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Formação de Professores de

Matemática para o Século XXI:


o Grande Desafio
Beatriz S. D'Ambrosio*

Características alunos, ajudando-os a compreender,


explicar ou organizar sua realidade.
desejadas em um Vários fllósofos da Matemática vêm
desafiando a visão da Matemática que
professor de predomina no ensino dessa disciplina.
Matemática no A visão absolutista da Matemática em
que a disciplina se caracteriza pela ló-
século XXI gica formal e pelo predomínio da razão
absoluta, a noção da Matemática como
uma coleção de verdades a serem ab-
1. Visão do que vem a ser a sorvidas pelos alunos, uma disciplina
Matemática cumulativa, predeterminada e incon-
testável têm encontrado resistência de
modernas correntes filosóficas. Ernest
Tradiciop,almente a visão de Mate- (1991), seguindo a linha de Lakatos,
mática predominante no currículo es- ressalta a importância da interação so-
colar está refletida na percepção da cial na gênese do conhecimento mate-
sociedade do que vem a ser a Matemá- mático. Ele enfatiza o fato de que a
tica. De acordo com Thompson Matemática evolui através de um pro-
(1992:127), muitos indivíduos conside- cesso humano e criativo de geração de
ram a Matemática uma disciplina com idéias e subseqüente processo social de
resultados precisos e procedimentos negociação de significados, simboliza-
infalíveis, cujos elementos fundamen- ção, refutação e formalização. Ele pro-
tais são as operações aritméticas, pro- põe que, na sua gênese, o conhecimento
cedimentos algébricos e definições e matemático evolui da resolução de pro-
teoremas geométricos. Dessa forma o blemas provenientes da realidade ou
conteúdo ~ fixo e seu estado pronto e da própria construção matemática.
acabado. E uma disciplina fria, sem
espaço para a criatividade. .
O grande desafio da Educação Mate-
mática é determinar como traduzir
Há uma necessidade de os novos pro- essa visão da Matemática para o ensi-
fessores compreenderem a Matemáti- no. Nossa sociedade em geral, e nossos
ca como uma disciplina de investiga- alunos em particular, não vêem a Ma-
ção. Uma disciplina em que o avanço se temática como a disciplina dinâmica
dá como conseqüência do processo de que ela é, com espaço para a criativida-
investigação e resolução de problemas. de e muita emoção. Será dentro dessa
Além disso é importante que o profes-
sor entenda que a Matemática estuda-
da deve, de alguma forma, ser útil aos * University ofGeorgia, Estados Unidos.

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Formação de Professores de Matemática

visão de Matemática que a discussão o contexto histórico-social que resultou


que segue se enquadrará. nos atuais parâmetros de rigor.
Infelizmente, o processo de trans-
missão de conhecimento utilizado na
2. Visão do que constitui a experiência matemática da maioria
atividade matemática dos nossos alunos, incluindo o ensino
de Matemática de terceiro grau, não
A visão absolutista da Matemática deixa que o aluno analise a Matemáti-
ca comouma área de pesquisa e inves-
gera uma dinâmica de ensino em que tigação. Assim como no processo de
os alunos devem acumular conheci- construção da Matemática como disci-
mento. Esta é a força que vem dirigin- plina a essência do processo é a pesqui-
do nosso ensino de Matemática há vá- sa, na construção do conhecimento
rios séculos. Com base na construção para cada aluno, a essência do processo
social do conhecimento matemático tem que ser a pesquisa. Dificilmente o
descrito anteriormente, a atividade do aluno deMatemática testemunha a ação
matemático deve ser descrita comome- do verdadeiro matemático no processo
nos acúmulo de informação e mais de identificação e solução de proble-
ação. Dentro dessa visão, o objetivo do mas. O professor faz questão de prepa-
ensino da Matemática é que os alunos rar todos os problemas a serem apre-
tenham legítimas experiências mate- sentados com antecedência; conse-
máticas, ou seja, experiências seme- qüentemente, o legítimo ato de pensar
lhantes às dos matemáticos. Essas ex- matematicamente é escondido do alu-
periências devem se caracterizar pela no, e o único a conhecer a dinâmica
identificação de problemas, solução desse processo continua sendo o profes-
desses problemas e negociação entre o sor. O professor, com isso, guarda para
grupo de alunos sobre a legitimidade si a emoção da descoberta de uma so-
das soluções propostas. Esse processo lução fascinante, da descoberta de um
de negociação levará os t;Uunosa discu- caminho produtivo, das frustrações
tirem a natureza de demonstrações, inerentes ao problema considerado e
formalização e simbolização, e, com a de comoum matemático toma decisões
habilidade do professor, levará os alu- que facilitam a solução do problema
nos a compreender a arbitrariedade de proposto. O que o aluno testemunha é
processos históricos-sociais, como es- uma solução bonita, eficiente, sem obs-
ses simulados em sala de aula, na de- táculos e sem dúvidas, dando-lhe a im-
cisão do que venha a constituir conhe- pressão de que ele também deverá con-
cimento a ser institucionalizado e co- seguir resolver problemas matemáti-
nhecimento a ser desprezado e descar- cos com tal elegância. Mas o que não
tado. Borasi (1992), por exemplo, dis- lhe ocorre é que nenhum verdadeiro
cute a arbitrariedade das definições matemático sabe resolver um proble-
matemáticas e demonstra como levar ma antes mesmo de tentar resolvê-Io,
os alunos a compreender o processo conforme implicam as ações dos profes-
social de tomada de decisões da comu- sores de Matemática. Mais ainda, ao
nidade de matemáticos sobre o conhe- contrário do que vem parecer ao aluno
cimento a ser institucionalizado. Se- de Matemática, problemas interessan-
melhantemente, Arcavi (1991) traça a tes não se encontram nos livros, mas
evolução histórica da noção dé rigor em na própria atividade matemática de
demonstrações matemáticas e analisa explorar e investigar o seu mundo real

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ou o seu mundo lúdico (Carrasco, conforme proposta pelos construtivis-
1992). tas caracteriza-se por um ambiente em
que os alunos propõem, exploram e in-
vestigam problemas matemáticos. Es-
3. Visão do que constitui a ses problemas provêm tanto de situa-
aprendizagemda matemática ções reais (modelagem) como de situa-
ções lúdicas (jogos e curiosidades ma-
Correntes modernas de aprendiza- temáticas) e de investigações e refuta-
gemprocuram explicar como o indiví- ções dentro da própria Matemática.
duoconstrói o seu conhecimento mate- Para atingir um ambiente de pesqui-
mático. Essa linha baseia-se nas teo- sa matemática onde a curiosidade e o
rias de Piaget em que conflitos cogniti- desafio servem de motivação intrínse-
vos ou dissonâncias cognitivas são a ca aos alunos, é necessário modificar a
essência do processo de aprendizagem. dinâmica da sala de aula. Grupos de
Inúmeros pesquisadores vêm anali- trabalho tornam-se necessários e si-
sando o processo de construção do co- mulam a comunidade de pesquisa ma-
nhecimento matemático em crianças temática. O professor deixa de ser a
(ver,por exemplo, Steffe & Cobb, 1988; autoridade do saber e passa a ser um
Yackelet alü, 1990; Kamii & DeClark, membro integrante dos grupos de tra-
1985;Kamü & Joseph, 1989). A seme- balho. Muito do que surge das investi-
lhança do trabalho desses pesquisado- gações dos alunos será novidade para
res está no uso de situações-problemas oprofessor Acontribuiçãodoprofessor
~

para gerar a compreensão de como as para o trabalho será a visão do que vem
crianças interpretam a situação, qual a ser a atividade matemática, em par-
conhecimento elas usam na sua solu- ticular do que vem a ser a proposição e
çãoe quais os conflitos cognitivos cuja resolução dos problemas. Há vezes em
resoluçãoleva à aprendizagem. A dife- que o professor, identificando uma
rença no trabalho dos construtivistas área que necessita ser trabalhada, pro-
está na importância que os diferentes põe os problemas a serem investigados.
pesquisadores dão à interação social no Outras vezes, o professor propõe o con-
processode construção. Não é objetivo texto real, lúdico ou matemático a par-
deste trabalho discutir o processo de tir do qual os problemas serão gerados
construção do conhecimento matemá- e resolvidos.
tico,mas sim enf~tizar a importância O ambiente proposto é um ambiente
da compreensão deste processo por positivo que encoraja os alunos a pro- .
por soluções, explorar possibilidades,
professores de Matemática, já que esta
visãode aprendizagem vem substituir levantar hipóteses, justificar seu racio-
a noção do aluno como recipiente pas-cínio e validar suas próprias conclu-
sivode fatos e idéias. sões. Respostas "incorretas" consti-
tuem a riqueza do processo de aprendi-
zagem e devem ser exploradas e utili-
4. Visão do que constitui um zadas de maneira a gerar novo conhe-
ambiente propício à cimento, novas questões, novas inves-
tigações ou um refinamento das idéias
aprendizagem da Matemática existentes.
Um professor visando criar tal am-
o ambiente necessário para a cons- biente em sua sala de aula tem que
trução de uma visão de Matemática reconsiderar vários parâmetros quevêm

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Formação de Professores de Matemática

guiando seu trabalho até este momen- a visão descrita anteriormente há uma
to. Por exemplo, o conteúdo a ser dis- grande necessidade de modificarmos
cutido é um tanto imprevisível e de- nossos programas de formação de pro-
penderá da direção tomada pelos alu- fessores. Dificilmente um professor de
nos na solução dos problemas propos- Matemática formado em um programa
tos. O professor terá que ter uma flexi-
tradicional estará preparado para en-
bilidade ao determinar o conteúdo a frentar os desafios das modernas pro-
ser tratado. Dificilmente o conteúdo postas curriculares. As pesquisas so-
seguirá a ordem arbitrária em que ele bre a ação de professores mostram que
aparece nos livros-textos. Em vez de em geral oprofessor ensina da maneira
resolver muitos problemas, os alunos comolhe foi ensinado. Predomina, por-
investigarão a fundo poucos problemas tanto, um ensino em que o professor
e passarão bastante tempo analisando expõe o conteúdo, mostra como resol-
um único problema. A quantidade de ver alguns exemplos e pede que os alu-
material tratado não poderá ser medi-
da pelo número de problemas resolvi- nos resolvam inúmeros problemas se-
melhantes. Nessa visão de ensino o
dos pelos alunos. Outra noção a ser
considerada pelo professor são os limi-aluno recebe instrução passivamente e
tes das diversas áreas da Matemática imita os passos do professor na resolu-
e das diversas disciplinas. Um proble- ção de problemas ligeiramente diferen-
ma real poderá envolver conceitos de tes dos exemplos. Predomina o sucesso
Matemática e Ciências, Matemática e por memória e repetição. Raramente
Sociologia, Matemática e Geologia, esses alunos geram problemas, resol-
Matemática e Astronomia, de forma vem aqueles que exijam criatividade
que o aluno terá dificuldade em distin-ou que não sejam simplesmente a apli-
cação de passos predeterminados. Ra-
guir a disciplina à qual pertence o pro-
blema. ramente também vemos alunos desen-
O ambiente deve incentivar o uso de volvendo modelos matemáticos para
recursos comolivros, material manipu- interpretar situações reais. Ainda
lativo, calculadoras, computadores e mais difícil é encontrarmos professores
diversos recursos humanos. Esses re- dispostos a criar um ambiente de pes-
cursos devem ser utilizados conforme quisa em sala de aula, onde o trabalho
forem necessários para enriquecer a se baseia nas conjecturas dos alunos e
exploração e investigação do problema. subseqüente tentativa de verificá-Ias e
Também podem servir para dar origem demonstrá-Ias.
a problemas interessantes. Para trabalhar a Matemática de ma-
neira alternativa é necessário acredi-
tar que de fato o processo de aprendi-
Como alinhar a zagem da Matemática se baseia na
ação do aluno em resolução de proble-
formação de mas, em investigações e explorações
dinâmicas de situações que o intrigam.
professores à visão Como acreditar que a Matemática pos-
proposta sa ser aprendida desta forma se o pro-
fessor nunca teve semelhante expe-
riência em sala de aula enquanto alu-
Para que a instrução matemática no? Discutiremos a seguir os tipos de
nas atuais escolas seja compatível com experiências necessárias na formação

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do professor para que ele possa recon- analisando as decisões arbitrárias que
ceituar sua visão do que vem a ser a levam à legitimação de certas formas
Matemática e do que constitui a legíti- matemáticas e ao descarte de outras. A
ma atividade matemática. análise histórico-social e política da gê-
nese do conhecimento matemático é
um campo fértil para se explorar a
Experiências Matemática como uma criação huma-
na e, como tal, entender suas riquezas
matemáticas e suas fraquezas.

o futuro professor de Matemática


deve aprender novas idéias matemáti- Experiências com
cas de forma alternativa. O seu ap'ren- alunos
dizado de matérias comoCálculo, Alge-
bra, Probabilidade, Estatística e Geo-
metria, no ensino superior, dever visar Da mesma forma que os alunos cons-
à investigação, à resolução de proble- troem seu conhecimento matemático
mas, às aplicações, assim como uma através de suas experiências com a Ma-
análise histórica, sociológica e política temática, futuros professores cons-
do desenvolvimento da disciplina. Isso troem seu conhecimento sobre o ensino
exige uma nova percepção por parte da Matemática através de suas expe-
dos matemáticos de como se aprende riências com o ensino. Neste processo
Matemática, o que para muitos está de construção a identificação e a reso-
além de suas preocupações. Portanto, lução de problemas são essenciais. Po-
a mudança de cursos formais de Mate- rém, se o futuro professor não tiver
mática é tamanha utopia que exige da contato com alunos em idade escolar
comunidade de educadores matemáti-
dificilmente poderá identificar e resol-
cosa procura de alternativas criativas ver problemas sobre ensino e aprendi-
para que o futuro professor tenha legí- zagem. Daí a necessidade de incorpo-
timas experiências matemáticas simu- rarmos um componente de experiência
lando as atividades de uma comunida- com alunos desde o início dos progra-
de de pesquisa matemática. mas de formação de professores. A ex-
Uma sugestão é que o conteúdo do periência na PUC de São Paulo, com a
ensino superior seja revisitado em ou- formação do professor-pesquisador,
tras disciplinas. Disciplinas que te- demonstra muitas vantagens conse-
nham como objetivo a identificação e qüentes de se envolver futuros profes-
resolução de problemas e a reflexão sores na problematização de situações
pessoal de cada aluno sobre o seu pró- de ensino, seguido de uma resolução de
prio processo de aprendizagem. Tais problemas através da elaboração de
objetivos,principalmente a identifica- propostas de ação, implementação des-
çãode problemas e a reflexão sobre a sas propostas e análise do resultado
aprendizagem, não fazem parte dos dessa ação (D'Ambrosio & Campos,
cursos existentes em muitos progra- 1992). Os alunos envolvidos na expe-
mas de formação. riência desenvolveram uma atitude de
São essenciais, também, disciplinas reflexão sobre sua prática educacional,
quequestionam o conhecimento mate- característica essencial de um bom
mático como algo pronto e acabado, professor.

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Formação de Professores de Matemática

Compreender como pensam as entre o ato de aprender e o ato de


crianças, como analisar o pensamento pesquisar são marcantes. O cicloreali-
delas, como gerar seu entusiasmo e dade-indivíduo-ação-realidade propos-
curiosidade é essencial ao sucesso do to por D'Ambrosio (1988) como um mo-
futuro professor de Matemática. Essa delo do comportamento humano pode
compreensão provém da experiência ser utilizado para explicar tanto a
dos futuros professores com alunos. In- aprendizagem quanto a pesquisa. Em
felizmente nossos programas de for- ambos os casos o indivíduo - aprendiz
mação incorporam o trabalho com ou pesquisador - reflete sobre a reali-
crianças apenas no final do programa. dade, problematiza a realidade, plane-
Torna-se dificil ao futuro professor re- ja e implementa uma ação e reflete
lacionar o que está aprendendo teori- sobre a conseqüência de sua ação sobre
camente com a prática educacional. O a realidade, inevitavelmente modifica-
conteúdo passa a ser apenas acadêmi- da pela sua ação. Portanto, a ação de
co, tendo pouca relação com a prática. pesquisa pelo futuro professor deve re-
Professores formados são os primeiros sultar na sua aprendizagem sobre
a criticar sua formação comoexcessiva- como as crianças aprendem Matemáti-
mente teórica. Portanto, nossos pro- ca, sobre sua ação como professor e
gramas de formação devem incorporar sobre a própria Matemática enquanto
situações práticas desde o início dos disciplina.
programas. Cada curso pedagógico do Esses dois componentes da experiên-
programa deve visar a ligar a parte cia dos futuros professores: experiências
teórica com a prática e isso pode ser matemáticas e com alunos, devem ser
atingido com o uso de projetos de pes- cuidadosamente planejados para que
quisa em todo o processo educacional se complementem. Areflexão sobre sua
do futuro professor. Esses projetos de própria aprendizagem de Matemática
pesquisa viabilizam o estudo teórico e, deve ser traduzi da para a ,ação como
como a parte teórica está ligada à reso- professor de Matemática. E essencial
lução de problemas identificados pelos que o programa de formação de profes-
próprios alunos, sua aprendizagem se sores facilite esse processo, criando in-
torna muito mais significativa. divíduos críticos de sua própria ação e
Ao considerarmos a aprendizagem conscientes de suas futuras responsa-
como o processo de construção do co- bilidades na formação matemática de
nhecimento, os paralelos existentes nossas crianças.

Referências bibliográficas
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1991.
BORASI, R. Learning Mathematics through Inquiry. Portsmouth, Ueinemann Press,
1992.

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CARRASCO,L. H. M. Jogo versus Realidade: Implicações na Educação Matemática.
Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 1992.
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Educational Studies in Mathematics, 23: 213-30, 1992.
D'AMBROSIO,U. Da Realidade à Ação: Reflexões sobre Educação (e)Matemática. 2 ed.
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KAMII, C. & DECLARK, G. Young Children Reinvent Arithmetic: Implications of
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STEFFE, L. & COBB, P. Construction of Arithmetical Meanings and Strategies. New
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Learning Mathematics in the 1990s. Reston, National Council ofTeachers ofMath-
ematics, 1990.

Atuais propostas para o The presente propo-


Resumo ensino da Matemática Ab stract saIs for the teaching
exigem uma nova visão do que vem a ser o of Mathematics demand a new vision
ensino dessa disciplina. A formação do pro- about the teachingofthis discipline. Math-
fessor de Matemática com essa nova visão ematics teacher training with this new vi-
é o objetivo a ser atingido pelos modernos sion is the goal to be achieved by the mo-
programas de formação de professores. dern programs ofteacher traning. In order
Para entender as novas direções necessá- to understand the new trends required for
rias para a formação de um profissional the training of this professional, it is im-
comuma postura diferente da tradicional, portant to characterize the desired posture
é importante caracterizar a postura dese- he should acquire. In this paper we will
jada. Neste trabalho descrevemos a nova describe this new posture of the math-
postura do professor de Matemática e as ematics teacher and also the needed re-
reformas necessárias dos programas de forms in the programs of teacher training
formação de professores para atingir mu- for achieving innovations in educational
danças na prática educacional. practice.

Palavras-chaves: Ensino de Matemáti- Descriptors: Mathematics teaching, tea-


ca, formação de professores, programas de cher training, programs of teacher train-
formação de professores. ing.

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