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RESUMO
Fonte: Autores
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Na busca de estudos, políticas, metodologias e instrumentos de alinhamento
estratégico, aparecem alguns exemplos como o apresentado por Henderson e Venkatraman
(1993), onde os recursos tecnológicos da organização e todos os processos de comunicação
devem estar alinhados com o planejamento estratégico empresarial, pressupondo um eixo
externo de adequação entre estratégia e ambiente - estrategic fit, e um eixo interno de ajuste
das operações a estratégia, chamado alinhamento funcional. (VILLAS et al 2006)
(BRODBECK e HOPPEN, 2003) (REZENDE e ABREU, 2002).
Outro modelo de alinhamento, talvez o mais e completo difundido atualmente, é o
de Kaplan e Norton (2000, 2004, 2006). Sua proposta aloca os processos internos da
organização em diferentes grupos temáticos que se tornam estratégicos numa relação direta
entre a essencialidade desses processos e a estratégia competitiva de valor adotada pela
organização. As competências da organização são ajustadas em termos da entrega de valor
objetivada pela organização em sua estratégia competitiva. Dessa forma, almeja-se a melhora
significativa da condição de monitoração dos resultados das atividades em perspectivas mais
abrangentes do negócio, porém com o foco na proposição de valor adotada.
O modelo de alinhamento estratégico de Kaplan e Norton (2004, 2006) orienta-se
pela aplicação de dois instrumentos complementares de gestão: o Balanced Scorecard (BSC) e
o Mapa Estratégico (ME). Considerados as principais ferramentas geradoras de integração
organizacional. No BSC é possível a medição do desempenho organizacional em quatro
diferentes perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e
crescimento. Valores tangíveis como retorno sobre o capital investido e eficácia em
processos, interagem com os intangíveis como motivação e comprometimento e são
mensurados ponderando-se suas participações na composição da proposta de valor ao cliente,
que está claramente expressa na estratégia competitiva escolhida. Mas, como construir o
alinhamento entre as capacidades ou competências e as estratégias? Esta resposta pode ser
mais bem compreendida no estudo de outro instrumento, o Mapa Estratégico(ME), que
articula a relação causa-efeito entre capacidades e estratégia da organização.
Embora o BSC seja eficaz para o controle estratégico em diferentes perspectivas,
são os MEs os responsáveis pela interligação de processos, metas e propostas de valor. Para
Kaplan e Norton (2000) os MEs contribuem para o sinergismo proposto no alinhamento
estratégico, funcionando como representação visual da estratégia organizacional em seus
desdobramentos dentro das perspectivas do BSC. Envolve o desenho de processos e valores
empregados e seu relacionamento intrínseco com os objetivos estratégicos. Ou seja, o ME
representa a arquitetura hipotética da estratégia desejada pela organização desdobrada nas
propostas de valor ao cliente (perspectiva do cliente), índices de crescimento e lucratividade
(perspectiva financeira), focalização das capacidades organizacionais (perspectiva interna) e
motivação e o preparo da equipe (perspectiva do aprendizado). Como visualizado na figura 1.
Figura 1 - Mapas Estratégicos
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Fonte Kaplan e Norton (2004)
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Fonte: adaptado Kaplan e Norton (2004, 2006)
Fonte: Autores
De forma objetiva, o modelo de alinhamento proposto pode ser descrito pela relação
entre estratégia competitita adotada, processos internos chaves e competências de marketing
adequadas à escolha estratégica da organização. A figura 5 traz uma visão geral detalhada
dessa concepção que se pauta em toda a discussão teórica realizada com os termos utilizados
devidamente explicados:
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• Planejamento Estratégico de Marketing
Estratégica • Gerenciamento e Distribuição da
Informação de Mercado
• Preço • Abastecimento Operacional • Implementação de Marketing
• Qualidade • Produção • Gestão de Cadeia de Suprimentos
Excelência
Operacional • Disponibilida- • Distribuição • Gestão de Produção
de • Riscos • Gestão de Preços
• Variedade Financeiros Funcional • Serviços aos Clientes
• Gestão de Canal de Vendas e
Distribuição
• Orçamentação e Controles de Marketing
• Planejamento Estratégico de Marketing
• Seleção de Estratégica • Gerenciamento e Distribuição da
Clientes Informação de Mercado
• Serviços • Conquista de Operacional • Implementação de Marketing
Intimidade • Parcerias/ novos clientes • Serviços a clientes
com o Cliente Relacionamen • Retenção de • Gestão da Carteira de Clientes e
-to clientes Segmentação
• Crescimento Funcional
• Gestão de Vendas
nos clientes • CRM / Fidelização
• Monitoramento valor/ Satisfação
• Identificação • Planejamento Estratégico de Marketing
de Estratégica • Gerenciamento e Distribuição da
Oportunidades Informação de Mercado
• Funcionalida- • Portfolio de Operacional • Implementação de Marketing
Liderança em
de P&D • Gestão de Desenvolvimento e
Produtos
• Inovação • Projeto/ Lançamentos de Produtos e Serviços
• Desenvolvi- Funcional • Gestão de Marcas
mento • Gestão da Inovação
• Lançamento • Comunicação Mercadológica
Fonte: autores
Como próximo passo, este modelo deve ser colocado em teste. Ou seja, depois de
realizar, por exemplo, a partir do método delphi, um debate entre especialistas, poder-se-á
construir um instrumento fechado para testar se empresas possuem ou buscam coerência entre
suas propostas de valor e as competências existentes para tal. Assim, o modelo poderá ser
validado e aperfeiçoado e novas correlações entre os construtos poderão ser identificadas.
Espera-se, dessa forma, que esta construção, em nível exploratório, seja uma contribuição
efetiva, embora em estado inicial, para o aprimoramento do gerenciamento estratégico
coerente das competências de marketing nas organizações. Importa ressaltar a originalidade
da proposta, pois não foram encontrados estudos similares nas leitura realizadas.
REFERÊNCIAS