Você está na página 1de 7

Da pequena e notável a Brazilian Bombshell

Carmen Miranda, como era conhecida, e Maria do Carmo Miranda da Cunha, seu
nome de nascimento, nasceu em Marco de Canaveses, no dia 9 de fevereiro de 1909 em
Portugal, e mudando para o Brasil no seu primeiro ano de vida, por isso é uma cidadã
luso-brasileira.

Ela foi uma cantora, dançarina e atriz luso-brasileira, que ultrapassou as barreiras da
América Latina e se tornou símbolo internacional do Brasil com suas performances,
músicas e personalidade alegre, além de claro, sua marca registrada, o chapéu de frutas na
cabeça. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de
1930 e 1950 até sua morte com apenas 46 anos em 1955, em Beverly Hills, LA - CA.

Trabalhou na rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Largou os estudos


antes de concluir e começou a trabalhar para ajudar a família, como balconista em uma
boutique onde aprendeu a fazer chapéus. Depois gravou seu primeiro álbum com o
compositor Josué de Barros em 1929. A gravação de Ta-hí (Pra Você Gostar De Mim),
escrita por Joubert de Carvalho, a levou ao estrelato no Brasil como a principal intérprete do
samba na década de 1930. Na época, ela se tornou a primeira artista a assinar um contrato
de trabalho com uma emissora de rádio no país.

Carmen Miranda participou de cinco musicais carnavalescos lançados nesse


período como Alô, Alô, Brasil (1935) e Alô, Alô, Carnaval (1936). Em 1939, ela apareceu pela
primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente, no filme
Banana da Terra, dirigido por Ruy Costa. O musical apresentava clássicos como O que é que
a baiana tem?

Em 1939, o produtor da Broadway, Lee Shubert, ofereceu a Miranda um contrato de


oito semanas para se apresentar em The Streets of Paris depois de vê-la no Cassino da Urca,
no Rio de Janeiro. No ano seguinte, fez sua estreia no cinema estadunidense no filme
Serenata Tropical, ao lado de Don Ameche e Betty Grable. Naquele ano, Miranda foi eleita a
terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar
junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca.

Ela fez um total de catorze filmes nos EUA entre a década de 1940 e década de 1950,
nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa,
sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como
cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico de suas
apresentações. Miranda tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que
seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. Sua
imagem se tornou a personificação de um exotismo latino-americano genérico que foi
abraçado como singular e peculiar pelo público dos EUA é rejeitado como inautêntico e
paternalista por brasileiros. De fato, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de
sua carreira, suas apresentações fizeram grandes avanços na popularização da música
brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a
cultura Latina. A sua figura, para muito além da música, seria uma influência permanente na
cultura brasileira, da Tropicália ao cinema.

Em 20 anos de carreira, ela deixou sua voz registrada em 279 gravações somente no
Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 canções. Um museu foi construído mais tarde
no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário
Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg, e uma interseção no
cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em
Hollywood foi oficialmente nomeada "Carmen Miranda Square", em setembro de 1998. Até
hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.

Curiosidades:

● Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira;
● É irmã da atriz e cantora Aurora Miranda;
● Carmen Miranda chegou a ser a mulher mais bem paga dos Estados Unidos segundo
o Departamento do Tesouro;
● Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir
suas mãos e pés no pátio do Grauman 's Chinese Theatre, em 1941;
● Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela
na Calçada da Fama;
● Foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o
presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca.
ROTEIRO : DE PEQUENA NOTÁVEL A BOMBSHELL, E SEU EXOTISMO

OS TRÊS JUNTOS - Boa tarde a todos os nossos abacaxis (tom alegre e saudoso)
MURILO- Então, essa saudação de hoje é especial porque nós vamos falar de frutas ( som
de confusão pela edição)
CECÍLIA - Pois é, isso mesmo, nós resolvemos trazer um quadro novo para o programa “Um
olhada para nosso próprio umbigo, nossa música brasileira” (tom anunciador e alegre)
CAMILLE - Então Cecília, eu estava dando uma olhada sobre isso e eu vi que a gente vai
começar com uma artista feminina, quem será que irá puxar o “vamo galera,mulheres, girl
power porr* “(som de censura).
MURILO - Bem meninas, recebi algumas dicas sobre ela, mas acho que já dei uma pequena
pista na nossa saudação, mas para ajudar o público de casa, tem haver com um chapéu de
fruta…(som de carro freando com tudo, entra Cecília interrompendo)
CECÍLIA - Se eu bem me lembro de chica bum, o ícone desse acessório é ninguém mais
ninguém menos que Carmen Miranda (Murilo interrompe)
MURILO - Mulher Cecília, você nem sabe anunciar as coisas (tom de falsa indignação e som
risadas pela edição)
CAMILLE - (ela ri primeiro, antes de começar a falar) Vocês são umas figuras, mas vamos ao
que interessa.
CECÍLIA - Então gente bonita, hoje, como foi muito bem anunciado(tom de ênfase) iremos
falar da nossa pequena notável e que se transformou em uma bombshell(pronunciar de
forma incorreta de propósito, repetindo a palavra como erro), bombixel, bomb… não sei,
enfim, uma das nossas maiores artistas.
CAMILLE - Uma das nossas maiores artistas, mesmo Ceci, a revista Rolling Stone a
considerou a 15° maior voz da música brasileira.
MURILO - Acho que a gente devia tocar aquela música da banana, como é mesmo o nome
(tom de confusão, como se estivesse tentando puxar da memória)
CAMILLE - Que banana Murilo, esse é o nome do filme que tem a música “O que essa baiana
tem?”, aliás, foi um dos seus primeiros papéis de sucesso.
MURILO - Banana, baiana, que seja, a gente devia tocar um pouquinho só para relembrar.
CECÍLIA - Concordo, som na caixa Mai (entra um trecho da música)
CAMILLE - Ai, essa mulher tem uma voz tão incrível.
CECÍLIA - Pois é, não é à toa que teve um marco tão grande que literalmente ultrapassou
fronteiras. Gente vocês sabiam que ela é luso-brasileira, o que significa que ela nasceu em
portugal, mas bem pequenininha, menor que os chapéus que usava na cabeça, ela se
mudou para o Brasil com sua família e ganhou a cidadania. (tom de que diz uma
curiosidade)
MURILO - Menina, não sabia.
CAMILLE - Nem eu, pensei que ela era nascida dessa terra, mas enfim, vamos falar um
pouco sobre a vida e a carreira dela, para que todos possam conhecer um pouco mais dessa
artista incrível. Então Ceci, o que mais você sabe que pode compartilhar?
CECÍLIA - Bem, ela se criou aqui, abandonou os estudos cedo para poder começar a
trabalhar e ajudar a mãe e assim conheceu artistas influentes da época como Pixinguinha, e
nesse muido todo foi onde também teve contato com Josué de Barros, aquele compositor, e
foi com ele que ela gravou seu primeiro álbum em 1929.
MURILO - Sim, aí depois, no ano seguinte ela gravou Ta-hí (Pra Você Gostar De Mim), escrita
por Joubert de Carvalho, que foi o que realmente levou ela a brilhar no Brasil, é tanto que na
época a consideraram como a principal intérprete do samba.
CAMILLE - E eu me lembro que nessa mesma época, ela se tornou a primeira artista a
assinar um contrato de trabalho com uma emissora de rádio no país.
CECÍLIA - Mas menina, a mulher podia mesmo, mas também com aquele talento todo.
CAMILLE - Né não, mas ela não parou por aí viu, ainda participou de cinco musicais
carnavalescos lançados nesse período como Alô, Alô, Brasil (1935) e Alô, Alô, Carnaval
(1936).
CECÍLIA - Sim, lembrei o que eu tava aqui matutando, no mesmo ano daquela canção que
Murilo confundiu o nome com o filme, aquela que a gente rodou agora pouco, em uma
apresentação num Cassino da Urca no Rio, um produtor da Broadway viu ela e a chamou
para trabalhar em Nova Iorque, e aí foi só o começo do sucesso que ela fez lá fora.
MURILO - Pois é, ela estreou no cinema de lá e foi eleita a terceira personalidade mais
popular nos Estados Unidos. Menina, na gringa parece que ela teve esse primeiro filme e
mais 13 só em uma década de 1940 a 1950, a maioria para Fox, aquela produtora lá que no
começo do filme a Era Do Gelo aparece aquela estátua dourada cheia de holofote e zuada.
(som da abertura da 20th Century Fox)
CAMILLE - Ih, mas apesar do sucesso todo, na velocidade que ele veio, ele foi indo embora,
igual quando começa as chuvas aqui.
CECÍLIA - E eu não soube, parece que apesar do talento, quando foi no fim da Segunda
Guerra Mundial, toda sua personalidade nas performances começou a ser considerada
como muito exótica e começaram a estereotipar o Brasil e a América Latina tanto na gringa
como a própria população brasileira, principalmente as mulheres latinas .

MURILO - Como se os gringos precisassem de motivo para estereotipar alguém, eu hein, um


dia desse tinha uma entrevista de um perguntando se a gente ainda era tribo (solta uma
lufada de ar frustrado e indignado, como se quisesse começar uma briga)

Camille - Calma Murilo, aqui o foco é outro, apesar de ser verdade essa coisa do estereótipo,
não vê o que a Anitta sofre, mas é aquela coisa, quando querem se meter tanto é porque tá
indo pelo caminho certo.

CECÍLIA - Mulher, com Carmen disseram que ela tinha voltado americanizada, se eu não me
engano ela fez até uma música de resposta para essa crítica, pera (pausa de 5 segundos)
Mai, som na caixa(entra trecho da música “Disseram Que Voltei Americanizada”)

CECÍLIA - E em relação a nossa Larissa Machado eu acho que se brincar a “Anira” vai ser
mais poderosa que Carmen lá fora viu?! A bixa tá com tudo. Eu achei tudo que ela fez uma
homenagem a Carmen no Rock in Lisboa 2018.

MURILO - Também concordo, mas vamos voltar para a musa da frutas, apesar da carreira
dela nos States(esteites) começar a decair ela ainda fez um tour pela Europa e ganhou até a
chave da cidade Estocolmo. (som de surpresa e palmas com assovios da edição).

CAMILLE - Pois então, apesar de tudo as apresentações dela abriram caminho e ouvidos
para popularização da música brasileira e para um pouco da cultura latina no exterior.

MURILO - Mulher, ela influenciou da Tropicália ao cinema e não só no Brasil viu, até em Tom
e Jerry ela aparece, vi um dia quando passava o Bom Dia e Cia.

CECÍLIA - Mas infelizmente, ela morreu tão cedo, teve um ataque cardíaco com só 46 anos,
encontraram ela morta na casa dela em Beverly Hills, depois de uma festa.

CAMILLE - Vixx, ela morreu muito nova, ainda tinha tanto para contribuir e impactar o
mundo.

MURILO - É, mas com seus 20 anos de carreira, ela deixou sua voz registrada em 279
gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, totalizando 313 canções. Construíram um
museu no Rio, fizeram um documentário em homenagem a ela, deram seu nome a uma rua
em Hollywood… menina, foi tanta coisa que nem me lembro mais o resto. Até hoje, nenhum
artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.

CECÍLIA - A gente fala o restante na hora das curiosidades… eita por falar nela já é agora, o
programa já vai acabar. (som de decepção “ahhh”)
CAMILLE - Mas já, e faz esse tempo todo que a gente tá conversando?

MURILO - Pois é, quem vai soltar as curiosidades pra gente poder se despedir ?

CECÍLIA - Bora seguir a ordem que a gente tinha organizado antes, vamos lá (limpar a
garganta) - A primeira, ela é irmã da atriz e cantora Aurora Miranda e chegou a ser a mulher
mais bem paga dos Estados Unidos segundo o Departamento do Tesouro de lá;

CAMILLE - Carmen também foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a


imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman 's Chinese Theatre, em 1941 e também se
tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama;

MURILO - Para finalizar, foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da
Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca.

CAMILLE - UHH (assovio e falar em um tom cansada), foi muita coisa, mas eu adorei essa
conversa e conhecer um pouco mais sobre essa grande artista.

CECÍLIA - Sim, foi muito bom, passei a admirar mais ainda, mas é isso gente, a primeira
parte do quadro acabou e nós voltamos próxima quinta com a história de outro artista, e
pasmem, o próximo artista são vocês que irão escolher. (som de comemoração da edição)

MURILO - É isso mesmo, então fiquem ligados no instagram da nossa rádio porque a gente
vai explicar como vai acontecer essa escolha e para acompanhar nossas atualizações.

CAMILLE - Pois é gente, então ficamos por aqui até a próxima semana, xero para vocês.

CECÍLIA E MURILO - Xero. (som de cortina fechando)


CRÉDITOS:

APRESENTADORES:
CAMILLE CIBELLE
CECÍLIA SOUSA
MANOEL MURILO

ROTEIRO:
ESTERFANY EDUARDA

EDIÇÃO:
MAINARA FABRÍCIA

PRODUÇÃO:
CAMILLE CIBELLE
CECÍLIA SOUSA
MANOEL MURILO
ESTERFANY EDUARDA
MAINARA FABRÍCIA

Você também pode gostar