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ORGANIZACIONAL
São Cristóvão
Dezembro, 2011
2
ORGANIZACIONAL
por
Dezembro, 2011
3
ORGANIZACIONAL
____________________________
Profª. Drª. Marley Rosana Melo de Araújo
Orientadora
____________________________
Profª. Esp. Cybelle Rabelo Ramalho
Avaliadora
____________________________
Profª. Esp. Sabrina Duarte Cardoso
Avaliadora
4
ORGANIZACIONAL ¹
CULTURE
Resumo
sendo que a maior parte dos contatos entre colegas tem finalidade laboral. Quanto à
as equipes. Entretanto, nenhuma das equipes apresentou qualquer dos dois tipos de
algum conflito em sua equipe de trabalho, não se faz necessária uma intervenção
imediata, já que não houve equipe com o conflito em nível elevado a ponto de causar
Equipes de Trabalho.
5
Abstract
This study aimed to verify the existence of intragroup conflict in a public judicial
institution of the city of Aracaju/SE. This purpose used a script semi structured
interviews, the Intragroup Conflict Scale (ECIG) and Brazilian Instrument for the
make up six teams working in a court. Regarding the workplace, the participants rated
as moderately cooperative, and most of the contacts between colleagues has intended
employment. Regarding the perception of the existence of conflicts, the team 3 and 6
don’t have conflicts. In contrast, the team 4 stated that there is conflict, followed by
team 2. However, neither team had any of the two types of conflict in high degree. It is
concluded that all though the participants stated there was some conflict in your team,
doesn’t require immediate action, already there was no conflict with the team in high
___________________
SUMÁRIO
1. Introdução..........................................................................................................10
2. Conflito..............................................................................................................14
2.1. Definições.....................................................................................................14
2.2. Contextos em que o conflito se evidencia....................................................16
3. Literatura acerca do conflito no trabalho...........................................................18
3.1. Histórico.......................................................................................................18
6.1. Amostra......................................................................................................42
6.2. Caracterização da organização e do setor..................................................42
6.3. Instrumentos de coleta de dados.................................................................43
6.4. Procedimento para coleta de dados............................................................45
6.5. Procedimento para análise de dados..........................................................46
7. Resultados.........................................................................................................46
LISTA DE FIGURAS
instâncias superiores............................................................................................53
LISTA DE TABELAS
1. INTRODUÇÃO
trabalho objetivando redução de custos e atuação inovadora (Jenh, Northcraft & Neale,
contam com um gestor a fim de guiar seus objetivos e ações. É neste momento que as
trazendo benefícios para a empresa. Esta preocupação tem produzido impacto nos
estudos da área (Spector, 2010; Paz, Martins & Neiva, 2004; Tamayo, 2004; Batterman
heterogêneos. Nos primeiros, sabe-se que mesmo que os membros atuem em uma
valores distintos, embora devam atuar com o mesmo objetivo. Na verdade, o bom
11
funcionamento de grupos heterogêneos, mesmo com bons líderes, tem sido um objetivo
níveis, quer pelo lado positivo quer pelo negativo. Segundo Spector e Jex (1998), existe
menor eficácia, redução no bem-estar e maior turn-over no trabalho por causa dos
conflitos. Por outro lado, Tjosvold (1997 citado por McIntyre, 2007) afirma que alguns
tipos específicos de conflito podem estar associados a uma maior inovação. Esta
conclusão pode ser explicada pela idéia de Mallory (1997 citado por Frederick &
Zaidan, 2010), ao afirmar que o conflito de tarefa, especificamente, existe em todo local
de trabalho e pode ser instrumento para descobrir novas idéias e soluções para
assunto que não é assumido com facilidade. Muitas vezes as organizações resistem em
admitir que o conflito existe no seio das suas instalações (Chiavenato, 2005). Via de
regra, a maioria das organizações acham que a existência de conflito representa uma
falha, uma relativa “perda de controle” sobre os seus empregados, indicando que a
devem ser encarados e solucionados frontalmente para que a eficácia organizacional não
conflitos justifica-se pelo papel que ele representa nos níveis de produtividade
dos membros das equipes (Dimas, Lourenço & Miguez, 2005). Sanna e Parks (1997)
Social Psychology Bulletin. A maioria dos trabalhos publicados entre 1975 e 1994
confirmando a popularidade deste tema entre os estudiosos. Além disso, esses mesmos
anos.
Sanna e Parks (1997) concluem, ainda, que este aumento de produção na área de
Comportamento Organizacional.
diversos valores e práticas organizacionais exercidos na instituição que, por sua vez,
13
diversos momentos e por vários motivos. Para Shein (1992, citado por Ferreira &
comportamento e atitudes dos seus membros, podendo até criar uma contracultura.
(1992, citado por Frederick & Zaidan, 2010) mostrou que os gestores consomem
diariamente cerca de 20% do seu tempo gerindo conflitos -, além de tornar o ambiente
cultura organizacional de uma instituição pública nas relações. O intuito desta iniciativa
seria possível investir com maior facilidade em estratégias organizacionais eficazes que
definições, além dos contextos em que este acontece. Posteriormente, os estudos sobre
trabalho.
2. CONFLITO
2.1. Definições
O conflito é algo que faz parte das relações humanas e surge, do ponto de vista
relacional, devido a diferentes pontos de vista quanto a diversos assuntos. Para tentar
denota choque entre duas coisas, embate de pessoas que lutam entre si. Na base,
encontra-se o radical grego flag que também aparece em flagelar. Diz-se do embate
violento entre duas forças contrárias. É um estado de coisas onde duas ou mais partes
reclamam a posse da mesma coisa quando esta não pode ser possuída simultaneamente
Dissídio entre nações. 9. Psicol Tensão produzida pela presença simultânea de motivos
inconsciente.
organizações. Para Cosier, Dalton e Taylor (1991), o conflito pode ser interpretado
pessoas ou grupos. Este processo é visto por alguns estudiosos das organizações como
algo prejudicial e que deve ser, sempre que possível, evitado (Jenh, 1997; McIntyre,
2007).
todo conflito deve ser entendido como um problema comunicacional. Por exemplo, o
deliberada de uma das partes envolvidas. A interferência pode ser ativa – mediante ação
Por estar na base das relações entre as pessoas, o conflito pode ser observado em
diversos contextos e instituições. Segundo Chiavenato (2005), a vida das pessoas é uma
pessoas que trabalham em conjunto, sendo esta coerência fundamental à harmonia das
relações.
Fayol (1978, citado por Bastos & Seidel, 1992) afirma que em todas as
casa e Estado, o comando de mais de uma origem é uma fonte constante de conflitos, às
vezes graves, que requerem atenção dos superiores de todos os níveis. Nesses contextos,
os métodos de domínio e repressão, como afirma Stoner (1985, citado por Bastos e
geralmente acaba decepcionado e hostil (Stoner, 1985, citado por Bastos & Seidel,
1992).
que não possui estrutura para atender a demanda que lhe é dirigida (Müller, 2007).
Algumas das conseqüências desse monopólio são a sobrecarga desse Poder, o que gera
é o “direito” que está sendo pleiteado. Esses pontos revelam sua incapacidade para lidar
isoladamente com os conflitos decorrentes da interação social (Müller, 2005 citado por
Müller, 2007).
advém diversos pontos que geram discussões entre gestores, professores e alunos, como
para esses impasses, pois os participantes, com a assistência de uma pessoa imparcial –
A mediação pode induzir a uma reorientação das relações sociais, a novas formas
3.1. Histórico
realizados por Elton Mayo nas décadas de 20 e 30, o conflito foi visto de uma forma
Mayo tentou fazê-lo por meio da alteração do seu sistema social (Rahim, 2001, citado
conflito não era desejável e que a sua existência apenas provava que a organização não
estava sendo bem gerida ou que havia ausência de determinadas competências sociais.
conflito como sendo algo natural e inevitável, nem sempre negativo, e que poderia
favorecer o grupo (Salgado Velo, s/d). Estes membros passaram a influenciar outras
conflito intragrupal no trabalho, objeto de estudo desta pesquisa. Ao falar sobre equipes
19
emergir, nomeando-os como conflito substantivo e conflito afetivo. Para estes autores, o
a tarefa, ou seja, naqueles grupos que focalizam, em seu processo decisório, a discussão
estaria presente naqueles grupos compostos por membros que aproveitam os processos
grupais para satisfazer suas necessidades pessoais, como por exemplo, o desejo por
dominação ou status. Embora Guetzkow e Gyr (1954, citados por Guimarães, 2007)
tenham iniciado a discussão sobre o tema na década de 50, Sanna e Parks (1997)
utiliza-se uma das definições mais atuais e disseminadas dos tipos de conflitos
intragrupais (Simons & Peterson, 2000; Jehn, 1994; Amason, 1996; Dimas et al., 2005;
valores e de estilos interpessoais. Nesta mesma perspectiva, Jehn (1994, 1997) destaca
afetivos como atritos, tensão ou raiva entre os membros do grupo, enquanto que o
Peterson (2000) como “a sombra do conflito de tarefa”. Nos estudos de Jehn (1997) fica
membros do grupo, enquanto que os possíveis efeitos do conflito de tarefa podem ser
deve necessariamente ser entendida como algo problemático ou ruim. Estes autores
equipe, levando-os a ter novas idéias sobre os processos organizacionais, a serem mais
boa imagem que pesquisadores da área têm acerca do primeiro tipo. Antes de
1991). Simons e Peterson (2000), por exemplo, citam que este conflito está geralmente
e a aceitação afetiva do grupo. Jehn (1997) chega a afirmar que a ausência deste tipo de
graus distintos (Amason, 2002 citado por Guimarães, 2007), pois um não exclui o outro
Peterson, 2000).
22
há um conflito voltado para execução ou decisão sobre a tarefa (conflito de tarefa), este
pode ser percebido como sendo de natureza pessoal, podendo assim distorcer o foco da
Segundo Bowditch e Buono (2004), a nível individual, o conflito pode ser classificado
citado por Guimarães, 2007) afirma que o conflito intergrupal refere-se a desacordos ou
diferenças entre membros de dois ou mais grupos. Por exemplo, em uma loja de
desde suas causas até suas conseqüências. Os autores propõem a presença de condições
preliminares que podem criar potencial para o conflito, como por exemplo, a falta de
(Zanelli, Borges-Andrade & Bastos, 2004; Chiavenato, 2005). Estas situações podem
causar sensações ou estados emocionais que, por sua vez podem ser externalizadas
através de diversos comportamentos que vão deste a resistência passiva, não verbal, até
conflito?
esperadas dos membros que compõem este grupo específico (Martins, 2004). Para tentar
mesmos.
formado por duas ou mais pessoas que, para atingir determinado(s) objetivo(s),
longo, sem o qual seria mais difícil ou impossível obter o êxito desejado. Wagner III e
como foi colocado, as equipes de trabalho são entendidas como um tipo específico de
grupo que possui especificidades voltadas à execução das tarefas e alcance de altos
(2003), equipe é um tipo especial de grupo em que, entre outros atributos, evidencia-se
quanto às tarefas realizadas (Brandão, s/d). Dessa forma, pode-se formar grupos por
função. É possível, desta forma, que as organizações levem produtos ao mercado com
maior confiabilidade, pois permite, por exemplo, que o projeto elaborado pelo
processo pode ficar mais lento. No agrupamento por função, os membros do grupo
formadas mediante o uso de agrupamento por fluxo de trabalho, de modo que seus
acesso a recursos.
se diferenciar de acordo com o aspecto considerado pelo autor. Por exemplo, se o ponto
Palacios (2004), as equipes diferenciam-se de outros tipos de grupo por ter um esforço
manter não sofrem modificação, apesar das equipes possuírem um maior foco em
dos membros para atingir metas, sendo o trabalho interdependente, e, desta forma,
tarefas. Neste estudo, a nomenclatura grupo e equipe será utilizada com o mesmo
o leitor.
consideradas para se criar equipes eficazes, cita quatro principais fatores, que são:
pelo bom (ou mau) funcionamento da equipe de trabalho, tornando o ambiente propício
O verbo comunicar tem sua origem na palavra latina communicare que significa
uma troca de informação, como uma via de mão dupla que envolve, além das palavras,
informações com várias pessoas ao mesmo tempo e em tempo real. Por esse motivo faz-
conflitos.
comunicando de alguma forma, parece razoável afirmar que uma das forças mais
pois uma informação ou conhecimento precisaria ser repassado de tal forma que o
emissor codifica a mensagem a ser enviada, utiliza um canal para envio e o receptor
o feedback. Como pode ser observado na figura, o ruído interfere em todas as direções,
ou seja, desde a mensagem que vai ser enviada até o feedback dado pelo receptor. Esses
28
culturais.
Emissor
Mensagem a Mensagem
ser enviada Codificação Canal Decodificação
recebida
Ruído
Feedback
isso utilizam a comunicação oral, escrita e a não-verbal (Griffin & Moorhead, 2006;
vantagem de ser mais rápida e obter feedback na maioria das vezes. Sua desvantagem se
dá quando uma informação deve ser passada para muitas pessoas ao mesmo tempo.
Nesse momento entra a comunicação escrita (tanto impressa quanto eletrônica), que é
tangível e verificável. Por ser dessa natureza, mensagens muito longas e/ou complexas
íntegra. Já a via não-verbal é sempre utilizada, quer queira quer não, quando se utiliza a
via oral, pois o movimento do corpo tem um significado, e com isso demonstramos se
Todos esses tipos e formas de realizar uma boa comunicação podem sofrer
a causar conflitos. Robbins (2005) esclarece que com relação aos problemas e barreiras
evitar a filtragem, o comunicador deve compreender os motivos desta que podem ser:
certas informações para garantir seu poder. Para não haver conflitos, o emissor deve
forma adequada. Com relação à percepção seletiva, esta é umas das condições que
necessários para criar uma situação em que o conflito se constitua positivo e não um
fardo? A resposta mais óbvia é que este papel cabe aos gestores, uma vez que eles têm
ou deveriam ter a formação adequada e o poder, bem como mais possibilidades de gerir
estilo escolhido para lidar com o conflito. Por exemplo, uma perspectiva comum aos
subordinados é que estes só dizem o que é aceitável (ou o que acham aceitável) aos seus
chefes, em lugar de lhes dizerem a verdade. Essa posição ainda se torna mais acentuada
quando os chefes usam um estilo mais autoritário, num esforço de deterem o controle
comportamental dos seus subordinados (Phillips & Cheston, 1979 citado por McIntyre,
2007).
31
O que está por trás do relacionamento nas equipes de trabalho é a confiança que
influenciar por um líder em quem têm confiança. A confiança é interpretada como uma
expectativa positiva de que a outra pessoa não irá agir de forma oportunista – seja por
palavras, ações ou decisões (Boon & Holmes, 1991 citado por Robbins, 2005). O
atributo confiança passa por dimensões básicas e se estas não estiverem bem
estruturadas, parte da tarefa do líder que é trabalhar com pessoas para identificar e
comportamentos. Este líder começa articulando uma visão atraente. Esta visão passa um
Existem cada vez mais pesquisas que revelam uma forte correlação entre a
Contudo, outras pesquisas indicam que o carisma pode não ser generalizável e a eficácia
próprios interesses pelo bem da organização. Este líder é o transformacional, que presta
executá-la de modo eficaz. Há uma outra variação na liderança, que designa o líder
A satisfação no trabalho é uma variável de atitude que reflete como uma pessoa
desta forma que quanto mais satisfeito estiver o trabalhador, mais comprometido e
motivado com a organização ele estará, além de lidar melhor com os problemas de
gestores.
seus subordinados, estes podem resistir, criando conflito. Quanto ao estilo para lidar
como o chefe é protegido relativamente às decisões arbitrárias que ele toma. Nos
33
significativas nos estilos de gestão de conflito utilizados quer pelos chefes, pelos
(apropriado para problemas mais complexos) com os seus colegas. McIntyre (2007),
num estudo que incluiu 109 gestores, obteve os mesmos resultados, sendo que o mais
interessante foi ter verificado que os subordinados, avaliando os seus chefes, indicaram
que estes últimos utilizavam mais o estilo de evitamento com eles do que qualquer outro
estilo, constatação que se revelou inesperada. Num outro estudo, Phillips e Cheston
(1979, citado por McIntyre, 2007) concluíram que os gestores utilizavam mais o estilo
mútua com os seus pares, relativamente aos quais tinham poder igual. No âmbito
escolar, Jamieson e Thomas (1974 citado por McIntyre, 2007) concluíram, num estudo
com alunos, que nas aulas onde os professores utilizavam o poder coercivo, eles
assumiam, sobretudo, o estilo de dominação para lidar com o conflito. Tais estudos,
Caso não o seja, altos custos podem estar envolvidos (Mann, 1995 citado por Paz &
Júnior, 2002).
uma escala capaz de medir as duas dimensões do conflito intragrupal (de tarefa e de
(ICS). Esta possuía 5 itens sobre conflito de tarefa e 4 itens sobre conflito de
relacionamento. No entanto, assim como afirmam Amason (2002 citado por Guimarães,
quando aplicados em amostras diferenciadas. Por isto mesmo, Amason (2002 citado por
Guimarães, 2007) aprimoraram a escala, publicando uma nova versão do ICS, formada
pelo fator conflito de relacionamento com 5 itens de respostas do tipo Likert e alfa de
0,72; e o fator conflito de tarefa, composto por 4 itens com respostas do tipo Likert e
(Intragroup Conflict Scale - ICS) de Jehn (1994) para medir as duas dimensões distintas
do conflito intragrupal, sendo que cada dimensão possuía 3 itens apenas. O alfa de
Cronbach encontrado para o fator conflito de relacionamento foi 0,72 e para o fator
tomada.
35
Escala de Conflito Intragrupal (ECI) que avalia também as duas dimensões ligadas ao
questões com respostas tipo Likert e alfa igual a 0,81, e o segundo fator avalia o conflito
escala (Escala de Conflitos Intragrupos - ECIG) para o contexto brasileiro, sendo que
esta foi validada a nível nacional. Esta escala é utilizada neste estudo e os seus fatores
CONFLITOS NO TRABALHO
pessoas de diferentes regiões e países, a palavra cultura emerge como uma das variáveis
A cultura organizacional não é estática, ou seja, ela ganha espaço e vai sendo
seus colaboradores. Sendo assim, quanto mais consistente for a cultura, maior será a
se torna mais complexa, forte e consistente ao passo que seus membros permanecem por
agir, ou seja, tornam-se estáveis e homogêneos. Outro fator que faz parte da cultura é o
compartilhamento de experiências entre os membros, o que permite algo que poderia ser
36
Bastos, 2004).
ao menos não tão centrais, chamadas subculturas, que acabam fortalecendo a cultura
A cultura organizacional possui elementos, descritos por Freitas (2007 citado por
Pires & Macêdo, 2005), tais como valores, crenças, ritos, rituais, cerimônias, sagas,
heróis, estórias, tabus e normas, os quais a tornam mais concreta e facilitam o seu
têm entre suas pretensões comunicar a maneira como as pessoas devem se comportar na
Para Shein (1992, citado por Ferreira & Assmar, 2008), a cultura organizacional
valores empossados, que consistem em justificativas para explicar e predizer os atos dos
explicando como as “coisas” devem ser. No último nível estão as crenças, as percepções
pensam a organização.
Segundo Freitas (2007 citado por Pires & Macêdo, 2005), as culturas são
socialização, informações sobre as normas nos seus aspectos formais e informais etc.
todos os artefatos culturais estão interligados entre si, exercendo uma influência
aspectos políticos e técnicos, sendo essa junção inerente e fundamental para as ações
nesse campo. Entretanto, essa busca de forças torna-se necessária para se conduzir a
uma reflexão, onde se possa obter as melhores estratégias para descrever organizações
38
sociedade.
públicas, explicitar alguns traços brasileiros presentes nas organizações. Freitas (1997,
citado por Pires & Macêdo, 2005) desenvolveu um estudo com esse fim, que auxilia no
Hierarquia, que se traduz através de uma tendência à centralização do poder dentro dos
Aventureiro, que se traduz em pessoas mais sonhadoras do que disciplinadas e com uma
características das instituições públicas foram sendo arraigadas até os dias atuais.
Pimenta (1998, citado por Pires & Macêdo, 2005) afirma que até o século XIX o Estado
brasileiro pode ser caracterizado como um Estado patrimonialista, devido à sua pequena
do poder, que deixou de ser centralizado por um imperador e passou a ser disputado
pelas oligarquias locais, o perfil das ações do Estado não mudou significativamente.
1945) que passaram a induzir o crescimento econômico, ao mesmo tempo que apoiaram
públicas.
39
Pimenta (1998, citado por Pires & Macêdo, 2005), paradoxalmente criou uma série de
assemelhados.
isso, entre as demandas das organizações públicas, a principal que todos devem
poder político, pois são geridas pelo poder público (Pires & Macêdo, 2005).
limitação dos recursos recebidos por elas. E, quando há recursos disponíveis, eles
Estado.
paternalismo nas relações, apego ao poder, entre outras. Tais diferenças são importantes
40
Martelane (1991, citado por Pires & Macêdo, 2005), é a presença de dois corpos
composto por administradores políticos que seguem objetivos externos e mais amplos
aos da organização.
permanentes, que mudam a cada novo mandato. Essas mudanças são responsáveis por
diminuir a satisfação e o bem-estar dos colaboradores. Schall (1997 citado por Pires &
Macêdo, 2005) afirma que essa descontinuidade administrativa é um dos pontos que
administração amadora.
estabilidade é o aumento dos custos públicos, que impede a adequação dos quadros de
entre os trabalhadores. Pode-se dizer mesmo que inexiste uma defesa da estabilidade
5. OBJETIVOS
5.1. Geral:
judiciária.
5.2. Específicos:
6. MÉTODO
que podem existir em cada equipe. Além disso, este estudo de campo constitui-se numa
pesquisa de corte transversal, uma vez que a coleta de dados foi realizada em um único
momento.
6.1. Amostra
percebeu-se que o setor pesquisado não era constituído por apenas uma equipe de
trabalho, mas sim por algumas equipes, que tinham suas atividades peculiares e
tarefa. No setor onde foi realizado o estudo, quando da coleta de dados, existiam 51
equipes de trabalho.
em grupo.
43
brasileiro, atuando em nível estadual, passando por diversas transformações desde sua
uma das partes não concorde com a decisão do julgamento (Wikipédia, 2009). Ao longo
por exemplo). Esta mudança, que aconteceu no início de 2009, tornou o funcionamento
solucionados.
validada por Silva e Puente-Palacios (2010) a nível nacional (Apêndice C). Esta escala
baseou-se nos trabalhos de Jenh (1994) e Martins, Oliveira e Guimarães (2005) para ser
construída e passou por testes a fim de definir os itens componentes (Silva, 2009).
conflito, essa escala de 5 pontos possui 11 (onze) itens, sendo 5 (cinco) deles sobre o
são: 2; 4; 5; 6; 9 e 11. Esta escala não possui ponto de corte e os escores são alcançados
a partir da soma dos itens do fator, sendo o resultado dividido pelo número de itens que
Organizacional) em sua versão reduzida, que possui 30 itens em uma escala de 5 pontos,
(Valores e Práticas) e este são compostos por 3 fatores cada um. O parâmetro Valores é
Este instrumento também não possui ponto de corte e os escores são alcançados
a partir da soma dos itens do fator, sendo o resultado dividido pelo número de itens que
Statistical Package for the Social Sciences – SPSS, versão 14.0, através de análises
pelos seus respectivos números, e também pela amostra total, uma vez que as análises
qualitativos da pesquisa, pois, para a análise de cada equipe, buscou-se entender a partir
7. RESULTADOS
lotados na mesma Vara, na cidade de Aracaju-SE, sendo 60% do sexo feminino. Foram
47
As idades variaram entre 16 e 58 anos, com média de 35,9 anos (DP= 10,4), sendo que
Quanto aos cargos ocupados, 22% eram estagiários, 42% eram técnicos
judiciários, 22% eram analistas judiciários e 14% ocupavam cargos de chefia em algum
Cargos n %
Estagiários 11 22,0
Chefia 7 14,0
Total 50 100
tempo de serviço foi entre 1,5 e 28 anos, com média de 13 anos (DP=8,4). Importante
que nesta Vara nenhum possui mais de 1 ano. Quanto aos efetivos, a maioria (63,1%)
possui menos de 5 anos nos seus atuais serviços, como mostra a Tabela 2, a seguir:
48
Estagiários Efetivos
-- -- 11-15 anos 2
-- -- +16 anos 7
Total 11 Total 39
possuem ensino superior incompleto, 48% possuem ensino superior completo e 16%
estagiários trabalham em jornadas de 4 horas por dia e os efetivos por 6 horas, via de
regra de 7h às 13h, com exceção de uma equipe em que parte trabalha pela tarde (12h às
18h). Essa mesma equipe possui regime de plantões devido à especificidade das suas
atividades.
nomeadas por algarismos de 1 (um) a 6 (seis). Antes dos resultados, faz-se necessário
realiza entrevistas com o público externo, além de emitir laudos e relatórios. Toda a
equipe trabalha no mesmo espaço físico, possuindo salas reservadas para entrevistas. A
equipe 2 possui uma única sala para os membros, além de uma para o chefe da equipe,
externo em relação a certidões e registro cível. Há uma sala pequena e uma sala de
encaminhamento dos processos, e possui 2 salas como área de trabalho, uma designada
à chefia. A equipe 5 é responsável pelo andamento dos processos, assim como a equipe
responsável pelo atendimento ao público externo, sendo responsável por direcionar este
Quanto ao número de membros que compõe cada equipe, este valor varia de 3 a
15 membros, sendo que as equipes 1,2 e 4 possuem maior quantidade de membros que
equipe específica.
Equipe n %
1 15 31,2
2 11 23,0
3 3 6,2
4 10 20,9
5 5 10,4
6 4 8,3
Total 48 100
50
na equipe 2, com 72,7%. Quanto às idades, os valores podem ser observados na Tabela
4:
Sexo Idade
Com relação à composição de cada equipe por cargos, a Tabela 5 mostra que a
Cargos
1 6 -- 8 1 15
2 -- 10 -- 1 11
51
3 -- 2 -- 1 3
4 2 6 1 1 10
5 2 -- 2 1 5
6 1 2 -- 1 4
Total 11 20 11 6 48
O tempo médio de profissão variou entre 11,6 e 27,0 anos nas equipes, além do
tempo de instituição, que variou entre 5,3 e 20 anos. Para avaliar estes intervalos de
Equipe M DP M DP M DP
Equipe
-- 40,0 46,7 13,3
1
27,3 9,1 45,4 18,2
2
-- -- 66,7 33,3
3
30,0 10,0 40,0 20,0
4
-- 20,0 60,0 20,0
5
25,0 -- 50,0 25,0
6
suas tarefas ou atividades, necessitam estabelecer contato com no mínimo uma pessoa
96%
100% 88%
82% 80% 80% 78%
80% 70% 68%
60% 46% 44% 40%
40%
20%
0%
Finalidade Laboral
Finalidade Pessoal
58%
0,6
48% 46%
0,5
40% 40%
0,4 Membros da equipe
30%
0,3 Membros e chefia
18% Setor e instância superior
0,2
0,1 6% 4% 6%
2% 2%
0
Péssima Ruim Regular Boa Ótima
superiores
54
questão aberta, que as razões que podem estar originando esses conflitos são “traços de
e “ficar calado/não entrar em contato” (19%) foram os que mais destacados. Quanto aos
que negaram a existência de conflito, 28,1% justificou que o bom convívio entre os
membros da equipe existe pela “cooperação” existente entre os membros, pois um ajuda
de realizar suas atividades, percebe-se que as menores equipes possuem seus membros
estabelecendo contato com todos os outros (Equipes 3 e 6), o que não acontece com as
Membros do M DP
setor* - 1
Equipe
1 14 5,4 3,6
2 14 5,0 4,1
3 2 2,0 0,0
55
4 10 8,0 2,8
5 4 3,2 0,8
6 3 3,0 0,0
* Valor real de membros na equipe.
trabalho e Tirar dúvidas (altos escores para todas as equipes), percebe-se que a equipe 1
(Tabela 9).
Equipe
93,3 80,0 86,7 93,3 100,0 86,7 86,7 46,7 60,0 73,3 46,7
1
63,6 90,9 54,5 90,9 63,6 81,8 81,8 27,3 45,5 72,7 27,3
2
100,0 66,7 33,3 100,0 33,3 66,7 100,0 66,7 66,7 100,0 100,0
3
60,0 80,0 60,0 100,0 50,0 90,0 90,0 40,0 20,0 90,0 20,0
4
80,0 80,0 60,0 100,0 60,0 60,0 100,0 40,0 40,0 60,0 60,0
5
100,0 100,0 100,0 100,0 75,0 75,0 75,0 50,0 50,0 100,0 25,0
6
seu ambiente de trabalho, seguida de perto pela equipe 2, como pode ser visto na Tabela
10:
M DP Conflitos (%)
mínimo “boa”. Vale ressaltar que a equipe 2 foi a única a apresentar o escore “péssima”,
mesmo em nível incipiente, quanto à este item avaliado. Por outro lado, a comunicação
57
entre o setor (todos os membros) e as chefias superiores não é tão bem avaliada, como
100% 100%
1 0,8 70%
67% 60%
0,8 0,6 50%
40%
0,6 33% 30%30%
0,4
0,4
0,2 10% 10%
0,2
0 0
100%
0,8 1 75% 75%
60% 60%60% 0,8
0,6 40%
40% 0,6
0,4 40% 25% 25%
0,4
0,2 0,2
0 0
amostra
predominou em quase todas as equipes, com exceção da equipe 5. Isso demonstra maior
rixas entre membros. Vale ressaltar que de acordo com o ECIG (escala de 5 pontos),
nenhuma das equipes apresentou qualquer dos dois tipos de conflito em grau elevado
(Figura 10):
2,5 2,38
2,22
2,05 2,13
1,96
2
1,84 1,75
1,54 1,55
1,5
0,5
0
Equipe Equipe Equipe Equipe Equipe Equipe
1 2 3 4 5 6
Quanto aos resultados do IBACO, a maior parte dos escores ficou abaixo de 3,
Equipe
e, tempo no cargo atual, respectivamente, sendo positivas para estas variáveis (r=+0,36,
Quanto maior os níveis de conflito afirmados pelos participantes, tanto de Tarefa quanto
competitivo.
(M=2,45 X M=1,75; p=0,019). Isso quer dizer que os participantes com pós-graduação
percebem as suas equipes possuindo conflitos de tarefa em maior grau, mesmo não
sendo possível considerar este conflito “moderado”, pois o escore é mais próximo de
pouco”. Com relação ao fator Integração Externa, houve diferença significativa entre
dos clientes externos, buscando prestar bons serviços aos usuários que fazem uso da
61
não acontece com os estagiários e os técnicos judiciários, que avaliam como “aplica-se
pouco”.
dos outros cargos, que avaliam estas práticas como “aplicando-se pouco” a esta
instituição.
judiciários (t (20) = 1,51; p=0,0001). O fato de ser estagiário (M=1,09) diminui o escore
avaliaram o fator como “boa”. Quanto ao mesmo fator, foi encontrada também
entre chefe de setor e analistas judiciários (t (16) = 0,90; p=0,023). Assim como os
estagiários, os chefes de setor (M=1,28), por terem seu escore próximo a “um”,
avaliaram o fator como “ótimo”, diferentemente dos analistas (M=1,81), que avaliaram
percebem que este nível de comunicação é “ruim”, pois a média está mais próxima de
“quatro”, diferentemente dos chefes de setor, que caracterizam o fator como “boa”.
63
judiciários (M=2,71) avaliam o fator supracitado como “regular”, sendo que os analistas
“ruim”.
8. DISCUSSÃO
circunstâncias que podem causar conflitos, sendo estes considerados prejudiciais e não
são facilmente assumidos pela organização (Chiavenato, 2005). A divisão das análises
devido ao número limitado de membros em cada uma das equipes, fato que
É importante frisar que nem todos os membros das equipes aceitaram participar
inicialmente se recusaram com receio da divulgação dos resultados, o que foi sanado,
Quanto aos cargos ocupados, existem 11 estagiários, sendo que 6 fazem parte da
participantes. Este fato pode ser explicado por algumas particularidades da organização
pública. Pires e Macêdo (2005) citam que essas organizações tendem a ter apego às
poder.
64
possuem ensino superior incompleto, 48% possuem ensino superior completo e 16%
possuem pós-graduação (Stricto ou Lato Sensu). A alta escolaridade pode ser explicada
concursos, os quais para o cargo de analista exigem nível superior. Vale salientar que
mais da metade dos técnicos judiciários possuem nível superior completo, o que indica
planejamento das tarefas do que a preferências individuais e/ou disputa entre membros.
De acordo com o ECIG, nenhuma das equipes apresentou qualquer dos dois tipos de
conflito em grau elevado. Sendo assim, não se faz necessária uma intervenção imediata,
já que não foi detectado o conflito a ponto de causar danos à realização das tarefas
participantes afirmaram existir algum conflito em sua equipe de trabalho, e estes deram
o bom convívio na sua equipe argumentando que o bom convívio é reflexo do diálogo
existente e do respeito ao outro na tomada de decisões, como pode ser visto em uma das
sempre prevalece; apesar das diferenças (entre os membros), um ajuda o outro quando é
necessário”.
concordam que não há conflitos em suas respectivas equipes. Estas equipes possuem
esclarecimentos. O contato entre todos os colegas para a execução das tarefas acontece
consenso que não há conflitos nas mesmas. Quanto à comunicação, avaliaram este fator
“boa”. Alguns deles afirmaram que o fato de existirem poucos membros torna o
positivas para o grupo, apenas um dos participantes (chefe de setor) considerou que as
divergências existem e podem ser instrumento para descobrir novas idéias e soluções
2004; Mallory, 1997 citado por Frederick & Zaidan, 2010; Jehn, 1997, Simons &
Peterson, 2000).
respostas variaram entre “regular” e “boa”, demonstrando que o acesso dos membros de
uma equipe não acontece com facilidade. Infere-se que isso aconteça devido ao
mensagem recebida não satisfatória aos emissores – membros das equipes (Robbins,
2005). Há nos relatos de membros das equipes certa angústia pelo fato de a
reivindicações do grupo e cobrar da chefia imediata para que este defenda os anseios de
67
sua equipe. Acrescenta-se ainda que a liderança exercida sobre as equipes também
e; chefes de setor como “boa”. Estas percepções diferentes podem ser explicadas pelas
interdependente dos membros nas equipes, pois não foram citadas atividades realizadas
exclusivamente por uma pessoa. A realização das tarefas necessita de contato com
colegas são acessados para realizar as tarefas diárias, comparado ao número total da
equipe. Isso se deve às atividades realizadas, pois a equipe 1 realiza estudos em que
Quanto aos dados da cultura organizacional, os escores obtidos pela amostra são
maior a percepção de que suas equipes eram competitivas. Os conflitos, tanto de tarefa
e Assmar, 2008)
contribuir para isso é o fato de existir na instituição dois corpos funcionais com
69
comissionados) (Martelane, 1991 citado por Pires & Macêdo, 2005). O conflito entre
de acordo com as instâncias superiores. Essas mudanças são responsáveis por uma série
sentem desvalorizados frente ao outro corpo funcional, o que pode diminuir a satisfação
por pessoas com diferentes graus de escolaridade. Esta equipe pode ser classificada
como heterogênea, visto que, embora deva atuar com o mesmo objetivo, congrega
desgaste emocional que os conflitos geram nos indivíduos. Isso se evidencia pelos
relatos sobre quais estratégias utilizam para lidar com o conflito, em que grande parte
Quanto à equipe 4, se faz necessário esclarecer que atitudes tomadas pelo chefe
de setor não são aceitas unanimamente pelos membros da equipe, sendo este um ponto
maioria citou estabelecer diálogo a fim de que divergências sejam sanadas e que não
9. CONCLUSÃO
realizadas.
Alguns discursos não puderam ser incluídos neste trabalho devido a possível
Além disso, a temática dos conflitos intragrupos não é facilmente trabalhada, pois os
participantes devem ter o mínimo de confiança para se implicarem com a pesquisa. Esta
confiança pode não ser alcançada pelo receio de retaliação por superiores e também dos
quanto à forma como o trabalho é distribuído não se fez necessária, pois o pesquisador
dados encontrados neste estudo, a fim de conhecer melhor quais fatores desencadeiam e
conflito são fundamentais para a melhor resolução dos mesmos, sendo este resolução
importante para tornar o ambiente mais sadio e agradável para trabalhar, reduzindo os
REFERÊNCIAS
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pp. 48-60.
Batterman, T. S. & Snell, S.A. (2009). Administração: Novo cenário competitivo. (2ª
disciplina de graduação.
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73
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Jehn, K. A.; Rupert, J. & Nauta, A. (2006). The effects of conflict asymmetry on
04/07/2011.
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Rahim, M. A. (1986). Referent role and styles of handling interpersonal conflict. The
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Paulo: Saraiva.
Spector, P. E., & Jex, S. M. (1998). Development of four self-report measures of job
Tamayo, A. (2004). Cultura e Saúde nas organizações. Porto Alegre: Artmed Editora.
http://www.tjse.jus.br/paginas/institucional/planejamento_estrategico/anexoplanejament
Apêndices
79
APÊNDICE A
Contatos
Graduando: Saulo Pereira – Tel: 8825-2489; e-mail:
de Almeida
almeidasauloalmeida@hotmail.com
Orientadora: Marley Rosana Melo de Araújo – Tel: 9117-6288; e-mail:
marleymeloaraujo@gmail.com
APÊNDICE B
ROTEIRO DE ENTREVISTA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
A CULTURA ORGANIZACIONAL INFLUENCIANDO NOS CONFLITOS
INTRAGRUPAIS EM EQUIPES DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA
Sujeito: ____
Setor: ____
Obrigado por haver disponibilizado seu tempo para colaborar com a realização desta
Vale frisar que não se trata de uma avaliação de conteúdos; portanto não há certo ou errado.
pesquisa.
1 2 3 4 5
Bastante Moderadamente Neutro Moderadamente Bastante
cooperativo Cooperativo Competitivo competitivo
APÊNDICE C
Quanto (a)
1) ...desacordo sobre as decisões de trabalho o grupo têm que enfrentar?
2) ...atrito pessoal existe entre os membros da equipe?
3) ...diferença de opinião sobre o planejamento das tarefas existe entre a equipe?
4) ...tensão emocional há no relacionamento interpessoal entre os membros?
5) ...desacordo pessoal é evidente entre os membros da equipe?
6) ...raiva existe entre os membros do grupo?
7) ...diferença de opinião sobre a realização das tarefas existe na sua equipe?
8) ...conflito ocorre entre os membros durante a delegação das tarefas?
9) ...tempo o grupo gasta resolvendo conflitos interpessoais entre os membros?
10) ...discordância sobre a maneira de executar as tarefas existe na equipe?
11) ...desafeto há entre os membros da sua equipe de trabalho?
Nº____
83
APÊNDICE D
1 2 3 4 5
Não se aplica Pouco se Aplica-se Aplica-se Aplica-se
de modo aplica razoavelmente bastante totalmente
nenhum
* Reduzido
Sua resposta deve refletir o que de fato acontece na empresa e não a sua opinião pessoal ou
grau de satisfação com o que ocorre. Responda, por favor, a todas as afirmativas, não
deixando nenhuma em branco.
1 2 3 4 5
Não se aplica Pouco se Aplica-se Aplica-se Aplica-se
de modo aplica razoavelmente bastante totalmente
nenhum