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MAIOR EFICIÊNCIA NOS ESTUDOS INTRODUÇÃO

Se você considera que seu método de estudar é eficiente e


rendoso, parabéns. Mas se sente as horas dedicadas ao estudo
difíceis de serem vencidas e o esforço dedicado à atividade
PLANO DO CAPÍTULO intelectual pouco compensador, então não se envergonhe.

 Introdução Poucas são as pessoas que, mesmo tendo passado anos

 Como se conhece alguma coisa debruçadas sobre livros, aprenderam sozinhas a arte de estudar
com eficiência. A grande maioria ainda emprega métodos de
 Métodos de estudo
estudo que deixam muito a desejar.
 A questão do tempo
 O aproveitamento das aulas Pesquisas especializadas têm demonstrado que a ineficiência
 O trabalho em grupo no estudo é um dos grandes problemas enfrentados pelos

A primeira reunião de trabalho estudantes. Até alunos considerados bons, com rendimento

As reuniões subsequentes acima da média em algumas matérias, nem sempre empregam

 Método prático de estudo individual métodos eficientes de estudo para todas as disciplinas. No
entanto, tais métodos existem e estão à disposição de todos,
inclusive você.

Aplicando sistematicamente a orientação oferecida neste


livro e dedicando para isso alguma perseverança, qualquer
pessoa poderá, em pouco tempo, constatar sensível melhora no
desempenho académico, sobretudo se estiver ingressando em
curso superior.

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É facilmente constatável o fato de um curso superior, quase imediatamente compensador. Ante a distinção da
qualquer deles, possuir características que o distinguem dos estrutura de ensino de uma faculdade e a que se habituara nos
cursos de nível mais baixo. Essa diferença chega a ser inibidora cursos elementar e médio, o estudo eficiente funciona mais um
para vasto número de estudantes que, despreparados moral e instrumento para apoiá-lo na evolução académica, dando-lhe
intelectualmente, deixam-se abater ante as novidades do sobretudo segurança e autoconfiança.
procedimento universitário. E entre essas novidades, a
E quais são, afinal, as diferenças mais evidentes entre um
necessidade de maior eficiência no estudo ocupa um lugar de
curso universitário e os demais que lhe são inferiores?
surpreendente destaque.
Enquanto no primeiro e no segundo graus (antigos cursos
Apesar disso, a questão da eficiência no estudo é um
primário, ginasial e colegial) há obrigatoriedade de assistência
problema que concerne exclusivamente a quem estuda, não
às aulas e os alunos vivem sob vigilância disciplinar, os
curso superior em si. Em verdade, as pessoas deveriam chegar
estudantes universitários geralmente não são submetidos a
à universidade já com pleno domínio de técnicas adequadas de
horário rígido para entrar em classe. E se os professores dos
estudo, pois o ideal seria que houvessem aprendido a estudar
cursos médios ainda preparam esquemas de ensino e programas
logo nos primeiros anos de escola. Isso lhes teria poupado
curriculares que visam particularmente o aluno, isso já não
muito tempo e esforço, além de proporcionar maior
ocorre nos cursos superiores.
assimilação dos conhecimentos adquiridos nas salas de aula e
nos estudos individuais. De modo geral, as salas das faculdades são muito maiores do
que as dos colégios. Devido ao grande número de alunos, às
Mas, embora tal eficiência não seja comum à grande maioria
vezes as aulas são ministradas até em anfiteatros para
dos estudantes e das pessoas vem geral, você pode estar certo
estudantes que gozam a liberdade de entrar e sair na hora que
de que nunca é demasiado tarde para começar a conquistá-la.
bem entendem.
Para o calouro universitário, então, essa providência impõe-se
de imediato: o pequeno esforço exigido nesse sentido revela-se

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Logo no início dos cursos, essa liberdade costuma provocar atender às deficiências dos alunos mais carentes, não cumpriria
uma euforia no estudante habituado a obedecer à antiga rigidez a contento sua função e prejudicaria todos os demais. Assim,
disciplinar. E essa sensação quase sempre dá origem à durante o semestre (no caso dos cursos semestrais) ou durante
impressão de que, na faculdade, a frequência às aulas é o ano acadêmico, o professor trata de desenvolver seu
dispensável. Trata-se de uma falsa impressão cujos prejuízos só programa de ensino em preocupar-se com a possível falta de
são percebidos mais tarde. base dos alunos.

A primeira diferença sensível que constatamos nos cursos Essa situação não costuma ocorrer nos cursos de níveis
superiores, portanto, é a quebra da rotina no horário das aulas inferiores. De modo geral, tanto no ginásio como no colégio as
diárias. Pouca gente percebe que essa característica não resulta turmas são formadas por estudantes de nível cultural
de distração ou de caso por parte das autoridades responsáveis semelhante. Além disso, quando o professor nota que, por
pela disciplina, mas, ao contrário, deve-se ao reconhecimento alguma razão, este ou aquele aluno não está conseguindo seguir
do fato de os estudantes universitários serem pessoas adultas e, o programa de ensino, trata de estimulá-lo e procura compensar
por isso, responsáveis por suas próprias ações. a deficiência com chamadas orais durante as aulas ou
empregando uma dezena de outros recursos. Na faculdade a
A segunda diferença que salta à vista do calouro consiste na
realidade é outra.
composição das turmas, em geral formadas por estudantes de
vários níveis culturais, cada qual com sua formação específica. Em síntese, essas diferenças são suficientes para demostrar
No entanto, essa composição heterogênea não pode ser tomada que, no curso superior, o estudante tem realmente de começar a
em consideração pelo professor universitário. Para desenvolver exercer sua autodisciplina, sua força de vontade. Tem, enfim,
seu curso ele tem de pressupor que todos os alunos da classe já de começar a conhecer melhor a si próprio e a compreender
dominam certos conhecimentos básicos, pois para adquirir essa que chegou a hora de assumir a responsabilidade total por suas
base cultural estudaram um mínimo de onze anos. E não próprias decisões.
poderia agir de outro modo. Se baixasse o nível de aulas para

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Como essa condição costuma não ser reconhecida no início, É por essa razão que os especialistas concordam quanto ao
frequentemente o calouro se vê diante dos seguintes dilemas: fato de ser quase impossível o êxito do estudante que não
possui forte motivação para o estudo. O fracasso de numerosos
estudantes, que acabam abandonando a universidade depois de
1. Assistir às aulas desde o princípio ou chegar somente tanto esforço para nela ingressar, deve-se precisamente à falta
no final delas? de preparo para assumir conscientemente essa nova
2. Estudar para as provas, preparar os seminários responsabilidade.
cuidadosamente, esforçar-se por apreender o objeto do
Nem todos os que ingressam nos cursos superiores têm real
estudo, ou deixar que os companheiros de grupo façam
vocação para o trabalho intelectual que lhes é exigido. Muitas
isso?
vezes enfrentam penosamente a concorrência dos exames
Se Se esse é o seu caso, ou se você acaba de ingressar numa vestibulares mais por imposição da família do que por firme
faculdade, saiba desde já que ninguém pode fazer um bom vontade própria; fazem-no por total indefinição do rumo que
curso, aproveitá-lo como seria de desejar, sem comparecer à pretendem tomar na vida, uma consequência de sua
maioria das aulas de determinada matéria ou se estudar personalidade ainda imatura. Assim, há estudantes que entram
somente para obter notas que possibilitem a aprovação. para a faculdade de Direito mas que na verdade gostariam de

Ao mesmo tempo, você também precisa saber que, apesar de ser mecânicos e estar envolvidos com motocicletas de

muito importante e indispensável, a assistência às aulas não é automóveis de motores “envenenados”. Há os que vão cursar

suficiente para o adequado aproveitamento de um curso Engenharia porque o pai sempre desejou ter um filho

universitário. As aulas constituem apenas um dos elementos. O engenheiro, mas que realmente gostariam de ser pilotos de

trabalho individual e o trabalho em grupo, fora das classes, são helicóptero ou locutores esportivos. Há, ainda, os que

bem mais importantes do ponto de vista da prática e daa ingressam num curso universitário mas sentem vocação

eficiência do aprendizado.

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irresistível para atividades menos intelectuais, como jogar de fazer com que o curso o conduza à plena capacidade de
futebol ou trabalhar a terra com as próprias mãos. sucesso profissional.

Sim, a forte motivação para o estudo é indispensável ao COMO SE CONHECE ALGUMA COISA
sucesso num curso superior. E essa constatação torna ainda
Estudar é aprender: aprender é uma forma de conhecer. Assim,
mais evidente a diferença de enfoque sobre o aprendizado entre
antes de entrarmos em contato com os métodos e técnicas de
os cursos elementares, médios e superiores. Fazer um curso
estudo eficientes, é importante refletirmos, ainda que
não é apenas “ouvir” aulas para poder responder corretamente
ligeiramente, sobre como ocorre o conhecimento.
a alguns testes e sair-se bem em provas e exames. Antes de
tudo, o curso deve ser encarado como instrumento Conhece-se uma coisa primeiramente pela noção difusa que

insubstituível para o futuro trabalho profissional. De um curso ela nos dá de si mesma. Para melhor compreender, passemos a

universitário bem feito pode depender, em grande parte, o êxito um exemplo hipotético. Digamos que, ao visitar um museu,

profissional. E tal sucesso não ocorre por milagre. Por você se encontre de repente diante de um objeto estranho. À

inúmeras razoes ele resulta de hábitos adquiridos e de primeira vista parece ser uma cadeira, mas uma cadeira

habilidades desenvolvidas durante os anos de faculdade. Na diferente de todas as que você já viu. Bem, você sabe que é

vida profissional cada pessoa é exigida com muito maior rigor uma cadeira porque, embora estranha, assemelha-se a todas as

e frequência do que na época dos cursos acadêmicos. Daí a demais cadeiras que conhece. E isso lhe dá uma noção geral,

importância de se dominar métodos corretos e técnicas difusa, de que aquele objeto à sua frente é uma cadeira.

eficientes de estudo: os elementos que permitirão a resolução Se você é uma pessoa pouco curiosa poderá contentar-se com
de novos problemas, a qualquer momento que esses problemas esse nível de conhecimento e não ir adiante. Mas se agir assim
ocorram. O estudante que se preocupar em apenas repetir o que seu conhecimento sobre aquele objeto ficará incompleto. Ao
ouviu nas salas de aula terá jogado fora a oportunidade única interrompê-lo na fase difusa, primaria, você não saberá se
realmente é uma cadeira, de que material é feita e assim por

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diante. A noção primária lhe informará apenas que, simplesmente parece ser), você é capaz de dizer também se é
possivelmente, trata-se de uma cadeira. ou não confortável, se é ou não resistente etc.

Suponhamos, no entanto, que você é daquelas pessoas que Completada a fase analítica você já pode passar para a
não se satisfazem com pouco. Como você deseja saber mais, terceira fase do conhecimento. De posse das informações e
sua mente insatisfeita impele à ação. Então, você se aproxima dados obtidos na segunda fase, você já pode reunir as partes
do objeto, toca-o com os dedos, procura identificar o material estudadas isoladamente e recompô-las no todo original. Essa
de que é feito: fibras naturais ou artificiais, madeira, metal, um recomposição possibilita uma síntese dos conhecimentos
novo produto plástico? Em seguida, você trata de experimentar adquiridos e é precisamente isso que lhe dá a certeza de que
se serve para sentar-.se, se é confortável, se é suficientemente aquele objeto é mesmo uma cadeira ̶ porque ao juntar as
forte para aguentar um peso razoável. Nesse momento você partes (mesmo mentalmente) você não só compreende a
experimenta a cadeira e procura responder às questões que sua relação que existe entre elas como também torna-se apto para
mente vai produzindo em busca de novas informações. De que comparar a cadeira estudada com as demais cadeiras que
modo suas partes foram unidas? Usaram cola, prego, parafuso? conhece. Quando isso ocorre o conhecimento atinge a fase
E o tecido do revestimento, será realmente seda artificial, sintética. E, novamente, sobe para um nível superior.
brocado, ou apenas imitação?
Embora o exemplo seja rudimentar, ilustra o princípio que
Enfim, ao buscar novas informações, você abstrai o conjunto rege o desenvolvimento do conhecimento das coisas. Suas
para dar especial atenção às partes, ou seja, você analisa o fases ̶ difusa, analítica e sintética ̶ constituem as três etapas
objeto. Esse processo constitui a segunda fase do fundamentais do processo do conhecimento dos mais diferentes
conhecimento, a fase analítica. Mediante a análise você assuntos, ideias, objetos etc. A extensão e a ênfase de cada uma
aprofunda o conhecimento difuso inicial. Ao decompor o todo delas podem variar consideravelmente, mas sua sequencia é
em partes, para melhor conhecer e compreender cada parte, seu sempre a mesma.
conhecimento do objeto é uma cadeira (e não que

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O Ora, é perfeitamente
O conhecimento compreensível
forma-se por que duas
fases e a qualidade pessoas de
de informação
níveis mentais diferentes
transforma-se não alcancem
em qualidade o mesmo nível de
de conhecimento.
Esse é o princípio geral. É claro que a menção à “quantidade”
rendimento no estudo, ou que isto ocorra com pessoas de
de informação não significa que “qualquer” informação
diferentes graus de escolaridade. No entanto, o rendimento
acumulada contribua para elevar a qualidade do conhecimento,
também difere quando o nível mental e o grau de escolaridade
mas tao somente aquelas pertinentes ao conhecimento
são idênticos. Por quê?
verdadeiro. Informaco9es falsas, por exemplo, nada
acrescentam à qualidade. Muitos especialistas crêem que o principal fator dessa
diferença reside precisamente no fato de a pessoa de
Se você realmente deseja tomar seu estudo mais eficiente,
rendimento mais baixo carecer de método para estudar. Há
precisa levar em consideração esse princípio geral. É isso que
também outros fatores que contribuem para a desigualdade do
qualquer método de estudo faz. Ora, sabendo que é assim você
rendimento, como os psicólogos, ambientais etc. Ou seja, o
pode explicar conscientemente um método prático e, em pouco
ambiente que a pessoa dispõe no momento de estudar pode
tempo, melhorar de modo sensível o rendimento do seu
predispô-la, ou não, para um bom rendimento de estudo. Por
aprendizado.
outro lado, seu temperamento, sua sensibilidade e uma série de
outras características psíquicas também exercem influência no

MÉTODOS DE ESTUDO grau de rendimento.

Numerosas pesquisas sobre métodos de estudo revelaram que Mas, entre os diversos fatores, o método de estudo parece ser

duas pessoas com o mesmo nível mental e o mesmo grau de decisivo para determinar diferenças de resultados de

escolaridade podem apresentar rendimento superior ao da aprendizado entre pessoas de nível mental e grau de

outra. escolaridade idênticos.

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Se, no entanto, o método é essencial, isso não quer dizer que Convém recordar, portanto, qual é a diferença entre método e
seja suficiente, porque duas pessoas com o mesmo nível técnica.
mental, o mesmo grau de escolaridade e aplicando o mesmo
Método é a orientação básica para se atingir determinado fim.
método de estudo podem apresentar rendimento diferente. O Assim, por analogia, podemos entender método como estratégia.
professor Délcio Vieira Salomon, uma das maiores autoridades Técnica é a forma de aplicação do método.
brasileiras no assunto, afirma que a eficiência do estudo Ainda por analogia, podemos comparar a técnica com a tática.
depende do método, mas o método depende de quem o aplica Se nos lembramos que sem estratégia não se ganha uma
(57: p. 32). guerra e que sem tática não se vence uma batalha, então
terremos uma avaliação aproximada da diferença, da correlação
Isso significa que o método é instrumento indispensável para
e dos respetivos valores de método e técnica. Se o método
se alcançar a eficiência, mas se esse instrumento estiver nas
fornece a orientação geral, a técnica soluciona os problemas
mãos de um desinteressado ele pouco fará para torná-lo
para que as diversas etapas indicadas pelo método sejam
eficiente.
vencidas.
Há pessoas que, movidas por uma poderosa vontade de saber,
De modo geral, o método é quase sempre claro, simples e
desenvolvem sozinhas seus próprios métodos para tornar maior
objetivo. O conjunto de normas e técnicas a serem aplicadas
o rendimento dos estudos. Mas como essa faculdade não é
em obediência à sua orientação geral é que pode torná-lo
comum à maioria e o assunto ganha cada vez maior
complicado e até difícil.
importância ante a crescente complexidade do saber humano,
os métodos de estudo têm sido objeto de permanente pesquisa
científica. Atualmente os autores não divergem muito quanto
A QUESTÃO DO TEMPO
ao método a ser adotado; sua discordância começa no momento
em que enumeram os processos e técnicas que efetivam a Em nosso modo agitado de viver, principalmente nas grandes
aplicação. cidades, é muito comum as pessoas queixarem-se de falta de

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tempo. Os dias parecem galopar desenfreadamente numa Se este é o seu caso, aqui vão alguns conselhos que têm
sucessão sufocante e tudo que fazemos é lutar contra os servido para muitos estudantes ganharem tempo.
ponteiros do relógio. Perde-.se tempo para comprar, para
Comece por anotar numa folha de papel todas as suas
comer, para locomover-se. E os minutos consumidos no
atividades diárias. Procure registar todas, sem esquecer-se de
trânsito estrangulado ficam irremediavelmente perdidos., não
nada. Escreva as atividades, uma sob a outra, em ordem
há como recuperá-los. A vida corre e quando apercebemos já é
cronológica, numa coluna à esquerda. Inicie com o despertar
tarde, o que devia ser feito não o foi.
pela manha e vá enumerando tudo até o deitar-se para dormir.
Como tudo o que necessitamos fazer, estudo também requer Depois, à direita de cada atividade, anote o horário em que ela
tempo. Não há como estudar ̶ e muito menos seguir um curso tem inicio e, mais à direita, aquele em que termina.
superior ̶ se não dispusermos de tempo para isso. Não existe
Por exemplo:
método de estudo que amplie o rendimento do aprendizado se
para sua aplicação não se reservar um pedido diário. Então, é Atividade Começo Fim

preciso conquistar esse tempo indispensável. despertar 6,45 ̶

A chave desse segredo está em saber organizar nossas higiene 6,45 7,10
atividades, discernir honestamente sobre quais delas são
1ª refeição 7,10 7,15
essenciais, quais são acessórias e fazer a opção. Mas para isso é
preciso, antes, saber como empregamos o nosso tempo. condução 8,15 7,55

A maneira mais pratica de desvendar esse mistério é fazer um trabalho 8,00


levantamento por escrito. Desse modo pode-se analisar 12,00
objetivamente como transcorrem as horas de nossa vida
almoço 12,00
cotidiana.
13,00

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… e assim por diante. atividades. Portanto, chegou o momento de começar a
distribuir seu tempo de maneira mais racional.
Procure detalhar o mais possível. Ao registrar o tempo que
passa em classe, não deixe de anotar os intervalos entre as Se realmente seu objetivo é encontrar tempo para o estudo,
aulas. E, como ninguém é de ferro, não esqueça de mencionar o ao analisar o levantamento observe a seguinte orientação geral:
tempo dedicado ao lazer (cinema, esportes, passeios etc.). Ao
1. Programe a utilização de espaços vazios entre as
terminar a listagem com os respetivos horários você terá dado
atividades essências.
um grande passo para programar o seu tempo, porque saberá
2. Substitua por estudo o horário de uma ou mais
bem melhor como o emprega.
atividades não- essências.
Pouca gente, no entanto, tem a vida tao sistematizada que 3. Reserve ao menos um período mínimo para estudar
todos os dias da semana sejam absolutamente iguais. Por isso, todos os dias.,
como você esta investigando o uso do tempo com o objetivo de
Para que o estudo se torne rendoso é recomendável que você
economizá-lo, estenda o levantamento para toda uma semana.
o exercite todos os dias. Não deixe passar dias em branco.
Comece com a segunda-feira, depois passe para a terça-feira, a
Qualquer tempo é tempo, por mais breve que possa parecer. À
quarta etc., sem deixar de fazer um levantamento completo do
primeira vista, um período diário de dez minutos ou meia hora
sábado e do domingo. Aponte corretamente as diferentes
não representa nada. Contudo essa é uma falsa impressão. Dez
atividades de cada dia da semana. Se for o caso, use uma folha
minutos diários significam mais cinco horas de estudo ao fim
de papel para cada dia.
de um mês; trinta minutos diários representam mais quinze
Ao terminar esse levantamento talvez você se surpreenda: horas mensais de estudo. Portanto, não despreze as brechas. É
diante de seus olhos haverá uma quantidade de pequenos comum estudantes do período noturno obterem melhor
períodos pouco ou nada aproveitados entre as diferentes rendimento que seus colegas de diurno porque, premidos pela

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escassez de tempo, sabem melhor aproveitar os espaços vazios pessoal. O que realmente importa ao fazer a programação é
entre os horários de trabalho. que, nesse item, você atenda à sua própria sensibilidade.

Por outro lado, se você pratica alguma atividade não- Por outro lado, mesmo que disponha de muitas horas para
essencial, certamente lhe será possível encontrar ainda maiores estudar, jamais programe mais de uma hora para cada período
oportunidades para estudar. Ao analisar seus afazeres diários, de estudo. É claro que isso depende de sua resistência e, sobre
faça-o com consciência e honestidade. É ou não substituir tudo, de sua maior ou menor motivação para empenhar-se no
algumas atividades não-essências por um período dedicado ao trabalho intelectual. Assim, essa “uma hora” pode estender-se
estudo? um pouco ou encolher. A questão aqui é encontrar o período
ideal. Pesquisas cientificas demonstraram que as pessoas
Obtendo tal período, não deixe de programá-lo. Não basta
realizam melhor um trabalho intelectual intenso quando este é
distribuir numa tantas horas as tarefas que tem de executar. Se
efetuado no decurso de um período razoável e seguido de
é necessário estudar mais de uma disciplina, escolha o
descanso ou de mudança de atividade. Considera-se como
momento mais adequado para dedicar a esta ou àquela matéria.
período de rendimento ideal aquele ciclo vai de quarenta a
Faça-o de maneira com que se sinta mais à vontade.
cinquenta minutos de trabalho, seguidos de dez de descanso.
Se tem maior propensão para o estudo das ciências exatas,
Por isso, ao programar seu período, considere esse aspecto do
então provavelmente preferirá que o período tenha início com
rendimento para não exagerar. O exagero fará com que a estafa
as tarefas de Física ou de Matemática, deixando para depois os
mental acabe prejudicando o estudo. É recomendável que se
trabalhos das matérias que lhe são menos interessantes. Mas
inicie o processo de sistematização do aprendizado
também poderá preferir que o estudo se dê precisamente da
programando períodos relativamente curtos, intercalados com
maneira oposta, ou seja, que se inicie com as disciplinas que
espaços destinados ao descanso e ao relaxamento. Aos poucos,
lhe despertam menos interesse para depois dedicar-se às de que
com a resistência mais treinada, esses períodos poderão ser
gosta. Esse tipo de escolha vária de pessoa para pessoa, é muito
progressivamente ampliados, até que você atinja o horário

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ideal. De nada adianta programar logo de início duas horas fatores fundamentais para o máximo aproveitamento do tempo
ininterruptas de estudo para delas aproveitar só quarenta dedicado ao estudo.
minutos. Desse modo você apenas desperdiçará um tempo
Finalmente, ao programar o seu estudo não se aferre à
precioso e ficará às voltas com o terrível sentimento de culpa
rigidez. É claro que tudo que programar deverá ser cumprido.
de não ter conseguido cumprir a meta estipulada. De tudo
Isso requer perseverança e algum sacrifício, mas não quer dizer
resultará somente irritação, cansaço, desgaste e ansiedade.
que determinadas circunstâncias não possam alterar os planos,
Por conseguinte, não programe seu tempo ambiciosamente, ou que estes não devam ser revisados quando necessário. O
tentando alcançar “metas extraordinárias”. Você poderá chegar bom conselho, portanto, é: evite o exagero. Não ocupe com o
aonde deseja, mas para isso precisa passar por um treinamento. estudo todos os momentos que dispõe para o lazer. Como
Comece por programar períodos de vinte minutos de estudo afirma João Álvaro Ruiz, “aproveitar intensamente o tempo é
por dez de descanso. Depois de uma semana, amplie uma espécie de condição para se dar sentido às horas de lazer e
progressivamente esse tempo até atingir o período ideal, aquele para desfrutá-las intensamente. Parece que a satisfação e a
que realmente é aproveitado com maior rendimento. É forca restauradoras das horas de lazer são proporcionais ao
indispensável que durante o horário proposto você consiga bom aproveitamento e à intensa produtividade das horas de
concentrar-se inteiramente no trabalho., seja qual for o objeto trabalho” (56: p. 24).
de estudo. E essa concentração também depende de
treinamento.
O APROVEITAMENTO DAS AULAS
Muitas vezes a satisfação proporcionada pelo trabalho
concentrado poderá fazer com que esses períodos se alonguem Quem segue um curso e pretende aproveitá-lo ao máximo não

inadvertidamente. Mas não permita que se prolonguem muito, pode dispensar a frequência às aulas. Embora de clareza

porque o rendimento poderá ser inversamente proporcional à cristalina, esse é um ponto que passa desapercebido por muita

duração do período ininterrupto. Repouso e relaxamento são gente. Há calouros que, julgando ser desperdício assistir às

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aulas, acreditam que empregariam melhor seu tempo se aproveitamento. Diante da nova responsabilidade que adquirem
estudassem sozinhos em casa ou numa biblioteca. Imaginam ao ingressar na faculdade sentem-se perdidos, não conseguem
que desse modo aprenderiam muito mais. Estão, porém, dominar o que lhes é ensinado e poem a culpa disso na
profundamente enganados. faculdade, nas aulas e nos professores. Mas o defeito de
aprender mal não está intrinsecamente relacionado ao sistema
As escolas, com suas aulas e professores aparentemente
de aulas e sim à incapacidade do próprio estudante. É ele que
inúteis, existem porque são indispensáveis à aprendizagem
não sabe como tornar as aulas mais proveitosas.
científica, sistemática. A presença do professor, o programa
por ele desenvolvido, seu método de orientar e organizar o que Pesquisas efetuadas sobre o assunto demonstram que
aprender e sua disponibilidade para dirimir dúvidas levantadas qualquer aluno pode superar esse obstáculo inicial, desde que
pelos alunos são elementos insubstituíveis no estudo observe umas quantas normas de condutas e enfrente o
académico eficiente. Além disso, quando realizado em problema com atitude positiva.
isolamento, o estudo carece das riquezas da atividade
Em primeiro lugar é necessário compreender que é ele, o
intelectual características dos ambientes universitários. A
estudante o principal agente da aprendizagem. Sem ele não há
coletividade universitária estimula a troca de ideias
aprendizado. A faculdade, as aulas e os professores constituem
inteligentes, favorece a ocorrência de debates paralelos ao
elementos externos auxiliares. Sua ação assemelha-se a das
programa de ensino, estimula permanentemente a ampliação
estacas que sustentam uma estrutura frágil ̶ se as estacas
dos horizontes culturais. De fato, ninguém em sã consciência
forem retiradas, a estrutura poderá cair, mas é absolutamente
pode defender a hipótese de que as aulas sejam desnecessárias
necessário que a estrutura exista para que as estacas tenham o
para os estudantes dos cursos superiores.
que sustentar. Nesse sentido João Álvaro Raiz (56: p. 28)
Ao contrário, a aula é o tempo mais precioso com que conta o oferece uma argumentação insofismável ao comprar o
estudante, sobre tudo se souber aproveitá-la bem. Talvez estudante com uma árvore frutífera. Quem causa os frutos, diz
alguns calouros sintam alguma dificuldade em concretizar esse ele, é principalmente a árvore; quem aprende é principalmente

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o aluno. Tem que haver na planta um princípio intrínseco, Ora, a experiencia de milhares de estudantes tem
ativo, operante, capaz de produzir os efeitos da frutificação, e demonstrado que isso não só é possível como também é tão
no aluno, os efeitos da aprendizagem. A ação do agricultor, difícil quanto se imagina à primeira vista.
como a do professor, tem caracter de causa eficiente auxiliar,
De posse de seu programa de estudo e dispondo do material
apenas coadjuvante. Quem dá frutos, ou não, é a árvore; quem
requerido pelo curso, tudo que o aluno tem a fazer antes de
aprende, é o aluno. Ninguém pode fazer um poste dar frutos
entrar em aula é uma rápida leitura das apostilas ou obras da
sejam de melhor qualidade do adubo empregado para que os
bibliografia recomendada, buscando ter uma noção antecipada
frutos sejam de melhor qualidade, a questão apresentada aqui é
do assunto que será explanado pelo professor. Durante essa
que o estudante deve estar consciente de que o resultado final
leitura prévia deve marcar os pontos que lhe sejam mais
de sua atividade, a aprendizagem depende primordialmente
obscuros, os mais difíceis de compreender ou que lhe
dele mesmo. Uma vez adquirida essa consciência as coisas se
despertem duvidas. Ao tomar esse contato inicial com o
tornam mais fácies.
assunto ele cumpre a primeira etapa do conhecimento, sai da
O melhor aproveitamento das aulas começa antes de se entrar ignorância total e instrumenta-se para assimilar melhor a aula.
em aula. Isso pode parecer absurdo, mas não é. Antes de dar
A vantagem desse procedimento reside no fato de, em aula,
sua aula o professor tem de prepará-la, a fim de melhor
poder seguir mais objetivamente a explanação do mestre e
aproveitar o tempo de sua explanação. O mesmo se dá com o
distribuir de modo racional a intensidade de sua atenção. Ou
aluno, a fim de melhor aproveitar o tempo de seu aprendizado.
seja, poderá dar atenção normal aos aspectos que já
Surpresos ante tal afirmação, alguns calouros costumam compreende com relativa segurança e concentrar mais atenção
perguntar: como é possível o estudante preparar uma aula que naqueles cuja a compreensão é ainda duvidosa. As anotações
ainda não recebeu? feitas durante a leitura previa lhe servirão de roteiro orientador
para que possa formular as dúvidas por ventura não
esclarecidas na explanação do mestre.

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Por outro lado, a leitura antecipada permite que os interligação entre as partes. Ora, chegando tarde à aula ele
apontamentos em aula sejam mais objetivos, inequívocos e perde pelo menos uma parte da explanação. E às vezes essa
limitados ao essencial. Ela evita que o estudante se perca na perda implica ainda maior prejuízo porque pode requerer muito
tentativa de anotar tudo por não saber distinguir o essencial do tempo para que as ideias sejam ordenadas de modo a seguir
secundário, permitindo-lhe concentrar-se mais no discurso do inteligentemente o sentido da dissertação. Ou essa ordenação
professor. E isso decididamente eleva o aproveitamento do não chega a ser obtida antes do fim da aula. A conclusão dessa
tempo passado na aula. situação é incontestável; o aluno desperdiçou boa parte ou todo
o tempo valioso que passou em aula.
Se a aprendizagem depende sobre tudo do aluno, o
rendimento máximo do tempo passado em aula depende da Também não adianta chegar cedo à sala de aula e ter a mente
conduta do estudante, de sua atitude para com que vai ocupada com outros problemas. No momento em que a aula
aprender. Boa conduta aqui significa interesse, não chegar começa a atenção deve estar inteiramente voltada para o
atrasado à classe, abstrair-se de problemas estranhos à aula e trabalho em classe, a dissertação do professor, os eventuais
concentrar-se no assunto que esta sendo estudado. debates, as questões levantadas pelos colegas. Jamais você
apresentará uma questão inteligente em aula se estiver com o
O estudante que frequentemente chega atrasado às aulas, sem
pensamento ocupado com o que aconteceu na festa de sábado,
que haja um motivo plenamente justificável para isso, não é
na última discussão com a família ou no disco que acabou de
interessado no estudo e não tem uma atitude correta. E o pior é
ser lançado. É necessário abstrair-se dos problemas externos à
que prejudica a si próprio pois, também com frequência perde
aula e encontrar aquela condição que os especialistas
parte da explanação cuidadosamente preparada para o
denominam silêncio interior, ou seja, é preciso que você
professor. Em geral os mestres desenvolvem temas diferentes a
elimine de sua mente os “ruídos” que interferem na recepção
cada aula e, antes de passarem à explanação do novo assunto,
de tudo que a aula pode ensinar.
fazem um resumo da aula anterior para relacioná-la com que
vão apresentar. Isso ajuda o aluno a compreender melhor a

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Finalmente, o bom aproveitamento do tempo passado em estudo. E você lucrará duplamente com isso porque terá
aula prossegue após ela ter terminado. Mesmo que você tenha intimidade com a disciplina, descobrirá nela mais atratividade e
participado ativamente e conseguido entender o assunto passará a absorver mais facilmente o que lhe é ensinado.
desenvolvido pelo professor, depois da aula é recomendável Também reconhecerá que o tempo passado em aulas é
faça uma revisão geral do que anotou e aprendeu. Releia extremamente valioso, pois saberá como tirar-lhe o máximo
anotações e, pelo menos mentalmente, trate de encontrar proveito.
respostas claras e objetivas para novas dúvidas que surgirem.
Frequentemente imaginamos ter entendido perfeitamente, mas
não somos capazes de encontrar respostas claras para as
questões que surgem numa simples revisão das anotações. Isso
demonstra que nossa compreensão não foi assim tao perfeita
RESUMO ESQUEMÁTICO
quanto julgávamos. Então, podemos resolver tais duvidas antes
que se acumulem e acabem impedindo o progresso do estudo. Antes de seguir adiante, façamos juntos uma revisão de tudo o
que já examinamos sobre o método de estudo eficiente. Se
Outra vantagem da revisão é a consolidação do que se
excluirmos as várias explicações, as normas examinadas
aprendeu. Ao rever as anotações você, de certo modo, revive a
podem ser assim resumidas:
aula. Como a repetição tem efeito acumulador, ajuda a
sedimentar o conhecimento obtido. Por outro lado, você de 1. Planeje seu tempo ̶ essa é a forma correta de “ganhar”
aprofundar-se. Numerosas vezes isso obrigará a consulta de tempo para o estudo:
novas fontes, o implicará a ampliação do seu conhecimento do a. Programe a utilização de períodos vazios em sua
assunto. atividade.
b. Substitua o horário de uma ou mais atividades não-
Se você praticar esse conjunto de normas gerais de conduta
essenciais para obter tempo de estudo.
certamente dará um salto de qualidade no rendimento do seu

16
c. Reserve ao menos um período mínimo para estudar de abalizados autores defendem-no com autoridade
todos os dias. irretorquível. Mas por outro lado, não se pode dispensar uma
2. Não estabeleça períodos muito longos de estudo sem rápida apresentação do grupo funcional, já que isso ajudará
pausas para o descanso. bom número de estudantes a encontrar-se na equipe de estudos
3. Frequente as aulas. mais um elemento para ganhar tempo na concretização do
4. Sempre que possível, prepare as aulas que vai assistir. aprendizado eficiente.
5. Assista às aulas com “silêncio interior”. Concentre sua
O grupo não dispensa o estudo individual. Ao contrário,
atenção na explanação do professor.
enriquece-o. Proporciona esse enriquecimento porque, partindo
6. Depois das aulas faça uma revisão de tudo o que
do estudo individual de cada componente, provoca o debate e a
aprendeu em classe.
troca de ideias e aponta falhas. Simultaneamente, o grupo
O TRABALHO EM GRUPO economiza tempo de estudo. Ao participar do trabalho em
grupo o estudante dedica o tempo de que dispõe ao estudo de
Ainda quanto ao aspecto rendimento/tempo, não se pode deixar
uma parte do todo. Contudo, através da apresentação das
de mencionar o trabalho realizado em grupos de estudo.
tarefas executadas pelos colegas e das discussões necessárias à
Psicólogos e pedagogos têm exaltado as vantagens do estudo
elaboração final do trabalho coletivo, aprende e absorve o todo
coletivo na realização de certas tarefas didáticas,
̶ não apenas a parte que estudou individualmente. De quanto
recomendando a formação de equipes de estudo. Esse moderno
tempo necessitaria para estudar o todo se o fizesse
conceito de trabalho demostrou de tal modo suas qualidades de
individualmente como estudou a parte?
eficiência que a maioria das escolas já o adota como método
sistemático de organização das classes. Não cabe aqui qualquer É fato notório que muitos estudantes relutam em participar em
análise teórica sobre o valor, mesmo porque numerosas obras uma equipe de estudos. Isso ocorre por dois motivos principais:
de abalizados autores defendem-no cão cabe aqui qualquer total ignorância do que seja o trabalho em grupo bem
análise teórica sobre o valor, mesmo porque numerosas obras organizado e frustrações sofridas em experiencias anteriores

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com equipes mal organizadas. De fato, do mesmo modo que o necessário que todos os componentes estejam com verdadeira
trabalho coletivo pode ser altamente estimulante e disposição para trabalhar, prontos a participar ativamente das
compensador, também pode ser uma experiencia frustrante e diversas tarefas que lhes couberem, compreendendo que de seu
inibidora quando não preenche as condições mínimas para esforço individual, de sua contribuição pessoal, depende o
alcançar o resultado proposto. êxito de todos. Uma vez formado o grupo, não se podem
permitir excessos no seu seio: o trabalho deve ser igual para
Desde logo convém lembrar que um grupo é sempre
todos, não se permitindo que os mais capazes realizem
formado por indivíduos distintos e que essa característica deve
sozinhos tarefas que deveriam ser equitativamente distribuídas
ser compreendida por4 todos nos integrantes. Se não há duas
entre todos os componentes.
pessoas absolutamente iguais, com muito menos razão haverá
seis ou sete. Assim, como toda coletividade que deseja Com essa decisão aceita por todos, o segundo passo é
prosperar, a equipe de estudos deve estabelecer certas normas escolher o colega que se incumbira da coordenação do
mínimas de conduta que homogeneízem a ação de todos em trabalho. Novamente é indispensável que cada componente do
benefício do objetivo comum. E tais normas começam a grupo use de honestidade no julgamento que faz de cada um
vigorar desde o momento em que os componentes do grupo são dos seus companheiros, a fim de eleger aquele que será o
selecionados. coordenador. Este deverá ser respeitado pelo grupo, pois sua
incumbência principal será presidir e coordenar as reuniões,
Muitas vezes a composição é feita segundo critérios poucos
distribuir tarefas e cobrar a colaboração de cada um no tempo
eficazes, resultando o grupo em um aglomerado heterogéneo
previamente estabelecido. Para isso, tem de contar com
de pessoas que nada têm em comum. Nesses casos raramente o
respeito e boa vontade de todos, ser consciente e justo em suas
resultado alcançado é satisfatório. A composição ideal do
decisões, não permitindo que simpatia ou amizade interfiram
grupo é aquela que reúne seis ou sete pessoas com certa
na correta distribuição e cobranças das tarefas. Cabe também
facilidade de comunicação entre si e possibilidades reais de se
ao coordenador, em sua função de líder, solucionar os
encontrarem fora das instalações da escola. Além disso, é ainda

18
problemas que eventualmente surjam na equipe, tanto entre os Caso o tema já esteja escolhido pelo professor, e a
componentes do grupo como no desenvolvimento do próprio bibliografia de consulta definida, a primeira reunião não deverá
trabalho a ser executado. terminar antes que o coordenador tenha distribuído
equitativamente as tarefas de cada um. Em seguida, anotará os
Se as condições enumeradas acima estiverem bem
compromissos assumidos e definirá claramente o local, a data e
estabelecidas, e suas responsabilidades forem explicitamente
o horário da próxima reunião, quando cobrará o trabalho de
assumidas por todos os elementos da equipe, o grupo já terá
cada um.
conseguido uma base solida para começar a funcionar.
Contudo, só isso não basta para alcançar o melhor resultado. Terminada a reunião, cada membro do grupo deverá ocupar-
Vejamos como deve funcionar a equipe ideal. se de sua própria tarefa. Tratando-se de consulta a fontes
literárias, é necessário que o texto básico sela lido e
A primeira reunião de trabalho
“esclarecido” durante a leitura. De nada adianta ler o texto sem
Ao receber a tarefa, a equipe tem de reunir-se para organizar e que se possa depois discorrer sobre ele na reunião do grupo. A
programar o trabalho a ser executado. Se o tema não foi leitura i9nicial, portanto, já deve ser feita com a preocupação
determinado pelo professor, o coordenador do grupo deve de esclarecer possíveis dúvidas do grupo ou, pelo menos, de
liderar a discussão para que o tema seja decidido em comum iniciar futuras fontes de consulta para elucidar pontos que
acordo. Em seguida, se possível, o grupo deve determinar as permanecem obscuros.
fontes que serão consultadas. Não havendo possibilidade de
Ora, isso se faz com certa facilidade depois de se estar de
selecionar de imediato as referidas fontes, o coordenador
posse da bibliografia recomendada e quando se toma os
distribuirá a tarefa de levantamento da bibliografia entre os
necessários apontamentos durante a leitura. Mas essa tarefa
colegas e marcará nova reunião para uma data o mais próximo
tem de ser cumprida por todos antes da reunião seguinte,
possível.
ocasião em que esta apresentada. Há estudantes que tratam de
desincumbir-se da leitura básica durante a reunião de

19
apresentação dos trabalhos, o que é lastimável. Quando isso social, mas como necessidade de trabalho. É necessário que
ocorre, o colega faltoso é obrigada fazer a leitura apressada que ninguém deixe de comparecer a ela sem que para isso haja
jamais alcança o objetivo previsto. Além disso, sua atitude motivo de forca maior. As conversas devem restringir-se ao
revela desconsideração para com o próprio trabalho. E os tema da reunião ̶ deixem-se para outro momento os
demais companheiros, pois certamente alongará o tempo da comentários sobre generalidades, atividades do centro
reunião e prejudicará o bom funcionamento do grupo. académico, viagens etc. E não se alonguem desnecessariamente
aos debates. Ao defender um ponto de vista, o elemento da
equipe deve assumir uma atitude democrática e submeter-se à
decisão da maioria.

A apresentação dos trabalhos ao grupo também deve


obedecer a uma sequencia orientada pelo coordenador e ser
feita em ordem. O coordenador e ser feita em ordem. O
As reuniões subsequentes
coordena dará a palavra primeiramente aos colegas que se
Haverá tantas reuniões de grupo quantas sejam necessárias para incumbiram de fazer as pesquisas mais gerais, como por
o término do trabalho. No entanto, há uma regra geral para que exemplo, em enciclopédias e dicionários. Só depois é que
elas sejam objetivas e eficientes. A regra é: deverão falar, também em sequência programada, os que se
comprometeram a ler e analisar partes do texto básico.
Todos os componentes do grupo devem ser objetivos e
eficientes. Durante a apresentação do trabalho de um colega não deve
haver interrupções, apartes etc. Quando cada um fala em sua
vez, todos escutam o que todos têm a dizer. Quando se
Em outras palavras, todos devem ter consciência de que a
estabelecem discussões simultâneas, ninguém aproveita as
reunião não está se realizando como oportunidade de convívio
ideias expostas. E quando alguém apresenta um trabalho, ainda

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que não se esteja de acordo com o que está sendo apresentado, É evidente que tudo isso não passa de uma visão genérica do
deve-se esperar que a apresentação chegue ao fim para se trabalho do grupo. Essa orientação serve apenas de base e
comentá-la. Piadinhas e tiradas espirituosas são sempre de mau poderá ser adaptada às tarefas e condições requeridas por
gosto nessas ocasiões, porque são inoportunas e impertinentes determinadas disciplinas de diferentes áreas. Mas seja for, as
durante uma exposição. A atitude correta no trabalho é de normas de atitude e conduta aqui expostas são defendidas por
seriedade e de responsabilidade. Aqueles que têm observações numerosos autores e resultam da acurada observação de
a fazer sobre os trabalhos dos colegas devem anotá-las e incontáveis experiencias bem sucedidas, nas quais as reuniões
pacientemente aguardar a sua vez de expô-las no momento de grupos demonstraram extraordinária eficiência.
oportuno, ou seja, durante os debates.

Terminadas as apresentações, os diversos trabalhos devem


ser discutidos, com cada qual expressando livremente sua
opinião sobre um ponto em particular ou sobre o conjunto em
geral. Somente depois disso é que se deve tratar de elaborar um RESUMO ESQUEMÁTICO
esquema do estudo. Quase sempre o esquema dá motivo a
Pode-se esquematizar as condições ideais de funcionamento
novas discussões. Essas, porém, não têm carater negativo
para um grupo de estudos eficiente da seguinte maneira:
quando se propõem a explicitar as ideias principais do trabalho,
estimar a correlação entre as partes, julgar a propriedade da CONDIÇÕES PARA A EFICIÊNCIA DO GRUPO
argumentação e assim por diante. O resultado final do estudo
1. O grupo deve reunir seis ou sete pessoas que tenham
será sempre mais compensador, produtivo e eficiente se, ao
certa facilidade de comunicação entre si e
debater o trabalho, o grupo não se restringir aos limites da
possibilidades reais de encontrarem-se fora da escola.
tarefa proposta mas, tomado de impulso, alcançar além do
2. Todos os componentes do grupo devem ter igual
texto básico e adotar uma posição crítica em sua análise.
disposição para a realização do trabalho coletivo.

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3. As tarefas de estudo devem ser distribuídas 6. Realizar quantas reuniões forem necessárias para
equitativamente entre todos os membros do grupo. elaborar o trabalho e dar-lhe o acabamento final.
4. O grupo deve eleger um de seus membros para
coordenar suas atividades.
Quanto ao roteiro para a elaboração do trabalho, aqui
QUALIDADES DE UM BOM MEMBRO DO GRUPO
apresentamos um esquema muito resumido a fim de que possa
1. Ter disposição para o trabalho do grupo. ser valido para qualquer tarefa. Contudo, chamamos a sua
2. Aceitar a liderança do coordenador. atenção para o fato de que um bom roteiro deve sempre
3. Cumprir todos os seus compromissos para com o grupo. adaptar-se às condições particulares de cada estudo.
4. Ser objetivo e eficiente na realização das tarefas e
durante as reuniões do grupo.
5. Ser democrático c quanto à opinião da maioria dos
colegas nas decisões tomadas pelo grupo.
6. Manter seriedade e responsabilidade ante o trabalho.
MÉTODO PRÁTICO DE ESTUDO INDIVIDUAL
ROTEIRO PARA A ELABORAÇÃO DO TRABALHO
Até aqui já falamos em como aproveitar melhor o tempo
DO GRUPO
disponível, as aulas e o ambiente universitário e o trabalho em
1. Estabelecer o tema do trabalho. grupo. Tratemos agora do estudo individual, porque se você
2. Definir a bibliografia do tema. não souber estudar individualmente de pouco adiantará saber
3. Distribuir equitativamente as tarefas. melhor aproveitar o tempo e as aulas, e pouco colaborará no
4. Planejar a elaboração do trabalho. trabalho de grupo.
5. Discutir em conjunto os resultados obtidos pelos
diversos membros no estudo individual.

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Se, como mencionamos antes, a eficiência do método Examinar-PL2R
depende de quem o aplica, então não adianta esperar por um Onde P = perguntar; L = ler; os dois R = repetir e rever.
milagre: não há método de estudo capaz de servir todas as
pessoas com o mesmo grau de eficiência, nem método que
Em verdade essa fórmula prática pode ser aplicada por
evite todo o esforço de quem estuda. Segundo os especialistas
qualquer pessoa, inclusive aquelas que já apresentam
mais categorizados, estudar é praticar uma ação. Ora, toda ação
rendimento satisfatório mas desejam desenvolvê-lo. Vejamos
requer esforço por parte de quem a pratica, portanto, até
um exemplo de como se aplica a fórmula de Morgan e Deese:
mesmo o método de estudo mais eficiente requer esforço e
persistência na sua aplicação. E isso é especialmente verdade Suponhamos que você tenha de estudar um livro, uma obra

quando o interesse começa a aplicá-lo, ou seja, começa a que desconhece inteiramente. Antes de começar a leitura faça

aprender a aprender. as seguintes perguntas e tente respondê-las pelo menos


mentalmente:
Há, porém, uma estratégia de estudo individual que tem
comprovado seu valor há anos, proporcionando considerável 1. De que trata este livro?

melhoria de rendimento para grande número de estudantes que 2. O que já sei sobre o assunto?

antes apresentavam baixo rendimento. Clifford Morgan e É possível que não tenha respostas cabais para essas questões
James Deese, autores de Como Estudar (43: Cap. 3), sintetizam ̶ se as tivesse provavelmente não teria de estudar o livro. Mas o
essa estratégia na seguinte formula facilmente memorizável: fato de saber muito ̶ ou nada ̶ sobre o que vai ler não é

Survey-Q3R fundamental. Aqui o que realmente importa é a busca que você


efetua na memória, o esforço que exerce para reviver noções
ou conhecimentos já adquiridos sobre o assunto. Durante a
cuja tradução e adaptação para o português podem tomar a pausa necessária para refletir sobre as propostas você já está
seguinte configuração:

23
estudando, embora não o sinta. Por isso, trate realmente de objetivo de estabelecer o plano do capítulo. Assinale os trechos
encontrar tais respostas. que considera importantes e que destacam o pensamento do
autor, mas não deixe também de dar atenção aos detalhes mais
Em seguida, faça uma leitura rápida de todo o livro. Não se
significativos, aos elementos utilizados pelo autor para
preocupe com detalhes, nem com o aprofundamento da leitura.
desenvolver suas considerações, sua exposição do tema. Ao
Nesse primeiro contato ocupe-se apenas em captar a ideia
mesmo tempo, reflita sobre o que está lendo e confronte os
geral, ou plano, da obra.
pontos de vista do autor com os seus. Se surgirem dúvidas de
Já de posse dessa ideia geral, procure estabelecer uma relação compreensão do texto, procure solucioná-las consultando
entre o que acabou de ler e o que sabe sobre o assunto. Não outras obras, como dicionário e enciclopédias. Não dê a leitura
importa que ainda não tenha entendido todo o pensamento do por terminada antes de ter certeza de que entendeu todo o texto
autor e que o relacionamento do tema estudado não seja muito e de que é capaz de, com base nas anotações, fazer pelo menos
profundo com o que você já sabia sobre o assunto. Mas é um resumo do que leu, valendo-se de suas próprias palavras.
valioso que após o primeiro contato com a obra você reúna
Se o livro lhe parece de valor, não hesite em sistematizar o
informações sobre o autor. Uma boa enciclopédia ajudará
processo de trabalho e utilize fichas para arquivar o que leu.
bastante nessa tarefa, informando quem é o autor e qual a
Nas fichas, faça breves transições dos pontos mais importantes
importância do seu trabalho, e ate poderá informar sobre o
(sem esquecer de anotar as páginas de onde foram tiradas),
método expositivo.
anote seus esquemas do que leu, e também suas próprias
Terminada essa fase do estudo você já deve estar com dados conclusões. Essa documentação tem duplo valor: imediato e
suficientes para identificar o que o livro tem para lhe ensinar. mediato. Imediato porque força a concentrar-se ainda mais no
Então, volte à leitura do capítulo inicial. Leia-o agora que está estudando, o que obriga a uma reflexão mais profunda
refletidamente, tratando de concentrar-se no que diz o texto. Já no momento de escrever; mediato porque poderá servir para o
não se trata de fazer uma leitura passiva, mas de ler com o futuro, no desenvolvimento dos seus estudos. Precisamente por

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isso você deve esforçar-se para anotar com clareza e concisão. para que essa “comunicação” seja clara e tenha sequência
É impossível guardar tudo na memória e um arquivo de leitura lógica. O segredo aqui é fazer a si aa seguinte pergunta:
será um auxiliar inestimável quando você necessitar fazer
Se eu não tivesse lido o livro e uma pessoa me fizesse a
referência ao que já leu.
explanação que estou fazendo, como eu a receberia? Seria
Como se trata de estudar todo o livro, e não apenas o suficiente para que eu entendesse todo o pensamento do
primeiro capítulo, faça o mesmo com demais capítulos. À autor?
medida que sua leitura avançar, não deixe de relacionar os
Essa atitude é importante e constitui um exercício valioso
capítulos entre si. Mas ao estabelecer essa relação continue
para você coordenar as ideias e absorver de fato o que leu.
consultando outras fontes. Essa consulta paralela serve para
Portanto, esteja alerta para que nenhuma ideia significativa do
espicaçar sua mente, ajudando-a a melhor analisar e julgar o
livro fique esquecida na sua “comunicação”.
texto estudo.
Finalmente, comente e discuta o que leu com outras pessoas,
O trabalho, porém, não de acabar com a leitura do último
de preferência com pessoas que tenham estudado o mesmo
capítulo., depois de você ter lido e anotado todo o livro, reveja
tema. Lembre-se, porém, que em nenhum momento a fórmula
suas fichas. Faça criteriosamente essa revisão, confrontando
de Morgan e Deese menciona a necessidade de decorar partes
suas anotações com o texto original para certificar-.se de que
do texto. Isso, em verdade, tem pouco ou nenhum valor. De
estão corretas. Depois, repita ̶ se possível em voz alta ̶ o que
que adiantará citar de memórias paginas inteiras se você não
aprendeu na leitura. Mas trate de fazê-lo como se estivesse
for capaz de absorver a “mensagem” do autor? O que
comunicando-se com alguém. É claro que você pode recorrer
realmente importa é assimilar, absorver o conteúdo do que se
aos seus resumos pessoais para isso, mas tente conseguir
leu, compreender as ideias do autor, saber relacioná-las com
discorrer sobre o livro valendo-se apenas do plano da obra ou
outras e chegar a uma conclusão pessoal honesta sobre o que se
dos esquemas que elaborou na leitura dos capítulos. Esforce-se
estudou.

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Ao aplicar esse método prático você desenvolve a capacidade O método prático que acabamos de apresentar segue o seguinte
de apreensão do tema estudado, é estimulado a produzir ideias, roteiro:
a confrontá-las e julgá-las de modo racional, com espírito
1. Antes de ler, pergunte-se mentalmente o que sabe sobre
científico. Assim, exercitando a mente e a habilidade de
o assunto.
raciocinar, em pouco tempo seu estudo tornar-se-á muito mais
2. Faça uma primeira leitura rápida da obra, procurando
suficiente.
captar o plano do livro.
3. Após a primeira leitura, informe-se melhor sobre o
autor.
4. Releia reflexivamente o primeiro capítulo.
5. Durante a segunda leitura resolva as duvidas que
eventualmente surgirem e prepare fichas com
transcrições dos trechos mais importantes. Anote
também seu esquema do capítulo e suas observações
pessoais sobre o que lê.
6. Faça um resumo do que leu.
7. Proceda da mesma forma com todos os demais
capítulos da obra.
8. Relacione os capítulos entre si.
9. Ao terminar de reler toda a obra, reveja suas fichas de
anotações.
RESUMO ESQUEMÁTICO 10. Discorra oralmente sobre a obra, usando suas próprias
palavras.

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Um roteiro como este é, em geral, suficiente para quem  Quais são as principais etapas do conhecimento de
“começa a aprender a aprender”. No entanto, a leitura do alguma coisa? O conhecimento se faz sempre por fases
estudo é um assunto tao importante que para ele dedicamos ou etapas? É possível ser de outro modo?
todo o capítulo seguinte.  Existe alguma vantagem em se conhecer quais são as
etapas do conhecimento racional?
 A quantidade de informação tem algo a ver com a
qualidade do conhecimento?
QUESTÕES PARA AUTO-AVALIAÇÃO  É possível, na prática, estabelecer-se um plano para
ganhar tempo dedicado ao estudo? Como?
Se compreendeu o que foi dito neste capítulo, tente responder
 Devemos substituir pelo estudo todas as atividades não-
às questões apresentadas abaixo. Para melhor aproveitamento,
essenciais que praticamos? Isso ajuda a eficiência nos
selecione algumas como tema de um trabalho ou de discussão
estudos? Por quê?
com alguém.
 O aprendizado obtido em salas de aulas tem alguma
 Ao ingressar em cursos superiores os estudantes já característica especial?
deveriam dominar métodos de estudos? Por quê?
 É possível ou não preparar previamente uma aula a que
 Um curso universitário bem aproveitado é se vai assistir?
indispensável para o sucesso profissional? Por quê?
 O que se deve fazer para alcançar o “silêncio interior”
 Há necessidades de motivação pessoal para melhorar a capaz de não interferir na recepção de novos
eficiência no estudo ou basta a aplicação de um bom conhecimentos?
método? Por quê?
 Vale a pena, em nome da eficiência, descansar durante
um período de tempo? Por quê?

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 O estudo em grupo elimina o esforço do estudo
individual? Por quê?
 O que é necessário para um grupo de estudos realizar
trabalhos eficientes? Como estabelecer um roteiro
adequado para uma equipe realizar um trabalho capaz
de obter boa avaliação no próximo seminário?
 Existe uma estratégia geral para o estudo individual? Se
existe, qual é ela? Se não existe, é possível criar-se
uma?

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