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Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito

Docente: Me. Thaís Dias


Professor Mediador: Dr. Tarcísio Rocha

Análise e estudo coletivo sobre caso Dred Scott v. Sandford

“Nos Estados Unidos, o caso Dred Scott v. Sandford


demonstra como a Constituição somente se destinava
aos “cidadãos”. Dred Scott mudou-se em 1834 com seu
“proprietário” de Missouri para Illinois e,
posteriormente, para Minesotta, então parte do
território da Louisiana. Tanto a Constituição de Illinois
quanto uma lei aprovada pelo Congresso Nacional, em
1820, proibiam a escravidão em seus respectivos
territórios. Em 1838, retornando para Missouri, Scott
foi vendido como escravo para John Sandford, de Nova Iorque, tendo posteriormente
proposto ação na justiça federal contra Sandford, buscando a liberdade, pois, após sua
passagem por dois territórios sem escravidão, transformar-se-ia em homem livre. A
Suprema Corte analisou a questão em duas etapas. Em primeiro lugar, apreciou a questão
da cidadania. Scott não era cidadão. Como fazia parte de uma “classe de seres
subordinados e inferiores”, incapazes de se associarem com a raça branca, seja em
relações sociais ou políticas, não poderia buscar direitos em juízo. Na segunda parte da
decisão, a Suprema Corte declarou inconstitucional o ato do Congresso Nacional que
proibia a escravidão ou servidão involuntária em todo o território cedido pela França.
Para a Suprema Corte, a Constituição em nenhum momento autorizava o Congresso a
assegurar liberdade aos escravos ou a restringir o direito de propriedade dos seus
senhores”1.

2. Objetivo da atividade
A atividade objetiva realizar uma construção coletiva sobre o caso Dred Scott v.
Sandford com elementos do passado e do presente que permita conhecer o contexto à

1
STRECK, Lenio. Dois casos idênticos na escravatura dos Estados Unidos e do Brasil: perspectiva do
Direito Civil e do Direito Constitucional. Revista de Direito Civil Contemporâneo-RDCC (Journal of
Contemporary Private Law), v. 16, p. 41-59, 2018 (p. 43).
época, o caso e seu respectivo julgamento, bem como as repercussões e análises críticas
sobre o caso que nos permitir refletir sobre o racismo estrutural estadunidense presente,
inclusive, nas instituições.

Organização da atividade:
1º Momento:
Acesso aos vídeos com legendas em português:
https://www.youtube.com/watch?v=9VffLWl8asY
https://www.youtube.com/watch?v=OazGts1xC9w

2º Momento:
Apresentação das imagens a seguir com as respectivas reflexões:
1. O mito de Narcísio:
“Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos Mutantes”2

Além de ter uma beleza estonteante, a qual despertava a


atenção de muitas pessoas, Narciso era arrogante e
orgulhoso. E, ao invés de se apaixonar por outras pessoas que o admiravam, ele ficou
apaixonado por sua própria imagem, ao vê-la refletida num lago.

2. Políticas Estatais

“Iguais, mas separados.”


A segregação racial
durante o Apartheid.

2
Trecho da música “Sampa”- Caetano Veloso
Imagens que apresentam propagandas políticas-partidárias sobre a discriminação,
especialmente o seu incentivo. A primeira imagem foi realizada em Portugal e a segunda
na Suiça.
3º Momento: Divisão das equipes.
Grupos de 5 alunos
Discussões a serem desenvolvidas:
• Discuta em grupo como a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de negar
a cidadania a Dred Scott afetou sua capacidade civil e seu acesso à justiça.
• Reflitam sobre como essa decisão se alinha ou contradiz os princípios
fundamentais de igualdade e justiça.
• Identifique e discuta em grupo como a moralidade e outros conhecimentos não
jurídicos influenciaram o caso Dred Scott v. Sandford.
• Analisem se houve uma sobreposição entre a moralidade da época e a
interpretação jurídica da Suprema Corte.

4º Momento: Apresentação das Conclusões.


Cada grupo terá a oportunidade de compartilhar suas conclusões e reflexões com a turma
como um todo. Importante que eles realizem conexão com a perspectiva de igualdade e a
justiça nos dias de hoje, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.

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