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A AUTORA

KARLA KELLEM DE LIMA

Docente na Faculdade Araguaia nos cursos de Administração, Ciências Contábeis, de


Tecnologia em Gestão Comercial. Coordenadora dos cursos de Pós-Graduação em
Planejamento Tributário, Auditoria e Controladoria e em Perícia, Auditoria e Direito
Tributário da Faculdade Araguaia. Professora substituta do Centro de Ensino e
Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE-UFG-GO). Licenciada em Pedagogia pela
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO); Bacharela em Administração pelas
Faculdades Alves Faria (ALFA); Especialista em Educação Ambiental e em Docência
Universitária pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO); MBA em Gestão
de Pessoas por Competências e Coaching pelo Instituto de Pós Graduação e Graduação
(IPOG) e Mestra em Desenvolvimento e Planejamento Territorial pela Pontifícia
Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).
E-mail: karlakellem@globo.com

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

L732o Lima, Karla Kellem de

Organização, sistemas e métodos I / Karla


Kellem de Lima – Goiânia: NUTEC, 2018.
103 p. : il. - (Educação a distância
Araguaia).
Possui bibliografia.

ISBN: 978-85-98300-66-5

1. Organização e Métodos. 2. Administração


de empresas. 3. Educação à distância. I.
Faculdade Araguaia. II. Título.
CDU: 65.012(07)
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Marta Claudino de Moraes
CRB-1928
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FACULDADE ARAGUAIA - FARA
1º Edição - 2018

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...............................................................................................................7

UNIDADE II – ORGANIZAÇÃO O “O” DE OSM ..............................................................28


1. Conceito de Organização ..............................................................................................28
2. Estrutura Organizacional ...............................................................................................29
3. Componentes, condicionantes e níveis da Estrutura organizacional .............................31
3.1. Sistema de responsabilidade ......................................................................................33
3.2. Sistema de Autoridade ................................................................................................34
3.2.1. Amplitude de controle e Níveis hierárquicos ............................................................34
3.2.2. Delegação, Centralização e Descentralização da autoridade ..................................35
3.3 Sistema de Comunicação ............................................................................................36
RESUMO DA UNIDADE ....................................................................................................38
ATIVIDADES .....................................................................................................................39
REFERÊNCIAS .................................................................................................................40

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APRESENTAÇÃO

Estimado(a) Acadêmico(a), com o avanço da tecnologia e o uso contínuo da


internet, esta vem fazendo parte do cotidiano diário da população. Fazendo bom uso
desta tecnologia, este curso será ofertado à distância, uma vez que essa modalidade de
ensino vem crescendo gradativamente.
Dessa forma, a educação a distância se torna interessante ao poder realizar os
estudos no aconchego do lar, no ambiente de trabalho e, até mesmo, fora da cidade ou
país, sendo necessário apenas um ambiente virtual com computador e internet
adequando o tempo com as atividades pessoais, profissionais e de estudo.
Durante um semestre, não estaremos presentes fisicamente, mas virtualmente
poderemos discutir sobre a disciplina de Organização, Sistemas e Métodos.
Vocês já viram em Teoria Geral da Administração as principais teorias e as
escolas que influenciaram as ciências administrativas como a escola clássica; a escola
de relações humanas; a escola estruturalista; a escola sistêmica e a abordagem das
contingências.
Sendo assim, a disciplina de Organização, Sistemas e Métodos, mais conhecida
pela sua sigla OSM, abrange o estudo organizacional, possibilita a análise dos
processos administrativos, conhecimento dos sistemas e como estes são trabalhados
na organização, além dos métodos que são as ferramentas utilizadas no ambiente
organizacional.
Para um resultado de estudo positivo, ao concluir esta disciplina, é importante
que você alcance os seguintes objetivos:
1) articular a teoria e a prática no processo de consolidação e disseminação dos
conhecimentos adquiridos no decorrer da formação acadêmica; 2) fazer comparações e
análises críticas entre os conhecimentos teóricos adquiridos e a realidade das práticas
administrativas vigentes;
3) possibilitar aos alunos conhecimentos específicos da área da Organização, Sistemas e
Métodos aliados a realidade da diversidade, da inclusão e da acessibilidade nas
organizações.

Para alcançar tais objetivos, a disciplina de Organização, Sistemas e Métodos


será apresentada em 5 Unidades: na Unidade I, serão trabalhados os conceitos de

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OSM; na Unidade II, será abordado sobre Organização o “O” de OSM; na Unidade III,
os tipos de estrutura formal; na Unidade IV, será tratada a Evolução das organizações
e, na Unidade V, será trabalho Sistemas o “S” do OSM.
Esta disciplina foi elaborada com olhos de uma administradora e com a
dedicação de um analista de OSM. Sendo assim, conto com sua participação ativa na
leitura e dedicação aos seus estudos.
Sucesso. E bom trabalho aos futuros administradores!
Um abraço.
Bom trabalho e um excelente semestre.

A autora

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UNIDADE II – ORGANIZAÇÃO O “O” DE OSM

A Unidade II apresentará o conceito de Organização, os seus principais tipos e o


que eles representam para manter o bom funcionamento da empresa. Você vai conhecer
também os três componentes essenciais da estrutura organizacional e as relações de
poder.

Objetivo: Compreender o conceito de Organização, diferenciando a organização formal


e Informal e o que elas impactam no tempo de vida das empresas.

Objetivos específicos de aprendizagem: ao finalizar essa unidade de estudo, você


será capaz de diferenciar uma organização formal de uma informal; identificar os
componentes da estrutura organizacional e compreender como ocorrem as relações de
poder dentro do ambiente corporativo.

1. Conceito de Organização

Considerando uma visão social e em sociedades mais complexas, em todas as


etapas da vida, o homem, desde o seu nascimento até a morte, depende das
organizações, já que vivemos em sociedades “organizadas”.
Como já estudado na Unidade 1, “às atividades de formar agrupamentos
humanos, distribuir o trabalho entre seus membros e equacionar a utilização dos
recursos, visando ao atendimento de suas necessidades, deu-se o nome de
organização” (D’ASCENÇÃO, 2001, p. 37).
Sendo assim, podemos conceituar organização no olhar de diversos estudiosos,
sendo esta um “conjunto de atividades que pretende coordenar de forma racional e
lógica o esforço coletivo e, entre outras coisas, ajudar a dividir as tarefas e combater o
desperdício” (LLATAS, 2012, p. 29).
Desta forma, Cury (2012, p.105) expõe que, a fim de atingir objetivos comuns, as
organizações vão sendo construídas e reconstruídas decorrentes dos avanços
tecnológicos; das leis econômicas e a busca constante de padrões de vida. Nesse
contexto, as organizações se caracterizam pela divisão do trabalho; pela presença de
centros de poder e a substituição de pessoal, entre outros.
 divisão do trabalho, do poder e das responsabilidades de
comunicação, divisão esta que não é obra de casualidade nem
obedece a um esquema tradicional, senão que tem sido
deliberadamente planejada, para favorecer a realização de fins

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específicos;
 presença de um ou mais centros de poder que controlam os esforços
concentrados da organização e os dirigem até seus fins; estes centros
de poder, ademais, revisam continuamente a atuação da organização
e remodelam sua estrutura, onde se tornar necessário, para aumentar
sua eficiência;
 substituição de pessoal, isto é, que as pessoas que não satisfazem
possam ser dispensadas e suas tarefas atribuídas a outras. A
organização pode também mudar seu papel por meio de transferência
e promoção (CURY, 2012, p. 105).

Já Oliveira (2013, p. 63) conceitua organização como “ordenação e o


agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos e resultados
estabelecidos”.

As organizações são definidas em duas, sendo estas a organização informal e a


organização formal.

A organização informal deriva da cooperação de um grupo de indivíduos que se


reúne naturalmente, com o propósito de atingir um mesmo objetivo, mas que realizam as
atividades e coordenam o trabalho de forma espontânea.

Já organização formal, que requer rigor e planejamento para as tomadas de


decisões, parte de um planejamento rigoroso onde as equipes possuem uma função
prévia estabelecida, com uma hierarquia definida de comando que interage com toda a
organização de forma organizada de autoridades e responsabilidades determinadas para
a execução de um trabalho eficiente para o sucesso da organização. Esta é a
organização foco deste estudo.

Agora que conceituamos organização, vamos estudar a ferramenta essencial para


alcançar os objetivos da organização, chamada de Estrutura organizacional.

2. Estrutura Organizacional

A Estrutura organizacional é a ferramenta responsável por estabelecer os níveis


hierárquicos de uma organização. É ela que estabelece os níveis hierárquicos e de
autoridade, define as atribuições e as descrições de cargos, bem como permite a
comunicação dentro do ambiente organizacional.
A Estrutura organizacional visa alcançar os objetivos da organização por meio de
um agrupamento ordenado de recursos e atividades. Essa ferramenta de divide em
equipamentos, tecnologias etc. (recursos físicos), em cargos e funções (recursos
humanos) e as relações interpessoais.
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Sendo assim, é possível observar a importância da estrutura organizacional para
o bom funcionamento e sobrevivência de uma organização. Esta, por sua vez, segue as
influências das escolas clássicas da administração que defendem a implantação da
estrutura piramidal na qual o limite de supervisão muda de acordo com a especificidade
de cada grupo de trabalho, como pode ser observado na Figura 8.

Figura 8: Estrutura Piramidal

Fonte: Adaptado de D’Ascenção (2001, p. 42)

A Figura 8 representa bem o modelo da Administração clássica e sua influência


na hierarquia organizacional que vem sendo muito utilizado, mesmo com as
transformações que vêm ocorrendo com a chegada da administração contemporânea. A
Evolução das organizações será estudada na Unidade IV. Por agora, vamos nos focar
nos componentes da estrutura organizacional formal.
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3. Componentes, condicionantes e níveis da Estrutura organizacional

Com os objetivos traçados em uma organização a partir de um planejamento


rigoroso para o bom funcionamento da empresa, é preciso definir a estrutura
organizacional delegando as responsabilidades aos devidos cargos e funções
determinados dentro da organização para, posteriormente, definir a quem será delegada
a autoridade de supervisionar e comandar a organização e assim efetivar os canais de
comunicação entre todos os setores da organização (LLATAS, 2012).
Observa-se, assim, que os componentes da estrutura organizacional são
formados por um conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicação e
decisão das unidades organizacionais, que vamos aqui tratar como sistemas de
responsabilidade, autoridade e comunicação.
Oliveira (2013, p. 71) define o sistema de responsabilidade como sendo o
resultado da distribuição das atividades. O sistema de autoridade refere-se à distribuição
do poder. E o sistema de comunicação é considerado o canal de comunicação entre as
unidades organizacionais. Esse autor ainda inclui o sistema de decisão, que é o
resultado do processamento das informações da ação da comunicação. Para o autor, é
necessário determinar a estruturas organizacionais através de análises das atividades,
das decisões e das relações entre as unidades organizacionais, como pode ser
observado na Figura 9.

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Como pode ser observado na Figura 9, o sistema de responsabilidade é formado
pela departamentalização; linha e assessoria e a descrição das atividades
organizacionais. O sistema de autoridade é formado pela amplitude administrativa ou de
controle; os níveis hierárquicos; a delegação e centralização ou descentralização do
poder nas organizações. O sistema de comunicação é formado pelos seguintes
questionamentos o quê?, por quê?, como?, quando?, quanto?, de quem? e para quem
comunicar? (OLIVEIRA, 2013).

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Os condicionantes da estrutura organizacional estão ligados ao fator humano, que
está interligado às habilidades e comprometimento dos colaboradores com os resultados
da empresa. O fator ambiente externo são questões que interferem no ambiente interno
da empresa, mas que não dependem da organização. Os fatores objetivos, estratégias e
políticas são fatores definidos dentro do ambiente interno da empresa. É o que define
todo seu propósito de ação, no qual o objetivo é o que se quer alcançar, a estratégia e o
caminho a ser percorrido; e a política é a orientação para as tomadas de decisão. E o
fator tecnologia está diretamente voltado para as transformações tecnológicas e o que a
empresa utiliza dessa tecnologia (OLIVEIRA, 2013).

Os níveis de influência da estrutura organizacional referem-se aos tipos de


planejamento realizados pelas empresas, sendo estes três níveis principais. O nível
estratégico determina o planejamento estratégico que possibilita ao poder executivo da
empresa definir o rumo a ser seguido. O nível tático é o planejamento tático que traça
objetivos em busca de resultados para uma área específica da empresa e não para toda
a organização. O nível operacional é o planejamento operacional que elabora as
condições para a adequada realização dos trabalhos rotineiros da organização
(OLIVEIRA, 2013).

Os níveis de abrangência da estrutura organizacional são três: a empresa, o


negócio e a corporação. O nível de abrangência da empresa reporta-se ao estudo de
toda a empresa, mesmo ela possuindo um ou mais negócios no mercado. O nível de
abrangência do negócio tem como foco a análise da estrutura dos negócios da empresa
ou da Unidade Estratégia de Negócio (UEN). E o nível de abrangência da corporação
considera a administração corporativa e engloba mais de um negócio ou unidade
estratégica de negócio (OLIVEIRA, 2013).
Agora que conhecemos os componentes, condicionantes e os níveis de influência
e abrangência da estrutura organizacional, vamos falar um pouco mais dos
componentes da estrutura organizacional: Sistema de responsabilidade, sistema de
autoridade e sistema de comunicação.

3.1. Sistema de responsabilidade

No ambiente organizacional, as atividades são distribuídas de acordo com o


objetivo, as estratégias e as políticas da organização. E, para falar de responsabilidade,
quem nunca ouviu o ditado popular: “Manda quem pode e obedece quem tem juízo”.

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Este ditado condiz com a realidade do sistema de responsabilidade que se refere à
obrigação que uma pessoa tem de fazer alguma coisa para os outros. É composto pela
distribuição do trabalho, pela divisão de tarefas entre os diferentes colaboradores de
uma organização.
No sistema de responsabilidade, os colaboradores assumem uma determinada
obrigação independentemente do nível hierárquico, além de prestar contas a seu
superior que lhe delegou uma responsabilidade (LLATAS, 2012).

3.2. Sistema de Autoridade

O Sistema de autoridade está ligado também ao ditado popular, como vimos


anteriormente, “manda quem pode”, sendo assim, “autoridade é o direito estabelecido de
se designar o que – e, se necessário, como, por quem, quando e por quanto – deve ser
realizado em sua área de responsabilidade na empresa” (OLIVEIRA, 2013, p. 75).
Desta forma, fica evidente que a autoridade é o poder de tomada de decisão.
Para tanto, é necessário definir os limites de autoridade os níveis hierárquicos e a
amplitude de controle.
Os limites de autoridade estão relacionados aos limites que demarcam a área de
alcance de decisão de cada líder, com o objetivo de reduzir as possibilidades de
confronto entre eles.

3.2.1. Amplitude de controle e Níveis hierárquicos

A Amplitude de Controle está relacionada à quantidade de subordinados que a


diretoria de determinado departamento possui, e considera que quanto mais
colaboradores subordinados, mais poder e autoridade ele acumula (LLATAS, 2011).
Para Oliveira (2013, p. 213), a “amplitude de controle, também denominada
amplitude administrativa, ou ainda amplitude de supervisão, refere-se ao número de
subordinados que um chefe pode supervisionar pessoalmente, de maneira efetiva e
adequada”.
A amplitude de controle está ligada diretamente aos níveis hierárquicos, pois
quando um colaborador sobe de nível na hierarquia da empresa, o número de
subordinados tende a diminuir, da mesma forma em que os chefes possuem um número
cada vez maior de colaboradores subordinados, diminui o número de hierarquias na
organização.
Os níveis hierárquicos são definidos “quando dois ou mais cargos de uma
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mesma empresa possuem o mesmo poder formal de decisão. Uma posição equivalente
no organograma não significa necessariamente que diretores e gerentes concentrem a
mesma influência em suas mãos” (LLATAS, 2011, p.33).
Oliveira (2013, p. 217) define os níveis hierárquicos como o “conjunto de cargos
na empresa com o mesmo nível de autoridade”.
Os níveis hierárquicos possuem uma ligação com a amplitude de controle que,
como já exposto anteriormente, o número de subordinados da amplitude de controle é
que determinará a quantidade de níveis hierárquicos da empresa. Para Oliveira (2013),
a redução dos níveis hierárquicos interfere diretamente na melhoria do processo de
tomada de decisão nas organizações.

3.2.2. Delegação, Centralização e Descentralização da autoridade

“Delegação é o processo de transferência de determinado nível de autoridade de


um chefe para seu subordinado, criando o correspondente compromisso pela execução
da tarefa delegada” (OLIVEIRA, 2013, p. 193).
Sendo assim, a delegação refere-se à tarefa que foi passada do chefe para o
subordinado, além da responsabilidade que o subordinado assume para com o chefe na
realização de suas atividades transferidas.
Para D’Ascenção (2001, p. 42), a delegação de autoridade ocorre quando há uma
expansão da organização que provoca a necessidade de transferência dos níveis de
autoridade.
Para se ter uma delegação adequada, é necessário que a autoridade obedeça
aos limites de autoridade para a realização dos resultados esperados; o nível de
responsabilidade assumidos no cargo deve ser proporcional; como o chefe e o
subordinado não podem fugir de suas obrigações, a responsabilidade a eles não pode
ser delegada e, para que ocorra sucesso no processo de delegação, é necessário
clareza na delegação, para que esta ocorra de forma precisa entendida e aceita
(OLIVEIRA, 2013).
Sendo assim, para tornar a delegação mais efetiva e adequada é necessário que
o chefe tenha disponibilidade para planejar e orientar seus colaboradores. A
Centralização é conceituada por Oliveira (2013, p. 200) como sendo a concentração do
poder decisório na alta administração de uma organização e seu objetivo é manter a
uniformidade nas decisões, bem como menor número de níveis hierárquicos.
Dessa forma, a centralização é recomendada quando os colaboradores

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pertencentes aos níveis médio e baixo não apresentam ser confiáveis, quando as
atividades da empresa precisam ser mais integradas, sendo necessário manter um
controle mais rígido sobre as atividades (LLATAS, 2011, p. 35).
Já a Descentralização é “a menor concentração do poder decisório na alta
administração da empresa, sendo, portanto, mais distribuído por seus diversos níveis
hierárquicos” (OLIVEIRA, 2013, p. 201) e essa distribuição do poder decisório inclui
também a baixa e média administração, além de possuir maior número de níveis
hierárquicos; seu objetivo é promover o engajamento dos diversos níveis organizacionais
e distribuir a carga de trabalho.
Sendo assim, a descentralização é adequada quando for necessário aliviar uma
alta administração que está sobrecarregada; quando ocorre uma centralização excessiva
e o processo decisório está demorado e o outro fator é quando os colaboradores por não
participar nas decisões da empresa acabam se desmotivando (LLATAS, 2011).
Portanto, a descentralização aproxima mais as tomadas de decisão com as
situações corriqueiras do dia a dia e a centralização que concentram o poder na alta
administração.
Como já foram apresentados os aspectos básicos do sistema de autoridade sobre
amplitude de controle, níveis hierárquicos, delegação, centralização e descentralização,
vamos estudar os sistemas de comunicação.

3.3 Sistema de Comunicação

Oliveira (2013, p. 79) conceitua comunicação como o “processo interativo em que


dados, informações, consultas e orientações são transacionados entre pessoas,
unidades organizacionais e agentes externos a empresa”.
Os canais de comunicação promovem o fortalecimento dos vínculos internos e
fortalece o contato com fornecedores e clientes do ambiente externo. A comunicação é
considerada a peça fundamental para o sucesso e bom desempenho das atividades
organizacionais além de aproximar a equipe da missão, filosofia e objetivos da
organização.
Desde a chegada das tecnologias das informações no ambiente organizacional,
esta passou a ser uma ferramenta indispensável no ambiente corporativo.
A comunicação ocorre em todos os setores e existe uma facilidade maior de
interação e comunicação tanto no ambiente interno como por exemplo quando se utiliza
a intranet, que é uma forma de comunicação exclusiva e interna das organizações, como

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no ambiente externo com o uso dos meios de comunicação contemporâneos como e-
mails, mensagens instantâneas, WhatsApp, Imo, Skype e as mais diversas redes sociais
que vem cada vez mais se tornando presente no ambiente organizacional.
Os estudos de Oliveira (2013) evidenciam a existência de três tipos de fluxos de
comunicação sendo estes: horizontal, vertical e diagonal ou transversal, como pode ser
observado no Quadro 4.

Quadro 4: Fluxos de comunicação


Tipos de fluxo Conceito Exemplo

Fluxo Horizontal Troca de informações Intercâmbio de dados


entre departamentos do entre a direção de
mesmo nível hierárquico. finanças e a direção de
marketing.

Fluxo Vertical Troca de informações Intercâmbio de dados


entre departamentos de entre a direção de
níveis hierárquicos finanças e a tesouraria.
diferentes, mas que
atuam na mesma área.

Fluxo Diagonal ou Troca de informações Intercâmbio de dados


transversal entre departamentos de entre a direção de
níveis hierárquicos marketing e a tesouraria.
diferentes, que atuam em
áreas distintas.

Fonte: LLATAS, 2011, p. 37.

Os fluxos de comunicação apresentados no Quadro 4 possuem suas vantagens e


desvantagens, como em qualquer procedimento administrativo, mas é importante
ressaltar a importância de se ter um adequado sistema de comunicações.

Para que você possa observar a importância da comunicação no ambiente


organizacional, convide uma turma de amigos e realize entre vocês aquela antiga
brincadeira de telefone sem fio. Faça um pequeno comunicado e repasse aos seus
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amigos e veja como chega o comunicado no final.

RESUMO DA UNIDADE

✔ A Unidade II nos apresentou o significado do “O” de Organização, que se refere a um


conjunto de atividades que são realizadas de forma lógica e racional em busca de um
objetivo em comum a toda organização.

✔ Conhecemos também os tipos de organização existentes, sendo elas a organização


informal e a organização formal, sendo esta a mais indicada para o bom funcionamento
das organizações, uma vez que requer um planejamento rigoroso para a garantia da
sobrevivência e sucesso da organização.

✔ Conceituamos estrutura organizacional e visualizamos os componentes, condicionantes e


os níveis da estrutura organizacional.

✔ Os componentes da estrutura organizacional aqui estudados foram os sistemas de


responsabilidade, autoridade e de comunicação. No sistema de responsabilidade,
aprendemos que esse sistema é o responsável pelas atividades a serem executadas no
ambiente organizacional

✔ O sistema de autoridade é o sistema responsável pelo poder de designar as atividades


a serem executadas pelo sitema de responsabilidade. Ficou evidente também os
aspectos básicos do sitema de autoridade, sendo eles a amplitude de controle, os níveis
hierárquicos, a delegação, a centralização e a descentralização, no qual todos estes
aspectos influenciam diretamente nas tomadas de decisões das empresas.

✔ Por último, estudamos como ocorre o sistema de comunicação nas organizações, que
deve considerar o que, como, quando, de quem, para quem, por que e quanto deve ser
comunicado. Vimos também os três principais fluxos de comunicação o vertical, horizontal
e o diagonal ou transversal, que são as formas de comunicação entre os diversos níveis
hierárquicos da organização.

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SUGESTÃO DE FILME

O Filme Ratatouille, da Walt Disney, produzido pela Pixar é


um filme de animação que foi lançado em 2007 e ganhou o Oscar
em 2008 de melhor filme de animação. O longa-metragem
Ratatouille, é uma comédia, que conta a história de Remy, um
ratinho que tem como sonho em se tornar um grande chef de cozinha de um famoso
restaurante francês.

A história do filme, em sua maior parte, concentra-se no restaurante no qual


podemos observar, nesse ambiente, vários conceitos até aqui estudados desde a
Unidade I que nos apresenta a Gestão de processos. Nesta unidade, vimos a
organização formal e informal e a estrutura organizacional e ainda vamos ver nas
próximas unidades os tipos de estrutura e a liderança.

ATIVIDADES

1. Fórum de discussão: Dentro do tema estrutura organizacional, destacamos a estrutura


do Restaurante Gusteau’s. Segundo LLATAS (2011), Estrutura Organizacional é a
configuração de uma empresa que molda, de forma eficiente e lógica, a rede de fluxos
interativos entre seus diversos departamentos e níveis hierárquicos. Procuram por
resultados positivos decorrentes dos objetivos traçados e as atividades são realizadas
de forma específica dentro das organizações. Sendo assim, como você identifica a
estrutura formal do Restaurante Gusteau’s?

2. Questão: Quais são os fluxos de comunicação e como eles ocorrem?

3. Conceito: Defina o conceito de Organização formal.

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REFERÊNCIAS

CURY, Antônio. Organização e Métodos: uma visão holística. 8ª ed. São Paulo: Atlas,
2012.

D’ASCENÇÃO, Luiz Carlos M. Organização, sistemas e métodos: análise, redesenho


e informatização de processos administrativos. São Paulo: Atlas, 2001.

LLATAS, Maria Virgínia. OSM Organização, Sistemas e Métodos. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho. Rebouças. Sistemas, Organização e Métodos: Uma


abordagem Gerencial. 21ª edição. São Paulo: Atlas, 2013.

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