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ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS

CORPO DE CADETES
CURSO DE ENGENHARIA

Manual Escolar

PONTES
SEMIPERMANENTES

1ª Edição
2009
APRESENTAÇÃO

1. O presente trabalho, elaborado pelo Cap CARLOS JOSÉ DE OLIVEIRA SILVÉRIO,


consiste na consolidação dos conhecimentos acerca de pontes semipermanentes existentes
no C 5-34 - Vade-mécum de Engenharia e na Nota de Aula sobre Pontes Semipermanentes
do Curso de Engenharia da Academia Militar das Agulhas Negras.

2. Este Manual Escolar, além de acrescentar ilustrações elucidativas sobre as diversas


partes de uma ponte semipermanente, padroniza as nomenclaturas, as fórmulas dos
cálculos de dimensionamento, as tabelas de consulta e os ábacos constantes das fontes de
consulta supramencionadas. Além disso, acrescenta conhecimentos sobre sinalização,
conservação e reparação de pontes semipermanentes.

3. Solicita-se aos seus usuários a apresentação de sugestões que possam ampliar a


sua clareza e exatidão. As observações deverão referir-se à página, ao parágrafo e à linha
do texto correspondente à modificação sugerida. As justificativas devem ser apresentadas
sobre cada observação, a fim de assegurar sua compreensão e exata avaliação. As
sugestões deverão ser entregues na 3ª Seç do C Eng/AMAN ou por intermédio do e-mail
cengcmt@aman.ensino.eb.br.

“AO BRAÇO, FIRME !”

ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS

2009

2
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx - DFA - AMAN - CC
CURSO DE ENGENHARIA

Manual Escolar
PONTES SEMIPERMANENTES
1ª Edição 2009

O COMANDANTE DO CURSO DE ENGENHARIA DA ACADEMIA MILITAR DAS


AGULHAS NEGRAS, no uso da atribuição que lhe é conferida pelo artigo 47 do
REGIMENTO INTERNO DA AMAN, aprovado pelo Boletim Interno da Diretoria de Formação
e Aperfeiçoamento Nº 041, de 09 de junho de 2009, resolve:

1. Aprovar, para uso interno do Curso de Engenharia da AMAN, o Manual Escolar


PONTES SEMIPERMANENTES, 1ª Edição, 2009.

2. Determinar que este Manual Escolar entre em vigor na data de sua publicação.

______________________________
CÉSAR ALEXANDRE CARLI – Maj
Cmt C Eng /AMAN

3
ÍNDICE DOS ASSUNTOS

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1-1. Finalidade ............................................................................................................. 6

CAPÍTULO II – PARTES DE UMA PONTE SEMIPERMANENTE


ARTIGO I - INTRODUÇÃO
2-1. Generalidades....................................................................................................... 7

ARTIGO II - INFRAESTRUTURA
2-2. Função .................................................................................................................. 7
2-3. Componentes........................................................................................................ 7

ARTIGO II - SUPERESTRUTURA
2-4. Função e componentes ...................................................................................... 13
2-5. Sistema de vigas................................................................................................. 13
2-6. Sistema de piso .................................................................................................. 18
2-7. Rodapé ............................................................................................................... 19
2-8. Corrimão ............................................................................................................. 19

CAPÍTULO III – NOMENCLATURA


3-1. Generalidades..................................................................................................... 20
3-2. Nomenclatura...................................................................................................... 20

CAPÍTULO IV – DIMENSIONAMENTO
4-1. Generalidades..................................................................................................... 22

ARTIGO I - SUPERESTRUTURA
4-2. Dimensionamento da superestrutura .................................................................. 22

ARTIGO II - INFRAESTRUTURA
4-3. Dimensionamento da infraestrutura .................................................................... 40

CAPÍTULO V – SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO


5-1. Generalidades..................................................................................................... 50
5-2. Sinalização ......................................................................................................... 50
5-3. Controle de tráfego ............................................................................................. 52

CAPÍTULO VI – PEDIDO DE MATERIAL


6-1. Generalidades..................................................................................................... 54
6-2. Pedido de material .............................................................................................. 55

CAPÍTULO VII – CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO, REPARAÇÃO E REFORÇO DE


UMA PONTE SEMIPERMANENTE
7-1. Fases da construção........................................................................................... 59
7-2. Trabalhos de conservação, reparação e reforço................................................. 60

4
CAPÍTULO VIII - EXERCÍCIOS DE DIMENSIONAMENTO
8-1. Exercícios de superestrutura .............................................................................. 62
8-2. Exercícios de infraestrutura ................................................................................ 66
8-3. Exercícios de superestrutura e infraestrutura ..................................................... 67

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 69

(intencionalmente em branco)

5
CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1-1. FINALIDADE

a. Realizada a transposição de um curso d’água pelas Divisões em 1º Escalão, o


Exército de Campanha solucionará o problema da liberação do material de equipagem
empregado na construção de pontes. Esse material de equipagem, por ser normalmente
escasso em um Teatro de Operações (TO), deve estar sempre em condições de ser
novamente empregado em futuras eventualidades.

b. A substituição de uma ponte de equipagem é feita pela construção de uma Ponte


Semipermanente.

c. Como a construção desse tipo de ponte é demorada, não é ela uma tarefa comum
para a Engenharia Divisionária.

d. Normalmente, a execução dessa missão é atribuída às unidades de Engenharia


pertencentes ao Escalão Exército de Campanha.

e. Excepcionalmente, em trabalhos de manutenção da Rede Mínima de Estradas,


caberá a Engenharia Divisionária a tarefa de construir, reconstruir ou reaparar pontes
semipermanentes.

Fig 1-1. Ponte semipermanente

6
CAPÍTULO 2

PARTES DE UMA PONTE SEMIPERMANENTE

ARTIGO I

INTRODUÇÃO

2-1. GENERALIDADES
a. A ponte semipermanente sobre suportes fixos é o tipo mais comum e será o
objeto de estudo deste manual escolar.
b. As pontes semipermanentes sobre suportes fixos podem ser divididas em duas
partes principais: infraestrutura e superestrutura.

Fig 2-1. Partes principais de uma ponte semipermanente

ARTIGO II

INFRAESTRUTURA

2-2. FUNÇÃO

A função principal da infraestrutura é receber as cargas da superestrutura e as


transmitir para o solo por meio de seus componentes.

2-3. COMPONENTES

a. Encontros - São os apoios extremos da ponte. Neste trabalho são abordados três
tipos principais de encontros, a saber:

7
(1) O Encontro de sapatas é o tipo mais comum de encontro e possui três partes
principais: Dormente, Sapata e Batente.

BATENTE

DORMENTE

SAPATA

Fig 2-2. Encontro de Sapatas

(a) Dormente - Peça na horizontal, com seção retangular, com sua maior
dimensão na horizontal, a fim de que sejam obtidas maior superfície de apoio e maior
estabilidade. Os dormentes devem ficar afastados das margens o suficiente para prevenir
desmoronamento. O local da sua instalação variará com a profundidade da brecha e com
a inclinação da margem, respeitando-se a conhecida Relação de Repouso das Terras
(2V / 3H).

Posição

1ª Margem
2ª Margem
Curso d’água
H = 2V/3

Fig 2-3. Local de instalação dos dormentes

(b) Sapata - Peça disposta transversalmente em relação ao dormente com a


finalidade de aumentar a superfície de contato com o solo possibilitando melhor
distribuição da carga total recebida pelo dormente ao solo.
8
(c) Batente - Pranchão colocado de cutelo junto ao dormente, para evitar que a
terra escorregue para o intervalo das vigas.

(2) Encontro de estacas cravadas - Permite que a ponte seja instalada em um


ponto do terreno com menor capacidade suporte pois suas estacas são cravadas até
que se encontre um suporte adequado. Esse encontro possui as seguintes partes:
batente, chapéu e estacas.

BATENTE CHAPÉU ESTACA

Fig 2-4. Encontro de Estacas Cravadas

(3) Encontro de pernas ancoradas - Permite que a ponte esteja sujeita a


esforços longitudinais como por exemplo possibilidade de desmoronamento de encostas.
Esse encontro possui as seguintes partes: peça de ancoragem, batente, chapéu, perna,
sapata, bloco de apoio, bloco de compressão.

PEÇA DE ANCORAGEM

CHAPÉU
SAPATA
BATENTE BLOCO DE COMPRESSÃO
PERNA BLOCO DE APOIO

Fig 2-5. Encontro de Pernas Ancoradas


9
O emprego dos tipos de encontros deve seguir a orientação da tabela abaixo:

TIPO VÃO ALTURA DETALHES


Somente para pontes rodoviárias.
Encontro
Até 7,6 m Até 0,9 m Calculado somente para cargas verticais e
de sapatas
vigas de madeira ou aço.
Somente para pontes rodoviárias.
Encontro de
Calculado para cargas verticais.
pernas Até 9,2 m Até 1,8 m
Dormente usado para estabilidade horizontal.
ancoradas
Utilizado para vigas de madeira ou aço.
Encontro de
Qualquer Projetado para cargas verticais e longitudinais
estacas Até 3,0 m
comprimento com vigas de madeira ou aço.
cravadas
Tab 2-1. Orientação para escolha de encontros

b. Suportes fixos intermediários - São utilizados para transmitir ao solo as cargas


da superestrutura. Os tipos mais comuns são:

(1) Cavaletes sobre sapatas - Usado em brechas secas, em cursos d’água de


correnteza fraca e de fundo resistente ou quando não houver bate-estacas e é composto
de chapéu, soleira, pernas, contraventamento transversal e sapatas.

TALA

SAPATA
PERNA

CHAPÉU
SOLEIRA

CONTRAVENTAMENTO TRANSVERSAL

Fig 2-6. Cavalete sobre Sapatas

(a) Chapéu - Peça na horizontal superior, com sua maior dimensão na vertical.

10
(b) Soleira - Peça na horizontal inferior, com sua maior dimensão na vertical.

(c) Perna - Peça vertical colocada entre o chapéu e a soleira, com suas
extremidades totalmente apoiadas nessas duas peças horizontais. A distância centro a
centro das duas pernas extremas do cavalete deve ser igual à largura útil da ponte.
Devemos empregar no mínimo 04 pernas para ponte de uma via e no mínimo 07
pernas para ponte de duas vias.

(d) Contraventamento transversal - Usados em diagonal, um de cada lado


porém cruzados, fixando todo o conjunto. São empregados em cavaletes com mais de
1,20m de altura e com medidas mínimas de 25cm x 5cm.

(e) Sapata - Emprego semelhante ao das sapatas do encontro.

(f) Tala - Utilizadas para auxiliar na fixação das pernas ao chapéu e à soleira.

(2) Cavaletes de estacas cravadas - São utilizados em cursos d’água de


correnteza forte ou de fundo pouco resistente. É semelhante ao cavalete sobre sapatas,
só que não tem soleiras. As estacas, que substituem as pernas, são cravadas no solo, e
depois cortadas na altura conveniente para receberem o chapéu. Contraventamentos
transversais devem ser colocados sempre que o cavalete ficar com mais de 2,50m de
altura livre (da lâmina de água ao topo do chapéu).

CHAPÉU

PERNA CONTRAVENTAMENTO TRANSVERSAL

Fig 2-7. Cavalete de Estacas Cravadas

11
(3) Pilar de cavaletes sobre sapatas - Aplicado sempre que o cavalete sobre
sapatas não for suficiente para suportar a carga da ponte.

APOIO DE CHAPÉU CHAPÉU COMUM

SAPATA

PERNA

CONTRAVENTAMENTO TRANSVERSAL

TALA SOLEIRA

CONTRAVENTAMENTO LONGITUDINAL

Fig 2-8. Pilar de Cavaletes sobre Sapatas

(4) Pilar de cavaletes de estacas cravadas - Aplicado sempre que o cavalete de


estacas cravadas não for suficiente para suportar a carga da ponte.

APOIO DE CHAPÉU
CHAPÉU COMUM

ESTACA

CHAPÉU

CONTRAVENTAMENTO TRANSVERSAL
CONTRAVENTAMENTO LONGITUDINAL

Fig 2-9. Pilar de Cavaletes de Estacas


12
ARTIGO II

SUPERESTRUTURA

2-4. FUNÇÃO E COMPONENTES

A função principal da superestrutura é suportar as cargas móveis (viaturas e tropas)


e as cargas permanentes (peso próprio) e as transmitir para a infraestrutura, sendo
composta das seguintes partes: sistema de vigas e sitema de piso.

2-5 SISTEMA DE VIGAS

a. As vigas são as peças que suportam as cargas, por isso devem ser igualmente
espaçadas sobre os suportes. As vigas externas devem ser colocadas de tal maneira que
a distância entre as suas faces externas coincida com a largura útil do tabuleiro da ponte
(via), isto é, o espaço compreendido entre as faces internas do rodapé.

b. Devem ser observadas as seguintes larguras úteis mínimas de acordo com a


classe da ponte e o número de vias.

LARGURA MÍNIMA ENTRE RODAPÉS


CLASSE
UMA VIA DUAS VIAS
4 – 12 2,75 m 5,50 m
13 – 30 3,35 m 5,50 m
31 – 60 4,00 m 7,30 m
61 – 100 4,50 m 8,20 m

Tab 2-2. Larguras mínimas de pontes


c. As vigas tem sempre sua maior dimensão na vertical. Quando se usam vigas de
aço, sobre elas se usam “talas de pregação”, de madeira, para permitir a fixação dos
pranchões do piso de repartição.

TALA DE PREGAÇÃO

Fig 2-10. Sistema de vigas e tala de pregação


13
d. As vigas devem ser fixadas aos suportes por grampos, pinos ou parafusos, para
se evitar oscilações ou deslocamentos sob a ação do trânsito, o seu comprimento deve
ultrapassar o eixo tranversal dos suportes intermediários em 15 cm. Assim, as vigas dos
lances adjacentes terão suas extremidades justapostas ao invés de topo a topo.

15 cm – TRANSPASSO DO EIXO DO CHAPÉU

Fig 2-11. Vigas justapostas

e. Quando, por falta de espaço, for necessário colocar as vigas topo a topo, um novo
elemento chamado balancim será necessário conforme a figura abaixo.

VIGA

CHAPA DE FIXAÇÃO

BALANCIM

CHAPÉU

Fig 2-12. Detalhe do balancim

14
f. Podemos encontrar vigas de diversos tipos, materiais e formas. Serão objetos de
estudo as vigas de madeira (seção retangular e circular) e vigas de aço (tipo CSN).
Vejamos abaixo as características das vigas de madeira seção retangular e circular:

DIMENSÕES MOMENTO Adm Esf CORTANTE Adm VÃO MÁXIMO

b x d (cm) b x d (pol) m (t x cm) q (t) Lmáx (cm)

10 x 20 4x8 117,96 1,45 2,90


* 10 x 25 4 x 10 184,35 1,81 3,63
* 10 x 30 4 x 12 265,54 2,18 4,36
15 x 20 6x8 177,02 2,18 2,90
15 x 25 6 x 10 276,60 2,72 3,63
15 x 30 6 x 12 398,30 3,27 4,36
* 15 x 35 6 x 14 542,14 3,81 5,09
* 15 x 40 6 x 16 708,00 4,35 5,82
* 15 x 45 6 x 18 896,18 4,90 7,77
20 x 20 8x8 236,08 2,90 2,90
20 x 25 8 x 10 369,26 3,63 3,63
20 x 30 8 x 12 531,07 4,35 4,36
20 x 35 8 x 14 723,31 5,08 5,09
20 x 40 8 x 16 944,59 5,80 5,82
* 20 x 45 8 x 18 1194,91 6,53 6,55
* 20 x 50 8 x 20 1475,66 7,44 7,25
* 20 x 55 8 x 22 1785,45 7,98 7,99
* 20 x 60 8 x 24 2124,29 8,71 8,71
25 x 25 10 x 10 460,54 4,54 3,63
25 x 30 10 x 12 663,84 5,44 4,36
25 x 35 10 x 14 903,10 6,35 5,09
25 x 40 10 x 16 1179,70 7,26 5,82
25 x 45 10 x 18 1493,64 8,16 6,55
25 x 50 10 x 20 1843,54 9,07 7,25
* 25 x 55 10 x 22 2230,78 9,98 7,99
* 25 x 60 10 x 24 2655,36 10,89 8,72
30 x 30 12 x 12 796,61 6,53 4,36
30 x 35 12 x 14 1084,27 7,62 5,09
30 x 40 12 x 16 1416,19 8,70 5,82
30 x 45 12 x 18 1792,37 9,80 6,55
30 x 50 12 x 20 2212,80 10,89 7,25
30 x 55 12 x 22 2677,49 11,98 7,99
Tab 2-3. Características das vigas de madeira – seção retangular

15
DIMENSÕES MOMENTO Adm Esf CORTANTE Adm VÃO MÁXIMO
b x d (cm) b x d (pol) m (t x cm) q (t) Lmáx (cm)
30 x 60 12 x 24 3180,90 13,06 8,72
35 x 35 14 x 14 1265,45 8,89 5,09
35 x 40 14 x 16 1652,69 10,16 5,82
35 x 45 14 x 18 2091,10 11,43 6,55
35 x 50 14 x 20 2582,06 12,70 7,25
35 x 55 14 x 22 3125,60 13,97 7,99
35 x 60 14 x 24 3720,27 15,24 8,71
40 x 40 16 x 16 1887,80 11,61 5,82
40 x 45 16 x 18 2389,82 13,06 6,55
40 x 50 16 x 20 2945,79 14,51 7,25
40 x 55 16 x 22 3568,14 15,97 7,99
40 x 60 16 x 24 4245,81 17,42 8,72
45 x 45 18 x 18 1688,55 14,70 6,55
45 x 50 18 x 20 3319,20 16,33 7,25
45 x 55 18 x 22 4010,70 17,96 7,99
45 x 60 18 x 24 4785,18 19,60 8,72
* Necessário contraventamento lateral no meio do vão.
b
Para vigas circulares não incluídas
(m = 0,0029 x b x d2 ) d
2
(q = 0,00726 x d / 1000)
Tab 2-3. Características das vigas de madeira – seção retangular (continuação)

DIMENSÕES MOMENTO Adm Esf CORTANTE Adm VÃO MÁXIMO


ø (cm) b x d (pol) m (t) q (t) Lmáx (cm)

20 8 138,99 2,58 2,90


22,5 9 197,91 3,27 3,26
25 10 271,48 3,99 3,63
27,5 11 360,96 4,80 3,99
30 12 468,84 5,76 4,36
32,5 13 596,07 6,80 4,72
35 14 745,44 7,89 5,09
40 16 1.111,93 10,25 5,82
45 18 1.583,54 12,97 6,55
50 20 2.172,69 16,06 7,25
55 22 2.890,47 19,37 7,99
60 24 3.747,93 23,04 8,72
3 2
Para vigas circulares não incluídas (m = 0,0174 x d ) e (q = 6,41 x d / 1000)
d = diâmetro da viga
Tab 2-4. Características das vigas de madeira – seção circular
16
DIMENSÕES d b Tf tw m Q Lm Sc
(pol ou mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (t x cm) (t) (m) (m)
76,2 59,2 4,32 52,44 3,15 2,0
I (3 x 2 3/8) ou
76,2 61,2 6,6 6,38 56,24 4,66 2,3 2,1
76,2 x 60,3
76,2 63,7 8,86 60,80 6,47 2,2
101,6 67,6 4,83 94,43 4,86 2,0
I (4 x 2 5/8) ou 101,6 69,2 6,43 99,56 6,47 2,0
7,4 3,1
101,6 x 66,7 101,6 71,0 8,28 105,64 8,33 2,1
101,6 72,9 10,16 111,91 10,23 2,1
127,0 76,2 5,33 152,76 6,82 2,0
I (5 x 3) ou
127,0 79,7 8,3 8,81 170,62 11,27 3,8 2,1
203,2 x 101,6
127,0 83,4 12,55 189,62 16,06 2,2
152,4 84,6 5,84 229,14 9,08 2,0
I 8 x 4 ou
152,4 87,5 9,1 8,71 250,23 13,54 4,6 2,1
203,2 x 101,6
152,4 90,6 11,81 273,03 18,37 2,2
203,2 101,3 6,86 448,40 14,44 2,2
I 8 x 4 ou 203,2 103,6 8,86 475,00 18,65 2,2
10,8 6,1
203,2 x 101,6 203,2 105,9 11,20 505,40 23,58 2,3
203,2 108,3 13,51 535,80 28,45 2,3
254,0 118,4 7,90 769,50 20,98 2,3
I 8 x 4 ou 254,0 121,8 11,40 839,80 30,27 2,4
12,5 7,6
203,2 x 101,6 254,0 125,6 15,10 915,80 40,10 2,5
254,0 129,3 18,80 991,80 49,93 2,5
304,8 133,4 11,70 1411,70 36,83 2,9
I 8 x 4 ou 304,8 136,0 14,40 1491,50 45,33 3,0
16,7 9,2
203,2 x 101,6 304,8 139,1 17,40 1582,70 54,77 3,1
304,8 142,2 20,60 1673,90 64,84 3,1
381,0 139,7 10,40 1852,50 45,95
I 8 x 4 ou 381,0 140,8 11,50 1901,90 50,81
- 11,5 -
203,2 x 101,6 381,0 143,3 14,00 2015,90 61,87
381,0 145,7 16,50 2131,80 72,91
457,2 152,4 11,70 2781,60 57,26 2,4
I 8 x 4 ou 457,2 154,6 13,90 2927,90 68,04 2,4
17,6 13,7
203,2 x 101,6 457,2 156,7 16,00 3064,70 78,32 2,4
457,2 158,8 18,10 3203,40 88,60 2,4
508,0 177,8 15,20 4617,00 81,35 3,3
508,0 179,1 16,60 4712,00 88,84 3,3
I 8 x 4 ou
508,0 181,0 23,3 18,40 4864,00 98,47 15,2 3,3
203,2 x 101,6
508,0 182,9 20,30 5035,00 108,64 3,4
508,0 184,7 22,20 5187,00 118,81 3,4

m = d x tf x w tf

tw
q = 1,16 x di x tw d di
w
w

Tab 2-5. Características das vigas de aço – C S N

17
g. Os contraventamentos laterais são usados para evitar a flambagem lateral das
vigas (flexão transversal sofrida por compressaõ axial). Para as vigas de aço, esses
contraventamentos consistem de pequenas seções do mesmo material das vigas ou
ainda de tubos. Podem ser soldados, rebitados, pregados ou parafusados no local.

VIGA NORMAL

VIGA FLAMBADA

Fig 2-13. Flambagem de uma viga metálica

h. Quando a superestrutura for formada por vigas de aço, serão colocadas placas de
apoio, de madeira, posicionadas entre as vigas e os encontros.

2-6. SISTEMA DE PISO

a. Há dois tipos de piso: o contínuo (mais utilizado) e o laminado.

b. O piso contínuo consiste de duas camadas de pranchões. A inferior a superior.

(1) A camada inferior, transversal ao sentido da ponte é denominado piso de


repartição. Nesta camada os pranchões devem distar entre si de 0,5 a 2,5 cm para
facilitar a drenagem e como margem de segurança para o inchaço das peças. O
comprimento dos pranchões deve exceder de 60 cm a largura da via, 30 cm para cada
lado, exceto a cada 5º pranchão que excede a largura da via em 2,0 m, sendo 1,0 m para
cada lado.

(2) A camada superior de pranchões, disposta longitudinalmente sobre o piso


de repartição, é denominada piso de uso. Este recebe o contato das viaturas que
atravessam a ponte. O seu desgaste não compromete a capacidade da ponte. Sem o piso
de uso o piso de repartição sofreria desgaste e, com o tempo, reduziria a classe da ponte.

c. O piso laminado é constituído de sarrafos dispostos de cutelo, com espaçamento


variável.

18
2-7. RODAPÉ

Normalmente se usa apenas o rodapé externo, constituído de vigas de madeira que


são unidas topo a topo e fixadas ao piso de repartição por intermédio dos blocos de
rodapé cujo uso aumenta a segurança para as viaturas e permite uma melhor
manutenção e limpeza da ponte. As faces internas do rodapé limitam a via (largura útil da
ponte).

2-8. CORRIMÃO

Colocado em ambos os lados da ponte, não é imprescindível a uma ponte e possui


duas funções principais: prover segurança para pedestres e servir de guia para
motoristas. Suas partes principais podem ser identificadas na figura abaixo:

ESCORA CORRIMÃO

BALAÚSTRE
RODAPÉ

BLOCO DE RODAPÉ
VIGA

Fig 2-14. Peças do corrimão

(intencionalmente em branco)

19
CAPÍTULO 3

NOMENCLATURA

3-1. GENERALIDADES
Este capítulo visa a padronizar as diferentes nomenclaturas encontradas em
diversas fontes de consulta. Para isso, adotou-se o que prescreve o manual C 5-34 -
Vade-mécum de Engenharia.

3-2. NOMENCLATURA
SIGLA NOME UNIDADE
SUPERESTRUTURA
Cl Classe -
E Espessura cm ou pol
G Carga permanente, por metro de viga, devido ao peso da ponte t/m
G Carga permanente, por metro de ponte, devido ao seu peso t/m
Gcor Carga permanente corrigida para largura útil de 7,30 m t/m
L Vão da ponte m
Lm Vão máximo admitido por determinada viga m
Lu Largura útil da ponte m
M Momento fletor total, por viga t x cm
mg Momento fletor total, por viga, devido à carga permanente t x cm
mm Momento fletor total, por viga, devido às cargas móveis t x cm
Mm Momento fletor máximo devido às cargas móveis t x cm
N Número de vias -
N1,2 Menor valor entre N1 e N2 -
N1 Número efetivo de vigas para tráfego em um sentido -
N2 Número efetivo de vigas para tráfego em dois sentidos -
Nv Número de vigas -
Nc Número de contraventamentos laterais -
S Espaçamento m
Sc Espaçamento centro a centro, máximo, admitido m
Q Esforço cortante total, por viga t
qg Esforço cortante, por viga devido à carga permanente t
qm Esforço cortante, por viga devido às cargas móveis t
Qm Esforço cortante máximo devido às cargas móveis t
INFRAESTRUTURA – CAVALETE SOBRE SAPATAS
L1 1º vão m
L2 2º vão m
Le Vão efetivo = Vão total m
PT Peso total do cavalete t
G1 Carga permanente, por metro de ponte, devido ao seu peso (L1) t/m
G2 Carga permanente, por metro de ponte, devido ao seu peso (L2) t/m
Capp Capacidade por perna t
2
Ap Área da seção transversal da perna cm
Hp Altura da perna
Np Número de pernas -
Lsap Comprimento da sapata cm
esap Espessura da sapata cm
bsap Base da sapata cm
Nsap Número de sapatas (> ou = a Np) -
Capsap Capacidade por sapata t
Asap Área da sapata cm2
K Fator para determinação do Lsap (em função esap e RCS) cm

Tab 3-1. Nomenclatura das pontes semipermanentes


20
SIGLA NOME UNIDADE
Ssap Espaçamento centro a centro entre as sapatas cm
bsol Base da soleira (> dimensão) cm
dsol Altura da soleira cm
Lsol Comprimento da soleira cm
RCS (δ) Índice de resistência à compressão dos solos kg / cm2
INFRAESTRUTURA – CAVALETE DE ESTACAS CRAVADAS
H Penetração média da estaca, por batida, para as 06 últimas batidas cm
H Altura média de queda do maço, para as 06 últimas batidas m
H1 Altura média de queda do maço pneumático ou a vapor m
P Peso do maço Kg
P Capacidade de carga para o atrito lateral estimada por estaca Kg
P1 Peso do maço pneumático ou a vapor Kg
P2 Energia de cravação, por golpe do bate-estaca, de dupla ação Kg x m
Nen Número de estacas necessárias -
De Diâmetro da estaca m
E Espaçamento entre estacas m
Emín Espaçamento mínimo entre estacas m
Emáx Espaçamento máximo entre estacas m
He Altura da estaca (Borda superior margem ao fundo do rio ou leito) m
Hmáx Altura máxima suportada pela perna ou estaca m
INFRAESTRUTURA – APOIO DE CHAPÉU, CHAPÉU E SOLEIRA
La Comprimento do apoio do chapéu m
Ma Momento fletor no cavalete txm
ma (=m da peça) Momento fletor máximo admissível por apoio txm
ba Base do apoio de chapéu (< dimensão) cm
da Altura do apoio do chapéu (> dimensão) cm
Na,v O menor entre os números de chapéus e vigas -
Ea Espaçamento entre os apoio de chapéu cm
Qa Esforço cortante no cavalete t
qa (=q da peça) Esforço cortante máximo admissível por apoio t
dch Altura do chapéu (> dimensão) cm
bch Base do chapéu (< dimensão) cm
INFRAESTRUTURA – ENCONTROS
bdor Base do dormente (< dimensão) cm
ddor Altura do dormente (> dimensão) cm
Ldor Comprimento do dormente m
Lpa Comprimento da placa de apoio da viga aço no encontro cm
bpa Base da placa de apoio da viga de aço no encontro cm
epa Espessura da placa de apoio da viga de aço no encontro cm
Tab 3-1. Nomenclatura das pontes semipermanentes (continuação)

21
CAPÍTULO 4

DIMENSIONAMENTO

4-1. GENERALIDADES

A sequência dos cálculos aqui apresentada é um processo expedito, para cálculo e


dimensionamento rápidos.

ARTIGO I

SUPERESTRUTURA

4-2. DIMENSIONAMENTO DA SUPRESTRUTURA

a. Vigas de madeira (para vigas de aço ver letra c. Pag. 34) - Para dimensionarmos
as vigas de madeira necessitamos entrar com os dados do momento fletor total por viga
(m) e esforço cortante total por viga (q) nas tabelas 2-3 (Pag 15) ou 2-4 (Pag 16) para
tanto, precisamos fazer os cálculos que se seguem:

(1) Levantar os dados iniciais necessários:

(a) Classe da ponte (Cl)

(b) Número de vias (N)

(c) Largura útil (Lu): se não for dada considerar a mínima para a classe e
número de vias desejados pela tabela 2-2 (Pag 13).

(d) Comprimento do vão (L)

(2) Determinar o número necessário de vigas (Nv)

(a) Nv = (Lu / 1,829) + 1

(b) (mínimo de 4 vigas)

(c) (aproximar para menos se a fração decimal for menor que 0,09)

(3) Determinar o espaçamento centro a centro das vigas (S)

(a) S = Lu / (Nv -1)

(b) Não aproximar o resultado.

(4) Determinar o valor de (N1)

N1 = (1,524 / S) + 1

22
(5) Determinar o valor de (N2) (somente será calculado se a ponte tiver 02 vias)

N2 = 3 / 8 x Nv

(6) Adotar N1,2 = Menor valor entre N1 e N2

(7) Determinar o valor de (Mm)

Utilizar as tabelas 4-1 e 4-2, a seguir, adotando o maior valor encontrado entre
elas ou os ábacos das figuras 4-1 e 4-2, caso o vão ou classe não exista nas tabelas,
adotando o maior valor encontrado.

VÃO EM METROS

3,0 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0

4 170,3 228,4 267,3 306,4 354,4 405,5 507,6 609.8 712,0 814,2 916,3 1018,5

C 8 374,3 499,0 561,4 623,8 686,1 748,5 873,3 1061,4 1254,4 1467,7 1671,1 1874,6

L 12 544,5 726,0 816,8 907,5 998,3 1099,1 1375,6 1670,3 1965,0 2275,9 2615,5 2955,3

A 16 680,3 907,0 1020,4 1137,1 1286,2 1428,4 1766,6 2129,6 2492,5 2883,7 3302,2 3720,8
S 20 748,5 1187,6 1296,3 1485,9 1676,0 1866,6 2310,4 2786,6 3262,8 3770,4 4313,3 4856,3
S 24 863,5 1302,9 1525,0 1748,0 1971,7 2195,9 2724,6 3291,4 3858,3 4451,5 5085,5 5719,7
E 30 950,1 1433,6 1678,0 1923,4 2169,4 2416,2 3009,4 3644,0 4278,8 5607,8 6370,5 7435,1
S 40 1156,5 1693,6 1982,3 2272,2 2562,9 2854,4 3438,5 4113,0 4860,3 5607,8 6370,5 7435,1

50 1368,5 1955,1 2288,3 2622,9 2958,6 3295.0 3969,5 4746,2 5607,2 6468,4 7500,2 8810,9

Tab. 4-1. Momento Fletor Máximo (Vtr sobre rodas)

VÃO EM METROS

3,0 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0

4 189,2 279,9 325,3 370,7 416,0 461,4 552,2 642,9 733,7 824,4 915,2 1005

C 8 364,8 546,3 637,0 727,8 818,5 909,3 1090 1272 1453 1653 1816 1998

L 12 443,7 716,0 852,1 988,2 1124 1260 1532 1805 2077 2349 2621 2894
A 16 591,6 954,6 1135 1317 1499 1680 2043 2406 2769 3132 3495 3858
S 20 739,2 1192 1419 1646 1872 2099 2553 3006 3460 3913 4367 4820
S 24 887,1 1431 1703 1975 2247 2519 3064 3608 4152 4696 5241 5785
E 30 914,1 1582 1922 2262 2602 2943 3623 4304 4984 5665 6345 7026
S 40 1115 1968 2422 2875 3329 3783 4690 5597 6504 7412 8319 9226

50 1288 2290 2857 3424 3991 4558 5692 6826 7960 9094 10228 11362

Tab. 4-2. Momento Fletor Máximo (Vtr sobre lagartas)

23
400

300

200

150

100
90
80
70
60
50
40

30
25
20

15

10
9
8
7
6
5 CONSULTA

3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 25 30 40 50 60 90

Vão em metros
Fig. 4-1. Momento Fletor Máximo em t x cm (Vtr sobre rodas)
24
400

300

200

150

100
90
80
70
60
50
40

30
25
20

15

10
9
8
7
6
5 CONSULTA

3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 25 30 40 50 60 90

Vão em metros

Fig. 4-2. Momento Fletor Máximo em t x cm (Vtr sobre lagartas)

25
(8) Determinar o valor de (mm)

mm = Mm / N1,2

(9) Determinar o valor de (G) na figura 4-3, abaixo

Piso e de concreto

Piso e vigas caixão


E vigas de aço
VÃO VÃO

de concreto
45 Piso de madeira e vigas de aço 45

6,5
40 16 40

Piso e vigas “T” de concreto


35 15 35
6,0
3,0
14
30 30
5,5
13
25 25
2,5
Piso e vigas de madeira

5,0 12
11
20 20

11
10
15 4,5 15
2,0
5

10 9 10 Consulta
2 4,0

5 1,5 1,5 5

Fig. 4-3. Ábaco para cargas permanentes (G)

(10) Determinar o valor de (Gcor) porque o ábaco foi montado para uma largura útil
de 7,3 metros.

Gcor = G x Lu / 7,3

(11) Determinar o valor de (g)

g = G / Nv
26
(12) Determinar o valor de (mg)

mg = g x L2 / 8 x 100

(13) Calcular (m)

m = mm + mg

(14) Escolha da viga

Com o valor de (m), escolher uma viga nas Tab. 2-3 (Pag 15) ou Tab. 2-4 (Pag 16).

(15) Determinar o valor de (Qm)

Utilizar as Tab. 4-3 e 4-3, a seguir, adotando o maior valor encontrado entre
elas ou os ábacos das Fig. 4-4 e 4-5, caso o vão ou classe não exista nas tabelas,
adotando o menor valor encontrado.

VÃO EM METROS

3,0 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0

4 2,53 2,77 2,92 3,04 3,13 3,21 3,34 3,43 3,50 3,56 3,61 3,65

C 8 4,99 4,99 4,99 5,18 5,45 5,67 6,03 6,30 6,50 6,67 6,80 6,92

L 12 7,26 7,70 8,00 8,37 8,68 8,94 9,35 9,66 9,90 10,09 10,24 10,37
A 16 9,40 10,00 10,34 10,76 11,00 11,40 11,83 12,17 12,43 12,64 12,81 12,93
S 20 12,28 13,07 13,52 14,07 14,52 14,90 15,50 15,94 16,28 16,56 16,78 16,78
S 24 14,45 15,37 15,92 16,60 17,15 17,61 18,33 18,88 19,30 19,64 19,91 20,14
E 30 15,90 16,92 17,54 18,32 18,97 19,50 20,34 20,98 21,48 21,86 22,18 22,45
S 40 18,78 19,98 20,38 20,86 21,68 22,37 23,45 24,89 26,07 27,10 27,93 28,63

50 21,68 23,07 23,53 24,07 25,02 25,81 27,05 29,45 31,22 32,63 33,79 34,78

Tab. 4-3. Esforço Cortante Máximo em t (Vtr sobre rodas)

VÃO EM METROS

3,0 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0

4 2,52 2,80 2,90 2,97 3,03 3,08 3,16 3,22 3,26 3,30 3,33 3,35

C 8 4,86 5,46 5,66 5,82 5,95 6,06 6,23 6,36 6,46 6,54 6,61 6,66

L 12 5,92 7,16 7,57 7,90 8,18 8,40 8,76 9,03 9,23 9,40 9,53 9,65
A 16 7,89 9,55 10,10 10,54 10,90 11,20 11,67 12,03 12,31 12,53 12,71 12,86
S 20 9,86 11,92 12,62 13,17 13,62 14,00 14,60 15,03 15,38 15,65 15,88 16,07
S 24 11,83 14,31 15,14 15,80 16,35 16,80 17,51 18,04 18,46 18,79 19,09 19,28
E 30 12,19 15,82 17,09 18,10 18,93 19,62 20,71 21,52 22,15 22,66 23,07 23,42
S 40 14,87 19,69 21,53 23,00 24,22 25,22 26,80 27,99 28,91 29,65 30,25 30,76

50 17,18 22,91 25,40 27,40 29,03 30,39 32,53 34,13 35,28 36,38 37,19 37,88

Tab. 4-4. Esforço Cortante Máximo em t (Vtr sobre lagartas)

27
200

150

100
90
80

70

60

50

40

30

25 CONSULTA

20

10

3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 25 30 40 50 60 90

Vão em metros
Fig. 4-4. Esforço Cortante em t (Vtr sobre rodas)

28
200

150

100
90
80

70

60

50

40

30

25 CONSULTA

20

10

3 4 5 6 7 8 9 10 15 20 25 30 40 50 60 90

Vão em metros

Fig. 4-5. Esforço Cortante em t (Vtr sobre lagartas)

(16) Determinar o valor de (qm)

qm = 3 x (Qm / 16) x (N1,2 + 1) / N1,2

29
(17) Determinar o valor de (qg)

qg = g x L / 2

(18) Calcular (q)

q = qm + qg

(19) Escolha da viga


Com o valor de (q), escolher uma viga de madeira nas Tab. 2-3. ou Tab. 2-4.
Adotar a viga de menor dimensões que satisfaça às condições das letras (n) e (s).
(20) Determinar o vão máximo (Lm) suportado pela viga adotada
Se o valor do vão máximo for menor que o vão a ser transposto deve-se
aumentar o número de vigas e refazer os cálculos.
(21) Determinar os contraventamentos laterais
Ver Tab. 2-3. ou Tab. 2-4.
(22) Determinar a espessura mínima do piso de repartição
Ver Fig. 4-6, abaixo.
Espessura do Piso de repartição em cm

Espaçamento das Vigas em centímetros

Fig. 4-6. Espessura necessária para o piso de repartição

30
(23) Piso de uso
Normalmente será adotado 5 cm x 25 cm.

(24) Corrimão
Será adotado o modelo da figura 2-14 (Pag 19) e as dimensões da tabela 4-5,
abaixo.

DIMENSÕES
Nr COMPONENTES
USUAIS (cm)
1 Piso de uso 5 x 25

2 Piso de repartição Variável


3 Rodapé 15 x 15

4 Bloco de Rodapé 15 x 25

5 Corrimão 5 x 10
6 Balaústre 10 x 10 x 90

7 Escora 5 x 10
8 Batente 5 x 25

9 Vigas de madeira Variável

10 Vigas de aço Variável


11 Chapéu Variável

12 Perna Variável
13 Contraventamento transversal 5 x 25 ou 7,5 x 20

14 Contraventamento longitudinal 10 x 15 ou 7,5 x 20


15 Tala 5 x 25

16 Soleira Variável

17 Sapata Variável
18 Dormente de encontro Variável

19 Sapata de encontro Variável


20 Balancim Variável

Tab. 4-5. Dimensões dos componentes de uma Pnt semipermanente

31
b. Exemplo de dimensionamento de superestrutura com vigas de madeira

(1) Projetar uma ponte com vigas de madeira para uma classe 30; 6,0 (seis) m de
vão, duas vias de tráfego, Lu = 7,30 m.

(a) Nv = (Lu / 1,829) + 1 = (7,30/1,829) +1 = 5

(b) S = Lu / (Nv -1) = 7,30/4 = 1,825 m

(c) N1 = (1,524 / S) + 1 = 1,524/1,825 + 1 = 1,835 m (menor valor)

(d) N2 = 3 / 8 x Nv = 3/8 x 5 = 1,875 m

(e) N1,2 = 1,835 m

(f) Mm = 2943 t x m; mm = Mm/ N1,2 = 1.603,8 t x cm

(g) Gcor = G = 1,65 t/m; g = Gcor/Nv = 1,65/5 = 0,33 t/m

(h) mg = 148,50 t x m

(i) m = mm + mg = 1603,8 + 148,5 = 1.752,3

(j) Viga escolhida pelo momento fletor (m) tem a seção: 30 cm x 45 cm (existem
outras mais que satisfazem)

(k) Qm = 19,60 t

(l) qm = 5,68 t

(m) G = 1,65 t/m; g = 0,33 t/m

(n) qg = 1,00 t

(o) q = qm + qg = 5,68 + 1,00 = 6,68 t (menor que o q = 9,80 t suportado pela


viga escolhida pelo momento fletor)

(p) Lm da viga escolhida = 6,55 m (maior do que o vão a ser vencido)

(q) Não são necessários contraventamentos laterais nas vigas

(r) Espessura do piso de repartição 16,00 cm, usar piso de uso com 5,00 cm de
espessura.

32
(2) Projetar uma ponte de madeira para um vão de 4,5m, classe 55 R, 1 via, vigas
disponíveis 20cm x 45cm e 25cm x 45cm.

(a) Para classe 55 R – 1 via, Lu = 4,00 m

(b) Nv = (Lu / 1,829) + 1 = (4,00/1,829) +1 = 3,186 (4 vigas)

(c) S = Lu / (Nv -1) = 4/3 = 1,33 m

(d) N1,2 = N1 = (1,524 / S) + 1 = 1,524/1,33 + 1 = 2,146

(e) Mm = 2250 t x m; mm = Mm/ N1,2 = 2.250/2,146 = 1.048,46 t x cm

(f) G = 1,45 t/m; Gcor = G x Lu / 7,3; Gcor = 0,79 t/m; g = Gcor / Nv = 0,79/4 = 0,20 t/m

(g) mg = 0,20 x 4,5 x 4,5 / 8 x 100 = 51 t x m

(h) m = mm + mg = 1048,46 + 51 = 1.099,46 t x m

(i) Viga escolhida pelo momento fletor (m) tem a seção: 20cm x 45cm (há mais
outras que satisfazem)

(j) Qm = 24 t

(k) qm = 3 x 24/16 x 3,146/2,146 = 6,60 t

(m) g = 0,20 t/m

(n) qg = 0,2 x 4,5 / 2 = 0,45 t

(o) q = qm + qg = 6,6 + 0,45 = 7,05 t (menor que o q = 8,16t suportado pela viga
escolhida pelo momento fletor)

(p) Lm da viga escolhida = 6,55 m (maior do que o vão a ser vencido)

(q) Não são necessários contraventamentos laterais nas vigas

(r) Espessura do piso de repartição (S=1,33 m – Classe 55 R) = 18,50 cm, usar


piso de uso com 5,00 cm de espessura.

33
c. Vigas de aço : para dimensionarmos as vigas de aço necessitamos entrar com os
dados do momento fletor total por viga (m) e esforço cortante total por viga (q) na tabela
2-5 (Pag 17) para tanto, precisamos fazer os cálculos que se seguem:

(1) Levantar os dados iniciais necessários:

(a) Classe da ponte (Cl)

(b) Número de vias (N)

(c) Largura útil (Lu): se não for dada considerar a mínima para a classe e
número de vias desejados pela tabela 2-2 (Pag 13).

(d) Comprimento do vão (L)

(2) Determinar o número necessário de vigas (Nv)

Nv = (Lu / 1,829) + 1

(mínimo de 4 vigas)

(aproximar para menos se a fração decimal for menor que 0,09)

(3) Determinar o espaçamento centro a centro das vigas (S)

S = Lu / (Nv -1)

(não aproximar o resultado)

(4) Determinar o valor de (N1)

N1 = (1,524 / S) + 1

(5) Determinar o valor de (N2) (somente será calculado se a ponte tiver 02 vias)

N2 = 3 / 8 x Nv

(6) Adotar N1,2 = Menor valor entre N1 e N2

(7) Determinar o valor de (Mm)

Utilizar as tabelas 4-1 e 4-2 (Pag 23), adotando o maior valor encontrado entre
elas ou os ábacos das figuras 4-1 (Pag 24) e 4-2 (Pag 25), caso o vão ou classe não
exista nas tabelas, adotando o menor valor encontrado.

(8) Determinar o valor de (mm)

mm = 1,15 x Mm / N1,2

(9) Determinar o valor de (G) na figura 4-3, (Pag 26).

34
(10) Determinar o valor de (Gcor) porque o ábaco foi montado para uma largura útil
de 7,3 metros.

Gcor = G x Lu / 7,3

(11) Determinar o valor de (g)

g = G / Nv

(12) Determinar o valor de (mg)

mg = g x L2 / 8 x 100

(13) Calcular (m)

m = mm + mg

(14) Escolha da viga

Com o valor de (m), escolher uma viga de aço na Tab. 2-5. (Pag 17).

(15) Determinar o valor de (Qm)

Utilizar as Tab. 4-3 e 4-4, (Pag 23), adotando o maior valor encontrado entre
elas ou os ábacos das Fig. 4-4 (Pag 24) e 4-5 (Pag 25) caso o vão ou classe não exista
nas tabelas, adotando o menor valor encontrado.

(16) Determinar o valor de (qm)

qm = 1,15 x Qm / 2

(17) Determina o valor de (qg)

qg = g x L / 2

(18) Calcular (q)

q = qm + qg

(19) Escolha da viga

Com o valor de (q), escolher uma viga de aço na Tab. 2-5. (Pag 17) Adotar a
viga de menores dimensões que satisfaça às letras (n) e (s).

(20) Determinar o vão máximo (Lm) suportado pela viga adotada

Se o valor do vão máximo for menor que o vão a ser transposto deve-se
aumentar o número de vigas e refazer os cálculos.

(21) Determinar o número de contraventamentos laterais

Nc = (L / Sc) + 1

35
(22) Dimensionamento da placa de apoio das vigas (peça destinada a evitar o
contato direto da viga de aço com a infraestrutura.

Lp = 15 cm (comprimento mínimo da placa) máximo largura do dormente

Bp = largura da placa de apoio (mínimo “b” largura da flange da viga)

Bp = 30 x q / Lp

Ep = espessura da placa de apoio

Ep = (Bp – 4,7) / 8 (em cm)

Viga de aço

Placa de apoio

Dormente

“b” da viga Comprimento máximo da placa de apoio (“b” do dormente)

Largura da placa de apoio = Bp (mínimo “b” da viga) Largura do dormente

Fig. 4-7. Detalhes da placa de apoio

(23) Determinar a espessura mínima do piso de repartição

Ver Fig. 4-6, (Pag 30)

(24) Piso de uso

Normalmente será adotado 5 cm x 25 cm

(25) Corrimão

Será adotado o modelo da figura 2-14 (Pag 19) e as dimensões da tabela 4-5.
(Pag 31)

36
d. Exemplos de dimensionamento de superestrutura com vigas de aço

(1) Projetar uma ponte com vigas nacionais, de aço, para uma classe 50; 9,0m de
vão, duas vias de tráfego, Lu = 7,30m e piso de madeira.

(a) Nv = (Lu / 1,829) + 1 = (7,30/1,829) +1 = 5

(b) S = Lu / (Nv -1) = 7,30/4 = 1,825 m

(c) N1 = (1,524 / S) + 1 = 1,524/1,825 + 1 = 1,835 m (menor valor)

(d) N2 = 3 / 8 x Nv = 3/8 x 5 = 1,875 m

(e) N1,2 = 1,835 m

(f) Mm = 7800 t x m; mm = 1,15 x Mm/ N1,2 = 4888,28 t x cm

(g) Gcor = G = 1,71 t/m; g = Gcor/Nv = 1,71/5 = 0,34 t/m

(h) mg = 0,34 x 81 / 8 x 100 = 344,25 t x m

(i) m = mm + mg = 4888,28+ 344,25 = 5232,53 t x m

(j) Não há vigas que suportem esse esforço. Refazer os cálculos com mais uma viga.

(l) Nv = 6

(m) S = Lu / (Nv -1) = 7,30/5 = 1,460 m

(n) N1 = (1,524 / S) + 1 = 1,524/1,46 + 1 = 2,044 m (menor valor)

(o) N2 = 3 / 8 x Nv = 3/8 x 5 = 2.25 m

(p) N1,2 = 2,044 m

(q) Mm = 7800 t x m; mm = 1,15 x Mm/ N1,2 = 4388,45 t x cm

(r) Gcor = G = 1,71 t/m; g = Gcor/Nv = 1,71/6 = 0,28 t/m

(s) mg = 0,28 x 81 / 8 x 100 = 283,50 t x m

(t) m = mm + mg = 4.388,45+ 283,50 = 4.671,95 t x m

(u) Viga escolhida: I 508,0 mm x 179,1 mm. Vão máximo 15,2 m

(v) Qm = 35 t

37
(w) qm = 1,15 x 35 / 2 = 20,13 t

(x) G = 1,65 t/m; g = 0,28 t/m

(y) qg = 1,26 t

(z) q = qm + qg = 20,13 + 1,26 = 21,39 t (menor que o q = 88,84 t suportado


pela viga escolhida pelo momento fletor)

(aa) Lm da viga escolhida = 15,20 m (maior do que o vão a ser vencido)

(bb) Nc = L/Sc = 9 / 3,3 + 1= 3,73 (4 contraventamentos igualmente espaçados)

(cc) Lp = 15 cm (mínimo); Bp = 30 x q / Lp = 42,78 cm

Ep = (42,78 – 4,7) / 8 = 4,76 cm (espessura mínima)

(dd) Espessura do piso de repartição 19,50 cm, usar piso de uso com 5,00 cm
de espessura.

(2) Projetar uma ponte com vigas nacionais, de aço, para uma classe 58 R; 10,0m
de vão, uma via de tráfego e piso de madeira.

(a) Classe 58 – 1 via (Lu = 4,00m)

(a) Nv = (Lu / 1,829) + 1 = (4,00/1,829) +1 = 3,186 (4 vigas)

(b) S = Lu / (Nv -1) = 4,00/3 = 1,330 m

(c) N1 = (1,524 / S) + 1 = 1,524/1,33 + 1 = 2,146 (menor valor)

(d) N2 = não é o caso calcular

(e) N1,2 = 2,146 m

(f) Mm = 7200 t x m; mm = 1,15 x Mm/ N1,2 = 3858,34 t x cm

(g) G = 1,78 t/m; Gcor = G x Lu / 7,3 = 0,98 t/m;

g = Gcor/Nv = 0,98/4 = 0,25 t/m

(h) mg = 0,25 x 100 / 8 x 100 = 312,50 t x m

(i) m = mm + mg = 3858,34+ 312,50 = 4.170,84 t x m


38
(u) Viga escolhida: I 508,0 mm x 177,8 mm. Vão máximo 15,2 m

(v) Qm = 36 t

(w) qm = 1,15 x 36 / 2 = 20,70 t

(x) g = 0,25 t/m

(y) qg = 1,25 t

(z) q = qm + qg = 20,70 + 1,25 = 21,95 t (menor que o q = 81,35t suportado pela


viga escolhida pelo momento fletor)

(aa) Lm da viga escolhida = 15,20 m (maior do que o vão a ser vencido)

(bb) Nc = L/Sc = 10 / 3,3 + 1= 4,03 (cinco contraventamentos igualmente


espaçados)

(cc) Lp = 15 cm (mínimo); Bp = 30 x q / Lp = 43,90 cm

Ep = (43,9 – 4,7) / 8 = 4,9 cm (espessura mínima)

(dd) Espessura do piso de repartição 18,50 cm, usar piso de uso com 5,00 cm
de espessura.

(intencionalmente em branco)

39
ARTIGO II

INFRAESTRUTURA

4-3. DIMENSIONAMENTO DA INFRAESTRUTURA

Serão abordados, a seguir os cálculos para dimensionamento dos diversos tipos de


cavaletes e encontros da infraestrutura das pontes semipermanentes.
a. Cavaletes sobre sapatas
(1) Usar contraventamentos horizontais, no centro, quando a altura das pernas for
maior do que preconiza a tabela 4-6, a seguir, para evitar a flambagem (fig. 2-13, Pag 18)
das pernas.

Dimensões das pernas ou estacas Capacidade por perna Hmáx


PERNAS DE SEÇÃO RETANGULAR
b x d (cm) b x d (pol) (t métricas) (m)
15 x 20 6x6 8,1 4,5
15 x 25 6x8 10,8 4,5
15 x 30 8x8 14,5 6,1
15 x 35 8 x 10 18,1 6,1
15 x 40 10 x 10 22,7 7,6
15 x 45 10 x 12 27,2 7,6
20 x 20 12 x 12 32,6 9,1
PERNAS DE SEÇÃO CIRCULAR
ø (cm) ø (pol) (t métricas) (m)
20,0 8 11,3 5,5
22,5 9 14,5 6,1
25,0 10 18,1 6,7
27,5 11 21,3 7,6
30,0 12 25,4 8,2
32,5 13 29,5 8,8
35,0 14 34,5 9,4
Tab. 4-6. Dimensões, capacidade e altura máxima das pernas de cavalete

(2) Para um cavalete sob vãos contíguos, somar L1 + L2 para obter o vão efetivo
ou teórico L (Fig. 4-8, Pag 40) e, usando L, determinar o esforço cortante das cargas
móveis (Qm) nas tabelas (4-3 ou 4-4) ou nas figuras (4-4 ou 4-5) adotar a de maior valor.
Determinar o esforço cortante das cargas permanentes ( qg) considerando-o como a soma
dos esforços cortantes das cargas permanentes dos vãos L1 e L2.

L1 L2
H – Altura da perna
Suporte intermediário

Fig. 4-8. Vãos contíguos de uma ponte

40
qg = G1 x L1 / 2 + G2 x L2 / 2 (obtendo o G na Fig. 4-3, Pag 26)

(3) Calcular o peso total (PT) do cavalete em t.


PT = Qm x N + qg

(4) Determinar a capacidade por perna (C), em toneladas, tabela 4-6 (Pag 40).
(5) Caso a perna tenha dimensões não enquadradas pela tabela, calcular pela
fórmula:
C = Ap / 27,6 onde: Ap = Área da seção transversal da perna em cm2

(6) Determinar o número de pernas necessárias (Np):


Np = PT / capacidade de 1 perna (mínimo 4)

(7) Determinar o comprimento da sapata (Lsap)


Lsap = K + bsol onde: - Lsap (arredondar para menos)
- bsol (largura da soleira)
- K (obtido na Fig. 4-9)

Espessura das sapatas em (cm)


K em (cm)

RCS(δ) em (kg / cm2)

Fig. 4-9. Comprimento das sapatas

(8) Determinar a capacidade por sapata (Capsap)


Capsap = Asap x RCS(δ),
sendo Asap = Lsap x bsap (cm2) e RCS (δ) encontrado na tabela 4-7, a seguir.
41
SÍMBOLO
TIPO DO SOLO RCS kg/cm2
SUCS+
Areia solta seca SW a SP 1,5
Areia solta úmida SW a SP 1,5
Areia solta saturada SW a SP 1,5
Areia densa seca SW a SP 2,4
Areia densa úmida SW a SP 2,4
Areia densa saturada SW a SP 2,4
Areia compacta seca SW a SP 4,9
Areia compacta úmida SW a SP 4,9
Areia compacta saturada SW a SP 4,9
Pedregulho solto seco GM a GP 2,0
Pedregulho solto úmido GM a GP 2,0
Pedregulho solto saturado GM a GP 2,0
Pedregulho denso seco GM a GP 5,8
Pedregulho denso úmido GM a GP 5,8
Pedregulho denso saturado GM a GP 5,8
Areia argilosa SC 2,4
Argila arenosa CL c/ areia 2,4
Argila rija CH 2,4
Argila muito rija CH 2,9
Solo orgânico OH 0,5
Rocha branda fraturada - 9,7
Rocha dura sã - 19,5
OBSERVAÇÃO
+ SUCS = Sistema Unificado de Classificação de Solos
Tab. 4-7. Resistência à compressão dos solos (RCS)
(9) Determinar o número de sapatas
Nsap = PT / Capsap

O Nsap deverá ser igual ou maior que o Np

(10) Calcular o espaçamento centro a centro das sapatas (S sap)


Ssap = Lu / (Nsap -1)
b. Exemplo Nr 1 – Projeto de um cavalete sobre sapatas

Projetar um cavalete simples de madeira para uma ponte de Classe 50, Lu =


7,30m, L1 = 6,1m, L2 = 9,1m, pernas de 6” x 8”, chapéu e soleira de 6” x 10”, H = 1,80m,
solo de argila muito rija, 6” de piso de pranchões, 7 vigas de aço, 2 vias, sapatas de 3” x
12”.

(1) Hmáx = 4,5m > 1,80m, não há necessidade de contraventamento horizontal


(tabela 4-6)
(2) Vão efetivo: Le = L1 + L2 = 6,1 + 9,1 = 15,2m

42
(3) Qm = 39 ton métricas (Fig. 4-4 ou 4-5) o maior valor
(4) qg = G1 x L1 / 2 + G2 x L2 / 2; L1 = 6,1m, G1 = 1,55 t/m

(5) L2 = 9,1, G2=1,72 t/m; qg = 4,75 + 7,85 = 12,60 t (fig 4-3)


(6) PT = Qm x N + qg = 39 x 2 + 12,6 = 90,6 t
(7) Capacidade de 1 perna = 10,8 t (Tab. 4-6)
(8) Número de pernas Np = PT / 10,8 = 90,6 / 10,8 = 8,4 (9 pernas)
(9) Comprimento das sapatas, considerando a espessura de 7,5 cm (3”)

(10) Lsap = K + bsol ; Lsap = 55 + 15 = 70 cm (Fig. 4-8 e Tab. 4-7)

(11) Capsap = Asap x RCS(δ) = 2.100 x 2,9 = 6.100 kg = 6,1 t

Asap = 70 cm x 30 cm = 2.100 cm2

RCS(δ) Argila muito rija = 2,9 kg / cm2

(12) Nsap = PT / Capsap = 90,6 / 6,1 = 14,8 (15 sapatas) > (9 pernas) OK

(13) Espaçamento das sapatas = Lu / (Nsap -1) = 730 / 14 = 52,2 cm

c. Pilar de Cavaletes sobre Sapatas (duas seções)

(1) Esse tipo de suporte intermediário é projetado da mesma maneira que o


cavalete sobre sapatas considerando-se que cada seção recebe a metade da carga total.
(2) Um pilar de cavaletes deverá ser usado com as seguintes condições:
(a) As cargas são excessivas para serem suportadas por um cavalete simples.
(b) Os comprimentos dos vãos são maiores que 7,6 m dificultando o
contraventamento longitudinal.
(c) O espaçamento entre os centros de duas seções deve ser no mínimo de
1,20 m.

d. Cavalete de estacas e Pilar de cavaletes de estacas cravadas

(1) Usar contraventamentos transversais em todos os casos. Para cavaletes com


mais de uma seção usar também contraventamentos longitudinais. A altura da estaca,
desde a borda superior até o fundo do rio, não deverá exceder sua Hmáx obtida na tabela
4-6. Caso ocorra, rebaixar os encontros ou usar contraventamentos tranversais e
horizontais. OBSERVAÇÃO: ver letra “i” deste parágrafo.
(2) idem letra “c”.
(3) idem letra “c”

43
(4) Determinar a carga admissível (P) para o atrito lateral da estaca por uma das
seguintes fórmulas da tabela a seguir:
TIPO DE BATE-
Bate-estaca Bate-estaca
ESTACA Bate-estaca
pneumático pneumático
mecânico de
ou a vapor, ou a vapor,
queda de peso
de ação simples de dupla ação
TIPO DE ESTACA
P = 16,5 pH / P = 16,5 p1 H1 / P = 16,5 P2 /
Madeira
(h + 2,5) (h + 0,25) (h + 0,25)
P = 16,5 pH / P = 16,5 p1 H1 / P = 16,5 P2 /
Aço
(h + 2,5) (h + 0,25) (h + 0,25)
OBSERVAÇÕES:
P = Capacidade de carga estimada em kg por estaca;
H = Altura média, em metros, de queda do maço, das últimas seis batidas p/ bate-estaca de queda, ou
últimos 20 golpes nos demais tipos;
h = Penetração média da estaca, em centímetros, por batida, para as últimas seis batidas;
p = Peso do maço em kg;
P1 = Peso do maço pneumático ou a vapor;
H1 = Altura de queda do maço pneumático ou a vapor;
P2 = Energia de cravação em kg x m por golpe de bate-estacas pneumático ou a vapor de dupla ação.
- O bate-estaca de queda de peso é o mais encontrado (“Quick-way” – Dime 77, Bucyrus).
- O bate-estaca pneumático, ou a vapor, de ação simples, é o que usa ar comprimido ou vapor para
levantar o maço.
- O bate-estaca de dupla ação utiliza o ar comprimido para levantar e também para baixar o maço.

Tab. 4-8. Tipos de bate-estacas

Fig. 4-10. Bate-estaca mecânico de queda de peso

44
(5) Determinar o número de estacas necessárias (N en):
Nen = PT / Capacidade admissível por estaca (Cape)

A Cape adotada será o menor dos valores obtidos na tabela 4-6 e no item d (4).

(6) Calcular a relação E / De que deve ser maior ou igual a 3


E / De = [Lu / (Nen – 1)] / De >= 3

- E = Espaçamento entre as estacas


- De = Diâmetro da estaca
- Observar o subparágrafo (8), diante.
- Se a relação E / De for menor que 3, usar um pilar (cavalete de 2 seções)

(7) Usando o gráfico de estacas (Fig. 4-10), a seguir determinar o Nr de estacas


para um cavalete simples, Ne (mínimo de 4).

Cavalete Duplo (2 seções)

20
Cavalete Simples (1 seção)

12
Número de estacas necessárias (Nen)

Número de estacas necessárias (Nen)

10 15

10

6
3

4 6 8 10 12 14 4 6 8 10 12 14

Número de estacas (Ne) Número de estacas (Ne)

Fig. 4-11. Nomograma de estacas


(8) Verificar o espaçamento centro a centro entre as estacas.
- Emáx, espaçamento máximo = 5d (chapéu) (se o chapéu não está calculado,
deverá ser projetado. Ver item f (5), adiante).
- Emin, espaçamento mínimo = 3 De (diâmetro da estaca)
- Espaçamento real entre estacas = Lu / [Ne (por seção) -1]

45
- Se o espaçamento devido não é encontrado considerando-se um cavalete
simples, será necessário um cavalete de duas seções.
- Usar a figura 4-10 para determinar o número de estacas, “Ne”, necessárias
para uma seção do pilar. Ver item f (5) adiante, para o projeto da soleira e do chapéu.
e. Exemplo Nr 2 – Projeto de infraestrutura com cavaletes de estacas

Projetar uma infraestrutura para uma ponte classe 60, L1 = 6,1m, L2 = 9,1m, He=
4,55m, chapéu de 30cm x 30cm, diâmetros das estacas De = 25 cm, H = 3m, p = 906kg,
penetração para os últimos seis golpes = 15cm, Lu = 7,30m, 7 vigas de aço, piso de
pranchões de 15 cm e número de vias = 2.

(1) He = 4,55m < 6,70m, não há necessidade de contraventamentos no centro


das estacas (tabela 4-6)

(2) Vão efetivo: Le = L1 + L2 = 6,1 + 9,1 = 15,2m

(3) Qm = 46,7 ton métricas (Fig. 4-4 ou 4-5) o maior valor

(4) qg = G1 x L1 / 2 + G2 x L2 / 2; L1 = 6,1m, G1 = 1,55 t/m

(5) L2 = 9,1, G2=1,72 t/m;

(6) qg = 4,75 + 7,85 = 12,60 t (Fig. 4-3)

(7) PT = Qm x N + qg = 46,7 x 2 + 12,6 = 106 t

(8) Capacidade de 1 estaca = 18,1 t (Tab. 4-6)

(9) Carga admissível devido ao atrito lateral:

P = 16,5 x p x H / (h +2,5) = 16,5 x 906 x 3 / (15/6 + 2,5)


= 44847 / (2,5 + 2,5) = 8969,4kg = 9 t
Capacidade admissível por estaca = 9.000 kg (menor dos itens “a (4)” e “d (4)” )
(10) Número de estacas Np = PT / 9 = 106 / 9 = 11,8 (sem arredondar)
(11) E/De = Lu / [(Nen – 1) x De] = 7,3 / (10,8 x 0,25) = 7,3 / 2,7 = 2,71 < 3
(12) Para entrar no gráfico de estacas (Fig. 4-10) a relação E/De deverá ser maior
ou igual a 3, como não o é deve-se tentar um cavalete de duas seções.

(13) E/De = Lu / [Nen (2 seções) -1] x De = 7,3 / (11,8 / 2 – 1) x 0,25 = 5,96

- Número de estacas por seção = 7,1; adotar 8; (Fig. 4-11). Entrar na vertical com
11,8, procura a inclinada de 5,95 e baixa até a horizontal.

- Espaçamento real = Lu / [Ne (por seção) -1] = 7,3 / (8 -1) = 7,3 / 7 = 1,04m

- Espaçamento máximo = 5 x d(chapéu) = 5 x 30 = 1,50m

46
- Espaçamento mínimo = 3 x De = 3 x 25 = 75 cm = 0,75m
0,75 < 1,04 < 1,50, verificado.

(14) Ver subparágrafo “f” para o cálculo do chapéu e dos apoios de chapéus.

f. Projeto dos apoios de chapéu, chapéu e soleira

(1) Determinar o comprimento teórico dos apoios de chapéu

(a) La > espaçamento real centro a centro entre as pernas

(b) La > (1/6) x (H da estaca)

(c) Escolher um comprimento conveniente, maior que (a) e (b) e, no mínimo,


igual a 1,2m.

(2) Cálculo do momento de um apoio de chapéu

(a) Determinar Ma = PT x La / 4

(b) Determinar ma = “m” da tabela 2-3, 2-4 ou 2-5.

(c) Determinar número de apoios necessários: Na = Ma / ma

(3) Cálculo de esforço cortante de um apoio de chapéu

(a) Determinar Qa = PT / 2

(b) Determinar qa = “q” da tabela 2-3, 2-4 ou 2-5.

(c) Determinar número de apoios necessários: Na = Qa / qa

OBSERVAÇÃO: ver letra “i” deste parágrafo

- O maior valor dos subitens (2) e (3) determinará “N a”


- Valor mínimo de Na = O menor dos números de estacas ou vigas
(4) Determinar o espaçamento entre os apoios de chapéu

Ea = Lu / Na – 1 (não arredondar valores)

(5) Cálculo do chapéu:

(a) Determinar dch = Eap / 5 (mínimo) – mínimo absoluto 20cm

(b) Determinar bch = 28 x PT / Na,v x ba (mínimo) – mínimo absoluto 15cm

Na,v = o menor dos números de apoios de chapéus ou vigas

ba = a largura do apoio de chapéu

47
g. Exemplo Nr 3 - Verificação de cálculo de chapéu simples e apoios para
chapéus

Verificar o cálculo de um chapéu e apoios de chapéu de 30cm x 30cm levando-se


em consideração os dados do exemplo Nr 2 (anterior).

(1) Determinar o comprimento teórico dos apoios de chapéu

(a) La > 1,04m

(b) La > (1/6) x (H da estaca); La > 1/6 x 4,55 = 0,76

(c) Seleção de um comprimento conveniente, maior que (a) e (b) e, no mínimo,


igual a 1,2m. Ou seja, 1,20 satisfaz (> 1,04 > 0,76)

(2) Cálculo do momento de um apoio de chapéu

(a) Determinar Ma = PT x La / 4 = 106 x 1,2 / 4 = 31,8 t x m

(b) Determinar ma = m = 796,61t x cm (tabela 2-3)

(c) Determinar número de apoios necessários:

Na = Ma / ma = 32 / 7,966 = 3,99 (4 apoios)

(3) Cálculo de esforço cortante de um apoio de chapéu

(a) Determinar Qa = PT / 2 = 106 / 2 = 53t

(b) Determinar qa = q = 6,53 t (tabela 2-3)

(c) Determinar número de apoios necessários:

Na = Qa / qa = 53 / 6,53 = 8,1 (9 apoios).

Usar 9 apoios de 30cm x 30cm: 9 > 7 vigas; 9 > 8 estacas

(4) Determinar o espaçamento entre os apoios de chapéu

Ea = Lu / Na – 1 = 7,3 / 9 -1 = 0,91m (não arredondar valores)

(5) Cálculo do chapéu comum:

(a) Mínimo dch = Ea / 5 = 0,91 / 5 = 0,182 – adotar mínimo absoluto 20cm

(b) Mínimo bch = 28 x PT / Na,v x ba = 28 x 106 / 7 x 30 = 14,2 cm – adotar


mínimo absoluto 15 cm

Na,v = o menor dos números de apoios de chapéus ou vigas

ba = a largura do apoio de chapéu

48
h. Encontros

(1) No cálculo dos encontros usaremos a mesma sequência do cálculo dos


cavaletes para ser determinado o PT = Qm x N + qg com as seguintes alterações:

- No cálculo de Qm, entrar com o vão L1 apenas e não (L1 + L2)

- No cálculo de qg, a fórmula torna-se: qg = Gn x Ln / 2 (para o vão “n”)

(2) As figuras 2-2 (Pag 8), 2-4 (Pag 9) e 2-5 (Pag 9) mostram exemplos de tipos
de encontros que são normalmente usados para pontes semipermanentes. Uma
orientação para a escolha de encontros é dada na tabela 2-1(Pag 10)

i. Observações gerais - A orientação que se segue é geralmente aplicada no


projeto das infraestruturas estudadas.

(1) Pernas de cavaletes - O espaçamento máximo é 5 vezes a altura do chapéu


ou da soleira. O espaçamento máximo, centro a centro, longitudinalmente, é igual a
distância face a face entre os apoios dos chapéus.

(2) Chapéus e soleiras - Com peças roliças de madeira, o diâmetro deverá ser, no
mínimo, de 5 cm maior do que as pernas. Cortar a madeira para ajustar no topo e juntas.
Com peças retangulares, a seção deverá ter, no mínimo, as mesmas dimensões das
pernas, com a maior dimensão na vertical; 15cm x 20cm é um mínimo absoluto
necessário.

(3) Contraventamentos - Se as seções de cavaletes têm mais de 1,20 m de altura,


usar contraventamentos cruzados transversalmente em todas as seções e
contraventamentos longitudinais entre as seções de cada vão. Os contraventamentos
transversais, em cavaletes de estacas, poderão deixar de existir desde que a estaca se
apresente exposta com menos de 3 metros acima da linha do solo. A menor seção de
contraventamentos é de 5cm x 25cm.

(4) Para cavalete de estaca com mais de uma seção, usar (N en) por seção para
calcular a relação:

E / De = Espaçamento das estacas / Diâmetro das estacas

49
CAPÍTULO 5

SINALIZAÇÃO E CONTROLE DE TRÁFEGO

5-1. GENERALIDADES

A sinalização das pontes semipermanentes é realizada por meio de placas de


sinalização circulares e retangulares.

5-2. SINALIZAÇÃO

a. Placas circulares - Qualquer ponte que tenha sido classificada, seja militar ou
civil, em um TO, será sinalizada com uma placa circular, que indicará seu número-classe.
A placa terá o fundo amarelo e os algarismos pretos. Existem placas circulares normais e
especiais.

(1) Placas circulares normais (amarelas com inscrições pretas)


(a) Placas para Pnt de uma via, com diâmetro mínimo de 40 cm (Fig 5-1).

Fig. 5-1 Sinalização de ponte de uma via ou uma faixa de tráfego

(b) Placas para Pnt de duas vias, com de diâmetro de 50cm e divididas em dois
semicírculos por uma linha vertical. O número-classe para tráfego em dois sentidos é
dado no semicírculo do lado esquerdo; duas setas verticais aparecem abaixo do número,
o número-classe para tráfego em num só sentido é indicado no semicírculo do lado
direito; uma seta vertical aparece em baixo do número.

50
Fig. 5-2 Sinalização de ponte de duas vias

(2) Placas circulares especiais

(a) Se uma ponte estiver especificada para Vtr de rodas e de lagartas, uma
placa circular especial deverá ser utilizada (Fig. 5-3). A placa tem um diâmetro mínimo de
50 cm e é dividida em dois semicírculos por uma linha horizontal. No semicírculo superior
encontramos o número-classe para Vtr sobre rodas e, no inferior, o número-classe de Vtr
sobre lagartas. Em cada semicírculo aparece, ainda, um desenho, que representa Vtr
sobre rodas ou sobre lagartas.

(b) Quando uma Pnt tiver duas vias (ou faixas) de tráfego e a sua classificação
for especificada para Vtr sobre lagartas e sobre rodas, sua sinalização poderá ser feita
pela combinação de placas circulares dos tipos normal e especial (Fig. 5-3).

Fig. 5-3 Classificação especificada


51
b. Placas retangulares

(1) Instruções adicionais e informações técnicas são apresentadas em placas


retangulares. A placa terá uma largura ou comprimento mínimo de 40 cm; seu fundo será
amarelo e as inscrições em preto.

(2) Outro tipo de placa retangular, de largura mínima de 15 cm e comprimento


mínimo de 40cm, é usado para sinalizar larguras e gabaritos restritivos (Fig. 5-4).

Fig. 5-4 Placas retangulares

(3) A placa para larguras e gabaritos não será necessária nas pontes com placas
civis suficientemente claras.

c. Localização das placas - A localização das placas deverá obedecer aos


seguintes preceitos:
(1) as placas circulares são localizadas em cada extremidade da ponte, em
posição tal que sejam claramente vistas;
(2) as placas retangulares, com exceção das indicadoras de gabarito, são
colocadas logo abaixo das placas circulares, no mesmo poste;
(3) as placas retangulares indicadoras de gabarito são colocadas dependuradas,
em cada extremidade da ponte, com a informação voltada para as Vtr que se aproximam
da ponte, mostrando a limitação em altura; e
(4) os números-classe para travessia especial (com cautela e com perigo) nunca
serão escritos nas placas de sinalização.
5-3. CONTROLE DE TRÁFEGO

a. Existem dois tipos de travessia, a travessia normal e a travessia especial.

(1) Travessia normal - Ocorre quando o número-classe da viatura é igual ou


inferior à classe da ponte. As viaturas devem manter, entre si, uma distância mínima de
30m; a velocidade máxima será de 40 km/h. Há dois tipos de travessia normal: normal em
um sentido e normal em dois sentidos.
52
(a) Normal em um sentido – Este tipo de travessia é possível quando a classe
da Vtr é menor ou igual à classe da ponte de uma via (uma faixa de tráfego). Se a
travessia em um sentido for feita em pontes de duas vias (duas faixas de tráfego), a Vtr
deverá manter-se na linha central da Pnt.

(b) Normal em dois sentidos – Este tipo de travessia é possível quando a


classe da Vtr for menor ou igual à classe da ponte de duas vias. O Tráfego nos dois
sentidos poderá ser conduzido normalmente neste tipo de travessia.

(2) Travessia especial – Sob condições excepcionais, o comando do Teatro de


Operações pode autorizar a passagem de Vtr por pontes de classe inferior ao número
classe das Vtr. Essas travessias são conhecidas como especiais e a classe da Pnt pode
ser considerada maior, desde que determinadas condições sejam obedecidas. Existem
dois tipos de travessia especial: travessia especial com cautela e travessia especial com
perigo.

(a) Travessia especial com cautela


- O número-classe para esta travessia pode ser obtido para as pontes fixas
não padronizadas militarmente, multiplicando-se o número-classe da ponte de travessia
normal em um sentido por 1,25;

- O número-classe calculado, sendo um número fracionado, deverá ser


aproximado para o número inteiro, menor, mais próximo;

(b) Travessia especial com perigo


Somente realizada em pontes fixas padronizadas e nas pontes flutuantes.

b. Os intervalos, velocidades e posição da Vtr e restrições devem seguir as


informações da tabela a seguir:

TRAVESSIA CLASSE INTERVALO VELOCIDADE POSIÇÃO RESTRIÇÕES

De acordo
com a Na faixa de
Normal 30 m 40 km/h -x-x-x-
sinalização tráfego
da Pnt

1,25 x classe Não parar,


Na linha
Com cautela normal em 50 m 15 km/h não acelerar,
central
um sentido não frear.

Com perigo Não se aplica às Pnt semipermanentes

Tab. 5-1. Controle de tráfego para pontes semipermanentes

53
CAPÍTULO 6

PEDIDO DE MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO


DE UMA PONTE SEMIPERMANENTE

6-1. GENERALIDADES

a. Para a realização do pedido de material devemos levar em consideração os


seguintes fatores: prioridade e urgência, recursos alocados, prazos, segurança do local,
acessos, energia elétrica, clima, vegetação, pessoal disponível, desobstrução do leito do
curso d’água, além dos cálculos de dimensionamento do capítulo 4 e da sinalização do
capítulo 5.

(1) Prioridade - Deve-se dar maior prioridade no pedido de peças de difícil


aquisição. Por exemplo, as vigas de aço, que necessitam de encomenda com meses de
antecedência. A proximidade das grandes cidades ameniza tais dificuldades.
(2) Recursos alocados - Influencia na qualidade do material a ser adquirido,
principalmente no tipo de madeira e produto para tratamento de madeira.
(3) Prazos - Levar em consideração para uma maior ou menor quantidade de
ferramenta e equipamentos.
(4) Segurança do local - Considerar montagem de instalação para guarda do
material no local de construção ou reparação da ponte.
(5) Acessos - Devem ser levados em consideração para possibilitar a chegada do
material de construção da ponte e sua futura utilização.
(6) Energia elétrica - Grande interferência no tipo de equipamento que poderá
ser empregado na construção ou reparação da ponte.
(7) Clima - Interfere no regime de trabalho, no tipo de madeira a ser empregada e
no produto utilizado para tratamento da madeira.
(8) Vegetação - O tipo de vegetação da região influencia diretamente no tipo de
madeira disponível para os trabalhos.
(9) Pessoal disponível - A restrição em pessoal requer uma maior
disponibilidade de equipamentos para que se possa cumprir o mesmo prazo.
(10) Desobstrução do Curso d’água - A necessidade de desobstrução do curso
d’água ou da retirada de entulhos dos encontros e (ou) dos suportes intermediários pode
requerer uso de equipamentos pesados como uma escavadeira (por exemplo).
(11) Cálculos de Dimensionamento - Estabelecem as dimensões e as
quantidades do material da ponte a ser adquirido.
(12) Sinalização - Estabelece formas, dimensões e quantidade de material de
sinalização a ser adquirido.

54
6-2. PEDIDO DE MATERIAL

a. Deverão ser listados todos os materiais necessários para a construção da ponte


semipermanente, por parte da ponte, independente da disponibilidade do material na OM.
Uma vez levantado o material será realizada uma listagem do material a ser adquirido ou
alugado, agora em uma lista única que deverá seguir para o Ordenador de Despesa da
OM para que possa ser adquirido.

b. As dimensões e as quantidades deverão estar de acordo com a necessidade em


função do reconhecimento, dos cálculos do dimensionamento e do projeto da ponte que
será construída.

c. Vejamos a seguir um lista de verificação (“check list”) do que deve constar em


um pedido de material para a construção de uma ponte semipermanente de acordo com
as tabelas a seguir.

SUPERESTRUTURA
Peça balaustre
Peça escora
Corrimão
Peça corrimão
Pregos (diferente para cada peça)
Peça madeira
Piso de uso
Pregos
Peça maior
Piso de Peça menor
repartição Pregos
Parafusos (cabeça lisa ou abaulada) com porca e arruela
Vigas de madeira (não esquecer transpasso, se for o caso)
Vigas de aço (não esquecer transpasso, se for o caso)
Grampos ou parafusos (fixação das vigas com o piso de repartição)
Tubos de aço para contraventamentos
Sistema Peça de madeira (tala de pregação)
de vigas Pregos
Tíner para diluir tinta
Tinta para pintura das vigas metálicas
Lixa para as peças a serem pintadas
Espátula para raspar peças a serem pintadas
Peça de madeira (rodapé)
Rodapé Grampos ou parafusos ou para fixação do rodapé
Pregos
Tab. 6-1. Superestrutura

55
INFRAESTRUTURA
Peça sapata
Encontro
Peça dormente
de Sapatas
Peça batente
Peça estaca
Encontro de
Peça chapéu
estacas cravadas
Peça batente
Peça sapata
Peça chapéu
Encontro
Peça batente
Peça perna
Encontro
Peça bloco de apoio
de pernas
ancoradas Peça bloco de compressão
Peça de ancoragem
Cabo de aço
Pregos ou parafusos
(com porcas e arruelas)
Peça sapata
Peça soleira
Cavalete Peça perna
sobre sapatas Peça chapéu
Peça tala
Peça contraventamento transversal
Peça estaca
Cavalete de Peça chapéu
estacas cravadas Peça contraventamento transversal
Peça contraventamento horizontal
Peça sapata
Peça soleira
Peça perna
Suporte Peça chapéu
Pilar de cavalete
intermediário Peça tala
sobre sapatas
Peça contraventamento transversal
Peça contraventamento longitudinal
Peça apoio do chapéu
Peça chapéu comum
Peça estaca
Peça chapéu
Peça contraventamento transversal
Pilar de Peça contraventamento horizontal
cavaletes de Peça contraventamento longitudinal
estacas cravadas Peça chapéu comum
Peça apoio do chapéu
Pregos ou parafusos
(com porcas e arruelas)
Tab. 6-2. Infraestrutura

56
EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS
Gerador
Bate-estacas
Equipamentos
Compressor de ar
de
Solda elétrica
Engenharia
Motosserra
Compactador manual (para confecção dos encontros)
Óculos
Capacete
Equipamentos Bota
de Proteção Mascara para produtos químicos
Individual Luva de raspa
(EPI) Protetor auricular ou abafador
Óculos
Repelente (SFC)
Talha ou “tirfor” (SFC)
Esmeril
Furadeira ou arco de pua
Jogo de brocas para furadeira ou arco de pua
Martelo com unha
Serra circular
Cavadeira boca de lobo
Extensão para ferramentas elétricas (mínimo 02)
Marreta de 02 kg
Marreta de 05 kg
Alicate de corte
Alavanca de ferro
Ferramentas
Serrote com dentes pequenos
Serrote com dentes grandes
Arco de serra para metal
Lâminas de arco de serra para metal
Lima triangular
Lima chata
Pá de corte com cabo
Pá de bico com cabo
Enxada
Picareta
Foice
Facão
Tab. 6-3. Equipamentos e ferramentas

57
DIVERSOS
Cabo de aço para limpeza do curso d’água (SFC)
Material para Cortador de grama (à gasolina) (SFC)
serviços Anticupim e impermeabilizante
diversos (a quantidade depende do rendimento do material utilizado)
Combustível para os equipamentos
GPS
Carta do local de construção
Localização,
Trena de 30 ou 50 m
medição e
Prancheta com papel
marcação
Material de anotação
Esquadro metálico
Placa de identificação
(nome da ponte e ano de construção ou reparação)
Placa de classificação militar
Sinalização
Placa com o gabarito
Placa com velocidade máxima
Placa indicativa de ponte
Tab. 6-4. Diversos

d. Embora o planejamento da construção de uma ponte semipermanente seja


realizado por partes da ponte e fase da obra, o pedido de material deverá ser realizado de
maneira centralizada por tipo de material.

(intencionalmente em branco)

58
CAPÍTULO 7

CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO, REPARAÇÃO


E REFORÇO DE UMA PONTE SEMIPERMANENTE

7-1. FASES DA CONSTRUÇÃO

a. Ao se receber a missão de construir uma ponte semipermanente deve-se atentar


para uma sequência cronológica que constituem as “fases da construção” e que são as
seguintes: reconhecimento, planejamento e a construção.
b. Reconhecimento - Nessa fase, os seguintes aspectos devem ser observados:
(1) Acessos;
(2) Largura;
(3) Profundidade (máxima das cheias);
(4) Altura da brecha;
(5) Natureza das margens;
(6) Velocidade da correnteza;
(7) Natureza do fundo;
(8) Tipo de solo;
(9) Possibilidade de utilização dos recursos locais; e
(10) Necessidade de ferramentas, equipamentos e mão de obra especializados.
c. Planejamento - O planejamento deve englobar os seguintes passos:
(1) Localização da obra;
(2) Dimensionamento das peças;
(3) Cálculo do material necessário;
(4) Desenho das partes e detalhes da construção;
(5) Determinação do efetivo da construção da ponte - A determinação desse
efetivo dependerá, principalmente, dos seguintes fatores:
(a) Local;
(b) Tempo disponível;
(c) Grau de instrução;
(d) Equipamento disponível; e
(e) Regime de trabalho.
(6) Divisão dentro das turmas de trabalho - Será a seguinte:
(a) Turma de infraestrutura - Responsável pela construção dos encontros e dos
suportes intermediários;
(b) Turma de superestrutura - Responsável pelo vigamento, colocação do piso
de repartição, piso de uso, rodapé e corrimão;
(c) Turma do canteiro de trabalho - Responsável por preparar as peças para
colocação na ponte;
(d) Turma de equipamento – Responsável pela operação dos equipamentos e
ferramentas especializadas.

59
(7) Emprego dos equipamentos;
(8) Cálculo das ferragens;
(9) Projeto - No projeto deverão constar:
(a) Corte transversal;
(b) Corte longitudinal;
(c) Representação da ponte em planta;
(d) Cálculos;
(e) Quadro demonstrativo de material por espécie;
(f) Divisão dos trabalhadores por turmas de construção; e
(g) Quadro de distribuição dos equipamentos e ferramentas.

c. Construção - A ordem dos trabalhos na construção da ponte semipermanente é a


seguinte:
(1) Locação do eixo da ponte;
(2) Construção dos encontros;
(3) Preparação / cravação das estacas;
(4) Construção dos suportes intermediários;
(5) Colocação do sistema de vigas;
(6) Colocação do piso de repartição;
(7) Colocação do piso de uso, rodapé e corrimão;
(8) Sinalização; e
(9) Controle do tráfego.

7-2. TRABALHOS DE CONSERVAÇÃO, REPARAÇÃO E REFORÇO

a. Trabalhos de conservação
(1) A necessidade dos trabalhos de conservação são as medidas preventivas
devem ser tomadas para evitar desgaste prematuro das peças e partes da ponte.
(2) Pode-se entender por trabalhos de reparação os seguintes:
(a) Inspeção periódica da infraestrutura e da superestrutura;
(b) Tratamento preventivo da madeira;
(c) Pintura das partes metálicas;
(d) Drenagem junto aos encontros;
(e) Limpeza junto aos suportes fixos; e
(f) Controle do tráfego e sinalização.

b. Trabalhos de reparação
(1) Os trabalhos de reparação têm por objetivos substituir materiais, peças e
partes da ponte a fim de manter o suporte à classe para a qual a ponte foi projetada sem
comprometer a segurança.
(2) São exemplos de trabalhos de reparação:
(a) Troca de pranchões do sistema de piso;
(b) Substituição de peças metálicas deterioradas;
(c) Substituição de partes do corrimão; e
(d) Reposição de material retirado pelas chuvas junto aos encontros.
60
c. Trabalhos de reforço - O reforço da ponte tem por objetivo restabelecer o
suporte da ponte afetado por avarias ou aumentar a classe suportada por determinada
ponte por meio do aumento da quantidade de peças ou partes da ponte ou, ainda, pela
modificação das dimensões dessas peças ou partes.
(1) Reforço da infraestrutura:
(a) Reforço dos encontros
- Redimensionamento das partes.
(b) Reforço dos suportes intermediário
- Aumento do número de suportes intermediários.

(2) Reforço da superestrutura:


(a) Reforço do piso de repartição
- Redimensionamento das peças.
(b) Reforço do vigamento
- Aumento do número de vigas; e
- Emprego de contraventamentos.

(intencionalmente em branco)

61
CAPÍTULO 8

EXERCÍCIOS DE DIMENSIONAMENTO

8-1. EXERCÍCIOS DE SUPERESTRUTURA

a. Exercício 01 - Projetar a superestrutura de uma ponte semipermanente com vigas


de madeira para um vão de 5,00m, classe 30 R e largura útil de 3,80m. Considerar que as
vigas disponíveis são de bitolas 20cm x 35cm e 25cm x 40cm.

62
b. Exercício 02 - Projetar a superestrutura de uma ponte semipermanente com
vigas de madeira circular para um vão de 4,50m, classe 55 R e 55 L e 1(uma) via.

63
c. Exercício 03 - Projetar a superestrutura de uma ponte semipermanente com vigas
de madeira para um vão de 5,00m, classe 30 R e largura útil de 3,80m. Considerar que as
vigas disponíveis são de bitolas 20cm x 35cm e 25cm x 40cm.

64
d. Exercício 04 - Projetar a superestrutura de uma ponte semipermanente classe 35
L, com vigas de aço e piso de madeira, 1(uma) via de tráfego e com 1(um) suporte
intermediário conforme a figura abaixo:

Fig. 8-1. Ponte semipermanente Cl 35

65
8-2. EXERCÍCIOS DE INFRAESTRUTURA

a. Exercício 05 - Dimensionar um cavalete de madeira sobre sapatas para uma


ponte semipermanente classe 20 R e 20 L, com largura útil de 4,40 m, vãos contíguos de
4,00 m cada e tipo de solo “areia solta úmida” e superestrutura com vigas de aço e piso
de madeira. Considerar as seguintes dimensões:
- pernas: 6” x 6”;
- sapatas: 4” x 10”.

66
8-3. EXERCÍCIOS DE INFRAESTRUTURA E SUPERESTRUTURA

a. Exercício 06 - Você, como Cmt 1º/1ª Cia E Cmb Pqdt recebeu a missão de
construir uma ponte semipermanente sobre o Ribeirão DAS NEVES, para restabelecer o
acesso à ZL “SIERRA”. No reconhecimento no local da ponte foram coletados os
seguintes dados:
(1) Profundidade: 2,70 m(época das cheias);
(2) Vão: 20,0 m;
(3) Profundidade máxima: 2,50 m;
(4) Tipo de solo: argiloso-arenoso;
O Cmt Cia passou-lhe, ainda, outros dados disponíveis:
(5) Classe: suportar um TE D-8;
(6) Largura útil: mínima necessária;
(7) Madeira disponível (dimensões): vigas (peças de 4,00m e qualquer seção
transversal); estacas (comprimento 4,20m e diâmetro de 30cm).
(8) O Eqp para cravação de estacas é um bate-estacas mecânico de queda de
peso, cujo maço pesa 700kg e altura de queda de 3,00m;
(9) A penetração média da estaca para as últimas seis batidas, que se tem obtido
nesse solo é de 8,10cm
(10) As dimensões do chapéu do suporte intermediário serão as mínimas
necessárias.

PEDIDO: Dimensione, apresentando a sequência dos cálculos, as seguintes


estruturas da ponte:
- Sistema de vigas;
- Sistema de piso; e
- Suportes fixos intermediários.

67
b. Exercício 07: Você, como Cmt do 1º/1ª/3º BE Cmb recebeu a missão de construir
uma ponte semipermanente sobre o Ribeirão SÃO LOURENÇO, para escoamento de
produção de arroz dessa região.
O Cmt 1ª Cia E Cmb passou-lhe os dados disponíveis:
(1) Classe da Pnt: 16;
(2) Vão: 12,00m;
(3) Largura útil: 6,00m;
(4) Profundidade máxima: 2,50m;
(5) Tipo de solo: rocha;
(6) Madeira disponível (dimensões): estacas (diâmetro 20 cm) pernas (15 cm x 20
cm), chapéu (20 cm x 20 cm) e soleira (25 cm x 25 cm);
(7) Há possibilidade de lançamento de suporte intermediário somente a 7,00m da
1ª margem;
(8) Não há bate-estacas disponível; e
(9) As vigas disponíveis para a superestrutura são de aço;

PEDIDO: Apresente o dimensionamento do sistema de vigas, piso de uso, piso de


repartição e suporte fixo intermediário.

68
REFERÊNCIAS

BRASIL. Exército. Academia Militar das Agulhas Negras. Curso de Engenharia. Pontes
semipermantes. 1. ed. Resende: Acadêmica, [1989?].

______. Estado-Maior. C 5-34: vade-mécum de engenharia. 3. ed. Brasília: EGGCF,


1996.

69

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