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INCENTIVO AO HABITO DE LEITURA COMO ALICERCE PARA O DESENVOLVIMENTO

HUMANO

Vanda Angélica da Cunha


RESUMO - Destaca a contribuição da leitura no Indice de Desenvolvimento Humano Mestre em Ciência da
– IDH. Associa o Projeto Livro Livre Salvador, da Universidade Federal da Bahia, à Informação, Universidade
inclusão social. Descreve a estratégia de circulação de livros em locais de maior Federal da Bahia/Brasil.
concentração de público. Apresenta depoimentos de pessoas beneficiadas e aponta Graduada em Biblioteconomia e
pontos fortes e fracos da ação. Documentação. Professora
aposentada da Universidade
Federal da Bahia. Membro
Palavras-chave: Projecto Livro Livre Salvador; Democratização a informação Índice Titular da Academia Baiana de
de Dsenvolvimento Humano – HDI; Inclusão Social. Educação. Membro Titular da
Academia de Letras e Artes do
Salvador.
ENCOURAGING THE HABIT OF READING AS A FOUNDATION FOR avangeli2000@yahoo.com.br
HUMAN DEVELOPMENT

ABSTRACT - . Highlighting the contribution of reading in the Human Development


Index - HDI. Associate Project Book Free Saviour, Federal University of Bahia, social
inclusion. Describes the strategy for circulation of books in areas of highest
concentration of people. Presents testimonials from beneficiaries and indicates
strengths and weaknesses of the action.
. Key-words: Project Livro Livre Salvador; Reading habit; Democratization of
information; Human Development Index – HDI; Social inclusion

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A implementação do Projeto de Extensão Livro Livre Salvador em 2008 e 2009
representa a consolidação de um projeto pedagógico desenvolvido por dezoito anos de
docência na Universidade Federal da Bahia, em que a autora experimentou e logrou bons
resultados através de uma série de projetos utilizando a metodologia que associando o
ensino, a pesquisa, a inovação, a criação e a extensão ultrapassa o limite da sala de aula e
vai interagir com a sociedade.
A experiência se situa, na perspectiva da abordagem de Sousa (2010) ao analisar a
história da extensão na universidade brasileira como o
[...] terceiro momento, em construção ainda, em que as próprias
instituições de ensino superior, representadas pelos docentes,
têm buscado construir uma prática extensionista na perspectiva
de um processo educativo, articulador da universidade com a
sociedade.

Breve olhar sobre a literatura especializada nas áreas de Biblioteconomia, Ciência


da Informação e Educação revela a preocupação com as questões relativas ao livro, leitura
e bibliotecas como instrumentos de desenvolvimento dos indivíduos e das sociedades.
Cresce a inquietação na contemporaneidade, vez que se avolumam as carências por
informação e se avolumam os formatos e canais de comunicação. A leitura permanece,
portanto, sendo a porta de acesso à informação, ao conhecimento e o meio facilitador
para o uso dos variados canais de comunicação.

A leitura para cumprir esse papel requer aprimoramento do seu conceito. Ler não
é apenas decifrar símbolos mas ressignificar esses símbolos dando-lhes sentido para que o
leitor entenda a mensagem que o texto, ou outra qualquer forma ou fonte de informação
de que se utilize quer lhe transmitir, ou com ele dialogar, tornando-o capaz de encontrar
seu próprio sentido da mensagem, não, obrigatoriamente, a significação que o autor
propõe.

Paulo Freire destacado educador brasileiro mundialmente reconhecido nos aponta


através de Gadotti (2003, p. 111) o conceito chave do seu pensamento – Ler o mundo

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para se apropriar do conhecimento. Ler o mundo bem antes de ler palavras. Aí se
destacam as questões da curiosidade e do interesse como base para se construir o
conhecimento. O Projeto de Extensão Livro Livre Salvador fazendo o povo pensar, ao usar
estratégias de interação de pessoas, livros e leituras, ao se valer de recursos de atividades
de animação da leitura na direção do prazer e da curiosidade pelo novo, estimula a
“compartilhar a leitura do mundo lido” e direciona a leitura como “ato de produção e
reconstrução do saber” como destacado pelo autor.

Em Chartier (1999, p. 77) vamos encontrar a assertiva de que “a leitura é sempre


apropriação, invenção, produção de significados.” O que pressupõe o livre pensar do
leitor. O autor destaca:

[...] o leitor é um caçador que percorre terras alheias. Apreendido


pela leitura o texto não tem – de modo algum – ou ao menos totalmente – o sentido que
lhe atribui seu autor, seu editor ou seus comentadores.

Zilberman citada por Paiva et. al. (2007, p. 259) ao referir-se à importante decisão
do Governo Brasileiro de priorizar a escrita e a leitura no ensino fundamental, habilidades
indispensáveis em todo o percurso de aprendizado e construção do conhecimento, seja na
educação formal seja na auto-educação ao longo da vida, ressalta que o fracasso escolar,
em nosso país localiza-se no campo da escrita e da leitura, fundamentais ao domínio do
uso de informação e da construção do conhecimento e, em conseqüência, “o exercício
competente e consciente da cidadania”.

Nossas bibliotecas e bibliotecários se inclinam a favor da tese de desescolarização


do livro. Ou seja, que não se cristalize a imagem negativa desenvolvida a respeito de sua
formalidade de uso, imposição e cobrança de leituras desassociadas da realidade,
curiosidade e interesse dos alunos. No ambiente das bibliotecas e nos projetos e
programas de leitura desenvolvidos pelo governo ou por iniciativa da sociedade prevalece
a motivação do prazer pela leitura diversificada que corresponda aos anseios intelectuais
e da emoção dos leitores.

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Neste sentido o Governo Brasileiro se empenha desde a década de 30 do século
passado em desenvolver políticas públicas que promovam a editoração e circulação de
livros através de escolas, bibliotecas e outros centros de difusão do conhecimento,
iniciativas que estimulem a leitura e a formação de leitores. A primeira política pública de
leitura no Brasil é de 1937 quando é criado o INL – Instituto Nacional do Livro destinado a
tornar efetivas “[...] políticas de bibliotecas publicas, mecanismos institucionais que
facultam o compartilhamento, a difusão e o uso da informação disponível para as
comunidades. O Instituto Nacional do Livro foi extinto em 1990 por fragilidade na
capilarização da política formulada para um país de dimensões tão extensas.
Na década seguinte é criado o Plano Nacional do Livro e da Leitura – PNLL que se
caracteriza por ser um conjunto de projetos, programas, atividades e eventos na área do
livro, leitura, literatura, bibliotecas, numa ação conjunta Estado e sociedade. A estratégia
de franca articulação com todos os ministérios e com governos e municipais dá
consistência ao plano que já desenvolve ações para que sejam criados e articulados ao
PNLL o PELL e o PMLL para atuação nos estados e municípios.
Em Salvador, em 2008, a Câmara Municipal aprova a Lei nº 7.471 que estabelece a
política municipal de estímulo à leitura, ampliação de acesso ao livro, incentivo à
produção literária e editorial, mais um instrumento estimulador de criação de políticas
públicas de leitura para o município.
A questão agora é: porque ainda temos tão reduzido poder de contribuir para a
criação e implementação de políticas publicas de leitura? (CUNHA, 2010)
Rosa e Odonne (2006, p. 191) levantam outra questão:
É função primordial do Estado ocupar-se dos direitos básicos da
população e de seu desenvolvimento econômico e social. A leitura
constitui-se num desses direitos e contribui para o
desenvolvimento. O que se pede ao Estado é a vontade política
para articular, estimular e apoiar experiências qualificadas.
Espera-se, portanto, do Estado a criação de políticas publicas que contribuam para
o desenvolvimento individual e coletivo das sociedades, permitindo, desse modo, a

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elevação do IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que continua a ser integrado por
três dimensões: educação, saúde e renda. O Brasil este ano ocupa 73ª posição entre 169
países avaliados e com novos critérios, mais qualitativos, pelos quais será julgado, a
expectativa é de mais investimento em educação e ampliação de ações de leitura.
O Projeto de Extensão Livro Livre Salvador fazendo o povo pensar foi concebido,
implementado e avaliado na perspectiva dos princípios formulados na literatura citada
neste artigo e buscando alcançar os objetivos de incentivar a leitura entre crianças, jovens
e adultos, ampliar o número de leitores e estimular pessoas, individualmente, e
instituições em ações coletivas, a desenvolver estratégias que permitam a permanente e
intensa troca de livros em locais públicos de maneira espontânea. Seu publico alvo são
leitores potenciais em transito em ruas e praças de bairros no centro da cidade mas
também na periferia e subúrbio ferroviário.
O lançamento ocorreu no Campo Grande, a maior e mais central praça da cidade,
que acolheu um publico expressivo para transformar Salvador no Dia do Bibliotecário – 12
de março de 2008 em uma imensa trilha de livros percorrendo a cidade e permitindo aos
cidadãos realizar a grande viagem da leitura.

Lançamento em praça pública em 12 de março de 2008


Fonte: arquivo do Projeto Livro Livre Salvador

Este artigo faz o registro do percurso de 2 anos de êxito do Projeto Livro


Livre Salvador fazendo o povo pensar e busca analisar que contribuição vem trazendo.

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Sua inspiração foi o BookCrossing movimento mundial em franco desenvolvimento
nos Estados Unidos, Europa e América Latina com iniciativas ainda incipientes no Brasil.
Assim, o Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia através do
NEICI – Núcleo de Extensão se associa a outras instituições para deslanchar o movimento
em Salvador, aproveitando ainda para homenagear Castro Alves, celebrando o 138º
aniversário da publicação Espumas Flutuantes, que inclui o poema O LIVRO E A AMÉRICA,
precursor do incentivo à leitura nos versos: Oh! Bendito o que semeia/ Livros...livros à
mão cheia.../ E manda o povo pensar!/ O livro caindo n’alma/ É germe – que faz a palma,/
É chuva – que faz o mar.
Da inspiração ao planejamento manteve-se o propósito de se conseguir apoio para
a criação e manutenção de sitio para registro e acompanhamento dos livros, nos moldes
da idéia original. Infelizmente não se conseguiu alcançar essa meta, que se configura,
apesar de todo o sucesso da iniciativa, como o ponto fraco que marcou a fragilidade do
projeto. No entanto, a iniciativa se superou em outros aspectos como se observa:
- inovação na cultura do estabelecimento amplo e diversificado leque de parcerias
com universidades, academias literárias e cientificas, editoras, biblioteca públicas,
escolares, universitárias e comunitárias, fundações públicas e privadas, organizações não
governamentais prestadoras de serviço de interesse publico.
- efetiva participação da sociedade na doação de livros para distribuição,
submetidos a seleção, tratamento técnico e mecânico por bolsistas da equipe do projeto.
- intensa participação de alunos voluntários do Instituto de Ciência da Informação.
- participação concreta de bibliotecas comunitárias no planejamento e execução
das ações de circulação de livros.
- envolvimento produtivo com associações de moradores de bairros.
- ampla cobertura da imprensa no lançamento do projeto constando dos arquivos
as matérias veiculadas nos principais jornais, emissoras de radio e televisão, além de
documentário da TV UFBA.
- realização, na Parede Galeria do Instituto de Ciência da Informação, de exposição
anual com o resultado das ações através de fotos e depoimentos em 2009 e 2010. A
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primeira exposição teve por título: Trilhas, trajetos, emoções, memórias em imagens e
depoimentos. A segunda exposição levou por titulo: Leitura em espaços cobertos e a céu
aberto, caminhos para o ensino, a pesquisa, a inovação, a criação e a extensão.
Por questão de espaço são registrados apenas alguns depoimentos de
participantes e beneficiados. A supressão feita no texto foi necessária mas não
compromete o conteúdo. Eis uma mostra desses depoimentos:

Projeto Livro Livre Salvador. Participei com muita satisfação deste excelente projeto. [...]. É
realmente um projeto novo de grande valor para atender o povo baiano de qualquer idade
e nível social, desde quando os livros são bem diversificados e colocados à disposição das
pessoas em diferentes lugares. Acredito que os objetivos devem estar sendo alcançados.
Parabéns a todos que organizaram, trabalharam e se envolveram neste maravilhoso
projeto.

Diva Sá Furtado de Mendonça


Professora aposentada da Rede Estadual de Ensino

Livro Livre Salvador : Uma excelente iniciativa porque estimulando a leitura favorece a
oportunidade do conhecimento e da informação. Interessante, também, porque ao passar
o livro adiante, se dá a chance de outras pessoas igualmente mergulharem na sensação
prazerosa de viajar... lendo!
Evander Jessan - Comunicador da Rádio FAROL FM:87.9

O Projeto Livro Livre Salvador, liberta a população através da cultura. Facilita o acesso a
informação, incentivando a leitura e a troca de conhecimento. É uma ação prática, ao ar
livre e que aproxima, ainda mais, o povo e as praças.
Hendrik Aquino
Designer, Fundador e Editor do Jornal LOCAL.

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O livro que recebi foi novidade para mim porque era de literatura, me proporcionou uma
leitura diferente do dia a dia. Achei muito interessante esse tipo de leitura, me fez lembrar
outras. Li o livro e passei adiante. O Livro Livre Salvador é um estimulo à leitura.
Sargento PM Nailton

Conheço há pouco tempo o Projeto, mas percebi que o Livro Livre Salvador traz uma idéia de que o
livro não é privilegio de alguns. Ele quebra esse tabu, que quem lê é somente quem tem dinheiro
para comprar os últimos lançamentos dos autores preferidos. Esse projeto incentiva a deixar que o
livro exerça sua função mais sublime que é ser gasto nas mãos dos leitores, sejam crianças, adultos
ou de uma idade em que as vistas quase não permitem as leituras diretas, mas aquela leitura de
imagens. Além da dinamicidade proposta pelo projeto, que é de não deixá-lo parado nas gavetas
ou nas estantes de nossas casas servindo apenas para acolher a poeira. Ah! se muitos livros
falassem dos seus sentimentos secretos! O que eles nos diriam!?
Ir. Geralda
(Congregação Ancilas do Menino Jesus)

A motivação proporcionada pelo estímulo de encontrar-se um volume de uma obra


disponível para a leitura com absoluta liberdade é notável para toda pessoa, desde a
infância, qualquer que seja o seu nível social e o grau de seu saber. A natural curiosidade
da pessoa para novos conhecimentos faz com que o achado de um livro desperte o
estímulo para a motivação do leitor. Ao abrir-lhe as páginas ele percebe que se descortina
um mundo de coisas interessantes [...]. E assim desenvolve-se o excelente hábito
individual e social da leitura. Aquele que discretamente disponibiliza o livro para outrem,
deflagrando a corrente de leitores é, sem dúvida, um benemérito da Cultura.
Lamartine de Andrade Lima
Professor Honorário da Faculdade de Medicina da Bahia da Universidade Federal da Bahia
Presidente Emérito do Instituto Bahiano de História da Medicina e Ciências Afins
Vice-Presidente da Academia de Letras e Artes do Salvador – ALAS

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Ao receber o livro do Livro Livre Salvador fiquei satisfeito. Continuo lendo nos finais de semana e já
tenho uma pessoa para passar adiante.
José Luis (Vendedor de picolé)

Concluindo, considera-se importante, também, apontar os pontos fracos que necessitam


ser trabalhados para garantir avanços e sustentabilidade ao Projeto Livro Livre Salvador
fazendo o povo pensar:
- cultura de parcerias ainda pouco desenvolvida
- políticas publicas inconsistentes, sem caráter sistêmico reunindo os três níveis de
governo: Municipal, Estadual, Federal e sociedade civil com o envolvimento dos
setores interessados nas questões do livro, leitura e biblioteca
- cobertura sistemática da imprensa dos eventos nos bairros
- criação de site no modelo do BookCrossing para assegurar condições de
avaliação da circulação e leitura dos livros.

REFERÊNCIAS

CHARTIER, Roger. A aventura do livro do leitor ao navegador. São Paulo:Editora UNESP/


Imprensa Oficial do Estado, 1999.
CUNHA, Vanda A. A importância da literatura na formação do sujeito leitor. Palestra
proferida no 1º Seminário EMredandoleituras. Salvador: Camara Municipal do Salvador,
19 de novembro de 2010.
______. Livro Livre Salvador fazendo o povo pensar. Projeto de Extensão universitária.
Salvador: Instituto de Ciência da Informação/UFBA, 2008-2009.
GADOTTI, Moacir. Saber aprender: um olhar sobre Paulo Freire e as perspectivas atuais da
educação. In: LINHARES, Célia; TRINDADE, Maria de Nazaret (orgs.). Compartilhando o
mundo com Paulo Freire. P. 107-125.
ROSA, Flavia G. M. G.; ODONNE, Nanci. Políticas publicas para o livro, leitura e biblioteca.
Brasília: Ciência da Informação, v.35. n. 3, set./dez 2006, p. 183-193.
SOUSA, Ana Luiza L. A historia da extensão universitária. 2. ed. rev. Campinas, S. P.: Alínea,
2010.

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ZILBERMAN, Regina. Letramento literário: não ao texto, sim ao livro. In: Paiva, Aparecida
et. al. Literatura e letramento: espaços, suportes e interfaces o jogo do livro. Belo
Horizonte: Autentica, 2007.

Nota: Artigo foi publicado em:

Die Förderung der Lesegewohnheit als Grundlage der persönlichen Entwicklung


Vanda Angélica da Cunha
Brasilien

Citation Information. BIBLIOTHEK Forschung und Praxis. Volume 35, Issue 2, Pages 261–
264, ISSN (Online) 1865-7648, ISSN (Print) 0341-4183, DOI: 10.1515/bfup.2011.038,
/July/2011

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