Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COM UOL HOST PAGBANK PAGSEGURO CURSOS UOL PLAY BATE-PAPO EMAIL
A importância de sermos
protagonistas do nosso futuro
Pós-pandemia traz reflexões sobre longevidade para a sociedade
São números com os quais não esperávamos mais nos defrontar. Diante da realidade,
porém, a principal lição a ser extraída deles é que precisamos ressignificar o próprio
conceito de "expectativa de vida", migrando da visão estatística, estritamente técnica, para
uma perspectiva mais humanizada: não se trata mais do tempo que teremos de vida, mas
da vida que teremos nesse tempo. Qualidade, em vez de quantidade.
Dada a sua natural condição de maior vulnerabilidade, os idosos foram os mais atingidos
pela pandemia, não apenas no que diz respeito à taxa de mortalidade mas também aos
efeitos sofridos nas mais diferentes dimensões de suas vidas. Para muitos, a maior
necessidade de distanciamento social, por exemplo, acabou agravando o quadro de solidão
e carência afetiva que já costuma afligir uma parcela expressiva dessa população.
Não há dúvida, entretanto, de que, em maior ou menor grau, a pandemia atingiu a todos,
sem exceção. Crianças, adolescentes, jovens e adultos, embora menos afetados pela doença,
tiveram suas rotinas e planos alterados, sendo obrigados a adiar estudos, projetos e sonhos.
De repente, nos descobrimos, todos, expostos a uma ameaça global cuja gravidade só
encontra paralelo em outro evento do gênero ocorrido há nada menos do que cem anos.
Mas o que significa saúde? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um estado
de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. Essa
visão é fundamental para que se compreenda a essência do conceito de longevidade: o
bônus de uma vida longa só faz sentido se ela for vivida com autonomia e qualidade.
Estamos avançando, sem dúvida, mas há bem mais a fazer do que já foi feito.
Hoje, sabemos que a idade significa mais do que o registro na carteira de identidade. A
idade é a nossa história, representa nossas escolhas e hábitos. Com o passar do tempo, a
"idade cronológica", aquela do RG, perde importância para a "idade biológica", que remete à
nossa biografia.
A ciência já comprovou que a adoção de hábitos saudáveis pode reduzir em até 80% a
incidência de doenças crônicas não-transmissíveis, entre elas colesterol alto, hipertensão,
problemas cardíacos, diabetes, obesidade e diversos tipos de câncer.
Quando se trata de longevidade e saúde, saber o que fazer, mas não mudar, é assumir um
risco. Mais do que a oportunidade, temos a responsabilidade de nos tornar protagonistas do
nosso futuro, fazendo desse novo ponto de partida o marco zero do nosso novo normal.
TOPO
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da
Folhapress.