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SUMÁRIO
DIREITOS FUNDAMENTAIS – DIREITO À IGUALDADE ........................................................................................ 2
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2
2- DIREITOS EM ESPÉCIE ................................................................................................................................ 2
2.1 – DIREITO À IGUALDADE ...................................................................................................................... 2
2.1.1 – LEI MARIA DA PENHA..................................................................................................................... 2
2.1.2 – COTAS RACIAIS. .............................................................................................................................. 2
2.1.3 – RESERVA DE CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS A PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ............................. 3
2.1.4 – IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES. .................................................................................. 3
2.1.5 – ISONOMIA NOS CRITÉRIOS DE ADMISSÃO EM CONCURSO PÚBLICO. .......................................... 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 5
GABARITO ...................................................................................................................................................... 5
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2- DIREITOS EM ESPÉCIE
2.1 – DIREITO À IGUALDADE
2.1.1 – LEI MARIA DA PENHA
A lei Maria da Penha, como ficou conhecida a lei nº 11.340/2006, é um importante
instrumento de proteção da vida, saúde e, de uma maneira geral, da dignidade das mulheres.
A partir de sua promulgação, as mulheres passaram a contar com um precioso estatuto, o qual
visa não apenas a instituição de medidas repressivas, mas também preventivas e assistenciais.
Em que pesem os avanços no campo da proteção das mulheres contra a violência
doméstica trazidos pelo diploma legal em comento, surgiram na doutrina questionamentos
acerca da constitucionalidade do mesmo, ao argumento de que o texto normativo possuía
redação discriminatória, superprotegendo as mulheres em detrimento dos homens.
A alegação de inconstitucionalidade, grosso modo, se fundamentou basicamente na
ocorrência de violação do art. 5º, I da CF, o qual dispõe serem iguais em direitos e deveres os
homens e a mulheres, bem como na violação do art. 226, §8º, da Carta Magna, que garante a
proteção de ambos os sexos contra a violência doméstica.
Dessa forma, o STF foi provocado a se pronunciar sobre a possível inconstitucionalidade
da referida Lei, e assim, o Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, em
09.02.2012, julgou procedente a ADC 19, para declarar a constitucionalidade dos arts. 1.º, 33 e
41 da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), tendo por fundamento o princípio da
igualdade, bem como o combate ao desprezo às famílias, sendo considerada a mulher a sua
célula básica.
2.1.2 – COTAS RACIAIS.
Um dos temas de maior polêmica na atualidade é o que envolve as políticas afirmativas
raciais. A não receptividade por grande parte das pessoas nasce de uma interpretação errônea
do princípio constitucional da igualdade: se todos são iguais perante a lei, por que alguns
merecem tratamento diferenciado?
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E por um acaso somos todos iguais? Não, não somos. Se a lei tratasse todos de forma
igual, sem distinção entre um ou outro, estaria atropelando as individualidades que são
inerentes ao ser humano.
Pois que o Estado, vendo isto, lançou uma forma de criar distinções, para privilegiar
aqueles que estão em condição desfavorecida, para trazer estes à igualdade com os demais.
Essa forma foi a aprovação da Lei n. 12.990/2014 que reserva aos negros 20% das vagas
oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no
âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das
empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União, pelo prazo de
10 anos (art. 6.º).
Cabe lembrar que, em 08.06.2017, o STF, por unanimidade, julgou procedente o pedido
formulado na ADC 41 para declarar a integral constitucionalidade da referida Lei n.
12.990/2014, fixando a seguinte tese de julgamento: “é constitucional a reserva de 20% das
vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos
públicos no âmbito da administração pública direta e indireta.
2.1.3 – RESERVA DE CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS A PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA
Cuidando de proteger parcela de nossa sociedade que historicamente sempre esteve em
posição de gritante desigualdade discriminatória em relação aos demais segmentos sociais
que a compõem, o legislador constituinte positivou uma série de normas e regras em nosso
atual texto constitucional, dando especial proteção às pessoas com deficiências físicas e
necessidades especiais, conforme a seguir transcrito:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (…)
VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos
para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de
sua admissão;
Assim, a fim de dar efetividade ao mandamento constitucional a Lei nº 8.112, de 1990,
mais conhecida como regime jurídico dos servidores públicos federais, estabeleceu no art. 5º,
§2º, que seriam destinadas aos portadores de deficiência até 20% das vagas oferecidas nos
concursos públicos.
2.1.4 – IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES.
Nada obstante, o poder constituinte originário optou por enunciar no inciso I do art. 5°,
de modo específico e destacado, que "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações".
Nota-se que, em respeito à diretriz constitucional, não será válido estabelecer distinções
entre homens e mulheres, salvo quando voltadas à equiparação de condições entre eles - já
que será a partir dessas diferenciações lícitas que se efetivará verdadeiramente o princípio da
isonomia.
Vale, pois, frisar os momentos em que o texto constitucional preceitua o tratamento
desigual entre homens e mulheres:
Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com
seus filhos durante o período de amamentação (art. 5°, L, CF/88);
À gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, será concedida licença com a
duração de cento e vinte dias (art. 7°, XVIII, CF/88);
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EXERCÍCIOS
1. Considerando-se o conteúdo jurídico do princípio da igualdade, é vedada:
A ação afirmativa com vistas à inclusão de grupo historicamente periférico, dado que
constitui medida discriminatória inadmitida pela Constituição de 1988.
Certo ( ) Errado ( )
2. Considerando-se o conteúdo jurídico do princípio da igualdade, é vedada:
A reserva de vagas para deficientes em concursos públicos, considerando que deve
haver igualdade de condições para o ingresso ao serviço público.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1. E
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