status quo” - tudo deve ser revisto continuamente. As
melhorias não precisam ser grandes, mas contínuas e constantes. A mudança é endêmica. Princípios
do KAIZEN:
1. promove aprimoramento contínuo;
2. dê ênfase aos clientes;
3. reconheça os problemas abertamente;
4. promova discussão aberta e franca;
5. crie e incentive equipes de trabalho;
6. gerencie projetos por intermédio de equipes multifuncionais;
7. incentive relacionamento entre as pessoas;
8. desenvolva a auto-disciplina;
9. comunique e informe todas as pessoas; e
10. treine intensivamente e capacite todas as pessoas.
O KAIZEN não se baseia em equipes de especialista, como na Administração pela Qualidade
Total (AQT), mas na participação de todos os funcionários.
Retroação dos
Dados Coletados pelos Análise dos
Administradores ao
Membros da Equipe Problemas
Círculo de Qualidade
6. Administrar a
2. Organizar a equipe de
implementação das
melhoria da qualidade
melhoria
4. Analisar o desempenho do
método atual
Reengenharia
Mudança fundamental, radical, drástica e baseados nos processos (já visto).
Benchmarking
Introduzido em 1979, pela “xerox”.
Avaliação dos melhores (já visto).
A Ciência se redefine:
- abandona o determinismo, aceita o indeterminismo, a incerteza, inerentes ao
homem/sociedades;
- abandona ideia de uma simplicidade, inerente aos fenômenos do mundo natural, e abraça a
complexidade também inerente ao homem/suas sociedades;
- abandona o ideal de objetividade como única forma válida de conhecimento, assumindo,
enfim, sua subjetividade, marca maior da condição humana.
Teoria do Caos
Desde os tempos de DESCARTES, a lógica e a racionalidade da Ciência constituíram uma luta
contra o caos: tornar o mundo conhecido e reduzir a incerteza.
Na ciência moderna, caos significa uma ordem mascarada de aleatoriedade (EDWARD
LORENZ). O que parece caótico é, na verdade, o produto de uma ordem subliminar, na qual
pequenas perturbações podem causar grandes efeitos devido a não linearidade do universo.
Tudo na natureza muda e evolui continuamente. Nada no universo é passivo ou estável. O
que existe é mudança. A noção de equilíbrio - tão cara à Teoria dos Sistemas - constitui um caso
particular e pouco frequente.
Para a Teoria do Caos, a desordem, a instabilidade e o acaso no campo científico constituem
a regra, a norma, a lei. A influência dessas ideias na Teoria Administrativa é marcante. Afinal,
ainda estamos buscando a ordem e a certeza em um mundo carregado de incertezas e
instabilidade. Os modelos de gestão baseados na velha visão do equilíbrio e da ordem estão caducos.
A Ciência Moderna mostra que o sistema vivo é, para si, o centro do universo, e sua finalidade
é a produção de sua identidade; sistema interage com o ambiente externo. Daí, três tipos de
organizações (onde estão presentes os conceitos de auto-organização):
1. Organizações Auto-Organizantes
Com padrões de interação e conectividade entre as pessoas, para fomentar o surgimento
espontâneo de sinergias catalisadoras de novas oportunidades. Reconhecem a “desordem” e
procuram utilizá-la em seu proveito. Seus membros apresentam alto grau de diferenciação, sem o
prejuízo de um alto grau de integração que confere identidade à organização como um todo. Não
adianta administrar a organização sob condições instáveis: o que deve prevalecer é a auto-
organização.
2. Organizações Autopoiéticas
São organizações que acreditam possuir em seus próprios recursos todo potencial
necessário para sua evolução. Buscam permanentemente atualizar sua identidade, em congruência
às mudanças no seu ambiente externo. Utilizam a criatividade, inovação e experimentação para
desenvolver e aprimorar seus estoques de conhecimento. A capacidade de auto-organização é um
atributo inerente ao fato de a organização existir.
3. Organizações Dissipativas
A sinergia entre seus membros pode, a partir de uma determinada massa crítica, produzir
autonomamente, alternativas e caminhos inovadores. Interpretam a possibilidade de uma quebra
de estrutura, imposta pelo ambiente externo, numa capacidade de tirar proveito de tal
eventualidade para REDEFINIR sua estrutura interna. A auto-organização fornece base para
saltos qualitativos ou mudanças estruturais.
COMPLEMENTO TGA
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Exemplo Exemplo
Indivíduo Indivíduo Indivíduo Maq Proc Dados
De
Socialização: Externalização:
falar sobre escrever um
o caso relatório
Tácito
Internalização: Combinação:
Para formar opinião Combinar dois
sobre o relatório relatórios
Tácito Explícito
Espiral do Conhecimento
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Estudo sobre DIÁLOGO e DISCUSSÃO
DIÁLOGO DISCUSSÃO
RESULTADO RESULTADO
A ECOLOGIA POPULACIONAL
Por diversas razões pertinentes e até mesmo confusas, a ecologia organizacional pode ser
percebida como um campo teórico que vem se destacando no cenário das ciências sociais.
Em 1977, a ecologia organizacional desencadeou uma intensa e sucessiva discussão que
assegurou uma posição relevante na teoria organizacional contemporânea.
A perspectiva da ecologia populacional focaliza a diversidade e a adaptação
organizacionais dentro de uma população de organizações que competem por recursos
semelhantes ou clientes afins. Assim, a inovação e a mudança numa população de organizações
surgem de novas formas e tipos de organizações, a fim de atender as necessidades do mercado
por meio de iniciativas empreendedoras.
Ao colocar a teoria de DARWIN no cerne da análise organizacional, a ecologia da população
defende que da mesma forma que os organismos existentes na natureza, as organizações dependem
de capacidade própria para conseguir recursos necessários para suprir sua existência, pois, onde há
forte concorrência, os recursos se tornam escassos e somente os mais hábeis e fortes, sobreviverão.
Neste contexto, as mudanças do ambiente determinam quais organizações sobrevivem ou fracassam.
Os fatores ambientais externos como: turbulência política, regulamentação governamental,
processos tecnológicos, entre outros, podem tanto influenciar no crescimento e sobrevivência das
organizações como levá-las ao declínio.
NEGOCIAÇÃO
Negociação é um PROCESSO em que duas ou mais PARTES, com INTERESSES comuns e
antagônicos, se reúnem para CONFRONTAR E DISCUTIR propostas explícitas com o objetivo de
alcançarem um ACORDO.
É UM PROCESSO DE TOMAR DECISÕES CONJUNTAS QUANDO AS PARTES
ENVOLVIDAS TÊM PREFERÊNCIAS OU INTERESSES DIFERENTES.
A PRODUÇÃO ARTESANAL
O produto é dividido em partes e o processo de fabricá-lo é dividido em etapas. Cada pessoa
e grupo de pessoas, num sistema de produção em massa, têm uma tarefa fixa dentro de um processo
predefinido. A divisão do trabalho implica a especialização do trabalhador. Na produção artesanal,
o trabalhador faz um produto do começo ao fim - desde o projeto até o controle de qualidade
final - ou uma parte significativa de um produto final.
A organização possui a maioria dos seus procedimentos previstos e padronizados, mas no caso
de exceção, o nível de improvisação é alto e deve-se então gerar soluções para lidar com o incerto,
em função das características dos técnicos e experts naquela tecnologia. Esse modelo PERROW
denominou de tecnologia de produção artesanal.
MODELO PARA A SOLUÇÃO DOS CONFLITOS INDUSTRIAIS E DAS
Curso Preparatório Cidade Página 213
DIVERGÊNCIAS ENTRE GRUPOS DE TRABALHADORES E GERENTES (MARY
PARKER FOLLETT)
Três métodos para solucionar o conflito:
1. MÉTODO DA FORÇA: objetivos seriam atingidos usando ameaças.
2. MÉTODO DA BARGANHA: conflitos se resolveriam por meio das concessões e do
compromisso mútuo entre empregados e patrão.
3. MÉTODO DA INTEGRAÇÃO: soluções seriam encontradas através de uma solução
apresentada por terceiros, de forma integradora e que atenderia as partes envolvidas.