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Diálogos, Português, 7.

º ano

Teste de avaliação

Nome ________________________ N.º __ Turma __ Data __________


Avaliação ____________________ Professor(a) __________________

GRUPO II – Leitura e Educação Literária

Texto A

Lê o texto.

Alterações climáticas: vamos ouvir os jovens do mundo

Dezenas de milhares de jovens foram nesta sexta-feira às ruas com uma clara
mensagem para os líderes mundiais: atuem agora para salvar o nosso planeta e o
nosso futuro da emergência climática. Estes estudantes aprenderam algo que
muitas pessoas mais velhas parecem não entender: estamos a correr em
5 contrarrelógio1 pelas nossas vidas e estamos a perder. A janela de oportunidade
está a fechar-se e não nos podemos dar ao luxo de perder mais tempo. Atrasar a
ação climática é quase tão perigoso quanto negar a existência de alterações no
clima.

A minha geração não conseguiu responder adequadamente ao dramático


desafio das alterações climáticas e tal é profundamente sentido pelos jovens. Não
admira que estejam zangados.

Apesar de se falar do problema há muitos anos, as emissões globais estão a


1
bater níveis recordes e não mostram sinais de terem atingido o seu pico. A
0
concentração de dióxido de carbono na atmosfera é a mais alta em três milhões de
anos. Os últimos quatro anos foram os mais quentes alguma vez registados e as
temperaturas no inverno no Ártico avançaram 3°C desde 1990. O nível do mar está
a subir, os recifes de corais estão a morrer e começamos a ver o impacto das
alterações climáticas na saúde, através da poluição do ar, das ondas de calor e dos
riscos para a segurança alimentar.

Felizmente, temos o Acordo de Paris, um instrumento político visionário, viável


e voltado para o futuro que define exatamente o que deve ser feito para travar as
1 perturbações do clima e reverter os seus impactos. No entanto, o acordo em si é
5
inútil caso não haja uma ação ambiciosa.

1
Diálogos, Português, 7.º ano

Por isso, vou reunir os líderes mundiais numa Conferência sobre Ação
Climática no final deste ano. Convocarei todos a virem a Nova Iorque, em setembro,
com planos concretos e realistas para aumentarem as suas contribuições nacionais
até 2020, em linha com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa
em 45% na próxima década e eliminá-las em 2050. [...]

Termino com uma mensagem para as raparigas e os rapazes que se


manifestaram nesta semana. Eu sei que os jovens podem e mudam o mundo.

Hoje, muitos de vocês estão ansiosos e com medo do futuro, e eu entendo as


vossas preocupações e raiva. No entanto, sei também que a humanidade é capaz
de enormes conquistas. As vossas vozes dão-me esperança.

António Guterres, Secretário-geral da ONU, www.dn.pt, 16-03-2019

[consult. em 27-03-2019, com supressões]

1. contrarrelógio: corrida contra o tempo.

1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto.

Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1.1. Nos dois primeiros parágrafos, António Guterres

(A) faz referência à greve dos estudantes portugueses.

(B) revela compreender as preocupações dos jovens com as alterações


climáticas.

(C) manifesta-se contra a greve em que participaram milhares de jovens.

1.2. No terceiro parágrafo, António Guterres enumera

(A) apenas algumas causas das alterações climáticas.

(B) somente consequências das alterações climáticas.

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Diálogos, Português, 7.º ano

(C) causas e consequências das alterações climáticas.

1.3. O autor considera que o Acordo de Paris

(A) não tem sido respeitado pelos governos.

(B) só será eficaz se os governos agirem de forma concreta e realista.

(C) é um instrumento político inútil.

1.4. Na linha 30, a expressão “No entanto” introduz uma ideia de

(A) oposição.

(B) alternativa.

(C) explicação.

2. Assinala a única opção falsa.

(A) No primeiro parágrafo, estabelece-se uma oposição entre o comportamento


dos jovens e o comportamento dos adultos.

(B) No segundo parágrafo, o adjetivo “zangados” refere-se aos líderes mundiais.

(C) No último parágrafo, Guterres dirige-se diretamente aos jovens.

Texto B

Lê o texto.

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Diálogos, Português, 7.º ano

Fala do homem nascido

Minha barca aparelhada1


[…]
solta o pano rumo ao norte;

meu desejo é passaporte


Venho da terra assombrada,
2 para a fronteira fechada.
do ventre da minha mãe; 0
Não há ventos que não prestem
não pretendo roubar nada
nem marés que não convenham,
nem fazer mal a ninguém.
5 nem forças que me molestem2,
Só quero o que me é devido
correntes que me detenham.
por me trazerem aqui,

que eu nem sequer fui ouvido


Quero eu e a Natureza,
no ato de que nasci.
2
5 que a Natureza sou eu,

e as forças da Natureza
Trago boca para comer
1
0 e olhos para desejar.

Com licença, quero passar,

tenho pressa de viver.

Com licença! Com licença!

Que a vida é água a correr.

Venho do fundo do tempo;

não tenho tempo a perder.

António Gedeão, Poesia Completa, Ed. João Sá da Costa, 1996 (pág. 42, com supressões)

1. aparelhada: pronta, preparada. 2. molestem: incomodem.

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Diálogos, Português, 7.º ano

3. Seleciona, na lista abaixo, o par de adjetivos que consideras mais adequado para
caracterizar o sujeito poético. Justifica a tua opção com base em elementos
textuais extraídos da primeira estrofe.

Revoltado e inseguro Reivindicativo e consciente Paciente e tímido

4. Transcreve da segunda, terceira ou quarta estrofes um excerto que comprove que


o sujeito poético:

(A) pretende viver a vida intensamente; tenho pressa de viver.

(B) tem consciência de que a vida passa depressa; Que a vida é água a correr.

(C) não se vai deixar vencer pelos obstáculos; Não há ventos que não prestem

(D) vive em comunhão com a Natureza. que a Natureza sou eu,

e as forças da Natureza

5. Por que razão o sujeito poético repetirá várias vezes “Com licença! Com licença!”?

6. Para os itens 6.1. a 6.3., seleciona a opção que completa corretamente cada uma
das afirmações, justificando a tua opção.

6.1. Na primeira estrofe a rima é

(A) emparelhada. (B) interpolada. (C) cruzada.

6.2. O tipo de verso empregado ao longo do poema é

(A) a redondilha menor. (B) a redondilha maior. (C) o hexassílabo.

6.3. A última estrofe é uma

(A) quintilha (B) sextilha. (C) sétima.

GRUPO III – Gramática

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Diálogos, Português, 7.º ano

1. Completa as frases conjugando os verbos no tempo, modo, pessoa e número


adequados.

a. Ontem houve (haver) muitos alunos que se manifestaram contra as


alterações climáticas.

b. Futuramente, oxalá os governos ajam (agir) em defesa do ambiente.

c. Será que os nossos antepassados previram (prever) o que se passa no


mundo atualmente?

d. Se todos colobarassem (colaborar), o mundo estaria mais protegido.

2. Indica a classe e a subclasse das palavras e expressões sublinhadas, associando


os elementos das duas colunas.

Escreve a letra da frase e o número da classe a que a palavra destacada


corresponde.

Coluna A Coluna B

1. Conjunção coordenativa copulativa

(A) A terra está em perigo, mas 2. Conjunção coordenativa


continuamos a poluí-la.2 adversativa

(B) Sempre que poluímos a Terra, 3. Conjunção coordenativa conclusiva


prejudicamos o nosso futuro. 5
4. Locução conjuncional subordinativa
(C) De acordo com a ONU, a Terra causal
tem de ser protegida. 7
5. Locução conjuncional subordinativa
(D) A Terra está em risco, logo temporal
temos de ter cuidado com ela.3
6. Conjunção subordinativa final
(E) A Terra, que tanto amamos, tem
de ser protegida. 7. Locução prepositiva

8. Pronome relativo

3. Cria duas frases complexas, acrescentando à frase seguinte a oração indicada


em cada alínea.

Greta Thunberg discursou e sensibilizou os ouvintes.

a. Oração coordenada copulativa.


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Diálogos, Português, 7.º ano

b. Oração subordinada final.

Greta Thunberg discursou a fim de alertar para as alterações climáticas.

4. Para os itens 4.1. e 4.2., seleciona a opção que completa corretamente cada uma
das afirmações.

Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

4.1. Na frase “Greta Thunberg disse que temos de proteger o planeta.”, a oração
sublinhada classifica-se como

(A) subordinada adjetiva relativa restritiva.

(B) subordinada adverbial condicional.

(C) subordinada substantiva completiva.

4.2. Na frase “A Terra, o Planeta Azul, tem de ser protegida.”, a expressão


sublinhada desempenha a função sintática de

(A) modificador do nome.

(B) complemento direto.

(C) predicativo do sujeito.

GRUPO IV – Escrita

Com base na informação a seguir apresentada, escreve uma pequena biografia


de Greta Thunberg. O teu texto deve ter um mínimo de 160 e um máximo de 260
palavras.

Data de nascimento 3 de janeiro de 2003

Nacionalidade Sueca

Mãe: Malena Ernman (cantora de ópera)


Filiação
Pai: Svante Thunberg (ator)
Interesses Ativista contra as alterações climáticas
2018: fez greve às aulas e instalou-se à porta do Parlamento
Atitudes
sueco, protestando contra as alterações climáticas

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Diálogos, Português, 7.º ano

2018-2019: discursou em parlamentos de todo o mundo e na


ONU, alertando para a necessidade de ações imediatas
- 2018: recebeu o Prémio Svenska Dagbladet (escrita de artigo
sobre o clima, destinado aos jovens)
- 2018: foi indicada para o Prémio do Clima para Crianças (da
Prémios
empresa de eletricidade Telge Energi) – prémio que recusou,
por ter de viajar de avião
- 2019: foi indicada para o Prémio Nobel da Paz

[Notícia da jornalista Sara Oliveira, publicada em 15 de março de 2019, no site


educare.pt]

“Não há planeta B”. Greve às aulas, alunos nas ruas


SOLUÇÕES

GRUPO I

1.1. (B); 1.2. (B); 1.3. (C).

2. (A), (B), (D).

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Diálogos, Português, 7.º ano

GRUPO II

Texto A

1.1. (B); 1.2. (C); 1.3. (B); 1.4. (A).

2. (B).

Texto B

3. Resposta possível
O sujeito poético revela um espírito reivindicativo e consciente. De facto, ele mostra
ter consciência dos direitos que tem pelo facto de ter nascido, não abdicando deles e
exigindo-os (“Só quero o que me é devido / por me trazerem aqui”, versos 5-6).

4. (A) “Com licença, quero passar, / tenho pressa de viver.” (versos 11-12)

(B) “Que a vida é água a correr” (verso 14); (C) “Não há ventos que não prestem /
nem marés que não convenham, / nem forças que me molestem, / correntes que me
detenham.” (versos 21-24); (D) “Quero eu e a Natureza, / que a Natureza sou eu”
(versos 25-26).

5. Resposta possível

O sujeito poético repete várias vezes “Com licença! Com licença!” para demonstrar a
sua ânsia em viver a vida rapidamente, não perdendo nada dela.

6.1. (C) A rima é cruzada, pois os versos rimam alternadamente, segundo o


esquema ABAB

5. São diversas as formas verbais que descrevem os movimentos dos homens-rãs, nomeadamente
«descem», «Mergulham», «vão», «vêm», «serpenteiam», «roçam-se e «montam».
6. A expressão «pulmões a tiracolo» refere-se às garrafas de oxigénio utilizadas pelos mergulhadores
que descem às profundezas do mar.
6.1 O recurso expressivo presente em 6. é uma metáfora.
7. Os homens-rãs são aventureiros e corajosos.
8. Campo lexical de mar: «mergulham»;« águas»; «peixes»; «sereias»; «espuma»; «Tritões».
9. Neste poema, a visão pode ser considerado o sentido privilegiado, uma vez que o sujeito observa e
descreve os movimentos dos homens-rãs, assim como a beleza de um quadro marítimo.
10.1 b).
10.2 c).
10.3 a).

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Diálogos, Português, 7.º ano

11. Pode considerar-se que este poema é um elogio ao homem moderno, uma vez que o sujeito se
afirma como Homem do seu tempo, capaz de desvendar o desconhecido, enfrentando os medos,
e conquistando o mar e o céu.

Grupo II
Página 32
1.
a) observes
b) chova
c) víssemos
2.
1) – c
2) – b
3) – a
4) – d
3. Cinco palavras da família de mar: maresia, marítimo, maré, marinheiro e marear.
4.
a) «Eu sou o homem e conquisto o mar».
b) «Eu».
c) Predicativo do sujeito.
d) Complemento direto.

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Diálogos, Português, 7.º ano

GRUPO II

Lê o texto.

A senhora do tempo
Aos 12 anos, Patrícia Simões Gomes tirava o som da televisão ao boletim
meteorológico para o apresentar. Hoje é meteorologista no IPMA (Instituto
Português do Mar e da Atmosfera) e às vezes aparece na televisão. Gosta de todas
as estações do ano entre final de setembro e meio de junho. Está visto que não
gosta muito do verão.

Quando descobriu que queria ser meteorologista?


A partir dos 12, 13 anos, já tinha a meteorologia na cabeça. Lembro-me de ter ficado
fascinada numa aula de Geografia do 8.º ano, em que a matéria era o clima. Nesse dia,
5 quando vi o boletim meteorológico na televisão, pensei que era capaz de fazer aquilo.
Comecei a tirar o som e apresentava o boletim a partir da carta meteorológica que
aparecia no ecrã.
O que estuda quem quer trabalhar em meteorologia?
A maior parte das pessoas acham que estudamos Geografia e ficam admiradas quando
não sabemos onde fica uma terra. Nós estudamos Física e Matemática. O meu curso
chama-se Ciências Geofísicas, com variante de Meteorologia e Oceanografia. A
meteorologia não é apenas a previsão do tempo, é o estudo da atmosfera.
O que faz no IPMA?
Sou previsora de meteorologia geral para Portugal continental e Madeira.
Quantas vezes já se enganou?
1 A previsão do tempo é baseada em modelos numéricos. Se há alguma falha, o engano
0 provém do modelo que me dá as ferramentas de trabalho.
Onde está esse modelo? Escondido num computador?
É verdade. Trabalhamos com o modelo do Centro Europeu, o melhor à escala global.
Qual é o mais belo fenómeno meteorológico?
Gosto imenso de trovoada, ao contrário dos meus gatos. Sou pessoa para desligar as
luzes da sala e ficar a ver os relâmpagos no escuro.
Tirando os agricultores, alguém quer que chova?
A chuva é necessária. Quando chega o verão, queremos cerejas, melões, pêssegos
bem doces. Se não chover, não vamos tê-los. Tudo faz falta. O sol faz falta, a chuva faz
falta, até o frio faz falta.
1
Ligam para o IPMA a perguntar como vai estar o tempo?
5
Somos um serviço público e ligam-nos pessoas que têm uma festa de crianças ao ar
livre, que se vão casar ou até para saberem se podem estender a roupa. Mas todos os
estados do tempo são bons. A seguir à chuva temos o arco-íris, que é a refração dos
raios de sol nas partículas de água. É grátis e deixa toda a agente com um sorriso.
1114)
in Voa, n.º 11, verão de 2017 (pág.
Diálogos, Português, 7.º ano

1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo
com o sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida.

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Diálogos, Português, 7.º ano

1.1. A entrevista tem como título “A senhora do tempo” porque a entrevistada

a. controla as condições atmosféricas.

b. constrói todas as cartas meteorológicas do IPMA.

c. apresenta o boletim meteorológico desde a infância.

d. é meteorologista.

1.2. O facto de Patrícia Gomes, quando era criança, tirar o som à televisão
durante a transmissão do boletim meteorológico revela

a. o seu desinteresse por programas televisivos.

b. o seu gosto pelo silêncio.

c. o seu exibicionismo.

d. o seu interesse por questões meteorológicas.

1.3. Para ser previsora de meteorologia, Patrícia Gomes não precisou de estudar

a. Matemática e Física.

b. Ciências Geofísicas.

c. Ciências da Comunicação.

d. Meteorologia e Oceanografia.

1.4. Em Portugal, a previsão do estado do tempo é feita com base

a. num modelo numérico.

b. na observação do céu.

c. na análise da temperatura e da humidade do ar.

d. no estudo da refração dos raios de sol.

2. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o


sentido do texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção
escolhida.

a. “em que” (linha 8) refere-se a “numa aula de Geografia do 8.º ano” (linha 8).

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Diálogos, Português, 7.º ano

b. “que” (linha 10) refere-se a “carta meteorológica” (linha 10).

c. “que” (linha 21) refere-se a “o engano” (linha 20).

d. “que” (linha 34) refere-se a “o arco-íris” (linha 34).

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Diálogos, Português, 7.º ano

GRUPO III

Lê o texto.

Tarde quente

Na tarde quente,

à beira do tanque, estava

um bom silêncio dormente.

Havia, às vezes, deslizes


5
de insetos na água quieta

e reflexos felizes

de um voo de borboleta…

Leve zumbir de abelhas

que vinham beber, pousando

sobre folhas velhas

flutuando…

Dentre as margens, no silêncio mole,

caíam,

nas águas em sono brando,

caíam

e ficavam tremulando

discos breves de Sol.

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Diálogos, Português, 7.º ano

Francisco Bugalho, 101 Poetas, org. de Inês Pupo, Ed. Caminho, 2007 (pág. 146)

1. Refere três características da “tarde” descrita pelo sujeito poético, justificando a


tua resposta com expressões do texto.

2. Transcreve do poema uma expressão que transmita:

a. uma sensação visual;

b. uma sensação auditiva;

c. uma sensação táctil.

3. Completa as frases:

a. O verso “um bom silêncio dormente” (verso 3) significa…

b. A palavra “caíam” (versos 13 e 15) refere-se a…

4. Classifica as estrofes que constituem o poema quanto ao número de versos.

5. Faz o esquema rimático da terceira estrofe e identifica o tipo de rima nela


presente.

GRUPO IV

1. Relê o poema “Tarde quente”.

1.1. Completa a frase, indicando o número de sílabas métricas e gramaticais que


constituem o verso 8 (“Leve zumbir de abelhas”).

 O verso é constituído por ____ sílabas métricas e por ____ sílabas


gramaticais.

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Diálogos, Português, 7.º ano

1.2. Associa a cada palavra (coluna A) a respetiva classificação (coluna B).

Coluna A Coluna B

1. Adjetivo numeral
a. “quente” (verso 1) 2. Adjetivo qualificativo
3. Advérbio de lugar
b. “estava” (verso 2) 4. Conjunção coordenativa copulativa
c. “voo” (verso 7) 5. Conjunção coordenativa disjuntiva
6. Determinante artigo definido
d. “pousando” (verso 9) 7. Nome comum
8. Preposição
e. “sobre” (verso 10) 9. Verbo auxiliar
10. Verbo copulativo
f. “e” (verso 16)
11. Verbo transitivo
12. Verbo intransitivo
___________________________________________________________________
__

1.3. Escolhe a alínea que completa corretamente a seguinte afirmação:

A expressão “um bom silêncio dormente” (verso 3) desempenha a função sintática


de

a.  complemento oblíquo.

b.  modificador.

c.  complemento direto.

d.  sujeito.

2. Completa as frases com o superlativo absoluto sintético dos adjetivos indicados


entre parênteses.

a. Vamos dar um passeio, pois o tempo hoje está __________ (bom).

b. Ficámos _____________ (feliz) quando soubemos que o Artur vinha connosco.

c. Ultimamente, tem sido ___________ (difícil) encontrarmo-nos com o Artur.

d. Trouxe uvas para o lanche. Comam à vontade, pois estão ___________


(doce).
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Diálogos, Português, 7.º ano

3. Reescreve a frase seguinte, acrescentando-lhe uma oração subordinada adjetiva


relativa:

 As crianças lancharam à beira do tanque

GRUPO V

Redige uma síntese da entrevista “A senhora do tempo”, utilizando entre 100 e


130 palavras.

SOLUÇÕES

GRUPO I - quente (“Na tarde quente”, v. 1);


- silenciosa (“um bom silêncio
dormente”, v. 3; “silêncio mole”, v.
1.1. c.; 1.2. c.; 1.3. b. 12);
- tranquila / quase sem movimento,
2. a., c., d. devido ao calor (“silêncio
dormente”, v. 3; “água quieta”, v.
5; “sono brando”, v. 14);

GRUPO II
2. Por exemplo:

a. “reflexos felizes / de um voo de


1.1. d.; 1.2. d.; 1.3. c.; 1.4. a.
borboleta…” (vv. 6-7); “e ficavam
tremulando / discos breves de Sol”
2. c.
(vv. 16-17).

b. “silêncio dormente” (v. 3); “Leve


zumbir de abelhas” (v. 8).
GRUPO III
c. “tarde quente” (v. 1).

1. O sujeito poético descreve uma Nota: O aluno deve apresentar apenas uma
tarde: expressão para cada sensação.

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Diálogos, Português, 7.º ano

3. a. Por exemplo: …que o silêncio 1.2. a. 2. Adjetivo qualificativo; b. 10.


era agradável e convidava ao sono. Verbo copulativo; c. 7. Nome comum;
d. 11. Verbo transitivo; e. 8.
b. “discos breves de Sol” (v. 17). Preposição; f. 4. Conjunção
coordenativa copulativa.

4. A primeira estrofe do poema é um


terceto; a segunda e terceira são 1.3. d.
quadras; a última é uma sextilha.

2. a. ótimo; b. felicíssimos/
5. O esquema rimático da terceira felicíssimas; c. dificílimo; d.
estrofe é ABAB. A rima é cruzada. dulcíssimas (ou docíssimas).

3. Por exemplo:
GRUPO IV - As crianças que viviam ali perto
lancharam à beira do tanque.
- O Artur e os colegas lancharam à
1.1. O verso é constituído por seis beira do tanque, que estava cheio
sílabas métricas e por oito sílabas de folhas velhas.
gramaticais.

19
Teste de avaliação global 3

Nome _______________________________________ N.º_____ Turma_____ Data_________________

Avaliação ___________________________________________ Professor(a) ______________________

Grupo I

PARTE A

Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

Velha chácara1
A casa era por aqui…
Onde? Procuro-a e não acho.
Ouço uma voz que esqueci:
É a voz deste mesmo riacho.

5 Ah quanto tempo passou!


(Foram mais de cinquenta anos)
Tantos que a morte levou!
(E a vida… nos desenganos…)

A usura2 fez tábua rasa3


10 Da velha chácara triste:
Não existe mais a casa…

– Mas o menino ainda existe.


1944

Manuel Bandeira, Melhores Poemas, sel. de Francisco


Assis Barbosa, 12.a ed., São Paulo, Global Ed., 1998

1. chácara: termo brasileiro que designa uma quinta ou uma pequena propriedade rural com casa de habitação.
2. usura: desgaste; mesquinhez ou avareza.
3. fazer tábua rasa: não fazer caso.

Teste de avaliação global 3

Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

1. Relê a primeira estrofe e assinala as palavras que mostram que o sujeito poético se refere a
um espaço onde se encontra no momento em que “fala”.

2. Desse espaço, que elemento reconhece o sujeito poético?

3. O sujeito poético é um adulto ou uma criança? Justifica a tua resposta.

4. Interpreta o último verso do poema.


4.1. Propõe uma explicação para o facto de este verso aparecer isolado, antecedido de um
travessão.

5. Indica, em cada item, a opção correta:


5.1. O poema é constituído por:
a. três estrofes ➞ três quadras.
b. quatro estrofes ➞ duas quadras, um terceto e um monóstico.

5.2. Todos os versos do poema apresentam:


a. sete sílabas métricas.
b. oito sílabas métricas.
c. nove sílabas métricas.
d. dez sílabas métricas.
5.3. Ao longo do poema, há rima:
a. cruzada.
b. emparelhada.
c. interpolada.
Teste de avaliação global 3

Lê o texto seguinte. Em caso de necessidade, consulta o vocabulário apresentado.

PARTE B

Crianças forçadas em guerras de adultos


Em mais de vinte países as crianças participam diretamente em guerras. É-lhes negada a
infância a que têm direito e são presenteadas com o horror e a morte. Estima-se que entre 200
e 300 mil crianças tenham servido como soldados em conflitos atualmente em curso, quer
fazendo parte de grupos rebeldes quer de forças governamentais. Estas crianças participam em
5 todos os aspetos que fazem parte das guerras contemporâneas. Disparam armas na frente de
combate, servem de detetores humanos de minas, participam em missões suicidas, carregam
mantimentos e atuam como espiões, mensageiros ou vigias.

Psicologicamente vulneráveis1 e facil- de desmobilização de crianças-soldados, em


mente intimidáveis2, as crianças tornam-se países como a Serra Leoa e o Afeganistão. A
0 soldados obedientes. Muitas são sequestra- ideia é dar novas oportunidades a estas
das ou recrutadas à força, e geralmente crianças, nomeadamente através da
intimadas a cumprir ordens sob ameaça de 35 escolarização. A falta de fundos ou quebra
morte. Outras juntam-se a grupos armados nos apoios internacionais compromete
por desespero. À medida que o conflito vai muitas vezes estes programas.
5 destruindo a sociedade, deixando as crianças […]
sem escola, obrigando-as a sair das suas Nas várias abordagens internacionais
casas ou a separar-se das famílias, muitas relativas ao problema, entende-se por
percebem que o ingresso3 nos grupos
40 criança-soldado qualquer pessoa que tenha
armados é a sua única hipótese de menos de 18 anos e faça parte de qualquer
0 sobrevivência. Outras ainda, ao ingressar em tipo de força armada organizada ou não
grupos militares, procuram apenas escapar à organizada. A definição nunca se refere
pobreza ou vingar membros da família que apenas a crianças que usem ou tenham
45
tenham sido mortos por fações opostas. usado armas. Vai mais longe. Aplica-se a
O Observatório dos Direitos Humanos crianças que possam ter desempenhado no
5 (Human Rights Watch) tem denunciado vários grupo armado funções tão diversas como
países pela utilização de crianças-soldados: transportar equipamentos, cozinhar ou servir
Angola, Birmânia, Burundi, Colômbia, de mensageiros. E a raparigas que tenham
República Democrática do Congo, Líbano,
50 sido recrutadas para fins sexuais ou para
Libéria, Serra Leoa, Sri Lanka, Sudão, “casamentos” forçados.
Uganda. A UNICEF4 tem realizado programas
0 Andreia Lobo, in A Página da Educação, abril 2007
(texto com supressões)

1. vulneráveis: frágeis.
2. intimidáveis: que podem ser assustadas.
3. ingresso: entrada.
4. UNICEF: palavra formada a partir das iniciais de United Nations International Children’s Emergency Fund,
Fundo das Nações Unidas para a Infância.

Teste de avaliação global 3

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

6. Seleciona em cada item (6.1. a 6.4.) a opção que permite obter a afirmação adequada ao
sentido do texto. Escreve o número do item e a letra correspondente a cada opção que
escolheres.

6.1. A frase “Estima-se que entre 200 e 300 mil crianças tenham servido como soldados em
conflitos atualmente em curso […]” (ll. 2-3) significa que se calcula que
a. aproximadamente 300 mil crianças tenham participado em conflitos atualmente em
curso.
b. entre 200 e 300 mil crianças tenham servido como soldados em conflitos, ao longo
dos tempos.
c. entre 200 e 300 mil crianças tenham participado em guerras que decorrem nos dias
de hoje.
d. 200 ou 300 mil crianças tenham participado em conflitos atualmente em curso.

6.2. No segundo parágrafo (ll. 8-23), afirma-se que algumas crianças tomam a iniciativa de
entrar em grupos armados pelas seguintes razões:
a. porque estão sozinhas, para fugir à pobreza ou para vingarem a morte de familiares.
b. porque são obedientes, porque são pobres ou para vingarem a morte de familiares.
c. porque são vulneráveis e facilmente intimidáveis ou porque ficaram separadas da
família.
d. porque foram sequestradas ou recrutadas à força, para sobreviverem ou para
escaparem à pobreza.

6.3. A palavra nomeadamente (l. 34) pode ser substituída por


a. exclusivamente.
b. por exemplo.
c. aliás.
d. quer dizer.

6.4. Internacionalmente, a designação criança-soldado (l. 40) significa


a. um rapaz com menos de dezoito anos que faz parte de um grupo armado e que luta
com armas ou desempenha outras funções.
b. qualquer jovem com 18 anos que participa numa força armada, quer lutando com
armas, quer desempenhando outras funções.
c. um menor de 18 anos que participa num grupo armado, mesmo que não use ou tenha
usado armas.
d. qualquer pessoa que tenha menos de 18 anos e que luta numa força armada.
Teste de avaliação global 3

Grupo II

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientações que te são dadas.

1. Classifica as palavras sublinhadas de acordo com o seu processo de formação.


 Infelizmente, há muitas crianças-soldados.
 Algumas participam em guerras para escapar à pobreza.
 Esta situação devia envergonhar os governantes.

2. Forma nomes dos seguintes verbos, sem adicionares afixos:


apoiar  transportar  escapar
2.1. Como se designa este processo de formação de palavras que consiste em formar
nomes derivados de verbos, sem junção de afixos?

3. Indica a função sintática de cada um dos elementos sublinhados nas frases seguintes.
a. Muitas crianças participam em guerras.
b. Muitas destas crianças perderam as famílias.
c. As crianças-soldados necessitam da intervenção da UNICEF.
d. No mundo, há muitas desigualdades.

4. Reescreve na passiva a frase seguinte:


A UNICEF dá novas oportunidades às crianças-soldados.

5. Indica a alínea que apresenta o grau superlativo absoluto sintético do adjetivo sublinhado na
frase seguinte:
Todas as crianças do mundo deviam ter boas condições de vida.
a. muito boas.
b. ótimas.
c. as melhores.
d. mínimas.

6. A frase “Em vários países, há crianças que participam em guerras.” inclui a seguinte oração:
“…que participam em guerras.”
Classifica-a.
Teste de avaliação global 3

7. Reescreve as frases seguintes, fazendo a concordância entre o verbo indicado e o sujeito.


Usa qualquer tempo e qualquer modo adequados ao contexto.
a. Tanto a UNICEF como o Observatório dos Direitos Humanos (tentar) auxiliar as crianças-
soldados.
b. Desmobilizar e escolarizar estas crianças (ser) o objetivo da UNICEF.
c. Eu e todas as pessoas (dever) denunciar estes casos de violência.
d. A guerra, a fome, a escravatura, tudo (merecer) condenação.

Grupo III

A violência está presente no nosso dia a dia. Já assististe certamente a situações violentas
dentro e fora da escola.
Redige um texto adequado a um jornal escolar, com um mínimo de 180 e um máximo de
240 palavras, em que expresses a tua opinião acerca da responsabilidade de cada um no
combate a atitudes violentas, apelando a uma alteração de comportamentos.

Teste 3

Grupo I

1. “A casa era por aqui…”; “É a voz deste mesmo riacho.”.

2. O sujeito poético apenas reconhece “a voz” do riacho que permanece no mesmo sítio.

3. É um adulto que visita o lugar onde viveu quando era criança e de onde saiu há mais de
cinquenta anos: “Ah quanto tempo passou! / (Foram mais de cinquenta anos)”, vv. 5-6.

4. Resposta possível: O sujeito poético observa que, embora tenha desaparecido a casa onde
viveu na infância, o menino que a habitou – ele próprio – permanece vivo. O sujeito poético
guarda as recordações da infância, continua a sentir-se uma criança.
4.1. O último verso surge isolado para estabelecer uma oposição entre o que desapareceu (a
casa) e o que restou (o menino). O travessão reforça essa separação.

5.1. b.; 5.2. a.; 5.3. a.

6.1. c.; 6.2. a.; 6.3. b.; 6.4. c.

Grupo II

1. Infelizmente  palavra derivada por prefixação e sufixação; crianças-soldados  palavra


composta; pobreza  palavra derivada por sufixação; envergonhar  palavra derivada por
parassíntese.

2. apoio; transporte; escape.

2.1. Derivação não afixal.

3. a. complemento oblíquo. b. complemento direto. c. complemento oblíquo. d. modificador.

4. Novas oportunidades são dadas pela UNICEF às crianças-soldados.

5. b.

6. Oração subordinada adjetiva relativa.

7. a. tentam; b. é; c. devemos; d. merece.

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