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O SABIO EM ISRAEL:

O sábio em Israel não é alguém alienado distante do seu tempo sem


envolvimento pratico com a realidade vigente, não é assim nem mesmo
em nosso tempo, e não era na antiguidade.

O sábio era oriundo de uma heterogeneidade abarcando do educador


ao filosofo, com caminho entre os nobres.

Contudo mesmo transitando em ambiente elevado com tendência a


direcionamento de conteúdo e reflexão, caminha junto à sabedoria
popular, que se faz através da observação e os anos de experiência,
traduzindo assim o perfil do sábio de Israel, sendo aquele homem
profundamente religioso que busca ao Senhor crendo que sua sabedoria
vem do Senhor.

QUATRO ETAPAS DA EVOLUÇÃO DA SABEDORIA:

No Egito, Mesopotâmia, Síria se revela a sabedoria humana que é


anterior à existência do povo de Israel tratada em provérbios, não pouca
fábulas e poemas direcionados em maioria aos pobres, sempre bem
escrita, todavia o viés é religioso, mesmo que existam opiniões contrarias,
os textos bíblicos demonstra o caráter da internacionalidade da sabedoria
no livro de provérbios.

Israel é alvo dessa sabedoria sendo influenciado desde tempos


muito antigo, o apólogo de Joatão (Jz 9.8-15) uma critica considerada a
mais implacável de todos os tempos contra o sistema monárquico. Os
ensinamentos simples passavam pela família tratando de educação dos
filhos, hospitalidades e outros temas.

O período em que se desenvolve o fenômeno sapiencial em Israel,


acontece no reinado de Salomão pelo contato com a cultura Egípcia e
capacidade pessoal de governar, superando em habilidades os sábios do
Egito e outros (1º Reis 5.10). Esta tradução revela dois detalhes, o
primeiro diz que sabedoria é algo que vem de Deus bastam pedir. O
segundo diz que a sabedoria abrange vários aspectos distintos como:
Governo, justa administração, decisões acertadas sobre a construção do
templo e saber dos livros.

Por fim, a cultura grega desde Alexandre Magno, é fenômeno


difundido nominado helenismo, que relaciona aspectos diversos da arte a
filosofia. Nem mesmo Judá ficou livre desta influencia. Alguns
desvalorizavam a própria cultura diante da força helenista. Por outro lado
a cultura helenista era de grande importância. Com esta ambivalência o
helenismo influencia na reflexão sapiencial dos últimos séculos. A cultura
grega é impactante na corrente sapiencial de Israel.

ENTREVISTA IMAGINARIA DE SICRE COM O AUTOR DO LIVRO DE JÓ:

Na entrevista de Sicre, o assunto é introduzido com uma pergunta


critica sobre o interesse no tema relacionado com mal.

O mal deve ser pensando não como um pressagio mais como


enfrentamento das circunstâncias da própria existência humana, onde é
melhor pensar nesta relação de tragédias humanas e respostas divinas,
que existe um Deus, que porque criou o homem, logo se interessa e se
preocupa por esse homem.

O livro de Jó trata este tema com propriedade. As perguntas e


respostas nós leva a pensar em Deus, não como o causador do mal. Toda
via é preciso coragem para pensar que o mundo esta em processo
contínuo de criação, e que o mal faz parte desse processo.

O comportamento de Jó é de alguém que busca clareza nos fatos


que estão se sucedendo, e não se deixa convencer pela opinião formada
pelos seus amigos sobre o olhar de Deus para com os que sofrem, e como
esse Deus se relaciona com os que estão sofrendo.
A interpretação do texto não deve ficar na superfície do texto
podendo causar uma compreensão parcial do protagonista não
permitindo uma leitura que releve sobre tudo a profundidade da
humildade, que por consequência gera uma intimidade que faz com que
se compreenda que andar com Deus e o ápice de conhecer Deus.

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