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L. A LEI DA INFLUÊNCIA
Não importa onde estejamos, nem quantos somos. Fato é que, onde houver dois, um deverá
liderar. Onde houver um grupo, ali haverá necessidade de liderança. O líder invariavelmente vai
existir e será dele a responsabilidade de guiar, orientar, representar e sustentar seus liderados.
Essas prerrogativas, porém, somente terão efeito se sua liderança influenciar as pessoas.
1. Influenciar: ação essencial à liderança A autoridade de um líder, originada em Deus,
materializa e torna real a essência da liderança, condição indispensável para que ela seja eficaz.
Nesse caso, sua influência não é um fim em si mesma, mas um meio divino para o desempenho
do seu ministério. A história dos relacionamentos interpessoais registra que não se pode
prescindir da figura do líder: “Deus está chamando líderes. Não detentores de poder. Nem peritos
em congratulações mútuas. Nem traficantes de influências. Nem demagogos exibicionistas,
manipuladores de multidões. Deus está chamando líderes” (Seja um Líder de Verdade, John
Haggai, Ed. Betânia).
2. A verdadeira medida de um líder é a sua influência, nada mais, nada menos. Uma liderança é
eficaz quando suas ações produzem respostas efetivas na vida de outras pessoas. Nesse caso o
líder exerceu influência, foi capaz de mover seus liderados. Josué viveu dois momentos distintos
no exercício de sua liderança.
a. Liderança desprovida de influência (Nm 14.6-10) Josué era um líder quando foi convocado
para espiar a terra, porém, ainda não estava pronto para prevalecer diante da nação israelita.
Fracassou na sua primeira intervenção embora estivesse certo, convicto. Ele demonstrou tal
atitude num discurso entusiasta, porém não conseguiu persuadir o povo a segui-lo. Faltava
aprofundamento da sua influência, que viria mais tarde.
b. Liderança aperfeiçoada e influente (Js 1.1-9) Josué perseverou! Decidiu prosseguir e se
desenvolver até experimentar, num segundo momento, uma crescente influência. O que lhe
conferiu autoridade e aperfeiçoamento foi seu relacionamento com Moisés (Dt 31.7; 34.9). Com o
passar do tempo, sua bagagem de experiência adquirida em ação e o seu caráter íntegro e
paciente lhe deram credibilidade perante o povo. A resposta desta vez foi: “Tudo quanto nos
ordenaste faremos e aonde quer que nos enviares iremos” (Js 1.16).
2. Influência na formação do caráter de discípulo (Lc 5.1-11,27) Aos nossos olhos, os homens
chamados por Jesus não eram as pessoas mais indicadas para integrar Sua equipe de trabalho –
ou eram rudes pescadores ou cobradores de impostos. Nenhum deles apresentava
características de intrépido pregador do evangelho. Contudo, Jesus enxergou além das limitações
de todos eles. Jesus os influenciou de tal forma que de pronto atenderam ao Seu chamado. Eles
O seguiram integralmente, acolheram. Seus ensinamentos e se tornaram testemunhas contínuas
de Seus feitos. Nos anos que se seguiram, Jesus interveio na vida daqueles homens produzindo
modificações significativas no caráter de cada um. “... mas sob a tua palavra lançarei as redes”
(Lc 5.5). Uma experiência relevante que marca o início da influência plena de Jesus na vida
daqueles homens ocorreu aqui em Lucas 5. Mesmo depois de uma longa noite sem sucesso,
mesmo com todo o conhecimento de Pedro, perito pescador, mesmo contra as evidências
naturais, pois a hora não era oportuna para lançar as redes, o peso da autoridade e a influência
que Jesus já exercia sobre eles fizeram com que Lhe obedecessem. “A palavra de Jesus não
deveria ser desconsiderada em qualquer assunto que fosse. A obediência traz resultados!” (Lucas
- Introdução e Comentário, Leon L. Morris. p.107).
3. Influência na formação do caráter de líderes influentes (Jo 21.15-18) Todos os que são
chamados para seguir Jesus devem ter consciência de que também devem influenciar outros.
Como um líder modelo, Jesus cuidou de formar nos Seus discípulos o caráter de líderes
influentes. Mais à frente, o Mestre já não estaria com eles e seria deles a tarefa de dar
continuidade àquele ministério. Seriam enviados (apóstolos), como de fato foram; portanto,
deveriam ter testemunho e vidas influentes por onde fossem. Assim, homens acostumados a
armar redes são apanhados na rede de Jesus e se tornam eloquentes pregadores (At 2.14-36),
pescadores de almas (At 2.37-41), líderes influentes e respeitados. Jesus não chamou aqueles
homens para que fossem apenas Seus seguidores, Ele os viu guiando outros, liderando a igreja
que estava por vir. Para isso, Ele mesmo os preparou, capacitando-os para a missão: “Jesus lhe
disse: Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21.17).
Aplicação Os discípulos chamados por Jesus andavam com Jesus dia após dia. Que ligação há
entre influência e convivência? Um líder pode influenciar seu liderado sem conviver de perto com
ele? Por quê?
Conclusão Influência é estrada de mão dupla: pessoas influenciam e são influenciadas. Como
cristãos, devemos influenciar positivamente aqueles que estão ao nosso redor. Fomos chamados
não apenas para ser simples seguidores de Jesus, mas sim pessoas capacitadas para influenciar
outras:“Vós sois o sal da terra... vós sois a luz do mundo... Assim brilhe também a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos
céus” (Mt 5.13-14,16).