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Instituto Superior de Línguas e Administração de Leiria

A Influência da Inteligência Emocional (IE) nos Comportamentos

de Cidadania Organizacional (CCO) dos trabalhadores do

Intermarché do Distrito de Leiria- Um estudo exploratório

Renato Alexandre Marques de Loureiro

Dissertação submetida para satisfação parcial dos requisitos

do grau de Mestrado em Psicologia Social e Organizacional

sob a orientação do Prof. Doutor José Magalhães

Leiria

Setembro, 2013
Agradecimentos

Nesta parte, vou mencionar o nome de pessoas que me ajudaram e contribuíram para

que este trabalho pudesse ter um príncipio, meio e fim.

Agradeço aos meus pais, irmão, cunhada e avó todo o apoio e ajuda que contribuiu

para me ajudar a acabar a dissertação.

Agradeço ao meu orientador, professor Doutor José Magalhães pelo apoio e ajuda nos

momentos mais complicados desta dissertação, pelo fantástico mestre que foi e pela sua

orientação que foi essencial.

Agradeço também a todos os que dispenderam o seu tempo para me ajudar nesta

dissertação.

Agradeço também aos meus colegas pela partilha de conhecimentos e pelo apoio

demonstrado.

Agradeço também a mim próprio, porque sem a minha capacidade de ultrapassar as

dificuldades e de lutar contra os imprevistos que me surgiram, não era capaz de acabar esta

dissertação.
I

Resumo

O objetivo desta investigação foi verificar se existia uma relação entre a inteligência

emocional e o desempenho dos comportamentos de cidadania organizacional em

trabalhadores de Intermarché. Participaram, neste estudo 108 colaboradores de várias lojas de

Intermarché do distrito de Leiria (14 do género masculino e 94 do género feminino) com uma

média de idades de 33 anos. Os instrumentos utilizados foram os questionários de Medidas

Sociodemográficas, de Inteligência Emocional de Rego e Fernandes (2005) e o de

Comportamentos de Cidadania Organizacional de Rego (1999). Os resultados demonstraram

não haver uma relação condicionante, evidente, entre estas duas variáveis bem como em

relação às medidas sociodemográficas.

Palavras Chave: Emoções; Inteligência Emocional; Comportamentos de Cidadania

Organizacional

Abstract

The objective of this investigation was to determine whether there was a relationship between

emotional intelligence and performance of organizational citizenship behaviors in

Intermarché workers. Participated in this study 108 employees of various Intermarché stores

of Leiria district (14 males and 94 females) with a mean age of 33 years. The instruments

used were questionnaires Sociodemographic Measures of Emotional Intelligence Rego and

Fernandes (2005) and Organizational Citizenship Behaviors Rego (1999). The results showed

no apparent relation condition, between these two variables as well as in relation to

sociodemographic measures.

Key Words: Emotions; Emotional Intelligence; Organizational Citizenship Behaviour


II

Índice

Resumo.......................................................................................................................................I

Índice.........................................................................................................................................II

Lista de Tabelas........................................................................................................................IV

Lista de Figuras.........................................................................................................................V

A influência da Inteligência Emocional nos CCO .....................................................................1

Revisão da Literatura..................................................................................................................5

Inteligência Emocional...............................................................................................................5

Cidadania Organizacional........................................................................................................14

Modelos explicativos da relação entre Inteligência Emocional e os Comportamentos de

Cidadania Organizacional........................................................................................................20

Resultados da investigação entre Inteligência Emocional e os Comportamentos de Cidadania

Organizacional..........................................................................................................................21

Objectivos e hipótese de investigação......................................................................................24

Método....................................................................................................................................24

Instrumentos............................................................................................................................25

Procedimento............................................................................................................................25

Amostra....................................................................................................................................25

Resultados................................................................................................................................30

Síntese das propriedades psicométricas das escalas.................................................................30

Estudo da Hipótese de estudo...................................................................................................31

Discussão dos resultados..........................................................................................................34

Conclusões................................................................................................................................36

Referências...............................................................................................................................38
III
Anexo A....................................................................................................................................49

Anexo B....................................................................................................................................52

Anexo C....................................................................................................................................53

Anexo D...................................................................................................................................54

Anexo E....................................................................................................................................57

Anexo F....................................................................................................................................59

Anexo G...................................................................................................................................62

Anexo H...................................................................................................................................81
IV

Lista de Tabelas

Tabela 1- Valores de correlação................................................................................................31

Tabela 2- Relação entre as variáveis de acordo com a hipótese...............................................31

Tabela 3- Relação entre as variáveis de acordo com a hipótese (continuação)........................32


V

Lista de Figuras

Figura 1 − Distribuição dos colaboradores por género...........................................................26

Figura 2- Distribuição dos grupos de acordo com a idade.......................................................26

Figura 3 − Distribuição dos colaboradores por escolaridade..................................................28

Figura 4- Distribuição dos colaboradores por antiguidade na organização............................29

Figura 5 − Distribuição dos colaboradores por função...........................................................30


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 1

A influência da Inteligência Emocional nos CCO

Esta dissertação tem como título a Influência da Inteligência Emocional nos

Comportamentos de Cidadania Organizacional em trabalhadores de Intermarché do distrito

de Leiria- um estudo exploratório.

Nos tempos recorrentes tem sido atribuído á Inteligência Emocional um papel

importante em várias áreas, especialmente na área organizacional. Embora não sendo unívoca

e consensualmente aceite por todos os investigadores, torna-se importante avaliar qual a sua

importância, especialmente no domínio dos Comportamentos de Cidadania Organizacional,

uma área recente do Comportamento Organizacional, mas extremamente fundamental para as

organizações. Deste modo e apesar de esta amostra não ser a pretendida inicialmente, optou-

se por uma população raramente encontrada como foco de investigação, o que a tornou

especialmente importante para se estudar se os comportamentos de cidadania organizacional

sofrem influência da Inteligência Emocional.

A Inteligência Emocional tem sido alvo de muita atenção nos últimos anos na

literatura relativamente a Recursos Humanos e Comportamento Organizacional e tem papel

importante em várias áreas como o desempenho académico, desempenho no trabalho e

liderança (Ó Boyle, Humphrey, Pollack, Hawver & Story, 2011) onde tem sido feito um

esforço por vários autores no sentido de definir o conceito e a forma como é medida (Mayer

& Salovey, 1990; Goleman, 1995, cit in Brown, Bryant & Reilly, 2005).

A nível organizacional possibilita o seu desenvolvimento, já que permite um melhor

trabalho de equipa, uma maior eficiência e um melhor desempenho dos trabalhadores o que

se traduz muitas vezes em promoções (Aghayars, Sharifi & Daramadi, cit in Naghdi &

Shatalebi, 2013).

De acordo com Turner (cit in Korkmaz & Arpaci, 2009), a inteligência emocional é
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 2
muito importante para o sucesso dos trabalhadores, já que contribui com 80%.

Apenas quando os trabalhadores sentem que as suas necessidades são tidas em conta

por parte dos chefes, eles dão o melhor de si no local de trabalho e desenvolvem os

comportamentos de cidadania organizacional (Korkmaz & Arpaci, 2009).

Nas empresas, os trabalhadores que sentem que os patrões se preocupam com eles,

que tenham apoio e recebam tratamento justo e adequado contribuem para o sucesso

organizacional (Goleman, 2002, cit in Yunus, 2012), já que para atingir essa eficácia

organizacional os trabalhadores tem de desempenhar comportamentos que não estão

prescritos no contrato (Katz & Katz, cit in Yunus, 2012).

Em várias áreas tem-se visto um grande crescimento na investigação dos

comportamentos de cidadania organizacional já que contribuem para o desempenho

organizacional (Yaghoubi, Mashinchi & Hadi, 2011).

Os comportamentos de cidadania organizacional (CCO) são comportamentos

extrapapel dos trabalhadores (não estão dentro das obrigações das tarefas propostas no

contrato) (Bush & Jiao, 2011), mas que são úteis para as organizações e que possibilitam um

aumento da eficácia no trabalho (Naghdi & Shalatebi, 2013).

Os trabalhadores com maior capacidade de empatia, geralmente vista como

constituinte da inteligência emocional tendem a adquirir padrões de justiça e moral o que

implica que dispendam outro tipo de atividades (CCO) para se atingir os objetivos

organizacionais (Abraham, 1999).

Há pouca investigação empírica designada para determinar a relação entre inteligência

emocional e os comportamentos de cidadania organizacional no local de trabalho (Chin,

Anantharaman & Tong, 2011).

Vários estudos demonstraram uma relação positiva significativa entre a inteligência

emocional e os comportamentos de cidadania organizacional (Hanzaee & Mirvaisi, 2013;


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 3
Naghidi & Shatalebi, 2013) mas em Portugal é algo que ainda não foi feito, especialmente em

contexto privado e com esta amostra.

De acordo com Abraham (1999) a inteligência emocional aumenta a possibilidade de

comportamentos de altruísmo, que implica compreender os colegas e responder-lhes de forma

adequada, bem como as emoções podem funcionar como determinador de um ambiente de

trabalho saudável em que os trabalhadores atingem a plenitude das suas capacidades, ficando

mais envolvidos e adoptando assim comportamentos de cidadania organizacional.

O mesmo autor refere que os sujeitos com inteligência emocional, lidam com os

contratempos dos outros de forma empática, ouvem os problemas dos outros como se fossem

os seus e regulam as emoções negativas para positivas ou oferecendo-lhes apoio, o que

poderá dar origem a comportamentos de cidadania organizacional por parte dos

trabalhadores.

Segundo Isen, Clarke, Shalker e Karp (cit in Abraham, 1999), os indivíduos com

emoções positivas tendem a desenvolver comportamentos de forma a manter o seu estado

emocional.

Abraham (1999) salienta que os sujeitos com empatia tendem a ter altos padrões de

justiça e de pensamento moral, o que os leva a empenharem-se com maior vigor para

atingirem os fins organizacionais e a encarar de forma mais adequada os desafios diários,

conseguindo assim obter uma maior produtividade organizacional.

De acordo com Fisher e Askhanasy (2000) é estabelecida uma relação entre os

sujeitos quando alcançam os propósitos organizacionais, são reconhecidos favoravelmente

pelos empregadores e demonstram comportamentos de cidadania organizacional de forma a

manifestarem o seu sentimento de orgulho e gratidão.

Com Hoffman, Morgesen e Gerras (2003) verificamos que os sujeitos exibem

comportamentos de cidadania organizacional quando se consideram parte do trabalho, de


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 4
acordo com o significado atribuído e da maneira como vêem a organização.

Wallace (cit in Cohen & Koll, 2004) refere que se os trabalhadores sentem que são

autónomos na execução das suas atividades profissionais, e a empresa os incentiva a manter

ou a aperfeiçoar as suas aptidões e lhes dá oportunidades de carreira tendem a ficar satisfeitos

e a desenvolver comportamentos de cidadania organizacional.

Quando os trabalhadores percebem que os processos organizacionais são legítimos,

desenvolve-se uma relação de fedúcia entre trabalhadores e patrões, havendo maior

possibilidade de o empregado estabelecer comportamentos de cidadania organizacional

(Appelbaum et al., 2004).

De acordo com um estudo de Coté e Miners (2006) a inteligência emocional pode ser

um preditor dos comportamentos de cidadania especialmente quando a inteligência cognitiva

dos indivíduos decresce.

Jain (2009) preconiza que os comportamentos de cidadania e a inteligência emocional

podem promover comportamentos positivos no mundo do trabalho.

Segundo James, Velahudyn e Gayatrevedi (2011), os indivíduos emocionalmente

inteligentes podem desenvolver relações salutares com os colegas e desenvolverem

comportamentos de cidadania organizacional.

Sahafi, Danaee, Harlock e Haghollahi (2011) desenvolveram um estudo em que

enfocam a inteligência emocional como fator estimulador das interacções entre as pessoas e a

melhoria das relações organizacionais o que pode contribuir para os comportamentos de

cidadania e o sucesso organizacional.

Zhang, Lee e Zou (2010), referiram que os trabalhadores que podem expressar as suas

emoções e sentimentos, em que há ênfase nas suas preocupações e cognições tendem a

demonstrar comportamentos de cidadania.

De acordo com Roberson e Strickland (2010), os trabalhadores com maiores índices


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 5
de dedicação e envolvimento no exercício da sua atividade profissional têm maior

probabilidade de desenvolverem comportamentos de cidadania organizacional.

As empresas dispõem de trabalhadores que executam com grande fervor já que

sentem que as suas necessidades são tidas em conta, têm um melhor relacionamento com os

clientes o que se traduz num contexto profissional mais salutar (Chaudry & Usman, 2011).

De acordo com a temática apresentada, o objetivo do estudo foi avaliar se haveria

associação entre a Inteligência Emocional, os Comportamentos de Cidadania Organizacional

em trabalhadores de Intermarché do distrito de Leiria e as medidas sóciodemográficas. È

importante referir o caráter exploratório deste estudo em que foi feito com esta amostra para

se obter informação adicional. Era esperado que houvesse uma associação entre a Inteligência

Emocional e os Comportamentos de Cidadania Organizacional dos trabalhadores de

Intermarché do distrito de Leiria de acordo com a literatura.

No primeiro capítulo deste estudo, pretende-se apresentar uma revisão da literatura

para cada uma das variáveis presentes neste estudo.

No segundo capítulo, será dedicado ao método, relativamente aos participantes,

instrumentos, variáveis e procedimentos.

O terceiro é destinado á apresentação e análise dos resultados obtidos.

No último capítulo serão discutidos os resultados á luz do corpo teórico apresentado.

Revisão da Literatura

Inteligência Emocional

Em 1936, Thorndike já tinha proposto o conceito de inteligência social como forma de

alargar o conceito de inteligência (Woyciekoski & Huntz, 2009). Estes autores referem a

importância da inteligência emocional na predição da satisfação de vida, contexto escolar,


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 6
clínico e organizacional (Woyciekoski & Huntz, 2009).

Gardner em 1983 refere a existência de várias inteligências autónomas e distintas

onde se podem diferenciar a inteligência interpessoal e intrapessoal (Moreno, Vicente &

Martinez, 1998).

Singh (2006) salienta que a inteligência emocional é a aptidão do indivíduo para

responder ás várias exigências desencadeadas pelo ambiente e pelos indivíduos bem como a

competência de controlo da expressão das emoções e com a capacidade de empatia (Singh,

2006).

A inteligência emocional foi introduzida pela primeira vez por Mayer e Salovey em

1990, a partir dos conceitos de inteligência intrapessoal e interpessoal de Gardner (Flores &

Tovar, 2005).

Segundo Salovey e Mayer (1990) a inteligência emocional era um modelo de aptidões

e estava relacionada com a inteligência social. Estes autores definiram a inteligência

emocional como a capacidade de os indivíduos aprenderem e compreenderem as emoções,

distinguindo-as de forma a orientar o seu comportamento.

Em 1997, os mesmos autores definiram Inteligência Emocional como a: “capacidade

para perceber minuciosamente, avaliar e expressar as emoções, aptidão para aceder ou gerar

sentimentos, para ajudar o raciocínio, compreender as emoções e facilitar o conhecimento

emocional, a capacidade para regular emoções, promovendo o crescimento emocional e

intelectual (Mayer & Salovey, 1997, pp.10). Esta definição foi alargada porque se tentou dar

mais relevo aos aspetos cognitivos (Mayer, Salovey & Caruso, 2004) do conceito já que os

autores procuravam outro tipo de inteligências, que denominavam de inteligências quentes

(Mayer & Salovey, cit in Mayer et al., 2004). O número de dimensões também foi alargado,

sendo constituído por quatro dimensões: capacidade para os indivíduos reconhecerem as suas

emoções e as dos outros; aptidão para usar as emoções combinando-as com o pensamento de
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 7
forma a obter um melhor desempenho nas tarefas cognitivas; aptidão para descrever as

emoções e compreender que elas mudam e variam ao longo do tempo e capacidade para

regular as emoções (Brackett & Salovey, 2006).

Goleman em 1995, definiu um modelo misto de inteligência emocional que incluía

aptidões não cognitivas e traços de personalidade. Para Goleman, as competências

emocionais não são inatas, são aprendidas e desenvolvidas, mas a pessoa nasce com um

potencial que determina até que ponto essas aptidões podem ser adquiridas. Goleman refere

que os indivíduos com maiores competências emocionais têm maior probabilidade de terem

sucesso na vida pessoal e profissional (Goleman, 1997). Goleman define a inteligência

emocional como a “capacidade de reconhecer os nossos sentimentos e dos outros, de nos

motivarmos e gerirmos bem as emoções dos outros” (Goleman, 1998, pp.323). Em 1998,

Goleman apresentou um modelo de inteligência emocional constituído por 25 competências

divididas em competências pessoais e sociais. Estas aptidões estavam categorizadas em cinco

dimensões: autoconsciência; autorregulação; motivação; empatia e aptidões sociais

(Goleman, 1998)

Em 1997, Bar-On apresentou um modelo misto de inteligência emocional definido por

competências não cognitivas. Ele defendia que as competências emocionais e sociais eram

essenciais para os indivíduos lidarem com a realidade quotidiana e com os outros (Bar- On,

2006). De acordo com Bar-On (2006) os indivíduos que tenham melhores aptidões

emocionais e sociais têm maiores probabilidades de terem sucesso na vida, enquanto os que

não tiverem competências emocionais e sociais, terão menos sucesso na vida e poderão sofrer

de problemas emocionais. Segundo Bar- On (cit in Bar-On, 2006) a inteligência emocional

tem em comum os fatores cognitivos e emocionais, podendo prever o sucesso do indivíduo.

Bar – On no seu modelo referiu cinco dimensões: competências interpessoais, competências

intrapessoais, competências de adaptação á realidade, competências de adaptação às situações


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de stress e as competências de estado de humor geral (Bar-On, 2006).

Petrides e Furnham em 2000 apresentaram um modelo em que a inteligência

emocional seria resultante de um conjunto de traços de personalidade. Os autores

distinguiram inteligência emocional de traços de personalidade e a inteligência emocional do

modelo de aptidões. Enquanto a inteligência emocional dos traços de personalidade está

relacionada com a disposição comportamental dos sujeitos e a maneira como vêm as suas

emoções, a inteligência emocional dos modelos de aptidões está associada às competências

que os indivíduos presentemente têm. A inteligência emocional dos traços de personalidade

pode ser avaliada através de métodos de autorelato enquanto a inteligência emocional do

modelo de aptidões pode ser medida pelos testes de QI (Quoficiente de Inteligência), os testes

de inteligência tradicionais (Petrides & Furnham, 2006).

Os modelos de aptidões focam-se em aptidões cognitivas para regular as emoções. Os

modelos mistos focam-se em aspectos de personalidade além das competências emocionais

(Chiva & Alegre, 2008).

Os modelos de competências apresentam como pontos fortes: o facto de se basear em

competências mentais, de referir que as emoções ajudam o pensamento e de ter sido validado.

Apresenta as seguintes limitações: constructo recente e a validade preditiva é inferior á

validade dos modelos mistos. Os modelos mistos apresentam as seguintes vantagens:

apresentam vários traços de personalidade, validade facial, validade preditiva, permite

compreender a eficácia dos trabalhadores no emprego e possibilita prever o resultado de

determinadas variáveis organizacionais e individuais. As limitações destes modelos são as

seguintes: algumas caraterísticas de personalidade provém do modelo dos cinco grandes de

personalidade, o modo como as competências são agrupadas é pouco claro, tem também

resultados de inteligência emocional e as fronteiras dos traços são pouco percetíveis (Rego &

Fernandes, 2005).
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Kunnanatt (2008) apresentou um modelo de inteligência emocional onde tentou

verificar a relação existente entre a inteligência emocional e a interação social. Neste modelo

os indivíduos com maior inteligência emocional têm maiores possibilidades de obterem

resultados na interação com os outros e serem vistos como mais atrativos do ponto de vista

emocional o que leva as pessoas a aproximarem-se. Os indivíduos com menores níveis de

inteligência emocional têm menores possibilidades de obterem sucessos nas interações,

levando a que os outros se afastem.

Rego e Fernandes (2005) desenvolveram um modelo de inteligência emocional

constituído por seis dimensões baseado no modelo misto de inteligência emocional já que

implicam outras competências além das mentais: compreensão das emoções dos próprios,

sensibilidade emocional, autoencorajamento, empatia, autocontrolo emocional e compreensão

das emoções dos outros. Na dimensão sensibilidade emocional tem em conta itens

relacionados com atenção às emoções próprias e dos outros, autocontrolo perante as críticas,

consciência própria das emoções, uso das emoções para ajudar no pensamento e perceção das

emoções. Na dimensão empatia encontram-se itens relacionados com a adoção de

sentimentos e as emoções das pessoas com que se relacionam. Na dimensão compreensão das

emoções próprias referem-se a itens relativos ao grau em que os sujeitos percebem as suas

emoções e as causas que as originaram. Na dimensão autoencorajamento tem em conta o uso

das emoções para os indivíduos se encorajarem e automotivarem. Na dimensão compreensão

emocional tem a ver com compreender e avaliar as emoções dos outros. Na dimensão

autocontrolo emocional tem em conta itens que tentam perceber em que nível os sujeitos

controlam as emoções e a aptidão para os sujeitos orientarem o pensamento com base nas

emoções (Rego & Fernandes, 2005).

De acordo com Mayer e colaboradores (2004), as pessoas emocionalmente

inteligentes usam as emoções de forma coerente conseguindo desse modo ver o mundo de
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uma forma mais racional e por consequinte delinear decisões mais lógicas.

Lopes, Grewal, Kadis, Gall e Salovey (2006) salientam que a inteligência emocional

contribui para o desenvolvimento de relacões harmoniosas entre trabalhadores, que haja um

desempenho de trabalho mais eficiente e o desenvolvimento do capital social além de uma

maior adaptação ás mudanças organizacionais e ás exigências do trabalho sobre pressão.

A inteligência emocional é importante porque as interações e a forma como se gerem

as emoções são essenciais para as organizações atingirem os seus fins (Shahzad, Sarmad,

Abbas & Khan, 2011) e os trabalhadores podem usar as suas emoções e as dos outros para

recolher informações como devem agir para obter um melhor desempenho individual e

organizacional (Kim, Cable, Kim & Wang, 2009).

De acordo com Johnson e Invdik (cit in Chaudry e Usman, 2011), a inteligência

emocional permitem que os trabalhadores trabalhem com mais empenho, já que denotam que

as suas necessidades são tidas em conta.

Para Farh, Seo e Tasluk (2012) os empregados emocionalmente inteligentes tendem a

usar as emoções para desenvolver relações favoráveis no trabalho e assim aumentar o seu

desempenho.

Em 1990, Lane, Quinlan, Schwartz, Walker e Zeitlin constuíram a primeira escala de

inteligência emocional, a LEAS ( The Levels of Emotional Awareness Scale). Esta escala era

uma medida de auto-descrição com 20 imagens em que as pessoas tinham de descobrir como

se iriam sentir naquela situação. O formato de resposta era de tipo Likert variando entre 0 a 5.

A escala apresentava bons valores de fidelidade e validade (Lane et al., 1990). Em 2004,

Bajgar, Ciarrochi, Lane e Deane desenvolveram a LEAS-C (Bajgar, Ciarrochi, Lane &

Deane, 2005) para crianças.

Em 1995, surgiu a escala de Traço de Meta-Humor por Salovey, Mayer, Goldman,

Turvey e Palfai. É uma medida de autorelato constituída por 48 itens englobadas em três
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 11
dimensões: atenção, clareza e reparação, tendo como objetivo avaliar como as pessoas se vêm

em relação ás suas competências emocionais. A escala tinha um formato de resposta tipo

escala de Likert variando entre 1 (discordo completamente) e 5 (concordo completamente)

(Salovey et al., 1995). Em 2005, Queirós, Fernandez-Berrocal, Extremera, Carrera e Queirós

validaram uma versão desta escala com apenas 24 itens para a população portuguesa (Queirós

et al., 2005).

Em 1997, Bar-On apresentou uma bateria de testes chamada Emocional Quocient

Inventory (EQ-I). Consistia numa medida de autodescrição ou autorelato em que era pedido

aos indivíduos para dizerem se aquelas afirmações consistiam ao seu comportamento

habitual. O inventário era constituído por 133 itens destinado a avaliar as cinco dimensões do

modelo de Bar-On: Espírito Geral, Interpessoal, Intrapessoal, Gestão do Stress e

Adaptabilidade. Os valores de fidelidade desta escala variam entre 0,69 e 0,86 e apresenta

validade de conteúdo e de constructo. Esta escala é destinada a pessoas com maiores de 17

anos (Bar-On, 2000). Existem também versões para crianças e adolescentes entre os 6 e 17

anos (Bar-On, 2000). Segundo Ângelo (2007) esta escala foi traduzida por Azevedo para a

população portuguesa em 2002 mas só para uso experimental.

Cooper e Sawaf (1997) desenvolveram uma escala de inteligência emocional, a EQ-

MAP, com o objetivo de identificar perfis de competências emocionais em futuros

empregados das organizações. Esta escala era uma medida de auto descrição constituída por

258 itens englobados em cinco dimensões: aptidões relacionados com a situação de vida que

os sujeitos se encontram, competências relacionadas com o alfabeto emocional, competências

do quoficiente emocional, competências e valores emocionais e resultados do quoficiente

emocional.

A Multifactor Emotional Intelligence Scale (MEIS) (Mayer & Solovey, 1997), era

constituída por doze subescalas com três subclasses distintas: perceção emocional,
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 12
compreensão emocional e gestão emocional e surgiu em 1997. Era constituída por 402 itens

(Mayer, Solovey & Caruso, 2002). Devido a ser um teste com muitos itens e não abranger a

totalidade do modelo de aptidões defendido pelos autores, foi melhorada esta prova. Em

2002, surgiu una nova versão da MEIS, a Mayer Solovey Caruso Emotional Intelligence

Scale Test (MSCEIT). A escala era constituída por 141 itens divididos em oito tarefas. Esta

escala correspondia em avaliar as quatro dimensões: percepção emocional, facilitação

emocional, compreensão e gestão das emoções em testes de aptidões (resolução de

problemas), sendo que para cada dimensão havia duas tarefas. Eram atribuídas pontuação a

cada uma das tarefas, originando no final uma pontuação para cada dimensão. No final havia

resultados finais: resultado geral do teste, resultado para cada subescala ou fator e os

resultados da Inteligência emocional Experiencial e o da Estratégica (Mayer et al., 2002). Em

termos de valores de fidelidade, a consistência interna foi de 0,91. Em 2003 surgiu uma nova

versão da MSCEIT, a MSCEIT V2.0. Os valores de fidelidade variam entre 0,64 e 0,91. A

escala tem uma versão para adolescentes a MSCEIT-YV (Mayer, Caruso, Salovey &

Sitarenios, 2003). Monteiro (2009) validou a escala de MCSEIT para a população portuguesa

no mesmo formato da escala original.

Schutte e colaboradores (1998) desenvolveram uma escala de inteligência emocional

de seu nome SSRI (Inventário Schutt de AutoRelato), tendo como base os trabalhos iniciais

de Mayer e Solovey. Esta escala era uma medida de autodescrição com formato de resposta

tipo Likert que varia entre 1 (concordo totalmente) e 5 (discordo totalmente). A escala era

constituída por 33 itens englobados em três dimensões: como as pessoas percecionam as

emoções, como geram as suas emoções e dos outros e como as usam. A escala tem valores

elevados de fidelidade.

Goleman, Boyatz e Hay desenvolveram o Emocional Competency Inventory (ECI)

em 1999, tendo sido designado para avaliar as competências dos indivíduos nas organizações.
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 13
Era um questionario baseado no método dos informadores: os líderes ou os patrões situavam

os sujeitos mediante determinadas afirmações. Avalia 20 competências de acordo com as

quatro dimensões do modelo de Goleman: auto-consciência, auto-gestão, aptidões sociais e

consciência social. Possui 73 itens com formato de resposta tipo Likert que varia desde 1

(comportamento não se verifica) até 6 (comportamento frequente). Tem outra versão com 110

itens em que o formato de resposta varia entre 1 (não é nada habitual o comportamento) e 7

(comportamento muito frequente) (Goleman et al., citados por Stys & Brown, 2004). A

fidelidade apresenta valores de alfa de cronbach entre 0,73 e 0.92 e apresenta bons valores de

validade de constructo e de conteúdo. Em 2005, Branco validou uma escala baseada na teoria

de Goleman que designou de Escala de Capacidades de Inteligência emocional. Esta escala

era destinada a avaliar as competências emocionais dos professores. A escala era formada por

85 itens com o objetivo de avaliar as aptidões relacionadas com a autoconsciência emocional,

com a capacidade de gerir as emoções, com as capacidades de os indivíduos se

automotivarem, com as aptidões de empatia e com as capacidades de gerirem as interações

entre grupos. O formato de resposta variava entre 1 (nunca) e 7 (sempre) e era um

questionário de autodescrição. (Branco, 2005).

Petrides em 2001 desenvolveu a Trait Emotional Intelligence Questionnaire (TEIQ).

Esta escala era constituída por 153 itens divididos em 15 subescalas com quatro dimensões:

habilidades sociais, aptidões sociais, aptidões emocionais e aptidões de auto-controlo. Era

uma medida de autodescrição, com o formato de resposta de tipo Likert a variar entre 1

(discordo totalmente) e 5 (concordo completamente) (Petrides & Furnham, 2001).

Em 2005, Rego e Fernandes construíram e validaram uma medida destinada a avaliar

a Inteligência Emocional. A bateria de testes era constituída por 96 itens, englobados em seis

dimensões: sensibilidade emocional, empatia, compreensão das próprias emoções,

autoencorajamento, compreensão das emoções dos outros e autocontrolo emocional.


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 14
Consistia numa medida de auto-descrição, em que os sujeitos respondiam segundo o formato

de Escala de Likert, variando entre 1 a 7 (não se aplica a aplica-se a mim). Desses 96 itens,

ficaram 19 itens definitivos, englobadas nas mesmas 6 dimensões, exceptuando a dimensão

sensibilidade emocional que ficou apenas definida como autocontrolo face ás críticas. Para

fazer esta validação os autores tiveram em conta a literatura sobre o conceito de Inteligência

Emocional, o modelo de Mayer e Solovey, os modelos mistos e com a experiência e

sensibilidade dos autores (Rego & Fernandes, 2005). As qualidades psicométricas foram

boas, sendo que o instrumento detetou boa validade de constructo (Rego & Fernandes, 2005).

Cidadania Organizacional

De acordo com Robbins (2004), as organizações para serem bem-sucedidas

necessitam de trabalhadores que desenvolvam a cidadania organizacional.

A cidadania organizacional “descreve os esforços dos trabalhadores para tomar

iniciativa em contribuir de formas que não são formalmente requeridas pelas organizações”

(Smith & Organ,cit in Grant & Mayer,2009, p. 900).

De acordo com Podsakoff, Mackenzie, Paine e Bachrach (2000), quem tem altos

níveis de cidadania organizacional e demonstra ter comportamentos de cidadania

organizacional, tem maiores índices de desempenho ao nível da sua qualidade e quantidade.

Os comportamentos de cidadania organizacional são comportamentos arbitrários que

podem estar incluídos ou não no sistema de recompensas mas que contribuem para que a

organização labore de forma saudável (Organ, 1988) e tem um impacto positivo (Poncheri,

2006). Organ em 1997 redefiniu o conceito (Organ, 1997). Segundo o autor os

comportamentos de cidadania organizacional são: “ contribuições que mantêm e melhoram o

contexto social e psicológico suportando o desempenho da tarefa e que contribuem para a


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 15
eficácia organizacional ” (Organ, 1997, p. 91). De acordo com o mesmo autor, o conceito de

CCO passou a ser sinónimo ao de desempenho contextual, já que deixa de haver a

necessidade de preocupação com as recompensas e a forma como são administradas, bem

como se os comportamentos fazem parte da prescrição do cargo.

Com Siqueira (2003) verificamos que os comportamentos de cidadania

organizacional são comportamentos desempenhados numa troca social entre trabalhadores e a

organização sem contratos instituídos.

Ainda segundo o mesmo autor, os comportamentos de cidadania adquirem carácter

informal, permitem que as organizações funcionem de forma saudável, o que implica que não

sejam alvo de obrigação ou impulsionados. Distinguem-se por serem voluntários, eficientes e

de grande utilidade, de carácter público, não serem alvo de condicionantes e a remuneração

não se encontrar presente, ou seja os colaboradores satisfeitos, empenhados e ligados

afectivamente á empresa onde trabalham tem maior possibilidade de desenvolver

comportamentos de cidadania organizacional.

De acordo com Huang, Jin e Yang (2004), os comportamentos de cidadania aumentam

o desempenho das empresas já que os trabalhadores ao colaborarem uns com os outros

permitem que os supervisores tenham tempo para desempenhar outras tarefas.

Para Leal, Vivas, Faria e Bernardino (2009), os comportamentos de cidadania são

comportamentos que as pessoas desempenham de forma facultativa e sem esperarem ser

retribuídos mas que contribuem para que as atividades organizacionais decorram de forma

harmoniosa.

George e Brief (cit in Elainen,2010) teorizam que os comportamentos de cidadania

podem ser fundamentais para o sucesso de uma organização, já que é impossível referir todas

as actividades a executar na descrição da tarefa.

Van Dyne, Cummings e Mcclean (cit in Grant & Mayer, 2009) referem que os
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 16
comportamentos de cidadania organizacional podem ser enquadrados em dois grupos:

comportamentos filiativos em que os trabalhadores suportam as relações de trabalho, e os

comportamentos de desafio em que os trabalhadores têm o objetivo de melhorar as relações

de trabalho e os processos de grupo.

Para Castro, Armario e Ruiz (2004), os comportamentos de cidadania possibilitam que

o trabalho em equipa seja mais eficiente já que existe uma melhor comunicação entre os

colegas de trabalho, o que permite um ambiente profissional mais afável e contribui para uma

diminuição do absentismo. Segundo o mesmo autor, os comportamentos de cidadania

constituem factores primordiais que revelam o grau de comprometimento dos trabalhadores

com a empresa.

Os trabalhadores ao identificarem-se com a empresa incorporam os objetivos como se

fossem deles e tendem a desempenhar os comportamentos de cidadania como fazendo parte

dos comportamentos de desempenho da tarefa (Coyle-Shapiro & Conway, 2005).

Os comportamentos de cidadania ocorrem em grupos com grande enfâse nas suas

cognições e preocupações e usam os comportamentos de cidadania para uma maior proteção

e segurança do grupo e da organização (Zhang et al., 2010).

De acordo com Borman (cit in Akinbode, 2011) quem desenvolve comportamentos de

cidadania possibilita que os colegas de trabalho maximizem o seu desempenho profissional,

que as atividades sejam encadeadas naturalmente, dá suporte á conservação dos postos de

trabalho e auxilia no desempenho organizacional.

Zhang e colaboradores (2010) estabelecem que os comportamentos de cidadania

aumentam a possibilidade de uma maior adaptação por parte dos trabalhadores e por

consequente pode possibilitar que surja a criatividade e a inovação.

Os trabalhadores que desempenham os comportamentos de cidadania tornam-se mais

atrativos aos olhos dos colegas (Yunus, Ghazali & Hasan, 2011).
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 17
De acordo com Ahmadi, Ahmadi e Houmani (2011) os comportamentos de cidadania

contribuem para que desenvolvam novas ideias e são fundamentais para que o trabalho

desempenhado pelos funcionários seja mais eficiente e produtivo.

Com Alizadeh, Darvishi, Nazari e Emami (2012) observamos que as empresas para

terem sucesso precisam que os empregados façam mais que as suas tarefas (comportamentos

de cidadania organizacional) e que maximizem o seu desempenho, sendo necessário que

estejam motivados, satisfeitos e que lhes seja oferecido um ambiente agradável de trabalho.

De acordo com DeLara (2008) os trabalhadores quando sentem que ser membro de

uma organização é apenas uma parte da sua identidade e não se identificam com ela, tendem

a não dar o máximo de si e não participam ativamente na empresa.

Para Erkutlu (2011) é difícil desenvolver comportamentos de cidadania se os

empregados não cooperarem com os colegas de trabalho, não puderem participar na

administração ou lhes for negada a possibilidade de serem membros ativos da organização

através da discussão de ideias construtivas.

Shapiro e colaboradores (cit in Akinbode, 2011), refere que os comportamentos de

cidadania organizacional são uma forma de os trabalhadores recompensarem as empresas

pelo tratamento que lhes foi dado pela organização.

De acordo com Alizadeh e colaboradores (2012) as organizações com trabalhadores

que demonstram ter comportamentos de cidadania têm melhores índices de desempenho

organizacional.

Organ (1988) definiu cinco dimensões dos comportamentos de cidadania

organizacional: altruísmo, virtude cívica, desportivismo, conscienciosidade e desportivismo.

Altruísmo implica ajudar os outros quando estes têm dificuldades, a virtude cívica ocorre

quando os trabalhadores estão inseridos na vida ativa da empresa e suportam a função

administrativa da organização, o desportivismo acontece quando os trabalhadores não se


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 18
andam sempre a lamentar e têm atitudes positivas dentro da organização, a cortesia ocorre

quando os trabalhadores são tratados com consideração pelos colegas e a consciensciosidade

em que os trabalhadores desempenham as tarefas mesmo abaixo dos níveis requeridos

(Yahaya et al., 2011). Organ mudou a sua definição e passou a incluir comportamentos

filiativos (manter os processos e as relações de trabalho) e promotores (melhorar os processos

e as relações de trabalho) (Organ & Ryan, 1995).

De acordo com uma meta-análise de Organ e Ryan (1995), os fatores preditores de

comportamentos de cidadania organizacional são: satisfação com o trabalho,

comprometimento organizacional, apoio dos líderes e justiça percebida.

Farh e colaboradores (1997, cit in Lin & Ho, 2010) propõem cinco dimensões de

cidadania: identificação com a empresa, altruísmo, conscienciosidade, harmonia intrapessoal

e proteção dos recursos organizacionais.

Podsakoff e colaboradores (2000) definiram sete dimensões dos comportamentos de

cidadania: comportamentos de ajuda, desportivismo, lealdade organizacional, adesão

organizacional, iniciativa individual, virtude cívica e autodesenvolvimento. Os

comportamentos de ajuda são comportamentos voluntários de forma a evitar problemas no

trabalho. Os comportamentos de desportivismo são os comportamentos em que os

trabalhadores suportam as inconveniências do trabalho sem se queixarem. A lealdade

organizacional implica que os trabalhadores promovam e defendam a organização contra

ameaças eo façam de forma a manterem-se comprometidos. A adesão organizacional implica

que os trabalhadores cumpram as normas, regras e procedimentos das organizações mesmo

que não haja um supervisor para as avaliar. Os comportamentos de iniciativa individual são

comportamentos criativos para melhorar o desempenho na tarefa e da organização e para

permitir que os outros trabalhadores persistam na mesma. Os comportamentos de virtude

cívica são comportamentos de comprometimento com a organização no seu todo. Os


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 19
comportamentos de autodesenvolvimento são comportamentos que os empregados executam

para melhorar os seus conhecimentos, aptidões e competências(Podsakoff et al., 2000).

De acordo com os mesmos autores, os antecedentes de comportamentos de cidadania

são: características individuais, características das tarefas, características organizacionais e

comportamentos de liderança.

Williams e Andersen (cit in Becton, Giles & Schrader, 2008), referem os

comportamentos de cidadania que favorecem os indivíduos (ajudar os colegas diretamente ou

indiretamente) e os que favorecem as organizações.

Rego em 1999 (cit in Rego & Cunha, 2010) verificou que existem quatro dimensões

do comportamento de cidadania organizacional em Portugal: harmonia intrapessoal (ter em

consideração os colegas e ter uma atitude positiva dentro do horário de trabalho),

conscienciosidade (grau de responsabilidade no trabalho e se nas horas de trabalho os

funcionários laboram adequadamente), iniciativa pessoal (os trabalhadores são proactivos na

procura de soluções para os problemas) e identificação com a organização (grau de

comprometimento com a empresa e de sacrifício para com a organização) (Rego & Cunha,

2008), retiradas de 23 semi-entrevistas feitas a chefes de nove empresas de Portugal.

Os fatores etiológicos que dão origem aos comportamentos de cidadania segundo

Cunha, Rego, Cunha e Cardoso (2007) são: satisfação no trabalho, perceções de justiça,

confiança, empenhamento organizacional, apoio percebido e sentimento de comunidade de

trabalho.

As características individuais que podem dar origem aos comportamentos de

cidadania são: conscienciosidade, propensão para a confiança, motivo filiativo, orientação

para o coletivo, autoestima, afetividade negativa, afetividade positiva e locus de controlo

interno (Matos, 2010).

De acordo com Ariani (2012) existem vários motivos para os trabalhadores


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 20
demonstrarem comportamentos de cidadania: intrínsecos (ajudar os colegas e preocupação

com a organização) e extrínsecos (gerar uma impressão positiva; ser remunerado ou

demonstrar os comportamentos para colmatar os erros efetuados pelos trabalhadores). Os

comportamentos de cidadania podem contribuir para um aumento da produtividade

empresarial e do trabalhador (Ariani, 2012).

Embora existam instrumentos de aferição dos comportamentos de cidadania

organizacional como o de Podsakoff, Mackenzie, Moorman e Feiter (1990) constituído por

24 itens e que medem cinco dimensões: altruísmo, conscienciosidade, desportivismo, virtude

cívica e cortesia (Yunus e colaboradores, 2011), o instrumento usado será o de Rego (1999)

(Rego, 2002) já que traduz os comportamentos de cidadania organizacional na cultura

Portuguesa.

Modelos explicativos da relação entre Inteligência Emocional e os

Comportamentos de Cidadania Organizacional

A teoria dos eventos afectivos de Weiss e Crompazano (1996), refere que o ambiente

de trabalho onde está incluída a natureza do trabalho dá origem aos acontecimentos de

trabalho (onde estão incluídas as situações que provocam alegrias e os aborrecimentos diários

no trabalho) que provocam emoções positivas ou negativas aos trabalhadores. Essas emoções

que são influenciadas pelas disposições pessoais como traços afetivos positivos ou negativos

e inteligência emocional são preditores das atitudes no trabalho como lealdade,

comprometimento e satisfação com o trabalho. As emoções podem dar origem a

comportamentos como atos impulsivos, ajuda espontânea ou esforço contínuo. As atitudes

resultantes das emoções podem dar origem a comportamentos antisociais ou prosociais,

absentismo ou trabalho produtivo (Ashkanasy & Daus, 2002).


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 21
O modelo centrado na emoção de Spector e Fox (2002) estabelece que as emoções

que resultam das condições ambientais de trabalho têm impacto nos comportamentos

adotados pelos trabalhadores. As situações ambientais e as avaliações pessoais induzem

emoções que se forem positivas podem aumentar a probabilidade dos trabalhadores adotarem

comportamentos de cidadania organizacional, já que os sujeitos tendem a ficar mais

envolvidos de forma a manter o estado emocional (Spector & Fox, 2002). Neste modelo, a

avaliação das situações de trabalho depende do estado emocional de base, dos traços de

personalidade e do grau de controlo percebido (Anderson, Deuser & DeNeuve, cit in Spector

& Fox, 2002).

Resultados da investigação entre Inteligência Emocional e os

Comportamentos de Cidadania Organizacional

Jain (2009) conferiu que os comportamentos de cidadania organizacional são

melhores preditores da satisfação profissional, comprometimento organizacional e eficácia no

trabalho do que a inteligência emocional.

Salami (2009) verificou que o traço de personalidade inteligência emocional modera

os efeitos das estratégias de conflito no desempenho dos comportamentos de cidadania

organizacional.

James e colaboradores (2010) evidenciaram a relação significativa entre a inteligência

emocional dos executivos industriais da Ìndia e os comportamentos de cidadania

organizacional.

Num estudo feito por Salarzehi, Yaghoubi, Naroei e Sin(2011) verificou-se que os

trabalhadores incluindo os directores de um hospital com maiores níveis de inteligência

emocional tinham maior probabilidade de desenvolver comportamentos de cidadania


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 22
organizacional.

Karthikeyan e Rajamohan (2011) examinaram a relação entre a inteligência

emocional dos executivos de tecnologias de informação e os comportamentos de cidadania

organizacional. Os resultados sugeriram uma relação positiva e significativa entre estas duas

variáveis.

Sahafi e colaboradores (2011) demonstraram que a inteligência emocional de médicos

especialistas em infertilidade no Irão nas dimensões Empatia, autocontrolo e automotivação

tem um impato significativo no desempenho dos seus comportamentos de cidadania

organizacional.

Chin e colaboradores (2011) preconizaram que os trabalhadores com inteligência

emocional de um sector industrial da Malásia tem propensão a desenvolver comportamentos

de cidadania organizacional.

Chaudry e Usman (2011) constataram que a inteligência emocional dos trabalhadores

de empresas privadas do Paquistão está relacionada com o desempenho dos comportamentos

de cidadania organizacional.

Num estudo feito por Jain (2012) verificou-se que a inteligência emocional e a gestão

da impressão têm impacto no desempenho dos comportamentos de cidadania organizacional.

Um estudo de Seyal, Afzaal e Saun (2012) salienta que a inteligência emocional está

associada positivamente aos comportamentos de cidadania organizacional dos executivos de

pequenas e médias empresas do Brunei, embora se tenha verificado uma associação entre as

variaveis contextuais exceptuando o género e a idade.

Ozyer, Erol e Alici (2012) indicaram uma relação positiva significativa entre a

inteligência emocional e os comportamentos de cidadania organizacional.

Turnipseed e Vandewaa (2012) reportaram que a inteligência emocional de

trabalhadores estudantes e de professores estava associada positivamente a comportamentos


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 23
de cidadania organizacional.

Yoon e Jung (2012) realçaram que a inteligência emocional (em especial as dimensões

avaliação das emoções próprias e uso das emoções) dos trabalhadores de um hotel de cinco

estrelas na Coreia afeta a demonstração dos comportamentos de cidadania organizacional.

Yunus (2012) constatou que a inteligência emocional dos trabalhadores de bancos da

Malásia estabelece uma maior propensão para o desenvolvimento dos comportamentos de

cidadania organizacional.

Zhanjuan, Qinghai e Lyan (2012) comprovaram que os comportamentos de cidadania

organizacional funcionam como mediadores entre a inteligência emocional e o desempenho.

Hanzaee e Mirvaisi (2013) demonstraram uma relação positiva e significativa entre a

inteligência emocional e os comportamentos de cidadania organizacional dos trabalhadores

de uma industria hoteleira do Irão.

Em Naghidi e Shatalebi (2013), verifica-se que a inteligência emocional dos

trabalhadores de uma área municipal do Kuwait funciona como preditor dos comportamentos

de cidadania organizacional relativamente ás dimensões de automotivação, aptidões sociais e

da autoconsciência e não relativamente ás dimensões da empatia e autoregulação.

Antony (2013), estabelece uma associação entre a inteligência emocional dos

trabalhadores de uma empresa da Índia, os comportamentos de cidadania e o

comprometimento com a empresa.

Num estudo de Mauthner (2006) demonstrou-se que não havia relação significativa

entre a inteligência emocional de vendedores imobiliários e os comportamentos de cidadania

organizacional.

Num estudo de Bastos na administração pública (2008) não se verificou uma relação

entre inteligência emocional e os comportamentos de cidadania organizacional.

Yaghoubi e colaboradores (2010) verificaram que a inteligência emocional dos líderes


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 24
e colaboradores não tem uma relação significativa com o desempenho dos comportamentos

de cidadania organizacional.

Objectivos e hipótese de investigação

De acordo com Zhang e colaboradores (2010), quando os trabalhadores sentem que as

suas preocupações são tidas em conta e que podem expressar as emoções, tendem a

desenvolver comportamentos de cidadania, pelo que estabelecemos uma pergunta de partida

contextualizada da seguinte forma: será que os comportamentos de cidadania organizacional

são condicionados pela existência de uma relação condicionante da existência de Inteligência

Emocional ativa nos colaboradores do Intermarché do distrito de Leiria? Embora se trate de

um estudo probabilístico em que as hipóteses poderiam surgir no decorrer da investigação

optámos por definir uma hipótese de orientação:

Hipótese 1: Existe uma relação entre a inteligência emocional dos colaboradores, o

desempenho dos comportamentos de cidadania organizacional e as medidas sócio-

demográficas.

Método

O objetivo deste capítulo é descrever ao pormenor o estudo realizado. Para isso,

caracterizou-se a organização onde foi executado o estudo, os instrumentos, o procedimento

bem como a amostra.

O estudo foi realizado em várias lojas do Intermarché relativamente ao distrito de

Leiria. O Intermarché pertence ao Grupo Os Mosqueteiros, constituído por várias lojas ao

longo do país que se dedicam ao mercado retalhista.


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 25
Foi utilizada uma metodologia quantitativa.

Instrumentos

De modo a medir a IE, foi usada a escala de Rego e Fernandes (2005), validada para a

população Portuguesa, que permite avaliar seis dimensões: compreensão das emoções

próprias (CEP), autocontrolo perante as críticas (ACC), compreensão das emoções dos outros

(CEO), auto-encorajamento (AE), empatia (E) e autocontrolo emocional (ACE).

O questionário de autoaplicação era constituído por 19 itens, numa escala de 1 (não se

aplica nada a mim) a 7 (aplica-se completamente a mim).

De modo a medir os CCO, foi usado o Questionario de CCO de Rego (1999) (Rego,

2002) já que se refere ás quatro dimensões encontradas para a cultura portuguesa. O

questionário era de hetero-avaliação (designado a avaliar os colegas) sendo constituído por 15

itens, medindo quatro dimensões: harmonia interpessoal (HI), espírito de iniciativa (EI),

conscienciosidade (C) e identificação com a organização (IO). Os valores variavam entre 1

(não se aplica nada a mim) e 7 (aplica-se completamente a mim).

Procedimento

Foi pedida a permissão aos chefes de loja e aos patrões para distribuir os questionários

pelos respondentes, aos quais lhe era pedido que respondesse aos questionários de IE e CCO.

Ao fim de um determinado tempo, os questionários foram recolhidos. A recolha durou entre

Março e Junho de 2013. A taxa de retorno foi de 52%.

O tratamento estatístico foi realizado com recurso ao SPSS, versão 17.

Amostra

A amostra do presente estudo foi constituída pelos trabalhadores de várias lojas do

Intermarché. Foram entregues 208 questionários aos chefes de loja ou patrões, aos quais

responderam 108 colaboradores.


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 26
O estudo é constituído por 108 colaboradores, os quais podemos caracterizar segundo

a idade, género, escolaridade, tempo na organização e função.

Dos 108 colaboradores que participaram no estudo, 94 são do género feminino e 14

do género masculino, como está expresso na figura 1.

Figura 1 − distribuição dos colaboradores por género

Na figura 2, consta a distribuição dos grupos de acordo com a idade

Figura 2- Distribuição dos grupos de acordo com a idade


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 27

De acordo com os dados verificou-se que a faixa etária com maior frequência situa-se
entre os 24 e os 34 anos de idade.
Relativamente á escolaridade, os colaboradores distribuíram-se pelas categorias

criadas, mas os colaboradores com o 12º ano têm maior frequência (65%), de acordo com a

figura 3.
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 28

Figura 3 − Distribuição dos colaboradores por escolaridade

Os colaboradores foram igualmente caracterizados em termos de antiguidade na


organização (figura 4).
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 29

Figura 4- Distribuição dos colaboradores por antiguidade na organização

Da análise da figura 4, decorre que a maioria dos colaboradores está na organização

há 4 anos. No que concerne á função, a distribuição dos colaboradores, encontra-se de acordo

com a carreira nas lojas, tendo sido identificadas 22 funções (figura 5).
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 30

Figura 5 − Distribuição dos colaboradores por função

Como se pode constatar, a função operador de caixa é que apresenta maior frequência

com 44%.

Resultados

Após o fim da revisão bibliográfica, da definição da hipótese e dos instrumentos,

agora é altura de analisar os dados.

Este capítulo tem três partes: estudo psicométrico das escalas, testagem da hipótese e

apresentação da discussão dos resultados.

Síntese das propriedades psicométricas das escalas

Relativamente ás dimensões das escalas, todas as escalas vão desde o Excelente ao


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 31
Inaceitável em termos de valores de fidelidade (as dimensões Conscienciosidade e

Identificação com a Organização na escala de Comportamentos de Cidadania Organizacional

e a dimensão Autoencorajamento da escala Inteligência Emocional apresentam valores fracos

de fidelidade) (ver em anexo D as tabelas). A validade é boa para todas as escalas e

relativamente á sensibilidade não se verifica a distribuição normal (ver em anexo E e F as

tabelas).

Estudo da Hipótese de estudo

O coeficiente de correlação permite avaliar a magnitude da correlação entre as

variáveis. O coeficiente de Pearson é dos mais usados e os valores variam entre -1 e 1.

(Cohen & Holliday, cit in Bryan & Cramer, 1993).

Tabela 1

Valores de correlação

Correlação Critério
0,9-1,0 Muito alta
0,7-8,9 alta
0,4-0.69 moderada
0,2-0,3 baixa
<0,19 Muito baixa
Adaptado: Bryan e Cramer, 1993

Tabela 2

Relação entre as variáveis de acordo com a hipótese

CCO IE CEP IE CEO IE E


HI Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1

(r) (,017 - , (-, 310 - , (-,029 - ,120)

097) 074)
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 32
CEO1-HI3,

HI4**
IO Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1

(r) (-,018 -,10) (-,019 - , (-,005 - ,044)

018)
C Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1

(r) (-,010 (-,021 -, (-,001 -,327)

-,065) 167) E1-C2**

CEO1-C3 *
EI Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1

(r) (-,008- (-,050 (-,058-, 065)

(-,132) -,077)

Legendas: **Nível de significância: p <0,01; * Nível de significância: p <0,05, (r ) = valores de correlação de


Pearson, CCO- Comportamentos de Cidadania Organizacional, IE CEP- Compreensão das emoções próprias, IE
CEO- Inteligência Emocional da compreensão das emoções dos outros, IEE- Inteligência Emocional Empatia,
HI= Harmonia Intrapessoal, IO= Identificação com a Organização, C= Conscienciosidade, EI= Espírito de
Iniciativa, 1,3,4= Itens respetivos á dimensão, - = Valores minimos e máximos que as correlações variam

Tabela 3

Relação entre as variáveis de acordo com a hipótese (continuação)

CCO IE AE IE ACE IE ACC


HI Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1

(r) (-,015 - ,074) (-,017 - ,052) (,027 - ,261)


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 33
AE1-HI3**, AE1- ACC1-HI4**

HI4, HI5* ACC1-HI5*


IO Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1

(r) (- ,039 -,381) (-,036 - (- ,46) (-.011 - ,017)

AE1-IO1**

AE2-IO2**
C Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1

(r) (-.004 - .148 (-,009 - ,055) (-.024- 0,079)

) C3-AE1*
EI Hipótese 1 Hipótese 1 Hipótese 1
(-.050 - ,09)
(r) (- ,044 – ,338) (- .051- (- ,141)

EI3-AE2**

EI4-AE2,AE1**

Legendas: **Nível de significância: p <0,01; * Nível de significância: p <0,05, (r)= Valores de correlação de
Pearson, IE AE- Auto-Encorajamento, IE ACE- Inteligência Emocional da auto-compreensão emocional,
IEACC- Inteligência Emocional Auto Controlo face ás críticas, HI= Harmonia Intrapessoal, IO= Identificação
com a Organização, C= Conscienciosidade, EI= Espírito de Iniciativa, 1,2,3,4, 5= Itens respetivos á dimensão, -
= Valores minimos e máximos que as correlações variam

De acordo com as tabelas, os valores das correlações variam entre os fracos e os muito

fracos, o que indica não haver associação entre as dimensões da Inteligência Emocional e as

dimensões dos Comportamentos de Cidadania Organizacional. Destacam-se dos demais com

p-values significativos os itens AE1-HI3**, AE1-HI4, HI5*, CEO1-HI3, HI4**, AE1-IO1**,

AE2-IO2**, CEO1-C3 **, E1-C2**, EI3-AE2** , EI4-AE2, AE1**, ACC1- HI4**, ACC1-

HI5* e C3-AE1*, o que sugere que apenas alguns itens das dimensões se relacionem uns com

os outros.

Hipótese 1: Existe uma relação entre a IE, a manifestação dos CCO e as medidas
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 34
sócio-demográficas.

Neste estudo foi efetuada a análise da correlação linear, através das variáveis IE e

CCO, obtendo-se valores baixos e não significativos. De acordo com estes resultados, apenas

uma parte dos comportamentos de cidadania são explicados pela IE, sendo a outra parte

explicado por outras variáveis, o que que implica que não se possa validar parte da nossa

hipótese já que não se verificou associação entre a IE e os CCO.

Tentou-se analisar a correlação entre a IE, os CCO e as questões sociodemográficas,

mas os resultados também foram baixos e não significativos (ver em anexo H), o que faz

indicar que outras variáveis não tidas em conta no estudo têm impacto nos comportamentos

de cidadania organizacional, o que leva a concluir que não existe associação entre a IE, os

CCO e as medidas sócio-demográficas.

Discussão dos resultados

Podemos referir nos resultados que a relação entre a inteligência emocional e os

comportamentos de cidadania não foi significativa e com resultados muito baixos, e que a

relação entre a inteligência emocional, comportamentos de cidadania e as questões

sociodemográficas não obtiveram resultados relevantes para o estabelecimento de uma

relação condicionante, o que confirma os estudos de Mauthner (2006), Bastos (2008), e de

Yaghoubi e colaboradores (2010), embora não valide a nossa questão de partida, que era

identificar uma relação condicionante entre estas duas variáveis e as questões sócio-

demográficas, tendo em conta esta amostra concreta de respondentes. Podemos referir que

para os resultados e tendo em conta a literatura pode existir outras variáveis como o estado

emocional de base, os traços de personalidade, ou o grau de controlo referidos no estudo de

Spector e Fox (2002) que não foram tidas em conta e que podem contribuir para o

desenvolvimento dos comportamentos de cidadania. De acordo com Ariani (2012) há fatores


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 35
extrínsecos como gerar uma impressão positiva, obter retribuições ou usar os

comportamentos de cidania para disfarçar os erros dos próprios e dos outros, podem levar a

que os funcionários desenvolvam os comportamentos de cidadania o que implica que hajam

outros fatores associados á demonstração de comportamentos de cidadania organizacional.

De acordo com Goleman (cit in Yunus, 2012) só quando os trabalhadores sentem que são

tratados justamente é que desenvolvem comportamentos de cidadania. O facto de se tratar de

uma amostra de trabalhadores de várias lojas de Intermarché com vários patrões em que não

sabe o tipo de relação com os colaboradores nem a cultura organizacional já que são poucos

os estudos nesta empresa poderá ter contribuído para estes resultados. Acresce o facto de

algumas dimensões das escalas terem resultados de fidelidade frágeis, aspeto que poderá terá

tido influência nos resultados.

Seria importante em futuros estudos e tendo como base os estudos de Weiss e

Cronpanzano (1996) e Spector e Fox (2002), que confirma a relação entre estas variáveis, no

sentido de se perceber os fatores que contribuem para o desenvolvimento dos

comportamentos de cidadania, além de uma amostra mais alargada e noutro contexto.

De realçar o facto de Coté e Miners (2006) apontar a inteligência emocional como

preditor dos comportamentos de cidadania somente quando há uma menor inteligência

cognitiva, o que sugere haver apenas uma relação positiva quando os colaboradores têm uma

inteligência cognitiva mais baixa o que também pode explicar alguns dos resultados.
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 36

Conclusões

Este trabalho tinha como objetivo por um lado explorar a relação entre a inteligência

emocional e os comportamentos de cidadania organizacional dos trabalhadores do

Intermarché e por outro lado alargar o conhecimento sobre as variáveis em questão bem

como procurar estabelecer uma relação entre a inteligência emocional e os comportamentos

de cidadania ficando por esclarecer que outras variáveis poderiam também influenciar o

desenvolvimento dos comportamentos de cidadania.

Neste contexto verificou-se que a maior parte dos respondentes não tinham a noção do

conceito de inteligência emocional e que para eles era algo que tinha a ver com emoções.

Neste contexto para mim a inteligência emocional será a capacidade para identificar e

compreender as emoções do próprio e dos outros, conseguindo assim gerir essas emoções de

forma a usá-las para atingir os resultados desejados na empresa. Relativamente aos

comportamentos de cidadania organizacional, grande parte dos respondentes desconhecia o

conceito, embora alguns comportamentos sejam usados quer para contribuir para o sucesso

da empresa quer para serem vistos como trabalhadores interessados, a grande maioria não

tinha a noção que estes comportamentos eram essenciais para o sucesso da organização, mas

reconheciam que eram facultativos e fora do contrato, sendo natural que alguns dos

respondentes não os demonstrasse.

Neste contexto verificou-se que os comportamentos de cidadania organizacional não

são condicionados pela existência de uma relação condicionante da inteligência emocional

dos colaboradores e que não havia uma relação significativa entre a inteligência emocional e

o desempenho dos CCO, indo de acordo com o estudo de Bastos (2008) e Yaghoubi e

colaboradores (2010), embora o sentido de estudo fosse de acordo com os estudos de

Karthikeyan e Rajamohan (2011) e Chin e colaboradores (2011), que identificava uma relação
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 37
condicionante entre aquelas duas variáveis e que era o nosso sentir.

De notar em termos de limitações que esta não era a amostra que inicialmente

pretendia estudar, e que só se tornou possível porque as outras populações que queria

investigar como o Grupo Lena e a Balbino Faustino se tornaram inviáveis.

Foi também importante reconhecer que são locais difíceis de atuar por parte dos

investigadores, já que nem todos os patrões facilitam o acesso e neste contexto torna-se

necessário encontrar estratégias que possibilitem o sucesso da investigação através de uma

maior aderência das partes envolvidas.

No que respeita a outras limitações, será necessário ter em conta as questões de

fidelidade, já que algumas dimensões dos instrumentos revelaram ter uma fidelidade muito

baixa.

Será importante também perceber, que outras variáveis, como os traços de

personalidade, estado emocional ou mesmo com o tipo de liderança associado poderão

influenciar os comportamentos de cidadania organizacional.

Apesar das limitações constatadas, foi um estudo rico no sentido de se perceber que

relações existem entre conceitos que não são alvo de unanimidade entre os investigadores

mas que são importantes no domínio da psicologia social e organizacional, a inteligência

emocional e os comportamentos de cidadania organizacional.

O papel do psicólogo também é de extrema relevância já que este profissional deve

transmitir aos trabalhadores e chefes a importância de se ter em conta as variáveis emocionais

porque os comportamentos de cidadania organizacional só são desempenhados se os

trabalhadores tiverem vontade para tal e sendo os comportamentos de cidadania

organizacional de vital importância, uma melhor relação emocional contribuiria para uma

melhor eficácia organizacional. Uma intervenção adequada seria a realização de ações de

formação a todos os profissionais de modo a transmitir a importância destes fatores.


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 38

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A influência da Inteligência Emocional nos CCO 49

Anexo A

(Questionários)

Dados Biográficos: Neste grupo é pedido alguma informação pessoal, necessária para

posterior tratamento estatístico:

Idade:_______________
Género: M_______F_______
Função na Empresa:________________
Antiguidade na Empresa_____________________anos
Habilitações:...........................................................

Escala de IE
Neste grupo, deverá pensar em si próprio e depois colocar nos quadradinhos o número que
melhor reflecte o seu grau de acordo com a afirmação. Utilize a chave de respostas em baixo:

1 2 3 4 5 6 7
Não se aplica De uma Aplica- Aplica- Aplica- Aplica- Aplica-
rigorosamente forma se pouco se se muito se se
nada a mim geral, alguma bastante complet
nao se coisa . amente
aplica a mim
nada a
mim.

1. Quando sou derrotado num jogo, perco o controlo.


.2.Normalmente, encorajo-me a mim próprio para dar o meu melhor.
3.Consigo permanecer calmo mesmo quando os outros estão zangados
4. Empenho-me em compreender os pontos de vista dos outros
5. Sou indiferente á felicidade dos outros.
6.Eu compreendo as causas das minhas emoções.
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 50

7. É dificil para mim falar com pessoas que não partilham dos mesmos pontos de vista
que eu
8. Eu dou o máximo de mim para atingir os meus objectivos.
9. Reago com calma quando estou sobre tensão.
10. Eu realmente compreendo as emoções das pessoas com quem me relaciono.
11. O sofrimento dos outros não me afecta
12. Quando estou triste, sei os motivos.
13. Fico zangado quando os outros me criticam – mesmo sabendo que tem razao.
14. Usualmente, costumo estabelecer objectivos para mim próprio.
15. Raramente fico furioso.
16. Consigo compreender as emoções e sentimentos dos meus amigos vendo os seus
comportamentos.
17. Vivo os problemas dos meus amigos como se fossem os meus problemas.
18. Eu realmente sei o que estou a sentir.
19. È dificil para mim aceitar uma crítica.

Escala de Comportamentos de Cidadania Organizacional


Assinale no quadradinho o número que melhor reflecte o grau de concordância com a
afirmação relativamente a um colega de trabalho á sua escolha em que conheça bem o seu
comportamento:

Não se Não se Aplica-se Aplica-se Aplica-se Aplica-se Aplica-se


aplica aplica muito alguma bastante muito completame
rigorosame pouco coisa nte
nte nada
1 2 3 4 5 6 7

1. O colega mantém-se informado acerca do que se passa na organização.


2. O colega quando tem problemas a resolver, procura resolvê-los antes de
apresentá-los ao chefe.
3.O colega está sempre a queixar-se de assuntos triviais (isto é, de pouca
importância).
4. O colega quando uma coisa não funciona, procura alternativas para que
funcione.
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 51

5 O colega cria instabilidade na equipa (com mexericos, intrigas, etc).


6 O colega quando tem tarefas desagradáveis ou difíceis a realizar, procura
"passar a batata quente" para outros.
7.O colega é desleixado (tanto faz que o trabalho seja bem ou mal feito!).
8 O colega está mentalmente fresco e pronto para trabalhar logo que chega à
organização.
9. O colega quando descobre oportunidades de negócio para a organização
(mesmo que seja no fim de semana), comunica-as aos responsáveis.
10. O colega está sempre a referir-se ao lado negativo das coisas, mais do que ao
positivo.
11. o colega faz esforços-extra para beneficiar a organização, mesmo com
prejuízos pessoais.
12. o colega desperdiça tempo em assuntos não relacionados com o trabalho.
13. o colega pensa em primeiro lugar no serviço, mais do que em si próprio.
14.o colega procura, espontaneamente, melhorar os seus conhecimentos,
competências e capacidades.
15.O colega quando algo lhe corre mal, desculpa-se com os erros dos outros.
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 52

Anexo B

(Dimensões dos questionários)

Escala de Inteligência Emocional

DIMENSÕES Nº dos itens


Auto-Controlo perante as críticas (IEACC) 1*, 7*, 13*, 19*
Auto-Controlo Emocional (IEACE) 3, 9, 15
Auto-Encorajamento (IEAE) 2,8, 14
Empatia (IEE) 5*,11*,17
Compreensão das emoções dos outros 4, 10, 16
(IECEO)
Compreensão das emoções dos próprios 6,12,18
(IECEP)
*- Itens Invertidos

Escala de Comportamentos de Cidadania Organizacional

Dimensões Nº dos itens


Harmonia intrapessoal *3*,5*,6*, 10*,15*
Espírito de Iniciativa 1,2,4, 14
Conscienciosidade 7*,8,12*,13
Identificação com a organização 9,11
*- Itens Invertidos
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 53

Anexo C
(Idade e género)

Idade

Descriptive Statistics
Std.
N Minimum Maximum Mean Deviation
Idade 107 19 57 33,30 9,043
Valid N 107
(listwise)

Género

género
Cumulative
Frequency Percent Valid Percent Percent
Valid masculino 14 11,6 13,0 13,0
feminino 94 77,7 87,0 100,0
Total 108 89,3 100,0
Missing System 13 10,7
Total 121 100,0
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 54

Anexo D

(Fidelidade)

De acordo com Hill e Hill (2002) o objectivo de todos os instrumentos é avaliar as

características dos sujeitos e ser interpretado de forma igual para todos. O alpha de cronbach

é o mais usado para verificar a fidelidade interna. Na tabela seguinte apresenta-se a relação

entre o alpha de cronbach e a qualidade de fidelidade da escala segundo Hill e Hill (2002):

Qualidade de Fidelidade de uma escala

Alpha de Cronbach Fidelidade


>0.9 Excelente
0,8-09 Boa
0,7-08 Razoável
0,6-07 Fraca
<0,6 Inaceitável
Fonte: Hill e hill (2002)

Fidelidade para a dimensão colaboradores IE

Fidelidade IE Auto-controlo face ás críticas

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado nos Número de itens


itens padrão
0,88 0,77 4

Fidelidade IE Auto-controlo Emocional

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado nos Número de itens


itens padrão
0,99 0,99 3

Fidelidade IE Compreensão das emoções próprias


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 55

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
1 1 3

Fidelidade de IE Compreensão das emoções dos outros

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
0,75 0,65 3

Fidelidade da IE Empatia

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
0,72 0,55 3

Fidelidade de IE Auto-Encorajamento

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
0,22 0,22 3

Verifica-se assim que a fidelidade dos valores varia entre 0,022 e 0,996. As dimensões

auto-encontrolo emocional e compreensão das emoções próprias tem valores de fidelidade

óptimos e a dimensão auto-encorajamento tem valores inaceitáveis.

Fidelidade da escala CCO colaboradores

Fidelidade da dimensão Harmonia Intrapessoal

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
0,8 0,81 5
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 56

Fidelidade da dimensão Espírito de Iniciativa

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
0,71 0,7 4

Fidelidade da dimensão Conscienciosidade

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
0,02 0,05 4

Fidelidade da dimensão Identificação com a Organização

Alpha Cronbach Alpha de Cronbach baseado Número de itens


nos itens padrão
0,52 0,52 2

Os valores de fidelidade da escala de CCO variam entre 0,022 e 0,081 (inaceitável a

boa)
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 57

Anexo E

(Validade)

A validade refere-se à avaliação do grau que uma determinada medida, mede de facto

o que pretende medir.

Os testes de KMO e Esfericidade-Bartlett são os mais usados para determinar a

validade dos instrumentos.

Valor KMO e recomendação relativamente á analise factorial

KMO Análise factorial


0,9-1,0 Excelente
0,8-0,9 Boa
0,7-0,8 Média
0,6-0,7 Mediocre
0,5-0,6 Mau mais ainda aceitável
<0,5 Inaceitável

Valor KMO para a escala IE

KMO e Teste de Bartlett


KMO ,939
Teste de Esfericidade- Qui-Quadrado 5252,471
Bartlett
Graus de Liberdade 171
Sig. ,000

Valor KMO para a escala CCO

KMO and Bartlett's Test


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 58

KMO ,744
Teste de Esfericidade- Qui-Quadrado 518,370
Bartlett
Graus de liberdade 105
Sig. ,000

Os valores de kmo são bons para continuar a análise factorial e como p pvalue é

menor que 0,01 as variáveis correlacionam-se entre si.


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 59

Anexo F

(Sensibilidade)

A sensibilidade representa a capacidade que o teste tem de descriminar os sujeitos

tendo em conta o factor a ser testado. Os testes de Kolmogorov-Smirnov (K-S) são os mais

usados para testar a normalidade de uma distribuição.

Valores de K-S e Shapiro-Wilk para os colaboradores de IE

Testes de Normalidade
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Graus de Graus de
Estatístic Liberdad Estatístic Liberdad
a e Sig. a e Sig.
auto-controlo perante as ,263 108 ,000 ,768 108 ,000
críticas 1
auto-encorajamento 1 ,248 108 ,000 ,805 108 ,000
auto-controlo emocional ,441 108 ,000 ,172 108 ,000
1
compreensão das ,172 108 ,000 ,884 108 ,000
emoções dos outros 1
empatia 1 ,301 108 ,000 ,744 108 ,000
compreensão das ,477 108 ,000 ,144 108 ,000
emoções próprias 1
auto-controlo perante as ,388 108 ,000 ,172 108 ,000
críticas 2
auto-encorajamento 2 ,260 108 ,000 ,762 108 ,000
auto-controlo emocional ,424 108 ,000 ,161 108 ,000
2
comprensão das ,457 108 ,000 ,151 108 ,000
emoções dos outros 2
empatia 2 ,405 108 ,000 ,176 108 ,000
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 60

compreensão das ,466 108 ,000 ,153 108 ,000


emoções próprias 2
auto-controlo perante as ,371 108 ,000 ,177 108 ,000
críticas 3
auto-encorajamento 3 ,470 108 ,000 ,144 108 ,000
auto-controlo emocional ,415 108 ,000 ,186 108 ,000
3
compreensão das ,445 108 ,000 ,150 108 ,000
emoções dos outros 3
empatia 3 ,430 108 ,000 ,152 108 ,000
compreensão das ,467 108 ,000 ,148 108 ,000
emoções próprias 3
auto-controlo perante as ,420 108 ,000 ,164 108 ,000
críticas 4
a. Correção de significância de Lillefors

Os Valores de p-value demonstram uma não normalidade da da distribuição

Tabela 9 - Valores de K-S e Shapiro-Wilk para os colaboradores de CCO

Testes de Normalidade
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Graus de Graus de
Estatístic Liberdad Estatístic Liberdad
a e Sig. a e Sig.
harmonia intrapessoal 5 ,281 108 ,000 ,795 108 ,000
espírito de iniciativa 4 ,259 108 ,000 ,849 108 ,000
conscienciosidade 4 ,442 108 ,000 ,169 108 ,000
conscienciosidade 3 ,265 108 ,000 ,804 108 ,000
identificação com a ,179 108 ,000 ,912 108 ,000
organização 2
harmonia intrapessoal 4 ,223 108 ,000 ,883 108 ,000
identificação com a ,195 108 ,000 ,919 108 ,000
organização 1
conscienciosidade 2 ,210 108 ,000 ,897 108 ,000
conscienciosidade 1 ,254 108 ,000 ,849 108 ,000
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 61

harmonia intrapessoal 3 ,203 108 ,000 ,882 108 ,000


harmonia intrapessoal 2 ,237 108 ,000 ,820 108 ,000
espirito de iniciativa 3 ,238 108 ,000 ,883 108 ,000
harmonia intrapessoal 1 ,234 108 ,000 ,839 108 ,000
espirito de iniciativa 2 ,251 108 ,000 ,888 108 ,000
espírito de iniciativa 1 ,203 108 ,000 ,904 108 ,000
a. Correção de significância de Lillefors

Os valores de pvalue demonstram uma não normalidade na distribuição


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 62

Anexo G

(Teste das Hipóteses-Correlações)

Correlations
empatia 2 empatia 3 empatia 1
harmonia intrapessoal Pearson ,041 ,005 ,048
5 Correlation
Sig. (2-tailed) ,671 ,958 ,621
N 108 108 108
harmonia intrapessoal Pearson ,105 ,085 ,013
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,278 ,382 ,897
N 108 108 108
harmonia intrapessoal Pearson ,054 ,033 -,033
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,582 ,731 ,737
N 108 108 108
harmonia intrapessoal Pearson ,111 ,097 ,118
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,254 ,315 ,224
N 108 108 108
harmonia intrapessoal Pearson ,056 -,029 ,120
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,566 ,763 ,215
N 108 108 108

Correlations
harmon
harmonia ia
harmonia harmonia harmonia intrapessoa intrapes
intrapessoal 5 intrapessoal 3 intrapessoal 2 l1 soal 4
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 63

auto- Pearson -,060 -,084 -,026 -,183 -,084


encorajamento Correlat
2 ion
Sig. (2- ,534 ,386 ,792 ,059 ,389
tailed)
N 108 108 108 108 108
auto- Pearson ,014 ,074 ,040 ,045 -,015
encorajamento Correlat
3 ion
Sig. (2- ,888 ,447 ,680 ,643 ,876
tailed)
N 108 108 108 108 108
auto- Pearson -,264** -,207* -,083 -,164 -,238*
encorajamento Correlat
1 ion
Sig. (2- ,006 ,031 ,394 ,091 ,013
tailed)
N 108 108 108 108 108
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).
*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).

Correlations
auto-controlo auto-controlo auto-controlo
emocional 1 emocional 2 emocional 3
harmonia intrapessoal Pearson -,017 ,027 ,017
5 Correlation
Sig. (2-tailed) ,861 ,778 ,864
N 108 108 108
harmonia intrapessoal Pearson ,044 ,047 ,024
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,655 ,627 ,807
N 108 108 108
harmonia intrapessoal Pearson ,029 ,039 -,004
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,763 ,692 ,967
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 64

N 108 108 108


harmonia intrapessoal Pearson ,050 ,051 ,052
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,610 ,602 ,595
N 108 108 108
harmonia intrapessoal Pearson -,041 ,005 -,016
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,671 ,956 ,873
N 108 108 108

Correlations
harmoni harmo harmoni
a harmonia nia a
intrapess intrapessoa intrape harmonia intrapess
oal 5 l3 ssoal 2 intrapessoal 1 oal 4
auto- Pearson Correlation ,235* ,114 ,103 ,027 ,261**
controlo
perante as
críticas 1
Sig. (2-tailed) ,014 ,240 ,291 ,780 ,006
N 108 108 108 108 108
auto- Pearson Correlation ,063 ,115 ,068 ,108 ,053
controlo
perante as
críticas 2
Sig. (2-tailed) ,519 ,236 ,485 ,264 ,583
N 108 108 108 108 108
auto- Pearson Correlation ,053 ,112 ,096 ,091 ,052
controlo
perante as
críticas 3
Sig. (2-tailed) ,586 ,250 ,322 ,349 ,594
N 108 108 108 108 108
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 65

*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).

Correlations
har
mon
ia
harmon intra
ia pess
harmonia harmonia harmonia intrape oal
intrapessoal 5 intrapessoal 3 intrapessoal 2 ssoal 1 4
comprensão das Pearson ,028 ,074 ,037 ,066 ,004
emoções dos Correlation
outros 2
Sig. (2- ,777 ,446 ,706 ,500 ,969
tailed)
N 108 108 108 108 108
compreensão das Pearson -,127 -,295** -,156 ,072 -,31
emoções dos Correlation 0**
outros 1
Sig. (2- ,191 ,002 ,107 ,461 ,001
tailed)
N 108 108 108 108 108
compreensão das Pearson ,004 ,058 ,020 ,050 -,02
emoções dos Correlation 7
outros 3
Sig. (2- ,968 ,552 ,836 ,606 ,785
tailed)
N 108 108 108 108 108
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).

Correlations
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 66

harmonia harmonia
harmonia harmonia harmonia intrapessoal intrapesso
intrapessoal 5 intrapessoal 3 intrapessoal 2 1 al 4
compreen Pearson -,017 ,068 ,020 ,045 -,022
são das Correlation
emoções
próprias 3
Sig. (2- ,861 ,482 ,837 ,643 ,824
tailed)
N 108 108 108 108 108
compreen Pearson ,030 ,097 ,045 ,084 ,016
são das Correlation
emoções
próprias 2
Sig. (2- ,756 ,319 ,643 ,389 ,867
tailed)
N 108 108 108 108 108
compreen Pearson ,021 ,071 ,037 ,062 -,002
são das Correlation
emoções
próprias 1
Sig. (2- ,829 ,465 ,700 ,525 ,986
tailed)
N 108 108 108 108 108

Correlations
identifica auto- auto-
ção com identificaç control control auto-
a ão com a o o controlo
organiza organizaçã emocio emocio emocion
ção 1 o2 nal 1 nal 2 al 3
identificação com a Pearson 1 ,354** -,040 -,036 -,062
organização 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,000 ,683 ,714 ,521
N 108 108 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 67

identificação com a Pearson ,354** 1 -,067 -,046 -,060


organização 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,000 ,488 ,635 ,539
N 108 108 108 108 108
auto-controlo emocional Pearson -,040 -,067 1 ,985** ,977**
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,683 ,488 ,000 ,000
N 108 108 108 108 108
auto-controlo emocional Pearson -,036 -,046 ,985** 1 ,983**
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,714 ,635 ,000 ,000
N 108 108 108 108 108
auto-controlo emocional Pearson -,062 -,060 ,977** ,983** 1
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,521 ,539 ,000 ,000
N 108 108 108 108 108
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).

Correlations
identificação identificação
com a com a
organização 1 organização 2
empatia 2 Pearson ,030 ,011
Correlation
Sig. (2-tailed) ,762 ,909
N 108 108
empatia 3 Pearson -,005 -,047
Correlation
Sig. (2-tailed) ,960 ,627
N 108 108
empatia 1 Pearson ,044 ,041
Correlation
Sig. (2-tailed) ,649 ,675
N 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 68

Correlations
identificação identificação
com a com a
organização 1 organização 2
comprensão das Pearson -,019 -0,03
emoções dos outros 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,841 ,782
N 108 108
compreensão das Pearson -,038 -,046
emoções dos outros 3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,696 ,634
N 108 108
compreensão das Pearson ,159 ,018
emoções dos outros 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,100 ,850
N 108 108

Correlations
identificação identificação
com a com a
organização 1 organização 2
compreensão das Pearson ,001 -,045
emoções próprias 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,990 ,647
N 108 108
compreensão das Pearson -,024 -,021
emoções próprias 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,803 ,832
N 108 108
compreensão das Pearson ,010 -,018
emoções próprias 3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,917 ,854
N 108 108

Correlations
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 69

auto-controlo auto-controlo auto-controlo


perante as perante as perante as
críticas 1 críticas 2 críticas 3
identificação com a Pearson -,118 -,038 ,017
organização 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,222 ,700 ,859
N 108 108 108
identificação com a Pearson -,173 -,032 -,013
organização 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,073 ,739 ,892
N 108 108 108

Correlations
auto- auto- auto-
encorajament encorajament encorajament
o2 o3 o1
identificação com a Pearson ,047 -,013 ,338**
organização 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,629 ,892 ,000
N 108 108 108
identificação com a Pearson ,279** -,039 ,109
organização 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,003 ,685 ,262
N 108 108 108
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).

Correlations
compreensão compreensão compreensão
das emoções das emoções das emoções
próprias 2 próprias 1 próprias 3
conscienciosidade 1 Pearson ,051 ,065 ,028
Correlation
Sig. (2-tailed) ,601 ,504 ,770
N 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 70

conscienciosidade 2 Pearson -,057 -,082 -,066


Correlation
Sig. (2-tailed) ,557 ,397 ,496
N 108 108 108
conscienciosidade 3 Pearson ,039 ,022 -,011
Correlation

Sig. (2-tailed) ,686 ,823 ,908


N 108 108 108
conscienciosidade 4 Pearson -,014 -,025 -,010
Correlation
Sig. (2-tailed) ,887 ,795 0,92
N 108 108 108

Correlations
compreensão compreensão comprensão
das emoções das emoções das emoções
dos outros 3 dos outros 1 dos outros 2
conscienciosidade 1 Pearson ,009 ,011 ,050
Correlation
Sig. (2-tailed) ,923 ,914 ,606
N 108 108 108
conscienciosidade 2 Pearson -,080 ,167 -,072
Correlation
Sig. (2-tailed) ,413 ,084 ,462
N 108 108 108
conscienciosidade 3 Pearson -,003 -,245* ,004
Correlation
Sig. (2-tailed) ,977 ,011 ,964
N 108 108 108
conscienciosidade 4 Pearson -,021 -,032 -,028
Correlation
Sig. (2-tailed) ,828 ,743 ,771
N 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 71

*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).

Correlations
empatia 2 empatia 1 empatia 3
conscienciosidade 1 Pearson ,102 ,327** ,028
Correlation
Sig. (2-tailed) ,294 ,001 ,773
N 108 108 108
conscienciosidade 2 Pearson -,030 ,163 -,052
Correlation
Sig. (2-tailed) ,758 ,093 ,595
N 108 108 108
conscienciosidade 3 Pearson ,028 -,001 ,011
Correlation
Sig. (2-tailed) ,771 ,989 ,914

N 108 108 108


conscienciosidade 4 Pearson -,025 -,057 -,027
Correlation
Sig. (2-tailed) ,795 ,560 ,778
N 108 108 108
**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).

Correlations
auto-controlo auto-controlo auto-controlo
emocional 2 emocional 3 emocional 1
conscienciosidade 1 Pearson ,055 -,007 ,052
Correlation
Sig. (2-tailed) ,572 ,945 ,592
N 108 108 108
conscienciosidade 2 Pearson -,097 -,113 -,105
Correlation
Sig. (2-tailed) ,320 ,244 ,279
N 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 72

conscienciosidade 3 Pearson ,015 -,025 -,006


Correlation
Sig. (2-tailed) ,876 ,794 ,951
N 108 108 108
conscienciosidade 4 Pearson -,009 -,039 -,021
Correlation
Sig. (2-tailed) ,923 ,691 ,826
N 108 108 108

Correlations

auto-controlo
perante as
críticas 4
harmonia intrapessoal Pearson ,091
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,346
N 108
harmonia intrapessoal Pearson ,070
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,471
N 108
harmonia intrapessoal Pearson ,077
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,430
N 108

harmonia intrapessoal Pearson ,006


4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,954
N 108
harmonia intrapessoal Pearson ,015
5 Correlation
Sig. (2-tailed) ,878
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 73

N 108

Correlations
auto-controlo
perante as
críticas 4
identificação com a Pearson -,027
organização 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,785
N 108
identificação com a Pearson -,011
organização 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,912
N 108

Correlations
auto-controlo
perante as
críticas 4
conscienciosidade 1 Pearson ,077
Correlation
Sig. (2-tailed) ,429
N 108
conscienciosidade 2 Pearson -,046
Correlation
Sig. (2-tailed) ,634
N 108
conscienciosidade 3 Pearson ,000
Correlation
Sig. (2-tailed) ,995
N 108
conscienciosidade 4 Pearson -,024
Correlation

Sig. (2-tailed) ,805


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 74

N 108

Correlations
auto-controlo auto-controlo
perante as perante as
críticas 2 críticas 3
conscienciosidade 1 Pearson ,016 ,079
Correlation
Sig. (2-tailed) ,871 0,42
N 108 108
conscienciosidade 2 Pearson -,040 -,041
Correlation
Sig. (2-tailed) ,681 ,677
N 108 108
conscienciosidade 3 Pearson ,049 ,058
Correlation
Sig. (2-tailed) ,614 ,550
N 108 108
conscienciosidade 4 Pearson -,016 -,026
Correlation
Sig. (2-tailed) ,872 ,785
N 108 108

Correlations
auto-controlo
perante as
críticas 1
conscienciosidade 1 Pearson -,174
Correlation
Sig. (2-tailed) ,072
N 108
conscienciosidade 2 Pearson -,043
Correlation
Sig. (2-tailed) ,657
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 75

N 108
conscienciosidade 3 Pearson ,125
Correlation
Sig. (2-tailed) ,198
N 108
conscienciosidade 4 Pearson ,009
Correlation

Sig. (2-tailed) ,923


N 108

Correlations
auto- auto- auto-
encorajament encorajament encorajament
o3 o2 o1
conscienciosidade 1 Pearson ,018 -,044 ,061
Correlation
Sig. (2-tailed) ,852 ,652 ,528
N 108 108 108
conscienciosidade 2 Pearson -,076 -,057 ,034
Correlation
Sig. (2-tailed) ,433 ,561 ,729
N 108 108 108
conscienciosidade 3 Pearson -,004 -,108 -,225*
Correlation
Sig. (2-tailed) ,968 ,267 ,019
N 108 108 108
conscienciosidade 4 Pearson -,024 ,107 ,148
Correlation
Sig. (2-tailed) ,803 ,271 ,126
N 108 108 108

*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).

Correlations
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 76

auto- auto- auto-


encorajament encorajament encorajament
o3 o2 o1
espírito de iniciativa Pearson -,086 ,251** ,292**
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,377 ,009 ,002
N 108 108 108
espírito de iniciativa Pearson -,087 ,113 -,067
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,372 ,245 ,491
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,044 ,016 ,114
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,649 ,866 ,238
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,090 ,338** ,172
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,356 ,000 ,075

N 108 108 108


**. Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).

Correlations
auto-controlo auto-controlo auto-controlo
perante as perante as perante as
críticas 2 críticas 3 críticas 4
espírito de iniciativa Pearson -,103 -,117 -,131
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,288 ,229 ,175
N 108 108 108
espírito de iniciativa Pearson -,050 -,105 -,097
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,608 ,279 ,317
N 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 77

espirito de iniciativa Pearson -,036 -,047 -,039


2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,708 ,629 ,687
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,095 -,119 -,101
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,330 ,221 ,297
N 108 108 108

auto-controlo auto-controlo auto-controlo


emocional 3 emocional 2 emocional 1
espírito de iniciativa Pearson -,107 -,124 -0,09
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,270 ,200 ,360
N 108 108 108
espírito de iniciativa Pearson -,070 -,100 -,121
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,469 ,301 ,212
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,061 -,058 -,051
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,528 ,554 ,599
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,107 -,141 -,139
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,270 ,145 ,152
N 108 108 108

Correlations
empatia 1 empatia 2 empatia 3
espírito de iniciativa Pearson -,066 -,112 -,136
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,497 ,250 ,161
N 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 78

espírito de iniciativa Pearson ,065 -,058 -,090


1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,502 ,548 ,354
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,069 -,015 -,023
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,478 ,879 ,815
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson ,043 -,105 -,132
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,657 ,280 ,173
N 108 108 108

Correlations
comprensão compreensão compreensão
das emoções das emoções das emoções
dos outros 2 dos outros 3 dos outros 1
espírito de iniciativa Pearson -,123 -,126 ,048
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,205 ,192 ,624
N 108 108 108
espírito de iniciativa Pearson -,099 -,109 -,124
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,306 ,260 ,201
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,051 -,050 ,051
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,601 ,604 ,598
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,111 -,107 ,077
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,254 ,272 ,425
N 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 79

Correlations
compreensão compreensão compreensão
das emoções das emoções das emoções
próprias 2 próprias 1 próprias 3
espírito de iniciativa Pearson -,122 -,080 -,084
4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,207 ,413 0,39
N 108 108 108
espírito de iniciativa Pearson -,082 -,067 -,061
1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,399 ,488 ,531
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,013 -,017 -,008
2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,896 ,864 ,935
N 108 108 108
espirito de iniciativa Pearson -,132 -,095 -,094
3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,173 ,329 ,334
N 108 108 108

Correlations

auto-controlo
perante as
críticas 1

espírito de iniciativa 4 Pearson Correlation ,090

Sig. (2-tailed) ,354

N 108

espirito de iniciativa 3 Pearson Correlation ,047

Sig. (2-tailed) ,630

N 108

espirito de iniciativa 2 Pearson Correlation ,050

Sig. (2-tailed) ,605


A influência da Inteligência Emocional nos CCO 80

N 108

espírito de iniciativa 1 Pearson Correlation -,076

Sig. (2-tailed) ,434

N 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 81

Anexo H

(Teste de Hipóteses com as medidas sócio-demográficas-Correlações)

Correlations
habilita
Idade género função antiguidade ções
auto- Pearson -,251 -,203 ,009 ,030 -,016
controlo Correlation
perante as
críticas 1
Sig. (2-tailed) ,009 ,035 ,928 ,759 ,873
N 107 108 108 108 108
espírito de Pearson ,187 ,081 -,033 -,158 -,101
iniciativa 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,053 ,405 ,737 ,102 ,297
N 107 108 108 108 108
espirito de Pearson ,131 ,129 -,153 -,099 -,128
iniciativa 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,178 ,183 ,115 ,310 ,186
N 107 108 108 108 108
espirito de Pearson ,233* ,163 -,314 -,309 -,146
iniciativa 3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,016 ,091 ,001 ,001 ,132
N 107 108 108 108 108
espírito de Pearson ,046 ,019 -,003 -,161 -,208*
iniciativa 4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,641 ,844 ,979 ,097 ,031
N 107 108 108 108 108
auto- Pearson -,027 -,267 ,008 -,143 -,262
encorajame Correlation
nto 1
Sig. (2-tailed) ,785 ,005 ,937 ,140 ,006
N 107 108 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 82

auto- Pearson -,160 -,010 ,032 ,364 ,494


controlo Correlation
emocional
1
Sig. (2-tailed) ,099 ,921 ,743 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
compreens Pearson ,139 ,030 -,041 -,060 -,048
ão das Correlation
emoções
dos outros
1
Sig. (2-tailed) ,155 ,760 ,673 ,537 ,620
N 107 108 108 108 108
empatia 1 Pearson -,039 ,093 ,066 -,144 -,033
Correlation
Sig. (2-tailed) ,691 ,338 ,494 ,137 ,732
N 107 108 108 108 108
compreens Pearson -,109 ,045 -,002 ,329 ,466
ão das Correlation
emoções
próprias 1
Sig. (2-tailed) ,265 ,643 ,986 ,001 ,000
N 107 108 108 108 108
auto- Pearson -,122 ,028 ,011 ,351 ,503
controlo Correlation
perante as
críticas 2
Sig. (2-tailed) ,212 ,770 ,909 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
auto- Pearson ,138 -,061 -,120 -,154 ,015
encorajame Correlation
nto 2
Sig. (2-tailed) ,155 ,533 ,218 ,111 ,881
N 107 108 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 83

auto- Pearson -,136 -,002 ,045 ,368 ,516


controlo Correlation
emocional
2
Sig. (2-tailed) ,162 ,987 ,645 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
comprensã Pearson -,091 ,031 ,021 ,343 ,503
o das Correlation
emoções
dos outros
2
Sig. (2-tailed) ,350 ,749 ,831 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
empatia 2 Pearson -,105 ,037 ,045 ,325 ,472
Correlation
Sig. (2-tailed) ,282 ,702 ,645 ,001 ,000
N 107 108 108 108 108
compreens Pearson -,129 ,053 -,012 ,308 ,462
ão das Correlation
emoções
próprias 2
Sig. (2-tailed) ,187 ,589 ,906 ,001 ,000
N 107 108 108 108 108
auto- Pearson -,161 ,074 ,021 ,342 ,487
controlo Correlation
perante as
críticas 3
Sig. (2-tailed) ,097 ,445 ,829 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
auto- Pearson -,143 ,028 ,027 ,338 ,481
encorajame Correlation
nto 3
Sig. (2-tailed) ,142 ,771 ,783 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 84

auto- Pearson -,151 ,019 ,045 ,342 ,517


controlo Correlation
emocional
3
Sig. (2-tailed) ,121 ,848 ,640 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
compreens Pearson -,140 ,062 ,006 ,359 ,485
ão das Correlation
emoções
dos outros
3
Sig. (2-tailed) ,152 ,522 ,954 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
empatia 3 Pearson -,118 ,056 ,024 ,359 ,476
Correlation
Sig. (2-tailed) ,225 ,564 ,804 ,000 ,000
N 107 108 108 108 108
compreens Pearson -,136 ,029 ,004 ,326 ,459
ão das Correlation
emoções
próprias 3
Sig. (2-tailed) ,162 ,769 ,968 ,001 ,000
N 107 108 108 108 108
harmonia Pearson ,192* ,170 ,125 ,163 ,184
intrapessoa Correlation
l1
Sig. (2-tailed) ,048 ,079 ,197 ,092 ,057
N 107 108 108 108 108
harmonia Pearson -,011 ,108 ,079 ,280 ,124
intrapessoa Correlation
l2
Sig. (2-tailed) ,908 ,264 ,417 ,003 ,202
N 107 108 108 108 108
harmonia Pearson ,090 ,063 ,008 ,124 ,109
intrapessoa Correlation
l3
Sig. (2-tailed) ,355 ,515 ,935 ,203 ,262
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 85

N 107 108 108 108 108


conscienci Pearson ,144 ,124 ,019 -,042 ,031
osidade 1 Correlation
Sig. (2-tailed) ,138 ,200 ,848 ,667 ,748
N 107 108 108 108 108
conscienci Pearson ,171 ,236* -,060 -,117 -,153
osidade 2 Correlation
Sig. (2-tailed) ,078 ,014 ,540 ,229 ,114
N 107 108 108 108 108
identificaç Pearson ,253 ,018 -,012 -,125 -,200*
ão com a Correlation
organizaçã
o1
Sig. (2-tailed) ,008 ,851 ,902 ,197 ,038
N 107 108 108 108 108
harmonia Pearson ,245* ,082 ,111 ,048 ,204*
intrapessoa Correlation
l4
Sig. (2-tailed) ,011 ,397 ,252 ,621 ,034
N 107 108 108 108 108
identificaç Pearson ,331 ,212* -,098 -,148 ,012
ão com a Correlation
organizaçã
o2
Sig. (2-tailed) ,000 ,028 ,313 ,128 ,898
N 107 108 108 108 108
conscienci Pearson -,006 ,172 ,033 ,148 ,151
osidade 3 Correlation
Sig. (2-tailed) ,948 ,074 ,731 ,126 ,119
N 107 108 108 108 108
conscienci Pearson ,041 -,244* -,059 -,045 -,055
osidade 4 Correlation
Sig. (2-tailed) ,673 ,011 ,545 ,643 ,569
N 107 108 108 108 108
A influência da Inteligência Emocional nos CCO 86

harmonia Pearson ,267 ,131 -,011 ,043 ,162


intrapessoa Correlation
l5
Sig. (2-tailed) ,005 ,176 ,911 ,657 ,093
N 107 108 108 108 108
*. Correlation is significant at the 0.05 level (2-tailed).

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