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A AUTORA

KARLA KELLEM DE LIMA

Docente na Faculdade Araguaia nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, de


Tecnologia em Gestão Comercial. Coordenadora dos cursos de Pós-Graduação em
Planejamento Tributário, Auditoria e Controladoria e em Perícia, Auditoria e Direito
Tributário da Faculdade Araguaia. Professora substituta do Centro de Ensino e
Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE-UFG-GO). Licenciada em Pedagogia pela
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO); Bacharela em Administração pelas
Faculdades Alves Faria (ALFA); Especialista em Educação Ambiental e em Docência
Universitária pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO); MBA em Gestão
de Pessoas por Competências e Coaching pelo Instituto de Pós Graduação e Graduação
(IPOG) e Mestra em Desenvolvimento e Planejamento Territorial pela Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
E-mail: karlakellem@globo.com

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

L732o Lima, Karla Kellem de

Organização, sistemas e métodos I / Karla


Kellem de Lima – Goiânia: NUTEC, 2018.
103 p. : il. - (Educação a distância
Araguaia).
Possui bibliografia.

ISBN: 978-85-98300-66-5

1. Organização e Métodos. 2. Administração


de empresas. 3. Educação à distância. I.
Faculdade Araguaia. II. Título.
CDU: 65.012(07)
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marta Claudino de Moraes
CRB-1928
3
FACULDADE ARAGUAIA - FARA
1º Edição - 2018

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NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Polo Goiânia: Unidade Centro
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...............................................................................................................7

UNIDADE V – SISTEMAS O “S” DE OSM .......................................................................80


1. O que é Sistema? ..........................................................................................................80
2. Sistemas Administrativos: a empresa como Sistema ....................................................81
2.1. Ambientes de sistemas ...............................................................................................83
2.2. Hierarquia dos Sistemas .............................................................................................84
2.3. Tipos de Sistemas ......................................................................................................85
2.4. Características das organizações como sistemas abertos .........................................86
3. Sistemas de Informação ................................................................................................88
3.1. Fases do uso da Tecnologia de Informação ...............................................................88
3.2. Dimensões dos Sistemas de Informação ....................................................................89
4. Dimensões dos Sistemas Gerenciais ( SIG’s) ...............................................................90
4.1. Áreas funcionais dos SIG’s .........................................................................................91
4.2. Classificação das decisões .........................................................................................92
5. Sistemas de Apoio às Decisões.....................................................................................93
RESUMO DA UNIDADE ....................................................................................................94
ATIVIDADES .....................................................................................................................95
REFERÊNCIAS .................................................................................................................96

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APRESENTAÇÃO

Estimado(a) Acadêmico(a), com o avanço da tecnologia e o uso contínuo da


internet, esta vem fazendo parte do cotidiano diário da população. Fazendo bom uso
desta tecnologia, este curso será ofertado à distância, uma vez que essa modalidade de
ensino vem crescendo gradativamente.
Dessa forma, a educação a distância se torna interessante ao poder realizar os
estudos no aconchego do lar, no ambiente de trabalho e, até mesmo, fora da cidade ou
país, sendo necessário apenas um ambiente virtual com computador e internet
adequando o tempo com as atividades pessoais, profissionais e de estudo.
Durante um semestre, não estaremos presentes fisicamente, mas virtualmente
poderemos discutir sobre a disciplina de Organização, Sistemas e Métodos.
Vocês já viram em Teoria Geral da Administração as principais teorias e as
escolas que influenciaram as ciências administrativas como a escola clássica; a escola
de relações humanas; a escola estruturalista; a escola sistêmica e a abordagem das
contingências.
Sendo assim, a disciplina de Organização, Sistemas e Métodos, mais conhecida
pela sua sigla OSM, abrange o estudo organizacional, possibilita a análise dos
processos administrativos, conhecimento dos sistemas e como estes são trabalhados na
organização, além dos métodos que são as ferramentas utilizadas no ambiente
organizacional.
Para um resultado de estudo positivo, ao concluir esta disciplina, é importante que
você alcance os seguintes objetivos:
1) articular a teoria e a prática no processo de consolidação e disseminação dos
conhecimentos adquiridos no decorrer da formação acadêmica;
2) fazer comparações e análises críticas entre os conhecimentos teóricos adquiridos e a
realidade das práticas administrativas vigentes;
3) possibilitar aos alunos conhecimentos específicos da área da Organização, Sistemas
e Métodos aliados a realidade da diversidade, da inclusão e da acessibilidade nas
organizações.

Para alcançar tais objetivos, a disciplina de Organização, Sistemas e Métodos


será apresentada em 5 Unidades: na Unidade I, serão trabalhados os conceitos de

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OSM; na Unidade II, será abordado sobre Organização o “O” de OSM; na Unidade III, os
tipos de estrutura formal; na Unidade IV, será tratada a Evolução das organizações e, na
Unidade V, será trabalho Sistemas o “S” do OSM.
Esta disciplina foi elaborada com olhos de uma administradora e com a dedicação
de um analista de OSM. Sendo assim, conto com sua participação ativa na leitura e
dedicação aos seus estudos.
Sucesso. E bom trabalho aos futuros administradores!
Um abraço.
Bom trabalho e um excelente semestre.

A autora

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UNIDADE V – SISTEMAS O “S” DE OSM

Na Unidade V, vamos falar do “S” de OSM e, assim, verificar o que são Sistemas
e como se dá seu funcionamento nas organizações. Você irá conhecer também, nesta
unidade, os Sistemas de Informações, bem como os Sistemas de Informações
Gerenciais (SIG’s) e os Sistemas de Apoio às decisões.

Objetivo: Compreender o universo dos Sistemas e analisar os tipos de Sistemas de


Informações e seu papel nas organizações.

Objetivos específicos de aprendizagem: ao finalizar esta unidade de estudo, você


será capaz de conceituar Sistemas; entender como funcionam os Sistemas; apresentar
os Sistemas de Informações e seus diversos tipos.

1. O que é Sistema?

Vamos aqui conceituar Sistema que, de acordo com Oliveira (2013, p. 6), “é um
conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um
todo unitário com determinado objetivo e efetuam função específica”. Ainda para esse
autor, a definição de sistema depende do contexto em que está sendo analisado.
“Sistema é o foco do estudo ou núcleo central do que está sendo analisado” (OLIVEIRA,
2013, p. 9).

D’Ascenção (2001, p. 50) define Sistema como “um conjunto organizado e


complexo, uma reunião ou combinação de coisas ou partes, inter-relacionadas e
interdependentes, que formam uma unidade, visando à realização de um objetivo ou
conjunto de objetivos”.
Observamos nesses três conceitos que eles se aproximam e sua definição é a
mesma.
Assim como nosso corpo humano é composto por diversos sistemas, as
organizações também são consideradas como sistemas planejados que obedecem a
estruturas internas com padrões formais de comportamento, com normas e regras

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estabelecidas, que formam as bases para a integração organizacional (D’ASCENÇÃO,
2001, p. 51).

2. Sistemas Administrativos: a empresa como Sistema

Toda organização é um sistema e esses sistemas empresariais são formados por


outros sistemas menores chamados subsistemas.
D’Ascenção (2001), Llatas (2012) e Oliveira (2013) reforçam que o sistema, ou o
sistema administrativo, em sua estrutura básica, é composto por seis componentes:
objetivo; entradas; processo de transformação; saídas; controle e avaliação e
retroalimentação, como pode ser observado no Quadro 7.

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O Sistema administrativo, com seus componentes, aproxima do modelo de
processo estudado na Unidade I, com pequenas diferenças, como pode ser observado na
Figura 30.

A Figura 30 deixa claro que os sistemas administrativos são processos contínuos


que se renovam com a retroalimentação e é esse processo que faz com que as rotinas
administrativas sejam constantes processos de mudanças.

Para melhor visualizar o diagrama de sistema e como ele ocorre em uma empresa,
vamos supor que os objetivos dessa organização sejam sociais e econômicos e nas
entradas teríamos matéria-prima, informações, entre outros, que passariam por um de
transformação que dependeria de equipamentos, mão-de-obra etc. que, após o
processamento, chegaria à saída produtos, serviços, informações, etc., que passariam ao
controle e avaliação - se atendem aos padrões de qualidade e se estão de acordo com os

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objetivos – e, em seguida, seria realizado o feedback de todo o processo, que seria
realimentado, dando uma sequência lógica nas atividades da empresa.
Desta forma, observamos que realmente a empresa é um sistema e, para melhor
entendê-lo, faz-se necessário compreender o ambiente de sistemas.

2.1. Ambientes de sistemas

Para conceituar o ambiente, primeiro é preciso refletir sobre tudo que envolve uma
organização, que vai desde seu espaço físico à mão-de-obra empregada. Para a sua
sobrevivência, as empresas necessitam de elementos externos a ela, como fornecedores,
matéria prima, clientes, parceiros, instituições financeiras, da concorrência e
principalmente das leis que regem o mercado; sendo assim, tudo isso que está ligado
diretamente ao funcionamento das empresas, seja interno ou externamente, chamamos
de ambiente.

Oliveira (2013) reforça que o ambiente de um sistema é um conjunto de fatores que


não pertencem ao sistema, mas que é preciso considerar que, caso o sistema sofra
qualquer tipo de alteração, isso pode interferir nos fatores externos e que qualquer
mudança, nestes fatores, também pode alterar o sistema que está em análise.
Para melhor compreensão do ambiente de sistema, sendo este uma empresa, a
Figura 31 evidencia as mais diversas influências exercidas no ambiente de um sistema
empresarial.

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2.2. Hierarquia dos Sistemas

Para que possamos ter um bom entendimento de sistemas, devemos considerar


três níveis na hierarquia de sistemas, sendo estes: sistema, subsistema e ecossistema,
como pode ser observado na Figura 32.

 sistema: é o que se está estudando ou considerando;


 subsistema: são as partes identificadas de forma estruturada, que integram o
sistema; e
 supersistemas ou ecossistema: é o todo – e o sistema é um subsistema dele
-, bem como inclui o ambiente do sistema (OLIVEIRA, 2013, p. 10).

Para melhor entendimento, podemos considerar uma empresa e seus diversos


departamentos. Se estamos estudando o todo da empresa, estamos falando do
Ecossistema ou Supersistema. Agora vamos supor que vamos estudar apenas o
departamento de Recursos Humanos da empresa; se consideramos apenas esse
departamento para ser estudado, então considera-se que este é o sistema. Agora, se
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vamos considerar outras partes do departamento de Recursos Humanos, como o
recrutamento e a seleção ou o treinamento e desenvolvimento, por exemplo, estamos
tratando do subsistema, que são as partes que integram o sistema.
Agora que conhecemos um pouco da hierarquia dos sistemas, vou apresentar os
tipos de sistema.

2.3. Tipos de Sistemas

Você já estudou em Teoria Geral da Administração a Teoria de sistemas, então


vamos reforçar os tipos de sistemas.
Chiavenato (2014) apresenta vários tipos de sistemas, mas estabelece dois tipos
de classificação sendo quanto à constituição do sistema (Sistemas físicos ou concretos e
Sistemas abstratos ou conceituais) e quanto à natureza do sistema (Sistemas fechados e
Sistemas abertos).
Os Sistemas físicos ou concretos referem-se aos maquinários e equipamentos, em
se tratando da área da tecnologia podemos citar os hardwares e todos os objetos
concretos que fazem parte do ambiente organizacional. Já os Sistemas abstratos, ou
conceituais, derivam de conceitos, hipóteses, estudos, ideias e outros, nesse caso, são o
que denominamos de software. Analisando dentro desse contexto, é possível observar
que os Sistemas físicos e os Sistemas abstratos se complementam, pois um depende do
outro para funcionar e vice-versa (CHIAVENATO, 2014, p. 394).
Quanto à natureza os Sistemas, eles podem ser fechados ou abertos. O Sistema
Fechado não se relaciona com o ambiente externo, sendo assim, não recebe influência e
não se deixa influenciar. “Não recebem nenhum recurso externo e nada produzem que
seja enviado para fora. A rigor, não existem sistemas fechados na acepção exata do
termo [...] São sistemas mecânicos, como máquinas e equipamentos” (CHIAVENATO,
2014, p. 395).
Os Sistemas Abertos se relacionam com o ambiente através das entradas e
saídas. São adeptos a mudanças, sendo esta uma forma de garantir a sua sobrevivência.
Esse é um tipo de sistema aplicável às organizações. “O sistema aberto – como o
organismo – é influenciado pelo meio ambiente e influi sobre ele, alcançando um estado
de equilíbrio dinâmico nesse meio. O modelo de sistema aberto é um complexo de
elementos em interação e intercâmbio contínuo com o ambiente”. (CHIAVENATO, 2014,
p. 396).

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Vamos agora identificar as características das organizações como sistemas
abertos.

2.4. Características das organizações como sistemas abertos

Considerando as organizações como sistemas abertos estas possuem diversas


características as quais vamos evidenciar apenas as mais significativas.
Chiavenato (2014), ao trabalhar a Teoria de Sistemas, apresenta as seguintes
características das organizações como sistemas abertos: Homeostase ou estado firme;
Adaptabilidade; Entropia negativa; Diferenciação; Equifinalidade e Limites ou fronteiras.
Homeostasia ou estado firme: “tendência do sistema em permanecer estático ou
em equilíbrio, mantendo inalterado o seu status quo interno” (CHIAVENATO, 2014, p.
397). No estado firme, existe uma relação forte de energia com o ambiente, já que é
constante a relação de saídas versus entradas. Seu “princípio básico é o da preservação
do caráter do sistema, com a intenção de fazer com que o mesmo continue a ser coerente
com os objetivos a serem alcançados” (OLIVEIRA, 2013, p. 15).
Adaptabilidade: “adaptação é a habilidade do sistema para se modificar ou
modificar seu ambiente, quando algum deles sofreu uma mudança” (OLIVEIRA, 2013, p.
13) Sua função é tentar encontrar um equilíbrio diante de novas situações. Oliveira (2013,
p. 14) considera quatro tipos de adaptação que os analistas de OSM devem se atentar de:
 Ambiente – Ambiente: “Ocorre quando um sistema reage a uma mudança
ambiental, modificando o ambiente”. Como exemplo, podemos citar a modificação
na Lei do trabalho, com a Reforma trabalhista, que provocou mudanças no sistema
de recursos humanos da empresa e, consequentemente, modifica os direitos dos
trabalhadores e o funcionamento da organização.
 Ambiente – Sistema: “Ocorre quando um sistema se modifica para reagir a uma
mudança no seu ambiente que não é controlável”. Como exemplo, consideramos
que com a chegada de novos concorrentes na região onde a empresa se encontra,

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esta deve mudar sua estrutura organizacional para competir no mesmo nível ou
melhor.
 Sistema – Ambiente: “Ocorre quando um sistema reage a uma mudança interna,
modificando o ambiente”. Neste caso, podemos exemplificar quando uma empresa
de grande porte descobre uma mina de diamantes em uma determinada cidade e,
como consequência, altera toda a região, possibilitando novos investimentos,
aumentando a população da cidade, criando novas vias de acesso entre outras
benfeitorias.
 Sistema – Sistema: “Ocorre quando um sistema reage a uma mudança interna,
modificando a si mesmo”. Neste caso, por exemplo, com a velocidade do avanço
da tecnologia, quando um determinado sistema já se encontra obsoleto, deve ser
substituído por novos equipamentos que vá garantir a qualidade do processo
organizacional. (OLIVEIRA, 2013, p. 14).

Entropia negativa: “a entropia é um processo pelo qual o sistema organizado


tende à exaustão, à desorganização, à desintegração e, no fim, à morte”
(CHIAVENATO, 2014, p. 399). Desta forma, toda vez que a organização gera uma
energia maior para manter-se viva, ela está em seu processo entrópico negativo,
busca a sobrevivência, mostrando o empenho dos sistemas em se organizarem por
meio de maior ordenação (OLIVEIRA, 2013, p. 12).
Diferenciação: decorre da “multiplicação e da elaboração de funções, o que lhe
traz também multiplicação de papéis e diferenciação interna” (CHIAVENATO, 2014, p.
400). A elaboração das estruturas organizacionais decorre da diferenciação.
Equifinalidade: ocorre quando se parte de diferentes condições iniciais, bem
como de maneiras diferentes, segundo o qual um mesmo estado final pode ser
alcançado (OLIVEIRA, 2013, p. 12).
Limites ou fronteiras: “definem a esfera de ação do sistema, bem como o seu
grau de abertura (receptividade de insumos) em relação ao ambiente” (CHIAVENATO,
2014, p. 400).
As características das organizações de sistemas abertos evidenciam que as
organizações vivem em constante movimento, sendo necessário considerar todo o
processo até as tomadas de decisões.

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3. Sistemas de Informação

Laudon e Laudon (2007, p. 9 apud Llatas, 2012, p. 69) conceituam Sistema de


Informação como “conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou
recuperam), processam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a
tomada de decisão, a coordenação e o controle de uma organização”.

O surgimento das tecnologias da informação levou, inevitavelmente, a mudar a


vida das organizações. Essas mudanças foram acontecendo de forma tão rápida que
muitas empresas fizeram investimentos altíssimos.

3.1. Fases do uso da Tecnologia de Informação

Cruz (2002, p. 61) faz uma discussão sobre as fases de utilização da tecnologia de
informação, definindo-as em quatro, sendo elas: 1a fase: Era do Papel (Processamento
de Dados); 2a fase: Era do Suporte Eletrônico (Sistemas de Informação); 3a fase: Era do
Ambiente Virtual (Informações Estratégicas) e a 4a fase: Era da Globalização (Tecnologia
da Informação). Vamos conhecer um pouquinho de cada uma delas.
1ª fase: Era do Papel (Processamento de Dados): Cruz (2002, p.81) define essa fase
como a era do papel devido ao grande volume de papel existente nas empresas. É como
se a única maneira de se comunicar com um computador era por meio de papel. “Nessa
fase, as empresas não tinham a menor ideia do que os computadores podiam fazer por
elas. Muitas empresas sequer achavam que podiam ou que seria necessário usá-los”
(CRUZ, 2002, p. 178).
2ª fase: Era do Suporte Eletrônico (Sistemas de Informação): Cruz (2002, p. 81)
define essa fase pelo “surgimento dos discos magnéticos, os disquetes de 8” e os
terminais que começaram a substituir o papel na comunicação com o computador”. Essa
fase começa a introduzir o conceito de sistemas.

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3ª fase: Era do Ambiente Virtual (Informações Estratégicas): esta foi uma fase
importante, embora considerada curta em relação às outras. “A Era do Ambiente Virtual
serviu de ponte entre o reinado absoluto dos mainframes e as novas tecnologias de
informação” (CRUZ, 2002, p. 81). Essa fase é marcada pelo surgimento de equipamentos
tecnológicos avançadíssimos já acompanhados dos softwares (CRUZ, 2002).
4ª fase: Era da Globalização (Tecnologia da Informação): essa é a fase na qual
dizemos, com convicção, que vivemos em um mundo sem fronteiras (CRUZ, 2002).

3.2. Dimensões dos Sistemas de Informação

Nos Sistemas de Informações devem ser consideradas suas dimensões dentro de


uma organização. Laudon e Laudon (2007 apud Llatas, 2012, p. 69) define em três essas
dimensões, sendo elas: organizacional, humana e tecnológica.
 ORGANIZACIONAL: A história, a cultura e a estrutura de uma
empresa determinam o modo como ela utiliza a tecnologia e os
sistemas de informação.
 HUMANA: São as pessoas que desenvolvem e usam os sistemas
de informação, portanto elas devem estar capacitadas o suficiente
para desempenhar essas tarefas da melhor maneira possível.
 TECNOLÓGICA: Os sistemas de informação vão além dos
recursos tecnológicos, mas nem por isso pode-se abrir mão deles.
Uma boa infraestrutura de tecnologia da informação (Hardware,
software, tecnologia de armazenagem de dados e a tecnologia de
rede) é fundamental para alcançar os resultados desejados
(LLATAS, 2012, p. 69 e 70)

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Segundo Llatas (2012, p. 70), essas três dimensões juntas possibilitam as
empresas se organizarem de forma a tentar resolver seus problemas e se manter
competitiva no mercado. Essas dimensões também nos conduzem a um estudo mais
específico de Sistemas de Informações Gerenciais.

4. Dimensões dos Sistemas Gerenciais ( SIG’s)

De forma objetiva, Laudon e Laudon (2007, p. 418), citado por Llatas (2012, p.70),
define os SIG’s como “o estudo dos sistemas de informação com foco em seu uso
empresarial e gerencial”.
Oliveira (2013), em seus estudos, expõe que para compreender os Sistemas de
Informações Gerenciais, é necessário trabalhar com alguns conceitos básicos, a
considerar sendo o que é Dado e o que é Informação.
“Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si só, não
conduz a compreensão de determinado fato ou situação” e “Informação é o dado
trabalhado que permite ao executivo tomar uma decisão” (OLIVEIRA, 2013, p. 24).

Como já estudamos na Unidade I, o modelo de um processo e, aqui na Unidade V,


os componentes de um sistema, estes se aproximam do modelo de Sistemas de
Informações Gerenciais proposto por Oliveira (2013, p. 25), conforme Figura 33.

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A Figura 33 evidencia que o Sistema de Informações Gerenciais está totalmente
ligado às tomadas de decisões das organizações. O processo decorre do dado elemento
bruto por si só, que passa por um tratamento e se transforma em informações; estas são
as ferramentas necessárias que vão auxiliar nas tomadas de decisões: “Decisão é a
escolha entre vários caminhos alternativos que levam à determinado resultado”
(OLIVEIRA, 2013, p. 26). Essas decisões vão determinar as ações necessárias para o
alcance dos resultados esperados. Todo esse processo passa por um contínuo controle e
avaliação.

4.1. Áreas funcionais dos SIG’s

O esquema básico dos Sistemas de Informações Gerenciais agrupa as funções e


atividades das empresas em duas áreas funcionais sendo estas as áreas fins e as áreas
meio.
As áreas fins são as áreas de Produção e Marketing, cujas atividades e funções
estão ligadas diretamente ao ciclo de produção ou colocação do produto no mercado
(objetivo da empresa) (OLIVEIRA, 2013, p. 38).
A áreas meio são as áreas de Administração de Finanças, Administração de
Materiais, Administração de Recursos Humanos, Administração de Serviços e Gestão
Empresarial. Essas áreas, como mostra a Figura 34, são responsáveis por proporcionar
os meios para que as áreas fim cumpram sua finalidade (OLIVEIRA, 2013, p. 38).

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A decomposição das áreas funcionais podem ser estudadas com maior detalhe em
Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial de Oliveira (2013).

4.2. Classificação das decisões

Oliveira (2013) classifica em duas as decisões, sendo elas as programadas e as


não-programadas. As Decisões programadas estão ligadas diretamente às atividades
rotineiras da organização que já possuem um procedimento padronizado para atender as
necessidades que surgem corriqueiramente nas organizações.
Quanto às Decisões não-programadas, estas ocorrem a partir do novo ou quando o
problema é ambíguo e complexo, ou que necessite de uma solução específica; essas
decisões ocorrem em um ambiente dinâmico e têm grande influência nas empresas
(OLIVEIRA, 2013, p. 35).
As decisões são tomadas sob condições de certeza, de risco ou de incerteza, o
que vai depender das situações que satisfaçam o alcance dos objetivos da organização.

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5. Sistemas de Apoio às Decisões

No item da classificação das decisões, estudamos o que é uma decisão


programada e uma decisão não programada. O Sistema de apoio as decisões para
absorver uma quantidade significativa de informações conta com o auxílio de hardwares e
softwares.

Os Sistemas de Apoio às Decisões têm como objetivo “fornecer ao executivo todas


as informações de que ele precisa para embasar suas escolhas” (LLATAS, 2012, p. 78).
Dessa forma, esse sistema acaba por desenvolver funções significativas dentro do
contexto organizacional, como pode ser observado no Quadro 8.

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Utilizar as funções do sistema de apoio à decisão é uma forma de não correr riscos
desnecessários, todo processo organizacional deve ser bem planejado para não correr o
risco de chegar a falência à organização. Se existem ferramentas essenciais, por que não
confiar e deixar de tomar decisões com base só nas experiências e crenças individuais?
Aqui, chegamos ao final da Unidade V da nossa disciplina de OSM. Você deve
estar se perguntando: Estudamos o “O” da Organização, o “S” de Sistemas e cadê o “M”
de Métodos?
O “M” de Métodos vamos estudar na Disciplina de Organização, Sistemas e
Métodos II, na qual o foco do estudo será as ferramentas utilizadas nas organizações.
Obrigada por chegarmos juntos até aqui.

RESUMO DA UNIDADE

✔A Unidade V apresentou os pontos importantes dos sistemas e como eles são essenciais
para as organizações.

✔Reforçamos o conceito de sistemas estudado na Unidade I, na qual esse é compreendido


como partes interdependentes e interagentes que buscam atingir uma objetivo comum

✔Conhecemos a empresa como um sistema, o que são os ambientes de sistemas, sua


hierarquia dividida em Ecossistema, Sistema e Subsistemas; diferenciamos o que é um
sistema fechado e o que é um sistema aberto. Foi possível verificar que não existe um
sistema totalmente fechado e que os sistemas abertos são os mais utilizados pelas
organizações.

✔Realizamos um recorte histórico das fases dos sistemas de informação, que foi dividido
em 4 fases: a era do papel; a era do suporte eletrônico; a era do ambiente virtual e a era
da globalização, que perdura até os dias de hoje.

✔Finalizamos os estudos da unidade e da disciplina apresentando os Sistemas de


Informações Gerenciais e sua importância para as empresas. Foi apresentado também
as áreas fins e as áreas meio dos Sistemas de Informações Gerenciais, classificamos as
decisões e qual o papel dos Sistemas de Apoio às decisões.

SUGESTÃO DE LEITURA

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4ª Edição


94
compacta. São Paulo: Manole, 2014.

SUGESTÃO DE FILME

“Piratas da Informática”. O filme conta, através das personalidades de Steve Jobs, Steve
Wozniak, Bill Gates, entre outros, uma das maiores revoluções de nosso tempo: A
Revolução da Informática. Retrata como foco principal a história dos criadores das
empresas Microsoft e Apple, hoje empresários bem-sucedidos, com as maiores fortunas
do mundo. Através desse filme, poderemos observar como surgiu a informática e como
ela virou a vida de toda população do planeta.

ATIVIDADES

1. Fórum de discussão: No filme Piratas da Informática; quando Jobs e Woz eram


universitários, a Universidade de Berkeley assistia a um movimento revolucionário dos
estudantes contra a Guerra do Vietnã. Jobs acreditava que a revolução acontecia de
outra forma, em outro lugar. De que revolução ele estava falando? Que consequências
positivas e negativas surtiram para nós, atualmente, em sua opinião?

2. Questão: Analise a seguinte afirmação, citada por Steve Jobs no filme: “Informação é
poder”.

3. Conceito: Defina o conceito de Sistemas de Informações Gerenciais.

95
REFERÊNCIAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 4ª Edição


compacta. São Paulo: Manole, 2014.

CRUZ, Tadeu. Sistemas, Organização & Métodos: Estudo integrado das novas
Tecnologias da Informação e introdução à Gerência do conteúdo e do conhecimento. 3ª ed.
São Paulo: Atlas, 2002.

D’ASCENÇÃO, Luiz Carlos M. Organização, sistemas e métodos: análise, redesenho e


informatização de processos administrativos. São Paulo: Atlas, 2001.

LLATAS, Maria Virgínia. OSM Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho. Rebouças. Administração de processos: Conceitos,


metodologia, práticas. 4a edição. São Paulo: Atlas, 2011.

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