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Didática - Profº Sérgio Fabiano Annibal

Emerson Laridondo Zucareli Junior RA:191242667

DIÁRIO DE BORDO

1. AULA 1: Introdução a didática


1.1. ENCONTRO SÍNCRONO (DISCUSSÕES)

Nesta aula fora apresentado o conteúdo de forma sucinta sem


apresentação de slides em decorrência da necessidade de construção
do material curricular em relação aos alunos, dito isto o professor
utilizou o momento para que os discentes fizessem uma breve
apresentação com enfoque justamente na escolha da matéria de
didática e licenciatura, para justamente retirar alguns tópicos
importantes para encaixar no roteiro de aulas

2. AULA 2: A Didática como possibilidade de compreender as relações de


ensino; O conceito de ensino e aprendizagem.
2.1. TEXTOS UTILIZADOS
➢ Texto base: CANDAU, Vera M. F. KOFF, Adélia M. N.S. Hoje: reinventando
caminhos. Educação & realidade, v. 40, n. 2, p. 329-348, 2015.
➢ Textos complementares:
○ PIMENTA, SELMA G. et al. A Construção da Didática no GT
Didática - análise de seus Referenciais. Revista Brasileira de
Educação, v. 18, n. 52, p. 143-162, 2013.
○ GATTI, B. A. Didática e formação de professores: provocações.
Cadernos de Pesquisa, 2017.

2.2. PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS:


● Histórico da didática;
● Lógicas de ensino;
● Didática no Brasil;
2.3. ENCONTRO SÍNCRONO (DISCUSSÕES)
O professor inicia a discussão do texto base trazendo a tona o
considerado pai da didática, Comenius, que trouxe um posicionamento
no ensino justamente em um momento necessário, entre a reforma e a
contra-reforma, onde era necessário a flexibilidade do acesso à leitura
e importância da introdução da possibilidade de próprias
interpretações, em contrapartida a interpretação reportada utilizada na
época. A didática nasce como um método de ensinar tudo a todos,
entretanto não deve ser tratada apenas como este processo, mas sim
uma ciência cujo objeto de estudo é o ensino e têm preocupações com
a engrenagem e relações de como ensinar alguém.

O professor ressalta que a didática tem que ser encarada como


suscetível ao tempo e ao espaço político e econômico da época, assim
como as formas de ensino e avaliação são moldadas de acordo com
as condições específicas culturais, sociais e econômicas. Há um
paralelo com os dias atuais, onde há o apagamento da didática e
entendimentos da lógica de ensino devido à crítica de opositores a fim
de subverter alguns posicionamentos. Ademais, a didática deve tratar
o tipo de sujeito e contexto da realidade do aluno fora da escola.

O campo da didática no brasil surge na europa, fazendo uma


projeção histórica, vemos grande influência iluminista, em decorrência
da contraposição ao ensino da igreja, onde traz agora o saber e a
prática pertencente aos leigos, como dito por marquês de Pombal.
Durante o século XIX houve grande discussão acerca da didática entre
o Brasil e Portugal, principalmente pela introdução de cartilhas de
ensino (e.g João de Deus), a educação agora é vista como
necessidade pelos pioneiros da educação, que acreditavam que
mudar a educação teria um impacto enorme para a evolução da
sociedade como um todo.

Em um outro momento temos a introdução do conceito de


Escola Nova com John Dewey, mas principalmente no brasil com seus
discípulos (e.g. Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo) que trazem
uma discussão que se baseia do afastamento do ensino e
aproximação das aprendizagens, ou seja, a retirada do foco do
docente, e centralização do discente, como exemplos disso nos dias
atuais podemos citar as metodologias ativas, neste período temos
análises centradas no comportamento e ensino continuado do aluno, o
saber aprender.

Durante os anos 30, 40 e 50 houve um grande conflito entre os


escolanovistas e vertentes religiosas do ensino, além de uma grande
discussão dos movimentos de esquerda para o
estabelecimento/impressão de um tipo de currículo base. Neste
período também temos a admissão do ensino médio científico clássico
com a introdução de provas para entrada. Logo depois, com o Golpe
temos uma grande confusão de tudo aquilo estabelecidos no ensino,
realmente colando o mesmo de cabeça pra baixo, neste período temos
o estabelecimento de um acordo com os EUA, que resulta em uma
adequação de todo sistema de ensino do Brasil com normas e
conceitos estabelecidos na educação americana.

Nos anos 60, temos a Reforma Universitária que traz a criação


de departamentos e especificação de materiais antes condensadas, há
também a criação da LDB 5692/71 que sacramenta as mudanças de
ensino para uma base comportamental behaviorista, tendo assim um
alinhamento guiado pelo tecnicismo. Outrossim, há também o
posicionamento de autores que iam em contramão a esta reforma (e.g
Maria Rita Sales Neto, Selma Garrido, Wilma Passos Reiga) que
traziam conceitos que traziam a didática de uma forma contundente
para época, justamente por quererem romper com o tecnicismo, estes
promoveram eventos para a disseminação da didática em si com
maior enfoque na crítica e menos na técnica.
Já nos anos 90 temos a introdução de um discurso próprio da
didática com base crítica e que entenda e contribua para a visibilidade,
juntamente com a criação de projetos neoliberais veio a criação da
LDB 934/96, que perdura até os dias atuais, que apresenta uma
grande revolução do discurso dentro da sala de aula e conjuntamente
com a mudança de quase todas fontes de base da época,
basicamente trazendo a tona um discurso de competência e
habilidade. Com a chegada dos anos 2000 há o aperfeiçoamento
destas ideias e introdução de discursos que visem a qualidade e
inovação.

O professor traz um questionamento sobre as questões de


didática neste contexto histórico, trazendo que a mesma deve sim
trazer uma matriz teórica, filosófica e econômica conjuntamente com
recortes do dia dia fora da sala de aula para tratar de assuntos
específicos, trazendo ideias que discutam o por quê do selamento e
alinhamento ao mercado. Ademais traz as preocupações da didática
nos dias de hoje que se baseia na preocupação da criação de um
currículo base além de se ater a avaliações interculturais e questões
como gênero e etnicorraciais, e fazendo uma breve comparação diz
que houve sim um avanço, mas ainda há uma necessidade de
evolução constante.

Além disto o mesmo traz apontamentos sobre ensino e


aprendizagem, a partir de vigotski que questiona a função da escola e
universidade, com conceitos como conhecimento cotidiano versus
conhecimento científico (teórico) para que o frequentar a escola seja
mais do que uma leitura isolada, mas sim avançar um conhecimento
cotidiano a partir daquilo lido, aprendido ou visto através de
exemplificações. Ressalta ainda a necessidade de evolução para uma
educação mais social e aproximada do cotidiano, que vem sendo
atacada diariamente por discursos de censura, que causa danos a
toda linha pedagógica.
3. AULA 3: As relações entre currículo e ensino; Análise curricular.
3.1. TEXTOS UTILIZADOS
➢ Texto base: KRAMER, S. Propostas pedagógicas ou curriculares:
subsídios para uma leitura crítica. Educação & Sociedade [online]. 1997, v.
18, n. 60 , pp. 15-35.

➢ Textos complementares:
○ LOPES, A.C.; MACEDO, E. O pensamento curricular no Brasil. In:
__ LOPES, A.C.; MACEDO, E. (Org.) Currículo: debates
contemporâneos. São Paulo: 2010.
○ LOPES, A.C.; MATHEUS, D. S. Sentidos de Qualidade na Política
de Currículo (2003-2012). Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 39,
n. 2, p. 337-357, abr./jun. 2014.
○ BITTENCOURT, JANE. A Base Nacional Comum Curricular: Uma
análise a partir do ciclo de políticas. UFSC, 2017.

3.2. PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS


● Questão de campo;
● Instrumentos Democráticos;
● Projeto de formação;
● Currículo Base;
3.3. ENCONTRO SÍNCRONO (DISCUSSÕES)

O professor faz uma breve contextualização sobre a autora do


texto principal, Sonia Kramer, que estudou na PUC RJ, local que
histórico para área de educação, em razão da criação dos primeiros
programas de pós- graduação no Brasil, além da grande influência nas
linhas de estudo da educação infantil. Além disso, ressalta que os dois
últimos textos complementares dizem muito bem sobre a questão de
campo, mas apresentam uma leitura complexa.
Inicia-se a análise do texto evidenciando que a interferência do
campo econômico está presente em todas áreas da sociedade,
inclusive na educação, o professor ainda faz uma comparação do texto
com o contexto atual de ensino remoto. Na época do texto a LDB
havia acabado de ter sido criada, e com ela houve-se uma
reestruturação do campo educacional brasileiro, com a presidência de
Collor que aderiu a projetos e lógicas neoliberais. Foi criado assim
uma consonância de uma educação com o restante do mundo, o que
resultou em uma grande reforma na educação e documentos
educacionais, assim como a influência de outros campos da época,
como por exemplo a economia, que a partir do acordo com o banco
mundial houvesse a necessidade da mudança na gama documental.
Nesta época os parâmetros curriculares nacionais apresentam uma
escrita correta, entretanto não há uma discussão na base, visto que
foram criado por especialistas e não professores que vivenciam o
ensino na prática, isto resulta em uma bolha que se afasta da
realidade. Há a necessidade da discussão destes documentos por
docentes, alunos, pais e comunidades, trás ainda a necessidade da
criação de conselhos escolares como instrumento da democratização
da educação, visto que há uma grande necessidade de diálogo.

A autora traz um posicionamento onde diz que não vê diferença


entre currículo e proposta curricular e traz ainda que o currículo não
deve ser pensado como uma grade e nem como um objeto final, mas
sim com um formato dinâmico e que acompanhe as influências
políticas, culturais e sociais. A mesma introduz ainda o conceito de
Bezerro de Ouro à criação de uma base eficiente curricular que
contemple todos âmbitos, justamente por não ser possível. Kramer
também coloca a necessidade de uma formação crítica, e é possível
compreender justamente em seu estilo de escrita (e.g texto pergunta)
que nos obriga a refletir sobre nossos próprios pensamentos sob
currículo.
O professor ressalta que não dá pra dizer que uma nova
metodologia possa ignorar o exemplo de outra experiências de ensino
no passado, é necessário trazer este olhar de eficiência e reinvenção,
se afastando assim do pensamento de criar o novo, ou “inventar a
roda”

Ao final da aula há uma discussão com os alunos a fim de


definir os prazos de entrega das videográficas propostas.

4. AULA 4: Planejamento pedagógico: experiências com Projetos Políticos


Pedagógicos.
4.1. TEXTOS UTILIZADOS
➢ Texto base: GUEDES, N. C. A importância do Projeto Político
Pedagógico no processo de democratização da escola. Ensino em
Perspectivas, v. 2, n. 2, p. 1–15, 2021.

➢ Texto complementar:
○ VEIGA, Ilma P. A. Projeto Político-Pedagógico e gestão
democrática: novos marcos para a educação de qualidade.
Revista Retratos da Escola, Brasília, v.3, n.4, p.163-171, jan./jun.
2009.

○ CUNHA, R. B. O. C. OMETTO, C. N. C. B. O trabalho coletivo na


escola: o projeto político-pedagógico como pauta de formação.
Educação (Porto Alegre, impresso), v. 36, n. 3, p. 402-411, set./dez.
2013.

4.2. PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS


● PPP;
● Currículos Educacionais;
● Democratização do ensino.
4.3. ENCONTRO SÍNCRONO (DISCUSSÕES)

O professor inicia a aula pontuando que o texto base principal é


bem simples, e que os complementares são mais ricos. O texto
principal apresenta grande clareza sobre o PPP de 2021, mas fala a
partir de referenciais muito antigos. Inicia-se a discussão com um
referencial dos anos 90 e início dos anos 2000.

O texto introduz o conceito de currículos prontos e o docente


como apenas aplicador, trazendo de certa forma, um flerte entre a
carreira e a reprodução, neste caso falta a necessidade de articulação
administrativa e planejamento mais decomatrico e com maior presença
de diálogo, assim com o enfoque em questões tecnológicas, de
diversidade e etnorraciais, para fim de retirar este ar artificial e teórico.

O texto traz uma entrevista com a diretora de uma escola (Flor e


discute alguns pontos de gestão, mesmo não aprofundando no
assunto podemos evidenciar alguns pontos importantes, como a
retirada da força do conselho escolar através destes currículos
engessados e traz a tona o questionamento de outros pontos como a
formação docente (licenciatura), necessidade de uma análise crítica do
conteúdo e aproximação de uma gestão ditatorial.

Após a análise do texto um aluno surge com uma dúvida “O que


mais a comunidade escolar pode auxiliar”, o professor diz em muitos
pontos, justamente na necessidade do empoderamento da ação
docente, e avanço da escola pública em contrapartida a demandas
político econômicas. Ressalta ainda que se não há o serviço político de
base para discussão e enfrentamento do PPP a gente tem os docentes
como reféns de uma situação de programação e controle, ressalta
ainda a importância dos movimentos estudantis dentro do conselho
escolar, mesmo não estando citado no texto base
5. AULA 5: Houve a transferência de atividades para o XXXIII CIC, para
realização de palestras e minicursos ofertados.

6. AULA 6: As tendências pedagógicas; Concepções sobre avaliação das


aprendizagens
6.1. TEXTOS UTILIZADOS
➢ Texto base: NASCIMENTO, Mari C. M.; BARBOSA, Raquel L. L.; ANNIBAL,
Sérgio F. Avaliação das aprendizagens: representações decorrentes de
práticas instituídas na formação inicial. Educação em Revista, Marília, v. 18,
n. 1, p. 7-22, 2017.
➢ Textos complementares:
○ LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública. Edições
Loyola, 2001.
○ FERNANDES, Domingos. Três razões suficientes para mudar a
avaliação. In: Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas.
Unesp, 2009.
○ DIAS, Carmen L.; MACÊDO, Delza P. S.; MONDIN, Elza M. C. A
profissão docente em diferentes concepções teórico-
pedagógicas: os enfoques tradicionalista, construtivista e
socioconstrutivista.
○ In: DIAS, Carmen L.; TREVISAN, Zizi; Profissionalização:
construção do conhecimento e da identidade docente. Curitiba:
Editora CRV, 2012. p.71-103.
6.2. PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS
● Liberais ou Progressistas;
● Tendências do Ensino;
● Metodologia na sala de aula.
6.3. ENCONTRO SÍNCRONO (DISCUSSÕES)

O professor inicia com uma conceituação dos caracteres de


cada um , apontando que a diferença entre os liberais e progressistas
seria que: o liberal é aquele sistema onde quem rege é o capital e
suas lógicas e o sujeito é colocado com enfoque individual (e.g onus e
bonus), com isto as instituições ficam a margem e traz uma ideia de
meritocracia permeada, enquanto os progressistas têm o elemento
crítico como fundamental, com a construção de uma ideia coletiva e
compartilhamento de instituições (e.g. Escolas, bens culturais) como
participantes da construção do conhecimento e formação das pessoas,
mas com isso têm-se a necessidade de um ensino diferente.

Em um segundo momento, o professor traz os conceitos de


tendências educacionais, iniciando com a tendência tradicional do
ensino, introduzida na educação da década de 30 e amparada nos
pressupostos liberais, mantendo assim a sociedade em classes, além
de trazer linhas de pensamento do ensino humanístico, com conceitos
como a realização pessoal pelo próprio esforço, esta tendência fora
presente no país por um longo período de tempo. O professor ressalta
que esta tendência exige particularidades que são muito confundidas,
como por exemplo: há a necessidade de um docente erudito, esta
linha é muito confundida com a tecnicista, entretanto o ensino
humanístico tem como base de ensino a música, literatura, ensino de
ciências exatas de uma forma bem ampla e geral, e a avaliação
utilizada é fixa, rígida e organizada para obtenção de respostas
prontas de acordo com o docente, o resultado disto é uma
classificação dos alunos em posições diferentes, trazendo assim uma
ideia cumulativa.

Já a tendência tecnicista teve início na década de 60, e tem


ideais a efetivação da aprendizagem e centralização da técnica, sendo
assim traz no ensino comportamentos que serão utilizados no
mercado de trabalho. Esta tendência traz a ideia que se você domina a
técnica você obtém realização pessoal, e utiliza como avaliação a
observação se houve mudança no comportamento.
Temos também a tendência renovada não diretiva nos anos 70,
que propõe uma educação centrada no sujeito, visando a liberdade de
expressão e “marginalização” do professor, que é visto apenas como
um facilitador para o caminho particular. Esta tendência traz pontos
como a autorrealização, desenvolvimento de uma auto avaliação,
excluindo assim resultados, e introdução da necessidade de assumir
responsabilidades sobre o pessoal.

Vale ressaltar que a maioria destas tendências foram


implementadas em uma bolha particular de alto padrão e classe social,
enquanto na pública chegava apenas a conceituação.

Outra tendência explorada foi a renovada progressivista, na


década de 70, que era amparada no construtivismo e desenvolvimento
mais livre e integral dos alunos, favorecendo uma autodescoberta, trás
uma organização a fim do aluno construir seus próprios conceitos e
apresenta um modo de avaliação liberal.

Temos também a tendência crítico-social dos conteúdos no final


dos anos 70, que se ampara nos conceitos da educação progressista,
buscando uma análise crítica das realidades e produção de
conhecimento a partir da visão problematizada. Esta vertente tem
como objetivo provocar a discussão crítica da relação homem-mundo,
em contrapartida ao tecnicismo que não apresenta recortes, mas sim
sistemas. Quanto a avaliação, havia a junção dos conceitos de auto
avaliação e avaliação em grupo, afastando a ideia de uma prova, e
tendo o professor como um mediador que precisava observar se o
aluno ainda não sabia.

O professor ainda traz uma discussão sobre a aplicação prática


destas tendências, onde há a necessidades de métodos diferentes em
cada turma, em vista da divergência de características das mesmas,
tendo isto pode se relativizar as vezes e aplicar diferentes métodos de
aplicação e métodos de ação docente, justamente para não perpetuar
uma dureza no ensino

7. AULA 7:
7.1. SEMINÁRIO 1: A produção acadêmica na interface entre Ciências
Biológicas e Educação.(Ana Beatriz, Gabriel Gomes, Wesley Trindade
e Yasmim Guerra)
7.1.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: TEIXEIRA, P. M. M.; NETO, J. M.
A Produção Acadêmica em Ensino de Biologia no Brasil
– 40 anos (1972-2011): Base Institucional e Tendências
Temáticas e Metodológicas. Revista Brasileira de
Pesquisa em Educação em Ciências, 2017.

7.1.2. APRESENTAÇÃO

O grupo inicia a apresentação apontando que utilizou 25


teses para produção do trabalho, todas no período de 2010-
2020, no início a apresentação das teses e juntamente um
resumo de cada através de um quadro. O primeiro artigo
escolhido para um aprofundamento possui uma estrutura
comum e completa e apresenta a insatisfação dos alunos e
professores, abordando de uma perspectiva sobre as práticas e
ensino de biologia, o trabalho utiliza de uma metodologia
qualitativa e traz um conjunto de fatores que fazem esta
manutenção de práticas includentes

Já no segundo artigo há a apresentação de conceito da


teoria desenvolvimentista e discute o ensino baseado na
experimentação. No terceiro artigo observa-se o que os alunos
dizem em relação ao processo de aprendizagem de biologia no
ensino médio, entretanto não possui a estrutura clássica em seu
resumo. O quarto artigo trata a didática na ciência da formação
inicial docente, foi realizado em londrina com estudantes do
segundo ano de licenciatura em biologia e utiliza uma
metodologia qualitativa. Por fim, o quinto artigo segue a
estrutura clássica e fala sobre a profissão docente no brasil e
formadores de alunos de licenciatura, fora realizado em Viçosa
e ressalta a necessidade de implementação de identidade
profissional.

Em seguida, o grupo traz dois trabalhos mais


aprofundados, primeiramente um relacionado ao uso de novas
mídias na formação de professores e ciência, que fala
justamente sobre o letramento digital e aborda as mídias e o
ensino tecnológico. No segundo há a aplicação de uma
sequência didática no ensino de biologia, abordando
principalmente a pedagogia alternativa, com fim de resultar em
um ensino mais aproximado do cotidiano.

Por fim, o grupo apresenta as principais palavras chaves


presentes nas teses e explica que a tendência das palavras não
é engessada, tendo que nenhuma aparece em todos artigos e
ainda abre um questionamento sobre a necessidade de evitar
alguns assuntos polêmicos.

7.2. SEMINÁRIO 2: A produção acadêmica na interface entre Ciências


Biológicas e Educação (Artigos de revistas) .(Carlos Takashi, Gabriel
Annunciato, Jean Alves, Philip Watzke e Thomas Barreto)
7.2.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar:. LEÃO, C. D.; CABRAL, E. L. F;
BORGES, P. M. C; RODRIGUES, R. O. J. Hortas
escolares: uma revisão sistemática da literatura recente.
Ensino de Ciências e Biologia: Saúde.

7.2.2. APRESENTAÇÃO
O grupo traz primeiramente um artigo da revista Ciências
Educação de Bauru, com o título “As vozes de professores
pesquisadores do campo da educação ambiental sobre a base
nacional comum curricular”, que aborda através de entrevistas
semiestruturadas e análises textuais discursivas, a exploração
de conceitos como interação, espaço na bcc e aponta que há
uma grande superficialidade e currículo mínimo estabelecido.

Já no segundo artigo “Percepção do professor de


biologia e sua formação: a educação ambiental em questão”
traz resultados que indicam que professores de biologia
necessitam de uma formação ambiental mais profunda e
eficiente. O terceiro artigo aborda momentos pedagógicos e
etapas da situação de ensino, trazendo uma linha de
pensamento de Vigotski e Freire, que diz que a educação em
ciências tem que se apoiar nos mesmo e analisar o processo de
desenvolvimento de propostas na sala e sala e etapas de
situação de estudo. No próximo artigo é abordado a formação
intercultural, apresentando as oficinas pedagógicas e dando
enfoque em 3 situações problemas interculturais.

8. AULA 8:
8.1. SEMINÁRIO 3: A educação midiática no ensino de Ciências e
Biologia.(Pedro Cruz, Marcela Barros e Emerson Zucareli)
8.1.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: ALMEIDA, I; CARVALHO, L. J;
GUIMARÃES, C. R. P. Recursos midiáticos no Ensino de
Ciências e Biologia. Scientia Plena, 2016. - Recursos
midiáticos

8.1.2. APRESENTAÇÃO
O grupo inicia trazendo considerações iniciais do ensino
midiático, e apontando os mesmos como instrumentos
essencial, principalmente em momentos atípicos como o ensino
remoto e que esta forma de ensino consiste na utilização de
vídeos, imagens e até livros que encontramos na internet. Além
disso, os recursos midiáticos podem se tornar uma ferramenta
mais atrativa, podendo ocasionar em um ensino-aprendizagem
mais dinâmico.

O grupo ressalta ainda a exclusão midiática devido a


falta de acesso ou necessidades adversas, e que isto provém
da falta de investimento por falta do governo para tornar a
escola um espaço acessível a todos. Ademais introduz o
conceito de ecologia educomunicativa que compara a interação
dos seres vivos e o meio ambiente com a interação dos alunos
com o ambiente comunicacional a partir de um conjunto de
ações planejadas

Em seguida traz a necessidade da leitura crítica das


mídias para uma educação verdadeira e distanciando do
conceito do aluno como mero consumidor passivo, a fim de
tornar as mídias uma ferramenta pedagógica efetiva. Traz uma
ressalva para as fake news e combate a desinformação e o
papel da escola neste problema.

8.1.3. ENCONTROS EXTRA (ORIENTAÇÃO)

Foram disponibilizados, além dos artigos e textos


complementares, encontros extras nos dias 19 e 30 de
novembro (2021) com o professor Sérgio Fabiano Annibal. Na
primeira reunião fora utilizado o tempo justamente para
apresentar um norte quanto à apresentação e iniciar o
desenvolvimento da mesma, o professor trouxe alguns pontos
importantes como tempo ideal de apresentação, número
máximo de slide, além de explicar que o ponto principal do tema
seria, justamente, não encarar a mídia como apêndice, mas sim
como vetor, ou seja, ela não exemplifica, é a partir dela que
seria ensinado.

Já no segundo encontro, nós integrantes do grupo


apresentamos uma projeção do que estávamos preparando
para a apresentação (e.g. layout, roteiro) e o professor ressaltou
a necessidade de não engessar o tema, visto que ele visava
justamente esta aplicação prática e objetiva das mídias no
ensino. Além disso, o professor evidenciou a necessidade da
exposição de práticas/atividades pedagógicas já aplicadas para
exemplificar o tema da apresentação.

8.2. SEMINÁRIO 4: A questão das Fake News no ensino de Ciências e


Biologia..(Erica Akemi, Maurício e Laura)
8.2.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: FAGUNDES, V. O; et al. Jovens e
sua percepção sobre fake news na ciência. Artigos
Científicos, 2021.

8.2.2. APRESENTAÇÃO

O grupo inicia fazendo uma introdução às fake news e


explicitando o perigo das mesmas, visto que na maioria das
vezes são planejadas e financiadas. Diz também que o uso das
mídias sociais realmente deu maior transmissão às fake news,
mas que estas estão presentes em nossas vidas a muito tempo.

O grupo traz resumos de alguns artigos principais sobre


fake news, o primeiro apresenta uma tese que confronta
informações de fake news na aula de biologia sobre a febre
amarela, utiliza o método de exposição das informações
teóricas corretas e teve como resultado a conclusão que as fake
news podem alcançar todos, com internet ou não, e que a
necessidade da questão da vacinação e tratamento preventivo

Logo depois o grupo traz outro artigo, em inglês, e


ressalta que o uso de artigos, por exemplo na apresentação
deles, auxilia com conteúdo confiável e veracidade, o artigo em
questão traz a as ciências alternativas, pensamento crítico e
alfabetização científica através de uma sequência didática para
fim de neutralizar a influência das fake news. No próximo artigo
“A ciência na era das fake news: fato ou fake” diz que as
mesmas são produzidas em todas esferas da sociedade e
busca a promoção de um senso de responsabilidade nos
indivíduos através de um caráter interativo e lúdico.

Traz mais um artigo que diz sobre a importância da


educação científica no meio escolar e sociedade em geral,
formação dos professores que exercem a função de fazer
ciência, traz a necessidade da sociedade ser capaz de
argumentar contra fake news. Ademais apresenta o artigo “ O
ensino de biologia de forma remota e desconstrução de fake
news em tempos de COVID-19, que faz relação a algumas fake
news de 2016 e apresenta a alfabetização midiática em razão
de construir um visão crítica nos estudantes sobre fake news

Eles trazem também um artigo que mostra que o ensino


aprendizagem precisa dar um espaço para o conhecimento, o
afastamento de informações memorizadas e ter aluno como
espectador, busca como resultado a formação da biologia de
autonomia através de oficinas pedagógicas de textos e
autonomia para argumentação contra fake news e identificação
O último artigo “Jovens e sua percepção de fake news na
ciência" foca em alguns grupos específicos, entretanto
apresenta uma ampla pesquisa do conhecimento de jovens no
assunto, apresentando a necessidade de checagem de
informação e questiona, ainda, a credibilidade das redes
tradicionais e como a cultura e a sociedade influenciam no
recebimento de informações. O grupo concluiu dizendo que
algumas alternativas para a neutralização das fake news seria a
criação de plataformas de checagem e aplicação de sequências
didáticas

9. AULA 9:
9.1. SEMINÁRIO 5: O currículo e as questões de gênero..(Mariana Breuer,
Moni Soares, Nicole Moreno e Rômulo Bazzo)
9.1.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: FREIRE, E. C. O currículo e suas
implicações nas relações sociais de gênero entre
estudantes do ensino fundamental. Rev. Brasil. Estudo.
Pedagogo, 2019.

9.1.2. APRESENTAÇÃO

O grupo inicia dizendo que a escola e o currículo são


formadores sociais e que a educação é um espaço de disputa, não
podendo ser neutra, e não é tão simples implementar as questões de
gênero em razão dos poderes políticos. Há a criação do conceito de
ideologia de gênero fora do país em meio religioso, como uma forma
do conservadorismo de tratar a educação pensada para questões de
gênero. No Brasil essa ideia moralista tomou certa força e foi
modificando a NBCC, como por exemplo temos a retirada do termo
orientação sexual da base curricular, gerando assim um
empobrecimento da questão para os educadores e necessidades de
alternativas e busca de conhecimento próprio.
O grupo coloca a sala de aula como um espaço de conflitos e
com a necessidade de formas de condução fora da teoria, mas sim
baseadas na formação social e humana para promover o respeito das
diferenças, como por exemplo o uso da educação informal.
Apresentam o BNCC e outras diretivas legais que norteam o curriculo
através de um historico de avanços e retrocessos quando a educação
de genero, tras tambem uma linha temporal do genero e suas
concepções historicas a partir do seculo 18, onde a confusão de
termos (sexo biologico e genero) era recorrentem, pontua revoluções
que trouxeram a construção do sexo feminino como oposto e
naturalidade de corpos binarios.
Em seguida traz uma discussão muito importante sobre
binarismo e não-binariedade, apresentando a escola como local de
construção e desconstrução de conceitos e necessidade de criticismo
ao abordar questões de gênero, mesmo tendo como realidade que na
maioria das vezes há interpretações erradas. Coloca o sujeito em
construção histórica e seu corpo como materialidade e julgamento do
que é linguisticamente produzido pelo corpo e busca errônea da
criação de um sujeito universal que acarreta em uma descentralização
do sujeito próprio e posições deterministas com a definição da divisão
em macho e fêmea e heteronormatividade.
Traz como conclusão a necessidade de análise crítica e
profunda do processo educativo utilizado na sociedade e adaptação a
novos formatos e direções, ressignificação.
9.2. SEMINÁRIO 6: O currículo em perspectivas culturais e econômicas: a
educação sexual...(Julia molina, Maria Luiza, Rafaella Munhoz e
Yasmin Soares)
9.2.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: DINIS, N; LUZ, A. A. Educação
sexual na perspectiva histórico-cultural. Educ.Rev, 2017.

9.2.2. APRESENTAÇÃO
O grupo inicia salientando a utilização de artigos críticos
e necessidade de discussão, sobre a educação sexual na
perspectiva histórico cultural a partir de 2007, apresenta em
seguida os artigos utilizados na construção da apresentação.

Inicia as discussões através de uma breve


contextualização histórica da educação sexual no brasil, onde
apesar da sexualidade estar presente no contexto escolar pelos
sujeitos, a relação da mesma com a educação ocorre de
maneira sistematizada por políticas públicas e
transversalmente. Traz que a notificada para debater este tema
polêmico só teve início no começo do século 20, traz o resgate
histórico da ditadura onde houve a desresponsabilização
familiar na educação sexual, em vista do conservadorismo e
nova moral sexual (e.g Ato institucional nº 5).

Ao fim deste período caótico, temos a volta da


democracia e da liberdade de expressão, proporcionando assim
a atividade de associações científicas medicinais que trouxeram
de volta o discurso de sexualidade e comportamento sexual,
ademais temos a ida dessa temática para as universidades e
em consequência a produção científica sexual. Há o auxílio das
PCNS na disseminação deste conhecimento em âmbito sexual
como tema urgente, mas transversal, ou seja que devem
atravessar todas áreas de conhecimento, entretanto estes
Currículos não possuem caráter obrigatório. A maior critica a
esta inserção do tema nos PCNS é como ela colocada, em
forma de potencia erotica e enraizamento da necessidade de
prazer, atrelando o sexo ao corpo biologico.

Quanto ao educador, falta-lhe preparo na formação para


que não acentuem a sexualidade à doença e morte, mas sim
promover informações sobre saúde preventiva. Já no BNCC a
educação sexual continua sendo colocada como tema
transversal e traz a necessidade de criação de políticas públicas
que tratam da sexualidade. Há uma grande crítica a este plano
justamente por colocar a educação sexual com uma
positividade teórica e aplicação muito tênue, através de uma
perspectiva biológica e médica, excluindo assim aspectos
sociais e o sujeito como construtor de gênero do próprio corpo.

O grupo traz também a questão do silenciamento das


questões de gênero e em consequência a exclusão de sujeitos
de seus corpos que pode levar a preconceitos e invisibilização
do poder ser, além de provocar preconceitos. Ademais traz a
superficialidade ao tratar dos direitos humanos de maneira
genérica, excluindo assim o contexto histórico e social,
limitando a sexualidade a uma questão unicamente biológica

10. AULA 10:


10.1. SEMINÁRIO 7: O currículo em perspectivas culturais e econômicas: a
educação ambiental..(Samuel Bassani, Irene Vieira, Elaine Pereira e
Laura Andrade)
10.1.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: COLACIOS, R, D; LOCASTRE, A.
V. A ausência e o vácuo: Educação Ambiental e a nova
Lei do Ensino Médio Brasileiro no século XXI. Educ. Puc,
2020.

10.1.2. APRESENTAÇÃO

O grupo inicia com um histórico da educação ambiental


através de um panorama geral no brasil, iniciando com o
conceito de que seria o modo como fomos ensinados a interagir
com o meio ambiente e que está presente na sociedade desde
os tempos da pedra, mas que após a globalização e pós-guerra
houve-se uma modificação no que se entendia como educação
ambiental, especialmente pelo como como o capitalismo
colocava o ser humano afastando-o do ritmo da natureza,
tratando o ambiente como desprendido do dia dia, e como
apenas uma fonte de matéria bruta.

Houve a introdução da Educação Ambiental em si como


componente permanente do currículo escolar, somente em
1999 com o auxílio do PNEA. Na BNCC o tema entra
paralelamente às ciências naturais, iniciando-se no quinto ano
com o modo de interação com o meio ambiente e o sujeito e
introduzindo conceitos de conservação e inserção de
participante ativo à natureza. Já nos anos finais do ensino
fundamental há a integração de iniciativas individuais
conservativas e o tema aparece com maior abrangência dentro
da matéria de geografia.

No novo BNCC há ausência da educação ambiental


plena, o tema é colocado diluído entre outros, grupo traz um
exemplo de um artigo de educação ambiental nos projetos
político pedagógicos das escolas municipais do ensino
fundamental da cidade de araraquara, que salienta que falta
apoio legal e referencial para projetos e atividades voltadas
para a temática ambiental, além da necessidade de promoção
de ambientes educativos formais e não formais e construção de
uma ciência ambiental crítica.

10.2. SEMINÁRIO 8: O currículo em perspectivas culturais e econômicas:


questões étnico-raciais.(Gabriela Dona Virgens, Lucas Augusto,
Matheus Alexandre e Wellington Ricardo)
10.2.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: REGIS, K; BASÍLIO, G. Currículo
e Relações Étnico-Raciais: os Estados da Arte. Educ.
Rev, 2018.

10.2.2. APRESENTAÇÃO

O grupo inicia a apresentação dizendo que os artigos


utilizados foram divididos em 3 blocos: Currículos e questões
etnicoraciais, cotas e evasão escolar. Iniciando a discussão,
eles apresentam o currículo escolar trazendo a prática de
didática no contexto escolar, com características norteadoras
como: contexto escolar, método, ano/grau e currículo. Traz
então a questão etnico racial como caráter regulador,
apresentando a obrigatoriedade do estudo da história e cultura
afro-brasileira e indigena a partir do ano de 2008.

Trazem então a introdução do conceito de


afrocentricidade através de duas matrizes: os estudos africanos
e multiculturalismo, ambos propostos por Molefi Asante. O
artigo proposto trás breve histórico da concepção destes
conceito e coloca que o estudo destes problemas é atual, mas
que o problema é antigo, busca então um resgate da memória
étnica e necessidade de um núcleo da prática pedagógica,
separando conteúdos em cultura material e espiritual. Ademais
traz a diferença entre africanidade e afrocentricidade, onde o
segundo consiste no entendimento e afirmação da identidade
cultural.

Em seguida traz a necessidade da descolonização do


currículo com a quebra da visão eurocêntrica e
monoculturalidade, visando uma abordagem mais realista do
cotidiano e realidade social escolar. Traz ainda a relação entre
o sistema capitalista e o atual currículo, onde há a presença do
racismo estrutural e segregação através do ranqueamento e
marginalização em relação à competição capital. Apresenta a
necessidade de reparação histórica, promoção de igualdade e
equidade de oportunidades.

O grupo então aborda a importância das cotas como


mecanismo de inclusão etnico racial dada a marginalização
frequente a corpos pretos, garantindo assim a reserva de vagas
e oportunidade para estes. Já quanto a evasão escolar, o grupo
traz a diferença entre abandono e evasão, trazendo fatores que
influenciam no segundo, através de gráficos, como por
exemplo: contexto familiar, desigualdade social, jovens que não
trabalham e nem estudam e a evasão no período noturno

Conclui então que há a necessidade de um currículo mais real,


visando a democratização da construção do mesmo e relação
com necessidades comunitárias, além de necessitar tratar
determinados assuntos de forma igualitária a todos.

11. AULA 11:


11.1. SEMINÁRIO 9: Projetos Políticos Pedagógicos de Ciências.(Isabela
Ferreira, Luana Monteiro, Luis Felipe Paião e Samara de Souza)
11.1.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar: KREUGER, S. B; RAMOS, P.
Concepções de cidadania na educação em ciências: o
que dizem os projetos político-pedagógicos e os
professores de escolas municipais de Petrópolis-RJ. Ens.
Pesquisadora. Educ. Ciênc., 2019.

11.1.2. APRESENTAÇÃO

O grupo inicia a apresentação com uma contextualização


histórica do processo percorrido para a formação do PPP em
paralelo a formação do indivíduo como sujeito, evidencia as
principais competências específicas da natureza como:
consciência socioambiental e pensamento crítico e coletivo.

Coloca que os temas serão explorados durante o período


educacional através da divisão em 3 blocos: Matéria e Energia,
Vida e Evolução e Terra e Universo, além daqueles temas
transversais como a construção da biodiversidade evolutiva
através da divisão de habilidades e objetos durante os anos.

O grupo ressalta que o PPP possui caráter político e é


responsável por planejar e definir o tipo de estratégia
pedagógica empregada, traz a diferenciação de projeto e plano,
onde o primeiro é um processo contínuo e dinâmico e pode se
relacionar ao segundo, enquanto plano pode ser definido por
objetivo, metas e procedimentos, onde ambos necessitam de
contextualização de acordo com o ambiente e época
inseridos.introduz o conceito de interdisciplinaridade de ciência
nos PPPs a fim de alcançar uma maior visão de cidadania e
coletivo, visto que a ciência é uma área muito ampla e que se
relaciona com todas matérias.

11.2. SEMINÁRIO 10: Projetos Políticos Pedagógicos de Biologia.(Dalton


Cruz, Lucas Duarte, Vanessa Perondini)
11.2.1. TEXTOS UTILIZADOS:
➢ Texto complementar:SILVA, M. L; BRIZOLLA, F;
SILVA, L, E. Projeto pedagógico do curso de licenciatura
em Ciências da UFPR Litoral: desafios e possibilidades
para uma formação emancipatória. Rev. Bras:
Estud.Pedagog, 2013.

11.2.2. APRESENTAÇÃO
O grupo introduz o tema dizendo que irá analisar 12
PPPs de escolas estaduais e particulares, apresenta então
pontos em comum dentre estes, como o fato de todos se
basearem na BNCC tendo sempre matérias em comum, o
ensino integral ligado ao projeto de vida do estudante e os
quatro pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a
fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Ademais traz a
necessidade de pensamento crítico próprios e utilização de
estruturas especializadas para cada escola.

O grupo mostra que dividiu os PPPS em 3 categorias,


sendo: apresentam a biologia de forma abstrata, apresentam as
potencialidades , apresentam os conteúdos. Iniciando com os
de forma abstrata, na primeira escola visa-se manter o ensino
no contexto do aluno, mas faz isso de uma forma muito ampla e
genérica, necessitando da inclusão de alguns temas
importantes não de forma pontual.

Já nas que apresentam potencialidades temos na


primeira o desenvolvimento da autonomia intelectual e
pensamento crítico, ferramenta essencial para que o aluno
continue aprendendo, entretanto só mostra o ensino da
educação ambiental. Outros dois desta categoria são
praticamente iguais entre si e com a BNCC, o grupo salienta
que isto se deve talvez à necessidade de fazer o PPP por
obrigatoriedade, nestas escolas há aplicação de conhecimentos
na comunidade mas não apresenta métodos de execução. Já
na outra escola observada há temas muito interessante como:
melhorar a visão de mundo do aluno e conhecimento como
papel pratico e critico na vida do estudante, mas novamente de
maneira rasa e sem metodologias, assim como no próximo que
traz conceitos como: romper paradigmas, entender como
conhecimento científico mudou a sociedade, produção e análise
de dados, mas compartilham dos mesmo problemas dos outros
desta categoria.

Importante dizer que o grupo trouxe alternativas a todos


esses PPPS vagos de informações na prática.

Já na categoria apresenta conteúdos, temos uma escola


com o PPP mais completo contendo: metodologia ativa,
contextualização da ciência, saúde pessoal, ambiental e social,
e mais interessante que trazem questionamento dentro do
próprio PPP sobre expansão do conhecimento e transformação
social. O próximo contém conceitos como Meio ambiente, ciclos
biólogos, mas não é tão completo por não desenvolver tanto a
discussão de conteúdos. E por final temos uma escola com um
PPP que foge a norma, de uma forma bem escroto e
estruturada com outros tópicos como por exemplo a
emancipação dos estudantes e promoção da criatividade

12. AULA 12: Formação de professores


12.1. TEXTOS UTILIZADOS
➢ Texto base: Formação de professores: o lugar das humanidades, de Patto,
M. H.
➢ Texto complementar:
○ A construção social e histórica da profissão docente, uma síntese
necessária, de Xavier, L. N.
12.2. PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS:
● Formação Continuada;
● Problemas Pedagógicos;
● Escolaridade;
12.3. ENCONTRO SÍNCRONO (DISCUSSÕES)

A professora convidada inicia a aula trazendo uma breve


contextualização do tema de sua pesquisa e logo parte para a
discussão do texto base, apresentado que o mesmo tem grande base
na psicologia escolar e que é apenas um capítulo da obra e fora
baseado em 5 teses de Mário Pires e diálogo diretamente com a
formação de professores na rede pública de ensino.

A mesma lê um trecho que evidencia que com a expansão do


ensino à novos ambientes há a aparição de uma “nova clientela” e
assim, novos problemas pedagógicos. Traz o questionamento da
educação como um direito de todas crianças, independente da sua
origem social, mas que na realidade não traz à tona questões como a
origem espacial, ideológica e política da criança. O processo de
educação é naturalizado pra quem já está inserido neste contexto,
enquanto que para alguns é fora da realidade e possibilidade, trazendo
assim a marginalização do poder estudar e diz que não podemos
considerar a escolaridade como apenas isolada a um desejo e
necessidade de conhecer, mas sim relacionar a recortes culturais que
identificam este processo como um capital cultural e privilégio de
alguns.

Trás também a necessidade do conceito de didática de, além


de visar a escola, visar o sistema de ensino e o professor, em como
condicionar estes para o ensino acontecer, através de recursos, poder
na instituição de ensino e promoção eficiente da relação aluno
professor. A autora traz que a oferta de escolaridade é na verdade
uma ilusão de inclusão, dado que não se olha à realidade onde o
aluno está inserido e tenta mudá-la, mas sim isola-se o ensino a
apenas aprendizagem e teoria.

A professora salienta que há invisibilização do sujeito aluno, por


observarem somente o professor, trazendo como exemplo a lousa
virada pros alunos a fim da construção de um poder de empiricidade
ao professor, como dono da verdade, este sistema metodológico traz
apenas a necessidade de ensinar e aprender, ser e cortes de
vivências e necessidades comunitárias.
Durante a aula alguns alunos dizem sobre suas experiências
em sala de aula e dizem a realidade complexa além da teoria, onde às
vezes nos deparamos com situações que não estão em livros
didáticos.

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