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Osteoartrite e Cartilagem 20 (2012) 957e966

Análise

Eficácia da diatermia térmica e atérmica de ondas curtas para o manejo da

osteoartrite do joelho: uma revisão sistemática e metanálise
Y. Laufer y*, G. Dar yz
y Departamento de Fisioterapia, Faculdade de Bem-Estar Social e Ciências da Saúde, Universidade de Haifa, Haifa 31905, Israel z Ribstein Center for
Research and Sports Medicine, Wingate Institute, Netanya 42902, Israel

informações do artigo resumo

Historia do artigo: Objetivo: Avaliar a eficácia do tratamento de diatermia por ondas curtas (SWD) no manejo da osteoartrite do joelho
Recebido em 13 de fevereiro de 2012 (OAJ) e avaliar se os efeitos estão relacionados à indução de um efeito térmico.
Aceito em 15 de maio de 2012

Métodos: Foi realizada uma busca sistemática da literatura no PubMed, CINAHL, PEDro, EMBASE, SPORTdiscus
Palavras-chave: e Scholar Google. Foram incluídos estudos que compararam o uso do tratamento SWD em pacientes diagnosticados
Osteoartrite do joelho
com KOA com um grupo controle (tratamento placebo SWD ou sem intervenção) e estudos que usaram energia
Ondas curtas
eletromagnética de alta frequência (ou seja, 27,12 MHz) com informações suficientes sobre a dosagem do
Térmico
Atérmico
tratamento. A qualidade metodológica dos estudos incluídos foi avaliada de acordo com a escala de classificação
Revisão sistemática
PEDro. Um mínimo de uma pontuação de 6/10 foi necessária para a inclusão.
Resultados: Sete estudos foram incluídos na análise final. Os protocolos de tratamento (dosagem, duração, número
de tratamentos) variaram bastante entre os estudos. A meta-análise dos estudos com baixo poder médio não
favoreceu o tratamento SWD para redução da dor, enquanto os resultados dos estudos que empregaram algum
efeito térmico foram significativos. Nenhum efeito do tratamento nas medidas de desempenho funcional foi
determinado.
Conclusão: Esta meta-análise encontrou efeitos pequenos e significativos na dor e no desempenho muscular
apenas quando o SWD evocou uma sensação térmica local. No entanto, a variabilidade nos protocolos de tratamento
torna difícil tirar conclusões definitivas sobre os fatores que determinam a eficácia do tratamento SWD. Mais
pesquisas (usando protocolos comparáveis e medidas de resultados) são necessárias para avaliar os possíveis
efeitos a longo prazo do tratamento térmico SWD e sua relação custo-benefício em pacientes com KOA.
2012 Osteoarthritis Research Society International. Publicado por Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados.

Introdução O KOA não é uma doença curável, e o KOA em estágio final é

A osteoartrite de joelho (OAJ) é uma das formas mais comuns de
artrite no mundo ocidental, com prevalência de 10 a 15% em adultos
acima de 60 anos1,2. As principais deficiências associadas ao KOA
incluem dor, rigidez, instabilidade articular, edema articular e fraqueza
muscular. Essas deficiências resultam em limitações funcionais
marcantes, responsáveis pelo maior percentual de incapacidade para
andar, subir escadas e tarefas domésticas entre a população idosa não
institucionalizada, levando a uma diminuição significativa da qualidade
de vida3,4.
* Endereço de correspondência e solicitações de reimpressão para: Y. Laufer, Departamento de Fisioterapia,
Faculdade de Bem-Estar Social e Estudos de Saúde, Universidade de Haifa, Monte Carmelo, Haifa 31905, Israel.
Tel: 972-50-5662054.
Endereços de e-mail: yochy.laufer@gmail.com (Y. Laufer), gdar@univ.haifa.ac.il (G. Dar).
frequentemente tratado por procedimentos cirúrgicos5,6. Durante o
curso da doença, os pacientes recebem uma variedade de tratamentos
farmacológicos e não farmacológicos que visam aliviar os sinais e
sintomas da doença e, se possível, retardar sua progressão7 .
Várias diretrizes médicas foram desenvolvidas para auxiliar os
cuidadores na escolha da terapia para o manejo do KOA, e a maioria
dessas diretrizes inclui exercícios e uma variedade de modalidades de
. médico com
fisioterapia6 De fato, 78% dos pacientes especialista
KOA que também
visitamconsulte
um
um fisioterapeuta8 .
A diatermia por ondas curtas (SWD) é uma das formas mais antigas
de modalidades eletroterapêuticas tradicionalmente utilizadas por
fisioterapeutas para tratar sintomas de KOA9e11. O SWD normalmente
utiliza radiação eletromagnética de 27,12 MHz, que é aplicada em modo
contínuo (CSWD) ou pulsado (PSWD), sendo este último entregue na
forma de trens de pulso9,11. Em uma pesquisa de 41 departamentos
de fisioterapia baseados em hospitais irlandeses, CSWD e PSWD foram
especificados como tratamentos para osteoartrite aguda (OA) por 34,8% e

1063-4584/$ e veja a matéria da frente 2012 Osteoarthritis Research Society International. Publicado por Elsevier Ltd. Todos os direitos
reservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.joca.2012.05.005
Machine Translated by Google
958 Y. Laufer, G. Dar / Osteoartrite e Cartilagem 20 (2012) 957e966
73,9% dos entrevistados, respectivamente, e para OA crônica por 97,8% e 59,4%
dos entrevistados, respectivamente11. É geralmente aceito que os principais efeitos
fisiológicos da CSWD estão relacionados ao aumento induzido da temperatura do
tecido, que pode induzir vasodilatação, elevação do limiar de dor, redução do
espasmo muscular, aceleração da atividade celular e aumento da extensibilidade dos
tecidos moles11e13.
A PSWD é geralmente utilizada por seus efeitos atérmicos11e14 que
provavelmente são o resultado da capacidade das células de absorver energia de
campos elétricos oscilantes de frequências e/ou amplitudes definidas, provocando ou
potencializando a atividade celular14,15. Os efeitos fisiológicos atribuídos à PSWD
incluem aumento do fluxo sanguíneo, diminuição da dor e rigidez articular, redução
da inflamação, resolução mais rápida do edema e cicatrização acelerada16. O uso
de PSWD para tratamento de articulações artríticas aumentou dramaticamente na
última década, provavelmente devido à possível ligação entre o aumento da
temperatura resultante da CSWD e atividade inflamatória sinovial, e entre atividade
inflamatória sinovial e piora da degeneração da cartilagem na OA13,17. Assim, em
uma pesquisa recente na Inglaterra, a disponibilidade e uso de CSWD diminuiu,
enquanto o oposto é verdadeiro para PSWD18.
No entanto, enquanto a introdução da PSWD foi impulsionada por seus possíveis
efeitos atérmicos, estudos demonstraram que PSWD também pode induzir uma
elevação da temperatura do tecido que depende da potência média total
fornecida19,20. Por exemplo, Bricknell e Watson (1995)21 demonstraram uma
sensação térmica definida, com uma potência média [desvio padrão (DP)] de 10,9
(3,2)W, e Murray e Kitchen (2000)20 determinaram uma sensação térmica 'possível'
e uma sensação térmica 'definida' a uma potência média (DP) de 13,8 (7,1)W e 21,2
(8,3)W, respectivamente. Enquanto uma sensação de calor ao nível da pele não
garante o aumento da temperatura do tecido profundo, um estudo com PSWD a uma
potência média de 48 W demonstrou aumentar o tecido muscular a 3 cm abaixo da
superfície da pele em uma média (DP) de 3,78 (1,19) C, que foi bastante semelhante
ao aumento ao nível da pele19.
Em um estudo recente, Al-Mandeel e Watson (2010)22 examinaram, em um
estudo bem controlado, o efeito da PSWD em uma potência média alta e baixa (24
W e 3 W respectivamente) e demonstraram efeitos fisiológicos significativos no
volume sanguíneo e temperatura da pele principalmente no tratamento de alta dose.
Portanto, a resposta fisiológica à PSWD também pode estar relacionada aos seus
efeitos térmicos, que são dose-dependentes.
Apesar da popularidade dessa modalidade, a eficácia da CSWD/PSWD para o
tratamento do KOA tem sido apenas esporadicamente examinada, e muitos dos
estudos anteriores relacionados a essa questão são caracterizados por um desenho
experimental pobre23e26. Vários artigos de revisão foram publicados para auxiliar o
clínico na tomada de decisão quanto à escolha da SWD como modalidade de
tratamento9,11,13,27. Embora essas revisões geralmente recomendem a necessidade
de estudos adicionais bem controlados, elas não fornecem detalhes suficientes para
determinar a dosagem ideal. Além disso, como essas revisões não foram metanálises
sistemáticas, elas não forneceram evidências suficientes quanto à eficácia dessa
modalidade de tratamento.
Uma limitação importante dessas primeiras revisões é que elas não incluem
estudos controlados randomizados, realizados mais recentemente. Além disso,
embora duas revisões sistemáticas de ensaios controlados randomizados tenham
sido publicadas recentemente, essas revisões não diferenciam entre estudos que
empregam energia de alta frequência (ou seja, 27 MHz, frequência) classicamente
referida como SWD, que pode ser fornecida de forma contínua ou pulsada. forma, e
aqueles que empregam energia de baixa freqüência de rádio (ou seja, freqüência de
rádio de 1e300 KHz)28,29. Esses dois tipos de energias de radiofrequência envolvem
tecnologias diferentes e são relatados como tendo efeitos fisiológicos diferentes e,
portanto, não devem ser combinados como idênticos (ver revisão de Guo et al.,
2011)30.
O objetivo primário deste estudo foi revisar sistematicamente a eficácia do
tratamento SWD na gestão de KOA. O objetivo secundário foi avaliar se os efeitos do
tratamento SWD estão relacionados com a indução de um efeito térmico. A presente
revisão foi escrita de acordo com as diretrizes recomendadas pelo Preferred Reporting
Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA)31.
Métodos
Procurar estratégia
Uma pesquisa on-line do PubMed (1966 a setembro de 2011), CINAHL (1982 a
setembro de 2011), PEDro (última atualização em 5 de setembro de 2011), EMBASE
(1974 a setembro de 2011), SPORTdiscus (1830 a setembro de 2011) e bancos de
dados Scholar Google foi realizado de forma independente por ambos os autores. A
busca eletrônica foi completada por uma busca manual das referências bibliográficas
dos estudos incluídos.
Os seguintes títulos de assuntos médicos por termos MeSH foram usados: OA,
artrite, diatermia, terapia de ondas curtas. As palavras-chave foram KOA, artrite do
joelho, gonartrose, diatermia por ondas curtas (ou ondas curtas) e tratamento por
ondas curtas. Nenhuma data de publicação ou idioma foi restrito, mas a busca foi
restrita a estudos em humanos. A busca foi inicialmente conduzida pelos dois autores
de forma independente e finalizada pelos autores em colaboração. A última busca
completa foi realizada em setembro de 2011. As publicações duplicadas foram
removidas após a busca em todas as bases de dados e listas de referências.
Os títulos e resumos de todos os artigos identificados foram revisados, com o artigo
completo revisado sempre que necessário para finalizar uma decisão sobre inclusão.
Critérios de seleção e elegibilidade do estudo
Os autores examinaram independentemente todas as citações selecionadas. Os
estudos incluídos foram aqueles que compararam o uso do tratamento SWD em
pacientes diagnosticados com KOA com um grupo controle que recebeu tratamento
placebo SWD ou nenhuma intervenção SWD. Ensaios em que o tratamento SWD foi
suplementado por uma modalidade adicional (por exemplo, exercício) foram incluídos
na revisão apenas quando o estudo também teve um grupo que recebeu apenas a
intervenção adicional (por exemplo, exercício).
Apenas estudos que usaram energia eletromagnética de alta frequência (ou seja,
27,12 MHz), seja em modo contínuo ou pulsado, foram selecionados para a revisão
final. Além disso, os estudos selecionados tiveram que incluir informações suficientes
sobre a dosagem do tratamento para determinar se a intervenção era térmica ou
atérmica.
Assim, os artigos que não forneceram informações suficientes para calcular o Watt
médio foram incluídos apenas se os autores declarassem especificamente que o
tratamento era térmico ou atérmico. Embora a seleção do estudo não tenha sido
limitada pelo desenho do estudo (além da inclusão do grupo controle) ou pelas
medidas de desfecho utilizadas, foi exigida uma pontuação mínima de 6/10 na escala
de classificação PEDro32.
Extração de dados
Uma folha de extração de dados foi desenvolvida por ambos os revisores, que
então extraíram os dados de forma independente. As diferenças entre os revisores
em relação ao resumo dos dados foram resolvidas por consenso. Os revisores
entraram em contato com um autor por e-mail para obter informações não
apresentadas no artigo publicado33.
Avaliação de qualidade
A qualidade metodológica dos estudos incluídos foi avaliada de acordo com a
escala de classificação PEDro32, fornecendo uma pontuação entre 0 e 10. As
classificações PEDro, que são fornecidas pelo
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Y. Laufer, G. Dar / Osteoartrite e Cartilagem 20 (2012) 957e966
Center for Evidence-Based Physiotherapy do George Institute for Global Health, sempre
que disponível. Os estudos para os quais um escore PEDro não foi publicado foram
pontuados de forma independente pelos autores, com discrepâncias resolvidas por
consenso. Os estudos foram classificados entre excelentes e ruins com base no escore
PEDro, da seguinte forma: 9e10 e excelente; 6e8 e bom; 4e5 e justo; <4 e pobre.
Análise de dados
O software MetaAnalyst foi usado para realizar uma meta-análise quando apropriado,
ou seja, quando dados suficientemente homogêneos sobre o desempenho estavam
disponíveis. Quando dados suficientes não foram relatados para permitir o cálculo do
tamanho do efeito, o autor relevante foi contatado e os dados necessários foram
solicitados. O tamanho do efeito (Hedges G) foi determinado de forma conservadora, com
base nas comparações dos resultados finais dos grupos de tratamento e controle,
utilizando escores padronizados e análise aleatória contínua (DerSimonian-Laird),
assumindo variâncias desiguais.
Resultados
Seleção de estudos
Nossa busca na literatura de todas as bases de dados produziu 71 estudos. Título e
resumos foram visualizados para excluir publicações duplicadas (cinco estudos), cartas
(um artigo), artigos de revisão (três artigos), uso de radiofrequência diferente de SWD (18
estudos) e patologias diferentes de KOA (14 estudos). Quarenta e um dos 71 estudos
foram excluídos nesta fase, e os 30 restantes foram recuperados para revisão do texto
completo.
Dezenove estudos foram excluídos nesta fase devido à falta de um grupo de controle
apropriado ou dados insuficientes sobre a dose de tratamento. Onze artigos atenderam
aos critérios de seleção da revisão, dos quais mais dois foram excluídos34,35 por serem
realizados pelo mesmo grupo. Após consulta a um dos principais autores desses estudos,
apenas a publicação final desta série foi incluída em nossa análise36. Dois estudos
adicionais foram excluídos nesta fase devido a uma pontuação PEDro de 4/10. As
características dos sete estudos finais recuperados estão resumidas nas Tabelas I e II.
Qualidade metodológica
A qualidade metodológica dos artigos incluídos de acordo com a escala de
classificação PEDro é apresentada na Tabela III. Apenas um36 dos estudos foi pontuado
de forma independente pelos autores, enquanto os demais escores foram fornecidos pelo
banco de dados PEDro. O escore médio (DP) do PEDro foi de 7,28 (1,38), com dois
estudos classificados como excelentes (escore de 9/10)36,37, e os demais na faixa boa
(escore de 6e8/10)33,38e41. Um item (terapeuta cego) foi pontuado positivamente em
apenas um estudo41, e um item (intenção de tratar) foi pontuado positivamente em apenas
dois estudos36,37. Em contraste, três itens (comparável na linha de base, comparação
entre grupos e critérios de elegibilidade) foram pontuados positivamente em todos os
estudos incluídos. Dois dos estudos envolveram um grupo controle33,38 , três um grupo
placebo37,39,40 e dois tanto um grupo placebo quanto um grupo controle36,39,41 .
Características dos estudos incluídos
Sujeitos
Os estudos incluídos envolveram 594 pacientes (527 mulheres), com 274 deles
recebendo tratamento SWD e 320 servindo como controles.
O número de sujeitos por grupo variou entre 9 e 60, com média de 27 (DP e 12,7). A
média de idade foi de 62,5 anos (DP e 5,07). O KOA foi confirmado em todos os indivíduos
com base nas alterações radiológicas, com exceção de um estudo37 em que a elegibilidade
foi baseada nos critérios diagnósticos do American College of Rheumatology.
959
Intervenção
Dosagem do tratamento: As informações sobre a dosagem do tratamento variaram
entre os estudos. Um estudo não especificou se eles usaram um modo contínuo ou
pulsado, nem foram identificados quaisquer outros parâmetros de dosagem que pudessem
nos ajudar a determinar a potência ou energia média38. No entanto, este estudo indicou
especificamente que a intensidade foi definida com base na sensação de calor de cada
indivíduo, determinada como “uma sensação de calor leve, mas agradável”. Dos demais
estudos, apenas um utilizou o modo contínuo, com potência média relativamente alta na
faixa de 120e132 W e energia total de 108e118 KJ, induzindo um forte efeito térmico33
(conforme determinado por comunicação pessoal com o autor).
Duração e número de tratamentos: A duração mais curta do tratamento foi de 15
min33,41, e a maior duração foi de 38 min36, sendo 20 min a duração mais comum do
tratamento36e40. O
o número total de tratamentos variou de seis tratamentos entregues
em um período de 2 semanas39 para um total de 24 entregues em um período de 8
semanas33. O número médio (DP) de tratamentos foi de 11,14 (5,92), realizados durante
um período médio (DP) de 3,71 (1,97) semanas.
Grupos de tratamento e intervenção adicional
O número de grupos de tratamento variou entre dois e cinco.
Os grupos de controle receberam SWD placebo ou nenhum tratamento SWD. Enquanto a
maioria dos estudos incluiu apenas um grupo recebendo tratamento SWD, três estudos
envolveram dois grupos de tratamento SWD diferindo na dosagem36,39,40.
Em três dos estudos, os pacientes que receberam tratamento com SWD não
receberam nenhuma intervenção adicional durante o período de tratamento36,39,40 .
Intervenções adicionais nos estudos restantes incluíram exercícios e compressas quentes.
Efeitos do tratamento
Um resumo dos efeitos do tratamento relatados nos vários estudos é apresentado na
Tabela I (última coluna). Tamanhos de efeito e intervalo de confiança de 95% (IC) das
medidas de resultado primário, bem como os efeitos agrupados calculados quando os
dados estavam disponíveis para mais de um estudo, são apresentados na Tabela IV. Os
valores de P relatados nos estudos originais são incluídos nesta tabela sempre que houver
dados insuficientes para calcular o tamanho do efeito.
Estrutura corporal e domínio da função Todos
os estudos incluídos avaliaram a dor usando uma escala visual analógica (VAS) ou
uma escala numérica de avaliação da dor (NPRS). Em dois desses estudos, a dor foi
determinada pela média da resposta a cinco questões, avaliadas em uma EVA, que
compreendia a subescala de dor no questionário de osteoartrite da Western Ontario e
McMaster Universities (WOMAC)38,40. Os resultados de todos, exceto um estudo37 ,
foram agrupados para a meta-análise. No entanto, uma vez que três estudos envolveram
dois grupos de tratamento diferindo na dosagem de SWD, os resultados de apenas um
grupo de tratamento por estudo foram incluídos na análise geral agrupada para levar em
conta possíveis vieses dentro do estudo. O grupo escolhido foi aquele que demonstrou o
efeito positivo mais forte36,39,40.
A análise geral não atingiu significância em termos de redução da dor [Tamanho do
efeito (CI) 0,414 (0,857, 0,030)] (Tabela IV, Fig. 1).
O estudo que não pôde ser agrupado na meta-análise não relatou tal efeito37. Na tentativa
de identificar se a dose de tratamento explicava a inconsistência entre os grupos, foram
realizadas análises separadas para os estudos com potência média de 10 W39,40 e para
aqueles com potência média maior que 10 W. As estimativas de efeito dos estudos com
potência média baixa não não favorecem o tratamento SWD, enquanto os resultados
agrupados de estudos empregando algum efeito térmico foram estatisticamente
significativos [Tamanho do efeito (CI) 0,334 (0,643, 0,026)].
Os resultados de dois dos três estudos que examinaram o músculo
força com foco no movimento isocinético do joelho pode ser combinada para
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960

Tabela I
Características do estudo

Estude Idade IMC Grupos de gênero M/F Nº por tempo de teste de grupo Medidas de resultado Resultados

Média (SD) Média (SD)

Akyol, 201038 57,8 (10,7) 31,1 (5,2) Apenas fêmeas Gr1: SWD þex' 20 Pré; Postz; & 3 Estrutura e função do corpo Efeito de tempo significativo em
Gr 2: Controle 20 meses. FU

Osteoar
Cartilag
(2012)
Laufer,
e966
957
Dar
20
G.
Y.
e / Callaghan, 200539

Cetina, 200833
56,6 (8,1)

59,5 (6,7)
58,3 (7,3)
63,5 (7,9)

59,8 (11,6)
61,9 (8,6)
57,6 (7,3)
61,1 (8,3)
58,9 (9,1)
30,8 (3,6)

29,9 (4,3)
26,8 (3,9)
27,2 (4,5)

27,9 (4,2)
29,5 (4,6)
29,8 (5,7)
27,7 (4,2)
27,4 (4,2)
14/13
(ex' apenas)

Gr 1: SWD baixo
Gr 2: SWD alto
Gr 3: Placebo

Apenas fêmeas Gr 1: SWD þ HP þ ex'

Gr 2: TENS þ HP þ ex'
Gr 3: EUA þ HP þ ex'
Gr 4: Controle
(HP þ ex')y
Gr 5: Controle (ex')
9
9
9

20
20
20
20
20
Pré e Pós

Pré; Postz
Dor EVA; torque isocinético dos flexores e extensores do
joelho; Inventário de depressão de Beck
Teste de
caminhada de 6 min de atividade; WOMAC; SF-36
Estrutura e função do corpo
ROM; dor EVA; pico de torque concêntrico dos extensores do
joelho; inflamação articular medida com radioleucocintilografia

Atividades

Velocidade da marcha de 13 m
Estrutura e função do corpo
Dor EVA; força isocinética extensão do joelho
Índice de Lequesne do joelho
Velocidade

de caminhada de 50 m da atividade
todas as medidas; nenhum efeito de grupo

Sem efeito de tempo;

Nenhum efeito de grupo, exceto para
ROM que melhorou
significativamente mais no grupo
placebo

Maiores reduções significativas na

dor, força muscular no SWD Gr. vs
controle Gr; efeito significativo do
tempo na velocidade de caminhada
sem efeito de grupo Redução
significativa na dor e melhora na
Fukuda, 201136 62,0 (8,0) 29,4 (4,5) Apenas mulheres Gr 1: SWD baixo 32 Pré; Postz; & 12 Estrutura e função do corpo função de ambos SWD baixo e alto vs
63,0 (9,0) 27,1 (4,2) Gr 2: SWD alto 31 meses. FU Dor VAS grupos controle ou placebo. Sem
57,0 (9,0) 27,6 (3,7) Gr 3: Placebo 23 Atividades diferenças entre os grupos de tratamento
61,0 (10,0) 26,7 (3,0) Gr 4: Controle* 35 Questionário KOOS Efeito de tempo significativo; nenhum
efeito de grupo para nenhuma das medidas

Klaber Moffett, 199641 62,7 (8,7)

e

34/58 Gr 1: SWD 30 Pré; postz;4& 12 Estrutura e função do corpo

63,5 (10,5) Gr 2: Placebo 30 semanas FU Diário diário de dor (escala de 0 a 100); Questionário de
64,4 (10,3) Gr 3: Controle * 30 Saúde Geral; (ADL & ROM avaliados, mas não relatados)
46 joelho, 46 quadril
Laufer, 200540 72,7 (6,4)
e

21/82 Gr 1: SWD baixo 32 38 Pré; postz; Atividades Efeito de tempo significativo para dor e
74,8 (6,6) Gr 2: SWD alto FU de 12 semanas Teste Temporizado de Levantar e Partir; negociação de escadas; rigidez, sem efeito de grupo
73,3 (6,9) Gr 3: Placebo 33 3 minutos de caminhada; WOMAC

Rattanachaiyanont, 200837 63,3 (7,6) 62,5 (8,5) 25,6 (4,0) Apenas fêmeas Gr1: SWD þ ex 53 Pré; Postz; & FU Velocidade Efeito de tempo significativo;
26,2 (4,2) Gr 2: Placebo þ ex 60 de 3 semanas de caminhada de 100 m da atividade; tempo de negociação da escada; nenhum efeito de grupo
WOMAC modificado; avaliação global; satisfação
do paciente

M/F e masculino/feminino; ex' e exercícios; FU e acompanhamento; AVD e atividades de vida diária; Questionário WOMAC e Western Ontario MacMaster; SF-36 e forma curta (36) pesquisa de saúde.
* Controle ¼ sem intervenção. y O
grupo de controle usado para meta-análise. z Poste e
após a conclusão do último tratamento.
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Tabela II
Características do tratamento

Estude Unidade/empresa Transferencia de energia Eletrodo/ Contínuo/ Térmico/ Pico Duração do pulso Frequencia. Quer dizer Duração do Rx Energia Não. Outras intervenções
método aplicador pulsado atérmico (C) (ms) (Hz) Watt (min) (KJ) de Rxs

Akyol, 201038 Curapuls 419/ Indutivo Bobina e

Térmica leve ee ee 20 e

4 semanas; Ambos os grupos:

Enraf-Nonius total: 12 exercício isocinético
Callaghan, 200539 Megapulso/EMS Indutivo Tambor Gr. 1: Pulsado Atérmico 200 400 10 20 12* 2 semanas; Nenhum

Gr. 2: Pulsado Possível térmica 400 400 20 20 24* total: 6

Cetina, 200833 Curapuls Capacidade
e

Térmica Contínua ee e 120e132y 15 108e118*, 8 semanas; Grupos 1e4:

419/Enraf-Nonius total de 24 HP e exercício
Grupo 5: exercício

Osteoar
Cartilag
(2012)
Laufer,
e966
957
Dar
20
G.
Y.
e / Fukuda, 201136

Klaber Moffett, 199641

Laufer, 200540
Diatermiado II/Carci

Ultramed/Bosch

Curapuls 670/Enraf-Nonius Indutivo

Rattanachaiyanont, 200837 Ultramed/Bosch

Capacidade

Indutivo

Capacidade
Eletrodos macios Gr. 1: Pulsado
Gr. 2: Pulsado
Tambor (circplódio) Pulsado

Tambor (circplódio) Gr. 1: Pulsado

Gr. 2: Pulsado
Placa condensadora Pulsada

* Calculado pelos autores usando a seguinte fórmula: energia total (J) ¼ potência média (W) tempo de aplicação (s).
y Comunicação pessoal.
Possível térmica
Possível térmica
Possível ee térmico

Atérmico
Térmica leve
Atérmico
250
250

200
200
300e
400
400

82
300
145
145
82 23

110
300
e 3.2
14,5
14,5

1,8
18
19
38
15

20
20
20
17
33
20*

2,1*
21*
3,8*
3 semanas;

total: 9
3 semanas;

total: 9

3 semanas;

total: 9
3 semanas;

total: 9
Nenhum

Exercício e dieta
instruções para
todos os grupos
Nenhum

Ambos os grupos:
exercício, AINE
como necessário

Tabela III
Resumo da qualidade metodológica com base na escala de classificação PEDro

Estude No geral Elegibilidade Aleatória Oculto Linha de base Cego Cego Cego Adequado Intenção Entre-grupo Estimativas de pontos

critério alocação alocação comparável sujeito terapeuta assessor seguir tratar comparação & variabilidade

Akyol, 201038 7 sim sim sim sim Não Não sim sim Não sim sim
Callaghan, 200539 6 sim sim sim sim Não Não sim Não Não sim sim
Cetin, 200833 36 6 sim sim Não sim Não Não sim sim Não sim sim
Fukuda, 2011* 9 sim sim sim sim sim Não sim sim sim sim sim
Klaber Moffett, 199641 8 sim sim Não sim sim sim sim sim Não sim sim
Laufer, 200540 6 sim Não Não sim sim Não sim sim Não sim sim
Rattanachaiyanont, 200837 9 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim sim
Resumo (sim/não) 7/7 07/06 4/7 7/7 4/7 Não 1/7 7/7 07/06 2/7 7/7 7/7

* Avaliado pelos autores.

y
O item dos critérios de elegibilidade não contribui para a pontuação total.

961
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962 Y. Laufer, G. Dar / Osteoartrite e Cartilagem 20 (2012) 957e966

Tabela IV
Resumo dos efeitos do tratamento (valor P relatado, tamanho do efeito e IC de 95%)

Nome do estudo A medida Valor P informado* Tamanho do efeito 95% CI (inferior e superior)

Estrutura do corpo e domínio da função

Dor
VAS 0,493 1,123 0,137
uma

Akyol, 201038
b
Akyol, 201038 WOMAC (dor) 0,113 0,734 0,507
c
Callaghan, 200539 (LD) VAS 0,473 1,365 0,419
d
Callaghan, 200539 (HD) VAS 0,328 1.212 0,556
e
Cetina, 200833 VAS 0,098 0,718 1,439 2,068 0,982 0,523
f
Fukuda, 201136 (LD) g NPRS 1,579 0,026 0,594 0,082 0,384
0,119 0,810
Fukuda, 201136 (HD) NPRS 0,606 NS ee e 0,386
h
Klaber-Moffett, 199641 NPRS 0,542
0,549
eu

Laufer, 200540 (LD) j WOMAC (dor)

Laufer, 200540 (HD) WOMAC (dor) 0,368
k
Rattanachaiyano, 200837 WOMAC (dor)
Efeito combinado: geral: a, d, e, f, h e j L0,408 L0,837 0,022
Efeito combinado Térmico: a, d, e, g, h, & j L0,327 L0,627 L0,028
Efeito combinado Athermal: c & i L0,060 L0,535 0,415

Força muscular
0,404 0,223 1,030
uma

Akyol, 201038 Extensão isocinética do joelho esquerdo a 60/s

b
Cetina, 200833 Extensão isocinética do joelho esquerdo a 60/s 0,528 0,104 1,159
c
Callaghan, 200539 (LD) Extensão concêntrica do joelho 90 /s 0,348 0,277 0,973
d
Callaghan, 200539 (HD) Extensão concêntrica do joelho 90 /s 0,492 0,138 1,122
Efeito combinado: a e b 0,465 0,020 0,910

Inflamação das articulações

Callaghan, 200539 (LD) Radioleucocintilografia 0,289 0,912 0,334
Callaghan, 200539 (HD) Radioleucocintilografia 0,218 0,404 0,840

ROM
Callaghan, 200539 (LD) Articulação do joelho 0,398 1,025 0,228
Callaghan, 200539 (HD) Articulação do joelho 0,376 0,250 1,002

Domínio de atividade
Questionários de atividade
0,247 0,869 0,376
uma

Akyol, 201038 WOMAC (função)

b
Cetina, 200833 Índice de Lequesne 0,022 0,642 0,598
c
Fukuda, 201136 (LD) KOOS 1,141 0,562 1,721
d
Fukuda, 201136 (HD) KOOS 0,999 0,425 1,572
e
Laufer, 200540 (LD) WOMAC (função) 0,048 0,418 0,515
f
Laufer, 200540 (HD) WOMAC (função) 0,081 0,567 0,406
g NS
Rattanachaiyano, 200837 WOMAC (total)
Efeito combinado de a & f 0,144 0,527 0,240

Desempenho da marcha
Akyol, 201038 6 MWT (m) 13 m 0,088 0,532 0,708
Callaghan, 200539 (LD) de caminhada (s) 13 0,140 0,785 1,065
Callaghan, 200539 (HD) m de caminhada (s) 0,177 1,103 0,749
Cetina, 200833 50 m de caminhada (tempo) 0,110 0,730 0,511
Laufer, 200540 (LD) Temporizado para cima e ir (s) 0,001 0,465 0,468
Laufer, 200540 (HD) Temporizado para cima e ir (s) 0,216 0,703 0,272
Laufer, 200540 (LD) Escalada(s) 0,035 0,501 0,432
Laufer, 200540 (HD) Escalada(s) 0,144 0,631 0,343
Laufer, 200540 (LD) Descida(s) de escada 0,002 0,464 0,468
Laufer, 200540 (HD) Descida de escada(s) 3 min 0,153 0,640 0,334
Laufer, 200540 (LD) de caminhada (m) 3 min de 0,021 0,445 0,488
Laufer, 200540 (HD) caminhada (m) 100 m de 0,227 0,261 0,715
Rattanachaiyano, 200837 caminhada (m/min) NS ee e
Rattanachaiyano, 200837 Negociação(ões) de escada NS ee e

Qualidade de vida
Klaber-Moffett, 199641 Questionário de Saúde Geral-30 0,293 0,157 0,992

questionário WOMAC e Western Ontario e McMaster Universities Osteoarthritis; LD baixa dose; HD e alta dose; Teste de caminhada de 6 minutos e caminhada de 6 minutos.
* Valores de P relatados quando o tamanho do efeito não pôde ser calculado.

metanálise33,38,39. Ambos os estudos33,38 examinaram a força no
mesmas três velocidades (60, 120 e 180 /s), e resultados positivos semelhantes
foram obtidos para todas as velocidades. No entanto, a análise foi feita
apenas para a medida de 60 /s, que exige maior esforço.
A análise geral indica um efeito significativo do tratamento SWD em
força muscular [Tamanho do efeito (CI) 0,465 (0,020, 0,910)] (Fig. 2).
Um estudo39 examinou o efeito do tratamento SWD na inflamação das articulações
após seis tratamentos com dosagem de SWD atérmica
(10 W) ou dosagem térmica leve (20 W), utilizando radioleucocintilografia.
Seus resultados não mostraram efeito do tratamento na inflamação das articulações.
A amplitude de movimento (ADM)39 foi avaliada por apenas um estudo
empregando tratamento térmico suave, indicando nenhum efeito benéfico
de tratamento SWD em ROM.
Domínio de atividade
Questionários de atividade. Seis estudos forneceram os resultados do autorrelato
questionários de função física. Três estudos usando o WOMAC
questionário37,38,40, dois dos quais foram agrupados38,40, não indicou
efeitos benéficos [Tamanho do efeito 0,144, CI (0,527, 0,240)] (Fig. 2). Rat tanachaiyanont
(2008)37 não forneceu dados suficientes para serem incluídos no
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Y. Laufer, G. Dar / Osteoartrite e Cartilagem 20 (2012) 957e966 963

Fig. 1. Meta-análise para redução da dor após o tratamento SWD.

a análise agrupada, mas não foram relatadas diferenças significativas entre os grupos
após o tratamento. Um estudo33 utilizou o Índice de Lequesne para avaliar o nível de
atividade, relatando maior melhora nos grupos tratados em comparação com o grupo
controle. Um estudo34 utilizou o Knee Injury and OA Outcome Score (KOOS) para avaliar
a atividade do paciente e encontrou diferenças significativas nos grupos que receberam
tratamento SWD (baixa e alta dose), em comparação com os grupos controle ou placebo
(intervalo ¼ P < 0,05 P < 0,001).
às diferenças nas medidas de desempenho. Nenhum efeito significativo sobre as
capacidades de caminhada foi determinado nestes estudos.
Qualidade de vida. Um estudo incluiu questionários de autorrelato em relação à qualidade
de vida41 relatando nenhum efeito positivo significativo da SWD na qualidade de vida em
comparação com grupos controle.
Eventos adversos

Desempenho da marcha. Cinco dos estudos utilizaram testes de desempenho de marcha Um estudo descreveu alguns efeitos colaterais que incluíram dor leve, inchaço e
para avaliar o efeito do tratamento. Nenhum efeito combinado pode ser calculado devido sensação de vasodilatação, esses eventos foram semelhantes em
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964 Y. Laufer, G. Dar / Osteoartrite e Cartilagem 20 (2012) 957e966

Fig. 2. Meta-análise para força muscular e questionário WOMAC após tratamento com SWD.

tanto o grupo que recebeu tratamento SWD quanto o grupo que recebeu
placebo SWD37. Portanto, eles não podem estar diretamente
relacionados ao tratamento SWD. Nenhum dos estudos restantes relatou
se houve ou não eventos adversos após o tratamento.
Discussão
Um total de sete estudos examinando os efeitos do tratamento SWD
no manejo do KOA foram identificados nesta revisão. Devido à alta
variabilidade nas medidas de desfecho utilizadas nesses estudos, foi
realizada uma metanálise apenas para dor, força muscular e habilidades
funcionais, conforme relatado no questionário WOMAC. Esta meta-
análise apontou para a forte possibilidade de uma
efeito imediato após a conclusão da última sessão de tratamento na dor
(Tabela IV, Fig. 1). Uma análise separada adicional por dose térmica
mostrou que o efeito positivo na percepção da dor é alcançado apenas
quando o tratamento envolve pelo menos algum grau de sensação
térmica. No entanto, a análise não produziu nenhum efeito de
acompanhamento de curto prazo38,40,41, indicando que qualquer
benefício obtido imediatamente após o tratamento em termos de controle
da dor é perdido dentro de um período de 9 a 12 semanas.
A meta-análise também demonstrou um efeito positivo imediato na
força muscular quando o tratamento SWD foi combinado com um
programa de exercícios, em contraste com o exercício sozinho (Tabela
IV, Fig. 2). A dor no joelho associada ao movimento articular e à
contração muscular pode inibir a ativação muscular completa através
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Y. Laufer, G. Dar / Osteoartrite e Cartilagem 20 (2012) 957e966
mecanismos42, que por sua vez podem levar à fraqueza e atrofia por desuso.
Assim, a dor em pacientes com KOA mostrou-se correlacionada com a
fraqueza muscular do quadríceps43. É possível que os efeitos do tratamento
SWD na dor no joelho possam ter contribuído para a melhora observada na
força. No entanto, essas mudanças na dor e na força muscular não foram
transferidas para o nível de atividade dos sujeitos, avaliado pelo questionário
WOMAC ou pelas várias medidas de desempenho da marcha (Tabela IV,
Fig. 2).
Quanto à capacidade funcional autorreferida, um estudo relatou resultados
positivos com o questionário KOOS36, enquanto um segundo estudo com o
Índice de Lequesne não relatou efeito sobre a capacidade funcional33. Os
três estudos restantes37,38,40 que examinaram o efeito na capacidade
funcional utilizaram o questionário WOMAC. No entanto, apenas os dois que
puderam ser agrupados não indicaram efeito significativo38,40 .
A variabilidade nos protocolos de tratamento torna impossível tirar
conclusões definitivas sobre os fatores que determinam a eficácia do
tratamento SWD. Para ilustrar esse ponto, podemos considerar os dois
estudos que receberam o maior escore PEDro (9/10)36,37. Considerando
que o estudo de Fukuda et al. (2011)36, demonstraram melhorias significativas
tanto na intensidade da dor quanto na capacidade funcional, nenhum desses
efeitos foi demonstrado por Rattanachaiyanont et al. (2008)37. Embora vários
parâmetros de tratamento, como modo de entrega de energia e número de
sessões de tratamento, fossem os mesmos em ambos os estudos, havia pelo
menos dois fatores importantes que poderiam ter contribuído para os
resultados conflitantes. Primeiro, a dose de tratamento foi quase quatro vezes
maior no estudo com resultados positivos (14,5 W vs 3,2 W).
Em segundo lugar, embora nenhuma outra intervenção tenha sido
combinada com o tratamento com alta dose de SWD36, no segundo estudo,
um programa de exercícios foi realizado tanto para o SWD quanto para os
grupos de controle. Uma vez que a pesquisa demonstrou repetidamente os
benefícios de um programa de exercícios nessa população44, uma possível
explicação para os resultados divergentes pode ser que a contribuição do
tratamento do SWD tenha sido superada pelos efeitos da intervenção do
exercício. No entanto, dois outros estudos em nossa revisão também
incluíram uma intervenção de exercício, com um demonstrando nenhum
benefício em adicionar o tratamento SWD a um programa de exercícios38,
enquanto o outro demonstrou que o grupo que recebeu tratamento SWD,
compressas quentes e exercícios teve mais melhora no nível de dor e força
muscular do que o grupo que recebeu compressas quentes e se exercitou
sozinho33. Assim, mais pesquisas são necessárias para determinar quais
aspectos do tratamento são cruciais para o seu sucesso.
Um dos nossos objetivos neste estudo foi examinar se a indução de um
efeito térmico tem um impacto significativo na eficácia do tratamento SWD.
No entanto, decidir se um efeito térmico foi induzido nos artigos revisados
acabou sendo mais complicado do que o esperado. Apenas alguns dos
estudos relataram se uma sensação térmica foi ou não induzida33,38,40, e
outros usaram definições diferentes. Por exemplo, Klaber Moffett et al.
(1996)41 empregaram uma dose de 23 W e a consideraram subtérmica,
enquanto Laufer et al. (2005)40 relataram que a 18 W, os pacientes
experimentaram uma leve sensação de calor. Portanto, em nossa subanálise,
que tentou diferenciar os estudos pelo grau de sensação térmica, incluímos
no grupo atérmico apenas dois estudos com uma dosagem tão baixa que um
efeito térmico poderia ser definitivamente descartado37,40 .
Esta análise separada indicou a importância de pelo menos algum efeito
térmico para que o tratamento SWD seja benéfico. Além disso, deve-se notar
que nenhum efeito adverso foi relatado em nenhum dos estudos, indicando
a segurança do uso de SWD em um nível que induza uma leve sensação
térmica em pacientes com KOA.
Como dito acima, uma limitação primária desta revisão é que a meta-
análise para a maioria das categorias de desfecho incluiu apenas alguns dos
estudos, devido à alta variabilidade nas medidas de desfecho utilizadas e à
falta de informações suficientes necessárias para conduzir
965
uma meta-análise. A capacidade futura de conduzir uma meta-análise mais
abrangente seria aprimorada por uma melhor padronização das medidas de
resultado usadas para a avaliação de pacientes com KOA em todos os níveis
da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
(CIF), bem como o fornecimento de todos os dados necessários para realizar
uma meta-análise (médias de grupo e DPs pré e pós-tratamento).
Inconsistências no relato da dosagem de tratamento, alta variabilidade nos
protocolos de tratamento e falta de estudos de acompanhamento de longo
prazo limitaram ainda mais nossa capacidade de chegar a conclusões mais
definitivas. Além disso, nossa revisão concentrou-se principalmente nos
efeitos do tratamento SWD e não tentou examinar seu valor ou sua relação
custo-benefício em comparação com outras modalidades de tratamento.
Implicações práticas e de pesquisa
Em conclusão, o tratamento SWD parece ser eficaz para diminuir a dor e
aumentar a força muscular em pacientes com KOA. No entanto, este efeito
é notado principalmente imediatamente após o tratamento e é perdido 12
semanas após o tratamento. Nenhuma resposta definitiva pode ser fornecida
em relação aos efeitos do tratamento SWD em outras deficiências (por
exemplo, inflamação das articulações) ou na capacidade funcional. Os
resultados indicam que o tratamento térmico provavelmente não é benéfico.
Uma vez que o equipamento SWD mais moderno é acionado por menu, os
médicos são encorajados a determinar que a dose fornecida pelo menu é
suficiente para induzir pelo menos alguma sensação térmica.
Mais pesquisas, especialmente pesquisas usando amostras comparáveis,
protocolos e medidas de resultados, são necessárias para avaliar os efeitos
a longo prazo do tratamento e seu custo-benefício em pacientes com OA do
joelho, bem como OA de outras articulações.
Contribuição dos autores
Todos os autores fizeram contribuições substanciais para todas as três
seções: (1) a concepção e desenho do estudo, ou aquisição de dados, ou
análise e interpretação dos dados, (2) a redação do artigo ou revisão crítica
de conteúdo intelectual importante e, (3) aprovação final da versão submetida.
Conflito de interesse
Nenhum dos autores tem interesses conflitantes.
Reconhecimentos
Sem reconhecimentos.
Não há fontes de financiamento para este estudo.
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