Você está na página 1de 4

7 grandes contribuições de

Sócrates para a filosofia


As contribuições de Sócrates à filosofia tem sido tão importante que marcou
um antes e depois de nesta disciplina. De fato, é muitas vezes distinguida entre
filósofos pré e pós-socráticos.
Sócrates era um filósofo da Grécia Antiga. Conhecido como o pai da filosofia,
estima-se que ele tenha vivido em Atenas entre os anos 470 aC e 399 aC, onde
se dedicou à profunda reflexão sobre aspectos da vida que até agora ninguém
havia parado para refletir ou analisar.

Sabe-se que Sócrates deu os primeiros ensinamentos a uma série de discípulos


que continuariam a desenvolver seus próprios conceitos filosóficos, como Platão.

Dizem que ele freqüentou e compartilhou suas idéias nas ruas de Atenas com
aqueles que se aproximaram dele, conseguindo transformar seus ouvintes
através de suas abordagens.

Ele foi descrito como um homem de caráter irônico e aparência descuidada.


Sócrates não deixou nenhum tipo de escrita ou registro de seus postulados e
posições filosóficas, mas estas foram incorporadas em outros trabalhos pela mão
de um de seus alunos: Platão.
Sócrates é reconhecido como o pai da filosofia porque começou a lançar as
bases do pensamento filosófico: questionar; e também os elementos para torná-
lo mais eficaz: o poder da palavra.

As contribuições de Sócrates à filosofia permitiram sujeitar a realidade e o mundo


a críticas construtivas.

Principais contribuições de Sócrates para a filosofia


Análise crítica dos conceitos de vida
Sócrates concebeu a filosofia moral; isto é, um que reflete sobre concepções que
até agora eram consideradas atos da natureza que não tinham uma razão.

Sócrates introduziu filosofia e reflexão nos lares da Grécia, gerando novas


perspectivas sobre as noções da vida cotidiana, de virtudes e vícios, de bem e
mal.

Relacionado:  Falácia da composição: o que é e exemplos

Ele introduziu o tratamento filosófico de todas as questões possíveis, pois, para


ele, nenhum aspecto da vida era sem importância.

Uma visão objetiva das concepções sociais


De acordo com os diálogos de Platão, nos quais Sócrates é o principal orador,
ele é mostrado como cético em relação a quase qualquer tópico apresentado.

O filósofo grego incentivou a busca de uma visão objetiva de conceitos sociais,


como justiça e poder, que até então eram dados como garantidos ou
compreendidos pelo cidadão comum.

Sócrates, ao contrário de seus antecessores, focado em questões científicas,


começou a abordar pela primeira vez o problema da ética nas diferentes práticas
do homem, bem como o certo ou errado de suas ações diante de determinadas
situações.

O diálogo e a argumentação
Sócrates se concentrava na discussão e debate como a principal maneira de
expor idéias. Diante daqueles que duvidavam de suas habilidades, ele se
apresentava ignorante de certos temas, considerando que somente através da
discussão ele poderia enriquecer o conhecimento.

Para o filósofo, a apresentação de idéias discutidas foi o resultado de um exame


e profunda reflexão sobre um assunto.
Todas as correntes e posições filosóficas que surgiram desde então continuam a
expor suas idéias de maneira sustentada, revelando o caráter analítico e não
apenas contemplativo da filosofia.

É creditado a Sócrates o gerenciamento das definições gerais sobre certos


tópicos e o uso do argumento indutivo para garantir a troca eficaz de idéias.

Aplicação da majéticaica
Mayéticaica é uma técnica cuja origem remonta a uma forma de ajuda durante o
parto. Sócrates pegou essa idéia e mudou-se para o campo filosófico.

Com a implementação dessa técnica durante uma discussão, Sócrates permitiu


que seu interlocutor ou aluno gerasse o conhecimento que procurava através de
questionamentos constantes sobre todos os aspectos do mesmo tópico.

Relacionado:  Valores vitais: o que são, tipos, características e exemplos

Dessa maneira, Sócrates interpretou o papel de assistente de parto, permitindo


que as respostas que procurava seu aluno vislumbrassem suas próprias
perguntas. O objetivo do filósofo com essa técnica era iluminar a alma através do
conhecimento.

Ironia socrática e dialética


Sócrates sentiu que, pela autêntica busca de conhecimento, ele era capaz de
perceber a verdadeira essência de um homem.

Conhecido por ter um caráter irônico, Sócrates usou esses modos de expressão
a seu favor para expor falsas pretensões ou más intenções de outros homens
que procuravam desacreditá-lo.

Sócrates considerou que a iluminação poderia estar disponível para todos os


homens, mas apenas como resultado de um grande esforço e dedicação.

Com essas qualidades, ele promoveu posições céticas diante de qualquer


postulado ou idéia que não passasse por um exame participativo exaustivo.

Primeiras percepções sobre beleza


Sócrates tinha uma posição bastante forte contra as expressões de beleza ao
seu redor. Ele considerava a beleza uma “tirania efêmera”, dada sua natureza
evocativa e temporal.

Ele achava que coisas bonitas só geravam expectativas irracionais no homem,


que poderiam levá-lo a tomar decisões negativas, o que gerava violência.
Essa posição diante da beleza seria um legado que Platão continuaria a explorar,
diante das formas de expressão artística que começaram a emergir na Grécia
antiga como manifestações de beleza.

Continuidade através do ensino


O simples fato de Sócrates não ter deixado nenhum trabalho escrito e de que
todas as suas idéias e propostas foram conhecidas através das obras de seus
discípulos e estudantes, que também estavam encarregados de esboçar um
retrato do sábio filósofo, destaca a papel desempenhado por Sócrates na
sociedade e em sua busca pelo conhecimento.

Relacionado:  Estética (filosofia): história, características, autores

Ele nunca se considerou um professor, preferia ver-se como um agitador das


consciências. Em alguns textos, ele é apresentado como um homem que
compartilhou e discutiu com todos os interessados; em outros, eles enfatizam
que ele cobrou por essa prática, embora sua noção sobre filosofia não fosse a de
um ofício.

A partir dessas primeiras percepções dirigidas por Sócrates, outros filósofos,


como Antístenes (escola cínica de filosofia), Aristipo (filosofia cirenaica), Epicteto
e Platão começaram a moldar suas próprias reflexões, traduzi-las em obras e
empreender o desenvolvimento contínuo da filosofia. Filosofia até o presente.

Referências
1. McKirahan, RD (2010). Filosofia antes de Sócrates. Indianapolis: Hackett
Publishing.
2. Onfray, M. (2005). Filosofia antimanual. Madri: EDAF.

Você também pode gostar