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Quanto ao autor, vimos que diferente dos outros livros do antigo testamento,
neste o autor assina o seu nome no interior do livro (50,27), assim como (51,30), e
porque na versão grega, em (51,1) aparece o título Jesus filho de Sirá , o lógico é pensar
que Simão seja uma corrupção, e que o autor do livro chama-se Jesus bem Eleazar bem Sirá. 3
Nesta secção,a obra está integrada por uma série de tópicos já conhecidos na sua
maior parte por provérbios. Trata-se de uma ampla mostra de atitudes e caracterizações
de tipo individual e social, meramente humanas ou decididamente religiosas, se louvam
virtudes e se fustigam os vícios, se exorta ao cultivo do auto control, alguns podem
afirmar serem sentencias egípcias. Ele usa com frequência a imagem de um Deus
retribuidor. A idéia de que o temor do Senhor é o principio da sabedoria, aparecesse
também em Sirac, mas se estende até as suas ultimas consequências, dele é a fonte de
toda a longa vida.
B) Compaixão de Deus
Tornado um tema quase que obsessivo em BenSirac, aconselhando a não
pecar, pois Deus além de piedade tem também a ira, e impõe uma grande
diferença entre o estudo de Deus e a própria revelação em si, afirmando a
supremacia da revelação em relação a compreensão humana, uma clara
afronta ao pensar helénico que primava pela especulação cosmogónica.
C) Necessidades sociais
1
PEREIRA Ney, Sirácida ou eclesiastico, Rio de Janeiro:Editora Vozes, 1991, p 13
2
A. MINISSALE, Sirácida, as raízes na tradição, São Paulo:Paulinas,1993, pg 5
3
ASENSIO, Víctor Morla, Libros Sapienciales y otros escritos,Navarra:Verbo Divino, 1994, p. 221
Nestes textos Ben Sirac preocupa-se com as necessidades pessoais, por um
tratamento da pobreza a partir das exigências da justiça, pois quem busca o
temor do Senhor encontra nas relações com a justiça um lugar privilegiado. é
como que se a justiça social implicasse uma irresponsável alteração da
ordem estabelecida por Deus no acto criador
D) pragmatismo e humanismo
em algumas ocasiões Ben Sirac se deixa levar por um pragmatismo
escandaloso, a pesar do enfoque religioso dos seus conselhos, (dè ao homem
piedoso, mas não socorras o pecador). verifica-se também uma tensão
incompreensível entre uma ternura solicita e uma dureza intransigente.
sobre a morte diz que é natural, e mesmo que já circulassem idéias sobre a
imortalidade, ele mantém a tradição do sheol.
c) O ideal do sábio
esta secção manifesta perfis mais líquido que os anteriores, recapitula idéias
básicas das outras, tenta apresentar a sabedoria na natureza e na historia, a sabedoria
vem do Senhor e está para sempre. na segunda subsecção desta terceira secção elogia os
antepassados de Israel, a sua vinculação com a terna criação é intrínseca