metálicos que prendem a borracha e a mantêm em posição, sob

Isolamento do campo operatório

tensão. (A)
-O porta-dique de Ostby,feito de plástico, tem a forma de arco fechado
Todos os materiais restauradores requerem campo operatório isolado,
e projeções pontiagudas que prendem a borracha por todos os lados.
seco e perfeitamente limpo para serem inseridos ou condensados nas
(B)
cavidades.
-Plástico fabricado pela “Jon”, o de Woodbury e o de Wizzard, que
O isolamento pode ser absoluto (lençol de borracha) ou relativo
empregam tiras elásticas que passam por trás da cabeça do paciente
(métodos auxiliares de natureza química e drogas sialopressoras –
e, por meio de garras, prendem a borracha de um lado a outro da face
diminui o fluxo salivar podendo ser de uso sistêmico ou uso tópico
(C)
GRAMPOS
Isolamento absoluto (Dique de borracha)
-Estabiliza a borracha, utilizado em conjunto com o arco
-único meio de se obter um campo totalmente livre da umidade -Indicado para coroas clínicas curtas, como a de pacientes jovens e para
-Vantagens: retração gengival
+Retração e proteção dos tecidos moles para promover o acesso à -Numeração:
área a ser operada +200 – 205: para molares
+Melhor visibilidade do campo operatório +206 – 209: para pré-molares
+Condições adequadas para inserção e condensação dos materiais +210 – 211: para dentes anteriores
restauradores +W8A e o 14A, de Schultz: com pequenas adaptações podem ser
+Proteção do paciente contra a aspiração ou deglutição de utilizados em quase todos os dentes posteriores. W8A também usado
instrumentos, restos de material restaurador ou qualquer outro tipo de para molares com coroas curtas pequenas
elemento estranho. +nº 212, de Ferrier: indicado para retração gengiva em dentes
+Controle da umidade anteriores e pré-molares
+Rapidez de trabalho +O grampo sem asas nº 26 : molares, em especial os inferiores com
pouca retenção, e para as técnicas de colocação que empregam
Materiais: grampos sem projeções laterais
+Pinça porta grampos +Especiais para dentes posteriores: 26, W8A, 14, 14ª
+Perfurador de dique de PINÇA PORTA-GRAMPO
borracha -Função: apreensão do grampo, acomodando ao colo dentário
+grampos -Mais utilizado: Palmer e Bewer
+Lençol de borracha e arco de -Alguns modelos, com um intermediário
Young longo e curvo próximo às garra, não se
soltam facilmente do grampo, como é
LENÇOL DE BORRACHA necessário, principalmente quando o dente
-É feito de látex natural e encontrado no comércio em cores (preto, posterior que vai receber o respectivo grampo
verde, azul, rosa e cor natural do latex) e espessuras variadas (0,15 a tem uma inclinação para mesial..
0,35 mm)
OBS: Cores escuras contrastam com o dente e reflete menos luz Preparação do lençol de borracha
+Fino – 0,15 mm
-O sucesso no isolamento dos dentes e da área a ser operada depende
+Médio – 0,20 mm (usa mais)
muito da maneira pela qual são feitos os orifícios na borracha
+Grosso – 0,25 mm
-Em Clínica Restauradora é sempre vantajoso incluir o maior número
+Extra grosso – 0,30 mm (clareamento devido a sensibilidade dos
de dentes possível no campo a isolar. Como regra geral, o dique deve
tecidos moles)
incluir no mínimo dois dentes a distal daquele que vai ser tratado (desde
+Grosso especial – 0,35 mm
que o caso permita) e o remanescente para mesial,
-Aproximadamente 15x15 em dentes anteriores e 16x16 em dentes
até o canino pertencente ao hemiarco do lado
posteriores
oposto. No caso de dentes anteriores, deve-se isolar
PERFURADOR DE LENÇOL DE BORRACHA
sempre uma extensão que vai de pré-molar de um
-A borracha deve ser perfurada na região correspondente aos dentes
hemiarco ao pré-molar do lado oposto
que serão isolados
POSIÇÃO DO ORIFÍCIO NO LENÇOL
-Se o perfurador não cortar adequadamente, uma pequena moeda de
-A distância entre os orifícios deve ser igual à distância entre os eixos
borracha ficará presa ao lençol e sua remoção poderá rasgar a
longitudinais dos dentes e seguir a mesma disposição destes no arco
borracha, causando perda de vedamento e penetração
dental
de saliva ao redor do colo do dente.
Perfuração dos orifícios
-O perfurador mais difundido, fabricado e comercializado
segundo a altura da gengiva
é o modelo de Ainsworth.
interdental para pacientes
-Diâmetros variados nos orifícios da perfuração
sem recessão gengival (A),
+Maiores: molares
para pacientes com recessão
+Intermediários: pré-molares e caninos
gengival (B), perfuração dos
+Menores: incisivos
orifícios segundo a
OBS: Tem dois orifícios maiores, o 1º, o grandão é para grampo com
disposição dos dentes no arco (C) e de acordo com a posição da
asa e o 2º para grampo sem asa
cavidade no dente (D).
PORTA-DIQUE DE BORRACHA
As condições seguintes determinarão o espaço e a relação entre os
-Função: Prender o lençol de borracha e
orifícios a serem perfurados na borracha:
mantê-lo sob tensão
-Tamanho dos dentes: quanto maiores, mais espaçados os orifícios
-Mais usado é o de Young que tem forma
de U, com pequenas projeções ou pinos

Joana Moutinho
 -Contorno dos dentes: dentes ovoides e cônicos requerem mais espaço
entre os orifícios que os tipos quadrangulares, com menor espaço
interdental
-Altura da gengiva interdental: quanto mais baixa a papila interdental,
menor a distância entre os orifícios
-Espaços entre os dentes ou ausência de dentes: nesses casos, o
espaço na borracha é igual à distância entre os eixos longitudinais dos
dentes adjacentes. Isso é o suficiente para que a borracha cubra a área
desdentada ou o espaço anormal, possibilitando invaginação apropriada
na área gengival
-Má posição dos dentes no arco: os orifícios devem ser perfurados
exatamente na mesma relação de posição de cada dente
-Posição da cavidade no dente: aplica-se principalmente para as
cavidades de classe V, subgengivais vestibulares. Em caso de
restauração de área gengival, em que se emprega o grampo cervical
para retração, o orifício que corresponde ao dente envolvido deve ser
deslocado aproximadamente 2,0 mm para vestibular. Isso tornará
possível uma quantidade de borracha suficiente para invaginação e
retração gengival apropriadas
MÉTODOS DE PERFURAÇÃO DA BORRACHA
-Divisão em quadrantes
-Mordida em cera 7 ou 9
-Marcação na boca ou modelo de estudo
-Carimbo
Preparo dos dentes para receber o dique de borracha
-Toda a área dos pontos de contato deve ser testada com fio dental,
a fim de se verificar a sua regularidade. Se o fio ficar dilacerado,
certamente a borracha interproximal romper-se-á durante a colocação
-As cristas marginais e as áreas de contato devem ser regularizadas
com tiras de lixa para o polimento de granulação fina, após prévia
separação mecânica
OBS: Caso o dente a ser preparado para restauração tenha um contato
cortante, pela presença de cárie, a forma de contorno da caixa proximal
deve ser sempre determinada antes da colocação do dique.
-Extensão gengival do preparo, para se eliminar o contato com a
superfície do dente adjacente, o que dificultaria a passagem da borracha
para o espaço interdentário
-Llimpeza e polimento coronário e tecidos moles lubrificação dos lábios
-Seleção do grampo
Técnicas de colocação do dique de borracha
• Coloca-se o grampo, depois a borracha e finalmente o mantenedor
do dique Somente com grampos sem asa (como os no 26, 28 ou
W8A)
•Técnica de Ingraham: coloca-se o grampo sem asas com a borracha
e a seguir o porta-dique. Usado em dentística para isolamento de um
hemiarco
•Coloca-se o conjunto borracha-arco, e a seguir o grampo. Muito usado
em endodontia
•Coloca-se o conjunto grampo-arco-borracha a um só tempo. Grampo
com asa. Mais utilizada em Dentística, geralmente para isolamento das
regiões anterior e posterior, pela facilidade operacional e por não
necessitar de grampos especiais
SEQUÊNCIA DE COLOCAÇÃO DO DIQUE
EX: Usando a 4º técnica no arco inferior direito
-Experimentam-se os grampos da série 200 a 205 no 2º molar inferior
direito e seleciona-se aquele que melhor se adapte
-Os contatos dos dentes englobados no isolamento, de 2o molar inferior
direito a canino inferior esquerdo, são testados com fio dental
-Estando a borracha presa ao porta-dique e corretamente posicionada
na boca, são feitas as marcações correspondentes aos dentes a serem
isolados com caneta esferográfica
-Com o perfurador de Ainsworth, perfura-se a borracha nos pontos
marcados, de acordo com o diâmetro de cada dente
Joana Moutinho
-Prende-se o grampo escolhido, por suas asas laterais, na perfuração
mais distal da borracha que, neste caso, corresponde ao 2º molar inferior
direito
-Aplica-se lubrificante específico ou creme de barbear na porção interna
da borracha na região das perfurações
-Com as pontas ativas do porta-grampo acopladas aos orifícios do
grampo, distende-se este, juntamente com a borracha, levando o
conjunto em posição. Essa colocação é feita com bastante cuidado,
deslizando primeiramente a garra lingual no esmalte, até encontrar uma
posição estável, para depois estabilizar a garra vestibular
-Remove-se o porta-grampo e, com um instrumento rombo, por
exemplo, a espátula no 1 para inserção, o brunidor no 33 de Bennett
ou a pinça clínica, passa-se a borracha por baixo das asas
-Em seguida, passa-se a
borracha pelo dente
localizado no extremo
oposto daquele que tem o
grampo, no caso o canino
inferior esquerdo e
subsequentemente nos
demais dentes a serem
isolados
-Caso não se tenha êxito
com os procedimentos
mencionados, deve-se usar
o fio dental como meio
auxiliar
-Deve-se lavar toda a área
isolada do lençol de borracha, a fim de eliminar o
creme de barbear ou qualquer outro lubrificante
hidrossolúvel, caso contrário a borracha não se
estabiliza e fica difícil sua invaginação
-Por último, deve ser feita a invaginação da borracha nas áreas gengivais
do dente, com auxílio de instrumento adequado e jatos de ar,
introduzindo a borracha no sulco gengival
-Confecção de amarrias: Quando a invaginação da borracha no sulco
gengival for difícil, por se tratar de coroa clínica curta ou muito expulsiva.
Elas são elaboradas passando-se o fio dental pelos espaços interdentais
de cada dente e dando-se um nó cirúrgico por vestibular, sem apertar
muito. Em seguida, com um instrumento rombo, por exemplo, a
espátula no 1 para inserção de material, leva-se o fio abaixo da borda
gengival, ao mesmo tempo que se mantêm as pontas firmes por
vestibular, e aperta-se o nó. Depois, dá-se mais um nó simples para
manter a ligadura em posição
Resumindo.. . Cuidados:
-Secagem dos dentes
-Estabilização dos grampos
-Passagem dos dentes nos respectivos orifícios
-Invaginação do lençol
-Confecção de amarrias
-Uso de sugador de saliva
O grampo bipartido 212 (Ferrier) retrai a gengiva bem para baixo, pode
ser usado em 2 lesões de classe 5 ao mesmo tempo
REMOÇÃO DO DIQUE
-Estiramento da borracha do lado vestibular e o seccionamento das
porções interdentais, com a tesoura
-O grampo é removido, a seguir o porta-dique e a borracha.
-Passar o fio dental por todos os contatos, a fim de se eliminar qualquer
pedaço de borracha remanescente.
-Uma massagem deve ser feita na gengiva, com a ponta dos dedos,
para reativar a circulação, principalmente na área que recebeu o
grampo.
 LIMITAÇÕES DO DIQUE DE BORRACHA
-Dentes permanentes jovens
-Pacientes asmáticos
-Respiradores bucais
-Pacientes com problemas respiratórios

Casos especiais
O campo operatório a ser isolado deve englobar o maior número
possível de dentes, mas há casos especiais nos quais um único dente
pode ser isolado, como acontece nos procedimentos endodônticos ou
em restaurações de classe I. Outra exceção à regra para um isolamento
mais extenso é o caso de restaurações de classe II em molares de
pacientes jovens, em que às vezes é preferível isolar apenas os molares
e pré-molares, pois os dentes anteriores pouco irrompidos não
prendem adequadamente a borracha.

Simulação de uma prótese parcial fixa (PPF) de

três elementos. B. Colocação do dique de
borracha com a perfuração correspondente ao
pôntico. C. Posicionamento da borracha na
região de união do pôntico aos dentes pilares.
Passagem da agulha com o fio dental de
vestibular para lingual entre a borracha e o
dente pilar (D), e de lingual para vestibular, sem
perfuração da borracha, utilizando-se para isso
o orifício correspondente ao pôntico (E). Visão
da passagem do fio dental (F), para em seguida
realizar o nó cirúrgico e o nó simples na região
vestibular (G). H. Visão vestibular. I. Visão oclusal.
J. Visão lingual do isolamento da prótese parcial
fixa.

Isolamento relativo
-Evita, diminui ou absorve
-Dispositivos: parótidas, sublingual e submandibular
-Materiais e instrumentos: roletes de algodão, guardanapo ou gase etc.
-Alojar os roletes de algodão no fundo de vestíbulo na arcada superior,
são mantidos pela pressão da mandíbula, das bochechas e do lábio.
-No arco inferior com ajuda de dispositivos como: autômato de Eggler
e dispositivo simlar ao da Ivory e plástico rolo-plast

Isolamento químico
-Indicação: pacientes com salivação excessiva
-Drogas sialopressoras:
+Uso sistêmico
Sulfato de metantelina
Tintura de Belladona
Brometo de propantelina
+Uso tópico
Derivados de Belladona
Atropina
-Efeitos colaterais: taquicardia, inibição da secreção gástrica, retenção
urinária, dilatação e dificuldade de acomodação da pupila, diminuição da
secreção sudorípara e aumento da pressão intreaocular
-Atroveran, Dramamine e Pós-Banthine
-Não deve ser utilizado em diabéticos, cardíacos, problemas renais,
gravidez, lactação, hipertensão e glaucoma

Joana Moutinho