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Gerenciais
Micheline Xavier de Moura
Técnico em
Secretaria Escolar
Sistemas de Informações
Gerenciais
Micheline Xavier de Moura
Curso Técnico em
Secretaria Escolar
Educação a Distância
Recife
Design Educacional
Ana Cristina do Amaral e Silva Jaeger Secretaria Executiva de
Helisangela Maria Andrade Ferreira Educação Integral e Profissional
Jailson Miranda
Roberto de Freitas Morais Sobrinho Escola Técnica Estadual
Professor Antônio Carlos Gomes da Costa
Diagramação
Jailson Miranda
Gerência de Educação a distância
Catalogação e Normalização
Hugo Cavalcanti (Crb-4 2129)
Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................. 72
5
UNIDADE 01 | APROPRIAÇÃO DO CONCEITO E DA IMPORTÂNCIA DE
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
Olá caro(a) estudante!
Convido você para, nesta primeira unidade, conhecer o conceito de Sistemas de
Informações Gerenciais – SIG; compreender um pouco mais sobre tecnologia da informação; e
aprender sobre a importância dos SIGs na tomada de decisões e na organização de uma instituição
de ensino, seja pública ou privada.
Em resposta a esta pergunta, Carmem Lúcia Batista (2018, p. 230) coloca que a
apropriação do conhecimento corresponde a um processo dialético ocorrido entre o meio social e o
sujeito, que constrói sua identidade a partir dos objetos disponíveis no mundo e desenvolvidos pelas
gerações passadas, por meio de uma relação dinâmica, inconstante e mutável, pois se refere “à
construção de um ser que sempre se transforma e que está inserido num mundo sempre em
mudança”.
Assim, você verá que a apropriação de um conceito se dá através da construção de
conhecimentos, tendo por base a negociação de representações, o propósito de conjugar realidades
e interesses diversos, envolvendo um processo dialético de troca de informações, e este é muito
utilizado nas Ciências da Informação quando relacionado às situações de apropriação de informação,
de bens culturais, de espaço, de dispositivos tecnológicos, dentre outros.
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Para melhor entender o conceito de apropriação e sua contribuição à Ciência
da Informação, leia o texto completo de Carmem Lúcia Batista no link:
https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/74317/47702
Sobre essa questão, explica Wakulicz (2016, p. 15) que, o conhecimento das tecnologias
da informação e dos sistemas de informação é fundamental para quem deseja alcançar o sucesso de
empresas e organizações, pois “constituem um campo de estudo fundamental em administração e
gerenciamento de todos os tipos de empresas”.
Assim, antes de apresentar o conceito de Sistemas de Informações Gerenciais, será feita
uma breve explanação acerca dos conceitos de Sistema e de Sistemas de Informação.
Vejamos:
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De modo semelhante, André Luís Belini de Oliveira (2022) define sistema como um
conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir objetivos. Desse modo, os
elementos em si e as relações ocorridas entre eles é que irão determinar o funcionamento do sistema
(OLIVEIRA, 2022).
Todavia, para tratar sobre sistemas de informações é preciso entender que a aquisição de
informações pelas empresas é elemento fundamental para o seu sucesso e para a construção de seu
diferencial competitivo. Assim, a informação não se limita apenas aos dados que são coletados, mas
a forma como estes são organizados e ordenados para a atribuição de significados e contextos, sendo
justamente a forma como essa informação é processada/utilizada que irá garantir ou não seu
diferencial competitivo (BAUM, 2004).
Nesse momento, surge o Sistema de Informação, o qual vai coletar, processar, armazenar,
analisar e disseminar as informações, com o fim de atingir um determinado objetivo.
Assim, quando se passa à compreensão do conceito de Sistema de Informações, verifica-
se que:
Acima você verifica que o sistema de informações pode descrever tanto por um sistema
automatizado, que compreende sistemas computadorizados e redes de comunicação (o chamado
Sistema Informacional Computadorizado); quanto um sistema manual, ligado às pessoas, às
máquinas ou às questões metodológicas organizadas para coletar, armazenar, processar, transmitir
e disseminar dados que representem uma informação aos usuários (WIKIPÉDIA, 2023).
Desse modo, pode-se dizer que o elemento principal dos sistemas de informações é a
própria informação, que serve de auxílio para a tomada de decisões da empresa, pois, sem
informação não é possível haver uma administração eficaz.
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Logo, para que o objetivo do sistema de informação seja alcançado, é preciso que os
dados nele inseridos passem pelo processo de entrada, processamento, saída e feedback, os quais
vão estruturar este sistema, conforme você ver na Figura 1.
PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO
DADOS Aplicação do conhecimento pela seleção, INFORMAÇÃO
(Entrada) organização e manipulação dos dados (Saída)
(Processamento dos dados)
Realimentação/Feedback
Antes de dar prosseguimento ao estudo, é importante que você saiba que o conceito de
Sistema de Informações muitas vezes é utilizado erroneamente como sinônimo de sistema de
informação informática. Todavia, este último pertence ao campo das tecnologias da informação e
pode fazer parte, como recurso material, de um sistema de informação.
Dando seguimento ao seu estudo, verifica-se que na atualidade, para a tomada de decisão
das empresas, é de fundamental importância que suas informações se encontrem centradas em um
sistema de informações próprio, o qual corresponde ao Sistema de Informações Gerenciais (SIG), cujo
conceito é apresentado baixo:
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Figura 02 – Sistema de informação gerencial
Fonte: http://dinelleizabel.blogspot.com/2012/04/aula-5-sig-sistema-de-informacoes.html
Descrição da imagem: A figura é formada por um fluxograma que contém ao centro um globo terrestre com a sigla SIG
escrita, e ao seu redor observam-se seis retângulos verdes ligados entre si por uma seta. O primeiro, localizado acima
do globo tem escrito em branco: mundo real; em seguida vem o segundo: aquisição de dados; o terceiro: manipulação
dos dados; o quarto: análises; o quinto: gerencia dos produtos; e o sexto: tomada de decisões.
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O que vem a ser INFORMAÇÃO GERENCIAL?
No mundo globalizado, o uso das tecnologias da informação (TIs) faz parte do cotidiano
da maioria das pessoas, e, conforme visto acima, quando se trata de SIG, as TIs passam a ser
fundamentais, sobretudo, no universo escolar em que o seu curso se encontra inserido, pois as
tecnologias se fazem presente no gerenciamento das instituições de ensino, sejam estas públicas ou
privadas, bem como na garantia de uma melhor administração e gestão escolar.
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As Tecnologias da Informação (TIs) – ou Information Technology (IT), como são chamadas
no inglês – desde a década de 1950 têm promovido importantes transformações nas empresas. E,
embora o seu uso, inicialmente, encontrar-se fortemente ligado ao controle dos custos de produção
das empresas industriais, na atualidade, ele integra por todo o mundo, a elaboração de novas
estratégias e formas de relacionamento entre empresas e consumidores, visando não só a questão
da produtividade, mas também a melhoria na qualidade da tomada de decisões pelos gestores
(MORAES et al, 2018).
Como você pode verificar na figura 3, acima, as TIs encontram-se atreladas ao uso de recursos
tecnológicos e computacionais e ao armazenamento e uso de informações. Daí você poderá defini-las como:
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Os avanços tecnológicos ocorridos nos últimos tempos, principalmente devido à
expansão causada pelo processo de globalização, modificaram as sociedades e a forma das pessoas
se relacionarem por todo o mundo. E, nesse contexto, a utilização da TI teve papel decisivo nas
transformações organizacionais, tornando fundamental para as organizações o investimento em
inovações tecnológicas, a utilização de sistemas de informações e a busca de conhecimento sobre o
seu uso enquanto recursos estratégicos (COSTA, 2017).
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Desse modo, você verá que os hardwares correspondem a parte física, ou seja, é tudo
aquilo que você pode tocar. Logo, o computador, o tablet, o celular e qualquer outro eletrônico ou
componente eletrônico que você utiliza para o armazenamento de informações correspondem a um
hardware.
Veja, na figura 4, alguns exemplos de hardware.
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SOFTWARE: É a parte lógica do computador, a qual corresponde aos
programas de computador que controlam o trabalho do hardware junto com
a documentação do programa utilizado para explicar os programas aos
usuários (COSTA, 2017).
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Figura 06 – Exemplos de Software de aplicação
Fonte: https://malittlebigblog.wordpress.com/2014/09/24/software-de-sistema-e-software-de-aplicacao/
Descrição da imagem: A figura apresenta diferentes exemplos de softwares de aplicação.
Agora, com o quadro 1, você vai aprender as diferenças existentes entre o hardware e o
software:
Hardware Software
O que são Elementos físicos que formam o Programas e sistemas que fazem o
equipamento equipamento funcionar
Função Atua como sistema de entrega do Executa uma tarefa específica, o qual
software fornece as instruções ao hardware
Tempo de vida Pode estragar com o tempo Pode ficar desatualizado
Desenvolvimento Criado a partir de materiais Criado por meio de códigos e
eletrônicos linguagem de programação
Inicialização Funciona quando o software é Instalado no equipamento para que o
carregado mesmo funcione
Manutenção As peças podem ser substituídas Pode ser reinstalado
por outras
Quadro 1 - Principais diferenças entre hardware e software
Fonte: https://www.todamateria.com.br/hardware-e-software/
Agora que você já sabe diferenciar um hardware de um software, que tal aprender sobre
o que vem a ser Sistemas de Comunicação? Então, vamos lá!
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SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES: é a transmissão de sinais, por qualquer
meio de comunicação (inclusive telefone, rádio e televisão), que vai de um
emissor a um receptor (COSTA, 2017).
Canal de
Fonte Transmissor Receptor Destino
Transmissão
(Mensagem) (Mensagem)
Ruido
Interferência e Distorção
Figura 07 – Elementos de um sistema de Comunicações
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1680454/6/images/10/Elementos+de+um+Sistema+de+Comunica%C3%A7%C3
%A3o.jpg
Descrição da imagem: Ver-se o fluxograma do sistema de comunicações, onde a fonte, através de um sinal de entrada,
é passada por um transmissor, cujo sinal de transmissão é recebido por um receptor que o liga ao seu destino final.
Por fim, você vai conhecer o quarto componente que fundamenta as TIs: a gestão de
dados e informações, cujo conceito é apresentado abaixo.
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Com a leitura deste conceito, você poderá perceber que a gestão de dados e informações
possui grande importância dentro das organizações, pois é através desta que as empresas conseguem
não só reunir informações, mas também mantê-las seguras, para que, de posse delas, possa executar
suas ações de forma rápida e eficiente.
Para a gestão de dados e informações necessita de alguns componentes, quais sejam:
• Coleta: que inclui a inclusão de dados de diferentes fontes, como: transações de
negócios, interações com clientes, dados de sensores e dispositivos, dados de redes
sociais, entre outros;
• Armazenamento: através da criação e manutenção de banco de dados ou de outro
sistema de gerenciamento de dados;
• Gerenciamento: que englobam as políticas, procedimentos e processos utilizados
na gestão e proteção dos dados;
• Análise: feita através de técnicas de análise estatística e matemática, com o
objetivo de identificar tendências, padrões e insights nos dados;
• Visualização: que deve ocorrer de forma visual e capaz de facilitar a compreensão
dos dados, o que facilita na tomada de decisões;
• Governança: estabelecimento de regras e políticas com o fim gerir a coleta, o
armazenamento, o uso e o compartilhamento dos dados;
• Integração: que ocorre com a combinação de dados de várias fontes para a criação
de um conjunto único e coeso de informações;
• Segurança: com a finalidade de proteger os dados contra ameaças, externas e
internas, de hackers, de vazamento de dados ou de violações de privacidade;
• Gerenciamento de metadados: através da gestão das informações dos dados, como
origem, definição, relações entre dados e informações relevantes.
Dando seguimento aos seus estudos, e, antes de tratar a respeito da importância dos SIGs
faz-se importante a realização de uma reflexão acerca da sintonia que deve existir entre as pessoas,
os hardwares e os softwares na tecnologia da informação.
Pois, para que as coisas ocorram como precisam, é fundamental que estes três elementos
estejam em sintonia, ou seja, de nada adianta a obtenção de tecnologias de última geração, se as
pessoas que forem trabalhar com elas não saibam manuseá-las; ou se ter um pessoal altamente
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preparado e os equipamentos não forem capazes de realizar tarefas com eficácia e qualidade. Logo,
é preciso que haja pessoas capacitadas para operar com as TIs, e que os equipamentos utilizados
possibilitem o alcance das metas e objetivos para o qual foram adquiridos e/ou criados.
Então, questionamos:
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É certo afirmar que o uso de SIGs pelas empresas sempre existiu, embora a nomenclatura
utilizada em sua definição fosse outra e sua utilização ocorria de forma simples e informal. Foi o
advento da computação e os avanços tecnológicos que possibilitaram uma maior capacidade para
processar, condensar e armazenar informações e, com isso, os sistemas de informações gerenciais
passaram a ser um campo de estudo e a se formalizar como um sistema de informação (MARTINS et
al, 2012).
Agora, pergunto a você:
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eficiente; do aumento do nível de motivação das pessoas e da redução da mão de obra burocrática,
dentre outros (MARTINS et al, 2012). E estes benefícios também são estendidos para as instituições
de ensino.
Todavia, é importante lembrar que, hardwares e softwares são passíveis de sofrer danos,
seja devido à quebra ou à ação de vírus. Estes também podem sofrer invasões de hackeres mal
intencionados, pois são inúmeras as causas que podem deixá-los sem a possibilidade de acesso. Dessa
forma, faz-se necessária a realização, em tempos pré-estabelecidos, do backup dos dados
armazenados no computador da instituição.
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é totalmente seguro, onde o usuário pode ter acesso aos seus dados por meio de
login e senha próprios.
Com essas explanações, chegamos ao final desta unidade, espero que os conhecimentos
adquiridos tenham contribuído para aumentar seus conhecimentos acerca dos sistemas de
informações e do sistema de informações gerenciais.
Todavia, sua jornada de conhecimentos está apenas começando e você está convidado
para continuarmos juntos rumo a novas aprendizagens. Para isso, te apresento a próxima
competência, onde você vai conhecer um pouco mais sobre os Censos Educacionais e a importância
de sua utilização.
Desse modo, fique atento(a) às atividades sobre o assunto que será abordado nessa
semana, verifique o material complementar e participe dos fóruns (geral e de atividades), como
também dos destaques.
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UNIDADE 02 | Importância da utilização do Sistema dos Censos
Educacionais
Olá, Caro estudante!
Seja bem-vindo a mais um momento de aprendizagem.
Agora, que você já compreendeu a importância dos SIGs e das tecnologias da informação
para a tomada de decisões e para a organização de uma instituição de ensino, está preparado para
dar início a mais esta jornada de conhecimentos?
Agora que você já ouviu nosso podcast, tenho a grande satisfação de te chamar para
adicionar aos conhecimentos adquiridos com a primeira unidade a aprendizagem sobre o censo
educacional, sua finalidade, funcionamento e principais instrumentos.
Porém, para dar início as explanações acerca do censo, é importante trazer para você
alguns esclarecimentos sobre o que vem a ser o Censo Demográfico.
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A palavra censo se origina do latim census, que significa conjunto de dados característicos
dos habitantes de uma determinada localidade ou país, os quais são utilizados para fins estatísticos
(BRASIL, 2015).
Agora, que tal saber um pouco mais sobre o IBGE? Então, aproveite para
ao vídeo disponível no site:
https://educa.ibge.gov.br/20592-sobre-o-ibge.html
Após assistir a este vídeo e com base no que viu até o presente momento, você pode
perceber que o censo demográfico é uma das mais completas fontes de informação existente sobre
as condições de vida da população em todos os 5.565 municípios brasileiros (GUITARRARA, 2023).
Como você deve saber, o censo ocorre a cada 10 anos e por seu intermédio são verificados
dados, como: evolução da população e estrutura etária do país; nível de educação, saúde, emprego
e renda; deficiência visual, auditiva e locomotora; condições de habitação e acesso aos serviços
públicos de saneamento, água potável, energia elétrica, telefonia e internet; bem como questões
relacionadas à existência de calçamento, iluminação pública, esgoto a céu aberto, depósito de lixo
próximo a cada rua, entre outros (GUITARRARA, 2023).
Dessa forma, uma operação censitária tem por objetivo mostrar o retrato detalhado de
vários aspectos da população, tais como: educação, saúde, moradia, trabalho e condições de vida. E,
ao se avaliar as transformações ocorridas na sociedade no período de 10 anos, é possível realizar a
comparação de dados e entender a evolução dos indicadores sociais (RIBEIRO, 2003).
Os dados recolhidos durante os censos são utilizados como instrumentos essenciais para:
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I. Subsidiar políticas públicas, orientando o planejamento das ações a serem
realizadas pela gestão pública e a realização dos orçamentos governamentais, de
forma que os dados fornecidos possibilitem a aplicação de recursos públicos em
áreas prioritárias;
II. Servir de referência à tomada de decisões de investimento do setor privado,
através do fornecimento de informações sobre mercado consumidor, poder de
compra de determinada população, localização de seu público-alvo, entre
outros;
III. Fornecer informações para a realização de diferentes estudos e pesquisas
científicas em áreas como saúde, economia, educação, social, entre outras
(RIBEIRO, 2003).
E, dentre estas áreas, para este estudo destaca-se o Censo Educacional, o qual você está
convidado a conhecer a partir de agora. Vamos lá!
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O censo escolar é um levantamento nacional de dados das escolas públicas e privadas
brasileiras, englobando educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e
adultos e educação especial. Sua realização ocorre através da coordenação do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e conta com o apoio das Secretarias Estaduais e Municipais
de Educação, bem como a participação de todas as escolas públicas e particulares do país (INEP,
2023a).
Nesse universo, o censo educacional abrange várias etapas e modalidades da educação
básica e profissional brasileira. Sendo elas: o Ensino Regular (educação infantil, ensino fundamental
e médio); a Educação especial – modalidade substitutiva; a Educação de Jovens e Adultos (EJA); e a
Educação profissional (cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada e qualificação
profissional) (INEP, 2023a).
É através do censo escolar que são obtidas informações, como: o total de alunos
matriculados por turma, sexo e idade e por nível de ensino; as funções dos docentes e seus graus de
formação; e a caracterização física das escolas. E através deste também, é possível ter acesso à
informação do total de alunos aprovados e reprovados; da evasão escolar; e da distorção existente
entre idade e série (INEP, 2020a).
Assim, diante do que foi visto até agora, pergunto:
Para que você compreenda a finalidade do censo escolar, é preciso que o veja como uma
ferramenta de importância fundamental para a compreensão da situação da educação no Brasil, bem
como, de suas escolas, a fim de que sejam efetivadas políticas públicas adequadas e capazes de
atender as necessidades para o fornecimento de uma educação de qualidade para todos.
Logo, o censo educacional tem a função de promover a compreensão da situação da
educação no país, a qual só poderá acontecer através do conhecimento de um conjunto amplo de
indicadores educacionais, os quais são calculados a partir de dados coletados pelo censo escolar.
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Então, qual é a periodicidade em que acontece o censo educacional no Brasil?
De acordo com o INEP (2023a), o censo escolar é realizado anualmente e tem seu período
de coleta de dados estipulado através de Portaria. Essa coleta tem caráter declaratório e divide-se
em duas etapas. A primeira, corresponde ao preenchimento da matrícula inicial, na qual são passadas
informações os estabelecimentos de ensino, gestores, turmas, estudantes e profissionais escolares
em sala de aula. Já a segunda corresponde ao preenchimento de informações sobre a situação do
estudante, onde são obtidos dados sobre seu movimento e rendimento escolar ao final do ano letivo.
Assim, você poderá perceber que o Censo Educacional corresponde a uma grande
pesquisa sobre escolas, estudantes, profissionais escolares (professores; auxiliares/assistentes
educacionais; profissionais /monitores de atividades complementares educacionais; tradutores e
interpretes de libras), turmas e tipos de atendimentos da educação básica. E, para saber o que é
tratado em cada um destes itens, é só você observar o quadro que segue.
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Fonte: Brasil (2015)
Desse modo, os dados obtidos através do Censo Escolar em conjunto com outras
avaliações realizadas pelos INEP são utilizados para a realização do cálculo do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEP), um indicador que serve de referência para o
estabelecimento das metas que serão estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC), por
intermédio do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) (IBGE, 2023b).
Agora que você já conhece o que é e a importância do Censo Escolar, que tal aprender
um pouco mais sobre a sua trajetória histórica? Então, é só observar o quadro 3, abaixo.
ANO DESCRIÇÃO
1931 • Criação do Ministério de Educação e Saúde e sua participação na IV Conferência
Nacional de Educação, que estabeleceu a padronização de um modelo de pesquisa
educacional para todos os estados federados.
• Criação do Conselho Nacional de Educação.
• Início das discussões com a proposta de construção do Plano Nacional de Educação.
• As mudanças econômicas que aconteciam na educação passaram a ter importância
estratégica, criando-se, assim, um contexto favorável em relação à questão.
1937 • Criação do Instituto Nacional de Pedagogia, que posteriormente passou a chamar-se
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacional Anísio Teixeira (INEP), o qual
tinha a responsabilidade formal de analisar e interpretar os dados educacionais
fornecidos pelo Serviço de Estatísticas de Educação e Saúde (SEES).
1939 • Lançamento da publicação “O ensino no Brasil no quinquênio 1932-1936”, com a
apresentação dos resultados das primeiras investigações sobre a educação nacional
e trazendo informações sobre: unidades escolares, matrículas, aprovações e
conclusões de cursos, professores, despesas com ensino e cultura e providências
governamentais em prol da educação.
1956 • Criação do Ministério de Educação e Cultura (MEC) e a pasta de estatísticas
educacionais passou a ser responsabilidade do Serviço de Estatísticas de Educação e
Cultura (SEEC). Nos anos seguintes houve a implantação de centros de estatística nas
secretarias de educação do país.
1991 • O SEEC assumiu a responsabilidade de descentralizar a apuração dos dados
educacionais apurados, através de um sistema informatizado capaz de estabelecer
uma conexão com as secretariais estaduais de educação, cuja experiência foi a
precursora do Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIEd), criado
posteriormente.
1996 • A criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (FUNDEF) foi fundamental na consolidação do Censo
Escolar da Educação Básica.
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1997 • O SEEC foi integrado ao INEP, o que foi um grande passo para a unificação
metodológica e institucional para o levantamento de dados e avaliações educacionais
na esfera federal.
2007 • O FUNDEF foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), no qual o
Censo Escolar da Educação Básica continuou sendo à base de funcionamento no
processo do repasse de fundos para a educação.
• Criação do Educacenso, por uma equipe técnica do INEP, após a realização
aprofundada de estudos sobre métodos e procedimentos técnicos e operacionais
existentes.
Quadro 03 – Trajetória histórica do Censo Educacional brasileiro
Fonte: Brasil (2015)
2.2 Educacenso
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EDUCACENSO: é um sistema eletrônico de coleta de informações
educacionais, cujo levantamento de dados é feito através da Internet. Este é
composto por um aplicativo web que permite a coleta, a migração e a
alteração de dados educacionais das escolas em todo o território nacional,
correspondendo, assim, a um banco de dados relacional onde ficam
armazenadas, de forma sistemática, todas as informações recebidas
(SAMPAIO, 2006).
Assim, através dos dados coletados pelo Educacenso é possível ter uma radiografia do
sistema educacional brasileiro, pois é através do levantamento desses dados que se calcula o Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica do país, e, a partir disso, é que ocorre o planejamento de
como serão distribuídos os recursos financeiros do FUNDEB, voltados para compra de alimentação,
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de livros didáticos, de material de uso individual, de bancas, de mochilas, de fardamentos, de
cadernos, de materiais de uso coletivos, de equipamentos eletrônicos para escola, bem como para o
transporte escolar, para implantação de bibliotecas, entre outros (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2023).
Para responder essa questão, foi elaborado o quadro 4 que segue, no qual você poderá
conhecer as mudanças trazidas com a implantação do Educacenso.
31
situação de docentes e de outros situação funcional dos profissionais
profissionais de educação, escolares, possibilitando a
fundamentais para o desenvolvimento implementação de políticas de
de políticas de formação inicial e formação de professores.
continuada destes profissionais.
Execução da Implica no esforço logístico de todas as A informatização do processo
coleta esferas de governo para a impressão de aperfeiçoou as etapas da coleta,
distribuição de questionário, redistribuindo as atividades entre os
preenchimento, coleta, digitação, entes envolvidos, inclusive os
transmissão, análises de recursos e estabelecimentos de ensino,
tratamento de informações. O que deixa conferindo agilidade em todo o
o período compreendido entre o início processo e mais rapidez na
da coleta e divulgação dos dados mais divulgação dos dados.
demorados.
Quadro 04 – Mudanças com a implementação do Educacenso no Brasil
Fonte: Brasil (2015).
Pois é, com o Educacenso, o censo escolar passou a acontecer em duas etapas distintas,
as quais você conhecerá a seguir.
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• A MATRÍCULA INICIAL: primeira etapa de coleta, que tem o objetivo de
levantar informações gerais sobre o sistema educacional brasileiro, onde
são coletados dados individualizados das escolas, turmas, estudantes e
profissionais escolares.
• A SITUAÇÃO DO ALUNO: segunda etapa da coleta, que tem o objetivo de
levantar informações ao final do ano letivo sobre os estudantes que foram
informados na primeira etapa, como: rendimento escolar (aprovação e
reprovação) e movimento escolar (se deixou de frequentar, transferência
ou falecimento) (BRASIL, 2015).
Agora que você já conheceu o Educacenso quero te convidar para enriquecer ainda seus
conhecimentos e aprender sobre os indicadores educacionais, que assim como o Educacenso,
auxiliam para a realização de um retrato mais fiel do Sistema Educacional Brasileiro.
Está animado(a) para iniciar mais esta etapa de estudos?
Então, vamos lá!
2.3 Indicadores educacionais: ENEM, ENADE, SAEB, PROVA BRASIL, IDEB e PNE
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Figura 08 – Indicadores educacionais
Fonte: https://isoldapacini.wixsite.com/indicadores
Descrição da imagem: A figura retrata três tipos de gráficos, simbolizando diferentes resultados de indicadores
educacionais.
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Já os indicadores qualitativos geralmente retratam a voz, os sentimentos, os
pensamentos e as práticas dos que atuam na pesquisa ou que estão participando do processo de
avaliação. Deste modo, estes geram uma interpretação subjetiva do pesquisador, relaciona a
aspectos diferentes da realidade, como: concepção de qualidade de vida populacional, de trabalho
digno ou de bem-estar (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, 2015).
Assim, a análise de dados quantitativos e qualitativos combinados é fundamental para
enriquecer a compreensão do que se refere à área da educação, pois auxilia na identificação, no
monitoramento e na análise de uma dada situação, e, consequentemente, influencia na tomada de
decisões (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, 2015).
Logo, o conhecimento dos indicadores populacionais permite monitorar o
desenvolvimento da educação brasileira e a definição das políticas públicas a serem aplicadas, uma
vez que estas são realizadas com base na realidade retratada pelos indicadores (FONSECA, 2010).
No que diz respeito aos indicadores educacionais, estes servem de para o
estabelecimento de ações na área de educação, onde: recursos públicos passam a ser distribuídos
conforme o número de matrículas das escolas e redes de ensino; servidores da educação recebem
aumento salarial e gratificações de acordo com os indicadores de proficiência e rendimento;
premiações e benefícios são concedidos a partir de avaliações de larga escala, através de programas
educacionais que utilizam os indicadores para monitorar resultados; entre outros (FONSECA, 2010).
Assim, dentre os instrumentos avaliativos utilizados, você vai encontrar: o Exame
Nacional do Ensino Médio (ENEM); o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE); o
Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e dentro deste sistema de modo mais específico, a
Prova Brasil; o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB); e o Plano Nacional da Educação
(PNE), os quais lhes serão apresentados, a partir de agora.
ENEM → Criado em 1998, o ENEM é uma prova realizada pelo INEP com o objetivo de
avaliar a qualidade do ensino médio no país, cujo resultado serve de acesso ao ensino superior em
universidades públicas brasileiras, através do Sistema de Seleção Simplificada (SiSU), assim como em
algumas universidades no exterior (WIKIPÉDIA, 2020). Podem participar do ENEM os estudantes que
estão concluindo ou que já concluíram o Ensino Médio e seus resultados também é utilizado como
critério de seleção para aquisição de bolsas no Programa Universidade para Todos (PROUNI). Além
disso, muitas universidades utilizam o seu resultado como critério de seleção para o ingresso no
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ensino superior, seja em complemento ou substituição do vestibular (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO,
2020).
ENADE → É um exame que faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (SINAES) e tem por objetivo avaliar a qualidade do ensino superior no país (GUIA DO
ESTUDANTE, 2023). Este exame avalia os concluintes dos cursos de graduação em relação aos
conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos, bem como ao
desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral
e profissional e ao nível de atualização destes estudantes em relação à realidade brasileira e mundial
(INEP, 2023).
SAEB → Conjunto de avaliações externas realizadas em larga escala pelo INEP, com o fim
de realizar um diagnóstico da educação básica no país e dos fatores que podem interferir no
desempenho estudantil. É realizado a partir de testes e questionários, a cada dois anos, nas redes
públicas e em uma amostra da rede privada para verificação dos níveis de aprendizagem dos
estudantes avaliados e seu resultado é usado como indicativo da qualidade do ensino brasileiro, além
de oferecer subsídios para elaboração, monitoramento e aprimoramento de políticas públicas
educacionais (INEP, 2023).
Para saber mais sobre o SAEB, convido você para a leitura do Link:
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/19/6/saeb-definicao-
caracteristicas-e-perspectivas
PROVA BRASIL → A Prova Brasil é parte integrante SAEB e corresponde a uma avaliação
censitária das escolas públicas brasileiras, com o objetivo de avaliar sua qualidade de ensino.
Participam da Prova Brasil escolas com o mínimo de 20 estudantes matriculados nas séries/anos
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avaliados, cujos resultados são disponibilizados por escola e por ente federal; e os estudantes do 5º
ano e do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas urbanas e rurais (EDUACADEMIA, 2020).
IDEB → Criado em 2007, reúne em um único indicador o fluxo escolar e as médias de
desempenho obtidas nas avaliações, cujos dados são obtidos a partir do Censo Escolar e das médias
de desempenho disponibilizadas pelo SAEB. Assim, a combinação entre fluxo e aprendizagem traz a
vantagem de equilibrar as duas dimensões, de forma que: se um sistema de ensino retiver seus
estudantes para obter resultados de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado, indicando
a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do estudante
sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2023).
PNE → Apesar de não se caracterizar como um instrumento de avaliação, o PNE é um
documento que estabelece as diretrizes, metas e estratégias que regem as iniciativas na área de
educação no país, com a finalidade de melhorar a qualidade da educação brasileira (FRANÇA, 2020).
Você já está chegando ao final desta unidade, e para encerrá-la você irá conhecer os
principais documentos e legislações que tratam acerca do censo educacional.
Preparado?! Então, vamos!
Nesta etapa de estudo, é importante que você saiba que o Censo Educacional é realizado
de acordo com a legislação geral, que regulamenta o levantamento da estatística educacional
nacional e compõe um conjunto de dispositivos legais que trata da obrigatoriedade da declaração das
informações, ao mesmo tempo que protege as informações coletadas e prevê a divulgação e a
entrega dos resultados ao público.
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Desse modo, no quadro 6, você poderá visualizar os documentos legais que, direta ou
indiretamente, regem o processo censitário brasileiro.
LEIS E DECRETOS
Constituição Federal de 1988 No art. 208 dispõe sobre a obrigação do Estado com a educação e em
seu inciso VII, § 3º, estabelece que ao Poder Público compete
recensear os educandos no Ensino Fundamental.
Lei nº 8.069, de 13 de julho de Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em seu
1990 art. 54, inciso VII, § 3º, estabelece que ao Poder Público compete
recensear os educandos no Ensino Fundamental.
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e em seu art.
de 1996 5º, § 1º, inciso I, e em seu art. 9º, inciso V, dispõe sobre o imperativo
da população em idade escolar para o Ensino Fundamental, além da
análise e disseminação de informações sobre a educação por parte da
União.
Lei nº 9.448, de 14 de março de Transformou o INEP em Autarquia Federal e em seu art. 1º, inciso I,
1997 prevê a organização e manutenção do sistema de informações e
estatísticas educacionais por parte do órgão
Lei nº 11.494, de 20 de junho de Regulamenta o FUNDEB, e em seu art. 9º estabelece que, para fins de
2007 distribuição de recursos, serão considerados os dados apurados no
Censo Escolar mais atualizado
Decreto nº 6.425, de 4 de abril de Dispõe sobre o Censo anual de Educação Básica
2008
Lei nº 11.947, de 16 de junho de Dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa
2009 Dinheiro Direto na escola aos alunos da Educação Básica.
PORTARIAS
Portaria nº 264, de 26 de marçoInstitui o dia Nacional do Censo Escolar da Educação Básica como a
de 2007 última quarta-feira do mês de maio de cada ano.
Portaria MEC nº 316, de 4 de abril
Regula o Censo Escolar da Educação Básica e a competência do INEP
de 2007 durante esse processo.
Portaria nº 235, de 4 de agostoEstabelece parâmetros para a validação e a publicação das
de 2011 informações declaradas no Censo Escolar da Educação Básica com
vistas ao controle da qualidade e define as atribuições dos
responsáveis pela declaração das informações.
Portaria MEC nº 197, de março Dispõe sobre a obrigatoriedade das instituições de educação Básica, de
de 2014 Educação Superior e de Educação Profissional e Tecnológica a
responder anualmente o Censo Educacional.
Portaria INEP nº 148, de 4 de Estabelece o limite máximo de valores para os Estados Federados,
maio de 2015 referente ao financiamento do Censo Educacional
Portaria nº 196, 26 de maio de Estabelece as datas e os respectivos responsáveis para as etapas das
2015 coletas dos dados do Censo Educacional do ano de 2015
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Portaria nº 43, de 27 de janeiro Altera as datas relativas ao Decreto anterior.
de 2016
Portaria nº 120, 07 de março de Estabelece as datas e os respectivos responsáveis para as etapas das
2016 coletas dos dados do Censo Educacional do ano de 2016
Portaria nº 286, de 07 de junho Revoga a Portaria nº 120 e estabelece novas datas para o Processo de
de 2016 2016
Portaria nº 91, de 02 de fevereiro Torna público os princípios fundamentais e boas práticas que orientam
de 2017 a produção e divulgação das estatísticas educacionais oficiais
produzidas pelo Inep.
Portaria nº 269, de 23 de março Estabelece as datas e os respectivos responsáveis para as duas etapas
de 2017 de coleta e atividades do processo de execução do Censo Escolar da
Educação Básica de 2017
Portaria nº 254, de 11 de abril de Estabelece as datas e os respectivos responsáveis para as duas etapas
2018 de coleta e atividades do processo de execução do Censo Escolar da
Educação Básica de 2018
Retificação da Portaria nº 254, de Estabelece as datas e os respectivos responsáveis para as duas etapas
11 de abril de 2018 de coleta e atividades do processo de execução do Censo Escolar da
Educação Básica de 2018
Portaria nº 503, de 11 de junho Estabelece os procedimentos para a realização anual da Verificação in
de 2018 loco do Censo Escolar da Educação Básica; institui o Mapa de Riscos e
a Taxa de Risco do Censo Escolar; e dá outras providências
Portaria nº 249, de 20 de março Define o cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação
de 2019 Básica 2019
Portaria nº 357, de 22 de maio de Define o cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação
2020 Básica 2020
Portaria nº 200, de 12 de maio de Define o cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação
2021 Básica 2021
Portaria nº 736, de 17 de Divulga os resultados preliminares do Censo Escolar 2021
setembro de 2021
Portaria nº 1.031, de 17 de Divulga os resultados finais do Censo Escolar 2021
dezembro de 2021
Portaria nº 89, de 23 de março de Define o cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação
2022 Básica 2022
Portaria nº 667, de 13 de Divulga os resultados preliminares do Censo Escolar 2022
setembro de 2022
Portaria nº 1.047, de 27 de Divulga os resultados finais do Censo Escolar da Educação Básica de
dezembro de 2022 2022
Portaria nº 578, de 30 de Define o cronograma de atividades do Censo Escolar da Educação
dezembro de 2022 Básica 2023 (Publicado no DOU em 02/01/2023)
Portaria nº 39, de 30 de janeiro Retifica a Portaria nº 89, que dispõe sobre o Cronograma do Censo
de 2023 Escolar da Educação Básica 2022 (Publicado no DOU em 31/01/2023)
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Portaria nº 73, de 3 de fevereiro Retifica a Portaria nº 578, que dispõe sobre o Cronograma do Censo
de 2023 Escolar da Educação Básica 2023 (Publicado no DOU em 06/02/2023)
DOCUMENTOS
Instrução Normativa TCU nº 60, Dispõe sobre os procedimentos para fiscalização da operacionalização
de 4 de novembro de 2009 do FUNDEB no âmbito federal
Nota Técnica 002/2009 Dispõe sobre o sigilo de informações constantes do Banco de dados do
Censo Escolar
Nota Técnica 03/2013 Trata das ações realizadas com os dados coletados pelo Censo
Educacional para o cálculo das taxas de rendimento escolar
Nota Técnica Pesquisa de Dispõe sobre a metodologia utilizada na pesquisa e os principais
controle de qualidade do censo resultados
da Educação Básica de 2011
Quadro 6 - Legislação e documentos sobre o Censo Educacional brasileiro
Fonte: INEP (2023)
Para você uma boa semana de estudos e logo mais nos encontraremos para o estudo da
próxima unidade desta disciplina.
Preparado?! Então, vamos em frente!
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UNIDADE 03 | Funcionalidades do Sistema de Informação da Educação
Olá, caro(a) Estudante!
Nos encontramos mais uma vez para dar seguimento a mais uma etapa de seus estudos,
a partir de agora, você vai aprender sobre sistema de informação da educação e nesta jornada terá
oportunidade de saber um pouco mais sobre o Sistema de Informações da Educação de Pernambuco
(SIEPE); o Sistema Integrado de Gestão Educacional; o Sistema Integrado de Informações
Educacionais (SIED); e o Sistema de Administração Escolar do MEC (SAEMEC).
IMPORTANTE:
Não se esqueça de ouvir o podcast desta competência antes de iniciar suas
leituras!
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“Não há como construir uma sociedade efetivamente voltada para a cidadania,
para a ética e valores de família sem que a educação possa ser o alicerce que
fecunda os pilares da dignidade”.
Passando agora para a realidade de nosso Estado, você vai ver que, com o intuito de
buscar inovação e melhorias, a Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE-PE) implantou um
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Sistema próprio de Informações da rede pública estadual de educação: o Sistema de Informações da
Educação de Pernambuco (SIEPE), o qual você passará a conhecer a seguir.
Preparado para mais esta etapa de conhecimentos? Então, sigamos!
É importante você entender que o SIPE foi desenvolvido para democratizar o acesso à
informação na construção do conhecimento e para viabilizar uma maior integração e interação entre
SEE-PE, com as escolas e com a comunidade escolar, dando uma maior transparência as ações
educacionais realizadas no estado (ANDRADE, 2014). E o seu objetivo é o de oferecer às escolas ou
rede de escolas, um ambiente na web que contemple um sistema de gestão escolar totalmente
integrado com um ambiente colaborativo.
Para isso, o SIEPE possui diversas funcionalidades, tanto no ambiente pedagógico, quanto
no administrativo, as quais possibilitam o acompanhamento da frequência dos alunos e professores;
das notas bimestrais; dos conteúdos trabalhados; do número de aulas dadas e previstas; do quadro
de horários de aula e detalhamento dos motivos de falta dos professores; dos equipamentos,
mobiliários; do cumprimento do calendário letivo e do currículo escolar; do acompanhamento do
boletim pedagógico; do rendimento das escolas; do lançamento do desempenho, observações e
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frequência dos alunos pelos professores; do registro dos conteúdos curriculares ministrados; e do
planejamentos de aula e as situações didáticas (SIEPE, 2023).
Desse modo, você passa a perceber que, de um modo geral, a internet e os portais,
especificamente, têm se mostrado como uma forma de expandir e complementar o ambiente escolar,
viabilizando e potencializando a interação e a comunicação entre as pessoas, de forma ágil e
totalmente segura, essa estrutura expande e agiliza a comunicação e a participação de toda a
comunidade escolar.
E, nesse universo, o SIEPE disponibiliza o acesso às informações em tempo real, através
do PORTAL EDUCAÇÃO EM REDE, tornando-se uma ferramenta de gestão e subsídio pedagógico
importante, que tem na internet uma importante aliada, uma vez que esta possibilita a integração do
portal com o ambiente de gestão da rede de ensino e pedagógico, conectando funcionalidades que
viabilizam o trabalho pedagógico e administrativo em três âmbitos: Secretaria de Educação,
Gerências Regionais e Escolas (SIEPE; PORTAL EDUCAÇÃO EM REDE, 2023).
Uma das premissas do Portal é garantir à instituição de ensino total controle, autonomia
e acessibilidade sobre a publicação de conteúdos e gerenciamento de permissões. Além de promover
a participação, a interação e a colaboração de todos os envolvidos no processo de educação, através
da disponibilização de informações em tempo real, de maneira rápida, confiável e eficaz pela Web,
facilitando o trabalho da gestão escolar (SILVA, 2014).
Para isso, o sistema conta com uma hierarquia de perfis e acessos diferenciados que
podem ser facilmente gerenciados pela equipe de administração, dentro da instituição. Outra
característica inovadora do sistema é oferecer uma estrutura tecnológica de última geração,
totalmente construída em software livre, o que possibilita uma redução de custos e de tempo, tanto
para o desenvolvimento quanto para a implantação de ações voltadas à educação (SIEPE; PORTAL
EDUCAÇÃO EM REDE, 2023).
O Portal Educação em Rede é totalmente disponibilizado pela Web e integra, em um único
espaço, dois ambientes: a Gestão da Rede de Ensino e o Ambiente Pedagógico (Portal Colaborativo),
possibilitando a união e associando funcionalidades que subsidiam o trabalho pedagógico e
administrativo nos âmbitos da Secretaria de Educação, das Gerências Regionais e das escolas.
Desse modo, ele viabiliza a padronização dos processos, evitando retrabalho das equipes
escolares e estreitando as relações entre escolas, Secretaria de Educação, Gerências Regionais,
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gestores, equipe escolar, estudantes, pais e/ou responsáveis, através da descentralização da
informação do ambiente escolar.
Assim, para atender às necessidades requeridas para implantação do sistema, foram
sancionadas duas leis no âmbito do Sistema Estadual de Educação, sendo elas:
• A Lei nº 13.273, de 5 de julho de 2007, que estabelece normas voltadas para a Lei
de Responsabilidade Educacional do Estado de Pernambuco e em seu Art. 1º
instituiu caber “ao Secretário de Educação enviar, até o décimo quinto dia do mês
de novembro de cada ano, à Comissão de Educação e Cultura da Assembleia
Legislativa do Estado de Pernambuco, relatório contendo uma série histórica dos
indicadores educacionais referentes aos últimos 4 (quatro) anos”.
• A Lei nº 15.362, de 2 de setembro de 2014, que introduziu alterações na Lei nº
13.273, onde em seu art. 1º instituiu que o relatório contendo a série histórica dos
indicadores educacionais dos últimos quatro anos passassem a ser entregue até o
mês de agosto de cada ano à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.
A partir dos esclarecimentos recibos acerca do SIEPE, é importante que você entenda que,
assim como acontece com o SIED, cujos dados e informações recebidos servem de escopo para a
elaboração, implementação e monitoramento de políticas públicas destinadas a melhoria do sistema
educacional brasileiro, as informações e dados adquiridos a partir do SIEPE têm o mesmo papel
dentro do estado de Pernambuco.
Para auxiliar nesse processo, o Governo do Estado conta ainda com a ajuda do Sistema
de Avaliação Educacional de Pernambuco (SAEPE), que foi criado em 2000 com o objetivo de avaliar
o desempenho dos estudantes da rede pública de Pernambuco e promover mudanças na educação.
Em 2008, foi reestruturado e passou a realizar avaliações de Língua Portuguesa e Matemática
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anualmente, cujos dados referentes ao desempenho dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio
ficam disponibilizados na Plataforma de Avaliação e Monitoramento da Educação de Pernambuco
(CAED; UFJF, 2023).
Nesta Plataforma é possível acessar os resultados de desempenho dos estudantes no
próprio sistema de avaliação. Além disso, a plataforma foi construída para se adaptar ao contexto
específico de Pernambuco e de acordo com as ações e políticas educacionais propostas para a rede.
Deste modo, as ferramentas e os recursos da plataforma criam um mapa que serve de guia para a
melhoria da aprendizagem dos estudantes (CAED; UFJF, 2023).
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De acordo com Analice Martins da Silva e Ivanilso Santos da Silva (2019), o IDEPE é um
indicador educacional que mede, anualmente, a qualidade da educação no estado de Pernambuco,
cujo cálculo é realizado, de igual forma como acontece no IDEB, a partir do fluxo escolar e do
desempenho dos estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio nos
exames do SAEPE em Língua Portuguesa e Matemática. Assim, você verifica que tanto o IDEP, quanto
o IDEPE são indicadores responsáveis pelo diagnóstico e avaliação anuais da qualidade da educação
pública, no país e no Estado de Pernambuco, respectivamente.
Nesse momento, é interessante destacar o papel da Política Estadual de Educação em
Pernambuco, que criou o Programa de Modernização da Gestão Pública (PMGP) com o objetivo de
melhorar os indicadores educacionais no Estado, sobretudo, o IDEPE, que impulsiona a elevação do
IDEB em virtude da similaridade na metodologia adotada (SANTOS; SILVA, 2014).
Para o crescimento dos indicadores educacionais, foi fundamental a criação de uma
política de incentivo ao servidor, principalmente dos que estão lotados nas escolas, com a
implantação do Bônus de Desempenho Educacional (BDE), o qual é calculado com base nos resultados
alcançados pelas escolas estaduais em sua jurisdição. Assim, o bônus é proporcional ao sucesso
alcançado pelas escolas estaduais de cada Gerência Regional de Educação (GRE) no que diz respeito
à realização das metas pactuadas com a SEE-PE.
A informatização dos procedimentos do cotidiano escolar, que envolve não só os
educadores no portal, mas toda a comunidade escolar, passou a permitir que Secretarias, escolas e
comunidade ficassem mais próximas, em um ambiente de compartilhamento e colaboração, o que
possibilitou uma maior agilidade da SEE-PE, das Gerências Regionais de Educação (GREs) e da própria
escola, em atender às demandas e solucionar os problemas detectados.
Atualmente o SIEPE é o principal instrumento de coleta de dados do Sistema Educacional
de Pernambuco. Ele alimenta e integra a base de dados do Censo Educacional Brasileiro, facilitando,
pois, o trabalho de gestores e do administrativos das escolas, ao inserirem os dados em ambas as
plataformas.
O SIEPE também alimenta a base de dados do Grande Recife - Consórcio de Transporte,
empresa que tem a responsabilidade de administrar o sistema de transportes públicos da capital
pernambucana e da emissão da carteira estudantil e do Passe Livre, sendo este último concedido aos
estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino da Região Metropolitana do Recife (RMR) e aos
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cotistas da Universidade de Pernambuco (UPE), que se encontram regularmente matriculados e têm
a frequência comprovada, o uso do Cartão VEM (Figura 10), garantindo-lhes o benefício da gratuidade
do transporte.
Finalizando nossas explanações acerca do SIEPE, é preciso destacar ainda que este
possibilita à Secretaria Estadual de Educação (SEE) acompanhar o comportamento dos indicadores
educacionais e tomar decisões seguras para a correção de rumos, assegurando o cumprimento das
metas de melhoria da qualidade da educação estabelecidas pelo governo.
Ele também corrobora com a inclusão digital e a criação de uma cultura tecnológica, além
de uma maior integração entre escola e comunidade, através da disponibilização de um ambiente
colaborativo, da implantação de sistema de gestão escolar e do gerenciamento de programas e
metas.
Além disso, por seu intermédio, é possível realizar a consistência e a migração das
informações para o Educacenso. Lembrando que as informações são inseridas e atualizadas
diariamente e, por isso, todos os processos são realizados em tempo real, o que garante
confiabilidade, agilidade, mobilidade, flexibilidade e interatividade.
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Nele os dados são agrupados em um local virtual acessível a qualquer gestor de Gerência
Regional de Educação, diretor de escola, professor, pai ou aluno, independente da sua localização no
estado, bastando apenas ter conectividade. O planejamento de matrícula, quadro de horários, diário
de classe, número de turmas e de alunos, além da catalogação e distribuição de kits escolares são
algumas das atividades que essa ferramenta gerencia.
Você também viu que o SIEPE também conta com o Portal Educação em Rede, um
ambiente colaborativo onde o estudante, o servidor e a família podem realizar o auto cadastro e ter
acesso às informações acadêmicas, às enquetes, aos fóruns e às notícias das escolas e da gestão da
Secretaria de Educação. A intenção é fortalecer o conceito de rede de ensino por meio da criação de
um espaço colaborativo na web que integre as unidades educacionais, as Gerências Regionais de
Educação, a Secretaria de Educação e toda a comunidade escolar, possibilitando o acesso aos serviços
e às informações, a partir de um computador ou outro dispositivo móvel (celular) conectado à
internet.
Assim, com essas explanações, esperamos você tenha aprendido sobre importância do
SIEPE para a educação em Pernambuco e te convidamos para dar seguimento ao seu processo de
aprendizagem com o estudo do Sistema integrado de Gestão Educacional.
Preparado para mais esta jornada de aprendizagem? Então, vamos lá?!
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estejam voltadas para a construção do conhecimento com base na informação. Nesse sentido, o
maior desafio será transformar informações em ações focadas diretamente nos resultados, tanto
para as instituições como para a sociedade.
Atualmente, há um extenso leque de recursos que a tecnologia oferece e que devem ser
vivenciados pela comunidade escolar. A utilização da informática no âmbito educacional encontra-
se em crescimento progressivo e pode ser visualizado através do acesso às informações o do uso das
tecnologias da informação (Tis) que possibilitam uma maior comunicação e troca de experiências a
grandes distâncias e de forma rápida, na busca de soluções atuais e eficientes para as mais diversas
questões e problemas.,
Nesse contexto, para planejar e gerir as ações e os projetos de TI no âmbito tático
educacional, o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) se apresenta como uma importante
ferramenta no intuito de apoiar as estratégias da SEE-PE, permitindo nortear e acompanhar a
atuação da área de TI, definindo estratégias e o plano de ação para implantá-las, possibilitando: (1)
justificar os recursos aplicados em TI; (2) garantir o controle de recursos; (3) aplicar recursos naquilo
que é considerado mais relevante; e (4) melhorar o gasto público e o serviço prestado ao cidadão.
Dentre os objetivos do PDTI, pode-se citar:
• criar um instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão da TI;
• estabelecer o alinhamento estratégico;
• identificar as informações estratégicas, táticas e operacionais necessárias à
Instituição;
• embasar a tomada de decisões estratégicas, no tocante aos assuntos que envolvem
o ambiente de TI da SEE-PE;
• definir os recursos necessários para a evolução das tecnologias da informação, da
arquitetura, dos Sistemas de Informação e de Conhecimento;
• traçar projetos e prioridades, bem como acompanhar essas ações e controlar os
investimentos.
Nesse contexto, você pode perceber que a expansão das tecnologias educacionais
mobiliza o processo escolar, impacta a aprendizagem e para Gestão Escolar o uso das TIs se
constituem um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo
comum.
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Em vista disso, torna-se imprescindível que os gestores escolares ampliem o
conhecimento das tecnologias, pois, conforme defendido por José Manoel Moran (2003), o uso dos
computadores, na escola, começou na secretaria, privilegiando-os para as tarefas administrativas,
mas hoje o gestor pode lançar mão das tecnologias e dos programas de gestão tecnológica existentes
no mercado, também para o gerenciamento de atividades pedagógicas.
Nesse sentido, a gestão escolar deve envolver-se nas ações administrativas e pedagógicas
da escola através de uma perspectiva democrática e capaz de possibilitar a realização de uma ação
concreta de gestão na sua comunidade escolar com o uso das tecnologias.
Portanto, você verá que é fundamental o desenvolvimento de habilidades, de
competências e da obtenção e utilização de informações por meio da própria tecnologia, assim sendo,
é preciso entender como as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) podem ser aplicadas no
contexto das organizações de ensino, sobretudo, nas escolas, uma vez que estas podem trazer grande
contribuição a gestão democrática e para o envolvimento, a participação e a interação dos membros
da comunidade escolar.
Então, pergunto a você:
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Dessa forma, o avanço e a inovação educativa estabelecem sua contribuição no horizonte
de uma educação compromissada com a construção de conhecimentos significativos e com a
formação de cidadãos aptos a contribuírem para a transformação social, através da afirmação da
democracia e da justiça social na nossa sociedade.
Desse modo, podemos afirmar que os avanços da tecnologia da informação, possibilita o
uso de ferramentas tecnológicas como estratégias pedagógicas oferecendo novas oportunidades e
qualidade social, imbuída de uma cultura da paz e de sustentabilidade, sendo a gestão escolar base
essencial, na qual o processo pedagógico e tecnológico se fundamenta.
Seguindo com essa reflexão, sabemos que no campo da educação, todas as ações
administrativas e pedagógicas intencionam o objetivo do produto final: “a educação de qualidade”.
Tornando propícia a uma visão mais global, que viabiliza os recursos, os processos, as pessoas, o
currículo, a metodologia e a disciplina, tudo de maneira interligada.
E, em se tratando de um sistema integrado de gestão educacional, é importante perceber
que, como o próprio nome sugere, trata-se de um sistema que integra algo. E, nesse caso, integra
“algo” ligado à gestão educacional; que em um âmbito micro, relaciona-se à integração de setores da
própria instituição educacional (áreas acadêmicas, financeiras, secretariado, de infraestrutura, além
de aspectos que envolvam os interesses de estudantes e professores). E, em âmbito macro, podemos
relacionar à integração de informações provenientes do censo escolar e dos demais indicadores
educacionais dos diferentes sistemas educacionais existentes no país, cujo compartilhamento de
informações de forma coesa possibilita a formulação eficaz das políticas públicas voltadas para o
sistema nacional de educação.
E, nesse momento, destaca-se o Sistema Integrado de Informações Educacionais (SIED),
temática que você começa a conhecer a partir de agora. Preparado(a), para mais essa jornada de
aprendizagem? Então, vamos lá!
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políticas, de planejamento e de gerenciamento que são realizadas pelos diversos agentes da
educação nos níveis nacional, estadual e municipal (GOMES NETO, 2023).
Antes da implementação do SIED, os sistemas de informações eram centralizados e a
coleta de informações dos censos educacionais era realizada pelo MEC, que contratava serviços de
terceiros para a digitação de relatórios e alimentação dos bancos de dados. Contudo, o processo
apresentava várias dificuldades, como um custo extremamente alto e dificuldade de acomodar a
equipe de funcionários temporários no ambiente de trabalho do departamento de Estatísticas
Educacionais.
Essa equipe era responsável pela totalidade do estoque de questionários de todo o Brasil,
que tornava propício o desencaminhamento e a digitação errada de informações. A única forma para
divulgação dos resultados se dava através de relatórios anuais, mas a demanda de informações era
tão grande que, efetivamente, os resultados levavam muito mais tempo para ficarem disponíveis.
Assim, o Ministério da Educação passou a buscar alternativas que propiciassem uma
melhor eficiência no fluxo intraorganizacional de informações, e isso se deu através da promoção do
avanço e da modernização da plataforma tecnológica, por meio de uma nova estrutura do sistema,
agora mais voltado para fora: para o cliente.
Assim, o INEP, desde 1995, passou a ser responsabilizado pelas informações, estatísticas
e sondagens sistemáticas sobre a realidade do ensino no Brasil. Sendo essa base de dados uma
ferramenta indispensável para o processo de avaliação permanente, respaldado pelas principais
diretrizes do MEC, como órgão formulador da política educacional e responsável pelo progresso
incessante da Educação.
É importante destacar que, o Ministério da Educação (MEC), conferido pela Constituição
Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), tem como atribuição: propor
políticas para aproximar os resultados educacionais das necessidades de desenvolvimento
econômico e social do país. Logo, para definir essas políticas, o MEC precisa acompanhar as ações em
desenvolvimento no sistema educacional, identificar os problemas e os avanços alcançados.
Quando não havia o SIED - Sistema Integrado de Informações Educacionais, os indicadores
educacionais tinham baixa confiabilidade e eram insuficientes para o planejamento de ações
destinadas a promover a evolução do sistema educacional. A falta de informações atualizadas
comprometia a tomada de decisões e também causava enormes desperdícios na distribuição dos
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recursos, pois os estados tinham seu próprio sistema de processamento de dados e não havia uma
padronização nacional das informações e indicadores.
A implantação do SIED, em 1996, trouxe avanços e motivação na aceleração e
desempenho do Censo Escolar, favorecendo a informatização das Secretarias Estaduais de Educação
em articulação com INEP e, dessa forma, as informações do Censo passaram a ser coletadas e
divulgadas anualmente. O novo Sistema passou a propiciar dados atualizados, o que facilitou a
elaboração, implementação e o monitoramento das políticas destinadas à evolução do sistema
educacional.
Assim o SIED foi desenvolvido com o objetivo de: i) instrumentalizar o MEC para o
desempenho de sua atividade de planejamento, acompanhamento, avaliação e fomento do sistema
educacional; ii) fornecer instrumentos gerenciais e de apoio ao planejamento e à tomada de decisões,
nos diferentes níveis do sistema educacional, desde a direção da escola, passando pelas Secretarias
Municipais e Estaduais de Educação – responsáveis pelas escolas públicas – até o MEC; iii) permitir
uma análise do sistema educacional, no âmbito nacional, regional, municipal, estadual, e também a
comparação com outros países; iv) permitir a divulgação e disseminação de informações
educacionais, de forma ágil, às escolas, Secretarias Municipais e Estaduais de Educação, aos
educadores, responsáveis pela formulação de políticas que atuem no sistema educacional e à
sociedade em geral.
Para cumprir esses objetivos, foi necessário desenvolver um sistema de informações
educacionais inovador, com as seguintes características: a) Integração – base de informações
articuladas, permitindo cruzamento fácil das informações apropriadas; b) Descentralização –
módulos disponíveis para os parceiros envolvidos no processo de coleta e processamento das
informações; e c) Facilidade de uso – armazenamento de dados em tecnologia atualizada, de modo
a facilitar a extração das informações armazenadas.
Assim, o SIED e o Censo Escolar possuem atualmente abrangência nacional, isto é, em seu
desenho, seus componentes estão integrados e distribuídos por todo o território nacional, coletando
e tratando dados e gerando informações nas esferas federal, estadual, municipal, privada e nas
associações e entidades. O levantamento das informações é feito junto a todos os estabelecimentos
de ensino, das redes pública e particular, mediante o preenchimento de questionário padronizado,
de caráter compulsório, fixado pelo Decreto nº 73.177, de 20 de novembro de 1973.
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E, com estes esclarecimentos, passaremos a apresentar o sistema de administração
escolar do MEC (SAEMEC), conforme você poderá estudar no tópico que segue.
Para finalizar esta competência, você vai conhecer o Sistema de Administração Escolar do
MEC (SAEMEC), um software desenvolvido pela diretoria de Informações Estatísticas do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), que atua na administração do campo
acadêmico, financeiro, de pessoal, de materiais e de patrimônio de uma escola ou de um conjunto de
escolas.
O SAEMEC permite a transferência das informações armazenadas nas escolas para os
sistemas das secretarias estaduais e municipais, bem como a importação de dados desses sistemas,
levando em consideração o objetivo de interligar toda a rede pública através do software, tornando
propícia a atuação de forma integrada ao ambiente Microsoft Office, facilitando os mecanismos de
importação e exportação de dados de todos os seus módulos de relatórios gerenciais.
O sistema ainda produz automaticamente os dados para o Censo Escolar do MEC, e atua
com eficiência no armazenamento e manipulação das informações das turmas e de cada aluno
individualmente, operando as matrículas, os boletins dos alunos, os diários de classe, entre muitas
outras atividades da escola, fornecendo os dados para o Censo Escolar do MEC.
O SAEMEC é constituído por módulos principais e de configurações. Quanto aos módulos
principais, são eles: a) O financeiro: serve para a escola controlar suas contas de receita e despesa,
garantindo maior agilidade na obtenção de resultados; b) O patrimônio: serve para a escola cadastrar
e controlar todos os bens patrimoniais existentes na mesma; c) O pessoal: possibilita que a escola
controle a frequência dos funcionários, seus dados pessoais e funcionais; d) O acadêmico: é o
principal módulo do sistema, onde a escola poderá controlar toda a vida acadêmica dos alunos da
escola, aplicando avaliações, controlando frequência, emitindo boletins, históricos e relatórios
referentes a esse item; e) O de materiais: outro módulo muito importante, que funciona como um
controle de estoque para a escola gerenciar, desde itens como merenda e materiais de uso geral
como lápis, canetas, etc.; e f) O gerencial: É responsável pelas informações estatísticas que agrupa
dados dos outros módulos. Esse módulo apoia o diretor da escola no controle de desempenho dos
alunos, professores, além de apoiar outras atividades administrativas da escola.
55
Já os Módulos de configurações são: a) As configurações da escola: onde o usuário
informa os dados da escola, como endereço, tipos de dependência, etc. É nele também que o usuário
cadastra os cursos, disciplinas e todas as outras variáveis educacionais do sistema; e b) As
configurações do MEC: onde são informadas as variáveis do MEC, como códigos, nomes e descrições
de campos que serão preenchidos durante a utilização do sistema e que servirão também para
efetuar as tabulações necessárias ao Censo MEC. Esses dados deverão vir preenchidos pelo MEC e o
usuário não poderá alterá-los.
Logo, é importante ressaltar que o SAEMEC é um software gratuito e não é de uso
obrigatório, portanto, pouco usado ultimamente, substituído por sistemas e software mais
completos, em cada estado ou unidade escolar, como é o caso do SIEPE em Pernambuco.
Com esses explanações, finaliza-se a o estudo desta unidade, não se esqueça de realizar
as atividades dos assuntos abordados durante esta semana.
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UNIDADE 04 | Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional
e Tecnológica
Olá querido(a) estudante, nesta competência você, irá entender melhor o funcionamento
do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica (SISTEC).
Mas antes de iniciar seus estudos, lembre-se:
Agora que você já escutou nosso podcast, vamos dar início a esta última etapa de
aprendizagem desta disciplina, e conhecer o SISTEC.
Figura 11 - SISTEC
Fonte: https://sistec.mec.gov.br/login/login
Descrição da imagem: A figura traz o símbolo do SISTEC, nas cores verde, amarelo e azul e ao lado tem a escrita da sigla
SISTEC e o significado Sistema Nacional de informações da Educação profissional de cor azul.
Mas antes de dar início aos seus estudo sobre o SISTEC, é importante entender o que vem
a ser um curso técnico e um curso tecnológico.
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Então, pergunto: O que vem a ser um curso técnico?
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incompleto e/ou Ensino médio processo seletivo (vestibular, Sisu,
completo ou incompleto ProUni, entre outros)
Formação para o Formam profissionais mais Preparam o estudante também
mercado operacionais para exercer cargo de gerência
Quadro 7 – Diferenças entre curso técnico e curso tecnológico
Fonte: a autora
Aqui vale destacar que, um curso técnico não é inferior a um curso tecnológico, estes
apenas têm um foco diferenciado. O curso tecnológico tem um mesmo peso de um bacharelado e ou
de uma licenciatura, porém sua carga horária menor permite uma formação mais direcionada, focada
na parte prática, embora este também ofereça uma carga teórica suficiente para formação de
profissionais especializados e atualizados em sua área de trabalho (PROZ, 2022).
Já o estudante do curso técnico tem uma formação mais voltada para a prática, ou seja,
suas aulas são mais práticas e colocam o estudante em contato direto com a profissão que pretende
atuar, preparando-o para ocupar as vagas disponíveis no mercado de trabalho com rapidez e
eficiência (PROZ, 2022).
Assim, você poderá perceber que a finalidade do curso técnico é a formação de
profissionais aptos para realizar um trabalho em uma “área” específica, ou seja, se a pessoa fizer um
curso técnico de manutenção de computadores, ao final do curso estará apta a realizar manutenções
e montagem deste tipo de objeto. Dentre as vantagens do ensino técnico para o estudante tem-se
uma qualificação rápida e um caminho mais curto entre o ensino médio e o mercado profissional, de
maneira que a formação técnica possibilitar grandes oportunidades.
Portanto, vale a pena observar que, as pessoas estão se qualificando para entrar no
mercado de trabalho e atender às especificidades de cada setor. Contudo, as empresas também se
beneficiam com profissionais capacitados, aprimorando o clima organizacional, o aumento de
produtividade e aumento da credibilidade da empresa.
Além disso, como as tecnologias têm avançado, as empresas estão investindo cada vez
mais em eficiência, por exemplo, quem atua em montagem industrial pode trabalhar em um
estaleiro, em uma empresa de construção civil, em uma montagem de site industrial, entre outros,
ou seja, há uma enorme flexibilidade de funções que podem ser desempenhadas.
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O estudante que deseja ter este tipo de formação, pode escolher um dos modos que mais
lhe agradar ou que atende à sua atual situação educacional.
Existem vários tipos de cursos técnicos, alguns exigem apenas o ensino fundamental,
outros só podem ser cursados por quem já terminou o ensino médio. Além disso, os cursos técnicos
podem ser oferecidos em formatos distintos, conforme você poderá verificar no quadro 8, que segue.
CURSO TÉCNICO Nesta modalidade, o estudante faz o curso técnico junto com os dois últimos
INTEGRADO anos do ensino médio. O estudante entra para uma escola técnica, após o fim
do primeiro ano do ensino médio e cursa os dois restantes junto com aulas
técnicas sobre a área escolhida.
Ao fim do curso técnico integrado o estudante recebe dois certificados
distintos, um de conclusão do ensino médio e um de conclusão do ensino
técnico.
Além disso, a integração do curso técnico torna-se uma alternativa pertinente
na estrutura do Ensino Médio, oferecendo a possibilidade de compatibilização
de currículos da base comum e da base técnica.
CURSO TÉCNICO Alguns cursos de ensino técnico podem ser feitos por estudantes que ainda não
CONCOMITANTE / completaram o ensino médio. Apesar de não oferecerem a conclusão do ensino
EXTERNO médio, esses cursos podem ser feitos em paralelo a este, ou seja, o estudante
pode fazer o ensino médio e o técnico ao mesmo tempo.
CURSO TÉCNICO É aquele que deve ser cursado após a conclusão do ensino médio. Ou seja, só
SUBSEQUENTE pode cursar quem já é formado no terceiro ano do ensino médio. Esta é uma
excelente opção para quem deseja entrar no mercado de trabalho de forma
rápida e para quem tem uma ideia certa de qual carreira seguir.
Este tipo de curso é democrático e pode ser feito por pessoas de qualquer
idade e com vários objetivos profissionais
CURSO DE FORMAÇÃO São cursos técnicos de curta duração, voltados para trabalhadores, estudantes
INICIAL E CONTINUADA do ensino médio e beneficiários de programas federais de transferência de
(FIC) OU QUALIFICAÇÃO renda (a exemplo do Bolsa Família). Dependendo do curso, pode ser necessário
PROFISSIONAL apenas o ensino fundamental incompleto
Quadro 8 - Tipos de cursos técnicos
Fonte: a autora
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Os cursos técnicos podem ser encontrados em Escolas Técnicas, nos Institutos Federais
de Educação e em instituições do chamado Sistema S (como Senai e Senac). Vale ressaltar que o tipo
de curso técnico disponível, depende da necessidade das demandas de cada região.
Vale destacar que os cursos técnicos e tecnológicos se encontram regulamentados pela
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)
–, a qual estabelece que:
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Outro marco regulatório da educação profissional e tecnológica no Brasil é
Decreto nº 5.154, de 23 de julho de 2004, que veio regulamentar o § 2º do Art.
36 e os Arts. 39 a 41 da LDB e cujo conteúdo você poderá conhecer ao acessar
o link:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/decreto/d5154.htm
62
Figura 12 - Página de acesso ao SISTEC
Fonte: https://www.gov.br/mec/pt-br/media/seb-1/pdf/publicacoes/copy2_of_MANUAL_SISTEC.pdf
Descrição da imagem: A figura retrata a página de acesso ao SISTEC
O SISTEC é o sistema eletrônico do Governo Federal criado para registro e controle dos
dados da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no país e seu funcionamento. De acordo com o
art. 1º da Portaria MEC nº 400, de 10 de maio de 2016, o SISTEC ocorre no âmbito da educação
profissional técnica de nível médio e da formação inicial e continuada ou qualificação profissional,
em todas as suas formas e modalidades de ensino, incluindo a certificação profissional decorrente de
processos de reconhecimento formal de saberes, conhecimentos e competências profissionais.
Logo, você poderá verificar que no SISTEC encontram-se inseridos os dados de matrículas
de cursos de educação profissional e tecnológica (EPT) e seus itinerários formativos, das instituições
e unidades de ensino credenciadas pelos órgãos próprios do seu sistema e permite, dentre outras
finalidades, conferir validade nacional aos certificados e diplomas de cursos de EPT de nível médio,
para fins de exercício profissional (MEC; SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA,
2018).
Diante disso, você pode questionar:
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Para responder essa pergunta, basta você ler o art. 2º da Portaria MEC nº 400, de 10 de
maio de 2016, da qual dispõe sobre as normas para funcionamento do Sistema Nacional de
Informações da Educação Profissional e Tecnológica – SISTEC, abaixo apresentado.
As unidades de ensino técnico da rede pública ou privada podem se inscrever e ter seu
cadastro realizado pelo Ministério da Educação, pois para utilizar o SISTEC é preciso possuir um
cadastro no sistema, e este é feito tanto pelas instituições participantes, quanto pelos usuários, onde,
estudantes, órgãos validadores, unidades de ensino e seus representantes o fazem de formas
diferenciadas (MEC; SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA, 2018).
O cadastro dos estudantes é efetuado no SISTEC por sua Unidade de Ensino. Logo, os
estudantes que quiserem se inscrever, devem procurar uma unidade de ensino que ofereça cursos
técnicos e se cadastrar. No período determinado pela instituição, o estudante deverá acessar o site
http://sistec.mec.gov.br/login/login para realizar a matrícula e no ato da inscrição, o educando
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preencherá os seus dados pessoais e, automaticamente, o sistema busca a instituição de ensino na
qual o estudante está vinculado.
Já o representante do órgão validador (órgão competente para, no âmbito do SISTEC,
validar escolas e cursos, podendo ser: Secretaria de Estado, Conselho Estadual de Educação, Conselho
Municipal de Educação, entre outros) tem seu cadastro efetuado pelo MEC. E quanto a unidade de
ensino, é importante lembrar que, todas as unidades de ensino que ofertam cursos técnicos de nível
médio, devem se cadastrar no SISTEC, e esta exigência se estende às unidades de qualquer
dependência administrativa (pública ou privada), sistema de ensino (federal, estadual ou municipal)
e nível de autonomia (MEC; SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA, 2018).
Assim, no caso das instituições de ensino que desejam cadastrar seus cursos técnicos
devem entrar em contato com o Fala Brasil, no Ministério da Educação, por intermédio do número
0800616161, e solicitar o seu código de acesso ao sistema, para poder fazer um pré-cadastro e depois
aguardar a visita da comissão técnica do MEC (GUIA DE CURSOS GRATUITOS, 2017)
As instituições cadastradas podem ofertar:
• Cursos técnicos para ex-alunos concluintes do ensino médio.
• Cursos técnicos para quem ainda está matriculado no ensino médio.
• Curso de Formação Inicial e Continuada ou Qualificação Profissional oferecidos para
estudantes do ensino médio, trabalhadores empregados ou desempregados e
pessoas que recebem algum benefício do governo.
Os cursos técnicos, tanto para quem estuda como para quem já concluiu os estudos, têm
duração mínima de um ano. E os cursos de Formação Inicial e Continuada tem duração mínima de
dois meses.
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Agora que tal aprofundar um pouco mais seus conhecimentos sobre a validação e a
expedição de diplomas?
O SISTEC contempla os dados de matrículas de cursos de educação profissional e
tecnológica (EPT) e seus itinerários formativos, das instituições e unidades de ensino credenciadas
pelos órgãos próprios do seu sistema e permite, dentre outras finalidades, conferir validade nacional
aos certificados e diplomas de cursos de EPT de nível médio, para fins de exercício profissional.
O preenchimento de dados no SISTEC é uma das condições essenciais para garantir a
validade nacional dos diplomas expedidos.
Essa obrigatoriedade foi definida pelo Conselho Nacional de Educação por meio da
Resolução de criação do SISTEC, bem como da Resolução CEB/CNE nº 06/2012, que estabelece as
Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação profissional técnica de nível médio. As informações
são obrigatórias para todas as unidades de ensino credenciadas para oferta de cursos de Educação
Profissional Tecnológica (EPT), independentemente de sua dependência administrativa (pública ou
privada), sistema de ensino (federal, estadual e municipal) e nível de autonomia.
O SISTEC também é utilizado como ferramenta de apoio ao custeio da oferta de cursos
gratuitos viabilizados pela SETEC/MEC por intermédio da Bolsa Formação do Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
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Figura 13 – Logomarca do Pronatec
Fonte: https://www.educacao.pr.gov.br/Noticia/Publicada-classificacao-final-de-bolsistas-do-Pronatec
Descrição da imagem: a figura ilustra a logomarca do PORNATEC.
Logo, você poderá ver que o Pronatec é um programa tem como objetivo expandir e
democratizar o ingresso dos jovens e adultos de baixa renda a uma educação técnica de qualidade,
por meio da oferta de cursos de educação profissional e tecnológica de forma gratuita (EDUCA+
BRASIL, 2023).
São especificidades do Pronatec:
• a expansão das redes federal e estadual de EPT;
• a ampliação da oferta de cursos a distância;
• a ampliação do acesso gratuito a cursos de EPT em instituições públicas e privadas;
• a ampliação das oportunidades de capacitação para trabalhadores de forma
articulada com as políticas de geração de trabalho, emprego e renda;
• a difusão de recursos pedagógicos para a EPT.
Para tanto, articulou uma nova iniciativa: a Bolsa Formação, com quatro ações de política
pública de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) pré-existentes na Secretaria de Educação
Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), sendo elas:
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• o Programa Brasil Profissionalizado;
• a Rede e-Tec Brasil;
• o Plano de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica;
• o Acordo de Gratuidade com os Serviços Nacionais de Aprendizagem.
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Figura 14 – Estudantes de curso profissionalizante oferecidos pelo Pronatec
Fonte: https://guiadovestibulinho.com.br/o-que-e-e-como-funciona-o-pronatec/
Descrição da imagem: A figura ilustra alunos de curso profissionalizantes do PORNATEC em processo de aprendizagem
de instalações elétricas.
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aqueles que saíram do mercado de trabalho e querem retornar, o melhor caminho é fazer um curso
técnico para agilizar este retorno.
Assim, o papel da educação é de grande importância para a sociedade, não só pela
formação dos indivíduos que atuam nesta sociedade, mas também pela inclusão daqueles que estão
fora do processo produtivo do sistema social.
Com estas explanações, chegamos ao final desta competência e desta disciplina, através
da qual esperamos ter contribuído para a sua aprendizagem sobre as temáticas abordadas ao longo
destas semanas. E lembramos:
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CONCLUSÃO
Prezado(a) estudante,
Em virtude do que foi mencionado em toda disciplina de Sistemas de Informações
gerenciais, percebe-se que a integração de elementos com os sistemas é um recurso importante para
juntos coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações, com a finalidade de
propiciar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em
organizações, facilitando, pois, a estruturação de informações, por meio de dados precisos, em
tempo real, permitindo as tomadas de decisões em tempo ágil.
Dessa forma, as funcionalidades de um Sistema de Informações, no contexto
Educacional, garantem subsídios no trabalho pedagógico e administrativo em três âmbitos: Secretaria
de Educação, Gerências Regionais e Escolas, viabilizando controle, autonomia e acessibilidade, com
o propósito de atender a um dado objetivo no âmbito organizacional, possibilitando aos
administradores uma visão de como controlar, organizar e planejar com eficiência o
acompanhamento do planejamento estratégico e consequentemente a otimização dos resultados.
Caro(a) Estudante, em virtude do que foi explanado referente à disciplina Sistema de
Informações Gerenciais, encerramos essa disciplina com a certeza de termos contribuído com
conhecimentos significativos. Esperamos que você tenha aproveitado a temática abordada para
solidificar seus saberes. Orientamos você estudante, realizar a leitura do E-book, assistir à videoaula,
participar dos fóruns Geral e de atividades do AVA, fazer leituras, pesquisas e assistir entrevistas sobre
as temáticas estudadas, pois ajudará você a assimilar um amplo conhecimento sobre o que está sendo
abordado. Quanto mais estudar, maiores serão as suas chances de obter "SUCESSO".
Parabéns, bons estudos!
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REFERÊNCIAS
72
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Portaria nº - 400, de 10 de maio de 2016. Dispõe sobre as normas
para funcionamento do Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e Tecnológica -
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MINICURRÍCULO DO PROFESSOR
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