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O Lobo e o Cordeiro

Um lobo, ao encontrar um filhote de ovelha desgarrado do seu rebanho, decidiu que, naquele caso, não iria
demonstrar um comportamento violento ao tratar com ele. Ao invés disso, apresentaria alguns argumentos
para justificar o motivo, pelo qual, aquele cordeiro, por direito, por ele deveria ser devorado.
"Ahh... seu tratante, lembro que no ano passado, de modo grosseiro e arrogante, você me insultou...", disse
com voz dissimulada, quando dele se aproximou.
"Isso não é possível", respondeu o cordeiro com voz embargada, "no ano passado, eu sequer havia
nascido..."
Então replicou o Lobo: "Você se alimentou do meu pasto..."
"Não, meu senhor", replicou o cordeiro, "nessa época, eu sequer havia provado grama..."
Outra vez disse o Lobo: "Você bebeu água do meu poço..."
"Não," exclamou o cordeiro, "eu ainda não bebia água, uma vez que o leite de minha mãe servia de alimento
e água para mim..."
Nesse momento o Lobo pulou sobre ele, e atacando-o, disse:
"Bem, o fato é que eu não vou ficar sem alimento apenas porque você refuta cada motivo justo que eu
apresento..."
Moral da História 1:
O tirano sempre vai encontrar um argumento capaz de justificar sua barbárie.
Moral da História 2:
Os velhacos sempre terão uma desculpa capaz de justificar seus atos infames...
Disponível Fábulas de Esopo Ilustradas - O Lobo e o Cordeiro - Site de Dicas

O Lobo e o Cordeiro

Um lobo, ao encontrar um filhote de ovelha desgarrado do seu rebanho, decidiu que, naquele caso, não iria
demonstrar um comportamento violento ao tratar com ele. Ao invés disso, apresentaria alguns argumentos
para justificar o motivo, pelo qual, aquele cordeiro, por direito, por ele deveria ser devorado.
"Ahh... seu tratante, lembro que no ano passado, de modo grosseiro e arrogante, você me insultou...", disse
com voz dissimulada, quando dele se aproximou.
"Isso não é possível", respondeu o cordeiro com voz embargada, "no ano passado, eu sequer havia
nascido..."
Então replicou o Lobo: "Você se alimentou do meu pasto..."
"Não, meu senhor", replicou o cordeiro, "nessa época, eu sequer havia provado grama..."
Outra vez disse o Lobo: "Você bebeu água do meu poço..."
"Não," exclamou o cordeiro, "eu ainda não bebia água, uma vez que o leite de minha mãe servia de alimento
e água para mim..."
Nesse momento o Lobo pulou sobre ele, e atacando-o, disse:
"Bem, o fato é que eu não vou ficar sem alimento apenas porque você refuta cada motivo justo que eu
apresento..."
Moral da História 1:
O tirano sempre vai encontrar um argumento capaz de justificar sua barbárie.
Moral da História 2:
Os velhacos sempre terão uma desculpa capaz de justificar seus atos infames...
Disponível Fábulas de Esopo Ilustradas - O Lobo e o Cordeiro - Site de Dicas
O testamento do cachorro – Leandro Gomes de Barros

Eu vi narrar um fato Missa de corpo presente,


Que fiquei admirado Ladainha e seu rancho
Um sertanejo me disse Melhor do que certa gente.
Que nesse século passado
Viu enterrar um cachorro Mandaram dar parte ao bispo
Com honras de um potentado. Que o vigário tinha feito
O enterro do cachorro,
Um inglês tinha um cachorro Que não era de direito
De uma grande estimação. O bispo aí falou muito
Morreu o dito cachorro Mostrou-se mal satisfeito.
E o inglês disse então:
Mim enterra esse cachorro Mandou chamar o vigário
Inda que gaste um milhão. Pronto o vigário chegou
As ordens sua excelência...
Foi ao vigário e lhe disse: O bispo lhe perguntou:
Morreu cachorra de mim Então que cachorro foi,
E urubu no Brasil Que seu vigário enterrou?
Não poderá dar-lhe fim...
- Cachorro deixou dinheiro? Foi um cachorro importante
Perguntou o vigário assim. Animal de inteligência
Ele antes de morrer
- Mim quer enterrar cachorro! Deixou à vossa excelência
Disse o vigário: Oh! Inglês! Dois contos de réis em ouro...
Você pensa que isto aqui Se errei, tenha paciência.
É o país de vocês?
Disse o inglês: Oh! Cachorro! Não foi erro, sr. Vigário,
Gasta tudo esta vez. Você é um bom pastor
Desculpe eu incomodá-lo
Ele antes de morrer A culpa é do portador,
Um testamento aprontou Um cachorro como este
Só quatro contos de réis Já vê que é merecedor.
Para o vigário deixou.
Antes do inglês findar O meu informante disse-me
O vigário suspirou. Que o caso tinha se dado
E eu julguei que isso fosse
- Coitado! Disse o vigário, Um cachorro desgraçado.
De que morreu esse pobre? Ele lembrou-se de mim
Que animal inteligente! Não o faço desprezado.
Que sentimento tão nobre!
Antes de partir do mundo O vigário aí abriu
Fez-me presente do cobre. Os dois contículos de réis.
O bispo disse: é melhor
Leve-o para o cemitério, Do que diversos fiéis.
Que vou o encomendar E disse: Provera Deus
Isto é, traga o dinheiro Que assim lá morresse uns dez.
Antes dele se enterrar,
Estes sufrágios fiados E se não fosse o dinheiro
É factível não salvar. A questão ficava feia,
Desenterrava o cachorro
E lá chegou o cachorro O vigário ia a cadeia.
O dinheiro foi na frente, Mas como gimbre correu
Teve momento o enterro, Ficou qual letras na areia.
AULA 1 E 2

INTRODUÇÃO AO CORDEL
Cordel chegou ao Brasil com os portugueses e é uma forma de literatura muito popular no Norte e Nordeste do Brasil.

A literatura de cordel foi popularizada no Brasil por volta do século 18 e também ficou conhecida
como poesia popular, porque contava histórias com os folclores regionais de maneira simples,
possibilitando que a população mais simples entendesse. Seus autores ficaram conhecidos como poetas de
bancada ou de gabinete. Aqui no Brasil, a literatura de cordel popularizou-se por meio dos repentistas (ou
violeiros), que se assemelham muito aos trovadores medievais por contarem uma história musicada e
rimada nas ruas das cidades, popularizando os poemas que depois viriam a ser os cordéis.
Em sua origem, os cordéis eram pequenas impressões de poemas rimados que eram apresentadas
penduradas em cordas – ou cordéis, como é chamado em Portugal – chegaram ao Nordeste brasileiro
junto com os colonizadores portugueses, dando origem à literatura de cordel como conhecemos hoje,
famosa em Pernambuco, Ceará, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte.
Principais características
● O texto é escrito com métrica fixa e rimas que fazem a musicalidade dos versos;

● É de grande importância para o folclore, já que os cordéis tratam dos costumes locais, fortalecendo as
identidades regionais;
● A literatura de cordel é muito conhecida por suas xilogravuras (gravuras em madeira), que ilustram as
páginas dos poemas.

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