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Introdução à

Administração em
Bibliotecas
Isabelle Domingos dos Santos

Técnico em
Biblioteconomia
Introdução à
Administração em
Bibliotecas
Isabelle Domingos dos Santos

Curso Técnico em
Biblioteconomia

Escola Técnica Estadual Professor Antônio Carlos Gomes da Costa

Educação a Distância

Recife

1.ed. | Agosto 2023


Professor Autor Coordenação Executiva (Secretaria de Educação e
Isabelle Domingos dos Santos Esportes de Pernambuco | SEE)
Ana Cristina Cerqueira Dias
Revisão
Ana Pernambuco de Souza
Isabelle Domingos dos Santos

Coordenação de Curso Coordenação Geral (ETEPAC)


Liliane Rodrigues de Assis Arnaldo Luiz da Silva Junior
Gustavo Henrique Tavares
Coordenação Design Educacional Maria do Rosário Costa Cordouro de Vasconcelos
Deisiane Gomes Bazante Paulo Euzébio Bispo

Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Secretaria Executiva de
Helisangela Maria Andrade Ferreira Educação Integral e Profissional
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Diagramação
Jailson Miranda
Gerência de Educação a distância
Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 5

UNIDADE 01 | FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO............................................... 7

1.1 Mas, afinal, o que é essa tal Administração? ..............................................................................................9


1.2 Princípios e aspectos históricos das teorias clássicas .............................................................................. 12
1.3 Princípios e aspectos históricos das teorias contemporâneas ................................................................ 16
UNIDADE 02 | NOÇÕES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E DAS TEORIAS COMPORTAMENTAIS NA
ORGANIZAÇÃO ........................................................................................................................... 25

2.1 Noções do planejamento estratégico ...................................................................................................... 25


2.2 Teorias comportamentais na organização. .............................................................................................. 31
CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 39

REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 40

MINICURRÍCULO DO PROFESSOR ................................................................................................ 42


Introdução
Olá meu maravilhoso e minha maravilhosa estudante do Curso Técnico em
Biblioteconomia seja bem-vindo (a) a mais uma etapa importante nesta jornada profissional.
Antes de tudo, quero lhe parabenizar por ter caminhado até aqui. Isso mostra o quanto
você está empenhado (a)! Parabéns! Agora se inicia uma nova etapa para a formação e construção
do(a) Profissional da Informação que você está se tornando. Nesta nova disciplina você terá contato
com o universo instigante e estimulante da Introdução a Administração de biblioteca e tenho certeza
que sairá com mais dúvidas do que respostas e isso é maravilhoso, pois o que queremos é realmente
despertar em você a sementinha e te fazer explorar cada vez mais!
Quanto aos aspectos de estrutura da disciplina, evidencia-se que está dividida em duas
unidades, que vão te auxiliar a conhecer os fundamentos das Teorias Clássicas de Administração,
compreender os fundamentos das Teorias Contemporâneas de Administração, entender o
Planejamento Estratégico e as Teorias Comportamentais na Organização e assim, transladar esse toda
essa bagagem teórica para nossa área de atuação!
Entender os conceitos da Administração é de necessidade extrema para maioria(as) os(as)
profissionais, independente das áreas onde atuam. Entretanto, sabe-se que para algumas áreas de
atuação esta habilidade será mais cobrada. Nesse contexto, encontram-se os(as) profissionais(as) que
escolheram atuar na área da Biblioteconomia. O cuidado para com a gestão e organização de
atividades estará sempre presente nas Unidades Informacionais.
Neste e-book (assim como nas videoaulas e Podcasts e demais artefatos disponibilizados
em nosso AVA) serão apresentados alguns assuntos que convidarão você a conhecer, a refletir, e a
ampliar os seus conhecimentos sobre como a uma boa administração setorial pode deixar tudo mais
fácil.
Não se pode esquecer que, enquanto profissional futuro profissional da Informação você
deve manter acesa a chama da curiosidade e da pesquisa (Lembra da sementinha?). Uma sugestão é
que você busque as referências bibliográficas que estão na seção final desse e-book, e que também
pesquise em bases de dados, em Bibliotecas físicas e virtuais. Desse modo você se tornará um(a)
profissional cada vez mais capacitado(a) necessário(a) ao nosso país.
A expectativa é que você encare esta disciplina com muita satisfação, divertimento e
unidade. Um(a) excelente Profissional da Informação é aquele(a) que compreende bem o seu campo

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de atuação e promove, com excelência, soluções para os(as) seus/suas usuários(as), para os suportes
com que trabalha, para a Unidade de Informação e, consequentemente, para uma sociedade mais
bem informada e igualitária. Vamos lá, então!

Bons estudos a todos(as)!

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UNIDADE 01 | FUNDAMENTOS DAS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
Esta Unidade que se inicia representa uma das duas partes que compõem toda a
disciplina, ou seja, serão duas Unidades. Nesta primeira, você terá a oportunidade de conhecer um
pouco sobre os fundamentos das teorias da Administração.

Eitaaaa: Antes de dar continuidade na leitura, te convido a escutar o Podcast


da unidade 1 de nossa disciplina! Vem comigo? ☺

A expectativa é que você possa compreender o máximo possível de tudo o que se explana
aqui, pois estes conhecimentos básicos sobre Administração serão essenciais na sua atividade
profissional, desde o entendimento da estrutura do local de trabalho até o apoio efetivo que você
poderá prestar à Gestão da Unidade de Informação. Além disso, estes conhecimentos podem lhe
garantir mais sucesso no dia a dia das funções e também lhe diferenciar positivamente de outras (os)
profissionais. Por isso, é importante compor à leitura do e-book, as videoaulas e os demais materiais
complementares disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem para um desempenho mais
significativo.

Figura 1: cenário empresarial de reunião, sob administração de uma mulher.


Fonte: encurtador.com.br/pryAB
Descrição da figura: mesa de reunião com seis pessoas sentadas usando notebooks (homens e mulheres), vestidos
formalmente. A líder é uma mulher negra, tem cabelos cacheados, usa vestido cor rosa e está em pé gerindo a equipe.

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Antes de partir para as Teorias da administração que tal pensar um pouco sobre o que já
se conhece sobre o assunto? Certamente você já ouviu sobre Administração no seu dia a dia de
formas diferentes e em relação a situações ou coisas diferentes.

ALGUMAS SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ PODE TER OUVIDO FALAR SOBRE ISSO:

• Administrar o tempo... (quando se tenta organizar bem as atividades para que elas
possam caber no tempo disponível);
• Administrar a imagem... (quando se escolhe uma roupa e não outra para ir a uma
festa, por exemplo, para parecer elegante, formal, se destacar, ou ser discreta (o);
• Administrar bem um remédio... (quando se fala em aplicar a dose correta de alguma
medicação);
• Administrar uma situação... (quando se fala em saber lidar bem com uma
determinada situação que precise de uma boa saída ou alternativa);
• Administrar empresas ou negócios... (quando se trata de conduzir bem negócios ou
empresas para alcançar bons resultados);
• Administrar bem o salário... (quando se trata de controlar bem o salário que recebe
pagando as contas, suprindo as necessidades básicas como alimentação, por
exemplo, e as possibilidades de investimentos).

SIM, ISSO TUDO TAMBÉM É SOBRE ADMINISTRAÇÃO.


Numa perspectiva pessoal, reduzida e cotidiana.

Além desses poucos exemplos, você com certeza já ouviu falar sobre Administração em
cenários diferentes e situações bem distintas. Isso porque é evidente que “administrar” é o ato
constante das pessoas, mesmo que elas não tenham entendimento técnico ou teórico profundo
sobre as Correntes Clássicas da Administração como um campo de estudo.
Certamente você já pensou em planejar alguma atividade, passeio, estudo, ou mesmo
planejar a hora de acordar no dia posterior e, assim, implicar diretamente na hora de dormir. Isso,

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sem dúvida é sobre ADMINISTRAÇÃO, só que numa perspectiva bem individual, pessoal e reduzida.
Mas é exatamente o princípio de uma administração mais alargada, com maior amplitude e aplicada
às Organizações, como Bibliotecas e Arquivos, por exemplo.

UMA CURIOSIDADE SOBRE A GESTÃO DE BIBLIOTECAS E UNIDADES DE


INFORMAÇÃO
No Brasil, a Lei nº 4084, de 30 de junho de 1962 que regulamenta a atividade
profissional do bibliotecário afirma no Art. 6º que são atribuições dos
Bacharéis em Biblioteconomia, a organização, DIREÇÃO e execução dos
serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e
autárquicas e empresas particulares concernentes às matérias e atividades
seguintes:
Art 6 [...]
c) ADMINISTRAÇÃO e DIREÇÃO de bibliotecas;
d) a organização e DIREÇÃO dos serviços de documentação [...].

Assim, cabe a cada profissional Técnico em Biblioteconomia apoiar as(os)


Bibliotecárias(os) na Gestão da Unidade de Informação para uma
administração cada vez mais eficaz e com maior articulação das
competências profissionais para o alcance dos objetivos.

1.1 Mas, afinal, o que é essa tal Administração?

Se o ponto de partida for o Dicionário da Língua Portuguesa, você verá que ADMINISTRAR
é “gerir, governar, dirigir algo próprio ou não; atuar como administrador(a)”. De um modo simples,
isso diz respeito a ter algum negócio (público ou privado) sob a responsabilidade de um indivíduo ou
grupo de indivíduos, cabendo compreender ainda que para que o negócio funcione bem é preciso
que haja a articulação de um conjunto de fatores que possam proporcionar esse bom funcionamento.
Por sua vez, a Administração seria o “ato, processo ou efeito de Administrar; governo ou gerência de
negócios públicos ou particulares; o modo como se rege”.

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Figura 2: Administrador em uma empresa.
Fonte: encurtador.com.br/blxD0
Descrição da figura: fotografia de um homem administrador negro com cabelo baixo, em traje formal, em pé, com
tablet nas mãos. É visto da cintura para cima. Atrás, embaçado, há uma mulher e um homem sentados à mesa também
em trajes formais.

Tratando-se de competências de Informação, é lógico pensar que quanto mais serviços


forem prestados (informacionais ou não), mais funcionário precisará ter, por exemplo, assim como
maior ambiente, mais equipamentos, maior organização logística, sistemas de gerenciamento
eletrônicos mais complexos, e assim por diante.
Enquanto área do conhecimento, a Administração é a ciência social que estuda e
sistematiza as práticas usadas para administrar. Trata-se de um campo das Ciências Sociais Aplicadas
em que muitos estudiosos se dedicam a buscar resolver problemas e aprimorar conhecimentos,
habilidades e instrumentos. Assim, a Administração ganha sentido ainda mais amplo do que se pode
compreender apenas com a definição do Dicionário da Língua Portuguesa.
Para o estudioso Maximiano (2006, p. 12) a “Administração é o processo de tomar
decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos de
funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle”.
Portanto, pode-se entender que o ato de administrar está diretamente relacionado ao
alcance dos objetivos da instituição (da Biblioteca, por exemplo), e também das (dos) suas (seus)
colaboradoras (es). Para que estes objetivos possam ser alcançados, a administração utiliza todos os
recursos disponíveis, incluindo as pessoas, com elas e por meio delas. O início da jornada de
aprendizado na administração de bibliotecas deve ser marcado pela expectativa de uma experiência
fluida e produtiva, não pela pressa. É importante conhecer as teorias clássicas da administração, que

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são fundamentais para a profissão. Antes de abordar essas teorias, é interessante refletir sobre o
conhecimento técnico profundo que se tem sobre administração.

PARA UMA COMPREENSÃO AINDA MAIS RICA:

A administração é um processo dinâmico, que consiste em tomar decisões


sobre o uso de recursos, para realizar objetivos. Os processos de administrar
compreendem cinco processos principais interligados: planejamento,
organização, liderança, execução e controle. (MAXIMIANO, 2007, p.8).

• Planejamento: é um processo onde define os objetivos, os recursos e as


atividades;
• Organização: definição e divisão do trabalho e os recursos necessários
para realização de metas, e divide as atribuições de responsabilidade e
autoridades dos colaboradores;
• Liderança: método que assegura a realização de objetivos dos
colaboradores;
• Execução: é a realização de atividades planejadas, consumindo recursos,
para alcançar metas;
• Controle: assegura que as metas serão alcançadas e se necessita de
modificações.

Para se ter uma dimensão da Administração, Chiavenato (2003) apresenta as variáveis de


uma organização e as suas interações:

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Figura 3: variáveis de uma organização e as suas interações.
Fonte: Chiavenato, 2003.
Descrição da figura: Apresentação de um quadro demonstrando a relação que as variáveis de uma Organização: ao
centro está a ORGANIZAÇÃO e ao redor fazendo uma relação complexa de interdependência estão: COMPETITIVIDADE,
PESSOAS, AMBIENTE, TAREFAS, ESTRUTURA, TECNOLOGIA.

Agora que conceituamos um pouco o tema, você pode estar se perguntando,


mas como isso tudo surgiu e chegou até esse ponto? Vem comigo que te
contextualizo!

1.2 Princípios e aspectos históricos das teorias clássicas

As teorias administrativas surgiram na Revolução Industrial na Inglaterra, o que permitiu


a expansão do comércio e das exportações. As condições de trabalho eram extremamente precárias,
com muita exploração infantil e remuneração baixa, o que gerou um movimento de revoltas
trabalhistas. As teorias administrativas surgiram nesse contexto para auxiliar nos processos de
tomada de decisão e identificar alguns aspectos gerenciais importantes.

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Frederick Taylor propôs a divisão de tarefas e a remuneração financeira como forma de
aumentar a produtividade. Já Henri Fayol defendeu que a lógica deveria ser de cima para baixo, com
a preocupação fundamental voltada para a estrutura organizacional. A teoria da burocracia de Weber
visava a organização da atividade humana e a criação de uma fluidez que ajudasse a instituição a
alcançar seus objetivos, com uma remuneração justa e sem disparidade.

Teoria da Administração Científica | Frederick Taylor

A Administração Científica tinha como ponto central a preocupação em


aumentar a produtividade e eficiência da operação das empresas. O foco
principal era a divisão do trabalho, a tarefa e a separação das funções. Assim,
essa teoria parte de baixo para cima, das partes para o todo (do setor
operacional para os postos mais altos da hierarquia). Taylor se dedicou a
estudar e consolidar a sua teoria que observava até mesmo os movimentos
precisos para a realização das atividades; além disso, o tempo necessário e a
especificação do funcionário, intencionando criar um padrão
comportamental. A ênfase da teoria era na TAREFA a ser executada.

A teoria de Taylor acreditava que a divisão de tarefas poderia ser feita hierarquicamente,
sem a necessidade de as pessoas pensarem, com a lógica de baixo para cima e a remuneração
financeira como incentivo à produtividade. Fayol, por outro lado, defendia uma lógica que poderia
ser por setores, desde que todos integrassem o objetivo maior da empresa, seguindo de cima para
baixo. A teoria de Weber visa a organização da atividade humana, com a criação de uma fluidez que
ajude a instituição a alcançar seus objetivos, com uma remuneração justa e sem disparidade.

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Teoria Administrativa | Henri Fayol

A Teoria Administrativa de Fayol compreende uma Teoria da Organização,


sendo a Administração a base científica. Diferente da Teoria de Taylor, a
ênfase da Teoria Administrativa de Fayol era na ESTRUTURA enxergando a
organização como uma composição das partes (órgãos/setores), da sua
forma e das relações entre as partes. Para Fayol, a divisão do trabalho
poderia ser vertical (nível de autoridade) ou horizontal
(departamentalização). Fayol definiu em sua teoria os elementos do
processo administrativo: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar.

Para Max Weber, teórico da teoria da burocracia, a organização da atividade humana


deveria ser justa e fluída, para ajudar a instituição a alcançar seus objetivos de forma justa e sem
disparidades. A remuneração justa seria um dos pilares dessa teoria. No entanto, com o tempo, as
limitações da teoria se tornaram evidentes diante da crescente complexidade das organizações e da
reconfiguração social de produção, consumo e organização. Para Weber, a importância da burocracia
estava em permitir que grandes organizações pudessem adotar seus princípios como um todo.
Contudo, essa corrente teórica – essa escola – não funciona como modelo ideal para todos os tipos
de organização, especialmente para decisões urgentes que precisam de muita flexibilidade.

Teoria da Administração Burocrática | Max Weber

Na década de 1950 foi desenvolvida a Teoria Estruturalista, que apresentava


como objetivo a associação de todas as teorias das diferentes escolas
anteriores. O princípio dela foi com a Teoria da Burocracia de Max Weber,
com base na racionalidade e no ajustamento dos MEIOS para se ter máxima
eficiência no alcance dos objetivos (FINS). Esta teoria explana a necessidade
de uma hierarquia rigorosamente definida e administrada por regulamentos
e linhas de autoridade. (CHIAVENATO, 2006).

A Teoria da Administração Burocrática inclui a existência de funções definidas e unidades


rigorosamente determinadas por leis e regulamentos, membros da organização com direitos e

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deveres delimitados por regras e regulamentos, uma hierarquia definida por regras explícitas e as
prerrogativas de cada cargo e função definidas legalmente, recrutamento feito por regras
previamente estabelecidas para garantir igualdade na contratação, remuneração igual para o
exercício de cargos e funções semelhantes, avanço na carreira regulado por normas e uma separação
completa entre a função e as características pessoais do indivíduo que a ocupa.

Alguns aspectos da Teoria da Administração Burocrática são:

1. Existência de funções definidas e unidades rigorosamente determinadas por leis e


regulamentos;
2. Os membros da organização têm direitos e deveres delimitados por regras e
regulamentos;
3. Existe uma hierarquia definida por regras explícitas e as prerrogativas de cada cargo
e função são definidas legalmente
4. O recrutamento é feito por regras previamente estabelecidas, garantindo a igualdade
na contratação;
5. Remuneração deve ser igual para o exercício de cargos e funções semelhantes.
6. O avanço na carreira deve ser regulado por normas;
7. Há uma separação completa entre a função e as características pessoais do indivíduo
que a ocupa.

Ao longo do tempo, as limitações da Teoria da Administração Burocrática foram reveladas


devido ao aumento da complexidade das organizações e à reconfiguração social de produção,
consumo e organização. Contudo, ainda funciona como referência para o entendimento e
funcionamento das organizações.

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PARA SER BEM PONTUAL:

Dentro da Teoria Geral da Administração existe uma divisão chamada Teoria


Clássica da Administração formada pela:

- Teoria da Administração Científica (Frederick Taylor);


- Teoria Administrativa (Henri Fayol);
- Teoria da Burocracia (Max Weber).

Ao relacionar essas teorias com a biblioteconomia, é importante entender que toda


organização segue algum tipo de conceito ou modelo lógico, e conhecer as bases teóricas da
Administração pode proporcionar uma visão mais ampla e maior possibilidade de atuação nas
organizações. Além disso, a biblioteca ou outra unidade de informação é um organismo que requer
Administração e organização, e como futuro técnico (a) em biblioteconomia, é fundamental lançar
mão de todo o conhecimento aqui exposto para auxiliar a equipe que fará parte num futuro bem
próximo.

No próximo tópico, abordaremos algumas das Teorias Contemporâneas de Administração e


como elas se relacionam com a biblioteconomia.

1.3 Princípios e aspectos históricos das teorias contemporâneas

Depois da Segunda Guerra Mundial, os países criaram uma interdependência econômica.


Quando um país deixava de produzir um produto, isso afetava o país que o comprava, o que acabava
afetando a economia mundial de forma abrangente. É por isso que, quando ocorre uma crise em uma
grande empresa ou grupo de empresas, ela afeta outras empresas que fazem parte da cadeia
produtiva, impactando a economia do país e dos países que têm relações comerciais com ele. A
perspectiva administrativa se tornou maior (macro), levando os teóricos da administração a pensar
em quem é o cliente/fornecedor e como ele precisa do produto.
Que tal explorar agora uma teoria bem bacana? É uma teoria na Administração que pode
até lhe auxiliar a compreender melhor o mundo em que vive, seja profissional ou mesmo social (além

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do profissional). Trata-se da Teoria Geral dos Sistemas que foi pensada e desenvolvida por Ludwig V.
Bertalanffy (ou só Bertalanffy mesmo =D que é esse na imagem abaixo).

Figura 4: Ludwig V. Bertalanffy.


Fonte: https://consteladigital.com/a-visao-sistemica-como-ferramenta-para-otimizacao-de-processos-empresariais/
Descrição da figura: fotografia em preto e branco do biólogo e estudioso Ludwig V. Bertalanffy (1901-1972) sentado
numa mesa cheia de papéis.

Ele percebeu que o mundo é configurado por várias partes, várias estruturas que
compõem um sistema ainda maior que a junção destas partes. Com base nisso propôs algumas
alternativas para compreensão dessa teoria.
Se você começar a avaliar o mundo ao seu redor, perceberá a ligação que as coisas, as
pessoas, os processos, os resultados têm. Por exemplo, quando você precisa se alimentar você busca
algum estabelecimento que trabalhe com os produtos que você deseja adquirir para suprir a sua
fome; correto?
Imagine que em um determinado dia você precisa de dois quilos de feijão, você vai até ao
mercado mais próximo e compra. Trabalho feito com sucesso! Mas imagine que em outro
determinado dia você procura os mesmos dois quilos de feijão não só no mercado mais próximo,
como também em todo o comércio da cidade e não encontra. O que você pode fazer para ter feijão
nesse momento? A resposta é: “praticamente nada”!
Não dá pra plantar feijão quando precisa dele naquele exato momento, nem mesmo se
aprende no cotidiano a cultivar o melhor solo, nem de repente se torna uma(um) especialista em
irrigação adequada, iluminação e temperatura ideais.

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Pois bem, por isso que há uma relação de produção e comercialização antes mesmo de o
feijão chegar até a sua casa: alguém com vastas terras, planta, outra pessoa estuda as caraterísticas
do solo e do ambiente em geral e promove cuidados com a plantação, outra pessoa colhe, outra
embala, outra faz a logística com entrega nos pontos de venda; daí outra pessoa recebe e paga por
ele, outra organiza na loja, outra vende e você compra.

Figura 5: Feijão nas mãos da(o) trabalhadora(or) do campo.


Fonte: encurtador.com.br/gjmxG
Descrição da figura: imagem de duas mãos segurando duas porções de feijões de tipos diferentes.

O exemplo do feijão para por aí, mas mesmo depois que você o compra, alguém vai
cozinhar (em panelas que outras pessoas produziram e comercializaram), num fogão, numa casa, com
uso de talheres e pratos, e depois vai naturalmente ser expelido pelo corpo, que vai para um sistema
de esgoto construído e mantido por outras pessoas, e assim por diante.
Você consegue perceber que essa estrutura interliga várias pessoas, vários processos e
vários contextos? Isso mesmo: é uma formação conjunta, com mais de uma pessoa ou instituição
envolvida. É como se houvesse uma teia interligando todo o processo, desde o seu ponto inicial até
o ponto final.

Se você parar pensar em todas as situações cotidianas que vive, perceberá


que a roupa que veste, a água que bebe, o transporte que usa, tudo faz parte
de uma teia de produção.

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Quando se fala de uma estrutura com mais de uma unidade envolvida, se fala sobre uma
estrutura com complexidade, um sistema. E essas unidades não são exclusivamente pessoas, mas
também organizações públicas, privadas e outras que nem são públicas nem privadas.
Dos estudos de Bertalanffy em diante, os pensadores e estudiosos da Administração
também perceberam que a as organizações (privadas ou não) são complexos de elementos
interligados com o ambiente (recursos naturais, recursos humanos, recursos materiais, etc.) Assim
sendo, as organizações devem se adaptar ao seu ambiente.
Veja que isso é diferente do que foi visto na Unidade 1, pois nas Teorias Clássicas da
Administração as preocupações das organizações estavam ligadas aos seus processos internos e não
exatamente com o seu meio ambiente (que inclui todo o externo).
A Revolução Industrial (em suas fases) e a Segunda Guerra Mundial auxiliaram no
fortalecimento desse pensamento. E, assim, da mesma forma como você percebeu que o ciclo do
feijão (do nosso exemplo anterior) é composto por diversas partes interdependentes, nessa época os
diversos países compreenderam que dependiam uns dos outros.
E isso deixa mais claro, também, o que tanto se ouve nos jornais do dia a dia falando sobre
importações e exportações de produtos e serviços. Esse entendimento de interdependência deixava
mais evidente as relações entre organizações num todo e partes de uma organização, como uma
brincadeira de “torre de cartas” (se tirar uma, compromete toda a estrutura, pois uma depende
diretamente da outra, e tudo cai).
Perceba como essa explicação potencializa a percepção das relações que você tem com
as empresas, mesmo que indiretamente, pois quando uma empresa ou um grupo de empresas passa
por uma crise, todas as cadeias de produção que ligam aos produtos e serviços são afetadas. E o
consumidor final (que é você) também é afetado, seja no preço final do produto ou na falta dele nas
prateleiras.
Um bom exemplo disso que se está sendo colocado é a Crise Econômica Mundial que
ocorreu entre 2008/2009, que afeta o mundo, as economias dos países até hoje.

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Isso tudo – toda essa carga de informação – pode até assustar um pouco, pois
dilata a visão de mundo que se tem; e caso provoque alguma estranheza, saiba
que isso realmente é compreensível. A dimensão que o mundo tem como
sistema, como algo complexo, certamente é imenso.

Essa questão nos países da interdependência e da responsabilidade que se tem como


parte de um organismo maior também é uma realidade das empresas em geral. As organizações são
formadas por estruturas e partes distintas que se interligam e se consolidam como interdependentes
(uma depende da outra para existir e avançar nos seus processos). É o caso do setor de Recursos
Humanos, por exemplo, que é um departamento nas organizações que lida com a contratação do
pessoal para a empresa. Se o RH não faz um bom trabalho, ou mesmo se não faz, logo isso implicará
na produção, ou nas vendas, ou nas prestações de serviços, por exemplo.
Nesta concepção de sistema, para as organizações prosseguirem com vida, há um padrão
conhecido como LIGA.

Esse modelo é lido da seguinte forma:

• Latência: forma como o sistema se sustenta e se reproduz; como transmite os valores


e padrões culturais; garante o processo de socialização; comportamentos “positivos”;
• Integração: assegura coordenação e coerência entre indivíduos e grupos; garante
que as diversas partes (diferenciadas e isoladas) não fiquem fechadas;

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• Gerar e atingir objetivos: estabelece metas e objetivos e implementação de meios
(sistema burocrático, de organização) visando atingi-los;
• Adaptação: organização busca recursos para a sua sobrevivência.

Em especial, a ADAPTAÇÃO nas organizações permite vê-las como “sistemas abertos” que
admitem a entrada de elementos (a “alimentação”) como informação, recursos materiais e humanos,
por exemplo. A partir disso as organizações ofertam os seus serviços e produtos e ponderam as
avaliações dos consumidores; sendo possível corrigir os equívocos e se “retroalimentar”, criando um
processo constante de alimentação, oferecimento, retroalimentação.

Eu sei que é muitaaaa informação, mas faz aquela pequena pausa e volta com todo gás,
beleza?
Em complemento à Teoria dos Sistemas Abertos, a Teoria Contingencial apresenta a
adaptação de forma contínua nas organizações. Isso porque todas as organizações (de qualquer tipo),
precisam estar atentas às novas exigências do mercado, incluindo as questões jurídicas, técnicas,
tecnológicas, e as demais possíveis para que mantenha o nível de competitividade no mercado e até
mesmo aumentar essa potência competitiva. Ou seja, as empresas precisam se reinventar, se reciclar
para manter o seu nível de crescimento.
Se você analisar bem, verá que muitas empresas necessitaram se adaptar após o Covid-
19. Muitas delas que não faziam entregas precisaram adotar o sistema “delivery” para não reduzir as
vendas e manter o nível funcionamento, por exemplo.

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Figura 6: recrutamento online
Fonte: https://factorialhr.com.br/blog/recrutamento-selecao-online/
Descrição da figura: Imagem de uma mulher branca, de camisa branca, fazendo recrutamento online com rapaz branco
de terno azul.

Diversas bibliotecas mantiveram serviços digitais em funcionamento durante a pandemia


de COVID 19, através de sites oficiais e redes sociais, o que pode ter ajudado a não gerar um prejuízo
tão grande para suas respectivas comunidades. Porém, algumas instituições não conseguiram
atender desta forma, interrompendo, realmente, todos os seus serviços, o que possivelmente
gerou uma grande demanda de serviços das bibliotecas na reabertura.

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Ó, pra não deixar você solta/o nessas reflexões, aqui estão alguns materiais que
foram produzidos por pessoas incríveis da área, que tocam exatamente nesses
pontos. Saca só:

- Hibridez em tempos de pandemia: como as tecnologias aproximam as


bibliotecas da sociedade: http://revista.ibict.br/liinc/article/view/5352

- Orientações para elaboração de protocolo de reabertura de bibliotecas em


tempos de pandemia:
http://reviu.febab.org.br/index.php/reviu/article/view/28

- As Bibliotecas terão uma aparência muito diferente quando reabrirem:


https://biblioo.info/as-bibliotecas-terao-uma-aparencia-muito-diferente-
quando-reabrirem/

- O que um mundo pós-covid pode trazer de experiência para as bibliotecas?:


https://biblioo.info/o-que-um-mundo-pos-covid-pode-trazer-de-experiencia-
para-as-bibliotecas/

- As bibliotecas diante de uma pandemia:


https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7700562

Link de nossa live ETEPAC sobre a Biblioteca no cenário da pandemia:


https://www.youtube.com/watch?v=WKNkG_TNmPQ

As funções dentro das empresas são agrupadas em conjuntos que comumente se


chamam “departamentos”. Este, inclusive, é o tipo mais utilizado nas bibliotecas no Brasil. Dá uma
olhada nisso na imagem a seguir:

Vamos trazer um pouco para nossa realidade?

As funções dentro das empresas são agrupadas em conjuntos que comumente se


chamam “departamentos”. Este, inclusive, é o tipo mais utilizado nas bibliotecas no Brasil. Dá uma
olhada nisso na imagem a seguir:

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Figura 07: estrutura hierárquica de uma biblioteca
Fonte: http://www.uel.br/bc/home/pages/historico/organograma.php
Descrição da figura: subdivisão da estrutura hierárquica de uma empresa em retângulos verdes, do mais alto cargo ao
mais inferior na linha de comando.

Não há um modelo que possa ser atribuído como único ou mais coerente para as
empresas no geral, pois as condições são distintas de uma para a outra, assim como o ramo de
atuação, os seus produtos ou serviços. Contudo, um caminho possível é compreender o ambiente e
adequar a estrutura da empresa a ele, a este ambiente. É importante destacar que a administração
de bibliotecas deve ser feita com base nessas teorias, mas também considerando as particularidades
da biblioteca em questão e a realidade local. Além disso, é essencial que o gestor esteja sempre
atualizado, participando de eventos e mantendo-se em contato com outros profissionais da área.
Muito bom que você tenha avançado até aqui. Na próxima Unidade vamos conhecer
noções do planejamento estratégico e das teorias comportamentais na organização. Não esquece de
aparecer nos fóruns e de acessar nossas atividades semanais, combinado? Até lá!

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UNIDADE 02 | NOÇÕES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E DAS TEORIAS
COMPORTAMENTAIS NA ORGANIZAÇÃO
Você avançou mais uma etapa! Parabéns por ter chegado até aqui! Já estamos na segunda
e a última unidade da nossa disciplina. Não se esqueça de assistir também as Videoaulas, pois elas
complementam todo o aprendizado do e-book.
Como o título já prevê, o ponto central da semana de estudos é o PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO e TEORIAS COMPORTAMENTAIS NA ORGANIZAÇÃO.

Eitaaaa: Antes de dar continuidade na leitura, te convido a escutar o Podcast


da Unidade 2 de nossa disciplina! Vamos juntos? ☺

Agora que você já ouviu nosso Podcast, vamos com tudo na leitura?

2.1 Noções do planejamento estratégico

Vamos iniciar focando no primeiro ponto? A palavra PLANEJAMENTO é bem comum no


dia a dia e com certeza você já ouviu muito, até já usou muitas vezes; pois planejar faz parte do nosso
cotidiano.
Como planejar é tão presente na sua vida, gostaria que você definisse o que seria isso em
algumas palavras. Seria muito bom que você tentasse responder a essa pergunta: o que é
planejamento?
Ao atuar em uma organização, você pode receber a orientação para planejar algo, assim
como pode iniciar um planejamento para um objetivo pessoal, como atuar no mercado de trabalho
como profissional da informação. No entanto, planejar não é algo fácil e imediato, requer atenção,
análise, desenvolvimento de métodos, avaliação, e assim por diante.

Vamos ver dois casos possíveis em uma Biblioteca?

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UMA BIBLIOTECA TRAÇOU DOIS GRANDES OBJETIVOS
ESTRATÉGICOS PARA O PERÍODO DE DOIS ANOS:
1. Ampliar a oferta de informações para seu usuário;
2. Ampliar o número de usuários.

Tendo em mente estes dois objetivos, os projetos e ações organizacionais agora têm
um foco determinado.
Para o objetivo 1, pode-se: realizar compra de livros, revistas e mídias digitais. Pode-se
também assinar com bases de dados digitais. Veja que estas ações estão interligadas e juntas darão
mais força para a ampliação da oferta de informações.
Já para o objetivo 2, pode-se: criar eventos de exposição, rodas de leitura, exibição de
filmes, por exemplo.
Veja que se a gestão da biblioteca conseguir realizar estas ações, de fato, vai atrair o
público à biblioteca, possibilitando ampliar o número de usuários.
(SILVA JUNIOR, 2016, p.37)

Muito bom aplicar isso ao universo biblioteconômico, não é?


Este exemplo nos projeta para o entendimento de cinco processos na administração:
liderança, planejamento, organização, execução e controle. Que são passos essenciais e que precisam
ser bem desenvolvidos pelas organizações para que os objetivos possam ser alcançados.

De modo bem pontual, o Quadro 1 apresenta o entendimento de cada passo:

PLANEJAMENTO
Este é o processo de definir objetivos, atividades e recursos. Neste momento a
organização precisa determinar o que se pretende alcançar. É importante a clarificação dos
objetivos, pois eles devem ser reais e atingíveis, mesmo que não seja algo concreto (físico) a ser
alcançado. É preciso saber, exatamente, o que se pretende alcançar. Com isto, definir as atividades
que precisarão ser executadas para que este objetivo seja atingido de maneira mais eficiente. É
importante, também, identificar os recursos necessários para as atividades que serão executadas.

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Deve ser conduzida por um gestor da organização, mas com a participação direta de colaboradores
de diversos cargos e níveis. No caso de uma Biblioteca seria a(o) Bibliotecária(o) chefe, as(os)
Técnicas(os) em Biblioteconomia e as(os) demais funcionárias(os) da unidade.

ORGANIZAÇÃO
Este é o processo de dispor os recursos em uma estrutura que facilite a realização dos
objetivos. É criar os meios para que as definições do planejamento possam ocorrer. Seja no aspecto
humano ou nos recursos materiais.

EXECUÇÃO
Consiste na realização das atividades conforme planejado, por meio da aplicação dos
recursos tangíveis e intangíveis (que podem ser palpáveis, tocáveis ou não palpáveis, não tocáveis).
É onde todos os envolvidos irão executar as atividades que lhe cabem, dentro do prazo e
expectativa de desempenho definidos. Neste momento, é importante manter o foco no que foi
planejado. De fato, procurar executar a atividade conforme definido nas etapas anteriores, pois,
muitas vezes, no momento da execução as pessoas tendem a deixar de lado o que foi definido e
executar as atividades de maneira aleatória. Depois, vão dizer que o planejamento não dá certo...
Então, procure ser o mais fiel ao planejado.
Mas, e se houver mudanças não planejadas e que requerem modificações nas
atividades? Bom, sobre isto vamos discutir na etapa seguinte.

CONTROLE
No Controle procura-se assegurar a realização de objetivos, através da comparação
entre as atividades realizadas com as planejadas. E se forem requeridas mudanças nas atividades
estas podem ser feitas, mas vale refletir sobre o porquê das mudanças. Será que foi o contexto que
mudou ou que o planejamento inicial não previu muitas coisas? Assim se faz uma checagem para
identificar se as ações executadas estão ocorrendo dentro dos parâmetros determinados e se
outros problemas ou oportunidades não identificadas estão acontecendo. Com isso, podem-se
fazer alterações necessárias para dar andamento às ações.

LIDERANÇA
O papel da Liderança compreende a coordenação, direção, motivação, comunicação
das pessoas para possibilitar a realização dos objetivos organizacionais. Ele é de imensa

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importância. Sem alguém para guiar a organização, os objetivos e as responsabilidades ficarão
confusos, de modo que os resultados alcançados nunca serão os mesmos.

Quadro 1: cinco processos na administração: liderança, planejamento, organização, execução e controle.


Fonte: Silva Junior (2016, p.38-40).

Seguindo estes passos, certamente o sucesso na organização será evidente e inevitável.


Por isso, é importante que você Técnica(o) em Biblioteconomia compreenda a importância desse
processo e se “alimente” de informações necessárias que possam auxiliar a(o) Bibliotecária(o) chefe
na construção e efetividade de cada passo.
Quando você analisa a evolução histórica das Bibliotecas como instituições, como
organizações, como equipamentos sociais, pode perceber que com o passar dos anos, das décadas,
dos séculos que os seus objetivos também foram se alterando, pois as funções das Bibliotecas estão
diretamente relacionadas ao público, às suas necessidades e aos objetivos sociais onde a Biblioteca
assume papel fundamental para a o exercício sociocultural das cidadãs e dos cidadãos (educação,
memória, história, acesso à informação, exercício de coletividade, lazer, etc.).
O que se deve compreender para executar é que o planejamento estratégico de uma
organização tem que se estruturar com objetivos estratégicos para alcançar o seu objetivo final; e
que por isso se deve desenvolver a análise ambiental e a análise interna.
A análise ambiental refere-se à identificação dos aspectos externos da organização. Esta
análise proporciona à instituição conhecimentos fundamentais sobre o ambiente em que está
inserida ou se inserindo, o que reflete diretamente em seus produtos e serviços e em todas as suas
ações. Conhecer o público, por exemplo, determina a quantidade de serviços que uma Biblioteca
poderá oferecer.
Já a análise interna consiste em avaliar os aspectos de maior e menor potência da
organização, assim será possível melhorar o que é necessário, substituir, corrigir e reconfigurar para
se ajustar aos objetivos finais. Segundo Silva Junior (2016) alguns pontos de análise interna são:

• A definição da estrutura organizacional mais adequada;


• Os sistemas de informações que serão ou são utilizados;
• A tecnologia e os diversos equipamentos;
• As divisões de áreas e funções dentro da biblioteca.

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Figura 8: missão, visão, valores.
Fonte: https://empresasecooperativas.com.br/missao-visao-valores/
Descrição da figura: imagem de três bolas em três cores (vermelho, verde e amarela) com as divisões para as palavras:
Valores, missão e visão

Além disso, as organizações devem configurar a sua VISÃO, MISSÃO e identificar os seus
VALORES.
A VISÃO projeta as pretensões em relação ao mercado como um todo num momento
futuro (por exemplo, em cinco anos oferecer serviços tecnológicos em salas de robótica). Já a MISSÃO
refere-se à razão de ser da organização, com apresentação daquilo que se tem a oferecer ao seu
público (por exemplo, serviços de informação, consulta, pesquisa, salas para reuniões, auditórios para
eventos relacionados à arte e educação, jardins de descanso, etc.).
E por falar nessa variação de serviços possíveis que engloba a missão de uma biblioteca,
convido você a conhecer uma perspectiva possível acerca das bibliotecas e as suas diversas funções,
assim, podendo perceber a potência de uma Unidade de Informação:

AS BIBLIOTECAS E SUAS DIVERSAS FUNÇÕES


As bibliotecas não estão se findando,
elas estão ganhando novas funções.
Enquanto a tecnologia caminha cada vez mais acelerada e as formas de acesso à
informação se tornam um pouco mais acessíveis e democráticas, a profissão do bibliotecário ganha
novas discussões acerca de sua atuação, perda de espaço e novas funções.
É fato que as bibliotecas têm se reconfigurado com o passar dos tempos, mas não é
algo tão recente assim. Desde séculos as bibliotecas ganham novas configurações, seja nas
mudanças dos suportes utilizados para registro do conhecimento ou nas diversas atribuições do

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profissional da informação, como também na função da biblioteca em si de armazenadora de
informações e até mais recente na sua função como espaço de exercício cultural e não mais
exclusiva de acesso a informações.
Com a evolução da tecnologia digital e a sua constante inserção no espaço das
bibliotecas, algumas discussões têm ganhado ampla proporção. Alguns defendem o fim próximo
das bibliotecas; outros afirmam que elas já não existem mais e que caminhamos sobre um cemitério
de livros em papel. O fato é que as bibliotecas existem! E mais que isso: elas funcionam! O que não
existe mais são as funcionalidades restritas ao armazenamento e recuperação de informações.
Com o passar do tempo as bibliotecas receberam novas e amplas demandas, o que
naturalmente acarretou (e acarreta) em novas funções aos bibliotecários. Problemas de acesso às
informações foram sendo supridas por tecnologias digitais, e mais precisamente de acesso rápido
e remoto. E isso não sinaliza o fim das bibliotecas, tampouco o fim da profissão do bibliotecário,
mas sim algumas novas atribuições que estes profissionais têm de ser resilientes.
A partir disso, é bem evidente que as bibliotecas não estão se findando, nem se
reduzindo as atividades informacionais. Na verdade as bibliotecas têm ganhado novas funções,
novos formatos, novos desafios e problemas a serem gerenciados com a maturidade que a profissão
de bibliotecário exige. Contudo é inegável que a questão “tecnologia digital” ainda perturba
bastante os profissionais da informação, mas o caminho não pode ser outro: resiliência é a palavra
de ordem.
Não se pode esperar a existência de atividades tecnicistas, como a catalogação em
fichas de papel, quando programas de computador executam a mesma ação de forma mais eficaz
e em um grau de compartilhamento remoto imensamente mais abrangente.
Cabe ao profissional bibliotecário compreender que essas mudanças já estão
ocorrendo, e em uma velocidade indizível. Aquele que não conseguir enxergar a biblioteca como
um espaço complexo, educativo, cultural e digital ficará para trás, será ultrapassado. A biblioteca
com suas novas funções exige visão, exige ação, exige comunicação com outras áreas.
Por ser a profissão naturalmente tecnicista, a Biblioteconomia nunca deixou de
questionar o seu papel efetivo e mais recentemente nas últimas décadas pela grande expansão
informacional tecnológica a busca pelas informações em bibliotecas tem sido menos expressiva. E
isso é um indicativo importante quando analisadas as multifunções que as bibliotecas exercem.
Atualmente, além de serem locais de armazenamento e disseminação de informações,
as bibliotecas também funcionam como espaços de lazer, encontros para reuniões, atividades
profissionais, locais de exercício cultural, exposições, ou até mesmo para alguns, apenas local onde
se acessar wi-fi livre. Algumas bibliotecas vão além dessas funções e possuem hortas, salas de
atividades artísticas e espaços musicais, que é o caso de algumas bibliotecas comunitárias.

David Oliveira de Carvalho, junho de 2016.


Fonte: https://biblioo.cartacapital.com.br/as-bibliotecas-e-suas-diversas-funcoes/

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Como você pode perceber, as bibliotecas estão vivas, são organismos vivos na sociedade
e são configuradas como organizações que precisam se direcionar de modo assertivo e consistente,
se apoiando também em princípios fundamentais da administração para a sua organização,
funcionamento e sucesso.
Portanto, é fundamental para as bibliotecas terem um planejamento estratégico bem
definido, que abranja objetivos claros, metas realistas e prazos viáveis, além de uma estratégia de
execução que envolva todos os departamentos e funcionários da biblioteca. Isso garantirá que a
biblioteca atenda às necessidades dos seus usuários e cumpra sua missão de disseminar o
conhecimento e a cultura. Lembre-se de que o planejamento é uma ferramenta essencial para
alcançar o sucesso em qualquer empreendimento, incluindo a administração de bibliotecas. Quando
se analisa a evolução histórica das Bibliotecas como instituições, organizações e equipamentos
sociais, percebe-se que seus objetivos mudaram ao longo do tempo, pois as funções das Bibliotecas
estão diretamente relacionadas ao público, suas necessidades e objetivos sociais. A Biblioteca assume
um papel fundamental no exercício sociocultural das cidadãs e dos cidadãos, incluindo educação,
memória, história, acesso à informação, exercício de coletividade e lazer.
Essa variação de serviços possíveis engloba a missão de uma biblioteca. É importante
conhecer uma perspectiva possível acerca das bibliotecas e suas diversas funções para perceber a
potência de uma Unidade de Informação. A Biblioteca deve ser vista como um espaço democrático
que oferece serviços e informações de qualidade, com acesso para todos. Ela deve ser gerenciada de
maneira eficiente e sustentável, com uma equipe capacitada e tecnologia de ponta, para atender às
necessidades dos usuários e promover a disseminação do conhecimento.

2.2 Teorias comportamentais na organização.

O universo das bibliotecas é composto por diversos aspectos administrativos que são
cruciais para o bom funcionamento dessas instituições. Uma das unidades mais importantes é a
capacidade de gerir o fator humano, o que envolve motivar e oferecer condições favoráveis para a(o)
trabalhadora(or) se sentir satisfeita(o) e executar suas funções de forma eficiente.
Em um mundo cada vez mais informacional, é essencial que as organizações tenham
colaboradoras(es) capazes de identificar e solucionar problemas de forma rápida e eficiente,
utilizando tanto a inteligência emocional quanto a capacidade de análise. Para isso, é importante

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valorizar o trabalho em equipe e incentivar a formação de grupos interdisciplinares, de modo a trazer
perspectivas diferentes para a solução de problemas.
Para que o trabalho em equipe seja eficiente, é preciso que as(os) colaboradoras(es)
estejam satisfeitas(os) e entrosadas(os) com os pares. Para isso, a empresa precisa manter um
modelo de gestão favorável, oferecendo benefícios que vão além da remuneração, como boas
condições de trabalho e incentivos sociais e psicológicos.
Os estudos sobre motivação no trabalho passaram a focar na investigação sobre o que
instiga as pessoas a agirem para obtenção de um melhor desempenho das capacidades humanas nas
organizações. Um dos estudos precursores sobre o tema foi o de Maslow (1943) sobre o
entendimento e as formas de motivação humana para a gestão de pessoas e a busca por eficiência
na organização.
Maslow afirma que a motivação do indivíduo depende do atendimento às necessidades
humanas. Primeiro das mais básicas, depois das mais complexas.

Figura 9: pirâmide de Maslow.


Fonte: https://g4educacao.com/portal/piramide-de-maslow-entenda-as-necessidades-humanas/
Descrição da figura: pirâmide dividida em cinco camadas. De cima para baixo está escrito: Realização pessoal
(Criatividade, talento e desenvolvimento social), Estima (Reconhecimento, status e autonomia), Social (Amor, amizade,
família e comunidade). Segurança (segurança da família e comunidade), Fisiologia (comida, água, abrigo e sono).

Na base da pirâmide estão as necessidades básicas, as chamadas fisiológicas, como por


exemplo, comer e dormir. Em seguida, são descritas as necessidades de segurança. Satisfeitas estas
necessidades, o indivíduo busca ser aceito em um grupo social, pelos amigos e família, que são as

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necessidades sociais. Depois, procura ser respeitado e se sentir importante dentro destes grupos, que
são as necessidades de estima. E por fim, no topo da pirâmide, são as chamadas necessidades de
autorealização, poder fazer e sentir-se bem com suas próprias escolhas.
Ao observar a pirâmide por completo, percebe-se que o indivíduo tem necessidades
ligadas ao ego, ao desenvolvimento pessoal e à sua realização. E, ao buscar sua autorealização, o
indivíduo é capaz de se envolver mais com o trabalho e assim passa a vê-lo como o seu principal meio
de inserção na sociedade, dando o sentido para as suas ações e sendo a medida do seu valor social.
Mais tarde o autor Frederick Herzberg formulou a Teoria dos Fatores Motivacionais e
Higiênicos. Ele realizou pesquisas e entrevistas com contadoras(es) e engenheiras(os) para descobrir
quais fatores as(os) fariam gostar ou desgostar dos seus trabalhos e concluiu que aquelas(es) que
gostavam do trabalho atribuíam esta situação à realização, reconhecimento, responsabilidade e
promoção. Em contrapartida, aquelas(es) que não gostavam do que faziam indicaram como causa a
supervisão cerrada, a falta de unidade da supervisão e as poucas condições de trabalho.

VOCÊ SABIA?

Frederick Irving Herzberg foi um psicólogo americano que se tornou um dos


nomes mais influentes na gestão empresarial. Ele é famoso por introduzir o
enriquecimento do trabalho e a Teoria dos dois Fatores. Saiba mais em
http://www.sobreadministracao.com/tudo-sobre-a-teoria-dos-dois-fatores-
de-frederick-herzberg/

No estudo de Herzberg foi observado dois tipos de fatores na motivação humana no


trabalho: fatores motivacionais, que são aqueles que estão diretamente ligados à melhoria do
desempenho e do aumento da motivação do indivíduo, e os fatores higiênicos; que são os fatores
que se estão ausentes, irão causar insatisfação e impactar de maneira ruim no desempenho
individual.

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Figura 10: fatores de Herzberg.
Fonte: encurtador.com.br/duwWZ.
Descrição da figura: duas colunas, lado a lado, a primeira listando os fatores motivacionais e a da direita listando os
fatores higiênicos. Abaixo de cada uma das colunas há um eixo indicando a variação para a não satisfação e a satisfação.

A Teoria dos Fatores de Herzberg mostra que devem ser dadas responsabilidades à(ao)
colaboradora(or), a fim de ela(e) se interessar pelo trabalho. Teoria esta que se opõe à Escola Clássica,
em que o indivíduo deveria apenas executar as tarefas dadas. Logo, quando a(o )colaboradora(or) é
convidada(o) a ser um pouco mais autônoma(o) no seu trabalho, ela(e) acaba se identificando mais
com sua função e assim com sua empresa como um todo.
Outro autor chamado McGregor (1999) propôs dois pressupostos sobre a natureza
humana e afirmou que as motivações correspondem a diferentes estilos de liderança. Na concepção
da Teoria Y revela o fato de que a colaboração humana na organização é a capacidade das(os)
gestoras(es) em descobrir como as(os) colaboradoras(es) podem contribuir da melhor maneira nas
organizações.

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Figura 11: Douglas McGregor
Fonte: https://www.eximia.co/a-dificuldade-do-trabalho-remoto-e-as-teorias-x-e-y-de-douglas-mcgregor/
Descrição da figura: Imagem de Douglas McGregor com terno e sorrindo.

De modo bem pontual, o Quadro 2 apresenta o entendimento da Teoria X e Y:


TEORIA X TEORIA Y

As pessoas são preguiçosas e indolentes As pessoas gostam do trabalho que exercem e


são esforçadas e dedicadas.
Pessoas tendem a evitar o trabalho. As pessoas são criativas e competentes.
Pessoas evitam a responsabilidade para se As pessoas podem se controlar e assumir
sentir seguras. responsabilidades.
Pessoas são ingênuas e sem iniciativa. Pessoas consideram o trabalho como algo
natural a ser realizado.

Quadro 2: Teoria X e Y
Fonte: baseado nos estudos de McGregor (1999).
Descrição: Cada colina apresenta 4 linhas contendo informações sobre as teorias X e Y.

Relacionando a motivação à liderança e ainda sobre forte influência das escolas clássicas
da administração, McGregor afirmou que:

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Uma das tarefas essenciais dos dirigentes é organizar o esforço humano a serviço dos
objetivos organizacionais. Nesta visão, uma gestão eficiente é hábil em prever e orientar o
comportamento humano. Afirma que a maior parte dos indivíduos deseja a aprovação social dos
grupos informais e desistirá de incentivos econômicos para satisfazer tal necessidade. Um bom plano
de estímulo individual poderá permitir um aumento moderado de produtividade, mas alerta que
também pode gerar atitudes defensivas por parte dos empregados. Esta dificuldade é gerada pela
escolha errada dos métodos de controle, pois a ênfase na autoridade como método de influência
torna difícil a aceitação dos subordinados ao chefe (MCGREGOR, 1999).
Diversas (os) autoras (es) e linhas de pensamento contribuíram para teorizar o que é
motivação no ambiente de trabalho, sendo assim um modelo motivacional não pode ser visto com
uma teoria isoladamente. Pois ao determinar um sistema administrativo, uma empresa deve
considerar a associação entre as pessoas na organização, suas potencialidades, seus motivos e
desejos; as tarefas organizacionais; o ambiente externo, a organização e as exigências que ele a faz;
e a cultura organizacional, determinado pelo estilo de gestão e estrutura da organização.

Figura 12: Chris Argyris


Fonte: http://www.alba.acg.edu/studying-at-alba/tuition-funding/named-scholarships/the-chris-argyris-scholarship-in-
organization-behavior/
Descrição da figura: Imagem de Chris Argyris sorrindo.

Argyris acredita que algumas organizações dificultam a necessidade de expressão dos


indivíduos e, consequentemente, a capacidade deles em executar o trabalho de maneira criativa e
eficiente. Nesta perspectiva, as organizações precisam ser pontuais e objetivas em relação ao que

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esperam das (os) colaboradoras(es), criando condições para que o desenvolvimento profissional e
pessoal delas(es) aconteça.

VOCÊ SABIA?
Chris Argyris foi um psicólogo americano, professor de Harvard, considerado
uma autoridade mundial na área de comportamento organizacional. Ele foi o
precursor do
conceito de aprendizagem dupla, base para que as empresas aprendam
continuamente. Saiba mais em
www.historiadaadministracao.com.br/jl/gurus/44-chris-argyris.

Argyris (1992) afirma que a organização precisa incentivar a participação dos indivíduos
nas decisões, integrando os diferentes grupos da organização, a fim de permitir uma integração
horizontal. Este modelo ajuda o ser humano a intensificar seu próprio desenvolvimento no cargo e a
criar organizações com boa capacidade de analisar problemas, sendo por fim, mais eficientes. O que
também permite mais ajustes em processos de ação e inovações.
Por fim, um último desafio propositivo de reflexão para que você avalie ainda mais e faça
as suas análises específicas:

PARA PENSAR:
Como você analisa sua motivação para desenvolver atividades como
Técnica(o) em Biblioteconomia? Quais as ações que te ajudariam a se manter
motivado e quais ações você faria para auxiliar na motivação?

Que tal falarmos um pouco sobre isso em nossa videoaula e no fórum da


unidade?

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Figura 13: Técnicos (a) em biblioteca em momento descontraído.
Fonte: https://www.cps.sp.gov.br/projeto-biblioteca-ativa-agrega-comunidade-escolar-em-tempos-de-pandemia/
Descrição da figura: Imagem de um rapaz de costas e uma moça sorridente num ambiente de biblioteca.

Após toda essa explanação e vasto compartilhamento de informações, chegamos ao final


da nossa última unidade! Espero que você tenha apreciado este e-book da mesma forma como foi
maravilhoso o processo de construir todos esses artefatos. Se você continuar com dúvidas, basta
entrar em contato por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem e conversar conosco, combinado?

Deixa de aparecer não, yoda nossa equipe ficará bastante feliz em te ajudar!

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CONCLUSÃO
O objetivo desta disciplina foi discutir os conceitos de administração no contexto do
trabalho do Técnico em Biblioteca. Para isso, foram abordadas as teorias da administração, que
forneceram uma visão sobre as primeiras ações organizacionais estruturadas, bem como sobre o que
se pensa e se faz atualmente em relação à administração.
Ao estudar o planejamento estratégico e suas ferramentas, bem como as teorias
comportamentais dentro das organizações, notamos que a administração vai além de uma
abordagem tecnicista, envolvendo a gestão, a articulação da estrutura humana e material, e requer
habilidades intelectuais.
Esperamos ter despertado em vocês a curiosidade sobre este tema fascinante. Como
futuros profissionais da informação, Técnicos em Biblioteconomia, é fundamental que desenvolvam
suas capacidades teóricas e práticas para aplicar na vida profissional. Cada um de vocês tem um papel
importante a desempenhar nessa jornada, e esperamos ter indicado o caminho para o seu sucesso.

Até a próxima disciplina!


Forte abraço! =D

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REFERÊNCIAS

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MINICURRÍCULO DO PROFESSOR

Isabelle C. C. Domingos dos Santos


Mestranda em Tecnologia e Gestão em Educação a Distância (UFRPE), bacharela em
Biblioteconomia (UFPE) e especialista em Gestão e Tutoria do Ens. a Distância (FACIGMA). Professora
do curso profissionalizante de biblioteconomia da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco,
lotada na ETEPAC (Escola Técnica Estadual Antônio Carlos Gomes da Costa). Como bibliotecária tem
vasta experiência com Gestão de unidades informacionais, diagnóstico de acervos, processo técnico
de acervos, gestão eletrônica de acervos, treinamento de pessoal, Preservação documental,
Avaliação do MEC. Tem experiência também com Docência e tutoria em cursos de EAD e Secretária
pedagógica EAD. Como atividade de extensão acadêmica participou ativamente do projeto Conexões
de Saberes/UFPE, Escola aberta e da ONG Instituto PAPAI. É Consultora em normalização de trabalhos
acadêmicos, gestão de acervos e pesquisadora em assuntos correlatos à biblioteconomia, Ciência da
Informação e Educação a distância.

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